Buscar

CONTESTAÇÃO PROMOÇÃO QUADRO DE TAIFEIROS DA FAB (QAT)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO 
PROCURADORIA-REGIONAL DA UNIÃO – 2ª REGIÃO 
EXMO. SR. DR. JUIZ FEDERAL DO 01º VARA FEDERAL DO RIO DE JANEIRO – 
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
 
 
PROCESSO Nº: 50006601820204025107 
AUTOR: SIDNEI DOS SANTOS 
RÉU: UNIÃO 
 
 
 
 
 
UNIÃO , pessoa jurídica de direito público interno, vem, por seu procurador 
ex lege (art. 131, Constituição Federal), em conformidade com a Lei Complementar 
n.º 73/93, nos autos do processo em epígrafe, tempestivamente, com fulcro nos 
artigos 375 c/c 223 c/c 240, todos do CPC, vem oferecer sua 
 
CONTESTAÇÃO 
 
ao feito, pelos fatos e fundamentos jurídicos aduzidos a seguir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
 
ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO 
PROCURADORIA-REGIONAL DA UNIÃO – 2ª REGIÃO 
DA TEMPESTIVIDADE 
 
Mister referir que pelo que, observado o que dispõe os artigos 375 c/c art. 
223 c/c art. 240 c/c art. 219 c/c art. 183, todos do Código de Processo Civil, é 
tempestivo a presente contestação. 
 
DOS FATOS 
 
Trata-se de ação proposta por SIDNEI DOS SANTOS em face do 
MINISTÉRIO DO EXÉRCITO, pleiteando a promoção de 3º Sargento à Graduação 
de Suboficial por isonomia e equidade, como os militares que eram do Grupamento 
de Taifeiros e migraram para o novo quadro de taifeiros da FAB, criado pelo Decreto 
n° 3.690/2000, com todos os direitos, notadamente as diferenças salariais dos 
vencimentos de Suboficial para 3° Sargento, bem como os atrasados, a contar da 
data da referida promoção, conforme Lei 12.158/2009. 
 
Entretanto, em que pese o esforço argumentativo, o pleito não reúne 
condições de prosperar, eis que desprovido de fundamentação lógica, jurídica ou 
legal, como adiante se demonstrará. 
 
Antes de adentrar a sua defesa, a Ré esclarece que não recebeu ainda as 
informações e documentos solicitados aos órgãos responsáveis, razão pela qual 
protesta pela juntada superveniente dos mesmos e contesta exclusivamente com 
base nas alegações produzidas na petição inicial. 
 
A União não vislumbra a possibilidade de conciliação, diante da ausência de 
amparo jurídico para a pretensão autoral. 
 
 
2 
 
ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO 
PROCURADORIA-REGIONAL DA UNIÃO – 2ª REGIÃO 
DO INTERESSE PÚBLICO INDISPONÍVEL – DEFERIMENTO DE PRAZO PARA 
JUNTADA DAS INFORMAÇÕES A SEREM PRESTADAS PELO ÓRGÃO 
 
Desde logo, considerando não ter esta Procuradoria-Regional recebido as 
informações oriundas do órgão de origem do servidor, requer a União seja deferido 
prazo para que se forneçam os devidos esclarecimentos quanto aos eventos 
narrados na inicial, que se revelam indispensáveis não só para a plena defesa do 
interesse público, mas também para a correta apreciação da lide por esse d. Juízo. 
 
Ressalte, ademais, não ter esta Procuradoria-Regional ingerência alguma 
sobre a atuação dos órgãos administrativos da União, razão pela qual a não 
apresentação das informações impede a melhor instrução da causa, exsurgindo 
como fato alheio à vontade deste órgão de representação judicial. 
 
Por conseguinte, haverá de ser reconhecida a justa causa, nos termos do 
artigo 223, § 2º, do Código de Processo Civil, deferindo-se prazo para sua juntada, 
antes da prolação da sentença. 
 
DAS PRELIMINARES 
DA AUSÊNCIA DE INTERESSE DE AGIR 
 
Em caráter preliminar, de acordo com as informações constantes dos 
presentes autos processuais, inexiste comprovação de que tenha havido 
indeferimento de eventual requerimento administrativo, nem mesmo a formulação 
de pedido da parte autora junto à Administração Pública, com conteúdo 
semelhante ao exposto na petição inicial, o que afasta, pois, resistência à 
pretensão autoral nesse caso concreto. 
 
Conforme estipula o art. 3 º do Código de Processo Civil, “para propor ou 
contestar ação é necessário ter interesse e legitimidade”, sendo certo que sua 
3 
 
ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO 
PROCURADORIA-REGIONAL DA UNIÃO – 2ª REGIÃO 
comprovação há que se dar no momento em que fora inaugurada a demanda. 
 
Em relação ao interesse de agir, traz-se à colação os seguintes 
precedentes jurisprudenciais: 
 
“PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE EXIBIÇÃO DE 
DOCUMENTOS. AUSÊNCIA DE REQUERIMENTO 
ADMINISTRATIVO. FALTA DE INTERESSE DE AGIR. 1. 
Carece de interesse de agir , para a ação de exibição de 
documentos, a parte que não demonstra ter apresentado 
requerimento administrativo a fim de obter a 
documentação pretendida . Precedentes do STJ. 2. 
Ademais, rever o entendimento do Tribunal de origem de que 
a parte não comprovou a negativa do INSS em exibir os 
documentos demandaria a análise do acervo fático-probatório 
dos autos, o que encontra óbice na Súmula 7/STJ. 3. Agravo 
Regimental não provido.” – grifado (Superior Tribunal de 
Justiça, Agravo Regimental no Recurso Especial n º 1089433, 
Órgão Julgador: Segunda Turma, rel. Min. Herman Benjamin, 
julgado em 28/04/2009, DJ de 17/06/2009). 
 
“PROCESSUAL CIVIL. CARÊNCIA DE AÇÃO POR FALTA 
DE INTERESSE DE AGIR. PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO 
POR MORTE. FALTA DE PEDIDO ADMINISTRATIVO. 
DISSIDIO COM A SÚM. 89/STJ NÃO OCORRENTE. 1 - Se a 
interessada, sem nenhum pedido administrativo , pleiteia 
diretamente em juízo benefício não acidentário (pensão por 
morte), inexiste dissídio com a Súm. 89/STJ ante a 
dessemelhança entre as situações em cotejo, sendo, pois, 
correto o julgado recorrido ao fixar a ausência de uma 
das condições da ação - interesse de agir - porquanto, à 
míngua de qualquer obstáculo imposto pela autarquia 
federal (INSS), não se aperfeiçoa a lide, doutrinariamente 
conceituada como um conflito de interesses 
caracterizados por uma pretensão resistida . 2 - Recurso 
Especial não conhecido.” – grifado (Superior Tribunal de 
Justiça, Recurso Especial n º 147408, Órgão Julgador: Sexta 
Turma, rel. Min. Fernando Gonçalves, julgado em 11/12/1997, 
DJ de 02/02/1998). 
 
Como se pode perceber, não se trata de esgotamento da esfera 
4 
 
ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO 
PROCURADORIA-REGIONAL DA UNIÃO – 2ª REGIÃO 
administrativa, o que não é necessário para ingressar em juízo, mas sim da 
presença do indeferimento do pedido à Administração Pública, ou mesmo sua 
formalização, de forma a caracterizar a pretensão resistida. Não havendo tal 
negativa ou formulação de requerimento administrativo, nãohá que se falar em 
lide. Não havendo lide, não há interesse de agir processualmente, caracterizando a 
carência de ação, a ensejar a extinção do presente processo sem resolução do 
mérito, nos termos do que preceitua o Código de Processo Civil . 
 
Nada obstante, apresenta-se totalmente desnecessária a prestação 
jurisdicional invocada, até mesmo porque a parte autora poderia se valer de 
requerimento ou recurso previsto na legislação para alcançar a pretensão ora 
formulada judicialmente (Lei n º 9.784, de 1999, que regula o processo administrativo 
no âmbito da Administração Pública Federal). 
 
Ensina Alexandre Freitas Câmara sobre o interesse processual: 
 
“O interesse de agir é verificado pela presença de dois 
elementos, que fazem com que esse requisito do provimento 
final seja verdadeiro binômio: ‘necessidade da tutela 
jurisdicional’ e ‘adequação do provimento pleiteado’. Fala-se, 
assim, em ‘interesse-necessidade’ e em ‘interesse-adequação’. 
A ausência de qualquer dos elementos componentes deste 
binômio implica ausência do próprio interesse de agir. Assim é 
que, para que se configure o interesse de agir, é preciso 
que antes de mais nada a demanda ajuizada seja 
necessária . ” – grifado (CÂMARA, Alexandre Freitas. Lições de 
Direito Processual Civil – volume I. Rio de Janeiro: Editora 
Lumen Juris, 2008, página 118). 
 
Portanto, demonstrada à exaustão a inexistência de interesse de agir neste 
caso concreto, deve o presente processo ser extinto sem resolução do mérito, nos 
termos do que preceitua o Código de Processo Civil. 
 
 
5 
 
ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO 
PROCURADORIA-REGIONAL DA UNIÃO – 2ª REGIÃO 
DA IMPUGNAÇÃO À GRATUIDADE DE JUSTIÇA 
 
Inicialmente, IMPUGNA a UNIÃO A CONCESSÃO DO BENEFÍCIO DE 
GRATUIDADE DE JUSTIÇA PELA PARTE AUTORA , bem como requer a 
revogação do referido benefício concedido à parte autora, pelos motivos que 
passam a expor: 
 
A assistência judiciária gratuita tem por escopo permitir o acesso à Justiça 
àqueles que de outra forma não poderiam obter a prestação jurisdicional, o que, 
absolutamente, não corre no caso em tela, vez que a autora sequer juntou aos 
presentes autos cópia do seu contracheque atual. 
 
Exige-se a comprovação da insuficiência de recursos, para que o Estado 
preste a assistência jurídica gratuita 
 
É o que se infere a previsão contida no inciso LXXIV, do art. 5º, da Carta 
Magna, conforme segue, verbis: 
 
“(...) o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita 
aos que comprovarem insuficiência de recursos ;(...)”’ (g n.) 
 
Dispõe, ainda, o art. 12 da Lei nº 1060/50 que: 
 
‘‘Art. 12. A parte beneficiada pela isenção do pagamento do 
pagamento das custas ficará obrigada a pagá-las, desde que 
possa fazê-lo, sem prejuízo do sustento próprio ou da família, 
se dentro de cinco anos, a contar da sentença final, o assistido 
não puder satisfazer tal pagamento, a obrigação ficará 
prescrita”. 
 
Acerca da matéria, o Tribunal Regional Federal da 4° Região já decidiu que: 
 
6 
 
ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO 
PROCURADORIA-REGIONAL DA UNIÃO – 2ª REGIÃO 
“(a) presunção de miserabilidade jurídica fica desconstituída se 
à vista da documentação carreada aos autos, demonstrado 
perceber o interessado remuneração mensal superior ao limite 
de isenção do imposto de renda” (AC 2002.70.01.016759-5 
DJU de 22/02/2006 – g.n.). 
 
Embora não haja um valor fixo para a concessão da gratuidade na lei, a 
jurisprudência deste Egrégio Tribunal Regional Federal da Segunda Região 
posiciona-se no sentido de estabelecer um parâmetro para a concessão da 
gratuidade, qual seja, o percebimento de renda mensal inferior a três salários 
mínimos, valor adotado, em regra, pela Defensoria Pública para atendimento de 
seus assistidos, e igualmente próximo ao valor do limite de isenção do imposto de 
renda: 
 
‘‘TRF2 -TERCEIRA SEÇÃO ESPECIALIZADA E-DJF2R - 
Data:02/09/2014 Data da Decisão 21/08/2014 
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. 
INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE GRATUIDADE DE 
JUSTIÇA. PARÂMETROS PARA CONCESSÃO. 
RENDIMENTOS SUPERIORES A TRÊS SALÁRIOS 
MÍNIMOS. DECISÃO NÃO TERATOLÓGICA. MANUTENÇÃO 
DA DECISÃO. DESPROVIMENTO DO RECURSO. 1. Esta 
Corte tem deliberado que apenas em casos de decisão 
teratológica, fora da razoabilidade jurídica, ou quando o ato se 
apresenta flagrantemente ilegal, ilegítimo e abusivo, justificaria 
a reforma pelo órgão ad quem, em Agravo de Instrumento, a 
fim de conceder a antecipação dos efeitos da tutela. 2. Trata-se 
de Agravo de Instrumento interposto em face de Decisão que 
indeferiu o pedido de gratuidade de justiça, uma vez que os 
documentos juntados aos autos não comprovam a condição de 
hipossuficiente financeiro do Autor. 3. Como parâmetro 
razoável a ser utilizado na verificação do estado de 
hipossuficiência idônea, a garantir a concessão da assistência 
judiciária, firmou-se o entendimento nesta Turma, segundo a 
realidade socioeconômica do país, que a renda da parte seja 
menor ou igual a três salários mínimos. Critério este adotado 
pelas Defensorias Públicas dos estados de São Paulo, Rio 
Grande do Sul e Minas Gerais, entre outros. 4. No presente 
caso, consta que a renda mensal do Agravante é superior a 
três salários mínimos, sendo incompatível com a concessão do 
benefício, tendo a decisão agravada apreciado a questão com 
7 
 
ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO 
PROCURADORIA-REGIONAL DA UNIÃO – 2ª REGIÃO 
razoabilidade suficiente, não podendo ser caracterizada como 
teratológica, irrazoável, ilegal ou abusiva. 5. Agravo de 
Instrumento desprovido. (TRF-2ª Região, Quinta Turma 
Especializada, AG 0003067-87.2014.4.02.0000, Relator 
Desembargador Federal GUILHERME DIEFENTHAELER, 
e-DJF2R 26/06/2014, unânime)” 
 
Logo, NÃO PARECE SE RAZOÁVEL A CONCESSÃO DA GRATUIDADE 
DE JUSTIÇA, VEZ QUE A PARTE EMBARGADA POSSUI CONDIÇÕES 
FINANCEIRAS DE PROCEDER AO PAGAMENTO DOS HONORÁRIOS 
ADVOCATÍCIOS . 
 
Ademais, a própria UNIÃO estabelece uma faixa de isenção do imposto de 
renda em razão de pobreza, de modo que é possível dizer que se presume 
hipossuficiente quem ganha até determinado valor por mês, na forma da Lei nº 
7.713/88. 
 
A corroborar o ora expendido, apresenta-se o enunciado nº 38 do 
FONAJEF: 
 
‘‘Enunciado nº.38: A qualquer momento poderáser feito o 
exame de pedido de gratuidade com os critérios da Lei nº 
1.060/50. Para fins da Lei nº 10.259/01, presume-se a 
necessitada a parte que perceber renda até o valor do limite de 
isenção do imposto de renda. (Nova redação – IV FONAJEFA)” 
 
Vale repisar que para se valer da gratuidade de justiça, cabe a parte autora 
provar situação econômica que não lhe permita arcar com as despesas processuais, 
nos termos dos arts. 98 a 102 do CPC. Inexistindo esta prova, o benefício dever ser 
indeferido, inclusive para não hostilizar o princípio constitucional da isonomia. 
 
8 
 
ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO 
PROCURADORIA-REGIONAL DA UNIÃO – 2ª REGIÃO 
Ora, o benefício da Justiça gratuita deve ser reservado Àqueles que 
verdadeiramente não dispõem de condições financeiras para arcar com as 
despesas do processo, sob pena de desvirtuamento do instituto. 
 
Assim, na hipótese dos autos, não se mostra necessário suspender o 
pagamento dos honorários advocatícios com fulcro no art. 12º da Lei nº 1.060/50, 
uma vez que referida verba poderá ser descontada do valor principal devido ao 
exequente, sem causar prejuízo ao seu sustento e ao de sua família. 
 
Além disso, o desconto se dará sobre valores devidos pela UNIÃO, e não 
sobre o montante da remuneração paga mensalmente à autora, não se verificando, 
portanto, risco de comprometimento à sua subsistência. 
 
É evidente que a situação financeira da parte autora não é a de alguém 
hipossuficiente ou necessitado. 
 
Por todo o exposto, requer a UNIÃO a revogação do benefício da gratuidade 
de justiça, impugnando a concessão do mesmo. 
 
DA IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO 
 
As teorias acerca da possibilidade jurídica do pedido resumem-se no 
entendimento de dois doutrinadores consagrados: (a) foi tida por Liebman como “a 
admissibilidade em abstrato do pronunciamento pedido, segundo as normas 
vigentes no ordenamento jurídico nacional” (apud: Egas Dirceu Moniz de Aragão. 
Comentários ao Código de Processo Civil - volume II. Rio de Janeiro: Editora 
Forense, 1983, página 521); e, (b) por Moniz de Aragão, como a inexistência de 
uma proibição, pelo ordenamento jurídico, ao exercício da ação ou a ausência de 
uma solução ao pedido, consoante o ordenamento jurídico posto a protegê-lo (ob. 
cit., página 524). 
9 
 
ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO 
PROCURADORIA-REGIONAL DA UNIÃO – 2ª REGIÃO 
 
Idêntico entendimento se extrai da jurisprudência oriunda do Egrégio 
Superior Tribunal de Justiça, como se verifica na RT 652/183, segundo o qual “por 
possibilidade jurídica do pedido entende-se a admissibilidade da pretensão perante 
o ordenamento jurídico, ou seja, previsão ou ausência de vedação, no direito 
vigente, do que se postula na causa”. 
 
Assim, tendo em vista a impossibilidade jurídica do pedido veiculado na 
petição inicial, requer-se a extinção do feito sem julgado do mérito, nos termos do 
Código de Processo Civil. 
 
DA AUSÊNCIA DE REQUISITOS LEGAIS PARA A TUTELA JURISDICIONAL 
PROVISÓRIA 
 
De início, é de se frisar a inadmissibilidade da tutela jurisdicional provisória, 
não somente pela ausência de previsão legal neste sentido, como pela afronta aos 
princípios maiores da ampla defesa, do contraditório e do devido processo legal, 
resguardados nos incisos LIV e LV do art. 5° da Constituição Federal. Este é o 
entendimento esposado pelo professor universitário e Procurador do Estado do Rio 
de Janeiro, Dr. Francisco Conte, esboçado em trabalho doutrinário já célebre: 
 
"Observe-se por outro ângulo de meditação, que a antecipação 
da tutela jamais poderá ser concedida in limine ou sem a 
prévia oitiva do réu, que deverá ter a oportunidade de 
manifestar-se sobre o requerimento na contestação (quando 
implementado na petição inicial) ou no prazo de 5 (cinco) dias 
art. 185 CPC quando articulado no curso do processo, através 
de petição separada. 
Repita-se: inexiste possibilidade de antecipação da tutela, no 
processo de conhecimento, antes da citação do réu e 
oferecimento de sua defesa ou transcurso do prazo para ela 
previsto. 
Vulnera os princípios constitucionais da ampla defesa, do 
contraditório e do devido processo legal a antecipação de 
10 
 
ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO 
PROCURADORIA-REGIONAL DA UNIÃO – 2ª REGIÃO 
tutela acaso concedida liminarmente, sem a audiência prévia 
do réu, sendo certo que, a meu ver, tal decisão teratológica, 
ilegal e arbitrária, poderá ser impugnada pela via do agravo, 
com requerimento de efeito suspensivo, a teor do disposto nos 
arts. 527, inciso II, e 558, do CPC." ("Aspectos Gerais da 
Tutela Jurisdicional Antecipada", Revista de Direito da 
Procuradoria Geral do Estado do Rio de Janeiro, n° 50, p.179). 
 
Lado outro, cabe asseverar, a medida de urgência não observou o disposto 
no art. 300, do Código de Processo Civil, senão vejamos. 
 
Outrossim, o art. 1.059 do Código de Processo Civil e o art. 1º da Lei nº 
9.494, de 1997, conjugados com o art. 1º, § 3º, da Lei nº 8.437, de 1992, proíbem a 
concessão de medida liminar que esgote, no todo ou em qualquer parte, o objeto da 
ação, como no presente caso concreto. 
 
O referido dispositivo legal elenca os requisitos indispensáveis para a 
concessão da antecipação dos efeitos da tutela. São eles, a prova inequívoca do 
direito reclamado (fumus boni iuris), o receio de dano irreparável ou de difícil 
reparação (periculum in mora) e o abuso de direito de defesa ou manifesto propósito 
protelatório do réu. 
 
Os requisitos elencados em lei não podem ser banalizados. Ao contrário, o 
operador jurídico deve procurar sempre analisar se há, no pedido deduzido, 
adequação razoável à mens legis inserta no referido dispositivo. 
 
O abuso de direito de defesa ou manifesto propósito protelatório do réu não 
está caracterizado, uma vez que somente neste momento vem a União se 
manifestar no feito, sendo certo que a medida de urgência foi concedida inaudita 
altera parte. Portanto, quanto a este requisito não é necessárias maiores dilações. 
 
11 
 
ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO 
PROCURADORIA-REGIONAL DA UNIÃO – 2ª REGIÃO 
Quanto ao requisito do fumus boni iuris, traz-se à colação o magistério do 
eminentedoutrinador CARREIRA ALVIM, depreende-se com maior clareza o que se 
quer dizer, em primeiro lugar, com a expressão “ prova inequívoca ”: 
 
“Prova inequívoca é a que não se pode admitir, razoavelmente, 
mais de um significado; é a que apresenta um grau de 
convencimento tal que, a seu respeito, não possa ser oposta 
qualquer dúvida razoável, ou em outros termos, cuja 
autenticidade ou veracidade seja provável.” (José Eduardo 
Carreira Alvim, Ação Monitória e Temas Polêmicos da Reforma 
Processual, Del Rey, 1995, p.164) – grifos nossos. 
 
Já a verossimilhança, “ aparência de ser verdadeiro ” é conceito atrelado ao 
de prova inequívoca, significando dizer que o direito invocado é decorrente desta 
prova, de natureza incontestável. Este juízo de verossimilhança refere-se, na 
verdade, ao conceito de probabilidade da pretensão deduzida pelo autor. 
 
Da narrativa inicial, não se vê o preenchimento dos requisitos autorizadores 
da medida requerida. 
 
Ademais, há disposição legal expressa (Lei 9.494/97, art. 1º, caput) que 
impede a concessão da antecipação dos efeitos da tutela contra a Fazenda Pública, 
o que torna, nesse contexto, inadmissível o seu deferimento. Veja-se: 
 
“Art. 1º Aplica-se à tutela antecipada prevista nos arts. 273 e 
461 do Código de Processo Civil o disposto nos arts. 5º e seu 
parágrafo único e 7º da Lei nº 4.348, de 26 de junho de 1964, o 
art. 1º e seu § 4º da Lei nº 5.021, de 9 de junho de 1966, e nos 
arts. 1º, 3º e 4º da Lei nº 8.437, de 30 de junho de 1992. 
 
Dispõe o § 3° do art. 1° da Lei n° 8.437/92: 
 
§ 3° Não será cabível medida liminar que esgote, no todo ou 
em qualquer parte, o objeto da ação.” 
 
12 
 
ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO 
PROCURADORIA-REGIONAL DA UNIÃO – 2ª REGIÃO 
Assim, é contra o ordenamento jurídico vigente a antecipação de tutela 
pretendida. Portanto, não há como ser concedida tutela no presente caso. 
 
Ademais, antes de qualquer manifestação, importante relembrar as lições 
de Hely Lopes Meirelles, quando comenta acerca de medidas cautelares: 
 
“[...] A medida liminar é provimento cautelar admitido pela 
própria lei de mandado de segurança, quando sejam 
relevantes os fundamentos da impetração e do ato impugnado 
puder resultar a ineficácia da ordem judicial, se concedida a 
final (art. 7º, II). Para a concessão da liminar devem concorrer 
os dois requisitos legais, ou seja, a relevância dos motivos em 
que se assenta o pedido inicial e a possibilidade da ocorrência 
de lesão irreparável ao direito do impetrante, se vier a ser 
reconhecido na decisão de mérito – fumus boni iuris e 
periculum in mora”. 
1
 
Mister consignar, ainda, que a tutela cautelar é medida de caráter 
excepcional do direito, só sendo admitida quando cabalmente presentes os 
requisitos legais necessários à sua concessão, de tal modo que se justifique a 
sobreposição da efetividade da jurisdição sobre o contraditório e a própria 
segurança. 
 
Nesse sentido, já se manifestou o STF (Pleno: RJT 132/571, votos 
vencidos): 
 
“Admissibilidade [..] de condições e limitações legais do poder 
cautelar do juiz. A tutela cautelar e o risco do constrangimento 
precipitado a direitos da parte contrária, com violação da 
garantia do devido processo legal. Conseqüente necessidade 
de controle da razoabilidade das restrições, a partir do caráter 
essencialmente provisório de todo provimento cautelar, liminar 
ou não.” 
 
1 MEIRELLES, Hely Lopes. Mandado de Segurança, 13.ed., São Paulo: Revista dos Tribunais, p.51 
13 
 
ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO 
PROCURADORIA-REGIONAL DA UNIÃO – 2ª REGIÃO 
Portanto, como se observa, não estão presentes, neste caso, os requisitos 
para a concessão da tutela cautelar, sobretudo a verossimilhança da alegação, fato 
este que autoriza a imediata suspensão da decisão agravada. 
 
Logo, com a devida vênia, a tutela jurisdicional provisória, nos termos em 
que deferida, não merece subsistir, ante a sua desarmonia com a legislação. 
 
DO MÉRITO 
DA PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO AUTORAL (FUNDO DE DIREITO) 
 
Desde logo, impende ressaltar que o pleito concernente à promoção à 
suboficial encontra óbice no instituto da prescrição nos termos do Decreto nº 
20.1910/1932. 
 
Importante frisar que, sendo a promoção um ato administrativo de efeitos 
concretos (impugnável, portanto, de imediato),deveria a parte autora, ao se sentir 
prejudicado por não concordar com os níveis hierárquicos previstos para seu 
Quadro, ter ajuizado a ação pertinente dentro do lapso temporal de cincos anos, 
contados a partir da data que tomou conhecimento do Regulamento que disciplinou 
de maneiro diversa seu Quadro QTA ou, no máximo, de quando faria, em tese, jus a 
promoção a graduação acima de 3S, o que se admite apenas a título de 
argumentação e oscilaria de acordo com o interstício vigente à época, sob pena de 
ver fulminada sua pretensão. Neste sentido: 
 
“ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS 
DECLARATÓRIOS NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL, 
RECEBIDOS COMO AGRAVO REGIMENTAL. MILITAR DA 
AERONÁUTICA. PRETENSÃO DE PROMOÇÃO NA 
CARREIRA . REFORMA. ATO DE EFEITO CONCRETO. 
P RESCRIÇÃO DO FUNDO DE DIREITO. OCORRÊNCIA. 
PRECEDENTES DO STJ. SÚMULA 83/STJ . 
APLICABILIDADE. EMBARGOS DECLARATÓRIOS 
14 
 
ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO 
PROCURADORIA-REGIONAL DA UNIÃO – 2ª REGIÃO 
RECEBIDOS COMO AGRAVO REGIMENTAL, AO QUAL SE 
NEGA PROVIMENTO. 
I. Em face de seu caráter infringente e em homenagem ao 
princípio da fungibilidade, recursal, os presentes Embargos de 
Declaração merecem ser recebidos como Agravo Regimental. 
II. Hipótese em que o agravante, transferido para a reserva da 
Aeronáutica em 27/01/83, ajuizou ação ordinária em 
30/11/2011, objetivando a revisão do ato de reforma e a 
retificação de suas promoções, desde 26/07/1956, com sua 
promoção ao posto e graduação de Capitão, a contar de 
26/07/1968, com o pagamento das diferenças remuneratórias. 
I II. A jurisprudência do STJ orienta-se no sentido de que, 
"nos casos em que se pretende rever ato de reforma de 
militar com sua promoção a um posto superior na carreira 
e, como mera consequência do deferimento do pedido de 
promoção, a revisão de seus proventos da inatividade, a 
prescrição aplicável é defundo do direito, nos termos do 
art. 1º do Decreto 20.910/1932" (STJ, AgRg no REsp 
1.424.236/CE, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA 
TURMA, DJe de 24/06/2014). 
IV. "Não se conhece do recurso especial pela divergência, 
quando a orientação do Tribunal se firmou no mesmo 
sentido da decisão recorrida" (Súmula 83/STJ). 
V. Embargos Declaratórios recebidos como Agravo 
Regimental, ao qual se nega provimento. 
(STJ: EDcl no AREsp 235660 PR 2012/0205347-0; Rel. Min. 
ASSUSETE MAGALHÃES: Julgamento em: 07/08/2014 / 
Órgão julgador: 2ª Turma; Publicação DJe 19/08/2014)” 
 
“Apelação Cível nº 93.736 
EMENTA: PRESCRIÇÃO. DECRETO Nº 20.910/32 
I - Ressalvada a hipótese amparada pelo art. 169, I, do Código 
Civil, o decurso de prazo de cinco anos ocorrido entre o 
ato que se pretende reformar e o exercício do direito da 
postulação em juízo, determina a prescrição, não só das 
prestações vencidas, como de todo e qualquer direito ou 
ação contra a União . 
II - Apelo desprovido." 
(DJU 05.02.87, p. 905). 
 
“ADMINISTRATIVO. MILITAR. PROMOÇÃO. RETIFICAÇÃO 
DAS DATAS. PRESCRIÇÃO DO FUNDO DE DIREITO. 
PRECEDENTES DO STJ . 
1. Cuida-se, na origem, de Ação Ordinária na qual os autores, 
ora agravantes, requerem a revisão dos atos de promoção no 
15 
 
ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO 
PROCURADORIA-REGIONAL DA UNIÃO – 2ª REGIÃO 
curso da carreira de militar, para que sejam retificadas as datas 
de suas promoções, respeitando-se o interstício mínimo de 
dois anos, bem como promovê-los aos posto de capitão, com o 
pagamento das respectivas diferenças. 
2. Em situações nas quais o militar busca promoção, a 
jurisprudência do STJ afasta a aplicação da Súmula 85/STJ e 
impõe o reconhecimento da prescrição do fundo de direito. 
3. Agravo Regimental não provido. 
(STJ:AgRg no AREsp 311545 / PR; Rel. Min. HERMAN 
BENJAMIN: Julgamento em: 16/05/2013 / Órgão julgador: 2ª 
Turma; Publicação DJe 22/05/2013)” 
 
“ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO MILITAR. 
PROMOÇÃO. PRESCRIÇÃO. FUNDO DE DIREITO . 
Em se tratando de ação proposta por servidor público militar 
com a finalidade de obter a revisão do ato de promoção, a 
prescrição atinge o chamado fundo de direito, e o prazo é 
contado a partir da publicação daquele ato. (Precedentes.) 
Recurso não conhecido. 
(STJ: REsp 421739 / RJ; RECURSO ESPECIAL 
2002/0032688-4; Rel. Min. FELIX FISCHER (1109): 
Julgamento em: 04/06/2002 / Órgão julgador: 5ª Turma; 
Publicação DJe 22/05/2013)” 
 
Por conseguinte, sendo incabível a tutela dos interesses jurídicos em 
questão, resta inviável o pagamento de qualquer quantia de título de atrasados, na 
medida em que tais efeitos pecuniários, caracterizados pelo atributo da 
acessoriedade, não subsistem sem o deferimento do principal. 
 
De fato, considerando que somente com a promoção à graduação seguinte 
é que nasceria o direito ao recebimento do respectivo soldo ( i.e, o acesso à 
subsequente graduação é fundamento legal para o pagamento do acréscimo) e se 
tal provimento não pode agora ser efetivado, o pretendido ressarcimento, de igual 
feita, não pode ser deferido. 
 
 
 
16 
 
ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO 
PROCURADORIA-REGIONAL DA UNIÃO – 2ª REGIÃO 
DO MÉRITO PROPRIAMENTE DITO 
 
Caso ultrapassadas as questões prévias expostas linhas acima, o que se 
admite apenas por argumentar, em homenagem ao princípio da eventualidade, não 
merece lograr êxito a pretensão autoral em tela. 
 
Trata-se de ação proposta por SIDNEI DOS SANTOS em face do 
MINISTÉRIO DO EXÉRCITO, pleiteando a promoção de 3º Sargento à Graduação 
de Suboficial por isonomia e equidade, como os militares que eram do Grupamento 
de Taifeiros e migraram para o novo quadro de taifeiros da FAB, criado pelo Decreto 
n° 3.690/2000, com todos os direitos, notadamente as diferenças salariais dos 
vencimentos de Suboficial para 3° Sargento, bem como os atrasados, a contar da 
data da referida promoção, conforme Lei 12.158/2009. 
 
Nesse contexto, o Decreto n° 3.690/00, em seu artigo 12, § 2°, instituiu que 
aqueles que contarem com mais de 20 (vinte) anos na graduação de Cabo e 
preencherem os demais requisitos poderão incorporar-se ao Quadro Especial de 
Sargentos da Aeronáutica, ou seja, o período de 20 (vinte) anos é exigido aos 
Cabos para ingresso em novo Quadro, independentemente de concurso público: 
 
“(...)Art. 12. O ingresso em Quadro do CPGAER é feito após a 
conclusão de curso de formação, estágio de adaptação ou 
mediante incorporação para o SMI, de acordo com os critérios 
estabelecidos para cada Quadro. 
 
§ 1º O ingresso no QTA será, quando da matrícula no Curso 
de Formação de Taifeiros, na graduação de 
Taifeiro-de-Segunda-Classe. 
§ 2º O ingresso no QESA está condicionado aos Cabos 
que contarem mais de vinte anos de efetivo serviço na 
Graduação de Cabo e atenderem às condições 
estabelecidas no Regulamento de Promoções de 
Graduados da Aeronáutica (REPROGAER) e na Instrução 
Reguladora do QESA (IRQESA). 
17 
 
ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO 
PROCURADORIA-REGIONAL DA UNIÃO – 2ª REGIÃO 
§ 3º É vedado o ingresso em Quadro, Grupamento, 
Subgrupamento ou Especialidade postos em extinção.(...)” 
 
Diversamente, o período de 14 (quatorze) anos é previsto aos Taifeiros-Mor 
para promoção dentro do próprio Quadro, do qual já são integrantes, mas cuja 
regulamentação sofreu inovações com o Decreto n° 3.690/2000 e, por isso mesmo, 
necessitou de normas de transição para fins de adequação, as quais estipularam 
períodos mínimos para promoção, elidindo situações não consentâneas com a nova 
regulamentação. 
 
Assim, a promoção dos Cabos à graduação de Terceiro-Sargento não se 
insere na evolução natural da carreira desses militares, já que não houve qualquer 
regulamentação prevendo a possibilidade de ascensão dos Cabos às graduações 
superiores, a exemplo do que ocorreu com os Taifeiros, nos termos do artigo 44, § 
1°, do Decreto n° 3.690/00, inserto no capítulo das "Disposições Transitórias", que 
dispõe: 
 
“(...)Art. 44. Os atuais Taifeiros-de-Segunda-Classe (T2), 
Taifeiros-de-Primeira-Classe (T1) e Taifeiros-Mor (TM), de 
todas as especialidades, serão colocados automaticamente, 
pela DIRAP, no novo Quadro (QTA), obedecidas as condições 
estabelecidas neste Regulamento. 
§ 1º Após a transposição parao QTA, os Taifeiros que 
tenham quatorze anos ou mais de serviço como Taifeiro 
serão promovidos à graduação de Terceiro-Sargento , 
obedecidas as condições estabelecidas neste Regulamento e 
no REPROGAER. 
§ 2º Após a transposição para o QTA, os Taifeiros que 
tenham, no mínimo, sete e menos de quatorze anos de serviço 
como Taifeiro serão promovidos à graduação de Taifeiro-Mor, 
obedecidas as condições estabelecidas neste Regulamento e 
no REPROGAER.(...)” 
 
18 
 
ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO 
PROCURADORIA-REGIONAL DA UNIÃO – 2ª REGIÃO 
Destina-se, portanto, o art. 44, § 1º do Decreto nº 3.690/2000 a regular 
situações específicas concretizadas naquele momento ( “Taifeiros que tenham 
quatorze anos ou mais de serviço como Taifeiro” ), não se aplicando a casos futuros. 
 
Acrescente-se que os quadros do Corpo do Pessoal Graduado da 
Aeronáutica (CPGAER) são integrados por praças de graduações elencadas pelo 
art. 10: 
 
“(...)Art. 10. Os Quadros do CPGAER são integrados por 
praças das seguintes graduações: 
I - o QSS por Suboficiais (SO), Primeiros-Sargentos (1S), 
Segundos-Sargentos (2S) e Terceiros-Sargentos (3S); 
II - o QTA por Suboficiais (SO), Primeiros-Sargentos (1S), 
Segundos-Sargentos (2S), Terceiros-Sargentos (3S), 
Taifeiros-Mor (TM), Taifeiros-de-Primeira-Classe (T1) e 
Taifeiros-de-Segunda-Classe (T2); 
III - o QESA por Terceiros-Sargentos (3S); 
IV - o QCB por Cabos (CB); e 
V - o QSD por Soldados-de-Primeira-Classe (S1) e por 
Soldados-de-Segunda-Classe (S2).(...)” 
 
Sob outro prisma, a Lei n° 3.953/61 prevê a possibilidade de acesso dos 
Taifeiros, e somente destes , até a graduação de Suboficial , nos termos 
seguintes: 
 
“ LEI Nº 3.953, DE 2 DE SETEMBRO DE 1961 
Art. 1º Fica assegurado aos taifeiros da Marinha e da 
Aeronáutica o acesso até a graduação de suboficial, com 
vencimentos e vantagens relativas à referida graduação. 
§ 1º A seleção, habilitação, aperfeiçoamento e acesso, serão 
efetuados de acordo com a regulamentação existente para os 
demais quadros, respeitadas as condições inerentes à 
especialidade. 
§ 2º Os atuais taifeiros da Aeronáutica estão isentos do curso 
de especialização, ficando obrigados, todavia, ao 
preenchimento dos demais requisitos previstos no parágrafo 
anterior.” 
 
19 
 
ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO 
PROCURADORIA-REGIONAL DA UNIÃO – 2ª REGIÃO 
Também a Lei nº 12.158, de 28/12/2009, concedeu apenas aos militares 
integrantes do Quadro de Taifeiros da Aeronáutica - QTA, o acesso às graduações 
superiores, limitado à última graduação do QTA, a de Suboficial (art. 1º, caput e 
§1º),: 
 
“LEI Nº 12.158, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2009. 
Art. 1º Aos militares oriundos do Quadro de Taifeiros da 
Aeronáutica - QTA , na reserva remunerada, reformados ou no 
serviço ativo, cujo ingresso no referido Quadro se deu até 31 
de 
dezembro de 1992, é assegurado, na inatividade, o acesso 
às graduações superiores na forma desta Lei. 
§ 1º O acesso às graduações superiores àquela em que 
ocorreu ou venha a ocorrer a inatividade dar-se-á conforme os 
requisitos constantes desta Lei e respectivo regulamento e 
será sempre limitado à última graduação do QTA, a de 
Suboficial. 
§ 2º O acesso às graduações superiores, nos termos desta Lei, 
adotará critérios tais como a data de praça do militar, a data de 
promoção à graduação inicial do QTA, a data de inclusão do 
militar no QTA, a data de ingresso na inatividade e o fato 
motivador do ingresso na inatividade, conforme paradigmas a 
serem definidos em regulamento.” 
 
Cabe elucidar, por oportuno, que tanto os Cabos, como os Taifeiros, antes 
da edição do Decreto anteriormente mencionado, não se encontravam impedidos de 
alcançar as graduações de Sargento e Suboficial, já que os mesmos poderiam 
realizar o Curso de Formação (CFS), mediante concurso, ingressando, 
posteriormente, no Quadro de Suboficiais e Sargentos (QSS). 
 
Além disso, os tribunais superiores já se manifestaram pela possibilidade de 
haver legislações distintas com regras próprias até mesmo para militares de uma 
única graduação da mesma Força, como para promoção das integrantes do Quadro 
Feminino e do Quadro Masculino de Cabo. Nessa esteira: 
 
“ADMINISTRATIVO. MILITAR. AERONÁUTICA. PROMOÇÃO. 
20 
 
ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO 
PROCURADORIA-REGIONAL DA UNIÃO – 2ª REGIÃO 
QUADRO FEMININO . PORTARIA. QUADRO MASCULINO. 
LEGISLAÇÕES ESPECÍFICAS E DISTINTAS. 
Os militares do quadro masculino da Aeronáutica não têm 
violado o direito à promoção, quando portaria permite 
promoção somente ao quadro feminino, em razão das 
corporações serem regidas por legislações específicas e 
distintas. Precedentes. 
Recurso não conhecido 
(Superior Tribunal de Justiça - RESP 5107l01BA; RECURSO 
ESPECIAL 2003/0038383-8. Fonte: DJ DATA: 12/08/2003 
PG:00257. Relator Min. FELIX FISCHER (1109). Data da 
Decisão:24/06/2003. Órgão Julgador: T5 °QUINTA TURMA)” 
 
“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. 
ADMINISTRATIVO. MILITAR. AERONÁUTICA. QUADRO 
FEMININO. PROMOÇÃO. QUADRO MASCULINO. 
ISONOMIA. PORTARIA. IMPOSSIBILIDADE. 
A matéria já foi alvo de debate nesta Corte, onde restou 
assentada a impossibilidade da pretensão deduzida pelos 
militares do Quadro Masculino. Critérios de promoção não 
coincidentes. 
Agravo desprovido. 
(Superior Tribunal de Justiça - AGA 485297/RJ; AGRAVO 
REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 
2002/0139165-2. Fonte: DJ DATA: 02/06/2003 PG:00335. 
Relator Min. JOSÉ ARNALDO DA FONSECA (1106). Data da 
Decisão: 06/0512003. Órgão Julgador: T5 - QUINTA TURMA)” 
 
Não haveria sentido, pois, em não se admitir a possibilidade de 
regulamentação diferenciada entre militares de graduações diversas, se há o 
permissivo para tais distinções entre militares de uma mesma graduação, porém 
pertencentes a quadros distintos. 
 
Há que se considerar, ainda, que tanto o artigo 12, § 2°, quanto o artigo 44, 
§ 1° do Decreto n° 3.690/00, expressamente vinculam o processamento das 
promoções ao preenchimento das demais condições previstas no Regulamento de 
Promoções de Graduados da Aeronáutica. 
 
Posto isto, merece ser julgado improcedente o pedido em sua integralidade. 
21 
 
ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO 
PROCURADORIA-REGIONAL DA UNIÃO – 2ª REGIÃO 
 
DA INEXISTÊNCIA DE ILEGALIDADE OU ABUSO DE PODER 
 
Em verdade, não há como negar que a Administração simplesmentecumpriu a legislação pertinente e que o ordenamento jurídico não oferece qualquer 
abrigo à pretensão à parte Autora. 
 
A argumentação jurídica ora deduzida assume especial relevância quando 
envolve um ente da Administração Pública, que está inarredavelmente lastreada aos 
textos legais que lhe regulam a atuação, em obediência ao princípio constitucional 
da estrita legalidade administrativa e da supremacia do interesse público sobre o 
particular. 
 
Em apertada síntese, a ilegalidade corroborada pela mera alegação do 
decurso do tempo desacreditaria o próprio Estado de Direito, que tem como esteio e 
escudo a ordem jurídica estabelecida. 
 
Ensina José dos Santos Carvalho Filho: 
 
“É conhecido o princípio segundo o qual os atos nulos não se 
convalida nem pelo decurso do tempo. Sendo assim, a 
decretação da invalidade de um ato administrativo vai alcançar 
o momento mesmo de sua edição. 
Isso significa o desfazimento de todas as relações jurídicas 
que se originaram do ato inválido, com o que as partes que 
nelas figuraram hão de retornar ao statu quo ante. Para evitar 
a violação do direito de terceiros, que de nenhuma forma 
contribuíram para a invalidação do ato, resguardam-se tais 
direitos da esfera de incidência do desfazimento, desde que, é 
claro, se tenham conduzido com boa-fé. 
É preciso não esquecer que o ato nulo, por ter vício insanável, 
não pode redundar na criação de qualquer direito. O STF, de 
modo peremptório, já sumulou que a Administração pode 
anular seus próprios atos ilegais, porque deles não se originam 
direitos. Coerente com tal entendimento, o STJ, decidindo 
22 
 
ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO 
PROCURADORIA-REGIONAL DA UNIÃO – 2ª REGIÃO 
questão que envolvia o tema, consignou que o ato nulo nunca 
será sanado e nem terceiros podem reclamar direitos que o ato 
ilegítimo não poderia gerar.” – grifado (CARVALHO FILHO, 
José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. São 
Paulo:Editora Atlas, 2015, página 164). 
 
É da jurisprudência do Egrégio Supremo Tribunal Federal acerca do tema: 
 
“Mandado de segurança. Decisão do Tribunal de Contas da 
União que anulou a Concorrência MARE nº 004/98, destinada 
à prestação de serviços de apoio marítimo à massa da extinta 
Companhia de Navegação Lloyd Brasileiro Ltda. 
Representação ao TCU, proposta pela impetrante, julgada 
procedente pela Corte de Contas, por ter sido comprovada a 
ocorrência de irregularidades na licitação. 
Incabível falar-se em direito líquido e certo da impetrante à 
adjudicação compulsória e conseqüente consecução do 
contrato dos serviços licitados, eis que ‘o ato administrativo em 
que se basearia seu suposto direito foi considerado nulo, por 
vício insanável, não cabendo, destarte, dele extrair efeitos 
jurídicos a beneficiarem a requerente no que pretende’. 
Mandado de segurança indeferido.” – grifado (Supremo 
Tribunal Federal, Mandado de Segurança nº 23.723/DF, Órgão 
Julgador: Tribunal Pleno, rel. Min. Néri da Silveira, julgado em 
06/03/2002, DJ de 22/03/2002). 
 
No mesmo sentido, o Verbete nº 473 da Súmula do Egrégio Supremo 
Tribunal Federal, segundo o qual “a administração pode anular seus próprios 
atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se 
originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, 
respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a 
apreciação judicial.” 
 
Verifica-se, diante de todo o exposto, que a postura adotada pela 
Administração no caso em análise é aquela que melhor se coaduna com o 
ordenamento jurídico que rege a matéria, não padecendo assim de qualquer vício 
hábil a ensejar provimento judicial em sentido adverso, em face da perfeita 
23 
 
ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO 
PROCURADORIA-REGIONAL DA UNIÃO – 2ª REGIÃO 
congruência que o ato combatido encontra em relação aos princípios constitucionais 
que abarcam a Administração pública. 
 
Ora, ensina o mestre Vicente Greco Filho que: 
 
“O autor, na inicial, afirma certos fatos porque deles pretende 
determinada conseqüência de direito; esses são os fatos 
constitutivos que lhe incumbe provar sob pena de perder a 
demanda. 
A dúvida ou insuficiência de prova quanto a fato constitutivo 
milita contra o autor. 
O juiz julgará o pedido improcedente se o autor não provar 
suficientemente o fato constitutivo de seu direito.” – grifado 
(GRECO FILHO, Vicente. Direito Processual Civil Brasileiro – 
volume 2. São Paulo: Editora Saraiva, 1995, página 185). 
 
Referida argumentação se afigura mais relevante ao se levar em 
consideração que os atos praticados pela parte ré são atos administrativos e, por 
possuírem tal natureza jurídica, gozam da presunção de veracidade e legitimidade, 
que só pode ceder ante a apresentação de prova irrefutável em sentido contrário, de 
modo que a irregularidade alegada imprescinde da produção de prova cabal neste 
sentido, sendo isto ônus do administrado – a parte autora, ora recorrida. 
 
Assim se manifesta a doutrina sobre a presunção de legitimidade dos atos 
da Administração Pública: 
 
“Os atos administrativos, quando editados, trazem em si a 
presunção de legitimidade, ou seja, a presunção de que 
nasceram em conformidade com as devidas normas legais, 
como bem anota DIEZ. Essa característica não depende de lei 
expressa, mas deflui da própria natureza do ato administrativo, 
como ato emanado de agente integrante da estrutura do 
Estado. Vários são os fundamentos dados a essa 
característica. O fundamento precípuo, no entanto, reside na 
circunstância de que se cuida de atos emanados de agentes 
detentores de parcela do Poder Público, imbuídos, como é 
natural, do objetivo de alcançar o interesse público que lhes 
24 
 
ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO 
PROCURADORIA-REGIONAL DA UNIÃO – 2ª REGIÃO 
compete proteger. Desse modo, inconcebível seria admitir que 
não tivessem a aura de legitimidade, permitindo-se que a todo 
momento sofressem algum entrave oposto por pessoas de 
interesses contrários. Por esse motivo é que se há de supor 
que presumivelmente estão em conformidade com a lei. É 
certo que não se trata de presunção absoluta e intocável. A 
hipótese é de presunção iuris tantum (ou relativa), sabido quepode ceder à prova em contrário, no sentido de que o ato não 
se conformou às regras que lhe traçavam as linhas, como se 
supunha” – grifado (CARVALHO FILHO, José dos Santos. 
Manual de Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Editora 
Lumen Juris, 2008, páginas 111 e 112). 
 
Para Juan Carlos Cassagne, ” a presunção de legitimidade constitui um 
princípio do ato administrativo que encontra seu fundamento na presunção de 
validade que acompanha todos os atos estatais” . Para o mesmo autor, se não 
existisse esse princípio, toda a atividade administrativa seria diretamente 
questionável, obstaculizando o cumprimento dos fins públicos, ao antepor um 
interesse individual de natureza privada ao interesse público. 
 
Decorrem os seguintes efeitos da presunção de veracidade: 
 
“– enquanto não decretada a invalidade do ato pela própria 
Administração ou pelo Judiciário, ele produzirá efeitos da 
mesma forma que o ato inválido, devendo ser cumprido; 
- o Judiciário não pode apreciar ex officio a validade do ato; 
III – a presunção de veracidade inverte o ônus da prova.” 
 
Assim, no caso em tela, a parte autora não preenche os requisitos a ensejar 
a tutela jurisdicional, pois não comprovou ter ocorrido qualquer ilegalidade por parte 
da Administração. 
 
CONCLUSÃO 
Pelo exposto, a UNIÃO FEDERAL REQUER: 
 
a) A extinção do processo sem resolução do mérito; 
25 
 
ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO 
PROCURADORIA-REGIONAL DA UNIÃO – 2ª REGIÃO 
b) Que seja julgado totalmente improcedente os pedidos formulados pela parte 
autora, condenando-a aos ônus da sucumbência, especialmente honorários 
advocatícios; e 
c) Alternativamente, em caso de improvável acolhimento do pleito autoral, que a 
condenação não ultrapasse o valor dado à causa. 
 
Protesta a União pela produção de todos os meios de prova admitidos 
em Direito, em especial, juntada das informações prestadas pelo órgão de 
pessoal competente, as quais passarão a figurar como parte integrante da 
presente defesa . 
 
 
Neste Termos, Pede e Espera Deferimento. 
Rio de janeiro 
 
LUIS CLAUDIO MARTINS DE ARAUJO 
Advogado da União 
26

Continue navegando