Buscar

ATIVIDADE 1 - INTRODUÃ_Ã_O Ã_ PATOLOGIA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA 
DISCIPLINA PATOLOGIA GERAL 
DOCENTE: CARLOS EDUARDO BASTOS 
 
Introdução à Patologia 
 
 
O Perigo Dissimulado da Intoxicação Alimentar 
 
 
A maioria das pessoas pensa que as 
doenças transmitidas por alimentos se 
resumem a alguns dias desagradáveis 
com febre e diarreia. Mas, em alguns 
casos, pode haver consequências 
permanentes 
Maryn McKenna 
 
 
Colette Dziadul levou anos para entender o problema que sua filha tinha nas articulações. 
Desde que começara a andar, Dana, hoje com 14 anos, queixava-se de dores nos joelhos e 
tornozelos. A menina não conseguia dormir, acordava os pais para pedir analgésicos e não podia 
participar das atividades físicas na escola. O diagnóstico de dois pediatras e um ortopedista foi 
“dores de crescimento” que desapareceriam com o tempo. 
Então, quando a garota estava com 11 anos, Colette participou de um estudo sobre 
doenças transmitidas por alimentos. O questionário veio de uma entidade chamada Safe Tables 
Our Priority (atualmente STOP Foodborne Illness), que fazia um levantamento com 
sobreviventes de surtos epidêmicos em busca dos pormenores da recuperação. Aos 3 anos, 
Dana, uma das 50 pessoas infectadas por salmonela após a ingestão de melão contaminado, 
havia passado duas semanas em um hospital. A pesquisa incluía uma lista de complicações, 
entre as quais se encontravam sintomas de um tipo de dano nas articulações denominado artrite 
reativa. 
Estupefata, Colette levou a filha a um reumatologista e ele confirmou que não havia outra 
explicação para a causa das dores da menina. Em seguida, a mãe reexaminou os registros 
médicos da criança. No décimo dia da internação, uma enfermeira anotou que a paciente 
mancava e se queixava de dores nas articulações. Teriam sido aqueles os primeiros sintomas 
da doença que começava a se desenvolver à medida que o organismo reagia à infecção? 
“Jamais imaginei que pudesse haver uma relação entre salmonela e artrite”, relata Collete. “Nem 
eu, nem a maioria dos médicos.” 
É assustadora a ideia de que uma intoxicação alimentar, que pensamos durar apenas 
alguns dias, possa ter consequências permanentes. Sempre se acreditou que a incidência 
dessas sequelas fosse baixa, mas poucos pesquisadores haviam se debruçado sobre a questão 
até pouco tempo atrás. Os resultados de estudos recentes de vários grupos científicos, no 
entanto, parecem indicar que essas complicações são mais frequentes que se pensava. 
 
UM PROBLEMA COMUM? 
As doenças transmitidas por alimentos são uma gravíssima questão de saúde pública, 
mesmo levando-se em conta apenas os episódios agudos iniciais. Anualmente nos Estados 
Unidos há 48 milhões de casos, 128 mil internações e 3 mil óbitos relacionados a elas segundo 
estimativa feita em 2011 pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDCs, na sigla 
em inglês). (O Brasil não dispõe de estatísticas nesta área.) Já na União Europeia, houve 48.964 
ocorrências e 46 casos fatais em 2009, o último ano pesquisado. De acordo com dados do 
Serviço de Pesquisas Econômicas do Ministério da Agricultura americano, as bactérias por si 
sós já acarretam um custo de pelo menos US$ 6,7 bilhões, considerando a assistência médica, 
mortes prematuras e perda de produtividade. Mas os pesquisadores que acompanham os efeitos 
crônicos dessas enfermidades afirmam que a conta é, na verdade, bem maior. 
“As pessoas não compreendem as consequências como um todo das doenças 
transmitidas por alimentos”, lamenta Kirk Smith, da secretaria da Saúde do estado de Minnesota, 
que permite a seus profissionais atuar em todo o país. “Acham que, depois de alguns dias, a 
diarreia passa e acabou. Não entendem que há toda uma série de sequelas crônicas. Embora 
nenhuma seja comum em separado, o conjunto delas é importante.” 
As complicações de longo prazo não se limitam aos doentes submetidos a internação 
hospitalar, como no caso de Dana, tendo sido observadas em pessoas que, aparentemente, 
haviam tido apenas episódios leves de febre, vômito e diarreia. Entre elas estão artrite reativa, 
afecções do trato urinário e danos oculares após infecções por salmonela e Shigella; síndrome 
de Guillain-Barré e colite ulcerativa (um tipo de inflamação intestinal crônica) depois de 
contaminação por Campylobacter; e insuficiência renal e diabetes como consequência de 
intoxicações causadas por Escherichia coli O157:H7. Trata-se de organismos muito comuns: a 
fiscalização federal já os identificou em carne, leite, aves, ovos, frutos do mar, frutas, verduras e 
legumes e até mesmo alimentos processados. 
À medida que estudam os dados sobre surtos de enfermidades transmitidas por 
alimentos, os pesquisadores não só confirmam a ocorrência dessas sequelas como também 
aumentam a lista delas. Um levantamento realizado com 101.855 habitantes da Suécia 
contaminados entre 1997 e 2004 revelou, por exemplo, uma incidência acima do normal de 
aneurisma aórtico, colite ulcerativa e artrite reativa. Durante a revisão de um amplo banco de 
dados de províncias australianas sobre saúde observou-se que a probabilidade de desenvolver 
colite ulcerativa ou doença de Crohn (uma enfermidade crônica intestinal) é 57% mais alta entre 
pessoas que tenham contraído infecções gastrointestinais de causa bacteriana que entre outros 
nascidos no mesmo local e na mesma época. Vários anos após um surto ocorrido em 2005 na 
Espanha, 65% das 248 vítimas relataram sofrer de dores ou rigidez nas articulações ou nos 
músculos, em comparação a 24% no grupo de controle, que não havia sido infectado. 
Até hoje realizaram-se poucas pesquisas abrangentes nos Estados Unidos. Em geral, o 
objetivo da investigação de problemas relacionados a alimentos sempre foi encontrar e 
entrevistar pessoas afetadas durante os surtos, explica Smith. Como a fase aguda dura, no 
máximo, cerca de duas semanas, nunca houve preocupação em realizar a difícil tarefa de, após 
esse período, seguir o cotidiano dos pacientes, que podem consultar vários médicos e, até 
mesmo, mudar de estado diversas vezes. 
Um dos estudos americanos, publicado em 2008, acompanhou vítimas nos estados de 
Minnesota e Oregon entre 2002 e 2004. Os pesquisadores definiram as pessoas a contatar com 
base nos registros para um projeto denominado Foodborne Diseases Active Surveillance 
Network (Rede de Vigilância Ativa de Doenças Transmitidas por Alimentos) (FoodNet), que reúne 
relatos de infecções por dez agentes distintos e confirmadas em exames laboratoriais. Dos 4.468 
participantes, 575 (13%) apresentaram sintomas posteriores que correspondiam aos da artrite 
reativa, ainda que a maioria houvesse tido o diagnóstico de um especialista. 
Talvez o vínculo entre as enfermidades em questão e as complicações de longo prazo 
não passe de coincidência. Ainda assim, trata-se de uma possibilidade remota segundo os 
defensores da referida ligação, que, na verdade, poderia ser comprovada de maneira mais 
eficiente se houvesse uma identificação das vítimas já no aparecimento dos primeiros sintomas 
e um acompanhamento posterior durante anos, no que se denomina estudo prospectivo. Uma 
das poucas pesquisas desse tipo em todo o mundo (e a única na América do Norte) foi concluída 
há pouco, com resultados impressionantes e convincentes. 
Em maio de 2000 houve uma contaminação da água potável de Walkerton, na província 
canadense de Ontário, por E. coli O157:H7 após fortes chuvas que transportaram esterco de 
fazendas das cercanias para o aquífero local. Mais de 2.300 pessoas, cerca de metade da 
população da cidade, tiveram febre e diarreia em seguida. Em 2002, o governo provincial 
financiou um estudo para avaliar quaisquer efeitos de longo prazo entre as vítimas. Os resultados 
foram publicados em 2010. Em comparação com os habitantes nos quais a infecção foi leve, os 
que tiveram diarreia por vários dias durante o surto apresentavam uma probabilidade 33% maior 
de desenvolver hipertensão, além de um risco 210% mais alto de ter infarto agudo do miocárdio 
ou AVC e 340% mais elevadode sofrer afecções renais nos oito anos pesquisados. 
Mas essas complicações não se limitaram aos indivíduos mais afetados pela 
enfermidade causada pela bactéria. Houve casos de problemas circulatórios (cuja relação com 
esse microrganismo não teria sido estabelecida sem o acompanhamento prospectivo) mesmo 
entre os que relataram apenas sintomas mais leves. Para William F. Clark, coordenador do 
estudo e professor de nefrologia da University of Western Ontario, essa descoberta indica a 
possibilidade de serem muito frequentes os efeitos de aparecimento tardio da infecção por E. 
coli. Assim, o pesquisador recomenda que pessoas que tenham tido essa doença meçam a 
pressão anualmente e se submetam a um exame das funções renais a cada dois ou três anos. 
Como a questão foi muito pouco investigada a maioria das complicações veio à tona 
graças à atuação de grupos de defesa de pacientes, cujos relatos formaram a base do 
levantamento da STOP de que participou Colette Dziadul. Em 2009 foi publicado o guia da 
entidade sem fins lucrativos Center for Foodborne Illness Research and Prevention [Centro de 
Pesquisa e Prevenção de Doenças Transmitidas por Alimentos], que desenterrou da literatura 
médica estudos já esquecidos sobre sequelas permanentes. 
Atualmente essa organização conta com uma verba da agência de vigilância sanitária 
americana para uma pesquisa sobre a melhor maneira de estudar a frequência dos efeitos 
permanentes posteriores. As pessoas envolvidas com a questão das doenças transmitidas por 
alimentos reivindicam o desenvolvimento, pelos órgãos de saúde pública, de sistemas mais 
eficientes para identificação e acompanhamento das vítimas, que, como também defende Clark, 
deveriam passar a receber tratamento preventivo assim que possível. 
“Queremos dimensionar com precisão o ônus da doença porque é nisso que as 
autoridades se baseiam para determinar as prioridades de saúde pública”, explica Barbara 
Kowalcyk, cofundadora do centro. “Enquanto nos concentrarmos apenas na fase aguda e não 
nas complicações de longo prazo, estaremos subestimando o problema.” 
 
 
Artigo disponível no site da Scientific American Brasil 
(http://www2.uol.com.br/sciam/artigos/o_perigo_dissimulado_da_intoxicacao_alimentar.html) 
 
QUESTÕES 
 
1) A Etiologia é uma importante área da Patologia. No texto, destaca-se um 
importante fator etiológico. Qual e como podemos classifica-lo? 
 
2) Conceituar saúde, por um bom tempo, foi um desafio no estudo da Medicina. De 
acordo com a Organização Mundial da Saúde, como podemos defini-la? 
 
3) A Patologia Geral estuda os aspectos comuns às diferentes doenças no que se 
referem às suas causas, mecanismos patogênicos, lesões estruturais e alterações 
da função. Caracterize as suas partes: 
a) Etiologia 
b) Patogênese (Patogenia) 
c) Lesões 
d) Fisiopatologia 
 
4) Explique a propriedade de adaptação. 
 
5) Utilizando os conceitos de Patologia, diferencie saúde e doença, aplicando o 
conceito de adaptação. 
 
6) Como podemos classificar os fatores etiológicos? 
 
7) A Medicina e a Patologia, às vezes, são erroneamente confundidas. Quais as 
diferenças entre essas duas áreas? 
 
 
 
http://www2.uol.com.br/sciam/artigos/o_perigo_dissimulado_da_intoxicacao_alimentar.html
A colposcopia é um exame que faz parte do rastreamento de câncer de colo do útero, 
juntamente com teste de Papanicolau e/ou testes específicos para detecção do HPV (Papiloma 
Vírus Humano). Em geral é um exame para complementar os demais, uma parte importante da 
prevenção que visa diagnosticar lesões que antecedem o câncer e assim evitar o câncer 
cervical. Se os resultados do teste de rastreamento são anormais, como a citologia do colo do 
útero ou exame de Papanicolau, são necessários mais testes para confirmar o resultado e 
determinar a gravidade da alteração. O exame de Papanicolau pode ser anormal por conta de 
infecções genitais em geral, neste caso pode ser realizado o tratamento indicado pela 
ginecologista e repetir a citologia. Quando o exame de Papanicolau sugere alterações 
sugestivas de infecção pelo HPV, geralmente é indicada a colposcopia, com biópsia, se 
necessário. 
 
8) Segundo o texto acima, marque a alternativa correta: 
(a) No fragmento do texto acima, está destacada a patogenia do câncer de colo de 
útero. 
(b) O HPV representa um agente etiológico extrínseco biológico. 
(c) As lesões representam as alterações funcionais em um tecido atingido por um 
agente etiológico. 
(d) O exame de Papanicolau representa uma parte importante na necropsia. 
(e) As biopsias incisionais são aquelas onde é retirada uma parte da lesão para 
análise.

Continue navegando