Buscar

Caso Concreto IV-Embargos à Execução

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Universidade Estácio de Sá
Campus : Santa Cruz-2020.1
CASO CONCRETO IV
Prática Simulada IV
Aluno: Flávio Pereira Iraçabal
Matrícula: 2015.09.178.783
Execução de Titulo Extrajudicial. Defesa do Executado.
Embargos à Execução
 Pedro de Castro, residente em Florianópolis, Santa Catarina, o procura em seu escritório, narrando os seguintes fatos: Em agosto de 2015, assinou nota promissória assumindo o encargo de avalista do empréstimo de mútuo financeiro contraído por Laura junto ao Banco Quero Seu Dinheiro S.A., com sede no Rio de Janeiro, RJ, no valor de R$300.000,00 (trezentos mil reais) a serem pagos em 30 parcelas mensais e sucessivas.
 Em março de 2016, foi informado pelo Banco que Laura havia deixado de cumprir sua obrigação, a partir da quarta parcela, vencida em dezembro de 2015. Preocupado e objetivando evitar maiores transtornos, Pedro quitou a dívida em 03/04/2016 sem, contudo, ter solicitado que lhe fosse entregue a nota promissória que havia assinado.
 Para seu espanto, há poucos dias, foi informado pelo porteiro do edifício no qual tem seu consultório que havia sido procurado por um oficial de Justiça. Ao diligenciar para inteirar-se dos acontecimentos, Pedro descobriu que o Banco Quero Seu Dinheiro havia ajuizado Ação de Execução fundada emtítulo executivo extrajudicial em face dele e de Laura, que tramita perante o MM. Juízo da 02ª Vara Cível da Comarca de Florianópolis.
 Acreditando tratar-se de um equívoco, Pedro compareceu no dia seguinte ao Cartório da 02ª Vara Cível para consultar os autos do processo, tendo verificado o seguinte: 
a) O Banco estava executando outro empréstimo contraído por Laura, no valor de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais), sendo que o mesmo não possuí qualquer garantia. 
b) Apesar da nota promissória assinada por Pedro estar vinculada ao contrato quitado em abril/2015, o Banco a utilizou para embasar a Execução, tendo, ainda o incluído no pólo passivo. 
c) O Banco requereu a penhora do consultório de Pedro, situado na rua Nóbrega n. 36,sala 801, Centro, Florianópolis, o que foi deferido pelo juiz.
 Aproveitando a ida de Pedro ao cartório, o Oficial de Justiça o intimou da penhora que incide sobre seu imóvel. Diante dos fatos narrados, promova a peça processual cabível à defesa dos interesses de Pedro, esclarecendo que ele apresentou toda a documentação comprobatória de suas alegações.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2° VARA CÍVEL DA COMARCA DE FLORIANOPOLIS/SC
 Distribuição por dependência aos autos da execução nº
PEDRO DE CASTRO, portador da Cédula de Identidade/RG nº .... e do CPF/MF nº ...., residente e domiciliado na Rua .... nº ...., Bairro........, cidade- estado, Endereço eletrônico, vem a presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado, com procuração em anexo onde é qualificado, com fundamento no artigo 914 e seguintes do Código de Processo Civil e demais dispositivos aplicáveis a espécie, apresentar os presentes
EMBARGOS À EXECUÇÃO
em face do
BANCO QUERO SEU DINHEIRO S.A.,
 sociedade empresária, inscrita sob o CNPJ/MF nº __, com sede no Rio de Janeiro, RJ pelas razões fáticas e jurídicas a seguir expostas.
I - DOS FATOS
O autor em agosto de 2014, ora Embargante, assinou nota promissória assumindo o encargo de avalista do empréstimo de mútuo financeiro contraído por Laura junto ao agora Embargado, Banco Quero Seu Dinheiro S.A., com sede no Rio de Janeiro, RJ, no valor de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais)a serem pagos em 30 parcelas mensais e sucessivas. Em março de 2015, foi informado pelo Banco que Laura havia deixado de cumprir sua obrigação, a partir da quarta parcela, vencida em dezembro de 2014. Preocupado e objetivando evitar maiores transtornos, o Embargante quitou a dívida em 03/04/2015 sem, contudo, ter solicitado que lhe fosse entregue a nota promissória que havia assinado. Contudo, em 10 de agosto do corrente ano, foi informado pelo porteiro do edifício no qual tem seu consultório que havia sido procurado por um oficial de Justiça. Ao diligenciar para inteirar-se dos acontecimentos, o Embargante descobriu que o Embargado, havia ajuizado Ação de Execução fundada em título executivo extrajudicial em face dele e de Laura, que tramita nesta vara. Ao consultar o Cartório da 2ª Vara Cível o Embargante verificounos autos do processo o seguinte: 
a) O Banco estava executando outro empréstimo contraído por Laura, no valor de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais),sem qualquer garantia. 
b) Apesar da nota promissória assinada por Pedro estar vinculada ao contrato quitado em abril/2015, o Banco a utilizou para embasar a Execução, tendo, ainda o incluído no polo passivo.
c) O Banco requereu a penhora do consultório de Pedro, situado na rua Nóbrega n. 36, sala 801, Centro, Florianópolis, o que foi deferido pelo juiz. Como o embargante foi ao cartório, o Oficial de Justiça o intimou da penhora que incide sobre seu imóvel.
II - DOS FUNDAMENTOS
 O título obrigacional no qual o Embargante se comprometeu como fiador foi somente o primeiro, o qual já foi devidamente quitado, apesar de não ter recolhido a promissória que assinou, desta forma o mesmo não assumiu nenhum novo vínculo com o segundo empréstimo por livre e espontânea vontade, nem mesmo tinha conhecimento sobre tal transação.
O Banco se aproveitou o documento que tinha em posse para vincular o autor sem seu consentimento sendo assim o título executado é inexequível e inexigível 
 Ademais, uma vez que a avaliação ocorreu sem o consentimento do embargante, resta claro que pode ser considerada de má-fé e indevida. Pois para que uma pessoa se comprometa como avaliador esta tem de estar ciente do ato praticado. E no caso em tela isto não aconteceu. O embargante não autorizou e nem foi comunicado sobre a utilização do documento para celebrar novo negócio, sendo assim não pode ter penhorado seus bens, pois em nenhum momento se comprometeu a assegurar a garantia do segundo negócio celebrado. Destaque-se ainda que o referido título é cobrado indevidamente pois foi feito sem consentimento e sendo assim não pode uma pessoa ser cobrada sem ter contraído tal dívida. Desta forma tem assegurado seu direito como no dispositivo abaixo citado.
Conforme o exposto ,encontra-se fundamentado no presente artigo do CPC citado abaixo:
Art. 917. Nos embargos à execução, o executado poderá alegar :
I - Inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação;
II - Penhora incorreta ou avaliação errônea;
III - Excesso de execução ou cumulação indevida de execuções;
Portanto, resta claro que não houve nenhum vínculo obrigatório, o que torna o título ineficaz para a presente execução. Por derradeiro, deve assim o Embargado ser condenada por litigância de má-fé, nos termos do art. 79 do CPC, bem como condenada ao pagamento de todas as custas e despesas processuais que envolvam a presente lide, inclusive ao pagamento de honorários advocatícios.
III - DOS PEDIDOS
 Diante do exposto, o embargante requer:
a) A citação do réu, para, querendo oferecer a impugnação.
b)  Seja a execução julgada improcedente, desconstituindo assim o título executivo de acordo com o art.918 II NCPC (O juiz rejeitará liminarmente os embargos: II - nos casos de indeferimento da petição inicial e de improcedência liminar do pedido;
c) Consequente a condenação da empresa embargada, por litigância de má-fé que seja a mesma condenada ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios conforme artigos 79 e 84 NCPC
d) Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em Direito admitidas conforme art.319 IV.
e) que seja atribuído o efeito suspensivo;
f) A condenação do embargado ao ônus da sucumbência;
g) Desconstituição de penhora por ser indevida;
h) Custas e honorários de 10%.
Dá-se o valor da causa de R$ 15.000,00 (quinze mil reais).
Termos em que,
Pede e espera deferimento.
(local), (data)
(Nome completo do Advogado)
OAB n°:

Continue navegando