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Universidade Estácio de Sá Campus : Santa Cruz-2020.1 CASO CONCRETO V Prática Simulada IV Defesa do Executado. Impugnação. Cumprimento de sentença Deustêmio, de posse de uma sentença estrangeira condenatória contra Zílio, devidamente homologada perante o Superior Tribunal de Justiça, propõe a competente execução perante uma das Varas Cíveis da Comarca de São Paulo, local onde reside o devedor, tendo sido distribuída para a 30ª. Vara Cível. Ocorre que o bem penhorado não é da propriedade de Zílio, pois trata-se de veículo de propriedade da empresa em que ele trabalha, estando na sua posse para exercício da profissão. Além do mais, os cálculos elaborados pelo credor estão em desconformidade com o disposto na sentença. Como advogado de Zílio, elabore a defesa cabível. EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 30.ª VARA CÍVEL DO FORO CENTRAL DA COMARCA DA CAPITAL-SP. Processo nº (número) ZÍLIO SOBRENOME, estado civil, profissão, nacionalidade, portador da cédula de identidade nº, inscrito no CPF sob o nº, residente e domiciliado a Rua, nº, bairro, cidade/UF, Cep, por seu advogado abaixo assinado, com escritório profissional a Rua, nº, bairro, cidade/UF, para onde requer desde já sejam remetidas futuras intimações, vem, respeitosamente perante Vossa Excelência, com fundamento no artigo 525 CPC e mais disposições aplicáveis à espécie, apresentar a presente IMPUGNAÇÃO nos autos que lhe move DEUSTÊMIO SOBRENOME, estado civil, profissão, nacionalidade, portador da cédula de identidade nº, inscrito no CPF sob o nº, residente e domiciliado a Rua, nº, bairro, cidade/UF, Cep,, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos: I- DOS FATOS DEUSTÊMIO, ora impugnante, de posse de uma sentença condenatória, deu início à fase de cumprimento de sentença em face de ZÍLIO, ora impugnado. Cabe informar, que o bem penhorado trata-se de um veículo. Em decorrência de tal penhora, apresenta o impugnante, tempestivamente, a presente impugnação, pois o bem penhorado é de propriedade da empresa a qual o IMPUGNANTE trabalha, ou seja, o bem não pertence ao IMPUGNANTE, está apenas em sua posse para o exercício de sua profissão. Além do mais, os cálculos elaborados pelo impugnado não estão de acordo com o disposto na sentença. Razão pela qual, se faz necessário a presente impugnação. II- DOS FUNDAMENTOS DA INCOMPETENCIA ABSOLUTA DO JUIZO A priori, no caso em comento, há que se observar que a presente demanda foi proposta em foro absolutamente incompetente, pois a competência para julgar a matéria agitada nesta demanda é da Justiça Federal, conforme preceitua o art. 109, inciso X, da CRFB/88. A Justiça Estadual é absolutamente incompetente, em razão da matéria, para processar e julgar a presente ação. Pois a execução fora fundada em sentença estrangeira homologada pelo STJ, sendo a Justiça Federal o juízo competente para julgar a Ação de Execução baseada e título judicial de sentença estrangeira, devendo ser remetido os autos ao juízo correto. Oportuno destacar o artigo 525, VI, do CPC/15. Diante do acima exposto, requer seja determinado a remessa dos autos ao juízo competente. III- DO EXCESSO DA EXECUÇÃO Destaca-se, que no presente caso, há ocorrência de excesso de execução, pois na fase de cumprimento de sentença está sendo processada por valor diverso daquele constante no título art. 525, V e § 4.º CPC/15. Desta forma, os cálculos elaborados pelo EXEQUENTE estão em desconformidade com o disposto na sentença estrangeira homologada. Assim, portamos da planilha em anexo, o valor do debito, é de R$ (por extenso) e não R$ (por extenso) como intenta o EXEQUENTE. A planilha atualizada e de acordo com o valor em que o EXECUTADO fora condenado está anexada aos autos. Conforme disposto no art. 525, § 4.º do CPC/15. Destarte, a fase de cumprimento de sentença deve prosseguir com base no valor aqui indicado conforme planilha em anexo. IV- DA NULIDADE DE PENHORA: CONSTRIÇÃO JUDICIAL DE BEM DE TERCEIRO E NÃO DO DEVEDOR Consoante se depreende do auto de penhora em anexo, houve a constrição veículo. Contudo, nos termos do documento ora anexado, percebe-se claramente que tal bem NÃO É DE PROPRIEDADE do IMPUGNANTE. O veículo, como facilmente se percebe do certificado de registro, é de propriedade da empresa, da qual o IMPUGNANTE é empregado. O veículo está na posse de ZÍLIO apenas para o exercício de sua profissão. Assim, considerando que houve penhora de bem de terceiro, é indubitável que a mesma é INDEVIDA, devendo ser prontamente CANCELADA. O mesmo pensamento faz-se pulsar nas veias da jurisprudência como se pode verificar a seguir: Outrossim, há risco de dano pelo simples fato desta fase de cumprimento de sentença prosseguir por um valor superior ao devido, já que o nome do impugnado é colocado como devedor de quantia superior à efetivamente devida. V- Do Pedido e dos requerimentos Diante do exposto, requer-se e pede-se: a) liminarmente, a atribuiçã de efeito suspensivo a esta impugnação; b) a intimação do impugnado, na pessoa de seu procurador, para que, querendo, apresente resposta a esta impugnação; c) o levantamento da penhora realizada, tendo em vista ser o bem constrito de propriedade de terceiro; d) a procedência desta impugnação, reconhecendo-se como correto o valor apontado pelo impugnante e não aquele cobrado pelo impugnado (excesso de execução); e) a condenação do impugnado ao pagamento de custas, honorários advocatícios e demais despesas. f) requer provar o alegado, por todos os meios em direito admitidos, especialmente pelos documentos ora juntados, mas também, caso V. Exa, entenda necessário, por perícia contábil (divergência nos cálculos) e outros meios previstos em lei. Termos em que, Pede deferimento. Local / Data (Nome e assinatura do Advogado) OAB n. (número)
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