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Comentário dos 66 Livros da Bíblia

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Data: 11/9/2007 - Hora:18:15:17 
Gênesis 
 
 
 
Chave: Princípio 
 
Gênesis; Do grego genesis, origem. 
 
Comentário: 
Gênesis pode ser descrito com exatidão como o livro dos inícios. Pode 
ser dividido em duas porções principais. A primeira parte diz respeito à 
história da humanidade primitiva (caps. 1-11). A segunda parte trata da 
história do povo específico que Deus escolheu como o Seu próprio 
(caps.12-50), para si. O autor apresenta o material de forma 
extremamente simples. Oferece dez "histórias que podem ser 
prontamente percebidas segundo o esboço do livro. Algumas dessas 
histórias são breves e muito condensadas, mas, não obstante, ajudam a 
completar o conteúdo. É bem possível que o autor do livro tenha 
empregado fontes informativas, orais e escritas, pois seus relatos 
remontam à história mais primitiva da raça humana. Embora muito se 
tenha escrito sobre o assunto das possíveis fontes literárias do livro de 
Gênesis, há muitas objeções válidas que nos impedem de aceitar os 
resultados da análise destas "fontes". 
 
O livro de Gênesis salienta, por todas as suas páginas, a desmerecida 
graça de Deus. Por ocasião da criação do munto, a graça se exibe na 
maravilhosa provisão preparada por Deus para as Suas Criaturas. Na 
criação do homem, a graça de Deus se manifesta no fato que ao homem 
foi concedida até mesmo a semelhança com Deus. A Graça de Deus se 
evidencia até mesmo no dilúvio. Abraão foi escolhido, não por 
merecimento, mas antes, devido ao fato de Deus ser cheio de graça. Em 
todos os seus contatos com os patriarcas. Deus exibe grande 
misericórdia: sempre recebem muito mais favor do que qualquer deles 
poderia ter merecido. 
 
Há uma outra importante característica do livro de Gênesis que não se 
pode esquecer, a saber, o modo eminentemente satisfatório pelo qual 
responde nossas perguntas sobre as origens. O homem sempre haverá 
de querer saber como o mundo veio à existência. Além disso, sente bem 
dolorosamente o fato de que alguma grande desosordem caiu sobre o 
mundo, e gostaria de saber qual a sua natureza; em suma, preocupa-se 
em saber como o pecado e todas as suas tremendas consequências 
sobrevieram. E, finalmente, o homem precisa saber se existe alguma 
esperança básica e certa de redenção para este mundo e seus 
habitantes de que consiste essa esperança, e como veio a ser posse do 
homem. 
 
Autor: 
Ninguém pode afirmar com absoluta certeza que sabe quem escreveu o 
livro de Gênesis. Visto que Gênesis é o alicerce necessário para os 
escritos de Êxodo a Deuteronômio, e visto que a evidência disponível 
indica que Moisés escreveu esses quatro livros, é provável que Moisés 
tenha sido o autor do próprio livro de Gênesis. A evidência apresentada 
pelo Novo Testamento contribui para essa posição (cfe. especialmente 
João 5:46-47); Lucas 16:31; 24:44). Na tradição da Igreja, o livro de 
Gênesis tem sido comumente designado como Primeiro Livro de Moisés. 
Nenhuma evidência em contrário tem sido capaz de invalidar essa 
tradição. 
 
- 
Traduzido por João Bentes, da Holman Study Bible, publicada pela A. J. 
Holman Co. de Philadelphia, Pa (EUA), cfe. A Bíblia Vida Nova, S.R. 
Edições Vida Nova, São Paulo, Brasil, 1980. 
 
Data: 11/9/2007 - Hora:18:17:38 
Êxodo 
 
Chave: Redenção 
 
Êxodo; saída. 
 
Comentário: 
Assim como Gênesis é o livro dos começos, Êxodo é o livro da 
redenção. O livramento dos israelitas oprimidos do Egito é tipo de toda a 
redenção. (I Coríntios 10:11). A severidade da escravidão no Egito (tipo 
do mundo) e Faraó (um tipo de Satanás) Exigiam por assim dizer, a 
preparação do libertador Moisés (2:1-4:31), um tipo de Cristo. A luta com 
o opressor (5:1-11:10) culmina com a partida (grego, êxodo ou saída) 
dos hebreus do Egito. São remidos pelo sangue do cordeiro pascoal 
(12:1-28) e pelo poder de Deus manifestado na travessia do mar 
Vermelho (13:1-14:31). A experiência da redenção, festejada mediante o 
cântico triunfal dos redimidos (15:1-21), é seguida pela prova que têm de 
enfrentar no deserto (15:22-18:27). No monte Sinai a nação redimida 
aceita a lei (19:1-31:18). O não depender da graça conduz a infração e à 
condenação (32:1-34:35). Contudo, triunfa a graça de Deus ao ser dado 
ao povo o tabernáculo, o sacerdócio e os sacrifícios, mediante os quais 
o povo redimido podia adorar o Redentor e ter comunhão com ele (36:1-
40:38). 
 
Autor: 
Embora o livro de Êxodo não declare em nenhum lugar que Moisés 
fosse seu autor, toda a lei abrangida pelo Pentatêuco, que compreende 
principalmente a parte que se estende desde Êxodo 20 e atravessa o 
livro de Deuteronômio, declara mediante termos positivos e explícitos 
seu caráter mosáico. Afirma-se que Moisés é o escritor do livro do pacto 
(capítulos 20 a 23) que abrange os dez mandamentos bem como os 
juízos e as ordenanças que os acompanham (24:4, 7). Afirma-se que o 
assim chamado código sacerdotal, que se ocupa do ritual do tabernáculo 
e do sacerdócio que figura no restante do livro do Êxodo (exceto os 
capítulos 32 a 34), foram dados diretamente por Deus a Moisés (25:1, 
23, 31; 26:1, e assim por diante). O levantamento do tabernáculo 
apresenta-se como um trabalho "segundo o Senhor havia 
ordenado..."Tanto esta terminologia como outras semelhantes aparecem 
muitas vezes nos capítulos 39 e 40. A paternidade literária mosaica é 
igualmente ressaltada numa destacada seção narrativa: a vitória de 
Israel sobre Amaleque (17:4). Em uma referência tomada do capítulo 3 
do Êxodo, o Senhor Jesus denomina o Pentateuco em geral e o Êxodo 
em particular, "o livro de Moisés" (Marcos 12:26). A atual exegese 
conservadora, bem como a tradição, sempre afirmaram que Moisés é o 
autor. As teorias de alguns críticos não nos oferecem substitutivo 
adequado para a autenticidade mosaica. 
 
- 
Merrill F. Unger 
Doutor em Filosofia e Letras 
 
 
 
 
Data: 11/9/2007 - Hora:18:18:06 
Levítico 
 
Chave: Santidade 
 
Levítico; Referênte aos levitas 
 
Comentário: 
Conforme diz o nome, Lévitico, o terceiro livro de Moisés ressalta a 
função dos sacerdotes de Israel, membros da tribo de Levi aos quais 
Deus escolheu para prestar serviços em seu santuário (Deuteronômio 
10:8). Portanto, muitos crentes pensam que o Levítico é uma espécie de 
manual técnico que orientava os antigos sacerdotes nos pormenores 
das cerimônias que o povo de Deus já deixou de observar, e por isso 
mesmo, o Levítico é hoje o menos prezado dos livros do Pentateuco. 
Contudo, devemos afirmar que sua mensagem estava dirigida 
originariamente a todos os crentes (Levítico 1:2), e suas verdades 
continuam sendo de principal significado para o povo de Deus, visto que 
o Levítico contitui a primeira revelação pormenorizada do tema vivo do 
Grande Livro em geral, isto é, a revelação da forma mediante a qual 
Deus restaura o homem perdido. Tanto a atividade redentora de Deus 
como a conduta do homem que se apropria de tal redenção se acham 
resumiddas no versículo-chave, que diz: "Ser-me-eis santos, porque eu, 
o Senhor, sou santo, e separei-vos dos povos, para serdes meus 
"(20:26). 
A fim de realizar a salvação e restaurar o homem ao seio de seu 
Criador, é preciso prover um meio de acesso a Deus. A primeira metade 
do Levítico (capítulos 1 a 16) apresenta-nos, assim, uma série de 
medidas de caráter religioso que representam a forma mediante a qual 
Deus redime os perdidos, separando-os de seus pecados e suas 
consequências. Os diversos sacrifícios (capítulos 1 a 7) eram figuras, 
por assim dizer, da morte de Cristo no Calvário, onde aquele que não 
tinha pecados sofria a ira de Deus em nosso lugar, para que 
pudéssemos ser salvos de nossa culpa (II Coríntios 5:21; Marcos 10:45). 
Os sacerdotes levíticos (capítulos 8 a 10), prefiguravam o serviço fiel de 
Cristo ao efetuar a reconciliação pelos pecados do povo (Hebreus 2:17). 
As leis da limpeza e purificação (capítulos 11-15) deviam constituir-se 
em lembranças perpétuas do arrependimento e da separação da 
impureza, que deve caracterizar os redimidos (Lucas 13:5), enquantoo 
dia culminante do culto de expiação (capítulo 16) proclamava o perdão 
de Deus para os que se humilhassem mediante uma entrega fiel a 
Cristo, o qual proporcionaria acesso ao próprio céu (Hebreus 9:24). 
Mas a salvação não é apenas separação do mal: abrange uma união 
positiva ao que é bom, justo. De modo que a segunda metade do 
Levítico (capítulos 17-27) apresenta uma série de padrões práticos do 
que o homem deve aceitar a fim de viver uma vida santa. Esta conduta 
prática inclui expressões de devoção em assuntos cerimoniais (capítulo 
17), na adoração (capítulos 23 a 25), mas giram em torno de assuntos 
de conduta diária do amor sincero a Deus, e citando desta parte do 
Levítico: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo" (19:18). 
Em sua forma, Levítico existe principalmente como legislação expressa 
por Deus: "Chamou o Senhor a Moisés e... disse: Fala aos filhos de 
Israel, e dize-lhes..."(1:1-2), As duas narrativas históricas (capítulos 8 a 
10 e 24:10-22) servem-nos de pano de fundo para assuntos de caráter 
legislativo: e a única variante em sua forma, o sermão final de exortação 
de Moisés (capítulo 26), é seguido de um apêndice de leis que regulam 
matérias que em si mesmas não são obrigatórias (capítulo 27). 
 
Autor: 
Em mais de 50 pontos em seus 27 capítulos, o Levítico afirma ser 
palavra de Moisés dirigida por Deus. O Novo Testamento também cita o 
livro ao dizer: "Ora, Moisés escreveu..."(Romanos 10:5). Os críticos que 
relegam o Levítico a um milênio depois de Moisés, fazem-no a expensas 
da integridade da evidência bíblica. As Sagradas Escrituras descrevem o 
Levítico como livro dado a Israel pouco depois que os israelitas foram 
adotados como o povo da aliança de Deus (Êxodo 19:5). Fora-lhes dada 
a lei moral básica, o Decálogo (Êxodo 29:43; 40:34). A seguir, vem o 
Levítico, segundo Deus o havia prometido (Êxodo 25:22), como guia 
para a conduta e para a adoração. Sua legislação e seus 
acontecimentos abrangem tão-somente algumas semanas de tempo, 
desde o levantamento do tabernáculo por parte de Moisés (Êxodo20:17), 
até à partida de Israel do monte Sinai, menos de dois meses depois 
(Números 10:11), no mês de maio de 1445 a.C., segundo datas fixadas 
pela maioria dos exegetas evangélicos. 
 
- 
J. Barton Payne 
Doutor em Teologia 
 
 
 
Data: 11/9/2007 - Hora:18:18:31 
Números 
 
Chave: Peregrinação 
 
Comentário: 
O livro de Números deriva seu nome em nossas Bíblias em português, 
como nas versões latina e grego, dos dois censos nele narrados. Em 
realidade, o livro forma uma divisão de um conjunto maior, o 
Pentaceuco. Entre os escribas judeus ele era conhecido principalmente 
pelo nome de "no deserto", que em hebraico é uma só palavra, 
"bemidbar", título tomado do primeiro versículo. É um título apropriado, 
de vez que o tema do livro gira em torno das vicissitudes e vitórias do 
povo de Israel desde o dia em que deixou a zona zul do Sinai até chegar 
às fronteiras da Terra Prometida. 
O livro de Números parece, às vezes, constituir uma coleção não muito 
estruturada de informações, narrativas e rituais ou lei civil. Contudo, 
estas informações são sempre pertinentes à história, ao passo que os 
pronunciamentos legais surgem, com frequência, das exigências da 
situação na vida, tal como a autorização para celebrar uma páscoa 
especial (9:1-14) em circunstâncias que impediam a observância da 
páscoa regular; ou o pedido das filhas de Zelofeade (27:1-11) cujo 
resultado foi que Deus estabeleceu medidas para a herança das filhas 
quando não houver filho sobrevivente. 
No aspecto histórico, o livro de Números começa onde termina o Êxodo, 
dando lugar necessariamente às seções de narrativas dispersas de 
Levítico. Abrange um período de aproximadamente 40 anos na história 
da caminhada de Israel sobre a Palestina. Conquanto estes anos 
descrevam, em geral, a peregrinação, é evidente que o povo residiu ao 
sul de Canaã, principalmente na zona conhecida como o Neguebe, não 
muito distante de Cades- Barnéia, durante 37 anos. No decorrer desse 
período, o tabernáculo foi o ponto central tanto da vida civil como da 
religiosa, visto como era aqui onde Moisés exercia suas funções 
administrativas. Presume-se que o povo seguia os costumes dos povos 
nômades, vivendo em tendas e apascentando os rebanhos nas estepes 
semi-áridas. Nestas circunstâncias, o povo necessitava da provisão 
especial divina de alimentos e água. 
No livro de Números, Deus é apresentado como um soberano que exige 
absoluta obediência à sua santa vontade, mas que também demonstra 
misericórdia ao penitente e obediente. Assim como o pai educa e castiga 
os filhos. Deus dirige a Israel, seu povo amado. Escolhe entender-se 
com o homem servindo-se de mediadores. Destes, Moisés é único, 
embora outros talvez estejam dotados de dons proféticos e até mesmo 
um pagão, Balaão, pode ser usado, visto como Deus é o Deus dos 
espíritos e de toda a carne. 
No Novo Testamento se encontram diversas referências ao livro de 
Números, em que o livramento do Egito é considerado como modelo 
terreno da redenção eterna. Afirma-se que as experiências no deserto 
estão registradas para nossa admoestação (I Coríntios 10:11). Nosso 
Senhor Jesus Cristo referiu-se ao incidente da serpente de bronze como 
ilustração da forma em que ele próprio será levantado a fim de que os 
que crêem nele não pereçam mas tenham a vida eterna. 
 
Autor: 
Tanto judeus como cristãos tradicionalmente têm considerado Moisés o 
autor do livro de Números. Considerando que o período mosaico é, 
quando menos, de 1300 anos antes de Cristo, o livro, em sua forma 
atual, passou por muitas mãos, e mesmo no hebraico tem sido transcrito 
de um tipo de escritura para outro. Sem dúvida, existem aqui e acolá 
adições redatoriais. Expoentes extremos da crítica literária têm 
procurado negar que Moisés pudesse ter escrito qualquer parte do livro, 
e têm procurado dividi-lo em documentos que datam de períodos 
diferentes da história de Israel. Todavia, os descobrimentos 
arqueológicos têm demonstrado a antiguidade das leis, das instituições 
e das condições de vida descritas no livro de Números. A opinião de que 
o livro de Números procede da pena de Moisés e do período no qual ele 
viveu é apoiada, também, pela profunda veneração que os judeus 
tinham por Moisés e pelos escritos sagrados a ele atribuidos. 
 
- 
David W. Kerr 
Mestre em Teologia 
 
 
 
Data: 11/9/2007 - Hora:18:19:00 
Deuteronômio 
 
Chave: Obediência 
 
Deuteronômio. Repetição da lei 
 
Comentário: 
O nome do livro de Deuteronômio, ou "segunda lei", sugere sua 
natureza e propósito. Figura, segundo consta em nossas Bíblias, como o 
último dos cinco livros de Moisés, fazendo um resumo e pondo em 
relevo a mensagem que os quatro livros precedentes contém. Não 
significa isto que se trata de mera repetição do que ficou dito 
anteriormente. Sem dúvida, Deuteronômio faz parte dos acontecimentos 
históricos que se deram previamente, em particular no Êxodo e em 
Números. Contudo vai além destes relatos visto que os interpreta e os 
adapta. 
Através deste livro, os acontecimentos estão repletos de significado. 
Moisés proporciona-nos bastante história; mas em quase todos os casos 
relaciona os acontecimentos com a lição espiritual que sublinham. Toma 
a legislação que Deus dera a Israel havia quase 40 anos, e adapta-se às 
condições de vida da coletividade na terra para a qual Israel se mudaria 
em breve. 
Quando este livro foi escrito, a nação de Israel se encontrava na terra de 
Moabe, ao leste do rio Jordão e do mar Morto. Numa oportunidade 
anterior, Israel havia falhado, por falta de fé, ao não entrar na Palestina. 
Agora, 38 anos depois, Moisés reúne o povo escolhido e procura 
infundir-lhe fé que capacitará a avançar em obediência. Diante deles 
está a herança. Os perigos, visíveis e invisíveis, jazem além. 
Acompanha-os se Deus, a quem chegaram a conhecer melhor durante 
suas experiências na penísula do Sinai, penísula deserta e escarpada. 
Moisés compreende, corretamente, queos maiores perigos que os 
assediam estão na esfera da vida espiritual; sendo assim, sua 
mensagem acentua o aspecto espiritual. O Senhor Deus deles, é o único 
Senhor; foi ele quem os libertou da escravidão. Deu-lhes a lei. Selou 
uma aliança com eles. São o seu povo. O Senhor exige devoção e 
adoração exclusivas. Seus caminhos são conhecidos do povo. Mediante 
longa experiência, Israel aprendeu que o Senhor honra a obediência e 
castiga a transgressão. Agora, em um novo sentido, Israel age por sua 
própria conta, sob a direção do Senhor e em sua própria casa. 
O livro abrange toda uma gama de perguntas que surgem desta nova 
fase da vida de Israel. Sua atitude para com o Senhor é, naturalmente, o 
principal problema. Moisés, com toda a diligência de que é capaz, 
convida Israel a confiar de todo o coração no Senhor, e a fazer das leis 
divinas a força diretriz de suas vidas. Esta lei, se obedecida, infundirá 
vida e fará que os israelitas sejam povo destacado entre todas as 
nações. Receberão bênçãos, e as nações reconhecerão que seu Deus é 
Senhor. Porém, se Israel imitar a conduta das nações vizinhas, 
esquecendo-se de seu Deus, então sobrevirá a aflição, e finalmente será 
espalhada entre os povos. 
Através do livro todo acentua-se a fé somada a obediência. Em um 
sentido verdadeiro, esta é a chave do livro. 
 
Autor: 
Nas páginas do livro de Deuteronômio se declara que Moisés é o autor 
dos discursos que abrangem a maior parte da obra. É evidente que a 
narrativa de sua morte, que consta do final do livro, foi escrita por outro 
autor, mui provavelmente Josué. Daí que é inteiramente apropriado 
referir-se a Deuteronômio como o quinto livro de Moisés. 
 
- 
Harold B. Kuhn 
Doutor em Filosofia e Letras 
 
 
 
 
Data: 11/9/2007 - Hora:18:19:20 
Josué 
 
Chave: Conquista 
 
Comentário: 
O livro de Josué é a continuação, poderíamos dizer, do Pentateuco. 
Moisés morreu na terra de Moabe, contemplando a terra prometida. A 
Josué, seu sucessor, coube a missão de dirigir o povo de Israel através 
do Jordão e na terra prometida. A maior parte do livro descreve a 
conquista de Canaã e a divisão da terra entre as tribos de Israel. Depois 
da queda de Jericó e de Ai, e da capitulação de Gibeon, na região 
central de Canaã, Josué teve de enfrentar duas coligações sucessivas 
de estados cananeus, uma na região meridional capitaneada pelo rei de 
Jerusalém, e a outra no norte, sob as ordens de Jabim em Hazor. 
Contando com a ajuda divina Josué pôde conquistar tanto o sul como o 
norte, e distribuir a terra entre as tribos. Contudo, formaram-se bolsões 
de resistência, e cada uma das tribos teve a responsabilidade de ocupar 
a terra que lhe foi designada. O Livro de Josué registra a história de 
Israel desde a nomeação de Josué como sucessor de Moisés até sua 
morte aos 110 anos de idade. 
 
Autor: 
O título do livro indica que Josué é seu personagem principal. O livro em 
si mesmo é anônimo, embora exista sólida evidência interna de que foi 
escrito por uma testemunha ocular dos muitos acontecimentos aí 
descritos. Em sua forma atual, porém, o livro é posterior a Josué, cuja 
morte registra. A conquista de Debir por Otniel e de Laís pelos danitas 
ocorreu depois da morte de Josué 
O livro talvez tenha sido escrito por um dos "anciãos que ainda 
sobreviveram" depois de Josué, que empregou o material escrito pelo 
próprio Josué (24:26; leia também 24:1-25). 
 
- 
Charles F. Pfeiffer 
Doutor em Filosofia e Letras 
 
 
 
Data: 11/9/2007 - Hora:18:21:14 
Juízes 
 
Comentário: 
O título do livro dos Juízes provavelmente foi sugerido pelo versículo 16 
do capítulo 2, que diz: "Suscitou o Senhor juízes, que os livraram da 
mão dos que os pilharam." Os juízes eram pessoas cheias do Espírito 
Santo, que em épocas de emergência nacional conduziram o povo à 
guerra, e depois de libertá-los da opressão estrangeira, continuavam 
dirigindo os destinos da nação na paz. Exerciam as funções de 
magistrados militares e civis. 
Mediante convite feito a duas tribos ou mais para realizar uma ação 
conjunta, vários dos juízes prepararam o caminho para a união das doze 
tribos na futura monarquia. 
Na tríplice divisão da Bíblia hebraica - lei, profetas e escritos - o livro dos 
Juízes acha-se entre os profetas. 
O livro dos Juízes contém a história dos treze juízes que governaram 
Israel desde a morte de Josué até à época de Eli e Samuel. É possível 
que alguns dos juízes tenham governado simultaneamente em 
diferentes regiões. O livro dos Juízes abrange um período de 
aproximadamente 400 anos. 
Juízes é um livro valioso pelas provas históricas que apresenta sobre o 
desenvolvimento da religião de Israel durante os primeiros anos da 
conquista. O livro abrange períodos de transição que se iniciam com a 
vida incerta e desintegrada das tribos, até organizar-se uma federação 
que, finalmente, culminou na formação da monarquia. As lutas intestinas 
das diversas tribos, com seus problemas individuais, no meio de uma 
população estrangeira, são vistas com maior clareza nos Juízes do que 
no Pentateuco ou em Josué. 
Conquanto profetas posteriores tenham feito apelo mais vigoroso, à 
consciência do homem, o livro dos Juízes nos apresenta uma filosofia da 
história que demanda a atenção do crente moderno. O descuido das 
ordenanças do Senhor e a adoração de deuses falsos conduzem ao 
castigo, ao passo que o arrependimento sincero proporciona o favor 
divino. O fato de que Deus trata com a nação em face da atitude desta 
para com as leis morais divinas, merece hoje nossa consideração. 
 
Autor: 
Na ausência de informação precisa, várias sugestões têm sido 
apresentadas com respeito ao autor do livro dos Juízes. A opinião mais 
aceita é que Samuel, além de seu cargo de profetae, compilou o livro. A 
época em que foi escrito este livro pode ter sido durante sua retirada da 
vida pública. A evidência interna insinua que o livro já estava em 
circulação antes de Davi conquistar Jerusalém. Sem dúvida alguma, o 
escritor empregou anais escritos deixados por juízes anteriores, relativos 
à época e aos acontecimentos de seu respectivo governo. 
 
_ 
Fred E. Young 
Doutor em Filosofia e Letras 
 
 
 
Data: 11/9/2007 - Hora:18:22:24 
Rute 
 
Chave: Redenção 
 
Comentário: 
O livro de Rute descreve a direção providencial de Deus na vida de uma 
família israelita. Devido à morte do genitor e de seus dois filhos em terra 
estrangeira, correm perigo o nome e a herança desta família. Contudo, a 
situação extrema do homem é a oportunidade de Deus. Por força da 
conduta de um parente que, inspirado por nobres ideais, cumpre suas 
obrigações, a linha hereditária permanece inalterada. A união de Boaz, o 
hebreu, e Rute, a moabita, converte-se no meio pelo qual Deus cumpre 
seu misericordioso propósito. Com relação à mensagem toda das 
Escrituras Sagradas, o livro nos porporciona uma perspectiva da história 
do Natal e dos acontecimentos do Pentecoste. A genealogia culmina no 
rei teocrático Davi, a cuja linha genealógica é prometido o advento do 
Messias. Isto, ocorre com a inclusão de uma mulher de descendência 
moabita, mediante a qual se abre diante de nossos olhos a perspectiva 
pentecostal do significado universal do Messias: não é somente o 
Salvador de Israel, mas da raça humana. 
 
Autor: 
No grego, e em traduções posteriores, o livro de Rute vem em seguida 
ao de Juízes, visto que foi em seu tempo que ocorreu a história narrada 
neste livro. Na Bíblia hebraica, faz parte dos chamados escritos 
sagrados, uma subdivisão dos cinco pergaminhos que se liam em 
público nos dias de festa de Israel. A história de Rute culmina na época 
da colheita. Este relato era lido, em geral, durante a semana, ou festa da 
colheita do trigo, que se denominou mais tarde festa de Pentecoste. Não 
se conhece seu autor. O anúncio do capítulo 1:1 no sentido de que a 
história aconteceu "nos dias em que julgavam os juízes", indica que a 
época dos juízes pertencia ao passado. Pela forma como o autor 
escreve acerca de Davi em 4:17 e da genealogiaem 4:18-22, fica 
demonstrado que conhecia o esplendor do reino de Davi. Esta 
consideração indicaria que o livro foi escrito antes que o reinado 
perdesse sua glória, possivelmente na última parte do reinado de Davi 
ou imediatamente depois. 
 
_ 
P. A. Verhoef 
Doutor em Teologia 
 
 
 
Data: 11/9/2007 - Hora:18:22:55 
I Samuel 
 
I e II Samuel 
 
Chave: Reino 
 
Comentário: 
Os livros de Samuel relatam o período de transição da teocracia para a 
monarquia, e o estabelecimento desta. A história começa nos dias finais 
dos juízes e nos deixa com o velho Davi firmemente entronizado como 
rei de Israel e de Judá. Samuel e Saul são os outros dois grandes 
personagens do livro. 
Samuel foi o último dos juízes e o primeiro dos profetas. Homem de 
profunda piedade e dircenimento espiritual, dedicava-se totalmente à 
realização dos propósitos de Deus para o bem de Israel. Embora não 
descendesse da linha genealógica de Arão, sucedeu a Eli no cargo 
sacerdotal. Ao que parece, foi o primeiro a estabelecer uma instituição 
para o preparo dos jovens que desejavam abraçar a vocação profética. 
Viu-se na contingência de guiar a Israel em algumas das mais profundas 
crises de sua história; no desempenho de suas funções quase alcança a 
estatura de Moisés. Embora não tivesse ambições pessoais, achou-se 
no papel de "fazedor de reis", comissionado para ungir a Saul, o primeiro 
rei, e a Davi, o maior dos reis de Israel. 
Saul, o monarca, é um personagem enigmático. Era homem de 
extraordinária coragem, contudo lhe faltava a perseverança, ingrediente 
essencial para a grandeza. A inconstância de seu temperamente 
empanou todas as suas relações pessoais, e um medo mórbido de que 
surgissem possíveis rivais embargou-lhe a mente e afetou seu 
raciocínio. De origem humilde, foi chamado a desempenhar a função 
mais elevaqda da nação. Finalmente, sem haver alcançado o êxito que 
lhe desse direito de ser sepultado em um túmulo real, seus ossos foram 
devolvidos à sua terra de origem. 
Davi é um dos grandes personagens da história bíblica. Como Saul, 
procedia de família humilde, mas era dotado de atributos de ordem 
superior. Era homem com dotes de comando, capaz de conseguir e 
manter a lealdade de seus subordinados. Alguns de seus servos mais 
fiéis provinham de lugares situados fora de Judá e de Israel. Itai, por 
exemplo, era oriundo de Gate. Davi era administrador prudente e podia 
julgar com acerto a natureza humana. Sua capacidade de tomar 
decisões rápidas fica bem demonstrada por sua solução do delicado 
problema que surgiu com respeito a Melfibosete(II Samuel 19:24 e 
outros). Era poeta altamente inspirados; suas canções de louvor 
enriqueceram a adoração, primeiro do templo, e depois da igreja cristã. 
Pensaríamos que o elevar-se a tão grande altura e a um custo tão alto 
lhe houvessem dado forças para vencer a tentação. Todavia, seu poder 
de resistência não era maior do que o dos outros mortais. Mesmo 
levando-se em consideração a época em que viveu, devemos admitir 
que apesar de suas fraquezas, percebeu claramente os propósitos de 
Deus para seu povo, e previu a vinda do Rei messiânico, a quem ele, 
em sua vida, representou de modo imperfeito. 
Os livros de Samuel proporcionam-nos um capítulo indispensável nos 
anais do trato de Deus com seu povo Israel, e sua preservação e 
preparação para seus duplos fins: serem depositários dos oráculos de 
Deus e trazerem à luz, no seu devido tempo, "o mais importante Filho do 
grande Davi". 
 
AUTOR 
Em nenhuma parte se nos diz quem escreveu estes livros. A declaração 
constante de I Crônicas 29:29 sugere-nos de modo vigoroso que Samuel 
escreveu de co-autoria com Natã e Gade. 
 
_ 
W. J. Martin 
Doutor em Filosofia e Letras 
 
 
 
Data: 11/9/2007 - Hora:18:23:18 
II Samuel 
 
I e II Samuel 
 
Chave: Reino 
 
Comentário: 
Os livros de Samuel relatam o período de transição da teocracia para a 
monarquia, e o estabelecimento desta. A história começa nos dias finais 
dos juízes e nos deixa com o velho Davi firmemente entronizado como 
rei de Israel e de Judá. Samuel e Saul são os outros dois grandes 
personagens do livro. 
Samuel foi o último dos juízes e o primeiro dos profetas. Homem de 
profunda piedade e dircenimento espiritual, dedicava-se totalmente à 
realização dos propósitos de Deus para o bem de Israel. Embora não 
descendesse da linha genealógica de Arão, sucedeu a Eli no cargo 
sacerdotal. Ao que parece, foi o primeiro a estabelecer uma instituição 
para o preparo dos jovens que desejavam abraçar a vocação profética. 
Viu-se na contingência de guiar a Israel em algumas das mais profundas 
crises de sua história; no desempenho de suas funções quase alcança a 
estatura de Moisés. Embora não tivesse ambições pessoais, achou-se 
no papel de "fazedor de reis", comissionado para ungir a Saul, o primeiro 
rei, e a Davi, o maior dos reis de Israel. 
Saul, o monarca, é um personagem enigmático. Era homem de 
extraordinária coragem, contudo lhe faltava a perseverança, ingrediente 
essencial para a grandeza. A inconstância de seu temperamente 
empanou todas as suas relações pessoais, e um medo mórbido de que 
surgissem possíveis rivais embargou-lhe a mente e afetou seu 
raciocínio. De origem humilde, foi chamado a desempenhar a função 
mais elevaqda da nação. Finalmente, sem haver alcançado o êxito que 
lhe desse direito de ser sepultado em um túmulo real, seus ossos foram 
devolvidos à sua terra de origem. 
Davi é um dos grandes personagens da história bíblica. Como Saul, 
procedia de família humilde, mas era dotado de atributos de ordem 
superior. Era homem com dotes de comando, capaz de conseguir e 
manter a lealdade de seus subordinados. Alguns de seus servos mais 
fiéis provinham de lugares situados fora de Judá e de Israel. Itai, por 
exemplo, era oriundo de Gate. Davi era administrador prudente e podia 
julgar com acerto a natureza humana. Sua capacidade de tomar 
decisões rápidas fica bem demonstrada por sua solução do delicado 
problema que surgiu com respeito a Melfibosete(II Samuel 19:24 e 
outros). Era poeta altamente inspirados; suas canções de louvor 
enriqueceram a adoração, primeiro do templo, e depois da igreja cristã. 
Pensaríamos que o elevar-se a tão grande altura e a um custo tão alto 
lhe houvessem dado forças para vencer a tentação. Todavia, seu poder 
de resistência não era maior do que o dos outros mortais. Mesmo 
levando-se em consideração a época em que viveu, devemos admitir 
que apesar de suas fraquezas, percebeu claramente os propósitos de 
Deus para seu povo, e previu a vinda do Rei messiânico, a quem ele, 
em sua vida, representou de modo imperfeito. 
Os livros de Samuel proporcionam-nos um capítulo indispensável nos 
anais do trato de Deus com seu povo Israel, e sua preservação e 
preparação para seus duplos fins: serem depositários dos oráculos de 
Deus e trazerem à luz, no seu devido tempo, "o mais importante Filho do 
grande Davi". 
 
AUTOR 
Em nenhuma parte se nos diz quem escreveu estes livros. A declaração 
constante de I Crônicas 29:29 sugere-nos de modo vigoroso que Samuel 
escreveu de co-autoria com Natã e Gade. 
 
_ 
W. J. Martin 
Doutor em Filosofia e Letras 
 
 
 
 
Data: 11/9/2007 - Hora:18:23:39 
I Reis 
 
I e II Reis 
 
Chave: Realeza 
 
Comentário: 
Em parte alguma se diz com clareza qual o propósito destes livros. 
Porém, mesmo uma leitura casual deixará bem claro que o escritor se 
propõe demonstrar que embora Israel tivesse uma aliança com Deus, a 
maior parte de seus reis havia rejeitado e ultrajado as obrigações 
inerentes a tal aliança. 
Passa-se em revista tanto os reis de Judá como os de Israel, e até onde 
possível, são tratados segundo a época em que viviam. O valor de cada 
rei é determinado mediante comparação com dois reis de épocas 
anteriores. O rei Davi que se manteve bastante fiel à aliança, e o rei 
Jeroboão de Israel, que menosprezou, a referida aliança. 
A comparação, feita desta forma, demonstra se um determinado rei 
"andou em todo o caminho de Davi seu pai", ou andouem "todos os 
caminhos de Jeroboão, filho de Nebate". É evidente que o escritor dos 
livros dos Reis descobriu que sobre estas bases foram muito poucos os 
reis de Israel ou de Judá que guardaram a aliança com Deus. Exceções 
notáveis são Asa (I Reis 15), Josafá (I Reis 22), Ezequias (II Reis 18-
20), e Josias (II Reis 22-23), e mesmo estes tinham falhas. 
Davi foi o rei que mais se aproximou do ideal. Pouco antes de morrer, 
aconselha seu filho Salomão a guardar os preceitos do Senhor (I Reis 
2:3). Essa conduta é a única esperança de prosperidade e paz. O 
afastamento desse caminho, dessa conduta, equivalia a expor-se ao 
juízo divino. 
A Lealdade a aliança de Deus era requisito antigo em Israel. Teve sua 
origem em Abraão, mas encontrou expressão nacional na época do 
Êxodo, quando Israel, que acabava de ser libertado do Egito, se 
apresentou no monte Sinai e estabeleceu uma aliança solene com Deus 
(Êxodo 19:5; 24:3-8). Desse momento em diante, Israel seria povo 
escolhido de Deus, separado das outras nações, obediente a seus 
mandamentos e leal a ele. Aos israelitas era proibido fazer alianças com 
outras nações ou outros deuses. A adesão a aliança com Deus 
resultaria em bênçãos; a desobediência a essa aliança traria maldição e 
castigo. Estes princípios estão elaborados com clareza em II Reis 17-23. 
O escritor remonta à história de Israel desde Salomão até ao último rei 
de Judá. De maneira sincera, franca, narra a história triste da rejeição da 
aliança por parte da maioria dos reis. O colapso final de Israel diante da 
Síria (II Reis 17) e o de Judá diante da Babilônia (II Reis 25), constituiam 
uma demonstração da verdade do princípio que o livro sublinhava, e não 
constituiu surpresa alguma para os homens de discernimento espiritual. 
Em dias prosteriores, os dois livros dos Reis passaram a ser uma 
advertência para o remanescente do povo de Deus, proporcionando 
assim uma lição prática no sentido de que a rejeição da aliança com 
Deus, um ato pecaminoso e rebelde, só pode provocar o castigo divino. 
 
Autor: 
Não se sabe quem seja o autor dos livros dos Reis. Sabe-se que tinha 
acesso aos anais escritos, tais como o "livro dos sucessos de 
Salomão"(I Reis 11:41), o "livro das crônicas dos reis de Israel" (I Reis 
14:19), e o "livro das crônicas do rei de Judá" (I Reis 14:29), que eram 
provavelmente documentos oficiais. Talvez tivesse acesso a outras 
fontes anteriores, possivelmente compilados por alguns dos profetas. 
O compilador final deve ter vivido depois da queda de Judá no ano 596 
a.C., visto que registra o livramento de Joaquim, por volta do ano 560 
a.C. (II Reis 25:27-30). 
Pelo interesse que demonstra na aliança, podemos conjeturar que se 
tratava de um profeta aproximadamente contemporâneo de Jeremias, e 
que escreveu na primeira metade do século dezesseis antes de Jesus 
Cristo. 
 
- 
J. A. Thompson 
Mestre em Teologia 
 
 
 
 
Data: 11/9/2007 - Hora:18:23:39 
I Reis 
 
I e II Reis 
 
Chave: Realeza 
 
Comentário: 
Em parte alguma se diz com clareza qual o propósito destes livros. 
Porém, mesmo uma leitura casual deixará bem claro que o escritor se 
propõe demonstrar que embora Israel tivesse uma aliança com Deus, a 
maior parte de seus reis havia rejeitado e ultrajado as obrigações 
inerentes a tal aliança. 
Passa-se em revista tanto os reis de Judá como os de Israel, e até onde 
possível, são tratados segundo a época em que viviam. O valor de cada 
rei é determinado mediante comparação com dois reis de épocas 
anteriores. O rei Davi que se manteve bastante fiel à aliança, e o rei 
Jeroboão de Israel, que menosprezou, a referida aliança. 
A comparação, feita desta forma, demonstra se um determinado rei 
"andou em todo o caminho de Davi seu pai", ou andou em "todos os 
caminhos de Jeroboão, filho de Nebate". É evidente que o escritor dos 
livros dos Reis descobriu que sobre estas bases foram muito poucos os 
reis de Israel ou de Judá que guardaram a aliança com Deus. Exceções 
notáveis são Asa (I Reis 15), Josafá (I Reis 22), Ezequias (II Reis 18-
20), e Josias (II Reis 22-23), e mesmo estes tinham falhas. 
Davi foi o rei que mais se aproximou do ideal. Pouco antes de morrer, 
aconselha seu filho Salomão a guardar os preceitos do Senhor (I Reis 
2:3). Essa conduta é a única esperança de prosperidade e paz. O 
afastamento desse caminho, dessa conduta, equivalia a expor-se ao 
juízo divino. 
A Lealdade a aliança de Deus era requisito antigo em Israel. Teve sua 
origem em Abraão, mas encontrou expressão nacional na época do 
Êxodo, quando Israel, que acabava de ser libertado do Egito, se 
apresentou no monte Sinai e estabeleceu uma aliança solene com Deus 
(Êxodo 19:5; 24:3-8). Desse momento em diante, Israel seria povo 
escolhido de Deus, separado das outras nações, obediente a seus 
mandamentos e leal a ele. Aos israelitas era proibido fazer alianças com 
outras nações ou outros deuses. A adesão a aliança com Deus 
resultaria em bênçãos; a desobediência a essa aliança traria maldição e 
castigo. Estes princípios estão elaborados com clareza em II Reis 17-23. 
O escritor remonta à história de Israel desde Salomão até ao último rei 
de Judá. De maneira sincera, franca, narra a história triste da rejeição da 
aliança por parte da maioria dos reis. O colapso final de Israel diante da 
Síria (II Reis 17) e o de Judá diante da Babilônia (II Reis 25), constituiam 
uma demonstração da verdade do princípio que o livro sublinhava, e não 
constituiu surpresa alguma para os homens de discernimento espiritual. 
Em dias prosteriores, os dois livros dos Reis passaram a ser uma 
advertência para o remanescente do povo de Deus, proporcionando 
assim uma lição prática no sentido de que a rejeição da aliança com 
Deus, um ato pecaminoso e rebelde, só pode provocar o castigo divino. 
 
Autor: 
Não se sabe quem seja o autor dos livros dos Reis. Sabe-se que tinha 
acesso aos anais escritos, tais como o "livro dos sucessos de 
Salomão"(I Reis 11:41), o "livro das crônicas dos reis de Israel" (I Reis 
14:19), e o "livro das crônicas do rei de Judá" (I Reis 14:29), que eram 
provavelmente documentos oficiais. Talvez tivesse acesso a outras 
fontes anteriores, possivelmente compilados por alguns dos profetas. 
O compilador final deve ter vivido depois da queda de Judá no ano 596 
a.C., visto que registra o livramento de Joaquim, por volta do ano 560 
a.C. (II Reis 25:27-30). 
Pelo interesse que demonstra na aliança, podemos conjeturar que se 
tratava de um profeta aproximadamente contemporâneo de Jeremias, e 
que escreveu na primeira metade do século dezesseis antes de Jesus 
Cristo. 
 
- 
J. A. Thompson 
Mestre em Teologia 
 
 
 
 
Data: 11/9/2007 - Hora:18:23:58 
II Reis 
 
I e II Reis 
 
Chave: Realeza 
 
Comentário: 
Em parte alguma se diz com clareza qual o propósito destes livros. 
Porém, mesmo uma leitura casual deixará bem claro que o escritor se 
propõe demonstrar que embora Israel tivesse uma aliança com Deus, a 
maior parte de seus reis havia rejeitado e ultrajado as obrigações 
inerentes a tal aliança. 
Passa-se em revista tanto os reis de Judá como os de Israel, e até onde 
possível, são tratados segundo a época em que viviam. O valor de cada 
rei é determinado mediante comparação com dois reis de épocas 
anteriores. O rei Davi que se manteve bastante fiel à aliança, e o rei 
Jeroboão de Israel, que menosprezou, a referida aliança. 
A comparação, feita desta forma, demonstra se um determinado rei 
"andou em todo o caminho de Davi seu pai", ou andou em "todos os 
caminhos de Jeroboão, filho de Nebate". É evidente que o escritor dos 
livros dos Reis descobriu que sobre estas bases foram muito poucos os 
reis de Israel ou de Judá que guardaram a aliança com Deus. Exceções 
notáveis são Asa (I Reis 15), Josafá (I Reis 22), Ezequias (II Reis 18-
20), e Josias (II Reis 22-23), e mesmo estes tinham falhas. 
Davi foi o rei que mais se aproximou do ideal. Pouco antes de morrer, 
aconselha seu filho Salomão a guardar os preceitos do Senhor (I Reis 
2:3). Essa condutaé a única esperança de prosperidade e paz. O 
afastamento desse caminho, dessa conduta, equivalia a expor-se ao 
juízo divino. 
A Lealdade a aliança de Deus era requisito antigo em Israel. Teve sua 
origem em Abraão, mas encontrou expressão nacional na época do 
Êxodo, quando Israel, que acabava de ser libertado do Egito, se 
apresentou no monte Sinai e estabeleceu uma aliança solene com Deus 
(Êxodo 19:5; 24:3-8). Desse momento em diante, Israel seria povo 
escolhido de Deus, separado das outras nações, obediente a seus 
mandamentos e leal a ele. Aos israelitas era proibido fazer alianças com 
outras nações ou outros deuses. A adesão a aliança com Deus 
resultaria em bênçãos; a desobediência a essa aliança traria maldição e 
castigo. Estes princípios estão elaborados com clareza em II Reis 17-23. 
O escritor remonta à história de Israel desde Salomão até ao último rei 
de Judá. De maneira sincera, franca, narra a história triste da rejeição da 
aliança por parte da maioria dos reis. O colapso final de Israel diante da 
Síria (II Reis 17) e o de Judá diante da Babilônia (II Reis 25), constituiam 
uma demonstração da verdade do princípio que o livro sublinhava, e não 
constituiu surpresa alguma para os homens de discernimento espiritual. 
Em dias prosteriores, os dois livros dos Reis passaram a ser uma 
advertência para o remanescente do povo de Deus, proporcionando 
assim uma lição prática no sentido de que a rejeição da aliança com 
Deus, um ato pecaminoso e rebelde, só pode provocar o castigo divino. 
 
Autor: 
Não se sabe quem seja o autor dos livros dos Reis. Sabe-se que tinha 
acesso aos anais escritos, tais como o "livro dos sucessos de 
Salomão"(I Reis 11:41), o "livro das crônicas dos reis de Israel" (I Reis 
14:19), e o "livro das crônicas do rei de Judá" (I Reis 14:29), que eram 
provavelmente documentos oficiais. Talvez tivesse acesso a outras 
fontes anteriores, possivelmente compilados por alguns dos profetas. 
O compilador final deve ter vivido depois da queda de Judá no ano 596 
a.C., visto que registra o livramento de Joaquim, por volta do ano 560 
a.C. (II Reis 25:27-30). 
Pelo interesse que demonstra na aliança, podemos conjeturar que se 
tratava de um profeta aproximadamente contemporâneo de Jeremias, e 
que escreveu na primeira metade do século dezesseis antes de Jesus 
Cristo. 
 
- 
J. A. Thompson 
Mestre em Teologia 
 
 
 
Data: 11/9/2007 - Hora:18:24:22 
I Crônicas 
 
I e II Crônicas 
 
Comentário: 
Nas Escrituras hebraicas, nossos dois livros das Crônicas formavam 
originalmente um só. Os tradutores da Versão dos Setenta (cerca do 
ano 220 a.C.) foram os primeiros a fazer a divisão. Jerônimo (morto no 
ano 420 d.C.) adotou esta divisão na Vulgata Latina. Tinha por título a 
frase hebraica "Dibrey hay-yamim", que significa "atos dos dias", ou 
relato dos acontecimentos diários. A Versão dos Setenta, ou 
Septuaginta, denomina os livros das Crônicas Paraleipomena, que quer 
dizer "coisas omitidas" nos livros de Samuel e dos Reis. Contudo, os 
livros das Crônicas se ocupam dos mesmos fatos que estes livros, 
porém os apresenta com um propósito diferente e de outra forma. O 
título Crônicas foi adotado do termo Chronicon, empregado por 
Jerônimo. É um nome apropriado. 
Parece evidente que quando o cronista se propõe abranger o mesmo 
terreno que os livros de Samuel e dos Reis, deseja apresentar os fatos 
segundo seu próprio ponto de vista da história do povo de Deus, desde 
os dias de Samuel até ao cativeiro. A nação necessitava de reconstruir-
se sobre sólidos alicerces espirituais, visto que o longo cativeiro havia 
produzido uma séria brecha no que respeita aos ideais e tradições de 
seu próprio povo. Anteriormente, haviam pertencido a uma teocracia, na 
qual se esperava que os dirigentes civis e religiosos honrassem e 
obedecessem tanto à verdade divina como a lei. 
Israel estivera sob a monarquia persa, cujo rei era estrangeiro e pagão, 
nada sabia do Deus de Israel. Só mediante uma vigorosa e estrita 
organização eclesiástica pôde a nação manter a unidade religiosa. 
Quanto mais passavam os dias, tanto mais se sentiam os judeus 
convencidos de que a prometida soberana davídica, perpétua se prendia 
mais ao reino espiritual do que ao secular. Daí que se escrevesse o livro 
das Crônicas. Não se tratava de uma hábil casta sacerdotal que 
desejasse impor suas idéias contra os profetas, como costumavam 
declará-lo os críticos liberais. Os que haviam regressado do cativeiro 
deviam compreender sua própria relação com o povo de Deus. 
Depois de passar em revista a história do homem antes da época de 
Davi, o cronista nos aponta o significado superior da promessa feita à 
linha genealógica de Davi, especialmente com respeito ao futuro 
Messias. Acentua-se a atitude anterior dos reis com referência a 
assuntos religiosos mais que seus empreendimentos civis. Acentua-se a 
imensa importância do templo, do sacerdócio, dos ritos religiosos e da 
lei moral. Demonstra-se que quando os reis desafiam a lei de Deus, são 
eles apanhados por inequívoco castigo, enquanto os que honram as 
ordenanças divinas, esses prosperam. O livro das Crônicas é 
acentuadamente didático, e insiste nas bênçãos recebidas por aqueles 
que vivem uma vida religiosa autêntica. O livro deve ter causando efeito 
estimulante na religião nacional. Ressalta somente as partes da história 
que exemplificam a vida eclesiástica (que era agora a única esfera 
sagrada); por exemplo, a história das dez tribos apóstatas é 
abondanada, visto como não conduz à edificação espiritual. 
 
Autor: 
Os livros das Crônicas, de Esdras e de Neemias estão intimamente 
relacionados, e refletem o mesmo espírito. Crônicas é o antecedente 
dos outros dois, e se ocupa dos acontecimentos ocorridos depois do 
cativeiro. O Talmude, e a maior parte dos escritores judeus, bem como 
os pais da igreja cristã, atribuem os livros das Crônicas a Esdras. Os 
livros das Crônicas e de Esdras são semelhantes no que respeita à 
linguagem e ponto de vista. Têm-se feito objeções no sentido de que as 
Crônicas contêm relatos de acontecimentos posteriores à época de 
Esdras. Poderíamos muito bem aceitar Esdras como o principal autor 
(ou compilador), mesmo quando pudessem ter sido feitas algumas 
adições mais tarde. Muitos exegetas conservadores não vêem 
necessidade de reconhecer tais acréscimos. 
O livro das Crônicas foi compilado de ricas fontes históricas que 
constavam de arquivos anteriores, além de Samuel e de Reis. Um 
estudo cuidadoso do livro tem levado muitos comentaristas dignos de 
crédito a fixar sua data entre os anos 430 e 400 a.C. Não existe 
necessidade de admitir uma data posterior. 
 
- 
Alexandre M. Renwick 
Doutor em Divindade 
 
 
 
 
Data: 11/9/2007 - Hora:18:24:48 
II Crônicas 
 
I e II Crônicas 
 
Comentário: 
Nas Escrituras hebraicas, nossos dois livros das Crônicas formavam 
originalmente um só. Os tradutores da Versão dos Setenta (cerca do 
ano 220 a.C.) foram os primeiros a fazer a divisão. Jerônimo (morto no 
ano 420 d.C.) adotou esta divisão na Vulgata Latina. Tinha por título a 
frase hebraica "Dibrey hay-yamim", que significa "atos dos dias", ou 
relato dos acontecimentos diários. A Versão dos Setenta, ou 
Septuaginta, denomina os livros das Crônicas Paraleipomena, que quer 
dizer "coisas omitidas" nos livros de Samuel e dos Reis. Contudo, os 
livros das Crônicas se ocupam dos mesmos fatos que estes livros, 
porém os apresenta com um propósito diferente e de outra forma. O 
título Crônicas foi adotado do termo Chronicon, empregado por 
Jerônimo. É um nome apropriado. 
Parece evidente que quando o cronista se propõe abranger o mesmo 
terreno que os livros de Samuel e dos Reis, deseja apresentar os fatos 
segundo seu próprio ponto de vista da história do povo de Deus, desde 
os dias de Samuel até ao cativeiro. A nação necessitava de reconstruir-
se sobre sólidos alicerces espirituais, visto que o longo cativeiro havia 
produzido uma séria brecha no que respeita aos ideais e tradições de 
seu próprio povo.Anteriormente, haviam pertencido a uma teocracia, na 
qual se esperava que os dirigentes civis e religiosos honrassem e 
obedecessem tanto à verdade divina como a lei. 
Israel estivera sob a monarquia persa, cujo rei era estrangeiro e pagão, 
nada sabia do Deus de Israel. Só mediante uma vigorosa e estrita 
organização eclesiástica pôde a nação manter a unidade religiosa. 
Quanto mais passavam os dias, tanto mais se sentiam os judeus 
convencidos de que a prometida soberana davídica, perpétua se prendia 
mais ao reino espiritual do que ao secular. Daí que se escrevesse o livro 
das Crônicas. Não se tratava de uma hábil casta sacerdotal que 
desejasse impor suas idéias contra os profetas, como costumavam 
declará-lo os críticos liberais. Os que haviam regressado do cativeiro 
deviam compreender sua própria relação com o povo de Deus. 
Depois de passar em revista a história do homem antes da época de 
Davi, o cronista nos aponta o significado superior da promessa feita à 
linha genealógica de Davi, especialmente com respeito ao futuro 
Messias. Acentua-se a atitude anterior dos reis com referência a 
assuntos religiosos mais que seus empreendimentos civis. Acentua-se a 
imensa importância do templo, do sacerdócio, dos ritos religiosos e da 
lei moral. Demonstra-se que quando os reis desafiam a lei de Deus, são 
eles apanhados por inequívoco castigo, enquanto os que honram as 
ordenanças divinas, esses prosperam. O livro das Crônicas é 
acentuadamente didático, e insiste nas bênçãos recebidas por aqueles 
que vivem uma vida religiosa autêntica. O livro deve ter causando efeito 
estimulante na religião nacional. Ressalta somente as partes da história 
que exemplificam a vida eclesiástica (que era agora a única esfera 
sagrada); por exemplo, a história das dez tribos apóstatas é 
abondanada, visto como não conduz à edificação espiritual. 
 
Autor: 
Os livros das Crônicas, de Esdras e de Neemias estão intimamente 
relacionados, e refletem o mesmo espírito. Crônicas é o antecedente 
dos outros dois, e se ocupa dos acontecimentos ocorridos depois do 
cativeiro. O Talmude, e a maior parte dos escritores judeus, bem como 
os pais da igreja cristã, atribuem os livros das Crônicas a Esdras. Os 
livros das Crônicas e de Esdras são semelhantes no que respeita à 
linguagem e ponto de vista. Têm-se feito objeções no sentido de que as 
Crônicas contêm relatos de acontecimentos posteriores à época de 
Esdras. Poderíamos muito bem aceitar Esdras como o principal autor 
(ou compilador), mesmo quando pudessem ter sido feitas algumas 
adições mais tarde. Muitos exegetas conservadores não vêem 
necessidade de reconhecer tais acréscimos. 
O livro das Crônicas foi compilado de ricas fontes históricas que 
constavam de arquivos anteriores, além de Samuel e de Reis. Um 
estudo cuidadoso do livro tem levado muitos comentaristas dignos de 
crédito a fixar sua data entre os anos 430 e 400 a.C. Não existe 
necessidade de admitir uma data posterior. 
 
- 
Alexandre M. Renwick 
Doutor em Divindade 
 
 
 
Data: 11/9/2007 - Hora:18:25:13 
Esdras 
 
Comentário: 
Este livro contêm quase tudo o que se sabe da história dos judeus entre 
o ano de 538 a.C., quando Ciro, o persa, conquistou Babilônia, e o ano 
de 457 a.C., quando Esdras chegou a Jerusalém. Note-se a conexão de 
1:1-3 com o final do livro das Crônicas. 
Observa-se que a mão de Deus faz que o rei Ciro permita aos judeus 
regressar do exílio babilônico a fim de reconstruir o templo em ruínas 
(1:1-11). Contudo, muitos foram os judeus que preferiram as 
comodidades da civilização babilônica às vicissitudes da Judéia açoitada 
pela pobreza (2:1-70). Os que voltaram, começaram a dar preeminência 
a Deus (3:1-13), embora tenham permitido que o inimigo fizesse 
paralisar a reedificação do templo e da cidade (4:1-24). Decorridos 
dezesseis anos, verificou-se o avivamento em virtude da pregação de 
Ageu e de Zacarias, e o templo foi completado por volta do ano de 516 
a.C., a despeito de novas oposições (5:1 - 6:22). 
No ano de 437 a.C. interrompe-se um silêncio de quase sessenta anos, 
com a chegada de Esdras (7:1-10), comissionado pelo rei persa para 
ensinar a lei judaica e pô-la em vigor (7:11-28). Esdras reuniu uma nova 
geração de exilados para o acompanharem e realizou a perigosa viagem 
sem escolta (8:1-36). Quase de imediato se vê às voltas com o problema 
suscitado pelos casamentos entre judeus e pagãos, e depois de oração 
e confissão, pôde conseguir o apoio da maioria do povo mediante um 
profundo exame deste escândalo, inspirando as pessoas a fazerem uma 
nova aliança com o Senhor (9:1 - 10:44). 
O livro demonstra a forma pela qual Deus emprega os governantes 
pagãos para cumprir seus fins, proporcionando ânimo e ao mesmo 
tempo advertência ao povo de Deus. Podem estar atemorizados pela 
oposição, quando Deus quer que avancem; talvez estejam contentes 
com os padrões de vida do mundo pagão; ou, talvez, tenham a mesma 
fé revelada por Esdras e pelos profetas. 
 
Autor: 
Não se conhece o autor ou compilador deste livro, mas poderia ser o 
próprio Esdras. Empregou documentos existentes para fazer uma 
crônica dos acontecimentos que ele não presenciou pessoalmente. 
Duas seções do livro estão escritas em aramaico (4:8 - 6:18 e 7:12-26). 
Este idioma semítico era empregado comumente em todo o Oriente 
Próximo naquela época. 
 
_ 
J. Stafford Wright 
Licenciado em Teologia 
 
 
 
Data: 11/9/2007 - Hora:18:25:33 
Neemias 
 
Chave: Restauração 
 
Comentário: 
Este livro lega-nos uma lição quando ao sacrifício, à oração e à 
tenacidade. Neemias, o personagem principal, renunciou a um cargo de 
responsabilidade e bem remunerado perante o rei da Pérsia, no ano de 
445 a.C., a fim de construir os muros de Jerusalém e congregar os 
judeus como nação (1:1 - 3:32). Seus trabalhos provocaram a intensa 
oposição de homens poderosos, mas Neemias se sobrepôs às 
ameaças, adotando sábias medidas defensivas (4:1-23). Solucionou a 
falta de unidade interna enfrentando o problema mediante exemplo 
pessoal digno (5:1-19), e resolveu as acusações falsas mediante 
discernimento e coragem (6:1-14). 
Terminada a reconstrução dos muros, tomou medidas para que a cidade 
estivesse plenamente habitada (6:15 - 7:73), mas, acima de tudo, tomou 
providências para que Esdras lesse a lei a fim de que o povo pudesse 
reger sua vida por ela (8:1-18). Ele e o povo confessaram os pecados 
nacionais, buscaram o perdão divino, e renovaram a aliança com Deus 
(9:1 - 10:39). Foi trazida gente da cidade, fizeram-se preparativos para 
os cultos de adoração, e os muros foram consagrados (11:1 - 12:47). 
Mas cin i decirrer dis anos, o fervor do povo começou a declinar, e 
Neemias viu-se forçado a introduzir novas reformas, mesmo em face da 
oposição. (13:1-31). 
O livro mostra a necessidade da oração e de uma atitude firme na obra 
de Deus. As orações de Neemias constituem um excelente estudo. 
 
Autor: 
Acredita-se, em geral, que Esdras e Neemias constituíam originalmente 
um só livro. O compilador emprega aqui as memórias pessoais de 
Neemias, bem como outros materiais. 
 
_ 
J. Stafford Wright 
Licenciado em Teologia 
 
 
 
Data: 11/9/2007 - Hora:18:25:58 
Ester 
 
Chave: Providência 
 
Comentário: 
O livro de Ester descreve graficamente as lutas vitoriosas dos judeus 
dispersos, durante o período do rei persa Assuero, contra as iníquas 
conspirações de certo primeiro-ministro por nome Hamã. Embora nunca 
se mencione neste livro o nome de Deus, sua mão se manifesta 
continuamente em todos os pormenores circunstanciais da narrativa. 
Ester, por sua beleza, é escolhida rainha em lugar de Vasti; Mardoqueu, 
em virtude de sua capacidade, toma o lugar de Hamã no cargo de 
primeiro-ministro. Todos os personagens desde o rei até ao escravo 
obsequioso, desempenham seu papel no momento oportuno. Hamã é 
encarnado do mal; Mardoqueu, a essência da bondade; Assuero, 
inflexível, possui também traços vigorosos. Ester, prima de Mardoqueu e 
sob a tutela deste, converte-se na heroína da históriadevido à sua boa 
vontade de arriscar a vida e sua posição, a pedido de Mardoqueu, em 
benefício de seu próprio povo em época de profunda necessidade. 
 
Autor: 
Não se pode conseguir evidência certa com respeito ao autor do livro de 
Ester. A paternidade literária tem sido atribuída a vários personagens 
(Esdras, Joaquim, Mardoqueu, homens da Grande Sinagoga). 
Intrinsecamente nada há de improvável em se atribuir o livro a 
Mardoqueu, destacado personagem guardador dos fatos principais 
narrados no livro. 
Diferentemente das obras de ficção e romance, o livro de Ester está 
profundamente saturado de história e documentado com datas 
específicas. Este livro, à semelhança da profecia de Ageu (1:1, 15; 2:1, 
10, 20) está datado segundo o reinado de Assuero, a quem se identifica 
comumente como Xerxes I (485 a 465 a.C.) da antiguidade. Segundo 
escavações realizadas na era moderna, em Susã, tem-se comprovado 
de forma substancial a exatidão do autor, que deve ter tido 
conhecimento pessoal do povo e da história. 
Talvez nenhum outro livro da Bíblia tenha sido atacado tão acerbamente 
nem com tanta veemência como o livro de Ester. Devido a seu espírito 
de nacionalismo e vigança, os críticos o têm declarado indigno de 
ocupar lugar no cânon sagrado. Contudo, se lermos a história com 
reverência, dependendo humildemente do Espírito Santo para que nos 
ensine, acharemos verdades que satisfarão nossa mente e edificarão a 
alma. Quanto mais estudarmos esta história incomparável, tanto mais 
chegaremos à conclusão de que suas profundas verdades deverão ser 
desenterradas como se fossem pepitas de ouro. 
 
_ 
Wick Broomall 
Doutor em Teologia 
 
 
 
Data: 11/9/2007 - Hora:18:26:16 
Jó 
 
Chave: Provação 
 
Comentário: 
A apresentação claramente visível do livro - prólogo, discurso e epílogo, 
além dos ciclos dentro dos próprios discursos - demonstra-nos que se 
trata de uma interpretação teológica de certos acontecimentos da vida 
de um homem chamado Jó. Do começo até ao fim o autor procura com 
diligência responder a uma pergunta básica. Qual é o significado da fé? 
Chefe tribal de extraordinária piedade e integridade, Jó é abençoado por 
Deus com prosperidade terrena que o converte no homem "maior do que 
todos os do oriente" (1:3). De repente, Jó sofre vários reveses de 
fortuna. Vítima de uma série de grandes calamidades, vê-se privado 
primeiro de seus bens e de seus filhos (1:13-19). Seu corpo se cobre de 
uma enfermidade repulsiva (2:7). Três amigos, que se apresentam com 
a intenção evidente de consolar Jó, insistem em que seu sofrimento é 
castigo pelo pecado , e por isso mesmo, seu único recurso é o 
arrependimento. Mas Jó repudia com veemência esta solução, 
afirmando sua integridade, e admitindo ao mesmo tempo sua 
incapacidade de entender sua própria condição. Outro amigo, Eliú, 
sugere que Jó está passando por um período de disciplina de amor 
ordenada por Deus, para impedi-lo de continuar pecando. Jó rejeita 
também esta interpretação. Finalmente, Deus responde às contínuas 
solicitações de Jó, de uma explicação direta de seus sofrimentos. Deus 
responde, não mediante uma justificação de sua conduta, nem mediante 
uma solução imediata, mas em virtude de sua apresentação de si 
mesmo com sabedoria e poder. Esta apresentação é suficiente para Jó; 
observa ele que, por ser Deus quem é, deve haver uma solução, e nela 
apoia sua fé. 
Conquanto o tema do sofrimento e suas causas seja predominante no 
livro, este preenche um fim mais amplo na mente do autor: o de 
demonstrar que a certeza da fé não depende das circustâncias externas 
nem das explicações conjeturais, mas do encontro da fé com um Deus 
onipotente e onisciente. 
 
Autor: 
O livro não nos dá indicações certas do autor nem do tempo em que foi 
escrito. Embora muitos, atualmente, afirmem que foi escrito no exílio ou 
em época pós-exílio (sexto a terceiro século a. C), tradicionalmente tem-
se fixado a data na época dos patriarcas (século XVI a.c.), ou nos dias 
de Salomão (século X a.C.). 
 
_ 
Robert B. Laurin 
Doutor em Filosofia e Letras 
 
 
 
Data: 11/9/2007 - Hora:18:26:34 
Salmos 
 
É o Livro de louvores de Israel. 
 
Comentário: 
Os Salmos, metade dos quais é atribuída por suas inscrições a Davi, o 
suave cantor de Israel, em geral procedem da idade áurea de Israel, por 
volta do ano 1000 a.C. Sem a menor dúvida, alguns foram escritos mais 
tarde, na época do cativeiro (por exemplo, o Salmo 137). Os salmos 
expressam verdades profundas num estilo poético, com a intenção de 
penetrar os recônditos do coração. Devem ensinar-nos que o 
conhecimento intelectual não é suficiente; o coração deve ser alcançado 
pela graça redentora de Deus. A poesia hebraica não consiste no rítimo, 
mas principalmente na repetição de pensamentos apresentados em 
cláusulas paralelas, como, por exemplo: "Não nos tratou segundo os 
nossos pecados, nem nos retribuiu segundo as nossas iniquidades" 
(103:10). Se prestarmos atenção a este paralelismo, poderemos, às 
vezes, interpretar palavras obscuras mediante o paralelo mais claro. 
Outro recurso que se emprega com freqüência no artifício poético é a 
dramatização. Davi não escreve para si próprio. Escreve para outros. O 
salmista escreve para todos nós, e podemos apropriarmos de que aqui 
também Davi escreve às vezes na primeira pessoa do singular; não 
obstante isso, proporciona-nos pormenores vividos das experiências do 
Messias. 
Cerca da metade dos salmos pode ser classificada como orações de fé 
proferidas em épocas de angústia. Salmos tão preciosos como os de 
número 23, 91, 121 e muitos outros, sustentam-nos nos momentos de 
necessidades mais urgentes. Seria bom que apredêssemos de cor estes 
salmos e os repetissemos com freqüência, a fim de fortalecer-nos com a 
Palavra quando a hora da provação nos apanha de surpresa. Mais ou 
menos 40 salmos são dedicados ao tema do louvor. A nota de louvor a 
Deus deve constituir-se em uma parte da respiração mesma do crente, e 
salmos tais como os de números 100 e 103 devem figurar com 
proeminência em nossas devoções. 
É difícil fazer uma classificação minuciosa dos salmos, visto como são 
obras profundamente poéticas, e um salmo pode tratar de assuntos 
diferentes. Sugerimos, contudo, várias categorias: os salmos do homem 
justo são representados pelos de números 1, 15, 101. 112 e 133. Seis 
poderiam denominar-se salmos messiânicos: 2, 21, 45, 72, 110 e 132. 
Os salmos 32 e 51 são chamados, de modo geral, penitenciais, 
juntamente com partes dos salmos 38, 130 e 143. Os salmos 
imprecatórios pedem vingança sobre os inimigos de Deus; são eles: 69, 
101, 137 e parte dos salmos 35, 55 e 58. Há, pelo menos, quatro salmos 
históricos: 78, 81, 105 e 106. Dois ressaltam a revelação: 19 e 119. 
Os salmos messiânicos que se referem a Cristo, no Novo Testamento, 
são: 2, 8, 16, 22, 40, 41, 45, 68, 69, 89, 102, 109, 110 e 118. Alguns 
destes são tipicamente messiânicos, isto é, escritos a respeito de 
nossas experiências em geral, mas aplicados a Cristo. Outros são 
diretamente proféticos. Os salmos 2, 45 e 110 predizem o Rei 
messiânico. No salmo 45:6, o Messias é Deus; no 110, é ele o 
Sacerdote, Rei e Senhor de Davi; no salmo 2, é o Filho de Deus que 
deve ser adorado. Outros salmos fazem referência a seus sofrimentos 
(22), seu sacrifício (40), sua ressurreição (16:10, 11). No salmo 89, ele é 
quem completa a aliança davídica em cumprimento das esperanças de 
Israel. . 
 
Autor: 
Segundo os títulos, Davi foi o autor de 73 salmos; Asafe, de 12. Os filhos 
de Coré, 11; Salomão, 2; Moisés e Etã um cada um. No caso de 50 
salmos, não se menciona seu autor. A versão dos Setenta ou 
Septuaginta acrescenta Ageu e Zacarias como autores de 5 salmos. 
O valor das inscrições tem sido posto em dúvida, mas é evidente que 
figuravam muito antes do ano 200 a.C., visto que a Versão dos Setenta, 
traduzida em torno dessa época, interpretou erroneamente várias das 
anotações musicais dos títulos. As composições poéticas que figuram 
nos livros históricosda época do pré-exílio assinalam o uso semelhante 
de inscrições (Habacuque 3:1; Isaias 38:9; II Samuel 1:17; 23:1). O 
salmo 18, atribuido a Davi por sua inscrição, também se diz em II 
Samuel 22:1 que foi escrito por ele. Esta reputação de Davi como 
músico é mencionada repetidamente (II Samuel 23:1; I Samuel 16:18; 
Amós 6:5). Os livros das Crônicas explicam com clareza que Davi 
organizou coros no templo e compôs salmos para eles (I Crônicas 16:4, 
5; 25:1-5). As expressões musicais enigmáticas das inscrições acham-
se freqüentemente relacionadas pelo livro das Crônicas com este 
trabalho de Davi (I Crônicas 15:20, 21; 16:4; compare os títulos dos 
salmos 12, 38, 46; e 105:1; 148:1 e outros). Finalmente, o Senhor Jesus 
Cristo fundamentou um importante argumento sobre a validez do título 
do salmo 110 (Marcos 12:36). Não parece existir prova positiva contra o 
ponto de vista tradicional de que a maior parte dos salmos foi escrita em 
torno do ano 1000 a.C., como afirmam as inscrições. As novas provas 
derivadas dos pergaminhos do mar Morto descartam a idéia de que a 
escritura de alguns salmos se estendeu até ao segundo século antes de 
Cristo conforme o sustentaram alguns exegetas no passado. 
 
- 
R. Laird Harris 
Doutor em Filosofia e Letras 
 
TABELA DE SALMOS E AUTORES: 
 
Davi: (3 A 9; 11 a 32; 34 a 41; 51 a 65; 68 a 70; 86; 101; 108 a 110; 
122; 124; 131; 133; 138 a 145) 
 
Salomão: (72 e 127) 
 
Filhos de Coré: (poetas) (42; 44 a 49; 84 e 85; 87 e 88) 
 
Asafe:(50; 73 a 83) 
 
Etã: (89) 
 
Moisés: (90) 
 
Hallel: (113 a 118) 
 
 
 
Data: 11/9/2007 - Hora:18:26:54 
Provérbios 
 
Chave: Sabedoria 
 
Comentário: 
Entre os Provérbios, a sabedoria começa em Deus; sua centralidade, 
sua situação básica é dada por sentada em todo o livro. Os sábios se 
colocam em um mesmo nível. Trata-se dos que confiam em Deus, que o 
conhecem, que refletem esta confiança e este conhecimento mediante 
sua conduta reta e amorosa para com seus semelhantes, de acordo com 
princípios divinamente aprovados. O bom e o mau estão vinculados com 
a recompensa e com o castigo, uma vez que Deus incorpora em si 
mesmo o amor e a justiça , de modo que deve promover o bem e evitar 
o mal. 
Os padrões positivos e negativos do livro dos Provérbios proporcionam-
nos uma prova valiosa de conduta pessoal. O Senhor Jesus Cristo 
aconselha seus discípulos a serem "prudentes como as 
serpentes..."(Mateus 10:16). A sabedoria dos Provérbios é o adorno do 
Antigo Testamento, pelo assim dizer, no que respeita às muitas 
exortações práticas das epístolas do Novo Testamento, verdade 
aplicável tanto ao grande discurso de quatorze pontos como à ampla, 
expressiva e concisa série de instruções e observações de que se 
compõe a maior parte deste livro, referindo-se aos muitos aspectos de 
nossa conduta diária. 
 
Autor: 
Provérbios 1:1 e 2 citam Salomão como seu principal autor, 10:1 - 22:16 
são diretamente seus. Incorporou o primeiro grupo de "palavras" em 
22:17 - 24:22 ("minha ciência", 22:17); e a passagem de 24:23-24 foi, 
talvez, acrescentada por ele, ou pelos homens de Ezequias, juntamente 
com a segunda série de Salomão, capítulos 25 a 29. Os discursos, 
capítulos 1 a 9, não têm data, porém existia um bom precedente oriental 
antiqüissimo que justificaria o fato de Salomão os antepor como uma 
introdução aos provérbios principais. Os poemas de Agur, de Lemuel, e 
da esposa virtuosa não têm data conhecida, mas poderiam ter sido 
acrescentados anteriormente, no tempo de Ezequias, embora talvez 
mais tarde. Assim, a data mais antiga para o livro dos Provérbios seria o 
reinado de Ezequias, imediatamente depois do ano 700 a.C., ou, quem 
sabe, algum tempo depois. 
A literatura proverbial escrita já era antiga no Oriente Próximo: e estudos 
recentes (nem todos publicados) de contactos lingüisticos e fundos 
literários da região norte de Canaã, do Egito, da Mesopotâmia e de 
países heteus, ou hititas, indicariam que o livro de Provérbios foi escrito 
na primeira metade do primeiro milênio antes de Cristo. 
 
_ 
Kenneth A. Kitchen 
Bacharel em Artes 
 
 
 
 
Data: 11/9/2007 - Hora:18:27:13 
Eclesiastes 
 
Chave: Vaidade 
 
SÍNTESE E AUTOR 
 
Quem é Eclesiastes? A palavra significa "homem de assembléia", 
podendo ser o homem que convoca uma assembléia religiosa (Números 
10:7), ou aquele que é seu porta-voz ou pregador. Nosso porta-voz não 
é um sacerdote que fizesse uso da lei, nem um profeta que fizesse uso 
da palavra, mas um sábio que fazia uso do conselho (Jeremias 18:18), 
grande parte de cuja obra se assemelha ao livro dos Provérbios. 
De 1:1 se deduz geralmente que se trata de Salomão, o primeiro dos 
sábios de Israel (12:9, 11; também I Reis 3:12; 4:29-34); pelo menos, 
pensava-se que parte do livro refletia as experiências do Sábio. 
Entretanto, poderíamos perguntar se Salomão, o terceiro rei de Israel, 
empregou alguma vez em sua história o tempo gramatical pretérito para 
dizer: "Fui rei sobre Israel em Jerusalem" (1:12). Teríamos confessado, 
como ele o fez, que a sabedoria "ainda estava longe de mim"(7:23)? 
Quando este pregador escreveu? Evidentemente, quando a nação de 
Israel vivia angustiada sob o jugo do opressor (possivelmente a Pérsia, 
entre os anos 444 e 331 a.C.) Onde? Perto da casa de Deus (5:1). Os 
conhecimentos do mundo demonstrados no livro poderiam ter sido 
adquiridos ali mesmo em Jerusalém. 
A quem se dirige o livro? Embora escrito em hebraico, os traços 
distintivos de Israel são poucos. Nunca se emprega o nome de Deus 
associado com o concerto ou aliança; Israel é mencionado uma única 
vez. O autor fala aos filhos dos homens, e por fim à humanidade toda. 
Apontado para a estultícia natural do homem e sua ignorância, prepara o 
caminho para a sabedoria e para a luz do evangelho. 
Por que este livro consta do cânon? Os rabinos punham em dúvida a 
consequência do escritor, porém o livro já figurava em suas Bíblias. Não 
vemos aqui um otimismo cego: existem muitíssimos problemas sérios da 
vida para justificar otimismo. Não vemos aqui, tampouco, um 
pessimismo cínico, visto que o autor é crente no Deus da justiça (8:12, 
13). Temos aqui um penetrante realismo que faz frente à alegria e à 
fúria, aos triunfos e às derrotas, um jogo de luz e sombras, e termina 
afirmando que tudo é vaidade (1:2; 12:8); contudo, paradoxalmente, a 
vida toda do homem deve reverenciar e obedecer a Deus, uma vez que 
é a ele que finalmente prestaremos contas (12:13, 14). 
 
_ 
W. Gordon Brown 
Bacharel em Teologia 
 
 
 
Data: 11/9/2007 - Hora:18:27:27 
Cântico dos Cânticos 
 
Comentário: 
O livro descreve o amor e casamento de Salomão (chamado o amado) 
com uma jovem camponesa (denominada sulamita). Compõe-se 
totalmente de discursos pronunciados principalmente pela sulamita e por 
Salomão. Visto como se trata de poesia oriental antiquíssima, difere 
basicamente da forma como um escritor devoto da atualidade poderia 
apresentar as mesmas idéias básicas. Descreve a beleza do amor puro 
entre uma mulher e um homem, amor que se aprofunda numa devoção 
recíproca e imperecível. A mensagem fundamental é a pureza e o 
caráter sagrado do amor no casamento - mensagem muito necessária 
em nossos dias de tantas promessas matrimoniais quebradas e de 
divórcios fáceis. 
Ao mesmo tempo, os Cantares de Salomão lembram-nos que o que 
sustenta todo o amor humano puro é o maior e mais profundo de todos 
os amores - o amor de Deus, que sacrificou a seu Filho para redimir os 
pecadores, e do amor do Filho de Deus que sofreu e morreu por sua 
esposa, a igreja. Cantares de Salomão não é alegoria nem tipo, mas 
uma parábola do amor divino que constitui o pano de fundo e a fonte de 
todo o verdadeiro amor humano. 
 
Autor: 
O título (1:1) diz que Salomão é o autor. Isto está de acordo com o 
conteúdo do livro, especialmente a descrição da natureza. Até agora 
ninguém apresentou um caso convicente contra a paternidade literária 
de Salomão. Foi rei de Israel entre os anos 973 a 933 a.C., 
aproximadamente. 
 
- 
JohannesG. Vos 
Mestre em Teologia 
 
 
 
Data: 11/9/2007 - Hora:18:27:45 
Isaías 
 
Comentário: 
Isaías é merecidamente conhecido como o profeta evangélico, visto que 
nos proporciona a mais ampla e clara exposição do evangelho de Jesus 
Cristo registrada no Antigo Testamento. Semelhante, em determinados 
aspectos, à epístola aos Romanos no Novo Testamento, Isaías serve de 
compêndio das grandes doutrinas da era pré-cristã, e se ocupa de 
quase todos os pontos cardiais na escala da teologia. Acentua de modo 
especial a doutrina de Deus, sua onipotência, sua onisciência e seu 
amor redentor. Em confronto com os deuses imaginários dos adoradores 
pagãos de ídolos, Deus se revela como o verdadeiro Deus, o Soberano 
Criador do Universo, que ordena todos os acontecimentos da história de 
acordo com um plano-mestre que ele próprio estabeleceu. Mediante a 
demonstração de sua autoridade e inspiração de sua Palavra, cumpre 
maravilhosamente as predições pronunciadas muito antes pelos 
profetas. Ele é o mantenedor da lei moral, que traz a juízo todas as 
nações ímpias dos pagãos, inclusive as mais ricas e poderosas dentre 
elas, e destina-se ao montão de cinzas da eternidade, ao passo que seu 
povo escolhido vive para lhe glorificar o nome. 
É, acima de tudo, o Santo de Israel que Isaías apresenta como o Senhor 
que o inspirou a profetizar. Em sua qualidade de Santo, exige acima das 
formalidades da adoração mediante sacrifícios, o sacrifício vivo de uma 
vida piedosa. Para este fim, apresenta as mais vigorosas persuasões 
dirigidas à consciência de seu povo, tanto na forma de advertência e 
apelos proféticos, como nas ameaças de castigo destinadas a levá-los 
ao arrependimento. Mas, na qualidade do Santo de Israel, apresenta-se 
como inalteradamente obrigado para com seu povo da aliança, e o fiador 
fiel de suas misericordias promessas de perdoar-lhes, quando se 
arrependerem, e libertá-los do poder do inimigo. Está preparado para 
resgatá-los dos assaltos de seus arrogantes opressores gentios, e trazê-
los, da escravidão e do exílio, para a Terra Prometida. 
Entretanto, na análise final, até mesmo os crentes israelitas, instruídos 
nos ensinos do Antigo Testamento e usufruindo de imcomparáveis 
privilégios de acesso a Deus, demonstram ser inerentemente 
pecaminosos e incapazes de salvar-se a sí mesmo do mal. Seu 
livramento final só pode provir do Salvador, do Messias divino e 
humano. Este Emanuel, nascido de uma virgem, que é o próprio 
poderoso Rei, estabelecera seu trono como rei de toda a terra, e porá 
em vigor as exigências da santa lei de Deus, ao estabelecer a paz 
universal, a bondade e a verdade sobre o mundo todo. Contudo, este 
Messias soberano obterá o triunfo somente como Servo de Jeová, 
rejeitado e desprezado por seu próprio povo, oferecendo seu corpo 
sagrado como expiação pelos pecados deles. Mediante o sofrimento e a 
morte, libertará a alma não somente dos verdadeiros crentes de Israel 
como nação, mas também de todos os gentios de terras distantes que 
abrirem o coração para receberem a verdade. Tanto os judeus como os 
gentios formarão um rebanho de fé e constituirão os súditos felizes de 
seu reino milenial, que está destinado a estabelecer o governo de Deus 
e assegurar a paz de Deus sobre toda a terra. 
 
Autor: 
Isaías, filho de Amós, provinha, ao que parece, de uma rica e respeitável 
família de Jerusalém, visto que não somente se registra o nome de seu 
pai, mas ainda desfrutava de estreita relação com a família real e com 
os mais altos funcionários do governo. Embora, talvez, tenha iniciado 
seu ministério profético no final do reinado de Uzias, menciona o ano da 
morte deste rei, provavelmente 740 a.C, como a época em que recebeu 
a unção e incumbência especial de Deus no templo (capítulo 6). Foi-lhe 
ordenado que pregasse com intrepidez e de modo inflexível uma 
mensagem de advertência e denúncia contra seu povo, pela impiedade 
de conduta e pela idolatria, chamando a nação para um sincero 
arrependimento e reforma. O idólatra rei Acaz odiou-o e criou-lhe 
obstáculos, mas foi favorecido e respeitado pelo rei Ezequias (716-698 
a.C.), o qual, contudo, não levou em conta as advertências do profeta 
contra a aliança com o Egito, Isaías foi, provavelmente, martirizado pelo 
rei Manassés, brutal e depravado filho de Ezequias, isso por volta do 
ano 680 a.C. 
 
- 
Gleason L. Archer Junior 
Doutor em Filosofia e Letras 
 
 
 
Data: 11/9/2007 - Hora:18:28:00 
Jeremias 
 
Chave: Advertência 
 
Comentário: 
O prolongado ministério de Jeremias, que durou mais de quarenta anos, 
estendeu-se desde o ano de 625 a.C. até poucos anos depois que Judá 
deixasse de ser um estado, no ano de 586 A.C. Mais de cinquenta nos 
de apostasia religiosa sob o reinado de Manassés foram, finalmente, 
seguidos de uma reforma religiosa no governo de Josias (621-607) 
a.C.). Jeremias apoiou a reforma com entusiasmo até perceber que o 
coração do povo não mudava. Dois anos após a morte de Josias, a 
batalha de Carquemis (605 a.C.) consolidou o domínio babilônico sobre 
a Ásia Ocidental. A partir daí, Jeremias defendeu a submissão a 
Babilônia, porém não teve êxito. Por causa da administração dos últimos 
quatro reis de Judá, dos vinte e um anos de apostasia religiosa e 
fraqueza política, tornou-se inevitável a queda de Jerusalém no ano de 
586 a.C. e o conseqüente exílio. 
As angustiosas circunstâncias sob as quais Jeremias trabalhava e a 
extraordinária extensão com que a idolatria tomara o lugar da religião 
revelada em Judá manifestam-se com clareza nas predições de 
Jeremias. Igualmente, a angústia espiritual de Jeremias é causada por 
esta apostasia. Contudo, não era ele um homem pessimista. Era, 
essencialmente, guerreiro de Deus, porém um guerreiro que também 
exercia as funções de atalaia e testemunha. O primeiro capítulo 
descreve o chamado de Jeremias para o mninistério profético. Os 
capítulos 2 a 13 capacitam-nos a reconstruir as condições em que ele 
profetizava, enquanto os capítulos 14 a 33 nos revelam sua consciência 
de Deus e sua comunhão com ele (leia também 1:1-19). O guerreiro 
surge, como atalaia de Deus (34:1 - 45:5) e testemunha de Deus (46:1-
52:34). 
Nos oráculos de Jeremias, Deus, o Governante moral do mundo, é o 
Deus das alianças de Israel. Por meio de Israel, procurou atingir fins 
morais. Em realidade, o adultério, pelo assim dizer, do reino setentrional 
com os baalins obrigou Deus a dar-lhe carta de divórcio, ou seja, 
mandá-lo para o exílio. Judá, o reino meridional, não tirou proveito da 
experiência de Israel. Na verdade, superou a Israel na prática de 
impurezas sexuais, a despeito de rejeitar as acusações de infidelidade 
religiosa. Portanto, Deus teve de castigá-la. 
O arrependimento poderia ter suspenso o processo de divórcio (exílio), 
apesar de seus adultérios, visto como a graça divina é imensa. Todavia, 
tão arraigada estava a imoralidade em Judá que a nação não era capaz 
de corrigir-se moralmente. Aos poucos foram desaparecendo as virtudes 
sociais. Nem os sacrifícios nem os ritos poderam substituir o 
arrependimento e a justiça. A espantosa pecaminosidade de Judá 
significava que o pecado devia ser congênito, por conseguinte, não tinha 
capacidade moral. Esse pecado nascia de uma natureza pacaminosa. O 
juízo e o exílio eram inevitáveis. Porém o exílio não era a última palavra. 
Voltaria um remanescente para viver sob a administração messiânica, 
em um ambiente de segurança religiosa e social. O governo justo do 
Messias sobre um povo reto contribui para explicar a doutrina do novo 
concerto de Jeremias. As pessoas seriam justas porque teriam o 
coração renovado. Obedeceriam às leis de Deus de coração 
espontaneamente. A nova aliança, garantindo o perdão e uma dinâmica 
espiritual interior, transcederia o legalismo da antiga aliança. Finalmente, 
pelo sacrifício e morte de Cristo, e mediante a manifestação 
regeneradora interior do Espírito Santo, a nova aliança se tornaria 
realidade. 
 
Autor: 
Não se observa princípio algum na organização

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