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Mikaelly Alves Caetano

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16
CURSO DE GRADUAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL
MIKAELLY ALVES CAETANO
OS DESAFIOS DO ASSISTENTE SOCIAL NO FAZER PROFISSIONAL NO AMBITO HOSPITALAR
FORTALEZA - CE
2019
MIKAELLY ALVES CAETANO
OS DESAFIOS DO ASSISTENTE SOCIAL NO FAZER PROFISSIONAL NO AMBITO HOSPITALAR
Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado à Universidade Pitágoras - Unopar, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso.
Orientadora: Profª Amanda Boza Gonçalves.
FORTALEZA - CE
2019
SUMÁRIO
1 	INTRODUÇÃO	03
2 	DELIMITAÇÃO E FORMULAÇÃO DO PROBLEMA	04
3 	OBJETIVOS	05
3.1 	OBJETIVO GERAL	05
3.2 	OBJETIVOS ESPECÍFICOS	05
4 	JUSTIFICATIVA	06
5 	METODOLOGIA	07
6 	REVISÃO BIBLIOGRÁFICA	08
6.1 	CONSTITUIÇÃO E A SAÚDE	08
6.2 	DESAFIO ENTRE A TEORIA E O TÉCNICO-OPERATIVO	09
6.3 	A INSTRUMENTALIDADE E O DESAFIOS ANTAGONICOS DAS DEMANDAS SOCIAIS	11
7 	CRONOGRAMA	13
8 	ORÇAMENTO	14
9 	RESULTADOS ESPERADOS	15
	REFERÊNCIAS	16
1
1 INTRODUÇÃO 
1. O assistente social enfrenta muitos desafios para conseguir executar sua principal função, amparar e garantir os direitos dos cidadãos que de alguma forma foi desassistido pelo Estado.
1. E no âmbito hospitalar não é diferente, a precarização do sistema traz consequências exorbitantes como filas enormes para atendimentos, fila de espera para procedimentos básicos, exames, entre outras, onde muitas vezes não são realizados por falta insumos e EPi’S para o atendimento. Contudo, é o serviço social que faz o intermédio nas demandas conflituosas tentando sempre garantir o mínimo de direitos para os usuários.
1. Desse modo, precisa-se esclarecer que a saúde faz parte do tripé da seguridade social no qual a previdência e contributiva enquanto assistência e saúde não são contributiva. Contudo, o direito ao acesso a ela foi resultado de lutas que ocorreram no processo de construção do modelo de saúde pública do Brasil através da reforma sanitária que assegurou um direito universal como afirma a constituição federal de 1988 Art. 196:
A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
Desde então, o serviço social faz parte desse processo de construção da política de saúde, que vem progredindo de forma não satisfatória, em virtude das condições neoliberais, onde o sistema e cruel e o Estado através das privatizações de serviços vem desassistindo o usuário do mínimo de seus direitos.
2 DELIMITAÇÃO E FORMULAÇÃO DO PROBLEMA 
As dificuldades que o serviço social encontra no fazer profissional no âmbito hospitalar é fruto de uma atuação com limitações e sucateamento de uma política que deve ser universal.
Porém, hoje não é a realidade vivenciada, e o assistente social enquanto classe trabalhadora também sofre com cortes de profissionais, precárias condições de trabalho, e uma grande suprimida nos serviços. E um dos fatores que contribui para tais condições é a terceirização dos serviços onde o Estado passa a sua responsabilidade de garantir um atendimento eficaz e de qualidade para as organizações privadas que tem o intuito de diminuir os gastos, onde diminui também os quadros de funcionários, ocasionando uma desproporção entre a demanda de usuários e os profissionais.
E no âmbito hospitalar o acompanhamento ao usuário é uma demanda central, e pelas questões citadas a cima se torna um desafio continuo para o serviço social assistir tal demanda.
“O assistente social no plantão realiza basicamente orientações (previdenciária, acidente de trabalho, programas assistenciais, quadro clinico de pacientes internados) encaminhamentos (para recursos internos da unidade: inscrição nos programas, agilização de exames e /ou consultas medicas e para recursos da comunidade /ou institucionais: bolsas de alimentos, passagem gratuita, recursos assistenciais, exames de alta complexidade, alisamento, apoio), e, alguns casos, aconselhamento. Estas ações burocratizadas, produzem uma atenção que não tem continuidade nem interna nem externa à unidade de saúde.” (VASCONCELOS, 2012).
De modo que na rotina do plantão hospitalar o assistente social se depara com inúmeros desafios, este trabalho se propõe a compreender como o serviço social atua nas demandas impostas para ele no âmbito hospitalar?
3 OBJETIVOS
3.1 OBJETIVO GERAL 
Identificar os desafios que os serviços sociais enfrentam dentro do âmbito hospitalar.
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
Explanar sobre o processo histórico da reforma sanitária;
Elencar as demandas que chegam ao serviço social;
Identificar as estratégias de atuação utilizadas pelo serviço social no âmbito hospitalar.
4 JUSTIFICATIVA 
A justificativa para a realização deste estudo reside no interesse pela temática vivenciada no estagio em serviço social no Hospital e maternidade Zilda Arns Neumam (Hospital da mulher de fortaleza), onde, desenvolveu uma curiosidade de como o profissional do serviço social faz para atenuar as demandas do hospital em meios a tantos desafios encontrados para a sua atuação. 
Sabendo-se que a área da saúde é um dos maiores campos de atuação profissional do serviço social, há uma relevância de realizar pesquisa na área da saúde para a construção de um novo conhecimento e qualificar em frente às demandas que surgem, como também para tomar novas decisões como as descobertas em prol de uma melhoria social.
Pois, a problematização hoje está voltada para a precarização do sistema, e conseguimos ver nitidamente através das filas intermináveis para procedimentos, a falta de tempo eficaz nos atendimentos aos leitos, a quebra do sigilo por conta de um ambiente não propicio, a diminuição do quadro de assistentes sociais em frente a uma demanda desproporcional. Então pesquisar em busca de respostas em frente a essas demandas ajudará o saber de outros estudantes como também dos profissionais do serviço social futuramente.
5 METODOLOGIA 
Nesta pesquisa, a metodologia utilizada é de natureza qualitativa, do tipo bibliográfica e terá como base o estudo de livros e artigos científicos dissertações e teses, visando à fundamentação teórico-metodológica da pesquisa.
No que se refere aos procedimentos da pesquisa esta se configura como bibliográfica e, que segundo Cervo e Bervian (2012): 
Na pesquisa bibliográfica, a fonte das informações, por excelência, estará sempre na forma de documentos escritos, estejam eles impressos ou depositados em meios magnéticos ou eletrônicos. Genericamente, podemos chamar toda base de material depositária de informações escritas como “documento”. 
A pesquisa utiliza como referencias, para a pesquisa Iamamoto (2001), Guerra (2000), Yazbek (2009) que discute atuação profissional do serviço social, Bravo (2017), Vasconcelos (2012) nos quais discute sobre a prática do serviço social na saúde.
6 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
6.1 CONSTITUIÇÃO E A SAÚDE
A saúde no Brasil teve todo um marco histórico para chegar a ser não contributiva e universal, através de lutas e organizações que buscaram a reforma sanitária, e a partir da constituição de 1988 esse direito foi assegurado.
Bravo ressalta que, “um aspecto importante nesse período, foi o processo constituinte e a promulgação da constituição de 1988, que representou, no plano jurídico, a promessa de afirmação e extensão dos direitos sociais em nosso pais frente à grave crise e às demandas de enfrentamento dos enormes índices de desigualdade social”.
Ainda Bravo, A constituição Federal introduziu avanços que buscaram corrigir as históricas injustiçadas sociais, incapazes de universalizar direitos, em função da longa tradição de privatizar a coisa pública. “Dentre os seus avanços assegura a inscrição de um sistema de Seguridade social e amplia o modelo hegemônico de democracia”. Quando se fala da criação do SUS, sabe-se que houve lutas e conquistas sofridas, e através da constituiçãode 1988 no art. 196 começamos uma nova etapa da saúde no Brasil, onde anterior a constituição existia uma restrição ao acesso e pós constituição se conquistou um direito para todos e um dever do Estado.
Segundo Vasconcelos (2012), existe um sistema único de saúde que é universal, mas o sistema não comporta a necessidade da demanda, ocasionando enormes filas até para o atendimento ambulatorial, a seguir transcrito:
Na realidade, como veremos adiante, o usuário, em face das inúmeras dificuldades encontradas no acesso as unidades de menor complexidade, preferem buscar as emergências. É a própria coordenadora regional do MS que afirma “a emergência é o setor por onde chega à população, pois ela sabe que indo para lá vai encontrar alguém para resolver o seu problema. Ao rejeitar a emergência rejeitamos o paciente” (CREMERJ JORNAL, p.6, 1998).
A lei 8080 e a 8142 que dispõe a participação popular da comunidade no SUS, apesar de marco ao avanço da seguridade no Brasil, não tem uma efetivação como na teoria, quando se fala da funcionalidade do SUS, tem-se a garantia do direito à saúde, através da promoção, proteção e recuperação, baseando-se no princípio da universalidade, equidade e integralidade. No entanto na contemporaneidade esses princípios estão longe de serem efetivados.
6.2 DESAFIO ENTRE A TEORIA E O TÉCNICO-OPERATIVO 
A área da saúde se contrapõe ao contexto socioeconômico que o Brasil enfrenta, marcado pela reestruturação do capitalismo e por suas propostas de ajustamento dispostos no neoliberalismo, onde se resulta na diminuição do investimento, em como a redução das responsabilidades do Estado. 
As políticas publicas são uma das formas, acionadas para o seu enfrentamento por distintos segmentos da sociedade civil, que tem programas de atenção a pobreza, como as corporações empresariais as organizações não-governamentais, além de outras formas de organização das próprias classes subalternas para fazer frente aos níveis crescentes de exclusão social a que se encontram submetidas. (IAMAMOTO, p. 63, 2001).
E nesse contexto que o serviço social atua, na mediação interpretadas como estranha ao universo profissional, considerado como prestador de serviço vinculado a proteção social liberal sem contextualização, e, portador de relativa autonomia.
Segundo Bravo (2017), a definição sobre o que e como fazer tem que ser articulada ao por que fazer (significado social do profissional e sua funcionalidade ou não ao padrão dominante), ao para que fazer (indicando as finalidades/teleologia do sujeito profissional) e ao com o que fazer (com que meios, recursos e através de que mediações ou sistemas de mediações).
Ainda Bravo, fala que nem sempre nos perguntamos sobre as implicações éticas e politicas de tais respostas, nem sobre o espaço de autonomia que nos reserva este mesmo cotidiano,menos ainda sobre as novas perspectiva que nos são dadas ao acionarmos a dimensão investigativa,pois o que nos chega como demanda é a solução (ainda que restrita, parcial, temporaria, pontual e fraguimentaria) da problematica apresentada, tratada como objeto de intervenção, e não o conteudo, a qualidade, as implicações éticas e politicas e/ou a possibilidade das respostas profissionais.
Diante dos interesses antagônicos em relação à consolidação do SUS a inserção do Assistente Social na Saúde também é contraditória e apresenta diferentes demandas para atuação deste profissional. Segundo Iamamoto (2008) a organização social capitalista insere diversas armadilhas no cotidiano profissional que devem ser objetos de atenção. E é com essa perspectiva que o Assistente Social deve enxergar as contradições postas no seu cotidiano profissional. 
Segundo o documento Parâmetros para Atuação de Assistentes Sociais na Saúde (2010) os profissionais são direcionados pelo projeto privatista a trabalharem “a seleção socioeconômica dos usuários, atuação psicossocial por meio de aconselhamento, ação fiscalizatória aos usuários dos planos de saúde, assistencialismo por meio da ideologia do favor e predomínio de práticas individuais”, e em contrapartida, o projeto de Reforma Sanitária apresenta como principais demandas do serviço social na saúde questões como: “democratização do acesso às unidades e aos serviços de saúde; estratégias de aproximação das unidades de saúde com a realidade; ênfase nas abordagens grupais; acesso democrático às informações e estímulo à participação popular” (CFESS, 2010, p. 26).
No que concerne o posicionamento do Serviço Social diante das demandas expostas, sabe-se que há uma estreita relação entre o Projeto Ético-Político profissional e o de Reforma Sanitária, através da afinidade entre os princípios, aportes e referências teóricas e metodológicas, além da semelhança no momento histórico em que estes Projetos são construídos, ambos no processo de redemocratização da sociedade brasileira nos anos de 1980. 
Portanto para uma atuação condizente com as orientações éticas da profissão e que realmente alcance o cerne da problemática da saúde e o fortalecimento do compromisso com a classe trabalhadora, se faz necessário ser coerente com princípios pautados pelo Projeto de Reforma Sanitária. 
Contudo, observam-se como limites da pratica profissional no campo da Saúde a forte presença da perspectiva conservadora que se manifesta na descrença da Saúde enquanto política pública universal, na necessidade da construção de um saber específico e fragmentado a exemplo da prática médica, na autorepresentação dos assistentes sócias enquanto sanitaristas 8 após realizarem a formação em saúde pública, e na intervenção fenomenológica denominada Serviço Social Clínico (CFESS, 2010). 
Além disso, muitas vezes a pratica do Serviço Social somente é considerada no atendimento direto ao usuário em nível de assistência, sendo desprezados nos cargos de gestão, assessoria e planejamento. 
As novas demandas como gestão, assessoria e a pesquisa, consideradas como transversal ao trabalho profissional e explicitadas na Lei de Regulamentação da Profissão (1993) e nas Diretrizes Curriculares da ABEPSS (1996), na maioria das vezes, não são assumidas como competências ou atribuições profissionais (CFESS, 2010). 
Para uma prática profissional coerente a categoria deve levar em conta o conceito ampliado de Saúde, não mais compreendida enquanto ausência de doença, mas sim enquanto fruto das relações sociais e destas com o meio físico, social e cultural. Dessa forma, o agir profissional deve superar a perspectiva biologista e distanciar-se de praticas paramédicas e da fragmentação do conhecimento, pois o trabalho com os aspectos sociais que determinam o processo saúde-doença exige o conhecimento e visão generalistas, que trabalhem com sujeito em sua totalidade.
Segundo Bravo2009,é evidente, a importância do trabalho do Assistente Social para consolidação do SUS. A preocupação central do Serviço Social na saúde deve ser a identificação dos impasses existentes para a efetivação do projeto de reforma sanitária e do projeto ético político. Para Costa (2009), “o assistente social se insere, no interior do processo de trabalho em saúde, como agente de interação ou como um elo orgânico entre os diversos níveis do SUS e entre este e as demais politicas sociais setorias, o que nos leva a crer que o seu principal papel é assegurar a integralidade das ações”.
6.3 A INSTRUMENTALIDADE E O DESAFIOS ANTAGONICOS DAS DEMANDAS SOCIAIS
Segundo Guerra, exercício profissional não se resume a dar às demandas respostas instrumentais, já que reconhecer e atendê-las em sua dimensão técnico-operativa não significa necessariamente ser funcional à manutenção da ordem burguesa. Isso acontece quando a intervenção é reduzida à sua dimensão instrumental. As expressões da questão social colocam à profissão demandas que exigem ações profissionais que não sejam apenas imediatas,mas que estejam conectadas com projetos profissional e dimensões teórico metodológicas e com princípio ético-políticos. Dessa forma, o Serviço Social realiza a interlocução com o acervo teórico das ciências humanaspara realizar uma ação profissional qualificada, mas também produz conhecimento através da pesquisa e da intervenção.
A instrumentalidade é uma propriedade e/ou capacidade que a profissão vai adquirindo na medida em que concretiza objetivos. Ela possibilita que os profissionais objetivem a sua intencionalidade em respostas profissionais. É por meio desta capacidade, adquirida no exercício profissional, que os assistentes sociais modificam, transformam, alteram as condições objetivas e subjetivas e as relações interpessoais e sociais existentes num determinado nível da realidade social: no nível do cotidiano. Ao alterarem o cotidiano profissional e o cotidiano das classes sociais que demandam a sua intervenção, modificando as condições, os meios e os instrumentos existentes, e os convertendo em condições, meios e instrumentos para o alcance dos objetivos profissionais, os assistentes sociais estão dando instrumentalidade às suas ações. Na medida em que os profissionais utilizam, criam, adéquam às condições existentes, transformando-as em meios/instrumentos para a objetivação das intencionalidades, suas ações são portadoras de instrumentalidade. Deste modo, a instrumentalidade é tanto condição necessária de todo trabalho social quanto categoria constitutiva, um modo de ser, de todo trabalho. (GUERRA, 2017).
Neste âmbito, o processo de trabalho é compreendido como um conjunto de atividades prático-reflexivas voltadas para o alcance de finalidades, as quais dependem da existência, da adequação e da criação dos meios e das condições objetivas e subjetivas. Os homens utilizam ou transformam os meios e as condições sob as quais o trabalho se realiza modificando-os, adaptando-os e utilizando-os em seu próprio benefício, para o alcance de suas finalidades. 
Este processo implica, pois, em manipulação, domínio e controle de uma matéria natural que resulte na sua transformação. Este movimento de transformar a natureza é trabalho. Mas ao transformar a natureza, os homens transformam-se a si próprios. Produzem um mundo material e espiritual (a consciência, a linguagem, os hábitos, os costumes, os modos de operar, os valores morais, éticos, civilizatórios), necessários à realização da práxis. 
Se trabalho é relação homem-natureza, e práxis é o conjunto das formas de objetivação dos homens (incluindo o próprio trabalho) num e noutro os homens realizam a sua teleologia. Toda postura teleológica encerra instrumentalidade, o que possibilita ao homem manipular e modificar as coisas a fim de atribuir-lhes propriedades verdadeiramente humanas, no intuito de converterem-nas em instrumentos/meios para o alcance de suas finalidades.
Converter os objetos naturais em coisas úteis, torná-los instrumentos é um processo teleológico, o qual necessita de um conhecimento correto das propriedades dos objetos. Nisso reside o caráter emancipatório do trabalho. Entretanto, tal conhecimento seria insuficiente se a ele não se acrescentasse a operatividade propriamente dita, a capacidade de os homens alterarem o estado atual de tais objetos (GUERRA, 2000).
7 CRONOGRAMA
	CRONOGRAMA:
	2019
	Março 
	Abril 
	Maio 
	Leituras preliminares para a definição do tema.
	X
	
	
	Identificação das variáveis e formulação do problema de pesquisa.
	X
	
	
	Elaboração dos objetivos, justificativa e delimitação do estudo.
	
	X
	X
	Formulação da hipótese, indagações e/ou questões a investigar.
	
	X
	X
	Organização da metodologia do estudo.
	
	
	X
	Levantamento da literatura de fundamentação teórica em bibliotecas locais.
	
	
	X
	Formatação do anteprojeto.
	
	
	X
	Envio do anteprojeto digitado.
	
	
	X
8 ORÇAMENTO 
	Material
	Quantidade
	Unidade (R$)
	Preço (R$)
	Papel A4
	02 resmas
	10,90
	21,80
	Xerox
	40
	0,08
	6,40
	Caneta
	2
	1,00
	2,00
	Cartucho de Tinta
	2
	50,00
	100,00
	Alimentação
	10
	8,00
	80,00
	Internet
	30 h
	1,00
	30,00
	Total
	
	
	240,20
9 RESULTADOS ESPERADOS 
Com a pesquisa pretende-se obter conhecimento a cercado serviço social na saúde pública com especificidade ao âmbito hospitalar, devido à importância do profissional da área no atendimento no hospital, desvendando as estratégias que a categoria tem construído para defender as demandas nesse espaço de atuação profissional, visto que há uma provável vulnerabilidade em que se encontram os usuários no momento em que procuram a unidade de saúde.
Pretende-se, trazer auxilio para que futuros pesquisadores apreender dos conhecimentos aqui discutidos, compreendendo a complexidade da dinâmica do papel do assistente social e como o serviço social atua nas demandas impostas para ele no âmbito hospitalar.
REFERÊNCIAS
ALCÂNTARA, Luciana da Silva; VIEIRA, João Marcos Weguelin. Serviço Social e Humanização na Saúde: limites e possibilidades. Rio de Janeiro: [s.e.], 2019.
BRASIL. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Assistência de Média e Alta Complexidade no SUS. Brasília : CONASS, 2007.
BRASIL. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Assistência de Média e Alta Complexidade no SUS. Brasília : CONASS, 2011
BRAVO, M. I. Saúde, serviço social, movimentos sociais e conselhos: Desafios atuais. São Paulo: Cortez, p.119-120, 2011.
GUERRA, Y. A dimensão técnico-operativa no Serviço Social: desafios contemporâneos. São Paulo: Cortez, p.53, 2017.
GUERRA, Y. A instrumentalidade no trabalho do assistente social. [s.l.], [s.d.].
IAMAMOTO, M. V. O serviço social na contemporaneidade: trabalho e formação profissional. São Paulo: Cortez, 2001.
NOGUEIRA, Danielle de Oliveira; SARRETA, Fernanda de Oliveira. A inserção do assistente social na saúde: desafios atuais. São Paulo, Campus de Franca, Disponível em: <https://www.senado.leg.br/atividade/const/con1988/con1988_06.06.2017/art_196_.asp>. Acesso em: 28 abr 2019.
NORMAS E REGRAS. Normas ABNT: Regras para TCC e Monografias. Disponível em: <https://www.normaseregras.com/normas-abnt/>. Acesso em: 01 abr 2019.
PREFEITURA DE FORTALEZA. Prefeitura de Fortaleza: catalogo de serviços. Disponível em: <https://catalogodeservicos.fortaleza.ce.gov.br/categoria/saude/servico/291>. Acesso em: 01 mai 2019.
SILVA, A. R. Reforma sanitária, hegemonia e a efetividade do controle social. [s.l.], p. 119-120, 2011.
SILVA, Alessandra Ximenes da Silva. Reforma sanitária, hegemonia e a efetividade do controle social. EdUEPB, 2011. Disponível em: <http://books.scielo.org/id/zw25x/pdf/davi-9788578791933-07.pdf>. Acesso em: 01 mai 2019.
VASCONCELOS, A. M. A prática do serviço social cotidiano, formação e alternativas na área da saúde. São Paulo: Cortez, 2012.

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