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PROFª. ANNA CLAUDIA AQUINO DOS SANTOS PELA ECONOMIA UNIDADE I - FUNDAMENTOS DE ECONOMIA Bem vindo ao estudo da disciplina de Economia. Nosso objetivo é oferecer a você ferramentas que o capacite a analisar e compreender o ambiente econômico em que as empresas estão inseridas. Caro aluno, • Identificar as principais características acerca do funcionamento das economias de mercado em um sistema capitalista; • Compreender os conceitos introdutórios ao estudo da economia. OBJETIVOS DA UNIDADE Vamos iniciar nossos estudos com uma suposição: Imagine se uma máquina do tempo pudesse transportar um brasileiro do período colonial aos dias de hoje. Em sua opinião, com o que esse viajante do tempo mais se surpreenderia? Introdução Certamente, ele ficaria impressionado com a quantidade, variedade e diversidade de bens e serviços que podemos adquirir, concorda? Observando toda a “riqueza” do mundo atual, o viajante poderia se perguntar: “Como posso ter parte disso? E minha sociedade?” Para compreender melhor, leia o texto nº 01: “O que é economia?” A resposta é que, para chegar a esse tipo de prosperidade, é preciso um sistema que funcione bem para coordenar as atividades produtivas, ou seja, as atividades que criam os bens e serviços que as pessoas desejam e que os fazem chegar àqueles que os querem. É esse tipo de sistema que temos em mente quando falamos de Economia. Para iniciar nossos estudos, então, apresentaremos alguns conceitos importantes que permitem compreender a dinâmica de uma economia de mercado. Assim, não ficaremos tão espantados quanto o viajante do tempo... Atenção: é importante a leitura do texto nº 02: “A Economia de Mercado” Ao longo da história, as relações econômicas tornaram- se cada vez mais complexas. Para entendê-las, vamos fazer uma breve comparação entre uma sociedade que podemos denominar pretérita (ou passada) e outra, conhecida como moderna e capitalista. A Economia de Mercado Essa comparação é fundamental à medida que se evidenciam importantes diferenças entre esses dois momentos no tempo. Nossa análise parte da seguinte afirmação: “Na sociedade pretérita, a produção tinha um objetivo diretamente vinculado à satisfação de uma necessidade, para o consumo (alimentos, vestuário, etc.), para a guerra ou caça (armas) ou para auxiliar o homem na própria produção (anzóis para pesca, arado para agricultura, ferramenta para manufatura, etc.). Na sociedade moderna e capitalista, o ato de produzir está desvinculado do ato de consumir. Os empresários produzem algo para ganhar (lucro), com o que podem consumir e investir. Os trabalhadores ganham seus salários, fundamentalmente, para poder comprar o que necessitam consumir” (Cano, 1998, p.19). Podemos traçar um paralelo entre esses dois momentos históricos, a sociedade pretérita e a atual, o que nos permitirá compreender melhor o complexo sistema capitalista e suas relações econômicas de produção e consumo. Vejamos, então, suas principais características e diferenças. Necessidades humanas básicas/limitadas. Produção para o próprio consumo: visa a sobrevivência. O ato de produzir era simples: o mesmo homem praticava todos os atos indispensáveis à satisfação de suas necessidades. Coincidência espaço-temporal entre o ato de produzir e o ato de consumir. Sociedade passada Essa sociedade também pode ser chamada de primitiva, na medida em que, naquela época, o homem vivia de maneira simples e todos os seus atos limitavam-se ao objetivo de sobreviver em seu ambiente. Ou seja, suas necessidades eram básicas e limitadas ao objetivo da sobrevivência. O ato de produzir era extremamente simples e voltado apenas para a subsistência do produtor e de sua família, sem qualquer perspectiva de ganho. Dessa forma, o mesmo homem era capaz de praticar todos os atos indispensáveis à satisfação de sua necessidade. Vejamos um exemplo: a satisfação da necessidade humana de vestir-se, que é uma necessidade básica. Na sociedade passada, o próprio homem criava o carneiro, extraía-lhe a lã, fiava, tecia, confeccionava sua roupa e vestia. Ou seja, ele realizava todos os atos fundamentais à satisfação da necessidade de vestir-se, desde a extração da matéria-prima até o consumo. Assim, é possível perceber que o homem era o responsável direto pela satisfação de suas necessidades. Estamos retratando a época da chamada “economia de escambo”, em que não se desejava nada além do mínimo necessário à sobrevivência. Não havia perspectiva de ganho ou lucro com o ato de produzir e se, por acaso, algo excedesse a esse mínimo, trocava-se por algo que não houvesse em quantidade suficiente para atender às necessidades básicas da família. Pode-se afirmar que, na sociedade passada, o ato de produzir e o ato de consumir estavam diretamente ligados no tempo e no espaço. Produzia-se para o próprio consumo e, desta forma, o local de produção e de consumo coincidiam. Vejamos como isso ocorre na sociedade moderna e capitalista. Necessidades humanas ilimitadas/sofisticadas. Produção para o mercado: visa o lucro. O ato de produzir é complexo: está dividido em diversas etapas, desde a extração da matéria- prima até que o produto chegue às mãos do consumidor final. Separação espaço-temporal entre o ato de produzir e o ato de consumir. Sociedade moderna e capitalista Na sociedade atual, as necessidades humanas se tornaram ilimitadas e vêm se sofisticando ao longo do tempo. Uma história de avanços tecnológicos, de grandes descobertas, de “revoluções”, como as Revoluções Agrícola e Industrial e das chamadas Tecnologias da Informação e da Comunicação, alteraram o perfil das necessidades humanas, de modo que o ser humano passou a desejar muito além do mínimo necessário para sua sobrevivência. Por exemplo, uma pessoa inicialmente deseja ter sua casa própria. Depois de satisfeita essa necessidade, passa a desejar uma casa de praia ou de campo. Ou, então, primeiro deseja um aparelho de televisão na sala, depois no quarto do casal, depois no quarto das crianças. Um carro para si, depois para sua esposa, depois para os filhos. E como não falar do celular? A cada dia novos aparelhos, com novas funções. E o computador? Como diz o ditado: “quanto mais se tem, mais se quer”. Nessa nova realidade, a produção não é mais tão simples como no passado. O homem não dá mais conta de fabricar tudo o que precisa e nem mesmo de praticar todas as etapas do processo de produção daquilo que deseja possuir. Voltemos ao nosso exemplo: a necessidade humana de vestir-se. Iremos verificar como o ato de satisfazer a necessidade de vestuário se torna complexo. O processo de fabricação da roupa passa por diversas etapas realizadas por agentes econômicos distintos, ao longo de uma cadeia produtiva, até que o produto chegue às mãos do consumidor final. Em cada etapa da cadeia produtiva, agrega-se valor ao produto que está sendo fabricado. Enfim, não somos capazes de produzir tudo o que necessitamos; não só a nossa roupa, mas também a nossa alimentação, moradia, etc. E assim, ao longo do tempo e das mudanças que a sociedade capitalista vivencia, o ato de produzir se torna cada vez mais complexo, distanciando-se, no tempo e no espaço, do atode consumir. E o homem percebe que precisa “ganhar dinheiro” para adquirir os bens e serviços que irão satisfazer suas necessidades e de sua família. Para tanto precisa se empregar ou organizar a atividade produtiva e se tornar empregador. Não estamos mais em uma “economia de escambo” e, sim, em uma economia de mercado, capitalista, monetária, cuja produção está voltada para o mercado consumidor e não mais para o auto-consumo. E o principal: tem o lucro como objetivo! O ato de produzir se torna complexo, dividido em diferentes etapas ao longo de uma cadeia produtiva, que envolve atividades distintas e agentes econômicos distintos, especializados em sua tarefa/função no processo produtivo. Assim, ganha cada vez mais importância a distribuição da produção no mercado. Os consumidores irão satisfazer suas necessidades humanas (que são ilimitadas e tendem a se sofisticar cada vez mais) no mercado. É preciso trabalhar e obter um salário que irá compor a renda necessária para adquirirmos o que desejamos no momento e tudo mais o que possamos desejar no futuro. É nesse sentido que se afirma que “na sociedade moderna e capitalista, o ato de produzir está desvinculado do ato de consumir’. Isso não significa que a produção não esteja voltada para o consumo, muito pelo contrário, o mercado consumidor ganha cada vez mais força e espaço em uma sociedade capitalista, especialmente o consumo de massa. E assim, o consumismo assolou o planeta. A mídia tem importante contribuição para o processo em que o supérfluo se mistura e se confunde com o essencial, criando novas necessidades na mente do consumidor. As facilidades de acesso ao crédito e ao financiamento também cumprem importante papel, na medida em que viabilizam a aquisição de bens e serviços por parte daqueles que não têm os recursos suficientes para obtê-los. O que se pretende deixar claro é a complexidade do ato de produzir na sociedade atual, portanto, do próprio sistema capitalista, que tem como motor, a acumulação de capital, ou seja, a busca incessante de lucro. Assim, o complexo ato de produção pode ser entendido como sendo “a execução de atividades que tenham como finalidade a satisfação das necessidades por meio da troca”. Como vimos, na sociedade moderna e capitalista, a satisfação das necessidades obriga seus membros a se ocuparem de determinadas atividades produtivas. Por meio dessas atividades, produzem os bens e serviços de que necessitam e que, posteriormente, serão distribuídos para consumo entre os membros da sociedade. Fundamentos de Economia Entende-se por necessidade humana a sensação da falta de alguma coisa unida ao desejo de satisfazê-la. Se pedirmos para qualquer pessoa uma lista do que ela desejaria ter ou ser, a extensão da lista ficaria além da nossa compreensão e cresceria dia a dia: não há limite à variedade e ao número das necessidades humanas. Por essa razão é que os economistas dizem que as necessidades humanas são ilimitadas. Além disso, as necessidades biológicas do ser humano renovam-se dia a dia, exigindo a produção contínua de bens e serviços com a finalidade de atendê-las. Por outro lado, a perspectiva de elevação do padrão de vida e a evolução tecnológica fazem com que “novas” necessidades apareçam a cada dia, crescentemente diversificadas e sofisticadas. Os agentes econômicos – famílias, empresas e o setor público (governo) – são os responsáveis pela atividade econômica, que se concretiza na ampla gama de bens e serviços que se destinam à satisfação das necessidades humanas. Os homens, mediante sua capacidade de trabalho, são os organizadores e os executores da produção. E para produzir os bens e serviços existem alguns elementos considerados básicos, fundamentais e imprescindíveis para que o processo produtivo ocorra. Esses elementos são chamados de recursos produtivos ou fatores de produção. Os recursos ou fatores de produção, necessários ao processo produtivo, são: Recursos naturais, trabalho e capital • Recursos naturais: são os insumos proporcionados pela natureza, como terra, rios e depósitos minerais. • Trabalho ou mão-de-obra: todo esforço humano, físico ou mental, despendido na produção de bens e serviços. • Capital: conjunto de bens fabricados pelo homem e que não se destinam à satisfação das necessidades através do consumo, mas que são utilizados no processo de produção de outros bens. Ex: ferramentas, máquinas, computadores, usinas, estradas de ferro, instalações fabris, mobiliários de escritório e todos os tipos de equipamentos utilizados na fabricação de outros bens. Para satisfazer as necessidades humanas que, são ilimitadas, precisaríamos de um conjunto infinitamente grande de recursos produtivos. Entretanto, essa quantidade não existe. Os recursos produtivos apresentam como característica básica o fato de serem limitados ou escassos, ou seja, não existem em quantidade suficiente para produzir todos os bens e serviços desejados pela sociedade. O que significa dizer que estão disponíveis em quantidades limitadas. Os recursos naturais, tais como recursos petrolíferos, terras adequadas para agricultura, não existem em quantidades ilimitadas. Por essa razão, até mesmo as nações mais ricas sofrem a limitação de seus recursos naturais. Da mesma forma, em dado período de tempo, a quantidade de capital disponível para a produção também é limitada pelo número de máquinas, tratores, usinas, fábricas, etc... E até mesmo o trabalho, que pode ser considerado o fator mais abundante, está limitado pelo número e, principalmente, pela qualidade das pessoas disponíveis para esta atividade. Sendo assim, em qualquer sociedade, seja ela rica ou pobre, desenvolvida, subdesenvolvida ou em desenvolvimento, os recursos ou fatores de produção são escassos. Contudo, as necessidades humanas são ilimitadas e sempre se renovam. Tal constatação constitui um problema de disparidade entre os desejos humanos e os meios disponíveis para satisfazê-los. Assim, o fato real que a economia enfrenta, em qualquer sociedade, é que os desejos humanos não podem ser plenamente satisfeitos. Eis que surge um paradoxo: Se, por um lado, as necessidades humanas são ilimitadas, por outro, os recursos ou fatores de produção necessários para produzir os bens e serviços que irão satisfazer as necessidades são limitados. Qual problema resulta desse paradoxo? Não é possível produzir em quantidades ilimitadas tudo aquilo que irá atender aos desejos e às necessidades humanas. Estamos, portanto, diante de um conflito: Necessidades humanas ilimitadas X Recursos produtivos escassos A escassez é um problema de disparidade entre os desejos humanos (que são ilimitados) e os meios disponíveis para satisfazê-los (que são escassos) e constitui o problema econômico fundamental que a teoria econômica procura solucionar. ESCASSEZ e NECESSIDADES HUMANAS constituem a razão de ser da Ciência Econômica, que estuda como o indivíduo e a sociedade administram recursos produtivos escassos com objetivo de produzir os bens e serviços que serão distribuídos entreos vários membros da sociedade a fim de satisfazer as necessidades humanas. Ou seja, a Economia estuda a forma com que os indivíduos fazem suas escolhas e tomam suas decisões para que os recursos produtivos disponíveis, sempre escassos, possam contribuir para a satisfação das necessidades humanas. O estudo da ciência econômica, portanto, tem como objetivo analisar os problemas da economia e fornecer soluções para resolvê-los, de forma a melhora nossa qualidade de vida. O objeto de estudo da ciência econômica, então, é a escassez, buscando solucionar o conflito estabelecido entre as necessidades ilimitadas e os recursos produtivos limitados, de modo que estes sejam empregados da maneira mais eficiente possível. A leitura do texto nº 03 é importantíssima para melhor assimilação do conteúdo! Para tanto, conhecer a disponibilidade e a potencialidade desses recursos, torná-los efetivamente aplicáveis ao processo produtivo, minimizar o desperdício, promover uma adequada distribuição entre todos os participantes do processo de geração de bens e serviços de que a sociedade irá usufruir, como resultado da atividade econômica, são tarefas cruciais para uma tomada de decisão eficiente. Percebe-se que a economia é vital para os negócios! Estudar Economia é estudar o processo de tomada de decisão em um ambiente de ESCASSEZ. Em um mundo onde há escassez, é preciso fazer ESCOLHAS. E qualquer escolha que se faça implica necessariamente na renúncia às demais alternativas disponíveis. Essa renúncia representa um custo, que é um dos conceitos mais importantes da Economia: o custo de oportunidade. Um princípio fundamental a ser considerado no processo de tomada de decisão é o fato de que o verdadeiro custo de algo é igual a tudo aquilo a que você abre mão para obtê-lo. Este é o verdadeiro custo que deve ser avaliado, mensurado no processo decisório: tudo o que você renuncia, ou seja, as oportunidades sacrificadas em prol da sua escolha. Custo de Oportunidade Por exemplo, pense na escolha de fazer um curso de graduação. Qual o verdadeiro custo associado a essa escolha e que deve ser considerado no momento da decisão? O verdadeiro custo associado a essa escolha é o custo de oportunidade. Ou seja, não é o valor da mensalidade que você irá pagar à Instituição de ensino. E, sim, todos os outros usos que você poderia dar ao seu dinheiro: uma viagem, um automóvel, um apartamento... Sem falar no tempo que você deixará de estar com sua família, o lazer que não poderá desfrutar...tudo isso deve ser avaliado e não apenas considerar se o valor da mensalidade “cabe no seu orçamento”...caso você não leve em consideração tudo o mais que poderia fazer com seu dinheiro e seu tempo, corre o risco de se arrepender de sua escolha... Portanto, lembre-se: para uma tomada de decisão eficiente, é preciso considerar/avaliar as oportunidades sacrificadas em prol de sua escolha. A escassez de recursos ou fatores de produção, associada aos ilimitados desejos humanos, implica a necessidade de se fazer escolhas sobre: O quê produzir? Quanto produzir? Como produzir? Para quem produzir? Problemas Econômicos Fundamentais O quê e quanto produzir? – quais produtos deverão ser produzidos e as respectivas quantidades. Como produzir? – que métodos ou recursos de produção deverão se empregados para a obtenção de um determinado bem ou serviço. Para quem produzir? – quem ou quais setores serão beneficiados pelos resultados da produção, qual será o público-alvo. Assim, cada questão de economia implica em indivíduos que decidem sobre o que fazer e o que não fazer. http://www.youtube.com/watch?v=kxOvtIpnqA4 Por exemplo: entre num grande supermercado; há milhares de produtos diferentes à disposição e é impossível que você tenha condições de comprar tudo o que deseja. Dadas as limitações de seu orçamento e até mesmo de seu espaço físico em casa, você deve escolher qual produto comprar e qual deixar na prateleira. O fato de aqueles produtos estarem na prateleira também envolve escolhas: os produtores decidiram produzi-los e o gerente escolheu colocá-los lá. Bem, você já deve estar se perguntando: e o viajante do tempo, será que ficou satisfeito com toda essa explicação a respeito de nossa economia? E se ele quisesse cumprimentar o responsável por tamanha “prosperidade” em nossa sociedade moderna e capitalista? A quem ele deveria procurar? O que você acha? A questão é que...não há responsável... Os países do mundo capitalista têm uma economia de mercado, em que a produção e o consumo são o resultado de decisões descentralizadas das empresas e dos indivíduos. Não há autoridade ou órgão central responsável pelas escolhas da sociedade, dizendo às pessoas o que produzir, para onde transportar, o que consumir e aonde consumir. Não vivemos em economias de comando, planificadas ou estatizadas. Nas economias de mercado, os agentes econômicos tomam suas decisões individualmente e agem em busca de seu interesse próprio. Cada produtor individual faz o que acredita ser mais lucrativo; cada consumidor, por sua vez, compra o que escolhe, o que julga que irá lhe trazer a maior satisfação. Para entender melhor o funcionamento da economia, vamos observar as relações que se estabelecem entre os agentes econômicos. E, para tanto, vamos utilizar o diagrama do fluxo circular, que nos permite uma visão simplificada do funcionamento da economia ao evidenciar as transações que se estabelecem entre os agentes econômicos. Fluxo Circular da Economia Agentes econômicos são pessoas de natureza física ou jurídica que, por meio de suas ações, contribuem para o funcionamento do sistema econômico: Famílias Empresas Governo As famílias incluem todos os indivíduos e unidades familiares da economia e que, no papel de consumidores, adquirem os mais diversos tipos de bens e serviços, objetivando o atendimento de suas necessidades. As famílias também são as detentoras dos fatores de produção (terra, trabalho e capital) e os fornecem às empresas que, por sua vez, são as unidades produtoras. As empresas são unidades encarregadas de produzir e/ou comercializar bens e serviços. A produção é realizada por meio da combinação dos fatores produtivos adquiridos junto às famílias. Ambos interagem no mercado de bens e serviços (em que as famílias são as compradoras e as empresas, vendedoras) e no mercado de fatores de produção (em que as empresas são as compradoras e as famílias, vendedoras). Observe o esquema:Para produzir, as empresas necessitam dos fatores de produção (terra, trabalho e capital), cujos serviços são oferecidos pelas famílias por meio do mercado de fatores de produção. Nesse mercado, as empresas constituem a demanda pelos fatores de produção, pois precisam empregá-los para produzir os bens e serviços que serão ofertados às famílias no mercado de bens e serviços. Observa-se, então, a existência de um fluxo real: os serviços dos fatores de produção fluem das famílias em direção às empresas, que, por sua vez, irão produzir os bens e/ou serviços que serão ofertados às famílias no mercado de bens e serviços. O que viabiliza esse fluxo real é o fluxo monetário: as empresas remuneram as famílias pelo uso dos serviços dos fatores de produção, constituindo a renda do sistema, sob a forma de salários, lucros, juros, aluguéis, etc. Dessa forma, as famílias passam a dispor da renda necessária para efetuar o pagamento pelos bens e serviços que desejam adquirir. Então, as famílias gastam sua renda para comprar bens e serviços das empresas. Tanto na compra desses bens como na venda dos serviços dos fatores de produção, as decisões da unidade econômica familiar são guiadas pelo propósito de maximizar a satisfação de suas necessidades. As empresas, por sua vez, usam parte da receita obtida nas vendas para pagar pelo uso dos fatores de produção, por exemplo, os salários dos trabalhadores. O restante constitui o lucro dos empresários, que também são membros das famílias. Tanto na aquisição de recursos produtivos quanto na venda de seus produtos, as decisões das firmas são guiadas pelo objetivo de conseguir o máximo lucro. O Governo inclui todas as organizações que, direta ou indiretamente, estão sob o controle do Estado. Em nosso fluxo circular, para simplificar, não consideramos o Governo. Mas é importante ter em mente que o governo também participa da economia e intervém no sistema econômico atuando como empresário e produzindo bens e serviços através de suas firmas estatais. E, ainda, também age como comprador (contrata serviços, adquire materiais, etc.) tendo em vista a realização de suas tarefas. Vamos percorrer esse fluxo, de maneira simplificada, observando como o dinheiro passa de pessoa para pessoa na economia. Imaginemos que tudo comece no âmbito das unidades familiares. Se você quer comprar um cafezinho, leva seu dinheiro a um dos mercados de bens e serviços da economia, por exemplo, a cafeteria mais próxima. Ali, você gasta seu dinheiro com a bebida escolhida e, ao pagar, seu dinheiro vira receita da empresa. Entretanto, esse dinheiro não fica muito tempo na empresa, pois é utilizado para comprar insumos nos mercados de fatores de produção. Por exemplo, o estabelecimento pode usá-lo para pagar o aluguel ao locador ou pagar o salário dos trabalhadores. Seja como for, o dinheiro entra para a renda de alguma família e o fluxo circular da economia recomeça... E para concluir nossos estudos introdutórios com uma visão crítica de nossa realidade, que tal uma reflexão? Assista o curta-metragem “Ilha das Flores”... Procure associar as idéias contidas no filme aos conteúdos estudados até aqui... Sessão Pipoca E agora, que tal mais pipoca? E mais filme? Lembra-se do objetivo de nossa disciplina? Sessão Pipoca Oferecer a você ferramentas que o capacite a analisar e compreender o ambiente econômico em que as empresas estão inseridas. Sessão Pipoca Então, vamos lá... Assista ao filme “Náufrago”, observando a experiência do personagem na ilha deserta. Acompanhe o passo a passo do náufrago e analise como ele, aos poucos, foi se adaptando à escassez de recursos em seu ambiente. E até a próxima unidade!! Sessão Pipoca
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