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Análise de Custo-Volume-Lucro

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Na utilização dos custos para auxílio à tomada de decisões, a previsão ou o 
planejamento do lucro da empresa é ponto importante. Um conjunto de proce-
dimentos, denominados análise de custo-volume-lucro, determina a influência 
no lucro provocada por alterações nas quantidades vendidas e nos custos. Na 
verdade, os fundamentos da análise de custo-volume-lucro estão intimamente 
relacionados ao uso de sistemas de custos para auxílio a tomadas de decisões de 
curto prazo, característica do custeio variável. Este capítulo apresenta a análise 
de custo-volume-lucro, além de discutir o emprego de custos para subsidiar pro-
cessos decisórios.
4.1 AS DECISõES DE CURtO-PRAzO
Como já foi comentado no capítulo anterior, o custeio variável está relaciona-
do com o apoio a decisões de curto prazo. Esse termo não significa que tais deci-
sões sejam menos importantes que outras (por exemplo, as decisões estratégicas), 
mas apenas que os custos serão separados em fixos e variáveis. Como já foi dito 
no Capítulo 2, tal classificação pressupõe o curto prazo, já que, no longo prazo, 
todos os custos são variáveis.1
1 O fato de os custos serem variáveis a longo prazo não implica que o modelo da variação linear 
com o nível de atividade seja aplicável.
4
Análise de Custo-Volume-Lucro
5958.indb 54 5/5/2010 19:03:49
Análise de Custo-Volume-Lucro 55
O modelo para essas decisões pressupõe que a empresa, para funcionar, já está 
comprometida com os custos fixos, os quais não serão influenciados por nenhuma 
decisão que se tome. Todavia, dado que a estrutura fixa da empresa está prepara-
da (o que gera os custos fixos), as decisões lógicas estão relacionadas com o que 
fazer com aquela estrutura. Assim, os custos relevantes para essas decisões são os 
variáveis, pois os custos fixos independem do que for decidido.
4.2 MARGEM DE CONtRIBUIçãO
A análise de custo-volume-lucro está intimamente relacionada com os conceitos 
de margem de contribuição unitária, ou contribuição marginal, e razão de contribui-
ção, ou índice de margem de contribuição. Na verdade, quase todas as aplicações 
de custos para decisões de curto prazo embasam-se nesses conceitos.
A margem de contribuição é o montante da receita diminuído dos custos va-
riáveis. A margem de contribuição unitária, analogamente, é o preço de venda 
menos os custos variáveis unitários do produto.
Margem de Contribuição Unitária = Preço – Custos Variáveis Unitários
A margem de contribuição unitária representa a parcela do preço de venda 
que resta para a cobertura dos custos e despesas fixos e para a geração do lucro, 
por produto vendido. Para melhor entender esse conceito, suponha que a empresa 
decida produzir (e vender) uma unidade A MAIS de seu produto. A receita será 
acrescida de um valor equivalente ao preço de venda do produto, enquanto que 
os custos aumentarão em um montante igual aos custos variáveis unitários. A di-
ferença é justamente a margem de contribuição unitária.
A razão de contribuição é a margem de contribuição dividida pela receita, 
ou a margem de contribuição unitária dividida pelo preço de venda. Representa 
igualmente a parte das vendas que cobrirá os custos fixos e originará o lucro, po-
rém em termos percentuais, isto é, representa a parcela com que cada unidade 
monetária obtida com a venda dos produtos contribuirá para cobrir os custos fixos 
ou para formar o lucro. Esses conceitos são de enorme ajuda para o planejamento 
de estratégias e para tomadas de decisão em geral.
Razão de Contribuição = Margem de Contribuição Unitária/Preço
A margem de contribuição unitária está ligada ao lucro do produto e a razão 
de contribuição relaciona-se com sua rentabilidade (lucratividade/investimento).2 
2 Na verdade, a razão de contribuição não mede a rentabilidade, pois o denominador é o preço 
de venda e não os custos, os quais estariam mais próximos do “investimento” efetuado para a pro-
dução do item.
5958.indb 55 5/5/2010 19:03:49
56 Análise Gerencial de Custos • Bornia
Assim, quanto maior for a margem de contribuição unitária do produto, melhor 
será sua produção (incluindo a venda) para a empresa. Na seção 4.7, a razão de 
contribuição será usada para discutir a importância de cada produto para a em-
presa multiprodutora.
Exemplo 4.1
Tomando-se dois produtos (A e B) de uma empresa, obtêm-se os seguintes 
dados:
Tabela 4.1 Comparação de dois produtos pela margem de contribuição.
Produto A Produto B
p ($ /un.) 10,00 20,00
cv ($ ) 6,00 10,00
mc ($ /un.) 4,00 10,00
(%) 40% 50%
 
Confrontando os dois produtos, observamos que o produto B seria preferível ao 
produto A, pois sua margem de contribuição é maior do que a do produto A. Pelo 
critério da rentabilidade (razão de contribuição), o produto B também é melhor.
4.3 ANáLISE COM FAtOR LIMItANtE
Quando existir um fator que limita a produção (tempo escasso, falta de ma-
téria-prima etc.), a análise deve ser feita em função desse fator limitante. Assim, 
a margem de contribuição de um produto tem que ser dividida pela utilização do 
fator limitante por esse produto.
Exemplo 4.2
Tomando os mesmos produtos vistos no exemplo 4.1, considerando que as 
vendas são limitadas pela capacidade de produção, ou seja, o potencial de ven-
das no mercado é superior ao que pode ser produzido pela empresa, e sabendo-se 
que o produto A pode ser fabricado num ritmo de 3 unidades por hora, enquanto 
o produto B tem um ritmo de fabricação de 1 unidade por hora, encontramos os 
seguintes valores para a margem de contribuição horária:
5958.indb 56 5/5/2010 19:03:49
Análise de Custo-Volume-Lucro 57
Tabela 4.2 Comparação de dois produtos pela margem de contribuição, com fator 
limitante.
Produto A Produto B
p ($ /un.) 10,00 20,00
cv ($ /un.) 6,00 10,00
mc ($ /un.) 4,00 10,00
(%) 40% 50%
produção (un./h) 3 un. 1 un.
mc ($ /h) 12,00 10,00
 
Podemos constatar que, neste caso, o produto A é preferível ao produto B, 
pois, embora o produto B possua uma maior margem de contribuição do que a 
do produto A, sua produção dá-se mais lentamente do que a do outro, sendo sua 
margem de contribuição horária menor.
Exemplo 4.3
Desejamos comparar dois produtos (P1 e P2) quanto a suas rentabilidades. 
Sabemos que a capacidade de produção não consegue atender todo o potencial 
de mercado. A fabricação dos dois produtos é feita por meio de três máquinas (A, 
B e C). Os tempos de fabricação em cada máquina, os preços de venda e os custos 
variáveis de cada produto são apresentados na Figura 4.1.
Figura 4.1 Etapas para a produção de P1 e P2.
5958.indb 57 5/5/2010 19:03:49
58 Análise Gerencial de Custos • Bornia
Observamos facilmente que a máquina B é a restrição do sistema produtivo, 
pois os tempos de fabricação de ambos os produtos são maiores do que nos ou-
tros recursos. Assim, o tempo de B é o fator limitante desse sistema (a máquina B 
determina o ritmo de produção). A análise deve ser feita considerando o tempo 
gasto pelos produtos na máquina B (Tabela 4.3).
Tabela 4.3 Comparação de dois produtos pela margem de contribuição, com fator 
limitante.
Produto P1 Produto P2
p ($ /un.) 750,00 600,00
cv ($ /un.) 300,00 300,00
mc ($ /un.) 450,00 300,00
(%) 60% 50%
tempo máq. B 50 min 30 min
mc ($ /min. B) 9,00 10,00
Dessa maneira, embora o produto P1 tenha uma maior margem de contribui-
ção do que P2, este último ocupa menos tempo na restrição (máquina B), apre-
sentando uma maior margem de contribuição por minuto de uso da máquina B. 
Se a empresa fabricar apenas o produto P1, ela conseguirá uma margem de $ 9 
a cada minuto de utilização da máquina B, ao passo que, se fizer apenas P2, ge-
rará $ 10 por minuto. Isso leva à conclusão de que é preferível a produção de P2 
ao invés da de P1.3
4.4 PONtO DE EQUILÍBRIO
O ponto de equilíbrio, ou ponto de ruptura, é o nível de vendas no qual o lu-
cro é nulo. Pode ser calculado pelas expressões:
0
CF
Q
mc
=
 
0
CF
R
RC
=
 
0 0R Q p= ×
Q0 = ponto de equilíbrio em unidades físicas
R0 = ponto de equilíbrio em unidadesmonetárias
3 Esse tipo de análise será efetuada no Capítulo 9, na discussão sobre a contabilidade de ganhos 
(throughput accounting).
5958.indb 58 5/5/2010 19:03:50
Análise de Custo-Volume-Lucro 59
CF = custos fixos
mc = margem de contribuição unitária
RC = razão de contribuição
p = preço de venda
A representação gráfica do ponto de equilíbrio (Figura 4.2) é feita inserindo 
a receita (p × Q) e os custos totais (cv × Q + CF) num plano cartesiano, onde a 
abscissa representa a quantidade vendida.
Figura 4.2 Ponto de equilíbrio.
Exemplo 4.4
Desejamos comparar duas empresas (A e B). O preço de venda dos produtos, 
os custos variáveis e os custos fixos das duas empresas, assim como a margem de 
contribuição, a razão de contribuição e o ponto de equilíbrio de cada empresa, 
são fornecidos na Tabela 4.4. Esses valores encontram-se representados grafica-
mente na Figura 4.3.
5958.indb 59 5/5/2010 19:03:50
60 Análise Gerencial de Custos • Bornia
Tabela 4.4 Dados das empresas A e B.
Empresa A Empresa B
p ($ /un.) 10,00 20,00
cv ($ /un.) 6,00 16,00
CF ($ ) 300.000 300.000
mc ($ /un.) 4,00 4,00
(%) 40% 20%
Q0 (un.) 75.000 75.000
Figura 4.3 Representação gráfica da situação de duas empresas.
Analisando a Figura 4.3, notamos que, apesar de o ponto de equilíbrio em 
unidades físicas ser o mesmo para as duas empresas, o ponto de equilíbrio em uni-
dades monetárias (eixo y) é maior para a empresa B. Isso significa que a empresa 
B tem que faturar o dobro para cobrir seus custos fixos, sendo menos interessante 
do que a empresa A. Além disso, como a razão de contribuição da empresa B é a 
metade da outra, ela sempre necessita o dobro do faturamento para conseguir o 
mesmo lucro da empresa A, o que implica menor rentabilidade.
5958.indb 60 5/5/2010 19:03:50
Análise de Custo-Volume-Lucro 61
Exemplo 4.5
Desejamos comparar uma empresa automatizada (A) com outra menos auto-
matizada (M). Para isso, dispomos dos dados apresentados na Tabela 4.5, os quais 
estão representados graficamente na Figura 4.7.
Tabela 4.5 Dados das empresas A e M.
Empresa A Empresa M
p ($ /un.) 10,00 10,00
cv ($ /un.) 2,00 6,00
CF ($ ) 70.000 30.000
mc ($ /un.) 8,00 4,00
(%) 80% 40%
Q0 (un.) 8.750 7.500
Figura 4.4 Representação gráfica da situação das empresas A e M.
Observamos que a reta da receita é a mesma para as duas empresas, já que 
os produtos são idênticos. No nível de vendas de 10.000 unidades, os lucros das 
empresas se igualam, já que os custos são os mesmos. Acima desse ponto, o lucro 
da empresa A (automatizada) é maior, ao passo que, abaixo disso, a empresa M 
(manual) é superior. Abaixo de 7.500 unidades, ambas as empresas dão prejuízo, 
mas o da empresa A é maior.
5958.indb 61 5/5/2010 19:03:50
62 Análise Gerencial de Custos • Bornia
4.4.1 Alterações no ponto de equilíbrio
Mudanças no preço de venda, nos custos fixos ou nos custos variáveis alte-
ram o ponto de equilíbrio. Se o preço de venda do produto aumentar, a receita 
será maior e o ponto de equilíbrio será menor (Figura 4.5). Se os custos fixos ou 
os variáveis crescerem, o ponto de equilíbrio será deslocado para cima (Figuras 
4.6 e 4.7)
Figura 4.5 Alteração do ponto de equilíbrio por aumento no preço.
Figura 4.6 Alteração do ponto de equilíbrio por aumento nos custos fixos.
5958.indb 62 5/5/2010 19:03:51
Análise de Custo-Volume-Lucro 63
Figura 4.7 Alteração do ponto de equilíbrio por aumento nos custos variáveis.
4.5 PONtO CONtáBIL, ECONôMICO E FINANCEIRO
A diferença fundamental entre os três pontos de equilíbrio são os custos e des-
pesas fixos a serem considerados em cada caso. No ponto de equilíbrio contábil, 
são levados em conta todos os custos e despesas contábeis relacionados com o 
funcionamento da empresa. Já para o ponto de equilíbrio econômico, são tam-
bém imputados nos custos e despesas fixos considerados todos os custos de opor-
tunidade referentes ao capital próprio, ao possível aluguel das edificações (caso a 
empresa seja a proprietária), e outros do gênero. No caso do ponto de equilíbrio 
financeiro, os custos considerados são apenas os custos desembolsados, que real- 
mente oneram financeiramente a empresa.
Os três pontos de equilíbrio fornecem importantes subsídios para um bom 
gerenciamento da empresa. O ponto de equilíbrio financeiro informa o quanto a 
empresa terá de vender para não ficar sem dinheiro para cobrir suas necessidades 
de desembolso. Se a empresa estiver operando abaixo do ponto de equilíbrio fi-
nanceiro, ela terá problemas de caixa e deverá, por exemplo, fazer empréstimos, 
dificultando ainda mais sua situação. O ponto de equilíbrio econômico mostra 
a rentabilidade real que a atividade escolhida traz, confrontando-a com outras 
opções de investimento. Naturalmente, os custos imputados são um tanto quanto 
subjetivos e deve-se ter em conta que se trata de um instrumento gerencial, não 
representando custos realmente incorridos, mas apenas comparando possíveis 
aplicações alternativas do capital.
5958.indb 63 5/5/2010 19:03:51
64 Análise Gerencial de Custos • Bornia
Exemplo 4.6
Uma empresa produz um produto com preço de venda de $ 8 por unidade. 
Os custos variáveis são $ 6 por unidade e os custos fixos totalizam $ 14.000 por 
ano, dos quais $ 4.000 são relativos à depreciação. O patrimônio líquido da em-
presa é de $ 50.000 e sua taxa mínima de atratividade é 10% ao ano. Calcule o 
ponto de equilíbrio contábil.
Resposta: A margem de contribuição unitária é $ 2/unidade (8 – 6) e os cus-
tos fixos são $ 14.000 por ano. O ponto de equilíbrio contábil da empresa é 7.000 
unidades/ano (14.000/2).
Exemplo 4.7
Considerando o mesmo enunciado do Exemplo 4.6, calcular o ponto de equi-
líbrio econômico.
Resposta: A margem de contribuição é $ 2/unidade e os custos de oportu-
nidade são $ 5.000 por ano (50.000 × 0,1). O ponto de equilíbrio econômico é 
9.500 un./ano [(14.000 + 5.000)/2].
Exemplo 4.8
Considerando o mesmo enunciado do Exemplo 4.6, calcular o ponto de equi-
líbrio financeiro.
Resposta: A margem de contribuição unitária é $ 2/un. e os custos desembol-
sáveis são $ 10.000 por ano (14.000 – 4.000). O ponto de equilíbrio financeiro é 
5.000 un./ano (10.000/2).
4.6 MARGEM DE SEGURANçA
A margem de segurança é o excedente da receita da empresa sobre a receita 
no ponto de equilíbrio. Consequentemente, representa o quanto as vendas podem 
cair sem que haja prejuízo para a empresa. Ela pode ser expressa quantitativa-
mente, em unidades físicas ou monetárias, ou sob a forma de índice (percentual). 
Geralmente, a última forma é mais interessante, pois fornece informações mais 
fáceis de serem utilizadas pela administração. De fato, se a margem de segurança 
for dada em quantidades, a gerência terá que compará-la constantemente com a 
receita total. Essa comparação é feita automaticamente pelo cálculo da margem 
de segurança em forma de percentagem, que é simplesmente dividir a margem 
de segurança quantitativa pelas vendas da empresa.
5958.indb 64 5/5/2010 19:03:51
Análise de Custo-Volume-Lucro 65
VENDAS – PONTO DE EQUILÍBRIO
MARGEM DE SEGURANÇA (%) = 
VENDAS
4.7 PONtO DE FEChAMENtO
O ponto de fechamento representa aquele ponto acima do qual não é vanta-
joso para a empresa o encerramento temporário de suas atividades.4 Assim, por 
exemplo, uma empresa que esteja sujeita a forte sazonalidade pode pensar em 
fechar, temporariamente, na época de baixas vendas. Com o fechamento, a em-
presa consegue eliminar parte de seus custos fixos, enquanto que outra parte não 
é afetada (ver seção 2.3.4). O ponto de fechamento é o nível de atividades em 
que a margem de contribuição iguala os custos fixos elimináveis. Se a margem 
de contribuição estiver acima dos custos fixos elimináveis, isso significa que ela 
também cobrirá pelo menos parte dos custos fixos não elimináveis. Se a margem 
de contribuição estiver abaixo, quer dizer que será vantajoso para a empresa en-
cerrar as atividades, já que sua margem de contribuição não cobre nem osseus 
custos fixos elimináveis. Assim,
f
CFE
Q
MC
=
Qf = ponto de fechamento em unidades físicas
CFE = custos fixos elimináveis
mc = margem de contribuição unitária
Exemplo 4.9
Uma empresa produz um produto com margem de contribuição de $ 2 por 
unidade. Os custos fixos totalizam $ 14.000 por ano, dos quais $ 6.000 são elimi-
náveis com o fechamento temporário da empresa e $ 8.000 não são elimináveis 
com o fechamento da mesma. Assim, o ponto de fechamento dessa empresa é de 
3.000 unidades (6.000/2).
4 Note que estamos falando no fechamento temporário da empresa. Se fossemos considerar seu 
fechamento definitivo, o referencial seria o ponto de equilíbrio econômico. Ou seja, se a empresa 
não estiver dando tanto lucro quanto o que seria obtido em outro negócio, o dinheiro investido nela 
seria transferido para aquele outro setor, no longo prazo.
5958.indb 65 5/5/2010 19:03:51

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