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TEORIA ECONÔMICA MICROECONOMIA MICROECONOMIA Ramo da ciência econômica que estuda: - o comportamento das unidades de consumo representadas pelos indivíduos e pelas famílias; - as empresas e suas produções e custos; - a produção e o preço dos diversos bens, serviços e fatores produtivos. MICROECONOMIA Em outras palavras, a microeconomia ocupa-se da forma como as unidades individuais que compõem a economia — consumidores, empresas comerciais, trabalhadores, latifundiários, produtores de bens ou serviços particulares, dentre outros — agem e reagem uns sobre os outros. A Microeconomia surgiu no início da década de 30, quando a ciência econômica se dividiu em dois ramos: microeconomia e a macroeconomia, e é preciso que se tenha o inter-relacionamento nesta duas áreas. LOGO TEMOS: Os preços relativos constituem a preocupação fundamental da economia. Na teoria do consumidor, se analisa a intenção dos indivíduos de se apropriarem de determinada quantidade de bens, que satisfaça ao máximo suas necessidades. Na teoria da firma, é enfocado o empresário que procura combinar os fatores de produção de modo a maximizar seus lucros. A microeconomia encontra bastante aplicação no mundo atual, podendo ser utilizada como elemento de previsão condicionado à ocorrência de determinado evento. Desempenha importante papel na teoria do comércio internacional e encontra-se presente no mundo dos negócios como auxiliar de decisões administrativas relacionadas com a procura, estrutura de custos empresariais, métodos de fixação de preços etc. COMO PODEREMOS VER A SEGUIR..... - Por que a renda nacional cresceu do após guerra até 1980 acima de 7,0% ao ano, superando o Japão e, daí então, praticamente estacionou? - Por que o nordestino possui uma renda per capita muito inferior à do paulista? - Por que a expansão da moeda e do crédito pode gerar inflação? - Por que o governo que não tem superávit fiscal apresenta dificuldade em financiar seus déficits públicos? - Como pode uma desvalorização cambial conduzir a uma melhora na B. Comercial e a uma redução do salário? - Será que o sistema de indexação de salários, câmbio e juros interfere no processo inflacionário? - Por que a tx de juros de mercado e o Px esperado de venda do produto são dados importantes para as decisões de investimento das empresas? - Até onde juros altos reduzem o consumo e estimulam a poupança? - Por que os fumantes são mais penalizados quando sobe o preço de todos os cigarros relativamente à alta de preço de apenas uma marca? - Serão as negociações coletivas a solução alternativa ao mercado quando a economia é fortemente marcada por oligopólios e sindicatos fortes, acompanhado de baixa abertura ao comércio internacional? - Até onde o congelamento de preços apresenta- se como alternativa para conter a inflação? - Por que os impostos sobre alguns produtos como cigarros, veículos e eletrodomésticos são por demais elevados? - Quais as justificativas técnicas para a existência de tantas empresas estatais na economia brasileira? - A propaganda cria necessidades ou apenas informa sobre as características dos bens e serviços? - Por que a alta no preço do cafezinho reduz a demanda de açúcar? - Porque a renda dos agricultores se eleva quando ocorre uma estiagem que reduz a produção? - Como os bancos interferem nas taxas de juros e apenas intermediam a poupança financeira do país? - A propaganda cria necessidades ou apenas informa sobre as características dos bens e serviços? Por que a alta no preço do cafezinho reduz a demanda de açúcar? - Porque a renda dos agricultores se eleva quando ocorre uma estiagem que reduz a produção? TEORIA DA DEMANDA Conceito de demanda individual A demanda é um desejo de comprar (um bem, um serviço). A realização do desejo se dá pela compra do bem desejado. Demanda • Para que haja demanda de um bem (ou serviço) é preciso que o indivíduo esteja capacitado a pagar por esse bem, que ele tenha renda. • Vamos entender.... Vamos Entender • Ex: embora inúmeros indivíduos desejem comprar um carro importado, com certeza poucos têm posses para efetivamente comprar esse tipo de bem. • Ainda, somente a demanda daqueles que têm dinheiro suficiente para comprá-los pode afetar o preço dos carros importados. Logo: Demanda é um fluxo por unidade de tempo, ou seja, é a quantidade de um bem ou serviço adquirido em um espaço de tempo. Elementos que influenciam a demanda do consumidor: - o preço do bem; - a renda ou o salário do consumidor; - o gosto e preferência do consumidor; - o preço dos bens relacionados; - as expectativas sobre preços, rendas ou disponibilidades. A demanda e o preço do bem A quantidade demandada de um bem é influenciada por seu preço. Normalmente é de se esperar que quanto maior for o preço de um bem, menor deverá ser a quantidade que o consumidor desejará adquirir desse bem; inversamente, quanto menor for o preço, maior deverá ser a quantidade que o consumidor desejará adquirir desse bem. A demanda e renda do consumidor Para a maioria dos bens é de se esperar que uma elevação na renda do consumidor esteja associada a uma elevação nas quantidades compradas. Essa é a regra geral, e os bens que têm essa particularidade são chamados BENS NORMAIS. Os exemplos incluem a maioria dos alimentos, roupas, aparelhos de som, aparelhos domésticos, etc. Existe duas possíveis exceções a esse padrão geral. É o caso dos denominados: - Os bens inferiores são aqueles cuja demanda varia inversamente às variações ocorridas na renda do consumidor. Significa que a demanda desse tipo de produto diminui quando a renda do consumidor aumenta, e aumenta quando a renda do consumidor sofre uma redução. Ex: pão, carne de segunda e as “roupas usadas”. BENS INFERIORES • LOGO: • Conforme a renda do consumidor se eleva, ele passa a ter condições financeiras de comprar bens de melhor qualidade. • A idéia é a de que o consumidor troca os produtos anteriormente consumidos por outros de qualidade superior (carne de 2ª por carne de 1ª) tão logo tenha condições de fazê-lo. A demanda e o gosto e a preferência do consumidor A demanda de um determinado bem (ou serviço) depende dos hábitos e preferências do consumidor. Estes, por sua vez, dependem de uma série de circunstâncias, tais como: - idade, sexo, tradições culturais, religião e até educação. Mudanças nesses hábitos e preferências podem provocar mudanças na demanda desse bem. A demanda e o preço dos bens relacionados A demanda de um produto pode ser afetada pela variação no preço de outros bens. Podendo esses Bens serem Complementares ou Substitutos. Os bens complementares: São aqueles que tendem a aumentar a satisfação do consumidor quando utilizados em conjunto. Ou seja, a elevação no preço de um deles produz uma redução na demanda do outro, e vice-versa. Ex: pão e da manteiga; automóvel e gasolina; restaurante e música. Os bens substitutos (correntes ou sucedâneos): São aqueles cujo consumo de um pode substituir o outro. Há uma relação direta entre o preço de um bem e a demanda do outro bem. Uma elevação no preço de um bem produzirá aumento na demanda do outro bem (e vice-versa). Um aumento no preço da manteiga deverá elevar a demanda de margarina (bem como o contrário). A demanda e as expectativas sobre preços, rendas ou disponibilidade As expectativas que as pessoas têm sobre o futuro dos seus rendimentos e em relação ao comportamento dos preços também exercem papel fundamental na demanda por bens e serviços. Tipo → Se um consumidor acredita que, no futuroterá um aumento substancial em seus rendimentos, poderá estar disposto a gastar mais hoje do que uma pessoa que acredita que virá a ter um rendimento bem menor no futuro. Ou, se um consumidor acredita que os preços irão aumentar no futuro próximo pode aumentar a demanda corrente de bens estocáveis, prevenindo-se assim, de eventuais aumentos de preços. Coeteris paribus Em latim “tudo o mais permanecendo constante”. Ou seja, é uma ferramenta que possibilita analisar o aumento do preço de um bem, fazendo a suposição de que a renda do consumidor, os preços dos bens relacionados, os gostos e preferências e as expectativas permaneçam inalterados (isso não significa que esses fatores não existam, mas tão somente que o valor permanece o mesmo durante a análise). Assim, conseguimos identificar o efeito que somente as mudanças de preço provocam nas quantidades procuradas do produto em questão. Dizemos então que a quantidade demandada desse bem depende do seu preço, coeteris paribus. Escala de Demanda Individual • Imagine ser possível indagar a um consumidor qualquer, cujo salário mensal constitua sua renda, quantas garrafas de refrigerante ele está disposto a adquirir mensalmente ao preço de R$ 7,00 por garrafa? QUADRO 1 Escala de demanda de refrigerantes Preço ($/garrafa de refrigerante) Quantidade (garrafas de refrigerante por mês) Ponto 7,00 0 A 6,00 5 B 5,00 10 C 4,00 15 D 3,00 20 E 2,00 25 F 1,00 30 G Escala de Demanda Uma escala de demanda nos mostra a relação existente entre as variáveis: preço e quantidade. A relação inversa entre preço e quantidade que determina a inclinação negativa da curva de demanda se deve basicamente a dois fatores: - Efeito Substituição: Maçã e pêra - Efeito renda: Maçã Exceções à lei da demanda - Os bens de Giffen: são bens de baixo valor, mas de grande peso no orçamento doméstico de pessoas de baixa renda. - Os bens de Veblen: são bens de consumo ostentatório, que dão prestígio social. Exercício: Construa a Escala da Demanda Individual e de Mercado Preço ($/garrafa de refrigerante) Quantidade demandada (garrafas de refrigerante/mês) João José Mercado (João + José) 7,00 0 0 6,00 5 0 5,00 10 0 4,00 15 5 3,00 20 10 2,00 25 15 1,00 30 20 Preço ($/garrafa de refrigerante) João José Maria Mercado 7,00 0 0 0 6,00 5 0 5 5,00 10 0 10 4,00 15 5 15 3,00 20 10 20 2,00 25 15 25 1,00 30 20 30 TEORIA DA OFERTA Conceito de oferta individual Defini-se por oferta individual de um determinado bem (ou serviço) a quantidade desse bem que um único produtor deseja vender no mercado, por unidade de tempo. Dois elementos devem ser destacados nessa definição: - A oferta é um desejo de vender (um bem, um serviço). A realização do desejo se dá pela venda do bem. Logo, não se pode confundir oferta com venda. - A oferta, da mesma forma que a demanda, é um fluxo por unidade de tempo, ou seja, devemos expressar a oferta de uma mercadoria como uma determinada quantidade em um determinado período de tempo. Elementos que determinam a oferta: - o preço do bem; - os preços dos fatores de produção; - a tecnologia; - o preço dos outros bens; - as expectativas; - as condições climáticas. A oferta e o preço do bem Quanto maior por o preço de um bem (ou serviço), maior deverá ser a sua quantidade ofertada no mercado. Da mesma forma, quanto menor for o preço de um bem (ou serviço), menor deverá ser a sua quantidade ofertada no mercado. Ex: Sal = 1,00 ou Azeite de Oliva = 15,00 A oferta e os preços dos fatores de produção A quantidade de um determinado bem que um produtor individual deseja oferecer no mercado depende dos preços dos fatores de produção. De fato, os preços pagos pela utilização dos fatores de produção, juntamente com a tecnologia empregada, determinam os custos de produção. Redução nos preços desses fatores (reduções nos níveis salariais, nos preços das matérias-primas, nas despesas de capital etc) diminuem os custos tornando a produção mais lucrativa. A oferta e os preços dos fatores de produção O aumento na lucratividade estimula a firma a aumentar a produção e a oferta de seu produto no mercado. Inversamente, elevações nos preços dos fatores de produção acarretam aumentos de custos e diminuição na lucratividade, desestimulando a produção e diminuindo a oferta. A oferta e a tecnologia Avanços tecnológicos que permitam obter um volume maior de produção a custos menores aumentarão a lucratividade da empresa produtora do bem cujo processo foi beneficiado pela evolução tecnológica, estimulando a produção e aumentando a oferta do bem produzido por essa firma no mercado. Exemplo: a introdução de uma nova máquina na produção. A oferta e o preço de outros bens A oferta de um produto poderá ser ofertada pela variação nos preços dos bens que sejam SUBSTITUTOS ou COMPLEMENTARES na produção. No caso dos bens substitutos na produção, podemos considerar aqueles bens que são produzidos com aproximadamente os mesmos recursos, como o milho e a soja. Se ocorrer aumento no Px da soja, tornando essa cultura mais lucrativa e atraente do que a do milho, o agricultor que cultiva milho poderá se interessar em plantar soja. Se isso ocorrer, teremos como conseqüência aumento na área cultivada e na produção de soja e diminuição na área cultiva e na produção de milho. Tudo por conta do aumento do Px da soja. Os bens complementares na produção, por sua vez, são aqueles que apresentam alterações na produção em virtude da variação de preços de outros bens. Esse é o caso da carne e do couro. Exemplo: um aumento no preço da carne poderá provocar um aumento no abate e, como conseqüência, um aumento na oferta de couro. Inversamente, uma diminuição no preço da carne deverá provocar uma diminuição na oferta de couro. A oferta e as expectativas O produtor, na sua decisão de produção atual, também, leva em consideração as alterações esperadas de preços. Por exemplo: se um criador de gado acredita que haverá um aumento no preço da carne no futuro é provável que retenha o fornecimento atual de gado para o abate, a fim de aproveitar preços mais altos posteriormente. Isso provoca uma diminuição na oferta atual de carne. A oferta e as condições climáticas Relativamente a alguns produtos, especialmente produtos agrícolas, as condições climáticas exercem grande influência na oferta. Exemplo: uma fazenda na qual se produza café poderá sofrer uma grande redução na produção desse bem caso ocorra uma geada. Se isso acontecer, a oferta de café por parte desse produtor deverá diminuir. Coeteris paribus Observando os determinantes da oferta, verificamos que todos podem variar simultaneamente, ficando difícil avaliar o efeito que cada um deles, isoladamente, exerce sobre a oferta. Para tentar contornar esse problema vamos nos valer novamente da imposição da condição coeteris paribus, expressão latina que significa tudo o mais permanecendo constante. Coeteris paribus Permitimos, por exemplo, que o preço de um produto se modifique, fazendo a suposição de que o preço dos fatores de produção, a tecnologia, o preço dos outros bens, as expectativas e as condições climáticas (quando for o caso) permaneçam inalterados (isso não significa dizer que esses fatores não existam, mas tão somente que o seu valor permanece o mesmo durante a análise). Lei geral da oferta A oferta de um produto ou serviço qualquer, em determinado período de tempo, varia na razão direta da variação de preços do produto ou serviço, a partir de um nível de preços tal que seja suficiente para fazer face ao custo de produção do mesmo até o limite superiorde pleno emprego dos fatores de produção, quando se tornará constante, ainda que os preços em referência possam continuar oscilando, mantidas constantes as demais condições.
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