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Ebook de Economia e Mercado

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ECONOMIA E MERCADO
Cíntia Maísa Bender
2ECONOMIA E MERCADO
SUMÁRIO
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFTEC
Rua Gustavo Ramos Sehbe n.º 107. 
Caxias do Sul/ RS 
REITOR
Claudino José Meneguzzi Júnior
PRÓ-REITORA ACADÊMICA
Débora Frizzo
PRÓ-REITOR ADMINISTRATIVO
Altair Ruzzarin
DIRETORA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (NEAD)
Lígia Futterleib
Desenvolvido pelo Núcleo de Educação a 
Distância (NEAD)
Designer Instrucional 
Sabrina Maciel
Diagramação, Ilustração e Alteração de Imagem
Darlan Scheid, Igor Zaterra
Revisora
Ana Clara Garcia
APRESENTAÇÃO 3
FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 4
CONCEITOS DE ECONOMIA 5
RECURSOS 5
AGENTES ECONÔMICOS 7
PRINCÍPIOS DA ECONOMIA 9
SISTEMA ECONÔMICO 15
FLUXOS ECONÔMICOS 17
DIVISÕES DA CIÊNCIA ECONÔMICA 18
ATIVIDADES 21
MERCADOS 22
DEMANDA 23
OFERTA 26
EQUILÍBRIO DE MERCADO 29
ANÁLISE DE MUDANÇAS NO MERCADO 31
ELASTICIDADE 33
ESTRUTURAS DE MERCADO 36
ATIVIDADES 44
MOEDA, SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL, 
METAS, POLÍTICAS E INDICADORES 
MACROECONÔMICOS 46
O QUE SÃO AS METAS MACROECONÔMICAS? 47
INDICADORES MACROECONÔMICOS 48
INDICADORES DE PREÇOS IMPORTANTES NO BRASIL 55
INFLAÇÃO 57
POLÍTICA FISCAL 60
POLÍTICA MONETÁRIA 61
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL 62
ORGÃOS BRASILEIROS DE REGULAÇAO/
REGULAMENTAÇÃO ECONÔMICA 63
SISTEMA DE METAS DE INFLAÇÃO 64
ATIVIDADES 69
ECONOMIA INTERNACIONAL 70 
ABERTURA ECONÔMICA 71
BALANÇA DE PAGAMENTOS 72
TAXA DE CÂMBIO 76
POLÍTICA CAMBIAL 76
ATIVIDADES 79
REFERÊNCIAS 81
3ECONOMIA E MERCADO
APRESENTAÇÃO
Conhecer o ambiente econômico é imprescindível para 
o planejamento nas organizações. Mudanças nos diferentes 
mercados, preços e principais indicadores econômicos pos-
suem impacto direto nos resultados das empresas. Tanto o 
conhecimento da formação de preços em mercados individuais, 
como o comportamento dos mercados de fatores de produção 
e de produtos, faz-se necessário para a compreensão do com-
portamento das variáveis macroeconômicas. Essas últimas 
resultam da ação de diversos agentes nos diferentes mercados, 
e impactam diretamente nas projeções de f luxos de caixa de 
investimentos, e resultados econômicos como um todo. Em 
suma, não há como tomar qualquer decisão de investimento, 
ou elaborar planejamento estratégico sem analisar o ambiente 
econômico que cerca a empresa, assim como ambiente eco-
nômico mundial.
4ECONOMIA E MERCADO
FUNDAMENTOS 
DE ECONOMIA
Conhecer os aspectos mais importantes 
da economia e compreender a razão de 
alguns acontecimentos econômicos é muito 
importante para que sejamos partícipes do 
desenvolvimento econômico de nosso país.
Para podermos criticar e elogiar as principais decisões 
de nossos representantes políticos, precisamos compreender 
mais a fundo sobre as principais políticas, e como elas agem 
na economia. 
Portanto, além de nos auxiliar em nosso papel de cida-
dãos, ter conhecimentos sobre economia, também nos prepara 
para tomarmos decisões importantes nas empresas ou como 
consumidores. 
Antes de entrarmos mais a fundo nas razões e conse-
quências de tudo o que acontece diariamente na economia 
de nosso país, precisamos compreender alguns conceitos e 
5ECONOMIA E MERCADO
fundamentos, que darão base para o a 
construção do conhecimento.
CONCEITOS DE ECONOMIA
 Economia é uma palavra muito 
utilizada popularmente para referir-se ao 
uso comedido de recursos. Economizar 
remete a gastar com parcimônia (ou seja, 
com prudência). 
 Economia é uma ciência social 
que estuda a produção, a circulação e 
o consumo dos bens e serviços que são 
utilizados para satisfazer as necessidades 
humanas.
Dessa forma, como os recursos são 
escassos, algumas questões primordiais 
estão no foco das preocupações econômicas 
(PINHO; VASCONCELLOS; 2004)
• O que produzir? (Quais são as 
maiores necessidades da população);
• Quanto produzir? (Melhor aloca-
ção de recursos entre diferentes tipos de 
produtos e serviços);
• Como Produzir? (Tecnologia uti-
lizada);
• Para quem Produzir? (Distribuição 
da produção entre a população – depende 
da renda, questão social). 
RECURSOS
Vimos que Recurso é uma pala-
vra-chave na economia, pois a Ciência 
Econômica se preocupa com a alocação 
dos recursos, dados que os mesmos são 
escassos. Mas o que significa RECURSO?
Podemos entender Recurso como 
qualquer objeto utilizado na produção. 
Os economistas chamam estes recursos 
de Fatores de Produção. Estes fatores de 
Produção são agrupados em quatro cate-
gorias:
• Terra (ou recursos naturais);
• Trabalho;
• Capital;
• Capacidade Empresarial.
Vamos conhecer sobre cada um 
desses recursos!!Mas você conhece o significado oficial 
de Economia, ou Ciência Econômica?
Terra é entendida como tudo que é 
utilizado da natureza para produzir. 
Isto inclui a terra propriamente dita, 
e também os minérios, petróleo, 
gás, carvão, água e ar.
6ECONOMIA E MERCADO
O Trabalho é o esforço que as 
pessoas dedicam à produção 
de bens e serviços. Ele inclui os 
esforços físicos e mentais de 
todas as pessoas que trabalham 
na construção civil, fábricas, 
em fazendas, lojas, escritórios, 
universidades. Capital humano, que 
é o conhecimento e as qualificações 
que as pessoas acumulam por meio 
da educação, e que impacta na 
qualidade do trabalho das pessoas.
O Capital propriamente dito, são 
as ferramentas, instrumentos, 
maquinário, prédios e outras 
instalações que as empresas 
utilizam para produzir bens e 
serviços. Falamos também em 
ações, dinheiro e títulos como sendo 
capital. No entanto, esses referem-
se a capital financeiro, que permitem 
que as empresas adquiram o capital 
mencionado anteriormente. 
A Capacidade Empresarial, por 
fim, é o Recurso Humano que 
organiza o trabalho, a terra e o 
capital para a produção de bens e 
serviços. É a chamada capacidade 
empreendedora, que tem novas 
ideias, que toma decisões e corre 
riscos.
7ECONOMIA E MERCADO
QUANDO UM RECURSO É ESCASSO?
 Um recurso é escasso quando não 
existe em quantidade suficiente para satis-
fazer a todos os seus usos. Por isso é que 
surge a Ciência Econômica, para estudar 
a melhor forma de alocação desses recur-
sos escassos, com o fim de satisfazer da 
melhor maneira possível as necessidades 
humanas. Podemos refletir que nessas duas 
últimas palavras está a razão pela qual a 
Ciência Econômica é uma Ciência Social 
e Humana.
E PARA QUEM PRODUZIR?
 Esse aspecto é definido pela distri-
buição da renda no momento da produção. 
Além disso, a distribuição da renda depen-
de do tipo de fator de produção oferecido. 
Pois: 
• Quem arrenda terra recebe a cha-
mada Renda da Terra;
• Quem vende a Força de Trabalho 
recebe Salário (os chamados empregados, 
ou funcionários de empresas);
• Quem possui o capital que é utili-
zado na produção recebe os Juros (capital 
é comprado com recursos financeiros);
• Quem possui e utiliza a capacidade 
empresarial recebe os Lucros.
AGENTES ECONÔMICOS 
 Para entendermos os agentes eco-
nômicos, podemos nos referir a todos os 
participantes de um sistema econômico, os 
quais, em suas ações de consumo, inves-
timento, produção, entre outros, acabam 
influenciando nos resultados da economia.
Você, como consumidor, quando 
realiza uma compra, está inf luenciando 
na quantidade vendida de algum produ-
to, e no resultado de alguma empresa, e 
consequentemente na economia. Por ou-
tro lado, você, como empresário, também 
inf luenciará na economia, pois ofertará 
algo, e gerará renda. E assim por diante, 
cada um de nósé agente da economia, pois 
nossas decisões diárias afetam a economia.
O primeiro deles, as Unidades fa-
miliares, que englobam todos os tipos de 
unidades domésticas, unipessoais ou fa-
miliares, com ou sem laços de parentesco. 
Essas unidades possuem e fornecem os 
recursos de produção, recebem diferentes 
tipos de renda e decidem como, quando, 
onde e em que as rendas recebidas serão 
despendidas (ou gastas). A maior parte das 
unidades familiares tem uma ou mais pes-
soas economicamente ativas, fornecendo 
recursos para a produção. Mas há unidades 
que não têm pessoas diretamente liga-
das nas atividades de produção. Essas se 
mantêm, participando também dos f luxos 
econômicos, com recursos que a sociedade 
lhes transfere, como a previdência social, 
por exemplo. Portanto, as famílias são 
Entenda melhor sobre cada Agente 
Econômico, de maneira organizada, 
de acordo como a economia 
conceitua:
8ECONOMIA E MERCADO
entendidas como os conjuntos de pessoas 
que vivem de algum tipo de renda (salários, 
ou pensões, aposentadorias, etc), e decidem 
como vão gastar esta renda.
Em segundo, as empresas são os 
agentes econômicos que utilizam os re-
cursos de produção disponíveis. São as 
unidades que os empregam para a geração 
de bens e serviços que atenderão às ne-
cessidades de consumo e de acumulação 
da sociedade. As empresas são unidades 
básicas do aparelho de produção, da mes-
ma forma, o conjunto de empresas que 
compõem o aparelho de produção é he-
terogêneo sob diversos aspectos, os quais 
são apresentados: 
• Tamanho: o universo das empresas 
é constituído por microempresas, peque-
nas, médias e grandes empresas;
• Estatuto jurídico: define-se por 
diferentes constituições jurídicas. Titu-
laridade assumida pela pessoa física, so-
ciedades por quotas de responsabilidade 
limitada, sociedades anônimas e há ainda 
outras categorias de constituição jurídica, 
de que são exemplos as fundações e as 
sociedades cooperativas;
• Origem e Controle: quanto a esse 
atributo, as empresas se agrupam sob três 
categorias: públicas, privadas e de econo-
mia mista;
• Forma de gestão: depende como 
o capital se divide entre os proprietários 
controladores. Nas microempresas, nas 
pequenas e nas médias empresas, o con-
trole e a direção, geralmente são assumidos 
pelos proprietários. Nas grandes empresas, 
a gestão passa para grupos organizados;
• Natureza dos produtos: eles po-
dem ser provenientes de atividades pro-
dutivas primárias, secundárias e terciárias. 
Há empresas que não chegam com seus 
produtos ao mercado final de consumo. A 
produção se destina a suprir necessidades 
de outras empresas. São as produtoras de 
bens e serviços intermediários e movimen-
tam negócios que atendem às necessidades 
de outros negócios.
9ECONOMIA E MERCADO
E, por último, o governo, o qual se 
destaca como agente econômico devido às 
particularidades que envolvem suas ações 
econômicas. É um agente coletivo que con-
trata diretamente o trabalho de unidades 
familiares e que adquire uma parcela de 
produção das empresas para proporcionar 
bens e serviços úteis à sociedade como 
um todo. Pois, trata-se de um centro de 
produção de bens e serviços coletivos. É 
o Governo que fixa ou determina regras 
para a regulamentação da ordem econô-
mica, visando ao seu melhor andamento, 
porém a maioria das decisões são tomadas 
independentemente pelo mercado. Assim, 
boa parte das instituições que regulam a 
vida dos sistemas econômicos emanam das 
unidades governamentais. Sob esse aspec-
to, o governo é um agente diferenciado, 
ou seja, interage com os demais. Além 
disso, possue também, poder regulatório 
e corretivo, atuando no ajustamento de 
macrofluxos de produção, de geração de 
renda e de dispêndio do sistema econômico 
como um todo.
PRINCÍPIOS DA ECONOMIA
Você tem conhecimento acerca dos 
Princípios da Economia?
Aqui, serão abordados alguns prin-
cípios da Economia, segundo Mankiw 
(2009). Por princípios entendemos aquilo 
que norteia, ou dá base à diversas expli-
cações a respeito do funcionamento da 
Economia. Todos eles têm origem na razão 
de ser da economia: escassez de recursos. 
Além disso, trazem em si os resquícios da 
sua organização e elementos que mostram, 
de maneira ampla, como a Economia fun-
ciona, como as pessoas tomam decisões 
e interagem dentro dela. Considerando 
que a Economia ref lete o comportamento 
dos indivíduos nela envolvidos, os quatro 
primeiros princípios dizem res-
peito às decisões individuais; os 
três seguintes estão relacionados 
ao “como” as pessoas interagem 
no mercado; os últimos três são 
referentes ao mecanismo de fun-
cionamento da Economia.
PRINCÍPIO 1
Em Economia, tradeoff é uma ex-
pressão que define uma decisão difícil de 
tomar, uma escolha que se tem de fazer. 
Pelo fato de os recursos serem escassos, não 
podemos realizar tudo o que desejamos, 
devemos escolher uma ou mais opções. Um 
exemplo é a escolha entre cursar ensino 
superior ou utilizar estes recursos (dinhei-
ro) para a compra de um automóvel, caso 
não houver recursos para ambos. 
Na figura, o tradeoff é ilustrado por 
uma bifurcação, que mostra que devemos 
escolher um caminho a seguir. 
E então, quem ainda não passou 
por um tradeoff??
As pessoas 
enfrentam 
tradeoffs. O que 
é tradeoffs, na 
Economia? 
10ECONOMIA E MERCADO
PRINCÍPIO 2:
Para se fazer uma escolha, é preci-
so sacrificar uma outra, isto é, existe um 
custo.
Quando uma pessoa decide se vai 
estudar economia, comprar um automóvel 
ou ir para a universidade, em qualquer 
um dos casos, deve ponderar qual o custo 
da decisão em termos de oportunidades 
perdidas.
Assim, definimos o custo da alter-
nativa perdida como custo de oportuni-
dade, explicamos isso por ser o valor do 
que muitas vezes deixamos de realizar para 
fazer outras coisas, que no momento são 
prioridades, de acordo com a realidade 
do indivíduo. 
É possível ressaltar que nem sempre 
o custo de oportunidade é monetário, ou 
seja, nem sempre envolve recursos. Um 
exemplo é o caso de você ter escolhido 
estudar. Além do custo de oportunidade 
monetário, associado ao valor que você 
alocou na faculdade e que também, não 
poderá utilizar para outros fins, há o custo 
de oportunidade associado às horas de la-
zer a menos que você terá, e tempo menor 
ao lado da família e amigos. 
No entanto, quando tomamos essa 
decisão, provavelmente, analisamos que o 
retorno dessa abdicação será positivo, e o 
“sacrifício” com certeza será compensado, 
conforme veremos no próximo princípio, 
o princípio 3.
PRINCÍPIO 3:
Quando as pessoas racionais pensam na 
margem.
 Muitas das decisões tomadas du-
rante a vida não podem ser bem pensadas 
e ponderadas. Em muitos casos, as pessoas 
tomam as melhores decisões quando pen-
sam na margem, determinando o quanto 
a mais de esforço é preciso despender para 
se obter maiores benefícios.
Nesse caso, observe, que, quando 
uma pessoa ou empresa toma decisões 
na margem, tendem a ter um benefício 
bastante superior nas decisões por si to-
madas, visto poder analisar o problema e 
executar a ação, caso o benefício marginal 
da decisão venha ultrapassar o custo mar-
ginal. Essa é a análise custo x benefício, 
popularmente conhecida. Utilizando o 
exemplo do princípio anterior, você só de-
cide estudar porque analisou e está certo 
de que o investimento monetário que fará 
com que tenha menos recursos para gastar 
O custo de alguma coisa é aquilo 
de que se desiste para obtê-la. 
11ECONOMIA E MERCADO
com outros fins (automóvel, viagem, casa, 
etc), e a abdicação das horas de lazer com 
família e amigos (custos de oportunidade 
não monetários), serão compensados no 
futuro por um ganho de renda superior 
e, talvez, estando certo de que educação 
será um ótimo investimento.
PRINCÍPIO 4:
As pessoas reagem a incentivos.
Como as pessoas tomam decisões 
por meio de comparações de custos e be-
nefícios, seu comportamento pode mudar 
quando os custos ou benefícios mudam. 
Em outras palavras, as pessoas reagem 
a incentivos.Dessa forma, os incentivos 
agem melhorando o benefício de uma es-
colha ou reduzindo os custos. 
Quando o ministro da fazenda, por 
exemplo, decide reduzir a alíquota do IPI 
(imposto sobre produtos industrializados) 
que incide sobre a compra de automóveis, 
isso reduz o custo da aquisição do auto-
móvel. Mesmo que o automóvel não lhe 
traga mais benefícios, a diferença entre o 
custo x benefício aumenta, incentivando 
alguns para a compra do automóvel.
Ainda, alguma campanha que di-
vulgue que um produto traz mais bene-
fícios para a saúde do que se imaginava 
ampliará os benefícios, incentivando tam-
bém o consumo, mesmo que o preço do 
produto não reduza.
Ref letiu??
PRINCÍPIO 5:
O comércio pode ser bom para todos.
 O comércio é desde muitos anos o 
motor principal da nossa economia. Ao 
comercializarmos uns com os outros, po-
demos obter uma gama mais vasta de Bens 
e Serviços a um custo menor.
Isso significa que, em nível mun-
dial, é interessante que os países produzam 
aquilo para o qual possuem mais recursos 
e capacidade produtiva, e comprem dos 
demais países os produtos/serviços que só 
produziria com custos mais elevados, ou 
para o qual possui menor produtividade 
e menos recursos.
Você 
reage a 
incentivos? 
Reflita! 
Entenda essa afirmação! 
12ECONOMIA E MERCADO
PRINCÍPIO 6: 
Ao falarmos em mercado, estamos 
falando em um arranjo pelo qual compra-
dores e vendedores de um bem ou servi-
ço interagem para determinar o preço e 
a quantidade transacionada do bem ou 
serviço. Então, o preço é o elemento mais 
delicado e sensível do sistema econômico.
Assim, o ideal, segundo esse prin-
cípio, é que as principais decisões econô-
micas sejam feitas pelas empresas e famí-
lias em que as primeiras decidem quem 
contratar e o que produzir, bem como as 
segundas, onde trabalhar e o que comprar 
com os seus rendimentos, e não de um 
planejador central (o governo).
As famílias e empresas assim intera-
gem no mercado, assim como os preços e 
interesses próprios guiam as suas decisões.
Logo, pode-se dizer que a abertura 
dos mercados é, hoje, a melhor forma de 
desenvolver a economia de um país. E ao 
mesmo tempo, eliminar o fosso entre os 
países ricos e os países pobres, orientais 
ou outros. Nesse sentido, permitir que 
todos vendam o seu produto livremente, 
torna-se uma oportunidade excelente que 
se apresenta ao progresso mundial.
• Smith em seu livro A RIQUE-
ZA DAS NAÇÕES, publicado em 1776 
fez a observação mais famosa da ciência 
econômica : As famílias e as empresas ao 
interagirem nos mercados, agem como 
se fossem guiadas por uma “mão invisí-
vel “que as leva a resultados de mercados 
desejáveis.
Portanto, a idéia da mão invisível 
signifca que, cada um de nós, se fizermos 
aquilo que julgarmos bom para nós mes-
mos (de maneira ética, é claro), acabaremos 
beneficiando o país como um todo. Como 
exemplo, um empresário que decide apli-
car o capital em um Mercado no qual os 
preços estão mais altos, auxiliará a cobrir 
um excesso de demanda nesse Mercado, 
(este excesso de demanda que está fazen-
do com que os preços fiquem mais altos). 
O empresário estará pensando em seus 
lucros, mas automaticamente beneficiará 
também um grupo de consumidores que 
antes não eram bem atendidos. Se nós, 
quando deixamos de consumir um produto 
que está muito caro e consumimos mais do 
produto mais barato, estamos contribuindo 
para reequilibrar o Mercado que está com 
excesso de demanda do produto (onde o 
preço está mais alto), e contribuindo para 
escoar a produção do Mercado que está 
com excesso de oferta (o do preço mais 
baixo). Em breve, na unidade dois desse 
E-book, você compreenderá um pouco 
mais sobre esta questão.
Os mercados são geralmente uma 
boa maneira de organizar a atividade 
econômica.
13ECONOMIA E MERCADO
PRINCÍPIO 7:
 Os fazendeiros não cultivarão ali-
mentos se acharem que suas colheitas serão 
roubadas, e os restaurantes só servirão 
refeições caso tenham a garantia de que os 
clientes pagarão antes de ir embora. Todos 
confiamos no governo para providenciar 
polícia e tribunais para fazer valer nossos 
direitos sobre aquilo que produzimos.
Portanto, o governo também possui 
seu papel, que é de propiciar o que cha-
mamos de Ambiente Econômico Propício 
aos negócios, ou seja, segurança nacio-
nal, legislação eficiente, de forma que os 
agentes econômicos (famílias, empresas e 
governo) de boa índole, esforçados e dedi-
cados sejam recompensados, e quem agir 
de má fé seja punido.
PRINCÍPIO 8: 
A condição inicial para que toda a 
população tenha acesso à alimentação, 
saúde e moradia, é a capacidade de 
produção do país. Condição que, por sua 
vez, depende dos recursos, da tecnologia 
e da vontade de utilizar isso para ampliar 
a oferta de bens e serviços. 
A quantidade de recursos refere-
-se às terras disponíveis e sua qualidade, 
matérias primas, e pessoas capacitadas ao 
trabalho (força de trabalho). E tecnologia 
é o conhecimento sobre o melhor uso dos 
recursos para produzir mais, e a vonta-
de dos agentes econômicos para produzir 
depende dos incentivos que recebem (am-
biente econômico propício).
Às vezes os governos podem 
melhorar os resultados dos 
mercados.
O padrão de vida de um país depende 
da sua capacidade de produzir bens e 
serviços.
14ECONOMIA E MERCADO
Portanto, de maneira resumida, três 
fatores possuem grande influência na qua-
lidade de vida de um país:
• Produtividade;
• Educação;
• Ambiente Econômico Propício.
PRINCÍPIO 9: 
Todos nós sabemos – ou saberemos 
agora – que o valor da moeda f lutua de 
acordo com o seu nível de abundância ou 
escassez. Explicando melhor, a moeda 
abundante tem valor baixo e, por isso, os 
preços das coisas medidas a partir dessa 
moeda tornam-se altos. Do contrário, a 
falta da moeda faz com que ela adquira 
alto valor, o que faz com que o nível geral 
dos preços desça acentuadamente.
Nesse sentido, o valor das coisas é 
representado por uma determinada quan-
tidade de moeda, a qual chamamos de 
preço. Aqui tratamos da inflação, que nada 
mais é do que a elevação de preços que 
ocorre na sociedade, de forma geral. O que 
causa inf lação? Inf lação é causada, prin-
cipalmente, pela elevação da quantidade 
de moeda em circulação. Um dos vilões 
é o governo que, não raramente, precisa 
emitir dinheiro para saudar seus próprios 
compromissos. Seu efeito é nocivo para a 
sociedade. E, sendo nociva, mantê-la em 
níveis baixos é um objetivo permanente 
das autoridades econômicas.
Na prática, por vezes, quando o 
governo decide lançar um acréscimo de 
moeda para a economia, entende-se à 
primeira vista que é uma solução fácil e 
viável contra os problemas da pobreza no 
país. Porém, mais a fundo, o que se vê é 
exatamente o oposto, visto que se há mais 
moeda circulando, ela perde valor, e os 
preços, de modo geral, sobem. É a isso 
que denominamos inflação. Mais adiante, 
no capítulo 3 desse e-book, trataremos o 
fenômeno da inf lação de maneira mais 
detalhada.
PRINCÍPIO 10: 
Aparentemente, um país que apre-
senta baixos índices de desemprego du-
rante alguns anos tende a apresentar baixa 
inflação. Assim sendo, em períodos entre 
um e dois anos (curto prazo), a inflação e o 
desemprego tendem a correr por direções 
opostas. Isso ocorre devido a uma série 
de motivos, pelo menos no curto prazo, 
a diminuição da inflação leva ao aumento 
do desemprego e vice-versa. Esse efeito é 
medido por um gráfico chamado curva 
de Philips. A escolha entre desemprego 
e inf lação é apenas temporária, mas pode 
levar alguns anos. Por causa disso, redu-
zir a inf lação torna-se ainda mais difícil 
para os governos, pois poderá gerar uma 
recessão temporária.
Os políticos podem explorar esse 
tradeoff mediante uma série de instru-
mentos de política, entre eles a alteração 
Os preços sobem quando o governo 
emite moeda demais.
A sociedade enfrenta um tradeoff 
de curto prazo entre inflação e 
desemprego.
15ECONOMIA E MERCADO
do montante de gastos do governo ou ar-
recadação referentea impostos ou, ainda, 
à emissão de moeda.
Agora ficou mais fácil compreen-
der a respeito de cada princípio da eco-
nomia! Continue o estudo!
SISTEMA ECONÔMICO
Você sabe como definir um sistema 
econômico?
Um sistema econômico pode ser de-
finido como a reunião dos diversos ele-
mentos participantes da produção de bens 
e serviços que satisfazem as necessidades 
da sociedade, organizados não apenas do 
ponto de vista econômico, mas também 
social, jurídico e institucional. Observe 
que os elementos integrantes de um sis-
tema econômico não são apenas pessoas, 
mas todos os fatores de produção: trabalho, 
capital e recursos naturais (VASCON-
CELLOS, 2004). Para que esses fatores 
façam parte do processo produtivo, eles 
precisam estar organizados de tal forma 
que a sua combinação resulte em algum 
bem ou serviço. As instituições onde são 
organizados os fatores de produção são 
denominadas unidades produtoras. Uma 
fábrica de automóveis, um banco e uma 
fazenda são exemplos de unidades produ-
toras, pois em cada uma delas os fatores 
trabalho, capital e recursos naturais estão 
organizados para a produção de algum 
bem ou serviço.
• Bens e Serviços de Consumo: 
são aqueles bens e serviços que satisfazem 
às necessidades das pessoas, quando são 
consumidos no estado em que se encon-
tram como alimentos, roupas e serviços 
médicos.
• Bens e Serviços Intermediários: 
são os bens e serviços que não atendem 
diretamente às necessidades das pessoas, 
pois precisam ser transformados para atin-
gir sua forma definitiva. Como exemplo, 
podemos citar as chapas de aço, que serão 
empregadas na produção de automóveis; 
os serviços de computação, que preparam 
folhas de pagamentos para empresas, entre 
outros. 
• Bens de Capital: também são bens 
que não atendem diretamente às necessida-
des dos consumidores, mas destinam-se a 
aumentar à eficiência do trabalho humano 
no processo produtivo, como as máquinas, 
as estradas etc.
COMPOSIÇÃO DO SISTEMA ECONÔMICO
No item anterior falamos da classi-
ficação de sistemas econômicos, segundo 
os tipos de bens produzidos nos mesmos. 
Podemos classificar também quanto ao 
tipo de unidade produtora, que podem ser 
agrupadas em três setores básicos:
A produção econômica pode ser 
classificada em três categorias 
(VASCONCELLOS, 2010), de acordo 
com a sua destinação:
16ECONOMIA E MERCADO
Setor Primário: 
É constituído pelas unidades 
produtoras que utilizam 
intensamente os recursos naturais 
e não introduzem transformações 
substanciais em seus produtos. 
Nesse setor, estão as unidades 
produtoras que desenvolvem 
atividades agrícolas, pecuárias e 
extrativas, sejam minerais, animais 
ou vegetais. Conhecemos esse 
setor como, setor agropecuário e 
extrativista.
Setor Secundário: 
É composto pelas unidades 
produtoras dedicadas às atividades 
industriais, através das quais os bens 
são transformados. Caracteriza-
se pela intensa utilização do fator 
de produção capital, sob a forma 
de máquinas e equipamentos. 
Indústrias de automóvel, de 
refrigerantes e de roupas são 
exemplos de unidades produtoras 
incluídas no setor secundário. é o 
conhecido setor industrial.
Setor Terciário: 
Esse setor é diferente dos dois 
primeiros, porque não produz um 
bem tangível (concreto), mesmo 
assim, é de grande importância no 
sistema econômico. É composto 
pelas unidades produtoras que 
prestam serviços, como os bancos, 
as escolas, as empresas de 
transporte, o comércio, entre outros. 
Esse setor, também conhecido como 
setor de serviços, é o setor que 
possui maior participação no valor 
da produção dos países. E quanto 
mais desenvolvido for o país, mais 
cresce.p
17ECONOMIA E MERCADO
Cada unidade produtora organiza os 
fatores da produção para a obtenção de um 
determinado produto ou para a prestação 
de um serviço. Entretanto, apesar da di-
versidade de objetivos das inúmeras uni-
dades produtoras, elas são classificadas de 
acordo com as características fundamentais 
de sua produção (PINHO & VASCON-
CELLOS, 2004; DALLAGNOL, 2008).
FLUXOS ECONÔMICOS 
Antes de falar dos tipos de fluxos da 
economia, pergunto-o: O que você entende 
por f luxo?
Para esclarecer esses conceitos, 
vamos utilizar a imagem de uma ba-
nheira:
O fluxo refere-se à água que sai da 
torneira para encher a banheira, e o esto-
que é a água que já acumulou na banheira. 
Essa diferenciação é importante, pois na 
Economia existem variáveis de f luxos e 
de estoques.
Um exemplo de variável estoque é a 
capacidade instalada da indústria do país, 
que o permite produzir mais.
Um exemplo de variável que men-
sura o f luxo, é a produção da economia 
(conhecida como PIB), mês a mês, ano a 
ano. Essa produção soma-se à riqueza já 
acumulada em um país. Os f luxos contri-
buem para a geração de renda, e em parte, 
para a ampliação da capacidade produtiva 
de um país (quando esse f luxo de recursos 
migra para os investimentos).
Para dar um exemplo mais próxi-
mo de todos nós, falarei do tal 
funcionamento em uma empresa. 
Nela, o estoque é o seu patrimô-
nio, aquilo que ela acumulou, e o 
f luxo é o que ela vende mês após 
mês, que lhe gera lucro. Esse lu-
cro, ou parte dele, por sua vez, somar-se-á, 
período após período, ao patrimônio já 
acumulado pela empresa (seu estoque).
Veja que, durante o processo de pro-
dução, em que são obtidos bens e serviços, 
as unidades produtoras (empresas ou pro-
dutores rurais, ou então profissionais autô-
nomos) remuneram os fatores de produção 
por elas empregados: pagam salários aos 
seus trabalhadores; pagam aluguel pelas 
instalações que ocupam; pagam juros pe-
los financiamentos obtidos; e distribuem 
lucros aos seus proprietários. Essa remu-
neração é recebida pelos proprietários dos 
fatores de produção e permite-lhes adquirir 
os bens e os serviços de que necessitam. 
Esse é um aspecto fundamental do sistema 
econômico, e que garante sua eficiência: as 
unidades produtoras, ao mesmo tempo em 
que produzem bens e serviços, remuneram 
os fatores de produção por elas emprega-
Qual é a 
diferença 
entre fluxos e 
estoques?
Então, na sequência, uma explicação 
mais focada nos fluxos, foco deste 
item:
18ECONOMIA E MERCADO
dos, permitindo que as pessoas adquiram 
bens e serviços produzidos por todas as 
outras unidades produtoras.
É possível termos outro exemplo, 
como o de uma pessoa que trabalha em 
uma fábrica de roupas, o qual não vai ad-
quirir apenas o produto de seu trabalho 
(as roupas) com o salário que recebe; ela 
precisa, também, comprar alimentos, alu-
gar ou comprar uma casa, tomar condução 
etc. Pois, é através da remuneração de sua 
força de trabalho (fator de produção que 
concorreu para a produção das roupas) 
que ela poderá adquirir as coisas de que 
necessita para viver. 
Portanto, podemos dar outro exem-
plo, como num sistema econômico, em 
que existem dois f luxos. O primeiro é o 
f luxo real, formado pelos bens e serviços 
produzidos no sistema econômico, que 
também recebe o nome de produto. O 
segundo é o fluxo nominal ou monetário, 
formado pelo pagamento que os fatores 
de produção recebem durante o processo 
produtivo, também denominado renda. 
O f luxo real, formado pelos bens 
e serviços produzidos, constitui a oferta 
da economia, ou seja, tudo aquilo que foi 
produzido e está à disposição dos con-
sumidores. O f luxo monetário, forma-
do pelo total da remuneração dos fatores 
produtivos, é a demanda ou procura da 
economia, ou seja, aquilo que as pessoas 
procuram para satisfazer suas necessida-
des e desejos. A oferta e a procura são 
as duas funções mais importantes de um 
sistema econômico (e serão estudadas na 
sequência). Essas duas funções formam 
o mercado, onde as pessoas que querem 
vender encontram-se com as pessoas que 
querem comprar.
Essa movimentação dos f luxos é o 
processo de circulação do sistema eco-
nômico e, por sua vez, esse processo tem 
importância singular para que o referido 
sistema cumpra o seu papel, produzindo 
bens e serviços e fazendo-os chegar às 
pessoas parasatisfazer suas necessidades.
DIVISÕES DA CIÊNCIA 
ECONÔMICA
A Ciência econômica está, de ma-
neira geral, dividida em duas grandes áreas 
de estudo: A Microeconomia e a Macro-
economia.
A Microeconomia está relacionada 
ao estudo de fenômenos diretamente liga-
dos ao comportamento das famílias e das 
Macroeconomia Microeconomia
Perspectiva geral Perspectiva 
individual
Países Consumidores
Análise do PIB 
nacional
Análise de 
produção individual
Estuda economia 
como um todo
Atividade do 
consumidor em 
mercado específico
Vamos compreender de que forma a 
ciência econômica divide-se:
Vamos entender sobre cada um:
19ECONOMIA E MERCADO
empresas. Estuda-se o comportamento dos 
agentes econômicos individuais (famílias e 
empresas), e a interação desses no mercado.
Na microeconomia, estudamos tam-
bém os tipos de mercado existentes, de 
acordo com a concentração (número de 
empresas e consumidores).
A Macroeconomia se preocupa com 
o estudo de fenômenos que englobam a 
economia como um todo.
Outro tipo de divisão na Ciência 
econômica se dá no tipo de Análise que é 
feita a respeito dos eventos/acontecimen-
tos econômicos. Na Ciência Econômica, 
algumas explicações são aceitas por todos, 
sem distinção, ou seja, são consideradas 
verdades entre todos os economistas (Aná-
lise Positiva). Já, outras explicações para as 
coisas são consideradas verdades somente 
para um grupo, e rejeitadas por outros 
(Análise Normativa). 
• Análise positiva: são declarações a 
respeito de como a economia funciona (ou 
como o mundo funciona). Exemplo: Se a 
renda da população aumentar, aumentará a 
demanda por vários produtos. Obs: todos 
concordam com esta afirmação.
• Análise normativa: são as decla-
rações acerca de como a economia deveria 
funcionar (ou como o mundo deveria fun-
cionar). Exemplo: A taxa de câmbio ideal 
Real/Dólar é R$2,00 por US$1,00. Nem 
todos concordam com esta afirmação. 
Portanto, nas aulas de economia 
fixaremos nossa atenção mais na análise 
positiva, ou seja, no funcionamento da 
economia, e deixaremos que você, após 
ter um conhecimento de Economia, de-
cida sobre o que pensa ser o melhor para 
o país, e a sociedade como um todo, pois 
esta questão está relacionada também ao 
meio onde vivemos, à educação escolar e 
familiar que tivemos, e as nossas principais 
convicções.
Renda e produto nacionais;
Investimentos;
Poupança e consumo agregados;
Nível geral de preços;
Emprego e desemprego;
Estoque de moeda e taxa de juros;
Balanço de pagamentos e taxa de Câmbio.
Variáveis da Macroeconomia
Economia é uma Ciência que se ocupa 
em analisar a melhor forma de alocar os 
recursos escassos.
Os recursos são fatores de produção 
utilizados para produzir, e englobam: 
terra, trabalho, capacidade empresarial e 
capital.
A produção e distribuição dos bens e 
serviços são realizados dentro de um 
sistema econômico organizado, que 
envolve as famílias, empresas e governo 
(agentes econômicos).
A produção do sistema econômico é 
realizada, de maneira geral, em três 
setores: primário (agropecuária), 
secundário (indústria) e terciário 
(serviços).
Na Economia, podemos dividir os fluxos 
em: fluxo real (circulação de mercadorias 
e serviços) e fluxo monetário (circulação 
de moeda – dinheiro, renda).
O estudo da Economia divide-se em: 
Microeconomia (estudo das empresas, 
consumidores e a interação entre eles 
nos mercados) e a Macroeconomia 
(resultados da ação conjunta de todos 
(taxa de desemprego, inflação, produção 
nacional, entre outros).
Existem alguns princípios que norteiam 
a economia, e que ajudarão na 
compreensão dos próximos assuntos.
Agora, vamos exercitar o que 
você compreendeu até aqui!
PORTANTO, AO LER 
ESTA UNIDADE, 
DEVE ESTAR CLARO 
PARA VOCÊ:
21ECONOMIA E MERCADO
ATIVIDADES
 1). Na vida, a todo o momento temos decisões 
importantes para tomar, caminhos para escolher, escolhas 
para fazer. A Ciência Econômica, particularmente, a área 
da Microeconomia, preocupa-se em estudar, no tocante 
aos recursos, qual seria a melhor escolha na utilização dos 
recursos para a produção, assim como no consumo. Sobre 
os conceitos de trade off e custo de oportunidade, assinale 
a alternativa correta:
(A) Trade-off são os custos que temos quando adquiri-
mos algo;
(B) Custo de oportunidade é um custo contábil, monetário, 
que passamos a ter após tomar uma decisão;
(C) Os custos de oportunidades refletem, após tomada a 
decisão de emprego dos recursos, o que deixamos de ganhar 
com a melhor alternativa no emprego dos recursos;
(D) O trade off existe somente pelo fato de os recursos 
serem ilimitados;
2). O conceito de custo de oportunidade nos auxilia a 
tomar decisões quando os recursos são escassos. Podemos 
definir custo de oportunidade como:
(A) Custo nominal de se obter algo; 
(B) Tudo o que deixamos de obter quando tomamos uma 
determinada decisão;
(C) Toda oportunidade que aproveitamos ao tomar uma 
decisão;
(D) O custo de toda oportunidade que é aproveitada 
por uma empresa;
(E) Custo exclusivamente contábil, medido em moeda 
corrente. 
3). Os fatores de produção são conhecidos como tudo 
aquilo que é utilizado na produção. Sobre os fatores, assinale 
a alternativa correta:
(A) O fator capital compreende tudo que é utilizado da 
natureza para produzir;
(B) O fator trabalho refere-se o Recurso Humano que 
organiza o trabalho, a terra e o capital para a produção de 
bens e serviços;
(C) A capacidade empresarial compreende as ferramentas, 
instrumentos, maquinário, prédios e outras instalações que 
as empresas utilizam para produzir bens e serviços;
(D) O fator trabalho engloba o esforço que as pessoas 
dedicam à produção de bens e serviços;
(E) A terra é um fator que compreende as ferramentas, 
instrumentos, maquinário, prédios e outras instalações que 
as empresas utilizam para produzir bens e serviços.
4). Conforme vimos nesta unidade, a Economia é uma 
Ciência social que possui diversos conceitos, mas todos 
alinhados entre si. Assinale a alterativa que contém somente 
palavras-chave importantes do conceito de economia:
(A) Cronograma, distribuição, produção;
(B) Escassez, recursos, produção;
(C) Distribuição, abundância, projeto;
(D) Construção, serviços , logística;
(E) Escassez, projetos, pessoas.
5). Quais são os agentes que influenciam na economia 
(agentes econômicos)? Explique, com suas palavras, qual 
é o espaço que cada um dos agentes ocupa no Sistema 
Econômico:
22ECONOMIA E MERCADO
MERCADOS
Entendendo mais sobre mercado
A base de todo o conhecimento de Economia está no 
conhecimento sobre o funcionamento dos mercados. Todo o 
funcionamento da economia e as principais decisões que são 
tomadas, dependem dos movimentos dos mercados. Desse 
modo, a Economia também poderia ser entendida como um 
conjunto de mercados: mercado de produtos, mercado de 
serviços, mercado de trabalho, mercado de câmbio, mercado 
financeiro. Somente compreendendo a teoria básica do fun-
cionamento dos mercados podemos ir adiante. Dessa forma, 
esta unidade será toda focada na compreensão do funciona-
mento do Mercado.
Mercado, enquanto definição simplista, fala de um 
determinado espaço onde os agentes econômicos operam 
suas negociações (transações). Definição, essa, que não é 
compatível com a prática econômica, pois mercado é o espaço 
abstrato, demarcado pelas forças da demanda e da oferta, em 
que coexistem executivos do setor financeiro, de organizações 
23ECONOMIA E MERCADO
industriais, governo, consumidores e so-
ciedade em geral. Mercado, em suma, é o 
espaço em que são ofertados e procurados 
diferentes tipos de recursos econômicos 
(ver Recursos Econômicos).
Mercado também pode ser definido 
como um grupo de compradores e vende-
dores de um determinado bem ou serviço. 
Podem ser competitivos (feiras livres, por 
exemplo) e não competitivos (monopólio 
e oligopólio, por exemplo). Um mercado 
é considerado competitivo quando pos-
sui um grande número de compradores 
e vendedores, de tal forma,que nenhum 
deles possui o poder de afetar o preço de 
mercado. Já no mercado não competitivo, 
uma ou algumas empresas detém uma 
grande parcela do mercado, e possuem 
poder de inf luência sobre os preços dos 
produtos.
DEMANDA
A quantidade demandada de um 
bem é a quantidade desse bem que os 
compradores podem e desejam comprar.
Muitas coisas afetam a quantidade 
demandada de um determinado bem. Mas 
podemos afirmar que existe uma relação 
negativa entre a quantidade demandada 
e o preço do bem, que pode ser expressa 
pela lei da demanda.
A lei da demanda afirma que, tudo 
o mais constante (ceteris paribus), a quan-
tidade demandada de um bem aumenta 
quando o preço diminui.
Esta expressão, ceteris paribus, é 
empregada na economia, pois diversas 
variáveis alteram-se simultaneamente. 
Assim, para compreendermos o impacto 
de cada variável na economia, temos que 
desconsiderar o impacto das demais. 
Sabemos que quando o preço de um 
bem muda, ao mesmo tempo pode mudar 
a renda da população, as preferências dos 
consumidores pelos produtos, e assim por 
diante. Dessa forma, quando queremos 
analisar o impacto que uma variação no 
preço de um produto tem sobre a demanda 
do mesmo, temos que supor que as demais 
variáveis permanecem constantes, como 
exemplo a renda, preferências e gostos, que 
são outras variáveis que podem impactar 
na demanda.
Sobre o impacto da variação do pre-
ço na quantidade demandada, a curva de 
demanda expressa a quantidade deman-
dada para cada nível de preços. A curva 
de demanda é negativamente inclinada, 
ou seja, existe uma relação inversa entre 
preço do bem e quantidade demandada 
do mesmo.
ceteris paribus é uma expressão 
do latim que pode ser traduzida 
por “todo o mais é constante” ou 
“mantidas inalteradas todas as 
outras coisas”.
24ECONOMIA E MERCADO
Isso, porque cada unidade adicional 
que demandamos de um determinado bem 
nos proporciona um benefício marginal 
menor, reduzindo nossa disposição de pa-
gar pelo bem.
Então, quando estamos com fome, 
a primeira fatia de pizza nos vale muito 
(logo estaríamos dispostos a pagar mais 
pela mesma). Entretanto, a décima fatia 
de pizza é bem menos valorizada por nós 
(logo pagaríamos menos por esta fatia do 
que pela primeira).
• A quantidade demandada de um 
mercado aumenta à medida que o preço 
reduz, e vice-versa.
Pelo quadro apresentado, percebe-
-se que, à medida que o preço do bem 
reduz, aumenta a quantidade demandada 
do mesmo, ceteris paribus (caso tudo o 
mais permaneça constante, e somente o 
preço reduzir) demonstrando a relação 
inversa entre as variáveis preço e quan-
tidade demandada. 
Preço bem A Quantidade 
demandada do bem A
10 2
9 4
8 6
7 8
6 10
5 12
4 14
12
10
8
6
4
2
0 2 4 8 10 12 14
q (quantidade)
6
p 
(p
re
ço
)
Curva de demanda do mercado
Como exemplo disso, vamos falar em 
pizza, pois quem não gosta de comer 
pizza???!!! Observe:
No gráfico da demanda, no eixo 
vertical, há a variável preço, e no eixo 
horizontal, está a variável quantidade 
demandada (ou comprada). Note que, 
para preços mais altos a quantidade 
demandada é menor, e para preços 
mais baixos a quantidade demandada 
é maior. Devido a esta relação inversa 
entre as variáveis, preço e quantidade 
demandada (quando uma é alta a outra 
é baixa, e vice versa), é que o gráfico 
possui inclinação negativa, ou seja, ele 
cai, da esquerda para a dieita. 
25ECONOMIA E MERCADO
A curva de demanda também pode 
ser interpretada como o preço máximo 
que o mercado está disposto a pagar por 
uma determinada quantidade. É impor-
tante lembrar que qualquer variação nos 
preços muda a quantidade demandada, 
ocasionando um deslocamento ao longo da 
curva e NÃO um deslocamento da curva 
de demanda.
São principalmente alguns fatores, 
que causam deslocamento da curva de de-
manda, segundo Pinho & Vasconcellos 
(2004), Mankiw (2009):
• Preço de outros bens: A demanda 
de um bem também é afetada quando o 
preço de bens relacionados varia. Entre-
tanto, o impacto da demanda depende 
do tipo de bem relacionado, que pode ser 
complementar ou substituto.
Bens substitutos: um bem no qual 
o aumento de preço de um eleva a de-
manda pelo outro. Ceteris paribus, dados 
dois bens similares, preferimos consumir 
bens mais baratos a bens mais caros. Logo, 
quando o preço de um bem similar au-
menta, substituímos o consumo desse pelo 
similar mais barato. Um exemplo de bens 
substitutos seria manteiga e margarina. 
Bens complementares: um bem no 
qual o aumento de preço de um reduz a 
demanda pelo outro. Ceteris paribus, da-
dos dois bens complementares, que sejam 
consumidos em conjunto, a elevação do 
preço de um bem reduz a demanda pelo 
outro bem. Um exemplo de bens comple-
mentares seria pão de cachorro quente e 
salsicha.
• Renda do consumidor: o consumo 
de determinados bens está totalmente re-
lacionado com a sua renda, tendo em vista 
que a determinada quantia de dinheiro 
ganhada pelo seu trabalho determina que 
tipos de bens podem ser adquiridos com 
ela.
A demanda de um bem é afetada 
quando a renda aumenta. Entretanto, o 
impacto dessa depende do tipo de bem, 
que pode ser normal ou inferior:
Em exemplo de bem normal é a 
carne de primeira. Quando a renda das 
pessoas aumenta, ocorre uma elevação 
da demanda, sendo um deslocamento de 
toda a curva de demanda para a direita, 
elevando-se a quantidade demandada para 
qualquer nível de preços.
Como exemplo de bem inferior po-
de-se citar a carne de segunda. A medida 
que aumenta o nível de renda das pessoas, 
as mesmas aumentam o consumo de carne 
de segunda. A partir de um dado nível 
de renda, as pessoas podem achar mais 
interessante substituir o consumo de car-
ne de segunda por consumo de carne de 
primeira. Assim, a partir desse nível, em 
Bem normal: um bem para o qual, 
ceteris paribus, dada uma elevação da 
renda, eleva a demanda. 
Bem inferior: um bem para o qual, 
ceteris paribus, dada uma elevação da 
renda, reduz a demanda.
26ECONOMIA E MERCADO
vez de aumentar o consumo de carne de 
segunda, o aumento na renda fará reduzir 
o consumo de carne de segunda. A partir 
daí, esse bem passa a ser identificado como 
um bem inferior.
• Hábitos ou preferência: também 
deve ser considerada a questão dos hábitos 
pessoais, porque se o indivíduo não cos-
tuma consumir determinado produto não 
passará a consumi-lo independente do pre-
ço praticado. Os consumidores modificam 
as suas demandas por bens e serviços em 
virtude de mudanças de gostos e hábitos.
Caso fosse divulgado que suco de 
laranja ajuda na prevenção de problemas 
cardíacos, ocorreria um aumento na de-
manda pelo mesmo.
• Número de Compradores: A che-
gada de imigrantes ou uma elevação das 
taxas de natalidade elevam a demanda por 
bens e serviços.
• Expectativas: As expectativas dos 
agentes quanto ao futuro afetam a sua 
demanda por bens e serviços hoje. Caso 
você acredite que vai perder o emprego 
mês que vem, você reduz a sua demanda 
hoje. Caso você possua expectativa de que 
o preço de um bem que você planeja com-
prar mês que vem vai subir, você antecipa 
o seu consumo e demanda o bem hoje.
Deslocam para a direita quando o 
impacto na demanda for positivo, e para 
a esquerda quando o impacto na demanda 
for negativo.
OFERTA
A quantidade ofertada de um bem 
é a quantidade desse bem que os vende-
dores podem e desejam vender. Muitas 
coisas afetam a quantidade ofertada de um 
determinado bem. Mas podemos afirmar 
que existe uma relação positiva entre a 
quantidade ofertada e o preço do bem, 
que pode ser expressa pela lei da oferta.
A lei da oferta afirma que, tudo o 
mais constante (ceteris paribus), a quanti-
dade ofertada de um bem aumenta quan-
do o preço aumenta. A curva de oferta 
expressa a quantidade ofertada para cada 
nível de preços.
A curva de oferta é positivamente 
inclinada, pois existe uma relação direta 
entre preços e quantidade ofertada. Quan-
do os preços reduzem a quantidade oferta-
da, também apresenta redução, e quando 
os preços aumentam,a oferta aumenta. A 
partir de certo ponto, para elevar a pro-
dução é necessário utilizar mais matérias 
primas e outras técnicas que elevam os 
Por exemplo, o conhecimento 
dos malefícios do fumo reduziu a 
demanda por cigarros.
Esses fatores deslocam a curva da 
demanda para a direita ou para a 
esquerda.
27ECONOMIA E MERCADO
custos de produção, elevando o preço mí-
nimo pelo qual o produtor está disposto a 
ofertar o produto.
Assim como ocorre com a deman-
da, a oferta de mercado é dada pela soma 
de todas as ofertas individuais para cada 
nível de preços.
Dessa forma, a oferta total reduz 
a medida em que os preços reduzem, e 
vice-versa:
A curva de oferta também pode ser 
interpretada como o preço mínimo que o 
mercado cobra para ofertar determinada 
quantidade. 
É importante lembrar que qualquer 
variação nos preços muda a quantidade 
ofertada, ocasionando um deslocamento 
ao longo da curva e não um deslocamento 
da curva de oferta. 
Preço bem A Quantidade 
demandada do bem A
10 20
9 18
8 16
7 14
6 12
5 10
4 8
Curva de oferta individual
8
7
6
p 
(p
re
ço
)
5
4
3
2
1
0 2 4 6 8 10 12 14
q (quantidade)
Observe:
No gráfico da oferta, no eixo vertical 
existe a variável preço, e no eixo 
horizontal está a variavel quantidade 
ofertada (ou comprada). Note que, para 
preços mais altos a quantidade ofertada 
é maior, e para preços mais baixos a 
quantidade ofertada é menor. Devido a 
essa relação direta entre as variáveis, 
preço e quantidade ofertada (quando 
uma é alta a outra é alta, e quando uma 
é baixa a outra é baixa), é que o gráfico 
possui inclinação positiva, ou seja, é 
crescente, da esquerda para a direita.
28ECONOMIA E MERCADO
• Preço dos Insumos: Uma alteração 
no preço dos insumos afeta o preço míni-
mo que as firmas estão dispostas a receber 
para oferta de determinada quantidade de 
um bem ou serviço no mercado. Dessa 
forma, uma elevação no preço de um in-
sumo importante tende a reduzir a oferta 
daquele bem, deslocando a curva de oferta 
para cima e para a esquerda. Um exemplo, 
seria a redução na oferta de carros, caso o 
aço, um insumo fundamental, tivesse seu 
preço elevado.
• Preço dos bens alternados: Bens 
alternados são aqueles que podem ser pro-
duzidos pelo mesmo produtor com peque-
nas alterações em sua planta. Por exem-
plo, açúcar e álcool são produzidos por 
usineiros. Suponha que o preço do açúcar 
em relação ao álcool suba, o que ocorrerá 
com a produção de álcool? A produção de 
álcool é reduzida e a produção de açúcar 
aumenta, deslocando a curva de oferta de 
açúcar para baixo e para a direita, e a de 
álcool para cima e para a esquerda.
Outro exemplo é sorvete e frozen 
iogurte. Se o preço do sorvete aumenta, 
a produção de frozen iogurte cai, e a de 
sorvete aumenta, devido ao deslocamento 
da produção, deslocando a curva de sorvete 
para baixo e para a direita e a de frozen 
iogurte em direção contrária.
• Tecnologia: A tecnologia é a 
forma como se transforma insumos em 
produto. Dessa forma, uma melhoria tec-
nológica que gere mais produto de uma 
mesma quantidade de insumos eleva a 
oferta, deslocando a curva de oferta para 
baixo e para a direita.
• Mudanças climáticas: Em di-
versos mercados, fatores climáticos são 
importantes no processo produtivo.
 O exemplo mais óbvio é a agricul-
tura, em que uma seca severa pode reduzir 
a produção, deslocando a curva de oferta 
para cima e para a esquerda.
 Um clima perfeito, por sua vez, ex-
pande a produção, deslocando a curva de 
oferta para baixo e para a direita.
• Expectativas: As expectativas dos 
agentes quanto ao futuro afetam a sua 
oferta por bens e serviços, hoje.
 Caso o produtor pense que o preço 
do bem que ele produz vá subir de preço 
mês que vem, o produtor reduz a oferta 
hoje, estocando a produção, para vender 
mês que vem a um preço mais elevado. 
Isso desloca a curva de oferta para cima 
e para a esquerda.
• Número de vendedores: Uma 
elevação do número de vendedores eleva 
a oferta de bens e serviços na economia.
 Logo, o aumento do número de ven-
dedores eleva a oferta de bens e serviços, 
deslocando a curva de oferta para baixo e 
para a direita.
A curva de oferta pode ser deslocada 
por diversos fatores:
29ECONOMIA E MERCADO
 O número de vendedores pode au-
mentar por meio de uma abertura de mer-
cado ou de uma elevação da concorrência.
EQUILÍBRIO DE MERCADO
A primeira impressão, após estudar 
oferta e demanda, pode ser de que elas di-
vergem ou, no mínimo, correm em sentido 
contrário. No entanto, é a relação dessas 
ações que leva o mercado a um mínimo de 
harmonização, gerando assim o equilíbrio 
de mercado. 
Veremos, agora, então, as curvas 
de Demanda e Oferta em conjunto, no 
mesmo gráfico, pois essa é a configuração 
básica de um mercado (interação entre 
oferta e demanda).
As curvas de oferta e demanda jun-
tas determinam o equilíbrio no mercado, 
indicando preço e quantidade de equilí-
brio.
• No equilíbrio, a quantidade oferta-
da é igual à quantidade demandada. Essa 
situação é chamada de equilíbrio, porque 
nenhum dos agentes está disposto a mudar 
a sua decisão de ofertar ou demandar bens 
e serviços.
Isso ocorre porque, ao preço de 
equilíbrio, todos os agentes dispostos a 
comprar o bem por aquele preço compram 
o produto, e todos os produtores dispostos 
a vender, vendem o produto.
Os consumidores representados na 
curva de demanda, à direita do ponto de 
equilíbrio, estão dispostos a pagar um 
preço inferior àquele que os produtores 
estão dispostos a ofertar o produto. Logo, 
nenhum deles mudará a sua decisão de 
comprar ou vender os produtos.
O equilíbrio 
nesse mercado 
ocorre de forma 
natural. 
30ECONOMIA E MERCADO
Perceba que, neste caso, a quanti-
dade ofertada fica acima da quantidade 
demandada. Nesse caso, existe um excesso 
de oferta, pois existem mais bens sendo 
vendidos àquele preço do que consumi-
dores dispostos a comprar o bem. Com 
isso, os produtores reduzem seus preços 
para evitar o “encalhe” do produto, o que 
eleva a demanda pelo mesmo.
Esse processo ocorre até a econo-
mia atingir o ponto de equilíbrio, em que 
vendedores e consumidores encontram-se 
satisfeitos.
Outro problema seria o nível de 
preços ser inferior ao preço de equilíbrio.
Nesse caso, muitos consumidores 
demandam um produto que não está sendo 
ofertado em quantidade suficiente, há um 
excesso de demanda. Logo, consumidores 
oferecem preços mais elevados para obter 
o bem, o que estimula uma elevação da 
oferta.
Esse processo ocorre até a econo-
mia atingir o ponto de equilíbrio, em que 
vendedores e consumidores encontram-se 
satisfeitos.Suponha que o preço esteja acima do 
preço de equilíbrio. 
Desequilíbrio no mercado/ preço acima
Preço
Quantidade
OFE
RTA
DEMANDA
P1
P*
Qd Q* Qo
P1= Preço acima do equilíbrio
P*= Preço de equilíbrio
Qd= Quantidade demandada
Q*= Quantidade de equilíbrio
Qo= Quantidade ofertada
Desequilíbrio no mercado/ preço abaixo
Preço
Quantidade
OFE
RTA
DEMANDA
P*
Pa
Qo Q* Qd
Pa= Preço abaixo do preço de equilíbrio
P*= Preço de equilíbrio
Qd= Quantidade demandada
Q*= Quantidade de equilíbrio
Qo= Quantidade ofertada
Observe:
O mercado sempre atinge o equilíbrio, 
não importa se o preço estiver acima 
ou abaixo do preço de quilíbrio.
Quando há um excesso de oferta, os 
produtores passam a ofertar seus 
produtos a preços mais baixos, até 
que a economia atinja o equilíbrio.
Quando há um excesso de demanda, 
os consumidores passam a ofertar 
preços mais elevados pelos bens e 
serviços, até que a economia atinja o 
equilíbrio.
Lei de oferta e demanda: o preço de 
qualquer bem se ajusta para trazer a 
quantidade ofertada e a quantidade 
demandada desse bem para o 
equilíbrio.
31ECONOMIA E MERCADO
ANÁLISE DE MUDANÇAS NO 
MERCADO: 
Como visto anteriormente, diversos 
fatores afetam a oferta e a demanda no 
mercado. Logo, para analisar seus efeitos 
no mercado, realizamos uma análise em 
três etapas:
1- Avaliar se o acontecimento afeta 
a curva de oferta, demandaou ambas;
2- Verificar em qual direção a curva 
é deslocada;
3- Verif icar como a(s) alteração 
(ções) afetam o equilíbrio.
Relembrando!
Fatores que afetam inicialmente 
o lado da demanda de mercado, 
deslocando a mesma: 
• renda;
• preço de bens relacionados 
(substitutos e complementares);
• gostos e preferências do 
consumidor;
• número de compradores no 
mercado;
• expectativas de aumento ou queda 
no preço dos bens.
Fatores que afetam inicialmente 
o lado da demanda de oferta, 
deslocando a mesma: 
• preço dos insumos de produção 
(que afetam o custos de produção);
• mudanças tecnológicas;
• número de vendedores;
• preço dos bens alternados;
• expectativas;
• clima.
Ponto de equilíbrio é o ponto onde as curvas de demanda e oferta se cruzam.
• Preço e quantidade de equilíbrio, são o preço e a quantidade nesse ponto de 
cruzamento das curvas. 
• Dessa maneira, a forma como como as duas curvas serão analisadas no mesmo 
gráfico quando olharmos para a curva de demanda no eixo horizontal será a 
quantidade demandada, e quando olharmos a curva de oferta no gráfico será a 
quantidade ofertada.
32ECONOMIA E MERCADO
Com base nas informações ante-
riores, veja na sequência, graficamente, o 
efeito de um aumento da renda da popu-
lação na demanda de um mercado. 
Como a renda afeta o lado da de-
manda de mercado, e aumento na renda 
é algo positivo para a mesma, a curva de 
demanda se desloca para a direita (deman-
da 2, pontilhada). Ao preço anterior, em 
P1 haverá um desequilíbrio no mercado, 
a demanda será superior à oferta. O preço 
então aumentará, e o mercado então se 
ajustará até atingir um novo equilíbrio, 
ao preço P2 e quantidade Q2.
Suponha que, agora, reduza o preço 
de um bem substituto ao bem analisado 
no gráfico (na direita). Quando isso acon-
tece, o bem substituto fica mais barato 
que o bem analisado no gráfico a seguir, 
e a curva da demanda do bem analisado 
graficamente se deslocará para a esquerda. 
Temporariamente, o mercado apresentará 
excesso de oferta, e os preços cairão para 
que o mercado se ajuste ao novo ponto de 
equilíbrio, P1.
Vejamos agora, como o mercado 
comporta-se quando a curva de oferta 
se desloca:
Na sequência, o efeito de uma me-
lhoria tecnológica. Vejam, que: como a tec-
nologia afeta o lado da Oferta de mercado, 
e trata-se de algo positivo para a oferta, a 
curva de oferta se desloca para a direita. 
Com o deslocamento da curva, ao preço 
P1 (preço inicial) o mercado estará em 
desequilíbrio, e a oferta será maior do que 
a demanda, ou seja, terá excesso de oferta 
no mercado. O preço, então, reduzirá até 
atingir um novo ponto de equilíbrio, ao 
Deslocamento da demanda para a direita
Preço
Quantidade
OF
ER
TA
DEMANDA 1
P2
P1
Q1 Q2
P1= Preço inicial
P2= Preço após o deslocamento 
da demanda
Q1= Quantidade inicial
Q2= Quantidade após o 
deslocamento da demanda
DEMANDA 2
Deslocamento da demanda para a esquerda
Preço
Quantidade
OF
ER
TA
DEMANDA 2
P1
P2
Q2 Q1
P1= Preço inicial
P2= Preço após o deslocamento 
da demanda
Q1= Quantidade inicial
Q2= Quantidade após o 
deslocamento da demanda
DEMANDA 1
Observe: com esse deslocamento da 
demanda para a direita (demanda 2), 
no novo ponto de equilíbrio, ao preço 
P2 e quantidade Q2, a quantidade e 
preço ficarão maiores.
Observe: com este deslocamento da 
demanda para a esquerda demanda 2), 
no novo ponto de equilíbrio, ao preço 
P2 e quantidade Q2, a quantidade e 
preço estarão menores.
33ECONOMIA E MERCADO
preço P2 (neste caso mais baixo do que 
o P1).
A seguir, o efeito de um aumento 
nos custos de produção em um mercado. 
Variações nos custos de produção impac-
tam no lado da oferta do mercado, e como 
os mesmos aumentaram, é algo negativo 
para oferta, a curva de oferta se desloca 
para a esquerda. Nesse caso, ao preço P1 o 
mercado apresentará inicialmente excesso 
de demanda , e o preço terá que aumentar 
para que o mercado se equilibre novamente 
ao preço P2.
Em todos os casos analisados acima, 
consideramos a situação “ceteris paribus”, 
ou seja, consideramos que somente uma 
variável se altera, enquanto todas as demais 
permanecem constantes. Na realidade, nos 
mercados, diversas variáveis (renda, preços 
de bens relacionados, gostos, custos de 
produção, etc), alteram-se simultaneamen-
te. No entanto, precisamos isolar o impacto 
de cada uma delas para entendermos os 
movimentos do mercado. 
ELASTICIDADE 
Vimos, anteriormente, que quando 
os preços aumentam ou diminuem, a oferta 
e a demanda também sofrem alteração. 
Também foi abordado que, além do preço, 
mudanças em outras variáveis impactam 
nas curvas da demanda e oferta. Mas como 
será este impacto? Será grande ou peque-
no? O tamanho do impacto da mudança 
em diversas variáveis na demanda e oferta 
de um mercado depende de vários fatores, 
como veremos adiante, e é mensurado por 
meio das elasticidades. 
Deslocamento da oferta para a direita
Preço
Quantidade
OF
ER
TA
 1
DEMANDA
P2
P1
Q1 Q2
P1= Preço inicial
P2= Preço após o deslocamento 
da oferta
Q1= Quantidade inicial
Q2= Quantidade após o 
deslocamento da oferta
OF
ER
TA
 2
Deslocamento da oferta para a esquerda
Preço
Quantidade
OF
ER
TA
 1
DEMANDA
P2
P1
Q2 Q1
P1= Preço inicial
P2= Preço após o deslocamento 
da oferta
Q1= Quantidade inicial
Q2= Quantidade após o 
deslocamento da oferta
OF
ER
TA
 2
Observe: no novo ponto de equilíbrio, 
o deslocamento da curva de oferta 
para a direita causa redução no preço 
e aumento na quantidade demandada 
e ofertada do produto ou serviço 
analisado.
Observe: no novo ponto de equilíbrio, o 
deslocamento da curva de oferta para 
a esquerda causará aumento no preço 
e redução na quantidade demandada 
e ofertada do produto ou serviço 
analisado.
34ECONOMIA E MERCADO
Elasticidade preço-demanda
Genericamente, pode-se perceber 
que mudanças nos preços dos bens provo-
cam mudanças nas quantidades procuradas 
(VASCONCELLOS, 2004). Dallagnol 
(2008) diz que a elasticidade preço-de-
manda é a relação que existe entre as mo-
dificações relativas observadas nas quan-
tidades procuradas, as quais são oriundas 
das alterações relativas nos preços. Em 
suma, ela mede a reação da quantidade 
demandada de um produto em função da 
variação de preço.
Caso a Demanda venha reduzir 2 % 
para cada 1% de aumento nos preços de 
um determinado produto, dizemos que 
a elasticidade–preço da demanda nesse 
mercado é de 2,0.
Caso a Demanda reduzisse 0,5% 
para cada 1% de aumento nos preços desse 
mercado, a elasticidade-preço da demanda 
seria de 0,5.
Denominamos elasticidade-preço 
da demanda, a relação entre as diferen-
tes quantidades de procura (ou demanda) 
de certos bens ou serviços em função das 
alterações verificadas em seus respecti-
vos preços (POSSAMAI, 2001). O autor 
continua dizendo que a elasticidade com-
preende, basicamente, demanda elástica, 
quando o aumento da procura é propor-
cionalmente maior do que a redução do 
preço; demanda de elasticidade unitária, 
quando o aumento na procura é propor-
cional à redução dos preços; e demanda 
inelástica, quando o aumento na procura 
não é proporcional à redução relativa dos 
preços.
Assim, quando o valor obtido de 
elasticidade for maior do que 1,0, sem 
considerar o sinal da elasticidade (pois é 
sempre negativo), diz-se que a demanda 
é elástica.
Quando o valor obtido for menor do 
que 1,0 (sem olhar o sinal, pois este sinal 
é sempre negativo), diz-se que a demanda 
é inelástica.
Quando o resultado for igual a 1,0, a 
elasticidade é unitária, ou seja, a demanda 
responde reduzindo na mesma proporção 
do aumento no preço.
Para uma grande parte dos produtos, 
uma variação nos preços, mesmo que leve, 
pode provocar uma alteração nas quanti-
dades procuradas. Para outra parte deles, 
nem mesmo uma alteração acentuada de 
preços é capaz de provocar modificação 
nas quantidades demandadas. E há ou-
tros casos em que as variações de preços 
e quantidades são muito proporcionais 
(DALLAGNOL, 2008). Esses graus de 
sensibilidade podemser mensurados a par-
tir da elasticidade preço-demanda. 
Em geral, a elasticidade da demanda 
de um bem depende da disponibilidade de 
outras mercadorias que possam substituí-
-lo. Quando existem substitutos à altura, 
um aumento de preço faz com que o con-
A demanda sempre reduz quando o 
preço de um produto aumenta. Mas 
quanto ela reduz?
35ECONOMIA E MERCADO
sumidor diminua o consumo desse bem e 
passe a consumir mais o substituto. Aí, a 
demanda é elástica. No caso de não haver 
substitutos à altura, o que ocorre mais 
para produtos básicos, o comportamento 
da demanda tende a ser mais inelástico.
Como já se espera estar claro, a 
elasticidade da demanda de um produto 
está relacionada principalmente ao preço 
praticado e pela substitutibilidade desse 
produto. Contudo, em termos práticos, 
deve-se considerar que os fatores que refle-
tem quanto ao grau de elasticidade-preço 
da procura são:
• Essencialidade do produto. Bens 
básicos (essenciais ou de necessidade) ten-
dem a ter uma curva de procura menos 
elástica do que aqueles bens considerados 
supérf luos. Com isso, entende-se que o 
consumo de produtos como alimentação 
ou outros itens necessários tendem a se 
manter mesmo com a alta de preços. Logo, 
quanto maior a essencialidade do produto, 
mais inelasticidade existe na sua demanda. 
Nisso, também, são inseridas as questões 
de hábitos ou vícios.
• Substitutibilidade do produto: 
Produtos que se substituem mutuamente 
mantêm maiores coeficientes de elastici-
dade-preço. Como já foi dito, a existência 
ou não de substitutos à altura é uma das 
principais determinantes da sua elastici-
dade-preço. Em outro extremo, produtos 
sem substitutos tendem a apresentar uma 
curva de procura inelástica.
• Periodicidade de aquisição e Im-
portância no orçamento: Andando juntas, 
tem-se a periodicidade de aquisição de um 
produto e sua importância no orçamento 
familiar. Quanto mais periódica a aquisi-
ção de um produto e quanto mais impor-
tante no orçamento for um bem, menor 
será a sensibilidade à alteração de preços. 
Quanto mais o produto é frequentemente 
adquirido pela família, menos a família 
preocupa-se com o seu preço. Esse item 
também está relacionado aos hábitos de 
consumo. 
Para calcular a elasticidade da de-
manda de determinado produto, pode-
mos utilizar a seguinte fórmula:
ELASTICIDADE PREÇO-OFERTA
Como se viu, um aumento nos 
preços provoca uma alteração, para mais, 
nas quantidades ofertadas. No entanto, 
o conceito de elasticidade-preço também 
é aplicado à oferta. Também, no caso da 
oferta, há diferentes níveis de sensibilida-
de, e esses níveis de sensibilidade podem 
ser mensurados, através da relação exis-
tente entre as modificações percentuais 
nas quantidades ofertadas decorrentes das 
alterações percentuais nos preços (AIUB, 
2009).
A elasticidade preço-oferta é sempre 
positiva, tratando-se de curvas típicas de 
 (Q2 – Q1)
 E = Q1
 (P2 – P1)
 P1
 Q1 = Quantidade Demandada inicial P1 = Preço inicial
 Q2 = Quantidade Demandada final P2= Preço final
36ECONOMIA E MERCADO
oferta, os preços e as quantidades cami-
nham sempre em direção direta. Assim, 
uma modificação percentual positiva nos 
preços (aumento) conduz a uma conse-
quente modificação percentual positiva nas 
quantidades ofertadas. Ao mesmo passo 
em que, as reduções nos preços levam à 
redução nas quantidades ofertadas. 
Os principais fatores que inf luen-
ciam a elasticidade preço-oferta são: a dis-
ponibilidade dos fatores de produção; e a 
defasagem de resposta (tempo) exigido 
pelo processo produtivo.
Para calcular a elasticidade da 
oferta de determinado produto, pode-se 
utilizar a seguinte fórmula:
Da mesma maneira que na deman-
da, caso a oferta aumentar 2 % para cada 
1% de aumento nos preços de um deter-
minado produto, dizemos que a elasticida-
de–preço da oferta neste mercado é de 2,0.
Caso a Oferta aumentasse 0,5% para 
cada 1% de aumento nos preços desse mer-
cado, a elasticidade-preço da oferta seria 
de 0,5.
Desse modo, quando o valor obtido 
de elasticidade for maior do que 1,0, diz-se 
que a oferta é elástica.
Quando o valor obtido for menor do 
que 1,0, diz-se que a oferta é inelástica.
Quando o resultado for igual a 1,0, 
a elasticidade é unitária, ou seja, a oferta 
responde aumentando na mesma propor-
ção do aumento no preço.
ESTRUTURAS DE MERCADO
Agora que já vimos o comporta-
mento de um mercado na formação de 
preços, veremos algumas particularidades 
dos mercados que os diferenciam entre si, 
na realidade. A formação de preços pela 
interação entre oferta e demanda, confor-
me visto, anteriormente, ocorre mais nos 
mercados de concorrência pura ou perfeita.
As várias formas ou estruturas de 
mercado diferem segundo três caracte-
rísticas:
• Número de empresas que com-
põem esse mercado;
• Tipo do produto (se as firmas fa-
bricam produtos idênticos ou diferencia-
dos);
• Existência ou não de barreiras ao 
acesso de novas empresas nesse mercado.
 (Q2 – Q1)
 E = Q1
 (P2 – P1)
 P1
 Q1 = Quantidade Oferta inicial P1 = Preço inicial
 Q2 = Quantidade Oferta final P2= Preço final
37ECONOMIA E MERCADO
Para ser considerada concorrência 
perfeita, uma estrutura de mercado deveria 
preencher alguns pré-requisitos, dizem Pi-
nho & Vasconcellos (2004). O que justifica 
o fato para esse modelo ser considerado 
um modelo ideal e não real.
• Homogeneidade: todos os bens/
serviços produzidos são idênticos. Nenhu-
ma firma apresentaria qualquer diferencia-
ção no produto final, na produção ou nos 
fatores de produção. Assim, qualquer pro-
duto substituiria adequadamente o outro.
• Mobilidade: qualquer comprador 
ou vendedor transaciona os produtos de 
forma livre e independente. Não há ne-
nhum acordo entre eles e os demais par-
ticipantes no mercado.
• Permeabilidade: não há nenhum 
tipo de barreira para entrar ou sair do mer-
cado, os agentes podem transitar livres de 
barreiras técnicas, emocionais, legais, etc.
• Preço limite: há um preço limite, 
dado pelo mercado (pelas forças da oferta 
e da procura), para além do qual nenhum 
agente pode negociar, ou seja, o mercado 
tem um preço estabelecido para os produ-
tos, e ninguém pode praticar preço maior. 
Ao mesmo passo, em que nenhum vende-
dor pode praticar preço baixo a ponto de 
comprometer o seu equilíbrio.
• Atomização: esse item diz respeito 
à insignificância da atuação de vendedores 
e compradores em relação ao seu nível 
de inf luência no mercado, tendo ciência 
de que nenhum deles têm condições de 
inf luenciar o mercado, pois as transações 
e valores são dados pelas relações de mer-
cado.
• Transparência: o f luxo de in-
formações é transparente e totalmente 
acessível. Todos os agentes possuem as 
mesmas informações, e nenhum deles tem 
privilégios ou informações privilegiadas.
Entenda sobre Concorrência Pura ou 
Perfeita:
38ECONOMIA E MERCADO
Há um elevado 
número de ofertantes 
e demandantes;
Resumindo, neste mercado:
As empresas, 
isoladamente, por 
serem insignificantes 
– em termos de 
tamanho - não afetam 
os níveis de oferta 
do mercado e são 
tomadoras de preço;
Não existe 
diferenciação entre 
produtos ofertados 
pelas empresas 
concorrentes, ou 
seja, os produtos são 
homogêneos;
Não existem barreiras 
para o ingresso 
de empresas no 
mercado.
39ECONOMIA E MERCADO
Na realidade, não há o mercado 
tipicamente de concorrência perfeita no 
mundo real, sendo talvez o mercado de 
produtos hortifrutigranjeiros o exemplo 
mais próximo que se poderia apontar. 
Nos mercados de concorrência perfeita, 
as empresas que buscam os maiores lucros 
devem recorrer ao máximo à tecnologia, 
ou seja, incorporar os últimos avanços em 
técnicas produtivas. 
MONOPÓLIOS
O monopólio, por sua vez, é a si-
tuação em que há apenas uma empresa 
produzindo um bem ou oferecendo deter-
minado serviço. Esse modelo, contrastan-
do com a concorrência perfeita, estáem 
outro patamar, tendo como características 
(AIUB, 2009):
• Unicidade: como há apenas um 
único vendedor de um bem, logo, ele de-
tém e domina toda a oferta desse bem;
• Insubstitutibilidade: não é pos-
sível substituir, ou tampouco, encontrar 
substituto, pois somente a empresa produz 
o bem demandado;
• Barreira: a entrada de uma empre-
sa concorrente no mercado é impossível. 
No entanto, são impedidas barreiras, o 
que pode ocorrer, por força da legislação, 
é a cessão de direitos de exploração pelo 
poder público a uma única empresa, pelo 
domínio de tecnologias ou pelas exigências 
da própria atividade exploratória.
• Poder: o quesito poder de mono-
pólio caracteriza a situação privilegiada, 
em que se encontra uma empresa monopo-
lista, no que se refere à quantidade e preço. 
O monopolista tem poder de produzir e 
ofertar a quantidade e transacionar pelo 
preço que quiser.
Em síntese, no monopólio: 
• Existe, de um lado, um único em-
presário (empresa) dominando inteira-
mente a oferta e, de outro, todos os con-
sumidores; 
• Não há, portanto, concorrência, 
40ECONOMIA E MERCADO
nem produto substituto ou concorrente. 
Nesse caso, ou os consumidores se subme-
tem às condições impostas pelo vendedor, 
ou simplesmente deixarão de consumir o 
produto;
• Mas isso não significa que poderá 
aumentar os preços indefinidamente;
• Como exemplo, podemos citar 
o mercado de energia elétrica, uma vez 
que, existem várias empresas, mas cada 
consumidor só tem a sua disposição uma 
para consumir. Outro exemplo comum é o 
transporte publico em diversos municípios.
OLIGOPÓLIOS
É o mercado no qual há um pequeno 
número de empresas, como a indústria 
automobilística, ou então onde há um 
grande número de empresas, mas poucas 
dominam o mercado, como indústria de 
bebidas.
Os oligopólios apresentam algu-
mas características que se destacam:
• Elevadas barreiras à entrada: nes-
tes mercados, normalmente existem muitas 
barreiras, conhecidas como barreiras à 
entrada, que desestimulam ou impedem 
a entrada de novas empresas no mercado. 
Como exemplos de barreiras à entrada, 
está o alto investimento necessário para 
ingresso no mercado, o difícil acesso às 
fontes de matéria-prima, acesso dificultado 
à tecnologia necessária para produção no 
mercado, como patentes, entre outros;
• Número de concorrentes: nor-
malmente são poucos, ou poucos dominam 
uma grande parcela do mercado;
• Diferenciação: como é um am-
biente de competição, as empresas tentam 
usar da diferenciação nos seus produtos e 
nos seus sistemas de produção, apostando 
nessa diferenciação como forma de atrair 
consumidor e manter-se no mercado. No 
entanto, existem alguns oligopólios no 
qual não há diferenciação. Como exemplo, 
citamos o mercado do aço. São poucos 
ofertantes, mas não há muita diferenciação 
no produto.
41ECONOMIA E MERCADO
• Rivalização: em ambiente com-
petitivo, os concorrentes tendem a ser 
fortes rivais entre si, lutando bravamente 
para ganhar espaço no mercado ou para 
não perder aquele já conquistado. Essa 
rivalização, não raramente, fica notória 
em campanhas publicitárias que beiram à 
falta de ética. Em outro extremo, há casos 
em que as indústrias unem-se em acordos 
ou fusões para captarem maior número de 
consumidores.
O setor produtivo brasileiro apresen-
ta a característica de ser altamente oligopo-
lizado, sendo possível encontrar inúmeros 
exemplos: montadoras de veículos, setor de 
cosméticos, indústria de papel, indústria 
de bebidas, indústria química, indústria 
farmacêutica, entre outros.
CONCORRÊNCIA MONOPOLISTA OU C. 
MONOPOLÍSTICA
Explicamos essas por tratarem-se 
de uma estrutura mais próxima da nossa 
realidade, onde cada empresa tem, teorica-
mente, poder de estabelecer seus próprios 
preços (PINHO & VACONCELLOS, 
2004). Diz-se, em teoria, que na práti-
ca, são muitos os fatores que inf luenciam 
na fixação de preços dos bens e serviços 
transacionados. Nesse modelo, o número 
de concorrentes é grande, por esse moti-
vo os compradores encontram facilmente 
produtos substitutos.
Então, esse modelo, caracteriza-se 
por:
• Competitividade: o número de 
concorrentes é alto, e eles têm grande ca-
pacidade de competição entre si;
• Diferenciação: os concorrentes 
apresentam produtos diferenciados para 
tentarem se salientar dentre os demais 
em um mercado altamente competitivo;
• Substitutibilidade: mesmo dife-
renciados, os produtos podem ser substi-
tuídos entre si; 
• Preço Prêmio: a capacidade de a 
empresa controlar o preço do produto está 
diretamente ligada ao grau de diferencia-
42ECONOMIA E MERCADO
ção percebido pelo comprador, ou seja, 
o comprador está mais disposto a pagar 
quando sente que está pagando por algo 
único ou importante;
• Baixas barreiras: as barreiras de 
entrada nesse mercado tendem a ser bai-
xas, assim, há uma relativa facilidade para 
entrada de novos concorrentes.
CONHEÇA OUTRAS ESTRUTURAS DE 
MERCADO: 
Ainda, considerando os diferentes 
modelos de mercado, conforme sua es-
trutura, registram Pinho & Vasconcellos 
(2004). Entre eles, há o Monopsônio, 
caracterizado pela existência de muitos 
vendedores e um único comprador. Essa 
estrutura será melhor visualizada através 
do exemplo do mercado de trabalho, em 
que vários trabalhadores oferecem sua for-
ça de trabalho a determinado comprador 
(empresa). E há o Monopólio Bilateral, 
em que se deparam um monopolista e um 
monopsonista. O monopolista quer vender 
determinada quantidade de produto ao 
preço mais alto, e o monopsonista quer 
comprar essa mesma quantidade ao preço 
mais baixo possível; dessa forma, somen-
te uma negociação recíproca permitiria 
definir um preço que satisfizesse as duas 
partes. Portanto, o preço final dependeria 
exclusivamente do poder de negociação de 
cada um desses oponentes.
Número de 
empresas
Muito grande Grande Pequeno Uma empresa
Barreiras à entrada Sem barreiras Sem barreiras, ou 
baixa barreiras
Altas barreiras Muito altas
Características do 
Produto
Homogêneos 
Commodities
Diferenciados Homôgeneos ou 
diferenciados
É único
Que para um Mercado estar em equilíbrio, nada deve faltar 
e nada deve sobrar, e isso significa que não haverá excesso 
nem escassez de produto no Mercado;
Que o preço é o mecanismo de ajuste dos mercados, ou 
seja, é o preço que varia para fazer com que a oferta se 
iguale à demanda; 
De que forma os mercados se ajustam, quando existe 
mudanças na oferta e demanda, decorrentes de alterações 
em diversos fatores (renda, tecnologia, entre outros);
Que existem diferentes tipos de configurações de 
Mercado, classificados em quatro tipos, conforme quadro 
comparativo a seguir:
Aluno, ao ler esta unidade, deve estar claro para você:
Concorrência perfeita
Concorrência 
monopolica Oligopólio Monopólio
44ECONOMIA E MERCADO
ATIVIDADES
1). Define-se oferta por:
(A) a quantidade de um determinado bem que um pro-
dutor deseja comprar no mercado, por unidade de tempo; 
(B) a quantidade de um determinado bem que um com-
prador deseja comprar no mercado, por unidade de tempo;
(C) a qualidade de um determinado bem que um ope-
rário deseja comprar no mercado, por unidade de tempo; 
(D) a quantidade de um determinado bem que um for-
necedor deseja comprar do mercado, por unidade de tempo; 
(E) a quantidade de um determinado bem que um 
produtor deseja vender no mercado, por unidade de tempo. 
2). Sobre o conceito de demanda, podemos afirmar 
que se refere à:
(A) quantidade de um determinado bem que o produtor 
está disposto e capacitado a comprar, por unidade de tempo; 
(B) qualidade de um determinado bem que um con-
sumidor está disposto e capacitado a vender, por unidade 
de tempo; 
(C) qualidade de um determinado bem que um produtor 
está disposto e capacitado a comprar, por unidade de tempo; 
(D) quantidade de um determinado bem que um indi-
víduo está disposto e capacitado a comprar, por unidade 
de tempo; 
(E) quantidade de um determinado bem que um in-
divíduo está disposto e capacitado a

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