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Unidade I_Fundamentos de Economia

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PROFª. ANNA CLAUDIA AQUINO DOS SANTOS PELA 
ECONOMIA 
UNIDADE I - FUNDAMENTOS DE ECONOMIA 
 
Bem vindo ao estudo da disciplina de Economia. 
 
 Nosso objetivo é oferecer a você ferramentas 
que o capacite a analisar e compreender o 
ambiente econômico em que as empresas 
estão inseridas. 
Caro aluno, 
 
 
 
 
 
• Identificar as principais características acerca do 
funcionamento das economias de mercado em 
um sistema capitalista; 
 
• Compreender os conceitos introdutórios ao 
estudo da economia. 
 
OBJETIVOS DA UNIDADE 
 
 
 
 
 Vamos iniciar nossos estudos com uma suposição: 
 
 Imagine se uma máquina do tempo pudesse transportar 
um brasileiro do período colonial aos dias de hoje. 
 
 
 Em sua opinião, com o que esse viajante do tempo 
mais se surpreenderia? 
 
 
 
 
 
 
 
Introdução 
 
 
 
 Certamente, ele ficaria impressionado com a quantidade, 
variedade e diversidade de bens e serviços que podemos 
adquirir, concorda? 
 
 Observando toda a “riqueza” do mundo atual, o viajante 
poderia se perguntar: 
 
 “Como posso ter parte disso? E minha sociedade?” 
 
 
 
 
 
 
 
Para compreender melhor, 
leia o texto nº 01: 
“O que é economia?” 
 
 A resposta é que, para chegar a esse tipo de 
prosperidade, é preciso um sistema que funcione bem 
para coordenar as atividades produtivas, ou seja, as 
atividades que criam os bens e serviços que as pessoas 
desejam e que os fazem chegar àqueles que os querem. 
 
 É esse tipo de sistema que temos em mente quando 
falamos de Economia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Para iniciar nossos estudos, então, apresentaremos alguns 
conceitos importantes que permitem compreender a 
dinâmica de uma economia de mercado. 
 
 
 
 
 
 
 
 Assim, não ficaremos tão espantados 
 quanto o viajante do tempo... 
Atenção: é importante a 
leitura do texto nº 02: 
“A Economia de Mercado” 
 
 
 
 Ao longo da história, as relações econômicas tornaram-
se cada vez mais complexas. 
 
 Para entendê-las, vamos fazer uma breve comparação 
entre uma sociedade que podemos denominar pretérita 
(ou passada) e outra, conhecida como moderna e 
capitalista. 
 
 
 
 
 
 
 
 A Economia de Mercado 
 
 
 
 Essa comparação é fundamental à medida que se 
evidenciam importantes diferenças entre esses dois 
momentos no tempo. 
 
 Nossa análise parte da seguinte afirmação: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 “Na sociedade pretérita, a produção tinha um objetivo 
diretamente vinculado à satisfação de uma necessidade, 
para o consumo (alimentos, vestuário, etc.), para a guerra 
ou caça (armas) ou para auxiliar o homem na própria 
produção (anzóis para pesca, arado para agricultura, 
ferramenta para manufatura, etc.). Na sociedade moderna 
e capitalista, o ato de produzir está desvinculado do ato de 
consumir. Os empresários produzem algo para ganhar 
(lucro), com o que podem consumir e investir. Os 
trabalhadores ganham seus salários, fundamentalmente, 
para poder comprar o que necessitam consumir” 
(Cano, 1998, p.19). 
 
 
 
 
 Podemos traçar um paralelo entre esses dois 
momentos históricos, a sociedade pretérita e a 
atual, o que nos permitirá compreender melhor o 
complexo sistema capitalista e suas relações 
econômicas de produção e consumo. 
 
 Vejamos, então, suas principais características e 
diferenças. 
 
 
 
 
 Necessidades humanas básicas/limitadas. 
 Produção para o próprio consumo: visa a sobrevivência. 
 O ato de produzir era simples: o mesmo homem 
praticava todos os atos indispensáveis à satisfação de 
suas necessidades. 
 Coincidência espaço-temporal entre o ato de produzir e o 
ato de consumir. 
 
 
Sociedade passada 
 
 
 
 Essa sociedade também pode ser chamada de 
primitiva, na medida em que, naquela época, o 
homem vivia de maneira simples e todos os seus atos 
limitavam-se ao objetivo de sobreviver em seu 
ambiente. Ou seja, suas necessidades eram básicas e 
limitadas ao objetivo da sobrevivência. 
 
 O ato de produzir era extremamente simples e voltado 
apenas para a subsistência do produtor e de sua 
família, sem qualquer perspectiva de ganho. 
 
 
 
 Dessa forma, o mesmo homem era capaz de praticar 
todos os atos indispensáveis à satisfação de sua 
necessidade. 
 
 Vejamos um exemplo: a satisfação da necessidade 
humana de vestir-se, que é uma necessidade básica. 
 
 
 Na sociedade passada, o próprio homem criava o 
carneiro, extraía-lhe a lã, fiava, tecia, confeccionava 
sua roupa e vestia. 
 
 Ou seja, ele realizava todos os atos fundamentais à 
satisfação da necessidade de vestir-se, desde a 
extração da matéria-prima até o consumo. 
 
 Assim, é possível perceber que o homem era o 
responsável direto pela satisfação de suas 
necessidades. 
 
 
 
 Estamos retratando a época da chamada “economia 
de escambo”, em que não se desejava nada além do 
mínimo necessário à sobrevivência. 
 
 Não havia perspectiva de ganho ou lucro com o ato 
de produzir e se, por acaso, algo excedesse a esse 
mínimo, trocava-se por algo que não houvesse em 
quantidade suficiente para atender às necessidades 
básicas da família. 
 
 
 
 Pode-se afirmar que, na sociedade passada, o ato de 
produzir e o ato de consumir estavam diretamente 
ligados no tempo e no espaço. 
 
 Produzia-se para o próprio consumo e, desta forma, o 
local de produção e de consumo coincidiam. 
 
 Vejamos como isso ocorre na sociedade moderna e 
capitalista. 
 
 
 
 
 
Necessidades humanas ilimitadas/sofisticadas. 
Produção para o mercado: visa o lucro. 
O ato de produzir é complexo: está dividido em 
diversas etapas, desde a extração da matéria-
prima até que o produto chegue às mãos do 
consumidor final. 
Separação espaço-temporal entre o ato de 
produzir e o ato de consumir. 
 
 
Sociedade moderna e capitalista 
 
 
 
 
 Na sociedade atual, as necessidades humanas se 
tornaram ilimitadas e vêm se sofisticando ao longo 
do tempo. 
 
 Uma história de avanços tecnológicos, de grandes 
descobertas, de “revoluções”, como as Revoluções 
Agrícola e Industrial e das chamadas Tecnologias da 
Informação e da Comunicação, alteraram o perfil das 
necessidades humanas, de modo que o ser humano 
passou a desejar muito além do mínimo necessário 
para sua sobrevivência. 
 
 
 
 
 Por exemplo, uma pessoa inicialmente deseja ter 
sua casa própria. Depois de satisfeita essa 
necessidade, passa a desejar uma casa de praia ou 
de campo. Ou, então, primeiro deseja um 
aparelho de televisão na sala, depois no quarto do 
casal, depois no quarto das crianças. Um carro 
para si, depois para sua esposa, depois para os 
filhos. 
 
 
 
 
 
 E como não falar do celular? A cada dia novos 
aparelhos, com novas funções. E o computador? 
 
 Como diz o ditado: “quanto mais se tem, mais se 
quer”. 
 
 
 
 
 
 
 
 Nessa nova realidade, a produção não é mais tão 
simples como no passado. O homem não dá mais 
conta de fabricar tudo o que precisa e nem mesmo de 
praticar todas as etapas do processo de produção 
daquilo que deseja possuir. 
 
 Voltemos ao nosso exemplo: a necessidade humana 
de vestir-se. Iremos verificar como o ato de satisfazer 
a necessidade de vestuário se torna complexo. 
 
 
 
 
 O processo de fabricação da roupa passa por 
diversas etapas realizadas por agentes 
econômicos distintos, ao longo de uma cadeia 
produtiva, até que o produto chegue às mãos do 
consumidor final. 
 
 Em cada etapa da cadeia produtiva, agrega-se 
valor ao produto que está sendo fabricado. 
 
 
 
 
 
 
 
 Enfim, não somos capazes de produzir tudo o que 
necessitamos; não só a nossa roupa, mas também 
a nossa alimentação, moradia, etc. 
 
 E assim, ao longo do tempo e das mudanças que a 
sociedade capitalista vivencia, o ato de produzir se 
torna cada vez mais complexo, distanciando-se, no 
tempo e no espaço, do atode consumir. 
 
 
 
 E o homem percebe que precisa “ganhar dinheiro” 
para adquirir os bens e serviços que irão satisfazer 
suas necessidades e de sua família. 
 
 Para tanto precisa se empregar ou organizar a 
atividade produtiva e se tornar empregador. 
 
 
 
 
 Não estamos mais em uma “economia de 
escambo” e, sim, em uma economia de mercado, 
capitalista, monetária, cuja produção está voltada 
para o mercado consumidor e não mais para o 
auto-consumo. E o principal: tem o lucro como 
objetivo! 
 
 
 
 
 O ato de produzir se torna complexo, dividido em 
diferentes etapas ao longo de uma cadeia 
produtiva, que envolve atividades distintas e 
agentes econômicos distintos, especializados em 
sua tarefa/função no processo produtivo. 
 
 
 
 
 Assim, ganha cada vez mais importância a 
distribuição da produção no mercado. Os 
consumidores irão satisfazer suas necessidades 
humanas (que são ilimitadas e tendem a se sofisticar 
cada vez mais) no mercado. É preciso trabalhar e 
obter um salário que irá compor a renda necessária 
para adquirirmos o que desejamos no momento e 
tudo mais o que possamos desejar no futuro. 
 
 
 
 É nesse sentido que se afirma que “na sociedade 
moderna e capitalista, o ato de produzir está 
desvinculado do ato de consumir’. 
 
 Isso não significa que a produção não esteja voltada 
para o consumo, muito pelo contrário, o mercado 
consumidor ganha cada vez mais força e espaço em 
uma sociedade capitalista, especialmente o consumo 
de massa. E assim, o consumismo assolou o planeta. 
 
 
 
 
 A mídia tem importante contribuição para o 
processo em que o supérfluo se mistura e se 
confunde com o essencial, criando novas 
necessidades na mente do consumidor. 
 
 As facilidades de acesso ao crédito e ao 
financiamento também cumprem importante papel, 
na medida em que viabilizam a aquisição de bens e 
serviços por parte daqueles que não têm os 
recursos suficientes para obtê-los. 
 
 
 
 
 
 O que se pretende deixar claro é a complexidade do 
ato de produzir na sociedade atual, portanto, do 
próprio sistema capitalista, que tem como motor, a 
acumulação de capital, ou seja, a busca incessante 
de lucro. 
 
 Assim, o complexo ato de produção pode ser 
entendido como sendo “a execução de atividades 
que tenham como finalidade a satisfação das 
necessidades por meio da troca”. 
 
 
 
 
 Como vimos, na sociedade moderna e capitalista, a 
satisfação das necessidades obriga seus membros a se 
ocuparem de determinadas atividades produtivas. 
 
 Por meio dessas atividades, produzem os bens e 
serviços de que necessitam e que, posteriormente, 
serão distribuídos para consumo entre os membros da 
sociedade. 
 
 
Fundamentos de Economia 
 
 
 Entende-se por necessidade humana a sensação da falta 
de alguma coisa unida ao desejo de satisfazê-la. 
 
 Se pedirmos para qualquer pessoa uma lista do que ela 
desejaria ter ou ser, a extensão da lista ficaria além da 
nossa compreensão e cresceria dia a dia: não há limite à 
variedade e ao número das necessidades humanas. 
 
 Por essa razão é que os economistas dizem que as 
necessidades humanas são ilimitadas. 
 
 
 
 
 
 
 Além disso, as necessidades biológicas do ser 
humano renovam-se dia a dia, exigindo a produção 
contínua de bens e serviços com a finalidade de 
atendê-las. 
 
 Por outro lado, a perspectiva de elevação do padrão 
de vida e a evolução tecnológica fazem com que 
“novas” necessidades apareçam a cada dia, 
crescentemente diversificadas e sofisticadas. 
 
 
 
 
 
 
 Os agentes econômicos – famílias, empresas e o setor 
público (governo) – são os responsáveis pela atividade 
econômica, que se concretiza na ampla gama de bens 
e serviços que se destinam à satisfação das 
necessidades humanas. 
 
 Os homens, mediante sua capacidade de trabalho, são 
os organizadores e os executores da produção. 
 
 
 
 
 
 E para produzir os bens e serviços existem alguns 
elementos considerados básicos, fundamentais e 
imprescindíveis para que o processo produtivo 
ocorra. Esses elementos são chamados de recursos 
produtivos ou fatores de produção. 
 
 Os recursos ou fatores de produção, necessários ao 
processo produtivo, são: 
 
 Recursos naturais, trabalho e capital 
 
 
 
 
 
 
 
• Recursos naturais: são os insumos proporcionados pela 
natureza, como terra, rios e depósitos minerais. 
 
• Trabalho ou mão-de-obra: todo esforço humano, físico 
ou mental, despendido na produção de bens e serviços. 
 
 
 
 
 
 
 
• Capital: conjunto de bens fabricados pelo homem e 
que não se destinam à satisfação das necessidades 
através do consumo, mas que são utilizados no processo 
de produção de outros bens. 
 
 Ex: ferramentas, máquinas, computadores, usinas, 
estradas de ferro, instalações fabris, mobiliários de 
escritório e todos os tipos de equipamentos utilizados 
na fabricação de outros bens. 
 
 
 
 
 
 Para satisfazer as necessidades humanas que, são 
ilimitadas, precisaríamos de um conjunto infinitamente 
grande de recursos produtivos. Entretanto, essa 
quantidade não existe. 
 
 Os recursos produtivos apresentam como característica 
básica o fato de serem limitados ou escassos, ou seja, 
não existem em quantidade suficiente para produzir 
todos os bens e serviços desejados pela sociedade. O que 
significa dizer que estão disponíveis em quantidades 
limitadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 Os recursos naturais, tais como recursos petrolíferos, 
terras adequadas para agricultura, não existem em 
quantidades ilimitadas. 
 
 Por essa razão, até mesmo as nações mais ricas 
sofrem a limitação de seus recursos naturais. 
 
 
 
 
 
 
 Da mesma forma, em dado período de tempo, a 
quantidade de capital disponível para a produção 
também é limitada pelo número de máquinas, 
tratores, usinas, fábricas, etc... 
 
 E até mesmo o trabalho, que pode ser considerado 
o fator mais abundante, está limitado pelo número 
e, principalmente, pela qualidade das pessoas 
disponíveis para esta atividade. 
 
 
 
 
 
 
 Sendo assim, em qualquer sociedade, seja ela rica 
ou pobre, desenvolvida, subdesenvolvida ou em 
desenvolvimento, os recursos ou fatores de 
produção são escassos. 
 
 Contudo, as necessidades humanas são ilimitadas 
e sempre se renovam. 
 
 
 
 
 Tal constatação constitui um problema de 
disparidade entre os desejos humanos e os meios 
disponíveis para satisfazê-los. 
 
 Assim, o fato real que a economia enfrenta, em 
qualquer sociedade, é que os desejos humanos 
não podem ser plenamente satisfeitos. 
 
 
 
 
 Eis que surge um paradoxo: 
 
 Se, por um lado, as necessidades humanas são 
ilimitadas, por outro, os recursos ou fatores de 
produção necessários para produzir os bens e 
serviços que irão satisfazer as necessidades são 
limitados. 
 
 
 
 Qual problema resulta desse paradoxo? 
 
 Não é possível produzir em quantidades 
ilimitadas tudo aquilo que irá atender aos desejos 
e às necessidades humanas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Estamos, portanto, diante de um conflito: 
 
Necessidades humanas ilimitadas 
X 
Recursos produtivos escassos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A escassez é um problema de disparidade entre os 
desejos humanos (que são ilimitados) e os meios 
disponíveis para satisfazê-los (que são escassos) e 
constitui o problema econômico fundamental que a 
teoria econômica procura solucionar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ESCASSEZ e NECESSIDADES HUMANAS constituem a 
razão de ser da Ciência Econômica, que estuda como 
o indivíduo e a sociedade administram recursos 
produtivos escassos com objetivo de produzir os 
bens e serviços que serão distribuídos entreos vários 
membros da sociedade a fim de satisfazer as 
necessidades humanas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Ou seja, a Economia estuda a forma com que os 
indivíduos fazem suas escolhas e tomam suas 
decisões para que os recursos produtivos 
disponíveis, sempre escassos, possam contribuir 
para a satisfação das necessidades humanas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O estudo da ciência econômica, portanto, tem como 
objetivo analisar os problemas da economia e 
fornecer soluções para resolvê-los, de forma a 
melhora nossa qualidade de vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O objeto de estudo da ciência econômica, então, é a 
escassez, buscando solucionar o conflito 
estabelecido entre as necessidades ilimitadas e os 
recursos produtivos limitados, de modo que estes 
sejam empregados da maneira mais eficiente 
possível. 
 
 
 
 
 
 
 
A leitura do texto nº 03 é 
importantíssima para melhor 
assimilação do conteúdo! 
 
 
 
 
 
 Para tanto, conhecer a disponibilidade e a 
potencialidade desses recursos, torná-los 
efetivamente aplicáveis ao processo produtivo, 
minimizar o desperdício, promover uma adequada 
distribuição entre todos os participantes do processo 
de geração de bens e serviços de que a sociedade irá 
usufruir, como resultado da atividade econômica, são 
tarefas cruciais para uma tomada de decisão 
eficiente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Percebe-se que a economia é vital para os negócios! 
 
Estudar Economia é estudar o processo de 
tomada de decisão em um ambiente de ESCASSEZ. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Em um mundo onde há escassez, é preciso fazer 
ESCOLHAS. E qualquer escolha que se faça implica 
necessariamente na renúncia às demais alternativas 
disponíveis. 
 
 Essa renúncia representa um custo, que é um dos 
conceitos mais importantes da Economia: o custo de 
oportunidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Um princípio fundamental a ser considerado no 
processo de tomada de decisão é o fato de que o 
verdadeiro custo de algo é igual a tudo aquilo a que 
você abre mão para obtê-lo. 
 
 Este é o verdadeiro custo que deve ser avaliado, 
mensurado no processo decisório: tudo o que você 
renuncia, ou seja, as oportunidades sacrificadas em 
prol da sua escolha. 
Custo de Oportunidade 
 
 
 
 
 
 Por exemplo, pense na escolha de fazer um curso de 
graduação. Qual o verdadeiro custo associado a essa 
escolha e que deve ser considerado no momento da 
decisão? 
 
 O verdadeiro custo associado a essa escolha é o custo 
de oportunidade. Ou seja, não é o valor da 
mensalidade que você irá pagar à Instituição de 
ensino. E, sim, todos os outros usos que você 
poderia dar ao seu dinheiro: uma viagem, um 
automóvel, um apartamento... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Sem falar no tempo que você deixará de estar com 
sua família, o lazer que não poderá desfrutar...tudo 
isso deve ser avaliado e não apenas considerar se o 
valor da mensalidade “cabe no seu orçamento”...caso 
você não leve em consideração tudo o mais que 
poderia fazer com seu dinheiro e seu tempo, corre o 
risco de se arrepender de sua escolha... 
 
 Portanto, lembre-se: para uma tomada de decisão 
eficiente, é preciso considerar/avaliar as 
oportunidades sacrificadas em prol de sua escolha. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A escassez de recursos ou fatores de produção, 
associada aos ilimitados desejos humanos, implica 
a necessidade de se fazer escolhas sobre: 
 
 
 O quê produzir? 
 Quanto produzir? 
 Como produzir? 
 Para quem produzir? 
 
 
 
 
 
 
 
 
Problemas Econômicos Fundamentais 
 
 
 
 
 
 
 
 O quê e quanto produzir? – quais produtos deverão ser 
produzidos e as respectivas quantidades. 
 Como produzir? – que métodos ou recursos de produção 
deverão se empregados para a obtenção de um determinado 
bem ou serviço. 
 Para quem produzir? – quem ou quais setores serão 
beneficiados pelos resultados da produção, qual será o 
público-alvo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Assim, cada questão de economia implica em 
indivíduos que decidem sobre o que fazer e o que 
não fazer. 
 
 
 
 
 
 
http://www.youtube.com/watch?v=kxOvtIpnqA4
 
 
 
 Por exemplo: entre num grande supermercado; 
há milhares de produtos diferentes à disposição e 
é impossível que você tenha condições de 
comprar tudo o que deseja. 
 
 Dadas as limitações de seu orçamento e até 
mesmo de seu espaço físico em casa, você deve 
escolher qual produto comprar e qual deixar na 
prateleira. 
 
 
 
 
 O fato de aqueles produtos estarem na prateleira 
também envolve escolhas: os produtores 
decidiram produzi-los e o gerente escolheu 
colocá-los lá. 
 
 
 
 Bem, você já deve estar se perguntando: e o viajante 
do tempo, será que ficou satisfeito com toda essa 
explicação a respeito de nossa economia? 
 
 E se ele quisesse cumprimentar o responsável por 
tamanha “prosperidade” em nossa sociedade 
moderna e capitalista? A quem ele deveria procurar? 
 
 O que você acha? 
 
 
 
 
 
 
 
 A questão é que...não há responsável... 
 
 Os países do mundo capitalista têm uma economia de 
mercado, em que a produção e o consumo são o 
resultado de decisões descentralizadas das empresas 
e dos indivíduos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Não há autoridade ou órgão central responsável pelas 
escolhas da sociedade, dizendo às pessoas o que 
produzir, para onde transportar, o que consumir e 
aonde consumir. 
 
 Não vivemos em economias de comando, 
planificadas ou estatizadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Nas economias de mercado, os agentes econômicos 
tomam suas decisões individualmente e agem em 
busca de seu interesse próprio. Cada produtor 
individual faz o que acredita ser mais lucrativo; cada 
consumidor, por sua vez, compra o que escolhe, o 
que julga que irá lhe trazer a maior satisfação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Para entender melhor o funcionamento da economia, 
vamos observar as relações que se estabelecem entre 
os agentes econômicos. 
 
 E, para tanto, vamos utilizar o diagrama do fluxo 
circular, que nos permite uma visão simplificada do 
funcionamento da economia ao evidenciar as 
transações que se estabelecem entre os agentes 
econômicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fluxo Circular da Economia 
 
 
 
 
 
 
 
 Agentes econômicos são pessoas de natureza física 
ou jurídica que, por meio de suas ações, contribuem 
para o funcionamento do sistema econômico: 
 
 
Famílias 
 Empresas 
 Governo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 As famílias incluem todos os indivíduos e unidades 
familiares da economia e que, no papel de 
consumidores, adquirem os mais diversos tipos de bens 
e serviços, objetivando o atendimento de suas 
necessidades. 
 
 As famílias também são as detentoras dos fatores de 
produção (terra, trabalho e capital) e os fornecem às 
empresas que, por sua vez, são as unidades produtoras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 As empresas são unidades encarregadas de produzir 
e/ou comercializar bens e serviços. A produção é 
realizada por meio da combinação dos fatores 
produtivos adquiridos junto às famílias. 
 
 Ambos interagem no mercado de bens e serviços (em 
que as famílias são as compradoras e as empresas, 
vendedoras) e no mercado de fatores de produção (em 
que as empresas são as compradoras e as famílias, 
vendedoras). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Observe o esquema:Para produzir, as empresas necessitam dos fatores de 
produção (terra, trabalho e capital), cujos serviços são 
oferecidos pelas famílias por meio do mercado de 
fatores de produção. 
 
 Nesse mercado, as empresas constituem a demanda 
pelos fatores de produção, pois precisam empregá-los 
para produzir os bens e serviços que serão ofertados às 
famílias no mercado de bens e serviços. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Observa-se, então, a existência de um fluxo real: os serviços 
dos fatores de produção fluem das famílias em direção às 
empresas, que, por sua vez, irão produzir os bens e/ou 
serviços que serão ofertados às famílias no mercado de bens 
e serviços. 
 
 O que viabiliza esse fluxo real é o fluxo monetário: as 
empresas remuneram as famílias pelo uso dos serviços dos 
fatores de produção, constituindo a renda do sistema, sob a 
forma de salários, lucros, juros, aluguéis, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Dessa forma, as famílias passam a dispor da renda 
necessária para efetuar o pagamento pelos bens e 
serviços que desejam adquirir. Então, as famílias gastam 
sua renda para comprar bens e serviços das empresas. 
 
 Tanto na compra desses bens como na venda dos serviços 
dos fatores de produção, as decisões da unidade 
econômica familiar são guiadas pelo propósito de 
maximizar a satisfação de suas necessidades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 As empresas, por sua vez, usam parte da receita obtida 
nas vendas para pagar pelo uso dos fatores de produção, 
por exemplo, os salários dos trabalhadores. O restante 
constitui o lucro dos empresários, que também são 
membros das famílias. 
 
 Tanto na aquisição de recursos produtivos quanto na 
venda de seus produtos, as decisões das firmas são 
guiadas pelo objetivo de conseguir o máximo lucro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O Governo inclui todas as organizações que, direta ou 
indiretamente, estão sob o controle do Estado. 
 
 Em nosso fluxo circular, para simplificar, não consideramos 
o Governo. Mas é importante ter em mente que o governo 
também participa da economia e intervém no sistema 
econômico atuando como empresário e produzindo bens e 
serviços através de suas firmas estatais. E, ainda, também 
age como comprador (contrata serviços, adquire materiais, 
etc.) tendo em vista a realização de suas tarefas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Vamos percorrer esse fluxo, de maneira simplificada, 
observando como o dinheiro passa de pessoa para 
pessoa na economia. 
 
 Imaginemos que tudo comece no âmbito das unidades 
familiares. Se você quer comprar um cafezinho, leva 
seu dinheiro a um dos mercados de bens e serviços da 
economia, por exemplo, a cafeteria mais próxima. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Ali, você gasta seu dinheiro com a bebida escolhida e, ao 
pagar, seu dinheiro vira receita da empresa. 
 
 Entretanto, esse dinheiro não fica muito tempo na empresa, 
pois é utilizado para comprar insumos nos mercados de 
fatores de produção. Por exemplo, o estabelecimento pode 
usá-lo para pagar o aluguel ao locador ou pagar o salário dos 
trabalhadores. 
 
 Seja como for, o dinheiro entra para a renda de alguma família 
e o fluxo circular da economia recomeça... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 E para concluir nossos estudos introdutórios com 
uma visão crítica de nossa realidade, que tal uma 
reflexão? 
 
 Assista o curta-metragem “Ilha das Flores”... 
Procure associar as idéias contidas no filme aos 
conteúdos estudados até aqui... 
 
 
 
 
 
Sessão Pipoca 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 E agora, que tal mais pipoca? E mais filme? 
 
 Lembra-se do objetivo de nossa disciplina? 
 
 
 
 
Sessão Pipoca 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Oferecer a você ferramentas que o capacite a 
analisar e compreender o ambiente econômico 
em que as empresas estão inseridas. 
 
 
 
 
 
 
Sessão Pipoca 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Então, vamos lá... 
 Assista ao filme “Náufrago”, observando a 
experiência do personagem na ilha deserta. 
Acompanhe o passo a passo do náufrago e 
analise como ele, aos poucos, foi se adaptando à 
escassez de recursos em seu ambiente. 
 
 
 
 
E até a próxima unidade!! 
Sessão Pipoca

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