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A ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL DIGITAL E SUA ADESÃO NO ESTADO DE SÃO PAULO

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A ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL DIGITAL E SUA ADESÃO NO ESTADO DE SÃO PAULO NO ANO 
DE 20161 
 
 
 
 
 
 
Aline Viana da Costa2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO: O Sistema Público de Escrituração Digital – Sped, que consiste na modernização 
e uniformização das relações entre o fisco e o contribuinte, possui o módulo contábil que se 
denomina Escrituração Contábil Digital – ECD ou Sped Contábil, este é a escrituração digital 
dos livros contábeis Diário, Razão, Balancetes e Balanços. Este artigo tem o intuito de 
apresentar a evolução do projeto Sped ECD, seus objetivos, benefícios, apresentar as 
empresas obrigadas a entregarem a escrituração e a principal finalidade é demonstrar a análise 
da adesão Sped ECD no Estado de São Paulo. Para esta análise foram colhidos dados do site 
da Receita Federal chamado Sped do ano de 2016 e foram utilizados cálculos estatísticos, 
expostos por meio de tabelas. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Sped, ECD, Contábil, Escrituração Digital 
 
ABSTRACT: The Public Digital Bookkeeping System - Sped, which consists of the 
modernization and standardization of relations between the tax authorities and the taxpayer, 
has the accounting module called Digital Accounting - ECD or Accounting Sped, this is the 
digital bookkeeping of all accounting books like Journal and Balance sheets. This paper 
intends to present the evolution of the Sped ECD project, its objectives, and benefits, present 
the companies required to deliver the bookkeeping and the main purpose is the analysis of 
Sped ECD membership in the State of São Paulo. For this analysis were collected data from 
the website of the Federal Revenue called Sped of the year 2016 and statistical calculations 
were used, exposed by tables. 
 
KEYWORDS: Sped, ECD, Contábil, Escrituração Digital 
 
 
1 Artigo apresentado à TREVISAN Escola de Negócios- Unidade São Paulo- Para a obtenção do título de 
Contadora no curso de Ciências Contábeis Executiva 
2 Graduando em Ciências Contábeis Executivo do 4° semestre. E-mail: alnvc@yahoo.com.br 
2 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
No mundo globalizado e amplamente informatizado a contabilidade e a escrituração 
fiscal mantinham-se obsoletas e baseadas em livros contábeis encadernados e guardados em 
arquivos físicos no que tange as obrigações acessórias contábeis e em diversas declarações a 
diferentes esferas governamentais sem ligações entre si, no caso da escrituração fiscal. 
Para o Estado ficava cada dia mais difícil controlar de forma eficaz a sonegação e o 
cruzamento de dados já que a Constituição Federal da autonomia para cada ente político 
determinar regras e atuar sobre os tributos de sua competência e cada empresa tinha um plano 
de contas diferente. 
A Emenda Constitucional 42/2003 com o artigo n° 37 introduziu a base legal para a o 
Fisco atuar de forma integrada e compartilhar informações entre as três esferas 
governamentais, a união, os estados e os municípios. E em 2003 foi instituído o Sistema 
Público de Escrituração Digital – Sped, viabilizando esta unificação de informações e 
padronização das declarações. 
De acordo com o Decreto n° 7.979, de 2013 Art. 2o., o “Sped é um instrumento que 
unifica as atividades de recepção, validação, armazenamento e autenticação de livros e 
documentos que integram a escrituração contábil e fiscal dos empresários e das pessoas 
jurídicas, inclusive imunes ou isentas, mediante fluxo único, computadorizado, de 
informações.” 
O principal objetivo do Sped entre outros é promover a integração dos 
fiscos, racionalizar e uniformizar as obrigações acessórias para os contribuintes, tornar mais 
célere a identificação de ilícitos tributários. (SPED, 2016) 
O projeto Sped evolui desde 2003 e em 2016 o Sped possui 12 módulos que são: CT-e 
, ECD, ECF, EFD Contribuições, EFD ICMS IPI, EFD Reinf, e-financeira, eSocial, MDF-e, 
NFC-e, NF-e, NFS-e. Aqui o foco principal será dado ao Sped ECD – Escrituração Contábil 
Digital. 
A Escrituração Contábil Digital tem por objetivo a substituição da escrituração em 
papel pela escrituração digital dos Livros e Demonstrações Contábeis, são eles o Livro Diário 
que é obrigatório desde 1850 pelo Código Comercial no artigo 11, o Livro Razão que teve sua 
origem na Lei n° 8.218 de 1991 artigo n° 14 e na Lei8.383 de 1991 artigo n° 62 e 
obrigatoriedade foi definida no artigo n° 259 do Regulamento do Imposto de Renda (RIR) e a 
demonstração financeira Balanço patrimonial que é regido pela Lei n° 6.404 de 1976 alterado 
pela Lei n° 11.941 de 2009.( FABRETTI, 2015) 
3 
 
O Estado de São Paulo é o maior Estado do Brasil e baseado na estimativa do Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE para 1º de julho de 2016 o Estado tem 44.486.530 
milhões de habitantes e representa 41,9% do total da população brasileira. 
Devido a sua relevância o Estado de São Paulo é objeto desta pesquisa para a 
demonstração da análise de adesão do Sped ECD no Estado de São Paulo, para identificar se 
as empresas estão realizando as entregas de suas escriturações contábeis na forma digital e 
com o intuito de colaborar com meio acadêmico no sentido de contribuir com mais um 
trabalho sobre o Sped ECD não pretendendo encerrar o estudo sobre o assunto e sim estimular 
novas contribuições. 
 
2 REFERENCIAL TEORICO 
 
2.1 GOVERNO ELETRÔNICO E SPED 
 
O SERPRO – Serviço Federal de Processamentos de Dados, que é a empresa pública 
de prestação de serviços em tecnologia, foi criado pela Lei n° 4.516/94 com objetivo de 
modernizar e agilizar os setores estratégicos da Administração Pública. (BRASIL, 2016) 
Alguns dos projetos criados e mantidos pelo SERPRO são: Carteira Nacional de 
Habilitação - CNH e Registro Nacional de Veículos Automotores - RENAVAM, que atende 
ao Denatran, Passaporte Brasileiro que atende a Polícia Federal, Sistema Integrado de 
Administração Financeira do Governo Federal – SIAFI atende a Secretaria do Tesouro 
Nacional, o programa de declaração de Impostos de Renda sobre a Pessoa Física – IRPF, 
Receitanet que valida e transmite via internet as declarações dos contribuintes e o Sistema 
Público de Escrituração Digital esses três sistemas atendem a Receita Federal do Brasil. 
(BRASIL, 2016) 
A Emenda Constitucional n° 42, de 19 de dezembro de 2003 no artigo n° 37 tornou 
obrigatória a troca e informações entre as três esferas governamentais Federal, Estadual e 
Municipal e dando oportunidade para a criação de um sistema integrado e dando ainda 
prioridade dos recursos necessários para tal, como segue trecho da constituição: 
[...]XXII – as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por 
servidores de carreiras específicas, terão recursos prioritários para a realização de 
suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de 
cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio [...]. (BRASIL,2016) 
4 
 
Para dar andamento ao artigo n° 37 Emenda Constitucional n° 42 foi criado o ENAT - 
Encontro Nacional de Administradores Tributários que conforme site ENAT, 2016 possui os 
seguintes objetivos: 
 
 OBJETIVOS GERAIS 
- Imprimir maior eficiência aos processos de administração tributária e financeira, 
por parte da administração pública, conforme dispõe o art. 37 da Constituição 
Federal; 
- Acompanhar a execução das decisões tomadas em conjunto pelas três esferas da 
Administração Tributária brasileira, de forma a imprimir mais agilidade, 
consistência, eficácia e efetividade aos resultados almejados; e 
- Promover a uniformização das fontes de informação que subsidiam as atividades 
dos órgãos da Administração Tributária brasileira e viabilizar o intercâmbio fiscal de 
informações de forma mais ágil e eficaz. 
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
- Estabelecer diretrizes para a atuação integrada dos órgãos da Administração 
Tributária na aplicação do Sistema Tributário Nacional;- propor estratégia de compartilhamento de informações interinstitucionais; 
- definir e apoiar os projetos interinstitucionais, bem assim os sistemas 
compartilhados, para aprimoramento dos processos de trabalho com interconexões 
entre as incidências tributárias das três esferas de governo; e 
- apresentar subsídios para o aperfeiçoamento da gestão da Administração Tributária 
brasileira.(BRASIL, 2016). 
 
Entre os anos de 2003 a 2007 ocorreram vários ENAT com intuito de alcançar os 
objetivos e de forma harmoniosa e conjunta integrar as propostas e criar as soluções entre as 
três esferas da Administração Tributária. 
Em 2007 foi anunciado pelo governo o Programa de Aceleração do Crescimento do 
Governo Federal – PAC que para auxiliar no objetivo de aceleração de desenvolvimento conta 
com um tópico referente ao Aperfeiçoamento do Sistema tributário estipulando o prazo de 
dois anos para implantação do Sped e da NF- 
No mesmo ano em 22 de janeiro o decreto n° 6.022/2007 instituiu o Sistema Público 
de Escrituração Digital – Sped, onde artigo 2° alteração pelo decreto n° 7.989 de 2013 diz “O 
Sped é instrumento que unifica as atividades de recepção, validação, armazenamento e 
autenticação de livros e documentos que integram a escrituração contábil e fiscal dos 
empresários e das pessoas jurídicas, inclusive imunes ou isentas, mediante fluxo único, 
computadorizado, de informações. ” 
A denominação faz ligação a Emenda Constitucional 42 e além disso o decreto 
determina a obrigatoriedade da emissão dos livros de forma eletrônica. 
 
2.1.1 OS BENEFÍCIOS DA ADOÇÃO SPED 
 
5 
 
O SPED trouxe muitos desafios e oportunidades aos profissionais e empresas 
contábeis. A antecipação e adaptação a esse novo sistema tornaram-se uma vantagem 
competitiva em relação às demais empresas, gerando um importante diferencial no mundo 
corporativo e diminuindo a concorrência desleal. 
Conforme Osni Moura Ribeiro e Mauro Aparecido Pinto “a operacionalização do 
Sped trouxe inúmeros benefícios não só para o Fisco e seus contribuintes, como também para 
a sociedade em geral”(Ribeiro; Pinto, 2016). 
Veja abaixo alguns dos benefícios do Sped: 
- melhor ambiente de negócios para as empresas no país; 
- eliminação da concorrência desleal com o aumento da competitividade; 
- foi criada na legislação comercial e fiscal a figura jurídica da Escrituração Digital e 
da Nota Fiscal Eletrônica; 
- mínima interferência do Fisco no ambiente do contribuinte; 
- redução do custo com a dispensa da emissão e do armazenamento de documentos 
em papel; 
- redução considerável no consumo de papel; 
- redução dos custos com a racionalização e simplificação das obrigações acessórias; 
- uniformização das informações que o contribuinte presta às diversas unidades 
federadas; 
- redução do envolvimento involuntário em práticas fraudulentas; 
- fortalecimento do controle da fiscalização por meio de intercâmbio de informações 
entre as administrações tributárias; 
- rapidez no acesso às informações; 
- possibilidade de troca de informações entre os próprios contribuintes a partir de um 
layout padrão; 
- melhoria da qualidade da informação. (Ribeiro; Pinto,2012) 
 
 
O uso dos recursos tecnológicos agrega mais competitividade aos negócios e auxilia os 
clientes na tomada de decisão. 
Os ganhos que o sistema trouxe ao governo e aos contribuintes proporcionou a 
melhora na qualidade das informações repassadas, tornando o arquivo mais 
confiável em comparação com o papel. A empresa passaria a ter certeza de que a 
contabilidade é feita seguindo os requisitos mínimos dessa ciência. Pontos simples 
como a questão de os débitos baterem com os créditos agora poderá ser verificado, o 
que não ocorria anteriormente com precisão. (OLIVEIRA; TONELLI; CLETO, 
2011) 
 
Outro ponto positivo é a redução da sonegação que aumenta a arrecadação pelos cofres 
públicos, sem que haja elevação na carga tributária do país, que já é extremamente alta. 
 
2.2 ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL DIGITAL 
 
A Escrituração Contábil Digital é um subprojeto do Sped que no início tinha apenas 
três subprojetos ou módulos são eles SPED Contábil ou ECD, SPED Fiscal ou EFD e a NF-e. 
6 
 
A escrituração contábil na forma eletrônica é um dos instrumentos de escrituração, 
além da datilografia e manuscrita que foi adotada no pais desde a década de 1970 e 
de forma geral, estava autorizada sua utilização, desde que os respectivos livros com 
todos os lançamentos contábeis, inclusive com o balanço patrimonial e o de 
resultado econômico fosse3m impresso em papel para posterior assinatura do 
contabilista responsável e pela empresa, e na sequência, fossem levados para 
autenticação no órgão público de Registro de Empresas Mercantis. (HENRIQUE, 
2016). 
 
Foi instituída pela Instrução Normativa da Receita Federal do Brasil (RFB) nº 787 de 
19 de novembro de 2007, in verbis: 
[...] Art.1º Fica instituída a Escrituração Contábil Digital (ECD), para fins fiscais e 
previdenciários, de acordo com o disposto nesta Instrução Normativa. Parágrafo 
único. A ECD deverá ser transmitida, pelas pessoas jurídicas a ela obrigadas, ao 
Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), instituído pelo Decreto nº 6.022, de 
22 de janeiro de 2007, e será considerada válida após a confirmação de recebimento 
do arquivo que a contém e, quando for o caso, após a autenticação pelos órgãos de 
registro [...]. 
 
 Sped ECD compreende a versão digital dos livros Diário, Razão, Balancetes, 
Balanços e fichas de lançamentos comprobatórios dos assentamentos neles transcritos, 
transmitida de forma eletrônica, assinado por meio de certificação digital pelo Contador e 
pelo Administrados da Empresa. 
Figura 01 : O projeto Sped ECD se desenhou da seguinte maneira: 
 
Fonte: (CARDOSO 2009, p.8) 
 
7 
 
No projeto inicial a junta comercial do respectivo Estado também recebia o livro 
digitalmente após a efetivação de um requerimento, mas o Decreto n° 8.683, de 25 de 
fevereiro de 2016 alterou essa regra, in verbis: 
[...] Art. 1º O Decreto nº 1.800, de 30 de janeiro de 1996, passa a vigorar com as 
seguintes alterações: 
“Art. 78-A. A autenticação de livros contábeis das empresas poderá ser feita por 
meio do Sistema Público de Escrituração Digital - Sped de que trata o Decreto 
nº 6.022, de 22 de janeiro de 2007, mediante a apresentação de escrituração contábil 
digital. 
§ 1º A autenticação dos livros contábeis digitais será comprovada pelo recibo de 
entrega emitido pelo Sped. 
§ 2º A autenticação prevista neste artigo dispensa a autenticação de que trata o art. 
39 da Lei nº 8.934, de 18 de novembro de 1994, nos termos do art. 39-A da referida 
Lei. ” (NR) 
Art. 2º Para fins do disposto no art. 78-A do Decreto nº 1.800, de 1996, são 
considerados autenticados os livros contábeis transmitidos pelas empresas ao 
Sistema Público de Escrituração Digital - Sped, de que trata o Decreto nº 6.022, de 
22 de janeiro de 2007, até a data de publicação deste Decreto, ainda que não 
analisados pela Junta Comercial, mediante a apresentação da escrituração contábil 
digital [...]. 
 
 
2.2.1 Como Funciona 
 
Para os Livros serem encaminhados na forma digital, a empresa deve primeiramente 
gerar um arquivo com um formato específico de acordo com o leiaute do Anexo Único da 
Instrução Normativa RFB nº 787/200 e validar o arquivo no Programa Validador e Assinador 
- PVA que é o sistema que viabiliza o envio deste arquivo pra o Sped, o sistema checa o 
formato do arquivo da empresa com as regras determinadas pela IN n° 787, pelo sistema a 
empresa assina eletronicamente os livros e depois transmite a escrituração. 
No PVA é possível visualizar a escrituração, gerar backups e checar o status da 
escrituração transmitida. 
 
2.2.2 Status da Escrituração 
 
Os status ou situação da escrituração são as possíveis ocorrências que os arquivos 
transmitidos para a Escrituração Contábil Digital podemapresentar, são elas: 
 
Recebido: O arquivo da escrituração foi enviado pelo SPED Contábil (PVA) e foi 
recebido na base de dados do SPED Contábil (Server), porém o resumo do arquivo 
da escrituração ainda não foi encaminhado para a Junta Comercial. 
Aguardando Processamento: O resumo do arquivo da escrituração foi gerado e 
enviado pelo SPED Contábil (Server) e para a base de dados da Junta Comercial. 
8 
 
Dessa forma a situação do arquivo da escrituração está aguardando processamento 
da Junta Comercial. 
Aguardando Pagamento: Houve a geração da guia de recolhimento para o 
pagamento da análise do arquivo da escrituração que precisa ser autenticado, porém 
o pagamento não foi realizado ainda. 
Em Análise: O resumo do arquivo da escrituração está sendo analisado pela Junta 
Comercial para determinar se o arquivo da escrituração será autenticado, indeferido 
ou estará sob exigência. 
Recebido Parcialmente: Para arquivos de escrituração que são compostos por 
outros arquivos de escrituração, ou seja, arquivos que contém no registro I012 
referência a outros arquivos, é necessário verificar se todos arquivos referenciados 
foram transmitidos e já pagaram o serviço de análise do arquivo da escrituração. 
Enquanto isso não ocorrer, todos arquivos referenciados já pagos devem estar na 
situação de recebido parcialmente. Cabe às juntas comerciais verificar se todos já 
foram recebidos para mudar a “situação” da escrituração de “recebido parcialmente” 
para recebido (ou aguardando pagamento). 
Sob Exigência: O resumo do arquivo da escrituração foi analisado pela Junta 
Comercial e alguma exigência foi encontrada, ou a empresa solicitou que o arquivo 
fosse colocado nessa situação. Dessa forma esse arquivo da escrituração não poderá 
ser autenticado. A Junta Comercial deverá gerar um arquivo complementar de 
notificações de ocorrências e enviá-lo para a base de dados do SPED Contábil 
(Server). Quando, para corrigir a exigência, for feita qualquer modificação no 
arquivo da escrituração, um livro digital substituto deverá ser enviado pelo SPED 
Contábil (PVA). Não existe a possibilidade, como é feito no livro em papel, de se 
fazer ressalva em qualquer parte da ECD. NOTA: Para que um livro colocado sob 
exigência pela Junta Comercial possa ser autenticado, após sanada a irregularidade, 
ele deve ser reenviado ao Sped. Não há necessidade de novo pagamento do preço da 
autenticação. Deve ser gerado o requerimento específico para substituição de livros 
não autenticados e colocados sob exigência. 
Autenticado: O resumo do arquivo da escrituração foi analisado pela Junta 
Comercial e o arquivo da escrituração foi autenticado. A Junta Comercial deverá 
gerar um arquivo complementar com o termo de autenticação e enviá-lo para a base 
de dados do SPED Contábil (Server). 
Indeferido: O resumo do arquivo da escrituração foi analisado pela Junta Comercial 
e o arquivo da escrituração foi Indeferido. A Junta Comercial deverá gerar um 
arquivo complementar com a notificação de indeferimento e enviá-lo para a base de 
dados do SPED Contábil. (OLIVEIRA; TONELLI; CLETO, 2011) 
 
2.2.3 Prazo de entrega e Penalidades 
 
Do prazo para apresentação dos livros digitais a escrituração contábil digital, até o ano de 
2014, era anual, até o último dia útil do mês de junho do ano seguinte ao ano calendário a que 
se refira à escrituração. Essa era a regra geral da Instrução Normativa RFB nº 787/2007, que 
foi alterada pelo art. 5° da Instrução Normativa n 1.420/2013, muda o mês para maio 
reproduzido abaixo: 
Art. 5º A ECD será transmitida anualmente ao Sped até o último dia útil do mês de 
maio do ano seguinte ao ano-calendário a que se refira a escrituração. § 1º Nos casos 
de extinção, cisão parcial, cisão total, fusão ou incorporação, a ECD deverá ser 
entregue pelas pessoas jurídicas extintas, cindidas, fusionadas, incorporadas e 
incorporadoras até o último dia útil do mês subsequente ao do evento. § 2º O prazo 
para entrega da ECD será encerrado às 23h59min59s (vinte e três horas, cinquenta e 
nove minutos e cinquenta e nove segundos), horário de Brasília, do dia fixado para 
entrega da escrituração. § 3º A obrigatoriedade de entrega da ECD, na forma 
prevista no § 1º, não se aplica à incorporadora, nos casos em que as pessoas 
9 
 
jurídicas, incorporadora e incorporada, estejam sob o mesmo controle societário 
desde o ano-calendário anterior ao do evento. § 4º Nos casos de extinção, cisão 
parcial, cisão total, fusão ou incorporação, ocorridos de janeiro a abril do ano da 
entrega da ECD para situações normais, o prazo de que trata o § 1º será até o último 
dia útil do mês de maio do referido ano. § 5º Nos casos de extinção, cisão parcial, 
cisão total, fusão ou incorporação, ocorridos de janeiro a dezembro de 2014, o prazo 
de que trata o § 1º será até o último dia útil do mês de junho de 2015. 
 
Das sanções aplicadas pelo atraso ou não entrega do Sped conforme Art. 57, da MP 2.158-35, 
de 24 de agosto de 2001, com a nova redação dada pela Lei nº 12.766, de 27 de dezembro de 
2012 in verbis: 
[...] Art. 57. O sujeito passivo que deixar de cumprir as obrigações acessórias 
exigidas nos termos do art. 16 da Lei nº 9.779, de 19 de janeiro de 1999, ou que as 
cumprir com incorreções ou omissões será intimado para cumpri-las ou para prestar 
esclarecimentos relativos a elas nos prazos estipulados pela Secretaria da Receita 
Federal do Brasil e sujeitar-se-á às seguintes multas: (Redação dada pela Lei nº 
12.873, de 2013) 
I - por apresentação extemporânea: (Redação dada pela Lei nº 12.766, de 2012) 
a) R$ 500,00 (quinhentos reais) por mês-calendário ou fração, relativamente às 
pessoas jurídicas que estiverem em início de atividade ou que sejam imunes ou 
isentas ou que, na última declaração apresentada, tenham apurado lucro presumido 
ou pelo Simples Nacional; (Redação dada pela Lei nº 12.873, de 2013) 
b) R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais) por mês-calendário ou fração, relativamente 
às demais pessoas jurídicas; (Redação dada pela Lei nº 12.873, de 2013) 
III - por cumprimento de obrigação acessória com informações inexatas, 
incompletas ou omitidas: 
a) 3% (três por cento), não inferior a R$ 100,00 (cem reais), do valor das transações 
comerciais ou das operações financeiras, próprias da pessoa jurídica ou de terceiros 
em relação aos quais seja responsável tributário, no caso de informação omitida, 
inexata ou incompleta 
 
Isto significa que a cada mês de não entrega serão acumulados mais R$ 1.500,00, para 
as pessoas jurídicas tenham apurado lucro real. 
 
2.2.4 Obrigatoriedade 
 
Em 2008 foi o primeiro ano de Sped ECD, tendo apenas “empresas piloto” como 
convidadas a entregar a escrituração, estão entre as empresas piloto as seguintes empresas: 
Ambev; Banco do Brasil S.A.; Brasilveiculos Companhia de Seguros; Caixa 
Econômica Federal; Cervejarias Kaiser Brasil S.A. – FEMSA; Cia. Ultragaz S.A. 
Disal - Administradora de Consórcios Ltda - Grupo Assobrav; Eurofarma 
Laboratórios Ltda.; FIAT Automóveis S.A.; Ford Motor Company Brasil Ltda.; 
General Motors do Brasil Ltda.; Gerdau Aços Longos S.A.; Petróleo Brasileiro S.A. 
Pirelli Pneus S.A.; Redecard S.A.; Robert Bosch; Sadia S.A.; Serpro – Serviço 
Federal de Processamento de Dados; Siemens Vdo Automotive Ltda.; Souza Cruz 
S.A.; Telefônica - Telecomunicações de São Paulo S.A.; Tokio Marine Seguradora 
Toyota do Brasil Ltda.; Usiminas – Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S.A.; 
VarigLog - Varig Logística S.A.; Volkswagen do Brasil Ltda.; Wickbold & Nosso 
Pão Indústrias Alimentícias Ltda. (SPED, 2016) 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2158-35.htm#art57iii
10 
 
A cada ano houve um aumento considerável de empresas que participaram do Sped 
ECD, isto se deve a Receita Federal que inclui mais empresas na obrigatoriedade a medida 
que o sistema é mais capacitado para atender os diversos tipos de empresa. 
Conforme IN RFB1.420/2013 e suas posteriores alterações, estão obrigados a adotar a 
ECD: 
• As pessoas jurídicas sujeitas à tributação do Imposto de Renda com base no 
lucro real; 
• As pessoas jurídicas tributadas com base no lucro presumido, que 
distribuírem, a título de lucros, sem incidência do Imposto sobre a Renda 
Retido na Fonte (IRRF), parcela dos lucros ou dividendos superior ao valor 
da base de cálculo do Imposto, diminuída de todos os impostos e 
contribuições a que estiver sujeita; 
• As pessoas jurídicas imunes e isentas obrigadas a manter escrituração 
contábil, nos termos da alínea “c” do § 2º do art. 12 e do § 3º do art. 15, 
ambos da Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997, quando: 
a) apurarem Contribuição para o PIS/Pasep, Cofins, Contribuição 
Previdenciária incidente sobre a Receita de que tratam os arts. 7º a 9º da Lei 
nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011, e Contribuição incidente sobre a 
Folha de Salários, cuja soma seja superior a R$ 10.000,00 (dez mil reais) 
em qualquer mês do ano-calendário a que se refere a escrituração contábil; 
ou 
b) auferirem receitas, doações, incentivos, subvenções, contribuições, 
auxílios, convênios e ingressos assemelhados, cuja soma seja superior a R$ 
1.200.000,00 (um milhão e duzentos mil reais) no ano-calendário a que se 
refere a escrituração contábil, ou proporcional ao período 
• As pessoas jurídicas imunes e isentas que, em relação aos fatos ocorridos 
no ano calendário, tenham sido obrigadas à apresentação da Escrituração 
Fiscal Digital das Contribuições; 
 
5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS 
 
Para apresentar a quantidade de empresas que aderiram a obrigação acessória Sped 
ECD no Estado de São Paulo no ano de 2016, de forma clara e objetiva, foi realizado busca 
no site do Sped no qual mantêm tabelas de estatística do Sped ECD, as tabelas são 
classificadas por mês e traz os diversos status que possam vir a ocorrer com a declaração e a 
quantidade de escriturações que foi entregue no ano de 2016. 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
Tabela 1: Estatística do Sped – 2016 
 
Fonte: Sped – Estatísticas do Sped Contábil - 2016 
 
No ano de 2016 o total de participantes do Sped Escrituração Contábil Digital foi de 
255.240 mil empresas no Estado de São Paulo, a quantidade de arquivos recebidos foi de 
264.036 mil. Essa diferença entre total de empresas e total de arquivos recebidos se dá devido 
a quantidade permitida de Livros por arquivo e quantidade de arquivos por Ano-calendário 
conforme determina o Manual de Orientação do Leiaute da ECD: 
 
O arquivo da ECD sempre corresponde a um livro, ou seja, não é possível que um 
arquivo contenha mais de um livro. Além disso, regra geral, a ECD será entregue em 
apenas um arquivo correspondente a todo o ano-calendário. 
Contudo, há algumas exceções, como por exemplo a escrituração resumida com 
livros auxiliares. Nessa situação, a escrituração poderá conter mais de um livro por 
ano-calendário e, consequentemente, mais de um arquivo, tendo em vista que haverá 
o livro principal (escrituração resumida) e um ou mais livros auxiliares. 
Há também o caso de o arquivo de um mês ultrapassar 1 GB (gigabyte), situação em 
que a escrituração pode ser entregue em arquivos mensais (12 arquivos por ano). 
(SPED, 2016) 
 
O mês de maio foi o mês que mais apresentou adesão com 212.060 mil empresas que 
representam 83,08% do total de empresas participantes, essas empresas encaminharam 
215.946 arquivos no mês de maio de 2016 representando 81,79% dos arquivos entregues. 
A justificativa para a representatividade do mês de maio é a data de entrega do Sped 
que segundo Instrução Normativa n° 1.420/2013, é o último dia útil de maio do ano 
calendário correspondente, então entre os meses de janeiro a maio 232.752 mil empresas do 
Estado de São Paulo entregaram suas escriturações e estas estão no prazo. 
12 
 
 O segundo mês mais representativo foi o mês de julho com 16.934 mil que 
representam 6,63% do total de empresas participantes, essas empresas encaminharam 18.195 
arquivos no mês de maio de 2016 representando 6,89% dos arquivos entregues (Tabela 2). 
Tabela 2: Percentuais das Estatísticas do Sped Contábil - 2016 
Fonte: Elaborada pela autora, com dados da pesquisa 
Entre os meses de junho a dezembro de 2016 22.488 empresas do Estado de São 
Paulo, entregaram suas escriturações estas estão fora do prazo e sofreram as sanções 
anteriormente comentadas. 
Dos arquivos enviados apenas 118 deles foram autenticados o que representa 
conforme tabela 3 apenas 0,045% dos arquivos entregues, a partir de maio em diante não 
houve nenhuma autenticação de arquivo. Essa situação ocorreu devido ao Decreto n ° 8.683 
que determinou a autenticação por meio do Sped sem a anterior obrigatoriedade de ser 
autenticado pela junta Comercial do Estado correspondente, segue decreto: 
Art. 1º O Decreto nº 1.800, de 30 de janeiro de 1996, passa a vigorar com as 
seguintes alterações: “Art. 78-A. A autenticação de livros contábeis das empresas 
poderá ser feita por meio do Sistema Público de Escrituração Digital - Sped de que 
trata o Decreto nº 6.022, de 22 de janeiro de 2007, mediante a apresentação de 
escrituração contábil digital. 
§ 1º A autenticação dos livros contábeis digitais será comprovada pelo recibo de 
entrega emitido pelo Sped. 
§ 2º A autenticação prevista neste artigo dispensa a autenticação de que trata o art. 
39 da Lei nº 8.934, de 18 de novembro de 1994, nos termos do art. 39-A da referida 
Lei.”(NR) 
Art. 2º Para fins do disposto no art. 78-A do Decreto nº 1.800, de 1996, são 
considerados autenticados os livros contábeis transmitidos pelas empresas ao 
Sistema Público de Escrituração Digital - Sped, de que trata o Decreto nº 6.022, de 
22 de janeiro de 2007, até a data de publicação deste Decreto, ainda que não 
analisados pela Junta Comercial, mediante a apresentação da escrituração contábil 
digital. 
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica aos livros contábeis digitais das 
empresas transmitidos ao Sped quando tiver havido indeferimento ou solicitação de 
providências pelas Juntas Comerciais até a data de publicação deste Decreto. 
Art. 3º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. 
13 
 
Brasília, 25 de fevereiro de 2016; 195º da Independência e 128º da República. 
(Brasil,2016) 
 
Tabela 3: Percentuais das Situações das Estatísticas do Sped Contábil – 2016 
Situações* Totais % 
Autenticado 118 0,045 
Sob Exigência 23 0,009 
Substituído 27.135 10,277 
Recebido 264.036 100 
 Fonte: Elaborada pela autora, com dados da pesquisa. *Parcial 
 
O mesmo ocorreu com a situação sob exigência, que em 2016 apesentou 23 arquivos 
que representam 0,009% do total de arquivos recebido, o fato do percentual ser tão baixo se 
justifica já que essa situação apenas ocorria quando a junta comercial encontrava alguma 
exigência no arquivo e com o novo decreto o arquivo não passa mais pela Junta Comercial. 
Tabela 4: Percentuais das Situações das Estatísticas do Sped Contábil – 2016 
 
Fonte: Sped – Estatísticas do Sped Contábil - 2016 
14 
 
Foram substituídos 27.135 mil arquivos no ano de 2016 e em junho ocorreram a maior 
incidência deste com 21.516 mil arquivos que representa 79,29% do total. Os livros 
substituídos são aqueles que a empresa identificou algum problema após a transmissão e 
necessita ser retransmitido com alguma alteração. 
O país obteve uma participação de 668.314 mil empresas no ano de 2016 (Tabela 4) e 
um total de 667.737 arquivos recebidos. 
 
Tabela 5: Percentuais São Paulo x Brasil das Estatísticas do Sped Contábil – 2016 
 
Fonte: Elaborada pela autora, com dados da pesquisa. 
*Parcial 
 
O Estado de São Paulo é o maior participante entre os 26 Estados e DF, contando com 
254.930 mil empresas tendo um percentualde 38,15%, conforme tabela 5, das empresas 
participantes do Sped ECD no ano de 2016, 34% dos arquivos recebidos e 32,47% dos 
arquivos substituídos a nível Brasil foram do Estado de São Paulo. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O Sped é um projeto que começou com os desafios de unificar as diversas obrigações 
acessórias e padronizar as escriturações para facilitar o controle e diminuir a sonegação. 
Ano após ano as empresas foram aderindo ao programa de Escrituração Contábil 
Digital e o que começou com 40 empresas piloto já está em 668.314 mil empresas em 2016. 
Além disso a perspectiva de aumento é a cada ano maior. 
Os benefícios que eram esperados com o projeto Sped estão aos poucos sendo 
alcançados, a padronização da escrituração e eliminação de diversas obrigações acessórias são 
exemplos disso, vemos que o projeto Sped se tornou realidade e o Sped ECD é o módulo que 
trouxe a Contabilidade para a Era Digital. 
Este trabalho teve o objetivo de efetuar a análise da adesão ao Sped Escrituração 
Contábil Digital no Estado de São Paulo ano de 2016, para tal foram coletados dados 
estatísticos do portal Sped ECD referente ao Estado de São Paulo ano 2016. 
2016 Recebido Autenticado Sob Exigência Substituído Total 
Total de 
Empresas 
São Paulo 263.732 118 23 27.003 290.876 254.930 
Brasil 667.737 5.946 2.630 83.151 763.930 668.314 
Percentual 39,50% 1,98% 0,87% 32,47% 38,08% 38,15% 
http://www.sped.fazenda.gov.br/estatisticascontabil/Default3.aspx?Junta=SP&Ano=2016
15 
 
Após analisar as tabelas de estatística do Sped ECD foi possível identificar que dentre 
as empresas obrigadas a entrega do Sped ECD o Estado de São Paulo é o que possui a maior 
representação entre os diversos Estados brasileiros com 38,15% do total de empresas que 
participantes e a análise também demonstrou que mesmo após quase nove anos de existência 
do Sped mais de 10% das escriturações foram substituídas ou seja, refeitas, no ano de 2016 no 
Estado de São Paulo. 
 
REFERÊNCIAS 
 
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Sistema Público de Escrituração Digital-Sped. Disponível em: < http:// 
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sobre a Escrituração Contábil Digital (ECD). Disponível em: < http:// 
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de 30 de janeiro de 1996, que regulamenta a Lei nº 8.934, de 18 de novembro de 1994, e dá 
outras providências. Disponível em: < 
http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=48709> 
Acesso em: 04/11/2016 
 
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Escrituração Digital-Sped. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2007/Decreto/D6022.htm> Acesso em: 29/10/2016 
 
BRASIL. Planalto. Decreto n° 7.979, de 8 de abril de 2003. Altera o Decreto no 6.022, de 22 
de janeiro de 2007, que instituiu o Sistema Público de Escrituração Digital – Sped. Disponível 
em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Decreto/D7979.htm> 
Acesso em:29/10/2016 
 
BRASIL. Planalto. Lei n° 12.766, de 27 de dezembro de 2012. Altera as Leis nos 11.079, de 
30 de dezembro de 2004, que institui normas gerais para licitação e contratação de parceria 
público-privada no âmbito da administração pública, para dispor sobre o aporte de recursos 
em favor do parceiro privado, 10.637, de 30 de dezembro de 2002, 10.833, de 29 de dezembro 
de 2003, 12.058, de 13 de outubro de 2009, 9.430, de 27 de dezembro de 1996, 10.420, de 10 
de abril de 2002, 10.925, de 23 de julho de 2004, 10.602, de 12 de dezembro de 2002, e 
9.718, de 27 de novembro de 1998, e a Medida Provisória no 2.158-35, de 24 de agosto de 
2001, e dá outras providências. Disponível em: < 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Decreto/D7979.htm
16 
 
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