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VÍRUS DA HEPATITE HEPATITE A • Disseminação pela via fecal-oral • Fontes de infecção: consumo de água, frutos do mar e outros alimentos contaminados • É um vírus não envelopado, com capsídeo icosaédrico e RNA de fita simples • Replicação • Interage especificamente por meio da glicoproteína, com o receptor celular 1 (HAVCR-1) Expressos nas células hepáticas e LT • Não é citolítico e é liberado por exocitose Patogênese • HAV é ingerido penetra na corrente sanguínea pelo revestimento epitelial da orofaringe ou do intestino • Em seguida, atinge seu alvo, as células parenquimatosas do fígado • Vírus se replica nas células de Kupffer e Hepatócitos • Posteriormente é liberado na BILE vai para fezes • Vírus é excretado em GRANDE quantidade nas fezes ocorre cerca de 10 dias antes do aparecimento dos sintomas de icterícia ou da detecção do anticorpo • HAV replica-se lentamente no fígado sem produzir efeitos citopáticos aparentes • IFN limita a replicação viral, no entanto NK e LTCD8 são necessários para a eliminação das células infectadas • Anticorpo, complemento e citotoxicidade celular facilitam a remoção do vírus e a indução da imunopatologia • Quadro de icterícia danos causados ao fígado pelas respostas imunes mediadas por células e anticorpos • HAV não pode iniciar infecção crônica e não está relacionado ao câncer hepático Epidemiologia • Cerca dos 40% dos casos agudos de hepatite são causados por HAV • Maioria das pessoas é contagiosa 10-14 dias antes do aparecimento dos sintomas • 90% das crianças e entre 25-50% dos adultos infectados são portadores de infecções produtivas, mas não aparentes • Transmitido pela via fecal-oral • Dissemina-se por meio de água, alimentos contaminados e mãos sujas • Infecções têm uma maior incidência em más condições de higiene e aglomeração excessiva Síndromes Clínicas • Sintomas resultam do dano hepático mediado pelo sistema imune • Sintomas ocorrem abruptamente 15-50 dias após a exposição • Intensificam-se durante 4-6 dias antes da fase ictérica • Podem durar até dois meses • Sintomas iniciais: febre, fadiga, náuseas, perda de apetite, vômitos e dores abdominais • Urina escura (bilirrubinúria), fezes claras e icterícia podem ser acompanhadas de dor abdominal e prurido* • A disseminação viral nas fezes precede em aproximadamente 14 dias o inicio dos sintomas e é interrompida antes do desaparecimento dos sintomas • A recuperação completa ocorre em 99% dos casos dentro de 2-4 semanas do início da doença* • A hepatite fulminante (por HAV) ocorre em 1-3 pessoas em cada 1.000; TM: 80% Diagnóstico Laboratorial • Realizado com base na duração dos sintomas clínicos e na identificação de uma fonte de infecção conhecida • De uma forma mais confiável, com base nos resultados dos testes sorológicos • Achado de IgM anti-HAV – ELISA Tratamento • É preciso evitar o consumo de água ou alimentos potencialmente contaminados, em especial frutos do mar crus; lavagem das mãos; tratamento de água potável com cloro (para matar o vírus) • Profilaxia com globulina sérica imune – eficácia de 80-90% na prevenção da doença clínica • Vacinas mortas para HAV recomendadas para todas as crianças após completarem 1 ano e adultos com alto risco de infecção* • Adultos com alto risco: viajantes para áreas endêmicas, consumidores de drogas intravenosas e homens homossexuais • Administrada em duas doses, com 6 meses de intervalo HEPATITE B • Vírus de DNA envelopado, fita parcialmente dupla, circular • Partícula de Dane vírion • Infeccioso e capaz de se replicar • Carrega uma proteína quinase, uma polimerase (atividade de transcriptase reversa) e uma proteína P • Estruturas cercadas por um capsídeo icosaédrico formado por: • Antígeno do núcleo do vírus da hepatite B (HBcAg) • Envelope contendo três formas da glicoproteína antígeno de superfície do vírus da hepatite B (HBsAg) • Proteína do antígeno “e” do vírus da hepatite B (HBeAg) • As partículas contendo HBsAg são liberadas no soro dos infectados e superam o número total de vírions • Essas partículas podem ser esféricas ou filamentosas • Não possuem DNA • Inclui 3 glicoproteínas (L, M e S) Replicação • HBV tem tropismo para o fígado • Ligação do HBV aos hepatócitos é mediada por HBsAg • Ao penetrar na célula, o nucleocapsídeo entrega o genoma ao núcleo a cadeia do DNA parcial do genoma é completada formação de um círculo completo de DNA de cadeia dupla transcrição do DNA • Transcrição do DNA produz 4 RNAm RNAm vai para o citoplasma e é traduzido em proteínas • DNA de polaridade negativa é sintetizado pela transcriptase reversa • O núcleo associa-se com membranas do retículo endoplasmático liberado por exocitose, com partículas contendo HBsAg Patogênese e Imunidade (IMPORTANTE!!!) • HBV pode causar a doença aguda ou crônica, sintomática ou assintomática • A determinação de qual doença ocorrerá parece depender da resposta imune do individuo à infecção • Patogênese IMUNIDADE CELULAR ou FORMAÇÃO DE IMUNOCOMPLEXOS • Sintomas podem não ser observados por um período igual ou superior a 45 dias (porque os sintomas são causados pela imunopatologia (LT)) • Resposta insuficiente de LT ocorrência de sintomas leves e desenvolvimento de hepatite crônica • A formação de complexos imunes entre HbsAg e anti-HBS desenvolvimento de reações de hipersensibilidade tipo 3 vasculite, artralgia, erupção cutânea e dano renal Epidemiologia • No mundo, 1 em cada 3 pessoas; com cerca de 1mi de mortes/ano • Mais de 350mi possuem infecção crônica por HBV • Vírus é disseminado por via sexual, parenteral e perinatal • Transmissão ocorre por meio do sangue contaminado e de componentes do sangue por transfusão, compartilhamento de agulhas, acupuntura, piercings ou tatuagem • Pode ocorrer por contato pessoal intimo envolvendo a troca de sêmen, saliva e secreções vaginais (sexo, parto) • Trabalhadores da área de saúde correm risco de acidentes envolvendo picadas de agulhas ou instrumentos afiados • HBV pode ser transmitido aos bebês pelo contato com o sangue da mae durante o parto e pelo leite materno • Grupos de risco • Pessoas de regiões endêmicas (China, partes da África, Alasca,) • Bebês de mães portadoras de hepatite B crônica • Usuários de drogas venosas • Pessoas com vários parceiros sexuais • Hemofílicos e outros pacientes que necessitam de tratamento com transfusão de sangue e derivados de sangue • Profissionais da saúde que tenham contato com sangue • Residentes e auxiliares de instituições para pacientes psiquiátricos • Pacientes de hemodiálise e receptores de transfusões de sangue e de transplante de órgãos Síndromes Clínicas • Infecção por HBV é caracterizada por período longo de incubação e inicio insidioso • Infecção aguda • Febre, mal-estar e anorexia. Seguidos de náuseas, vômitos, desconforto abdominal e calafrios • Sintomas ictéricos clássicos de danos hepáticos aparecem logo depois • Hepatite fulminante 1% dos pacientes ictéricos (pode ser FATAL) • Sintomas mais intensos, dano hepático grave, ascite e sangramento • Infecção por promover reações de hipersensibilidade causadas por imunocomplexos HBsAg e anticorpos erupções cutâneas, poliartrite, febre, vasculite necrosante aguda e glomerulonefrite • Infecção crônica • 5-10% das pessoas portadoras de infecções por HBV • 1/3 possui infecção crônica ativa com destruição continuada do fígado cirrose, insuficiência hepática ou CHP • 2/3 hepatite passiva crônica menos propensos a problemas • Carcinoma hepatocelular primário • 80% de todos os casos de CHP podem ser atribuídos às infecções crônicas por HBV • Genoma do HBV está integrado às células do CHP • É uma das 3 principais causas mais comuns de morte por câncer • HBV pode induzir CHP ao: • Promover reparo hepático e crescimento celular continuados em resposta à inflamação e ao dano aos tecidos • Se integrar no cromossomo do hospedeiro e estimular crescimento de células • Período de latência entre infecçãopor HBV e CHP varia de 9-35 anos Diagnóstico Laboratorial • Diagnóstico inicial pode ser realizado com base nos sintomas e na presença de enzimas hepáticas alteradas • Sorologia descreve o curso e natureza da doença • Antígenos HBsAg e HBeAg são secretados no sangue durante replicação viral • Infecção crônica ou não resolvida pode ser diferenciada pela descoberta continuada de HBeAg, HBsAg ou de ambos • E também pela falta de anticorpo detectável contra esses antígenos • Anticorpos Anti-HBsAg indicam a resolução da infecção ou vacinação Tratamento • Imunoglobulina hepática B administrada dentro de 1 semana da exposição e a bebês RN de mães portadoras de HBsAg, para prevenção da doença • Infecção crônica fármacos direcionados para a polimerase (lamivudina, entecavir, telbivudina, que são inibidores da transcriptase reversa do HIV) ou os análogos de nucleosídeos (adefovir, dipivoxil e famciclovir) • Vacinação pode prevenir CHP* HEPATITE C e G • Seis principais genótipos de HCV diversidade genética e antigênica • Genoma de RNA de polaridade positiva e é envelopado • HCV liga-se a múltiplos receptores da superfície celular expressos em hepatócitos e LB Patogênese • Capacidade em prevenir a morte da célula hospedeira promove infecção persistente , mas resulta em posterior doença hepática • Respostas imunes mediadas por células são necessárias para resolver a infecção, mas também causam danos nos tecidos • Anticorpo para HCV não é protetor • Inflamação por citocinas, reparo continuo do fígado e indução da multiplicação celular, que ocorrem durante a infecção crônica, são fatores para CHP Epidemiologia • Transmitido principalmente por sangue infectado e por via sexual • Alta incidência de infecções assintomáticas cornicas promove a disseminação do vírus na população Síndromes Clínicas • HCV causa três tipos de doença • Hepatite aguda com resolução e recuperação em 15% dos casos • Infecção crônica persistente possível progressão para a doença para 70% dos infectados • Progressão rápida e intensa para cirrose em 15% dos pacientes • Diagnóstico ELISA do anti-HCV ou detecção do genoma no RNA Tratamento • IFN-a recombinante ou IFN peguilado, sozinho ou juntamente com ribavirina • Controle em doadores de sangue órgãos • Indivíduos com HCV não devem dividir itens de higiene pessoal ou agulhas de seringa, praticar sexo seguro e limitar consumo de álcool HEPATITE D • É um parasita viral • Genoma cercado pelo nucleocapsídeo do antígeno delta • Delta é revestido por envelope contendo HBsAg Patogênese • Uma vez que dois agentes sejam transmitidos pelas mesmas vias, uma pessoa pode ser coinfectada com HBV e com agente delta • Uma pessoa com HBV crônica também pode ser superinfectada com o agente delta • A progressão mais rápida e intensa ocorre em portadores de HBV superinfectados com HDV • Replicação do agente delta resulta em citotoxicidade e dano hepático • Anticorpos são elicitados contra o agente delta, mas a proteção é proporcionada pelos anticorpos para HBsAg • Dano ao gifago acontece como resultado do efeito citopático direto do agente delta combinado com a imunopatologia subjacente da doença por HBV Epidemiologia • Causa 40% dos casos de hepatite fulminante • Agente tem distribuição mundial • Infecta cerca de 5% dos portadores de HBV Síndromes Clínicas • Agente delta aumenta a intensidade das infecções por HBV • Hepatite fulminante tem mais probabilidade de se desenvolver em pessoas infectadas com o agente delta • Alteração da função cerebral (encefalopatia hepática), icterícia extensa e necrose hepática • Fatal em 80% dos casos Diagnóstico Laboratorial • Detecção do genoma de RNA, do antígeno delta ou de anticorpos anti-HDV – ELISA • RT-PCR – detecção de genoma do vírion no sangue Tratamento • Não existe tratamento específico • Se uma pessoa já adquiriu o HBV, a infecção com o agente delta pode ser prevenida suspendendo-se o uso intravenoso de drogas ilícitas e evitando-se produtos de sangue contaminado com HDV
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