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Kasper Hauser análise e relação com as fases de socialização

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Pontifícia Universidade Católica 
Curso: Direito 
Turma: MG1 
Sala: 319 
Professora: Dora porto 
 
 
 
 
 
 
 
 Pedro Henrique Costa Quiñones 
 RA00276778 
Sociologia Geral 
Comentário Enigma de Kaspar Hauser 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
07 de maio de 2020 
 
 
 
Kaspar Hauser foi um menino que aos 15 ou16 anos, após passar a infância 
inteira trancado em um calabouço, sem contato nenhum com qualquer pessoa, 
foi deixado na cidade de Nuremberg, nesse momento Kaspar não sabia nem 
falar nem andar direito, sabendo pronunciar apenas 2 frases, as quais ele não 
compreendia o significado. Após isso, Kaspar Hauser passou a viver com uma 
família, a qual havia algumas crianças que interagiam com ele, iniciando seu 
processo de socialização em sua fase primária, nisso Kaspar começa a aprender 
as primeiras palavras e conviver ao lado de pessoas, aprendendo, assim, alguns 
comportamentos da sociedade, todavia, ele ainda apresentava muita dificuldade 
em entender determinados conceitos e ideias. Deste modo, certa vez, ao ver o 
fogo, Kasper toca-o, queimando seu dedo, porém sua reação é de chorar, ele 
não grita nem fala, apenas chora, o que é uma reação incomum, mostrando que 
esse ainda não compreende o conceito de chorar, isso é apenas uma reação 
alerta para mostrar que algo está errado. 
Mais tarde, Kaspar é levado para um circo, onde ele era visto como uma atração, 
após ficar lá por algum tempo, esse é adotado por um professor, o qual passa a 
cuidá-lo. É neste ponto que Kaspar começa o real aprendizado da linguagem e 
de fato começa a ser inserido na sociedade, a partir dai ele desenvolve muito 
seu aprendizado, aprendendo a se comunicar e conseguindo manter diálogos, 
começa a entender e usar a lógica em certas questões (perceptível quando, ao 
receber uma visita de um professor, questionado sobre um problema lógico, 
Kasper consegue responde-lo, e apesar da resposta não ser como esperada, ela 
não estava errada, mostrando ,assim, a utilização da lógica). Ademais, Kasper 
passa a conseguir diferenciar o sonho da realidade, o que é algo que ele não 
conseguia distinguir antes, o que ilustra o desenvolvimento de suas funções 
psicológicas superiores. 
Em certo momento do filme, Kaspar, ao confabular com 2 padres, é questionado 
sobre a existência de deus e se sua crença em deus que haveria o ajudado a 
suportar o confinamento, todavia, Kaspar responde que não pensava antes, isso 
pois não tinha conhecimento das coisas, evidenciando seu progresso quanto ao 
aprendizado, raciocínio e comunicação na sociedade. Logo, conclui-se que sua 
introdução na sociedade resultou no desenvolvimento de sua identidade, 
passando a se portar e agir de forma mais próxima ao homem comum, fixando 
alguns costumes e regras, concluindo que Kaspar havia atingido um 
considerável progresso no processo de socialização primária. 
No entanto, em outra cena, Kasper diz que havia começado a formular uma 
história, todavia, sabia apenas o começo dela, constatando que apesar de seu 
desenvolvimento, ainda lhe-faltava experiências para concluir toda a história. 
Deste modo, pode-se afirmar que por Kasper ter tido sua etapa primária de 
socialização afetada, a qual é essencial na formação do caráter do indivíduo, 
isso deixou muitas máculas em seu comportamento, afetando, assim, seu 
processo de socialização secundária, no qual após possuir personalidade 
formada, o indivíduo adquire seu papel social. Já a socialização terciária, esta, 
Kaspar Hauser não chegou nem perto de desenvolver, uma vez que ocorre na 
velhice e em pessoa com valores e aprendizados bastante desenvolvidos, deste 
modo ocorrendo uma dissociação desses, o que acaba por resultar em uma nova 
ressocialização.

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