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ESTRADAS E AEROPORTOS FACULDADE DE ENGENHARIA ENGENHARIA CIVIL Prof. D.Sc. LUIS MIGUEL GUTIÉRREZ KLINSKY São José dos Campos ESTRADAS E AEROPORTOS FACULDADE DE ENGENHARIA ENGENHARIA CIVIL PROJETO GEOMÉTRICO: Seção Transversal 1. Elementos principais 2. Pistas simples e dupla 3. Superelevação 4. Superlargura 5. Exercícios Elementos perpendiculares ao eixo SEÇÃO TRANSVERSAL • Influenciam as características operacionais, estéticas e de segurança • Devem ser adequados aos padrões estabelecidos de: → Velocidade → Capacidade de tráfego → Nível de serviço → Aparência → Segurança SEÇÃO TRANSVERSAL SEÇÃO TRANSVERSAL PRINCIPAIS ELEMENTOS 1. Plataforma 2. Faixa de tráfego e pista de rolamento 3. Acostamentos 4. Taludes laterais 5. Espaços para drenagem 6. Separador central 7. Guias 8. Faixas de Domínio SEÇÃO TRANSVERSAL 1. PLATAFORMA Espaço compreendido entre os pontos iniciais dos taludes, isto é, base do talude de corte e topo do talude de aterro SEÇÃO TRANSVERSAL 2. FAIXA DE TRÁFEGO E PISTA DE ROLAMENTO Espaço destinado ao fluxo de veículos • Conjunto de faixas de tráfego • A largura de uma pista é a soma das larguras de todas as faixas que a compõem FAIXA DE TRÁFEGO PISTA DE ROLAMENTO SEÇÃO TRANSVERSAL • Influencia muito no conforto e segurança ao dirigir • Faixas de 3,60m consideradas seguras e confortáveis c U c L Veículo Padrão com U = 2,60 e c = 0,50 (função de Vp; conforto; classe de projeto) LARGURAS REDUZIDAS • Topografia desfavorável • Vias com baixo volume comercial • Locais com muitas interferências • Estradas diversas usam L = 3,50m • Estradas secundárias L = 3,30m 2. FAIXA DE TRÁFEGO SEÇÃO TRANSVERSAL 2. FAIXA DE TRÁFEGO Largura de Faixa (m) Recomendação do DNIT Manual de Projeto Geométrico de Rodovias Rurais, (1999) SEÇÃO TRANSVERSAL • Espaços adjacentes à pista de rolamento destinados à parada de emergência • Desejável ao longo de toda a extensão da estrada Estrada sem acostamento Estrada com acostamento 3. ACOSTAMENTO SEÇÃO TRANSVERSAL PRINCIPAIS BENEFÍCIOS • Liberam faixas de tráfego • Áreas de escape • Auxiliam na drenagem e protegem as bordas da pista • Melhoram a visibilidade em curvas horizontais • Confinam o pavimento RECOMENDAÇÕES • Evitar degraus PISTA-ACOSTAMENTO • Textura, cor, tipo de pavimento, etc, diferentes da pista • Sensível a restrições econômicas 3. ACOSTAMENTO SEÇÃO TRANSVERSAL CASOS ESPECIAIS: Largura do acostamento interno 3. ACOSTAMENTO SEÇÃO TRANSVERSAL Taludes de corte e aterro devem ser suaves, acompanhando o terreno, de forma a dar a estrada um aspecto harmonioso com a topografia local Talude em corte Talude em Aterro 4. TALUDES LATERAIS SEÇÃO TRANSVERSAL Entre 4 e 5m de altura, o uso de inclinações suaves • Não implicam em aumentos no movimento de terra • Aumentam a segurança (motorista / geotecnia) • Melhoram a visibilidade • Oferecem condições ao plantio de vegetação Erosão de talude 4. TALUDES LATERAIS SEÇÃO TRANSVERSAL 1 4 Valeta de proteção 2,0m Grama 4. TALUDES LATERAIS SEÇÃO TRANSVERSAL 5. ESPAÇOS PARA DRENAGEM • São espaços para implantação de sistemas de drenagem longitudinais • A vida útil de um pavimento depende da existência de uma drenagem eficiente que escoe para fora da estrada a água superficial e impeça a chegada de águas subterrâneas na base do pavimento ESTRADA DE PISTA SIMPLES 1,0m adjacente ao acostamento ESTRADA DE PISTA DUPLA 1,0m adjacente ao acostamento e também no canteiro central SEÇÃO TRANSVERSAL Área de divisão das pistas de rolamento • Desejável em vias com 2 ou mais faixas de tráfego/sentido • A largura influencia na segurança das vias 6. SEPARADOR CENTRAL SEÇÃO TRANSVERSAL PRINCIPAIS FUNÇÕES • Separa fisicamente fluxos de tráfego de direções opostas • Oferece área de recuperação para veículos desgovernados • Oferece espaço para drenagem • Propicia espaço para estacionamento temporário em emergências • Propicia espaço para implantação de faixa de desaceleração e de espera para retorno ou conversão em nível • Diminui ofuscamento causado por veículo do fluxo oposto 6. SEPARADOR CENTRAL SEÇÃO TRANSVERSAL TIPOS 1. Defensas metálicas 2. Calçadas com guias 6. SEPARADOR CENTRAL SEÇÃO TRANSVERSAL TIPOS 3. Concreto 4. Canteiros gramados 6. SEPARADOR CENTRAL SEÇÃO TRANSVERSAL • Disciplinam a drenagem • Protegem as bordas de pavimentos • Melhoram a estética da estrada • Reduzem os custos de manutenção 7. GUIAS SEÇÃO TRANSVERSAL Faixa de terra destinada à construção, à operação e às futuras ampliações da estrada Em áreas urbanas a faixa de domínio deve ser mais larga a fim de prever desenvolvimento urbano Incluindo cristas de cortes, saias de aterros, obras complementares e uma folga de no mínimo 5m de cada lado 8. FAIXAS DE DOMÍNIO SEÇÃO TRANSVERSAL Largura da faixa de domínio em metros (Fonte DER-SP) Classe da Rodovia Mínima Proximidade das cidades Classe E 100 120 Classe I 50 80 Classe II 50 80 Classe III 50 80 8. FAIXAS DE DOMÍNIO SEÇÃO TRANSVERSAL PISTAS DUPLAS INDEPENDENTES Em regiões onduladas ou montanhosas pode não ser conveniente manter uma largura fixa de canteiro central Recomenda-se manter distância mínima de separador central, para melhorar as condições técnicas da pista, reduzindo ofuscamento e dando solução mais econômica Corte por um plano vertical perpendicular à projeção horizontal do eixo SEÇÃO TRANSVERSAL Seção-padrão Em trechos tangentes é denominada Seção- Tipo, podendo haver mais de uma no traçado Definem dimensões, inclinações, elementos de drenagem, pavimentação, paisagismo, serviços auxiliares SEÇÃO TRANSVERSAL SEÇÃO TRANSVERSAL SEÇÃO TRANSVERSAL Linha de contorno do terreno natural SEÇÃO MISTA SEÇÃO TRANSVERSAL PISTA SIMPLES TRECHOS EM TANGENTE: inclinações suficientes para drenagem de águas superficiais SEÇÃO TRANSVERSAL PISTA SIMPLES TRECHOS EM TANGENTE • Inclinações opostas (2%) – mais simples • Arredondadas (parábolas) – construção difícil • Acostamento: inclinação maior que a da pista → Acostamento pavimentado: 2 a 5% → Acostamento não pavimentado: 4 a 6% SEÇÃO TRANSVERSAL PISTA SIMPLES TRECHOS EM TANGENTE • Acostamento SEÇÃO TRANSVERSAL PISTA SIMPLES TRECHOS EM CURVA • Inclinações transversal única, estabelecida no cálculo da superelevação SEÇÃO TRANSVERSAL PISTA DUPLA TRECHOS EM TANGENTE • Cada pista com inclinação própria SEÇÃO TRANSVERSAL PISTA DUPLA TRECHOS EM TANGENTE • Inclinação única das pistas EXERCÍCIOS 4.1. Em um trecho em tangente temos a seção tipo do esquema. Conhece-se a cota do greide no eixo, igual a 727,42m. Calcular as cotas nas bordas da pista, do acostamento e da valeta de drenagem. SEÇÃO TRANSVERSAL EXERCÍCIOS 4.2. Na seção de uma rodovia de pista dupla, a cota no eixo da pista esquerda é 644,16m e da pista direita é 645,16m. Calcular a inclinação (em %) do lado direito do canteiro central. SEÇÃO TRANSVERSAL Quando um veículo trafega em trechos retos, com velocidade constante, a resultante das forças que atuam sobre ele é nula SUPERELEVAÇÃO Quando em trechos circulares, é necessário criar uma força centrípeta para mantê-lo na curva, sem isso o veículo não descreve a curva, ou seja, mantém-se em movimento retilíneo pelo princípio de inércia SEÇÃO TRANSVERSAL PRINCÍPIOS DO MOVIMENTO A força de atrito é uma força de reação, que aumenta na medida em que é solicitada. Sendo a força de atrito disponível igual a: FORÇA DE ATRITO N = componente normal F = coeficiente de atrito Como N é constante e o atrito F varia até um certo valor limite, pode ocorrer da força de atrito não ser o suficiente para formar a força centrípeta necessária (V altas e R pequenos) SEÇÃO TRANSVERSAL DECOMPOSIÇÃO DA FORÇA PESO É a inclinação transversal da pista, feita com o objetivo de criaruma componente do peso do veículo na direção do centro da curva que, somada à força de atrito, produzirá a força centrípeta SUPERELEVAÇÃO A tangente de α é a superelevação e = tg(α) SEÇÃO TRANSVERSAL CURVAS SUPERELEVADAS α F at x Ny CG [ N . ft ] [P = m . g] Equilíbrio em X: SEÇÃO TRANSVERSAL VALORES LIMITES DA SUPERELEVAÇÃO Superelevação máxima: • CLIMA • TOPOGRAFIA • LOCAL: urbana ou rural • VELOCIDADE DO TRÁFEGO SEÇÃO TRANSVERSAL VALORES LIMITES DA SUPERELEVAÇÃO emáx Casos de emprego 12% Máximo absoluto em circunstâncias específicas, como melhorias e correção de situações perigosas sem alteração do raio (por economia ou impossibilidade). Um perigo para veículos lentos; deve-se procurar aumentar os raios. 10% Máximo normal. Adequado para fluxo ininterrupto e elevadas velocidades. Adotar para rodovias Classe 0 e Classe 1 em regiões planas e onduladas. 8% Valor superior normal. Adotar para rodovias Classe I em regiões montanhosas e rodovias das demais classes de projeto 6% Valor inferior normal. Adotar para projetos em áreas urbanizadas ou em situações em que o tráfego está sujeito a reduções de velocidade ou paradas. 4% Mínimo. Adotar em situações extremas, com intensa ocupação do solo adjacente. SEÇÃO TRANSVERSAL COEFICIENTE DE ATRITO Vários métodos: Barnett (1936), Moyer e Berry (1940), Meyer (1949) e AASHTO Para Vp ≥ 80 km/h Para Vp < 80 km/h Vp (km/h) 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 f máx 0,20 0,18 0,16 0,15 0,15 0,14 0,14 0,13 0,12 0,11 Fonte: Manual de projeto geométrico de rodovias rurais (DNER, 1999) SEÇÃO TRANSVERSAL RELAÇÃO ENTRE A SUPERELEVAÇÃO E RAIO (RAIO MÍNIMO) Para trabalhar R em metros, V em km/h g = 9,81m/s2 SEÇÃO TRANSVERSAL e = f (G) Critério 4 (AASHTO) SEÇÃO TRANSVERSAL ec% circular tran s i ç ã o transição tangente tangente en% en% en% en% nível ec% ec% ec% en% en% nível Processos de Variação: . giro em torno do eixo da pista . giro em torno do bordo interno . giro em torno do bordo externo (mais usado) E BE BI en%en% SN TS SP SC Lt Lt VARIAÇÃO DA SEÇÃO TRANSVERSAL • Suave e contínua • Dentro do trecho de transição çãosupereleva: (drenagem) oabaulament pista; da inclinação: transiçãoda compr.: tangentena transição: . c n s t c ns e e L L e eLLt = SEÇÃO TRANSVERSAL SUPERELEVAÇÃO SUPERELEVAÇÃO EM VIAS COM PISTA DUPLA A. Separador central acompanha o giro B. Separador central é mantido na horizontal C. Separador central tem diferença de cotas de bordas Alargamento da via em curvas fechadas ou em estradas estreitas Em curvas, o veículo ocupa largura maior do que em tangente, podendo causar sérios riscos à segurança Dificuldade de manter a trajetória SEÇÃO TRANSVERSAL SUPERLARGURA ESQUEMA DA PISTA COM ALARGAMENTO NA CURVA HORIZONTAL L = largura da pista tangente U = largura do veículo padrão c = espaços de segurança Lc = largura da pista circular SEÇÃO TRANSVERSAL CÁLCULO DA SUPERLARGURA ( ) Rc Vpz B F RcFSFRcF S SRcRcU N 10 veículodo lateral a e iropneu trase do externa borda a entre distância : projeto veíc.do frente a e dianteiro eixo o entre distância: 2 projeto de veículodo eixos os entre distância : faixas de número : 2 22 = −++=Δ −−=Δ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎢ ⎣ ⎡ = = = = = mc mB mF mS mU 50,0 00,0 80,1 10,6 60,2 CO caminhão SEÇÃO TRANSVERSAL • Em curvas simples, a distribuição é feita na parte interna da curva • Nas curvas com transição pode ser de 2 formas: ❑metade de cada lado A borda externa pode apresentar uma pequena curva reversa ❑Ou toda do lado interno Aspecto melhor para a curva e execução mais fácil • Superlargura é nula na tangente (exceto quando esta precede curva circular simples) • Superlargura é máxima no SC • Superlargura é constante entre SC e CS DISTRIBUIÇÃO DA SUPERLARGURA SEÇÃO TRANSVERSAL SEÇÃO TRANSVERSAL SUPERLARGURA EXERCÍCIOS 4.3. Calcular o menor raio que pode ser usado com segurança em uma curva horizontal de rodovia, com velocidade de projeto de 60km/h, em imediações de cidade. SEÇÃO TRANSVERSAL 4.4. Em uma estrada onde a superelevação máxima é 10%, temos uma curva horizontal com R=360m. Calcular a maior velocidade que esta curva permite com segurança e conforto. EXERCÍCIOS 4.5. Calcular a superelevação no trecho circular das curvas do gráfico, pelo método da AASHTO, sendo Vp=100km/h e emax=10%. SEÇÃO TRANSVERSAL PARA ESTUDAR 4.6. O que influencia a largura da faixa de rolamento? 4.7. Quais elementos conformam a plataforma de uma rodovia? 4.8. Quais são os benefícios de construir os pavimentos com acostamentos? 4.9. Cite as funções dos separadores centrais. 4.10. O que é faixa de domínio? 4.11. Quais são os tipos de seção transversal? 4.12. Em quais situações se empregam inclinações transversais únicas? SEÇÃO TRANSVERSAL PARA ESTUDAR 4.13. Por que é necessário colocar superelevação nas curvas das estradas? 4.14. Que função desempenha o coeficiente de atrito no cálculo da superelevação das curvas? 4.15. Quais são os parâmetros necessários para calcular a superelevação pelo Critério 4 da AASHTO? 4.16. Como pode ser distribuída a superelevação nas estradas? 4.17. Porque é necessário empregar superlargura nas curvas? 4.18. Como é realizada a distribuição da superlargura nas curvas? SEÇÃO TRANSVERSAL
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