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Sistema Cardiovascular e Exercício Físico
O sistema cardiovascular, assim como outros sistemas, sofre grandes alterações de seu funcionamento durante o exercício físico garantindo o aumento do débito cardíaco necessário para a realização do mesmo.
Efeitos agudos do exercício físico dinâmico sobre o sistema cardiovascular em teste progressivo máximo
Observando o comportamento do sistema cardiovascular durante um teste progressivo máximo, como por exemplo, durante o teste ergométrico ou ergoespirométrico, podemos observar um aumento linear da frequência cardíaca com o aumento da intensidade do esforço. 
O comportamento do volume sistólico (diferença entre o volume diastólico final e o volume sistólico final, ou seja, volume de sangue ejetado a cada contração cardíaca) é de aumento progressivo e linear com a carga de esforço até aproximadamente 40% a 50% do consumo máximo de oxigênio quando atinge seu limite fisiológico. Nesse momento o volume sistólico se estabiliza, ou seja, após 40% a 50% do consumo máximo de oxigênio o volume sistólico não acompanha o aumento da intensidade de esforço.
Considerando que o débito cardíaco é o produto entre a frequência cardíaca e o volume sistólico, seu comportamento durante teste de esforço progressivo até o máximo é de aumento linear com a intensidade do esforço. Sabendo que após 40% a 50% do consumo máximo de oxigênio não há mais aumento do volume sistólico, o aumento do débito cardíaco após essa porcentagem de intensidade se dá principalmente pelo aumento da frequência cardíaca. 
Dessa forma a freqüência cardíaca e o volume sistólico interferem no débito cardíaco e, por conseqüência, representa o ajuste central do sistema cardiovascular. Por outro lado, existem ajustes periféricos importantes durante o exercício físico. Dentre eles está a redução da resistência vascular periférica (resistência ou dificuldade do sangue em trafegar pelos vasos periféricos) durante o teste de esforço.
A interação entre ajustes centrais e periféricos durante esforço progressivo máximo caracteriza as respostas de pressão arterial. Nesse sentido, a pressão arterial sistólica, mais representativa dos ajustes centrais, tem um comportamento de aumento linear com a intensidade de esforço. Entretanto, a pressão arterial diastólica, mais representativa dos ajustes periféricos, não apresenta grandes oscilações, podendo apresentar pequena elevação ou pequena redução de seus valores de repouso.
Durante o exercício há a redistribuição do fluxo sanguíneo para os músculos que é o tecido com maior demanda metabólica, possibilitando uma maior permuta gasosa e de nutrientes entre o sangue e as células musculares. Fatores locais, neural e hormonal são responsáveis pelo redirecionamento de fluxo sanguíneo das vísceras para a musculatura em atividade. Dentre os fatores locais destacam-se as quedas da pressão parcial de oxigênio (PO2) e do pH sanguíneo associados a aumentos da pressão parcial de dióxido de carbono (PCO2), aumento da concentração de adenosina difosfato (ADP) e temperatura. 
Além desses fatores, o estímulo de produção e de liberação do óxido nítrico pelas células endoteliais é essencial para a resposta vasodilatadora muscular durante o exercício físico. O óxido nítrico é um gás extremamente vasodilatador que é produzido pelas células endoteliais por intermédio da enzima óxido nítrico sintase endotelial, mas que atua relaxando a musculatura lisa da parede vascular.
O fator neural, em especial o aumento da atividade nervosa simpática durante o exercício é outro fator responsável pela redistribuição sanguínea para a musculatura em atividade. O aumento esperado da atividade nervosa simpática muscular durante o exercício físico promove vasoconstrição para a região visceral favorecendo então a resposta vasodilatadora muscular.
Por fim, o fator hormonal decorrente da liberação de catecolaminas (adrenalina e noradrenalina) das glândulas supra-renais por intermédio da estimulação nervosa simpática garante a redistribuição de sangue das vísceras para a musculatura ativa de forma mais lenta que a neural, porém com efeito mais durador.
Efeitos crônicos do exercício físico dinâmico aeróbio sobre o sistema cardiovascular durante teste progressivo máximo
O efeito mais evidente do treinamento físico aeróbio no sisterma cardiovascular é a constatação da bradicardia de repouso, ou seja, quanto mais treinado aerobicamente um indivíduo menor é sua freqüência cardíaca de repouso. Porém, o comportamento da freqüência cardíaca durante o teste de esforço progressivo máximo não se difere entre esse indivíduo altamente treinado com exercícios aeróbios e um indivíduo sedentário. Isto é, ambos os indivíduos apresentarão aumento da freqüência cardíaca de forma proporcional a intensidade de esforço. Se os indivíduos apresentarem a mesma idade é de se esperar que a freqüência cardíaca máxima atingida no teste seja semelhante entre os indivíduos, pois o treinamento físico aeróbio não altera o nível de freqüência cardíaca máxima atingida. O que difere entre esses sujeitos é que o indivíduo treinado atingirá um maior tempo de teste e uma maior carga pico no final do teste, e mais, para uma mesma carga absoluta ele apresentará uma menor freqüência cardíaca em comparação ao indivíduo sedentário. 
O comportamento do volume sistólico durante o teste progressivo máximo não é alterado pelo treinamento físico aeróbio, ou seja, aumento linear com o aumento da intensidade de esforço até 40% a 50% do consumo máximo de oxigênio seguido de estabilização após essa intensidade de esforço. Porém, os valores de repouso e no pico de esforço serão maiores nos indivíduos treinados em relação aos indivíduos sedentários.
A bradicardia de repouso associada ao aumento do volume sistólico em repouso fazem com que o débito cardíaco de repouso não seja alterado com o treinamento físico. Entretanto, o débito cardíaco máximo no pico do esforço é aumentado após período de treinamento físico, esse aumento é decorrência do aumento do volume sistólico uma vez que a freqüência cardíaca máxima não é alterada com o treinamento físico. Adicionalmente, não é observado alteração no comportamento do débito cardíaco durante teste progressivo máximo após treinamento físico, ou seja, o comportamento de aumento linear com a intensidade do esforço é mantido mesmo após período de treinamento físico.
A pressão arterial tanto sistólica como diastólica mantém o mesmo comportamento durante teste progressivo máximo após treinamento físico. Em indivíduo for normotenso os valores pressóricos de repouso se mantêm semelhantes aos do período pré treinamento físico. Reduções pressóricas de repouso após treinamento físico aeróbio são mais comuns em indivíduos hipertensos.
O treinamento físico aprimora a redistribuição de sangue das vísceras para a musculatura ativa. Dentre os fatores já citados anteriormente, a maior produção de óxido nítrico pelas células endoteliais é extremamente aumentada com o treinamento físico aeróbio o que garante uma melhor vasodilatação muscular e maior redução da resistência vascular periférica. 
Observe na figura abaixo um sumário dos efeitos crônicos do exercício físico sobre o sistema cardiovascular durante o teste progressivo máximo.
Adaptações cardíacas ao treinamento físico
No treinamento físico de alta performance fica evidente as alterações estruturais cardíacas. Dentre as alterações morfológicas cardíacas mais evidentes estão aumento da câmara do ventrículo esquerdo, aumento da espessura da parede ventricular e aumento da massa cardíaca. Essas adaptações ao treinamento físico comumente é referida como “Coração de Atleta”. 
Um atleta de esporte com predomínio de resistência, como por exemplo, maratonistas apresentam grande sobrecarga de volume em seu treinamento. Essa sobrecarga de volume induz à hipertrofia excêntrica do ventrículo esquerdo que é caracterizada por aumento da câmara do ventrículo esquerdo com aumento proporcional da espessura da parede do ventrículo. Em linhas gerais, o mecanismo envolvido na hipertrofia excêntricacardíaca está relacionado à sobrecarga de volume ventricular caracterizando aumento da pressão diastólica final e aumento do estresse da parede ventricular originando crescimento longitudinal dos miócitos com adição em séries das novas miofibrilas provocando dilatação da câmara cardíaca.
Por outro lado, um atleta de esporte caracterizado como esporte de força, como por exemplo, o levantamento de peso olímpico, normalmente apresenta hipertrofia concêntrica cardíaca que é caracterizada por aumento da espessura da parede ventricular com manutenção da câmara do ventrículo esquerdo. Em linhas gerais, o mecanismo envolvido na hipertrofia concêntrica cardíaca está relacionada à sobrecarga de pressão nos ventrículos, principalmente no ventrículo esquerdo. Dessa forma há aumento da pressão sistólica causando aumento do estresse sistólico na parede ventricular. Esse estresse induz ao crescimento transversal dos miócitos com adição em paralelo das novas miofibrilas provocando o espessamento da parede ventricular.
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