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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO AlfaCon Concursos Públicos Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 1 ÍNDICE Inquérito Policial IV ............................................................................................................................................2 As diligências do Inquérito – Arts. 6º e 7º do CPP.........................................................................................................2 Requerimentos X Requisições ..........................................................................................................................................2 Vícios do IP .........................................................................................................................................................................3 Indiciamento ......................................................................................................................................................................3 Valor Probatório ................................................................................................................................................................3 Incomunicabilidade ..........................................................................................................................................................3 Prazos Importantes ...........................................................................................................................................................4 AlfaCon Concursos Públicos Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 2 Inquérito Policial IV As diligências do Inquérito – Arts. 6º e 7º do CPP Com relação ao desenrolar do IP, as diligências básicas estão descritas nos Arts. 6º e 7º do CPP. Note que o Art. 6º traz uma ordem bastante lógica do que deve ocorrer diante de um crime – por exemplo: de início, é preciso isolar o local para os trabalhos dos peritos para, somente depois, apreender os objetos relacionados com o fato. Mas é preciso ter atenção, pois há questões que não consideram a ordem. Ademais disto, o ponto que mais é abordado do Art. 6º é seu começo (incs. I/II). É pertinente a sua leitura integral: “Art. 6° Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá: I – dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais; II – apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos crimi- nais; III – colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstân- cias; IV – ouvir o ofendido; V – ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura; VI – proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações; VII – determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias; VIII – ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes; IX – averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter.” Ainda quanto ao Art. 6º, há outra observação importante: existem medidas que cabem aos De- legados, outras aos Agentes, aos Peritos, aos Papiloscopistas e, ainda, outras que são de atribuição primária de Escrivães. Nesse sentido, é preciso que o candidato seja astuto: se sua prova é de Agente, ele deve dar atenção àquilo que é do trabalho do Agente; se for de Escrivão, deve atentar-se ao que é do cargo de Escrivão, pois as atribuições atinentes ao cargo têm maiores probabilidades de serem cobradas pelas Bancas. O Art. 7º é recorrente em concursos. É preciso observá-lo na íntegra: “Art. 7o Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo, a au- toridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública.” Convém dar atenção ao seguinte: a reprodução simulada dos fatos não pode contrariar a morali- dade ou a ordem pública. Requerimentos X Requisições A vítima e o investigado podem requerer diligências à autoridade policial, que as efetivará ou não, logo, há discricionariedade. AlfaCon Concursos Públicos Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 3 Porém, como já é sabido, o Ministério Público e o Juiz requisitam diligências, que o Delegado (para as bancas dos principais concursos) não poderá negar – a requisição não é uma ordem, mas tem status superior ao simples requerimento. Situação que pode confundir o concursando, no momento da prova: há uma situação, recor- rente em concurso, segundo a qual o Delegado não pode negar diligências, mesmo que seja o caso de requerimento de vítima, de modo que há obrigação legal determinando sua realização: se a vítima requerer a confecção de exame de corpo de delito, o Delegado estará obrigado a realizá-lo, pois sempre que a infração deixar vestígios, o exame de corpo de delito será necessário. Vícios do IP É importante salientar que o Inquérito Policial é procedimento administrativo informal, de modo que os vícios perdem força. Isto é bastante lógico: quando temos um procedimento formal, se não respeitarmos a força prevista para ele, tudo vem abaixo. Mas como o Inquérito Policial é informal, não há muito que se falar em vícios. Por isto, a Ação Penal que se origina de Inquérito Policial, ainda que viciado, não é nula – esta questão também é recorrente! Atenção: o IP serve apenas para conferir justa causa à AP – se isto existir, a AP dele decorrente não é viciada, apesar de possíveis vícios no próprio IP. Indiciamento Indiciar é atribuir a alguém a provável autoria de determinada infração penal. Trata-se de mero juízo de probabilidade, pelo qual, dentre o “pool” de suspeitos, a autoridade policial seleciona aquele que é mais provável de ter cometido o crime e para ele direciona as diligên- cias investigativas. Agora, vamos lançar um desafio: encontrar os termos “indiciar” e “indiciamento” no CPP. Eles não estão lá! É isto mesmo. Apesar de ser comum na prática, não há um só artigo a respeito do indi- ciamento. Logo, é preciso saber apenas que é juízo de probabilidade, que não tem momento certo para ocorrer nem modo definido em lei, mas é uma formalidade a ser realizada pela autoridade policial durante o IP. Valor Probatório Todos os possíveis elementos de convicção (elementos de informação ou provas propriamente ditas), no Direito Processual Penal, têm VALOR PROBATÓRIO RELATIVO! Jamais o candidato pode esquecer essa informação! Logo, os elementos de informação colhidos no IP, até mesmo por não sofrerem a incidência de contraditório e ampla defesa, têm valor probatório relativo e não podem, sozinhos, fundamentar a decisão final do Juiz. É exatamente este fato que fundamenta o Art. 155 do CPP: “Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da provaproduzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas.” Incomunicabilidade Ela ainda está no Art. 21 do CPP. Leia-o: “Art. 21. A incomunicabilidade do indiciado dependerá sempre de despacho nos autos e somente será per- mitida quando o interesse da sociedade ou a conveniência da investigação o exigir. Parágrafo único. A incomunicabilidade, que não excederá de três dias, será decretada por despacho AlfaCon Concursos Públicos Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 4 fundamentado do Juiz, a requerimento da autoridade policial, ou do órgão do Ministério Público, respei- tado, em qualquer hipótese, o disposto no artigo 89, inciso III, do Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil (Lei n. 4.215, de 27 de abril de 1963)” A análise atenta desse artigo deve nos levar a uma reflexão: parece constitucional manter alguém incomunicável por três dias? Claro que não! Por isso, para a maior parte da doutrina, tal artigo não foi recepcionado pela CF/88 – de forma que não há motivo para este tema continuar em editais, a não ser o fato de ele estar no CPP ainda. De qualquer forma, se a questão aparecer na “letra seca” da lei, deve-se observar que é necessá- ria a decisão judicial determinando a incomunicabilidade, sempre tomada com base em interesse da sociedade ou conveniência da investigação, não podendo ultrapassar 3 dias e não envolvendo o advogado, que continua a ter direito de acesso ao incomunicável. Porém, se a questão indagar se a medida é constitucional, o candidato não deve ter dúvidas de que a resposta é: NÃO. Prazos Importantes É imprescindível memorizar a tabela a seguir: PREVISÃO INDICIADO PRESO INDICIADO SOLTO Regra geral: Art. 10 do CPP 10 dias contados do momento da prisão 30 dias (pode ser prorrogado “n” vezes) Na Justiça Federal (e PF): Art. 66 da Lei 5010/66 15 (+ 15) O prazo pode ser prorrogado por mais 15 (fundamentadamente) 30 dias – a Lei 5.010 nada fala sobre o prazo de preso solto, razão pela qual se utiliza o prazo geral do CPP (pode ser prorrogado “n” vezes Tráfico: Art. 51 da Lei 11343/06 30 (x2) 90 dias (x2) Lei de Economia Popular 10 dias CPP Militar 20 40 (+20) EXERCÍCIOS 01. No que se refere ao Inquérito Policial, assinale a alternativa correta: a) A incomunicabilidade do preso, decretada durante o IP por conveniência da investigação, abrange o advogado, na medida em que nessa fase não há contraditório e ampla defesa. b) As irregularidades ocorridas durante o inquérito não prejudicam a ação penal posterior. c) O valor probatório das informações e provas colhidas durante o IP, por não se submeterem ao contraditório e a ampla defesa, é nulo. d) Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo, a au- toridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, ainda que esta contrarie a moralidade ou a ordem pública. Julgue o item a seguir: 02. O indiciamento do investigado é ato essencial e indispensável na conclusão do IP. Certo ( ) Errado ( ) 03. De acordo com o Código de Processo Penal, qual o prazo para encerramento do inquérito policial? a) Dez dias, quando o indiciado estiver preso, e vinte dias quando o indiciado estiver solto. b) Dez dias, prorrogáveis por igual período, quando o indiciado estiver preso, e dez dias quando o indiciado estiver solto. c) Vinte dias, prorrogáveis por igual período, quando o indiciado estiver solto, e dez dias AlfaCon Concursos Públicos Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 5 quando o indiciado estiver preso. d) Trinta dias, prorrogáveis, quando o indiciado estiver solto, e, dez dias quando o indiciado estiver preso. e) Sessenta dias quando o indiciado estiver solto, e dez dias quando o indiciado estiver preso. GABARITO 01 – B 02 – ERRADO 03 – D
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