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DIREITO DAS OBRIGAÇÕES 
 
PAGAMENTO 
 Quem deve pagar, quem deve receber, o que se deve pagar, tempo e local do 
pagamento. 
Há dois possíveis desfechos para a obrigação: ou elas são cumpridas 
(adimplemento) ou elas são descumpridas (inadimplemento). 
O adimplemento é o fim desejado, a solução ideal para a obrigação. 
Hoje o conceito de adimplemento está muito mais amplo. O dever do devedor 
não se limita apenas a obrigação principal. Há uma serie de deveres para 
ambas as partes, num processo dialético e dinâmico onde tem lugar os deveres 
anexos e laterais. O conceito de adimplemento passa a ser mais dinâmico e 
passa a incorporar a função social. Averigua-se a legitima expectativa das 
partes e partir daí averiguar se o comportamento do credor e do devedor fora 
adequado. 
Adimplemento e pagamento - O Adimplemento é algo mais amplo 
relacionado ao pleno cumprimento da obrigação, com a satisfação do credor. 
Inclui os deveres anexos ,a boa-fé, a lealdade. Já o pagamento é o 
oferecimento da prestação principal. 
Animus Solvendi - o propósito/a intenção de pagar 
Natureza jurídica do pagamento→ há quem entenda que é fato jurídico e há 
quem entenda ser ato jurídico (costuma ser a regra), porem pode variar de 
acordo com a situação concreta. 
A analise dos negócios jurídicos deve ser feita sob os 3 planos: 
O da existência, validade, eficácia. 
QUEM DEVE PAGAR? 
Em regra quem paga é o solvens (direito romano) ou seja o devedor. Se for 
obrigação personalíssima somente a pessoa (intuitu personae debitoris). Ex: 
contratação de famosa sertaneja para cantar em casamento. Outra pessoa não 
vale como cumprimento da obrigação. 
Terceiros → Por haver um interesse social no cumprimento das obrigações, é 
comum que se admita que terceiro cumpra a obrigação. Pode até mesmo 
forçar-se o cumprimento de uma obrigação quando o credor negar-se a receber 
por exemplo consignação em pagamento. 
Terceiro interessado - Art. 304 CC. Qualquer interessado pode pagar a 
dívida. Ex: fiador. 
Terceiro não interessado→ É aquele cuja esfera jurídica não é afetada pela 
relação jurídica obrigacional que vincula credor e devedor, mas mesmo assim 
paga. O devedor pode opor-se. Na prática não é comum. 
 Terceiro interessado pagando em seu próprio nome - Uma pessoa paga a 
divida de outrem passando a ser o novo credor do devedor. 
Pagamento com oposição de terceiro (art. 306 cc) - O efeito desse 
pagamento por terceiros é a liberação do devedor em reembolsa-lo. O terceiro 
pagou por que quis, mesmo o devedor estando contra o pagamento. 
Pagamento defeituoso (art. 307cc) - Ninguém pode pagar mais do que tem. 
Se uma pessoa não é dona da coisa ela não pode transferir. O pagamento logo 
não terá eficácia. A obrigação pode resolver-se em perdas e danos. O 
verdadeiro proprietário pode perseguir a coisa aonde quer que ela esteja. O 
parágrafo único do referido artigo trata da consumação do bem. Ex: bolo. 
Sujeito comera um bolo de outrem. Depende se houve ma fé ou boa-fé. Se ma 
fé, tem direito a indenização. 
 
A QUEM SE DEVE PAGAR? 
Credor→ Como regra o devedor paga a divida ao credor que recebe a 
prestação, objeto da obrigação. Credor é o titular do direto subjetivo ativo 
contido na relação obrigacional, é aquele que detém o credito. A obrigação 
pode nascer com o credor mas pode migrar para outrem. O credor portanto 
será aquele que no momento do pagamento, for o titular do credito. 
Representação e Presentação. - Na representação o pagamento é feito a 
uma pessoa e o ato é eficaz porque o representante recebe em nome do 
credor. Deve-se ater ao fato se a pessoa de fato representa o credor. Se não o 
representar, o pagamento não terá efeito de extinguir a relação obrigacional. E 
quem paga mal, paga duas vezes. 
Portador da quitação - Art. 311 CC. É aquele que ao receber o pagamento, 
entrega a quitação ao devedor. Deve-se ter a certeza de quem dá a quitação 
tem poderes para tanto. O pagamento também pode ser feito a terceiro porem 
tal especificidade deve estar presente no título da obrigação. 
Sucessão - O credor pode em regra pode transferir o crédito. Em caso de 
falecimento, o credito passar a ser direito dos sucessores. 
Credor putativo - Aparenta ser o credor mas não é. Erro que um homem 
médio poderia cometer. Nesse caso se o devedor pagou de boa-fé, achando o 
credor era o verdadeiro a obrigação está adimplida. Ex: durante 2 anos o 
inquilino paga aluguel a empregada do proprietário. Porem ela foi demitida e 
mesmo assim passara para cobrar o aluguel. Não sabendo da situação o 
inquilino paga a ela. Há proteção porque houve boa fé. Aplica-se a teoria da 
aparência que como regra protege o terceiro de boa fé uma vez que o devedor 
tem motivos de achar que oferece o pagamento a pessoa certa. 
Credor incapaz de quitar - Art. 310 CC. O pagamento feito ao credor incapaz 
de quitar de regra não terá eficácia. Há porem exceções. 
O OBJETO DO PAGAMENTO E SUA PROVA 
Em primeiro lugar, a obrigação deve existir. Sem objeto não há obrigação. O 
objeto será sempre um ato humano de dar fazer ou não fazer. Será a entrega 
de uma coisa, o desempenho de uma atividade ou uma abstenção. 
Coisas futuras - As coisas futuras podem ser objeto de uma obrigação. Ex: 
safra, ninhada de filhotes. 
Coisa de terceiro - Ninguém pode transferir mais direitos do que tem. 
Ninguém pode por exemplo vender uma propriedade que não é sua. Porem há 
exceções por ex uma pessoa contrata alguém para entregar certa obra de arte 
que não é sua, mas será encomendada a terceiro. Ate o dia pactuado da 
entrega, o negocio é valido. Porem se não conseguir entregar fica 
inadimplente. 
Principio da identidade das prestações - O objeto da prestação deve ser 
licito e não pode violar os bons costumes. O art. 313 CC traz o conceito de 
identidade da prestação também chamado do principio da exatidão. O credor 
não está obrigado a receber nem pode requerer algo diverso da prestação. Em 
regra, a obrigação é indivisível e deve ser oferecida ao credor de uma única 
vez. A regra é que a prestação seja entregue no tempo no lugar e na forma 
identificada na obrigação. 
Adimplemento substancial - Considera as situações nos quais quase a 
totalidade da prestação foi cumprida, ficando uma pequena parcela apenas, ou 
seja , a falha do devedor é mínima. A obrigação foi substancialmente cumprida. 
Dessa forma o credor não poderá reclamar a resolução da obrigação mas 
apenas uma indenização do devedor referente a parcela mínima que não foi 
entregue. A única medida que tem o credor é cobrar o que falta. O problema é 
chegar ao consenso o que é substancial. Não existe uma regra, mas quem 
paga, por exemplo, 90% da prestação pode dizer que ela foi substancialmente 
adimplida. Muito utilizada em financiamentos da casa própria, de carro, 
seguros. 
Obrigações pecuniárias - As dividas em dinheiro em regra devem ser pagas 
na data do vencimento. É licito pactuar aumento progressivo das prestações. 
Ex-aluguel com clausula anual de reajuste conforme inflação. 
Curso forçado da moeda - Os negócios devem ser feitos em moeda nacional, 
o real. Quando não, devem ser convertidos em real. Mesmo reajuste do 
contrato deve ser em moeda nacional o objetivo é controlar e proteger a 
economia. Há de se ater que o próprio artigo 318 CC traz exceções que são 
trazidas em leis especiais como importação e exportação. 
Pagamento em mercadoria - Não há restrição ao pagamento em mercadoria. 
Ex cabeças de gado . As dividas também além de ser em dinheiro em espécie 
podem ser de valores a serem apuradas no futuro. Exemplo pagamento em 
dólar (100 mil dólares) que no dia do cumprimento da obrigação deve ser 
convertido em real e será descoberto o verdadeiro valor do montante, a 
depender da taxa do banco central. 
Pagamento antecipado - Pode ser compactuado para o pagamento ser 
adiantado, comumente abatendo-se juros que ainda não venceram. Ha no caso 
uma redução proporcionalda dívida. Muito utilizado em antecipação de 
pagamento de contratos de financiamento de imóveis. 
 
PAGAMENTO EM CONSIGNAÇÃO 
A via normal de extinção das obrigações é através do pagamento ou 
cumprimento voluntário da obrigação pelo devedor perante o credor. Quando 
isto não ocorre, o código civil concede ao devedor a possibilidade de liberar-se 
do vínculo obrigacional através do pagamento por consignação (artigos 334 a 
345). Assim, o pagamento é efetivado com o depósito judicial ou extrajudicial, 
da quantia ou coisa devida, o qual, sendo aceito pelo credor ou reconhecido 
como válido e suficiente pelo juiz, torna extinta a obrigação, liberando o 
devedor da obrigação. 
O Código de Processo Civil, com as alterações introduzidas, pela lei 8.591, de 
13 de dezembro de 1994, nos artigos 890 e seguintes, permite ao devedor (ou 
ao terceiro interessado no pagamento) a realização do depósito extrajudicial de 
qualquer prestação pecuniária, inclusive aquelas relativas a aluguel e encargos 
da locação, desde que presentes os seguintes requisitos: 
a) Que o depósito tenha por objeto uma determinada quantia em dinheiro; 
b) A existência, no lugar do pagamento, de estabelecimento bancário, oficial ou 
particular, prevalecendo o primeiro sobre o segundo; 
c) A inequívoca ciência, por parte do interessado no depósito, de quem seja o 
credor; 
d) A também inequívoca ciência, pelo depositante, do local do domicílio do 
credor; 
e) A plena capacidade civil deste último, que não poderá, no caso de ser 
capaz, ter sido decretada a sua insolvência ou falência; 
f) A inexistência de litígio envolvendo a prestação que se pretende depositar. 
Realizando o depósito e cientificado o credor por via postal, este poderá adotar 
uma entre as seguintes atitudes: 
a) Não manifesta formalmente sua recusa no decêndio previsto em lei (que 
começa a fluir da data da recepção da carta que lhe foi encaminhada pelo 
depositante), ficando assim caracterizada a aceitação tácita do depósito, 
operando-se o pagamento por consignação previsto em lei, com a consequente 
liberação do devedor da obrigação, permanecendo a quantia depositada à 
disposição do credor; 
b) manifesta por escrito, junto ao banco depositário, a sua recusa à recepção 
da quantia depositada, caso em que, frustrado o depósito, ao depositante é 
facultado promover a Ação consignatória no prazo de trinta dias. 
 
Ação de Consignação em Pagamento (Artigos 890 a 900): 
Art. 890. Nos casos previstos em lei, poderá o devedor ou terceiro requerer, 
com efeito de pagamento, a consignação da quantia ou da coisa devida. 
Arts. 334 a 345 do Código Civil. 
Lei nº 1.869, de 27 de maio de 1953, que dispõe sobre o recolhimento das 
consignações. 
 § 1º Tratando-se de obrigação em dinheiro, poderá o devedor ou terceiro optar 
pelo depósito da quantia devida, em estabelecimento bancário oficial, onde 
houver situado no lugar do pagamento, em conta com correção monetária, 
cientificando-se o credor por carta com aviso de recepção, assinado o prazo de 
10 dias para a manifestação de recusa. 
§ 2º Decorrido o prazo referido no parágrafo anterior, sem a manifestação de 
recusa, reputar-se-á o devedor liberado da obrigação, ficando à disposição do 
credor a quantia depositada. 
§ 3º Ocorrendo a recusa, manifestada por escrito ao estabelecimento bancário, 
o devedor ou terceiro poderá propor, dentro de trinta dias, a Ação de 
consignação, instruindo a inicial com a prova do depósito e da recusa. 
§ 4º Não proposta a Ação no prazo do parágrafo anterior, ficará sem efeito o 
depósito, podendo levantá-lo o depositante. 
Art. 891. Requerer-se-á a consignação no lugar do pagamento, cessando para 
o devedor, tanto que se efetue o depósito, os juros e os riscos, salvo se for 
julgada improcedente. 
Art. 100, IV, d, do Código de Processo Civil. 
Parágrafo único: Quando a coisa devida for corpo que deva ser entregue no 
lugar em que está, poderá o devedor requerer a consignação no foro em que 
ela se encontra. 
Art. 892. Tratando-se de prestações periódicas, uma vez consignada a 
primeira, pode o devedor continuar a consignar, no mesmo processo e sem 
mais formalidades, as que se forem vencendo, desde que os depósitos sejam 
efetuados até 5 (cinco) dias, contados da data do vencimento. 
Art. 893. O autor, na petição inicial, requererá: 
Art. 260 do Código de Processo Civil. 
I - o depósito da quantia ou da coisa devida, a ser efetivado no prazo de cinco 
dias contados do deferimento, ressalvada a hipótese do § 3º do art. 890; 
Art. 62, II, da Lei nº 8.245, de 18 de outubro de 1991 (Lei de Locação de 
Imóveis Urbanos). 
II - a citação do réu para levantar o depósito ou oferecer resposta. 
Art. 894. Se o objeto da prestação for coisa indeterminada e a escolha couber 
ao credor, será este citado para exercer o direito dentro de 5 (cinco) dias, se 
outro prazo não constar de lei ou do contrato, ou para aceitar que o devedor o 
faça, devendo o juiz, ao despachar a petição inicial, fixar lugar, dia e hora em 
que se fará a entrega, sob pena de depósito. 
Art. 895. Se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o 
pagamento, o autor requererá o depósito e a citação dos que o disputam para 
provarem o seu direito. 
Art. 896. Na contestação, o réu poderá alegar que: 
I - não houve recusa ou mora em receber a quantia ou coisa devida; 
II - foi justa a recusa; 
III - o depósito não se efetuou no prazo ou no lugar do pagamento; 
IV - o depósito não é integral. 
Parágrafo Único: No caso do inciso IV, a alegação será admissível se o réu 
indicar o montante que entende devido. 
Art. 897. Não oferecida a contestação, e ocorrentes os efeitos da revelia, o juiz 
julgará procedente o pedido, declarará extinta a obrigação e condenará o réu 
nas custas e honorários advocatícios. 
Parágrafo Único: Proceder-se-á do mesmo modo se o credor receber e der 
quitação. 
Art. 898. Quando a consignação se fundar em dúvida sobre quem deva 
legitimamente receber, não comparecendo nenhum pretendente, converter-se-
á o depósito em arrecadação de Bens de ausentes. 
Comparecendo apenas um, o juiz decidirá de plano. 
Comparecendo mais de um, o juiz declarará efetuado o depósito e extinta a 
obrigação, continuando o processo a correr unicamente entre os credores; 
caso em que se observará o procedimento ordinário. 
Art. 899. Quando na contestação o réu alegar que o depósito não é integral, é 
lícito ao autor completá-lo, dentro em 10 (dez) dias, salvo se corresponder a 
prestação, cujo inadimplemento acarrete a rescisão do contrato. 
§ 1º Alegada a insuficiência do depósito, poderá o réu levantar, desde logo, a 
quantia ou a coisa depositada, com a consequente liberação parcial do autor, 
prosseguindo o processo quanto à parcela controvertida. 
§ 2º A sentença que concluir pela insuficiência do depósito determinará, 
sempre que possível, o montante devido, e, neste caso, valerá como título 
executivo, facultado ao credor promover-lhe a execução nos mesmos autos. 
Art. 900. Aplica-se o procedimento estabelecido neste Capítulo, no que couber, 
ao resgate do aforamento. 
O pagamento em consignação é meio indireto de pagamento, ou pagamento 
especial, incluindo-se nessa categoria, também o pagamento com sub-rogação 
a imputação do pagamento e a dação em pagamento. 
Pagar além de ser um dever é também um direito do devedor. Se não for 
possível realizar o pagamento diretamente ao credor, em razão de recusa 
injustificada deste em receber, ou de alguma outra circunstancia, poderá se 
utilizar da consignação em pagamento, para não incorrer em mora e nas suas 
consequências. 
O Código Civil estabelece em seu artigo 334 que “Considera-se pagamento, e 
extingue a obrigação, o depósito judicial ou em estabelecimento bancário da 
coisa devida, nos casos e forma legais.”. 
Observe que o código usa a expressão “coisa devida”, indicando que é 
permitida a consignação não só de dinheiro, mas também de Bensmoveis ou 
imóveis. 
O credor, por exemplo, que se recusar a receber qualquer bem móvel que 
havia adquirido ou encomendado sob a justificativa de que no momento não 
dispõe de local para guardá-los ou por outra razão, enseja à parte que deseja 
entregá-lo, consigná-los judicialmente. Destaque-se que em decorrência de sua 
natureza, não cabe a consignação nas obrigações de fazer e de não fazer. 
A consignação é instituto de direito material e de direito processual. O Código 
Civil menciona os fatos que autorizam a consignação, enquanto que o modo de 
fazê-lo está previsto no CPC. 
A consignação não é mais considerada, como outrora, ação executiva inversa, 
somente admissível quando a dívida fosse de valor liquido e certo, mas sim 
ação de natureza declaratória, podendo ser ajuizada também quando houver 
dúvida sobre o exato valor da obrigação. Tem sido muito comum com 
mutuários do Sistema Financeiro da Habitação, que consignam judicialmente o 
valor da prestação que considera devido, contrariando o pretendido pelo 
agente financeiro. Assim, a ação é proposta para que se declare o valor correto 
das prestações a serem pagas. Código Civil. 
Art. 334. Considera-se pagamento, e extingue a obrigação, o depósito judicial 
ou em estabelecimento bancário da coisa devida, nos casos e forma legais. 
Art. 338. Enquanto o credor não declarar que aceita o depósito, ou não o 
impugnar, poderá o devedor requerer o levantamento, pagando as respectivas 
despesas, e subsistindo a obrigação para todas as consequências de direito. 
Art. 339. Julgado procedente o depósito, o devedor já não poderá levantá-lo, 
embora o credor consinta, senão de acordo com os outros devedores e 
fiadores. 
Art. 340. O credor que, depois de contestar a lide ou aceitar o depósito, 
aquiescer no levantamento, perderá a preferência e a garantia que lhe 
competiam com respeito à coisa consignada, ficando para logo desobrigados 
os co-devedores e fiadores que não tenham anuído. 
Art. 343. As despesas com o depósito, quando julgado procedente, correrão à 
conta do credor, e, no caso contrário, à conta do devedor. 
Art. 344. O devedor de obrigação litigiosa exonerar-se-á mediante 
consignação, mas, se pagar a qualquer dos pretendidos credores, tendo 
conhecimento do litígio, assumirá o risco do pagamento. 
Art. 345. Se a dívida se vencer, pendendo litígio entre credores que se 
pretendem mutuamente excluir, poderá qualquer deles requerer a consignação. 
Fatos que autorizam a consignação: Código Civil 
Art. 335. A consignação tem lugar: 
I - se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, 
ou dar quitação na devida forma; 
II - se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e 
condição devidos; 
III - se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, 
ou residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil; 
IV - se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do 
pagamento; 
V - se pender litígio sobre o objeto do pagamento. 
Art. 341. Se a coisa devida for imóvel ou corpo certo que deva ser entregue no 
mesmo lugar onde está, poderá o devedor citar o credor para vir ou mandar 
recebê-la, sob pena de ser depositada. 
Art. 342. Se a escolha da coisa indeterminada competir ao credor, será ele 
citado para esse fim, sob cominação de perder o direito e de ser depositada a 
coisa que o devedor escolher; feita a escolha pelo devedor, proceder-se-á 
como no artigo antecedente. 
Decreto-Lei 58, de 10/12/1937 
Dispõe sobre o Loteamento e a Venda de Terrenos Para Pagamento em 
Prestações. 
Art. 17. Pagas todas as prestações do preço, é lícito ao compromitente 
requerer a intimação judicial do compromissário para, no prazo de 30 (trinta) 
dias, que correrá em cartório, receber a escritura de compra e venda. 
Parágrafo Único: Não sendo assinada a escritura nesse prazo, depositar-se- á 
o lote comprometido por conta e Risco do compromissário, respondendo este 
pelas despesas judiciais e custas do depósito. 
Lei 492, de 30/08/1937 
Regula o Penhor Rural e a Cédula Pignoratícia. 
Art. 19. É a cédula rural pignoratícia resgatável a qualquer tempo, desde que 
se efetue o pagamento de sua importância, mais os juros devidos até ao dia da 
liquidação, e em caso de recusa por parte do endossatário constante do 
registro, pode o devedor fazer a consignação judicial da importância total da 
dívida Capital e juros até ao dia do depósito, citado aquele e notificado o oficial 
do registro imobiliário competente para o cancelamento da transcrição e 
anotação no verso da folha do talão arquivando a respectiva contra-fé, de que 
constará o teor do termo depósito. 
Parágrafo Único: A consignação judicial libera os Bens ou animais 
empenhados, subrogando-se o vínculo real pignoratício na quantia depositada. 
Art. 21. Cancela-se a transcrição do penhor rural: 
III - pela consignação judicial da importância total da dívida, Capital e juros, até 
ao dia do depósito; 
Requisitos de validade: 
Para que a consignação tenha força de pagamento, deve ser observado o 
disposto no artigo 336 Código Civil. 
Art. 336. Para que a consignação tenha força de pagamento, será mister 
concorram, em relação às pessoas, ao objeto, modo e tempo, todos os 
requisitos sem os quais não é válido o pagamento. 
Assim, em relação às pessoas, deve ser feito pelo devedor e ao verdadeiro 
credor, sob pena de não valer, salvo se ratificado por este ou se reverter em 
seu proveito (arts. 304 e s., 308 e 876) Código Civil. 
Art. 304. Qualquer interessado na extinção da dívida pode pagá-la, usando, se 
o credor se opuser, dos meios conducentes à exoneração do devedor. 
Parágrafo único. Igual direito cabe ao terceiro não interessado, se o fizer em 
nome e à conta do devedor, salvo oposição deste. 
Art. 305. O terceiro não interessado, que paga a dívida em seu próprio nome, 
tem direito a reembolsar-se do que pagar; mas não se sub-roga nos direitos do 
credor. 
Parágrafo Único: Se pagar antes de vencida a dívida, só terá direito ao 
reembolso no vencimento. 
Art. 306. O pagamento feito por terceiro, com desconhecimento ou oposição do 
devedor, não obriga a reembolsar aquele que pagou, se o devedor tinha meios 
para ilidir a ação. 
Art. 307. Só terá eficácia o pagamento que importar transmissão da 
propriedade, quando feito por quem possa alienar o objeto em que ele 
consistiu. 
Parágrafo Único: Se se der em pagamento coisa fungível, não se poderá mais 
reclamar do credor que, de boa-fé, a recebeu e consumiu, ainda que o solvente 
não tivesse o direito de aliená-la. 
Art. 308. O pagamento deve ser feito ao credor ou a quem de direito o 
represente, sob pena de só valer depois de por ele ratificado, ou tanto quanto 
reverter em seu proveito. 
Art. 876. Todo aquele que recebeu o que lhe não era devido fica obrigado a 
restituir; obrigação que incumbe àquele que recebe dívida condicional antes de 
cumprida a condição. 
Quanto ao objeto, exige-se a integralidade do depósito, porque o credor não é 
obrigado a aceitar pagamento parcial. 
O modo será o convencionado, não se admitindo, por exemplo, pagamento em 
prestações quando estipulado que deve ser vista. 
Quanto ao tempo, deve ser também, o fixado no contrato, não podendo 
efetuar-se antes de vencida a divida, se assim foi convencionado. 
Segundo Carlos Roberto Gonçalves, a mora do devedor, por si só, não impede 
a propositura da ação de consignação em pagamento, se ainda não provocou 
consequências irreversíveis, pois tal ação pode ser utilizada tanto para prevenir 
como para emendar a mora. 
O depósito requerer-se-á no lugar do pagamento, cessando, tanto que se 
efetue, para o depositante, os juros da divida e os riscos, salvo se for julgado 
improcedente (CC, art. 337). 
Sendo quesível (que se pode buscar) a dívida, o pagamento efetua-se no 
domicílio do devedor; sendo portável (obrigação ou dívida que se tem de pagar 
no domicílio do credor),no do credor (CC, art. 327), podendo haver, ainda, foro 
de eleição. Código Civil. 
Art. 337. O depósito requerer-se-á no lugar do pagamento, cessando, tanto que 
se efetuem, para o depositante, os juros da dívida e os riscos, salvo se for 
julgado improcedente. 
Se a coisa devida for imóvel ou corpo certo (coisa certa) que deva ser entregue 
no mesmo lugar onde está, poderá o devedor citar o credor para vir ou mandar 
recebê-la, sob pena de ser depositada (CC art. 341). Código Civil. 
Art. 341. Se a coisa devida for imóvel ou corpo certo que deva ser entregue no 
mesmo lugar onde está, poderá o devedor citar o credor para vir ou mandar 
recebê-la, sob pena de ser depositada. 
Em se tratando de coisa indeterminada (incerta), faltando à escolha da 
qualidade e se esta competir ao credor, o devedor não será obrigado a 
permanecer aguardando indefinidamente que ela se realize, podendo citá-lo 
para esse fim, sob cominação de perder o direito e de ser depositada a coisa 
que o devedor escolher; feita a escolha por este, "proceder-se-á como no artigo 
antecedente” (art. 342). Código Civil. 
Art. 342. Se a escolha da coisa indeterminada competir ao credor, será ele 
citado para esse fim, sob cominação de perder o direito e de ser depositada a 
coisa que o devedor escolher; feita a escolha pelo devedor, proceder-se-á 
como no artigo antecedente. 
O art. 338 do Código Civil, nos comentários de Carlos Roberto Gonçalves, 
autoriza o devedor a levantar o depósito, pagando as respectivas despesas, 
enquanto o credor não declarar que o aceita, ou não o impugnar. Se ocorrer o 
levantamento, a obrigação subsiste, com todas as suas consequências. Por 
sua vez, o art. 339 trata da impossibilidade de levantamento do objeto 
depositado, depois de julgado procedente o depósito, mesmo havendo 
anuência do credor, quando existirem outros devedores e fiadores. Procura-se, 
dessa forma, resguardar os direitos destes, pois a procedência da ação 
extingue a obrigação, acarretando a exoneração dos devedores solidários. Se 
estes, no entanto, concordarem com o levantamento, deixará de existir o 
impedimento legal. 
O art. 892 CC permite, quando se trata de prestações periódicas, a 
continuação dos depósitos no mesmo processo, depois de efetuado o da 
primeira, desde que se realizem até cinco dias da data do vencimento. O 
parágrafo único do art. 896 do mesmo diploma obriga o demandado que alegar 
insuficiência do depósito a indicar o montante que entende devido. Código de 
Processo Civil. 
Art. 892. Tratando-se de prestações periódicas, uma vez consignada a 
primeira, pode o devedor continuar a consignar, no mesmo processo e sem 
mais formalidades, as que se forem vencendo, desde que os depósitos sejam 
efetuados até 5 (cinco) dias, contados da data do vencimento. 
 
 
PAGAMENTO COM SUB-ROGAÇÃO 
O pagamento com sub-rogação, previsto nos artigos 346 a 351 do Código Civil, 
traduz o cumprimento da obrigação por terceiro, com a consequente 
substituição de credores. Ou seja, uma dívida é paga por um terceiro que 
adquire o crédito e satisfaz o credor. Há uma substituição de pessoas, porém, 
não há extinção da dívida e nem liberação do devedor, que passa a dever a 
esse terceiro. O pagamento com sub-rogação nunca será gratuito, sempre 
haverá um pagamento antes da substituição. 
 
Espécies de Pagamento com sub-rogação: 
(A) Pagamento com sub-rogação legal: quem determina a substituição é a 
lei, independente da vontade das partes. 
 
Art. 346. A sub-rogação opera-se, de pleno direito, em favor: 
 I - do credor que paga a dívida do devedor comum; 
 II - do adquirente do imóvel hipotecado, que paga a credor hipotecário, 
bem como do terceiro que efetiva o pagamento para não ser privado de 
direito sobre imóvel; 
 III - do terceiro interessado, que paga a dívida pela qual era ou podia 
ser obrigado, no todo ou em parte. 
 
(B) Pagamento com sub-rogação convencional: quem determina a 
substituição é o contrato. 
 
Art. 347. A sub-rogação é convencional: 
I - quando o credor recebe o pagamento de terceiro e expressamente 
lhe transfere todos os seus direitos; 
II - quando terceira pessoa empresta ao devedor a quantia precisa para 
solver a dívida, sob a condição expressa de ficar o mutuante sub-rogado 
nos direitos do credor satisfeito. 
 
 
 
IMPUTAÇÃO DO PAGAMENTO 
 
A imputação do pagamento ocorre quando o pagamento é insuficiente 
para saldar todas as dívidas junto ao credor. 
 
A pessoa obrigada por dois ou mais débitos da mesma natureza, a um 
só credor, tem o direito de indicar a qual deles oferece pagamento, se 
todos forem líquidos e vencidos. 
 
Elementos ou requisitos: 
São elementos da imputação ao pagamento: 
 
· Pluralidade de débitos; 
· Identidade entre credor e devedor; 
· Natureza dos débitos; 
· Débitos líquidos e vencidos; 
· Pagamento deve ser suficiente para cobrir alguma divida. 
 
 
Imputação do devedor: 
 
Ocorre quando o devedor indica qual dívida que está sendo quitada com 
o pagamento. 
Imputação do credor: 
 
Não tendo o devedor declarado em qual das dívidas liquidas e vencidas 
quer imputar o pagamento, se aceitar a quitação de uma delas, não terá 
direito a reclamar contra a imputação feita pelo credor, salvo provando 
haver ele cometido violência ou dolo. 
 
Imputação feita pela lei: 
 
Se o devedor não indicar a qual débito oferece pagamento, e a quitação 
for omissa quanto à imputação, esta se fará nas dívidas líquidas e 
vencidas em primeiro lugar. Se as dividas forem todas líquidas e 
vencidas ao mesmo tempo, a imputação far-se-á na mais onerosa. 
 
Preferência da imputação nos juros 
 
Havendo capital e juros, o pagamento imputar-se-á primeiro nos juros 
vencidos, e depois no capital, salvo estipulação em contrário, ou se o 
credor passar a quitação por conta do capital. 
 
Código Civil - artigos 352 a 355. 
 
 
 
DAÇÃO EM PAGAMENTO 
 
Dação em pagamento é um acordo convencionado entre credor e 
devedor, onde o credor pode consentir em receber prestação diversa da 
que lhe é devida. 
O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é 
devida, mesmo que esta seja mais valiosa. 
 
Aplicação das Normas de Contrato: 
 
Determinado o preço da coisa dada em pagamento, as relações entre as 
partes regular-se-ão pelas normas do contrato de compra e venda. 
Pelo contrato de compra e venda, um dos contratantes se obriga a 
transferir o domínio de certa coisa, e o outro, a pagar-lhe certo preço em 
dinheiro. 
 
Dação em Títulos de Crédito: 
 
Se for título de crédito a coisa dada em pagamento, a transferência 
importará em cessão. 
O credor pode ceder seu crédito, se a isso não se opuser a natureza da 
obrigação, a lei, ou a convenção com o devedor; a cláusula proibitiva da 
cessão não poderá ser oposta ao cessionário de boa-fé, se não constar 
do instrumento da obrigação. 
 
Efeitos da Evicção da Coisa Recebida: 
 
A evicção ocorre quando o adquirente de um bem perde a propriedade, 
a posse ou o uso em razão de uma decisão judicial ou de um ato 
administrativo, que reconheça tal direito à terceiro, por uma situação 
preexistente (anterior) à compra. 
Terá então o adquirente o direito de recobrar de quem lhe transferiu 
esse domínio, ou que pagou pela coisa, também no caso do bem ter 
sido adquirido por contrato de dação em pagamento. 
 
Código Civil - artigos 356 a 359. 
 
 
 
NOVAÇÃO 
 
A novação é uma operação jurídica do Direito das obrigações que 
consiste em criar uma nova obrigação, substituindo e extinguindo a 
obrigação anterior e originária. O próprio termo "novar" já é utilizado no 
vocabulário jurídico para se referir ao ato de se criar uma nova 
obrigação persiste, assumindo nova forma. 
 
A sua disciplina é feita pelo Código Civil de 2002 em seus artigos 360 a 
367, correspondendo aos artigos 999 a 1.008 do Código Civil de 1916. 
 
 Conceito: 
 
Novação é a extinçãode uma obrigação pela formação de outra, 
destinada a substituí-la. Dessa forma, a novação é o ato jurídico pelo 
qual se cria uma nova obrigação com o objetivo de, substituindo outra 
anterior, a extinguir. 
A dependência sempre de ter uma convenção firmada entre os sujeitos 
da relação obrigacional, pois, logo não há de existir em regra, novação 
legal determinada por imposição da lei. 
Convencionada, por tanto, a formação de outra obrigação, a primitiva 
relação jurídica será considerada extinta, sendo substituída pela. Aí, 
então teremos o instituto da novação. 
Ainda, a novação exige que exista, entre a dívida antiga e a nova, uma 
diversidade substancial. Não haverá, portanto, novação, quando apenas 
se verificarem pequenas alterações secundárias na dívida, tal como 
ocorre, por exemplo, com a estipulação de nova taxa de juros, exclusão 
de uma garantia, antecipação do vencimento. 
 
 Requisitos: 
 
Existem três requisitos elencados por Orlando Gomes, segundo ele 
"para restar configurada concorrer três elementos : 
 
 
a) A existência jurídica de uma obrigação - "obligatio novanda". 
b) Constituição de nova obrigação - "aliquid novi". 
 
c) O ânimo de novar - "animus novandi". 
 
Primeiro requisito, ao ver que o objetivo primeiro da novação é extinguir 
uma relação obrigacional então existente, necessário é, por óbvio, que 
essa relação exista. 
Porém, essa obrigação a ser extinta deve ser válida, uma vez que não 
se pode validar pela novação obrigações nulas ou extintas (artigo 367). 
Ocorrerá quando as obrigações nulas não geram qualquer efeito 
jurídico, e as extintas porque a novação seria que não causa dano nem 
beneficio. Em ambos os casos faltaria uma obrigação a ser extinta. 
 
Segundo requisito a criação de uma nova obrigação, é um requisito 
diverso do primeiro como a convenção pactuada entre sujeitos da 
relação obrigacional, no sentido, no sentido de criarem uma nova 
obrigação, destinada a substituir e extinguir a anterior. Dessa forma, a 
criação de uma "obrigação nova" é requisito indispensável para a 
caracterização da novação como situa Pablo Stolze. 
 
“É necessário que haja diversidade substancial entre as obrigações 
antiga e nova assim o conteúdo da obrigação há que ter sofrido 
modificação substancial, mesmo que o objeto da prestação não haja 
sido alterado”. Mesmo que tenha "simples modificações setoriais de um 
contrato não traduzem novação" (Pablo Stolze e Rodolfo Pamplona). 
Para Orlando Gomes o sentido se da pela "conforme a doutrina 
moderna, a novação só se configura, ao contrário do que ocorria 
no Direito romano, se houver diversidade substancial entre as duas 
dívidas, a nova e a anterior. Não há novação, quando apenas se 
verifiquem acréscimos ou outras alterações secundárias na dívida, 
como, por exemplo, a estipulação de juros, a exclusão de uma garantia, 
o encurtamento do prazo de vencimento, e, ainda, a aposição de um 
termo". 
 
A intenção de novar é um requisito essencial para a existência da 
novação. Ele também é chamado de animus novandi. Exige-se, pois, 
que o credor tenha a intenção de novar, já que essa forma de extinção 
da obrigação requer do credor a renúncia ao crédito antigo e aos direitos 
acessórios que o acompanhavam. 
 
Não havendo ânimo de novar, expresso ou tácito, desde que inequívoco, 
a segunda obrigação confirma simplesmente a primeira (artigo 361), 
inexistindo o animus novandi, por existirem duas dívidas que, no 
entanto, se excluem, pode o credor exigir uma ou outra, mas, se 
cumprida uma, extingue-se a outra. 
 
Espécies: 
 
Três são as espécies de novação: a objetiva ou real e a subjetiva ou 
pessoal e a novação mista. 
O Código Civil Brasileiro revela no seu artigo 360, segundo o qual dá-se 
a novação: 
 
I – Quando o devedor contrai com o credor nova dívida para extinguir e 
substituir a anterior. 
 
II – Quando o novo devedor sucede ao antigo, ficando este quite com o 
credor. 
 
III – Quando, em virtude de obrigação nova, outro credor é substituído 
ao antigo, ficando o devedor quite com este. 
Como pontifica José Soriano de Souza Neto, a novação “é a extinção de 
uma obrigação porque outra a substitui, devendo-se distinguir a posterior 
da anterior pela mudança das pessoas (devedor ou credor) ou da 
substância, isto é, do conteúdo ou da causa debendi”. 
 
Novação Objetiva ou Real: 
 
Esta espécie de novação esta regulada no Código Civil, art. 360, I, 
acontece quando houver alteração do objeto da relação entre as partes, 
logo existe quando se der modificação na natureza da prestação, 
mantendo-se inalterados as partes, podendo assim haver novação 
objetiva mesmo que a segunda obrigação consista também no 
pagamento em dinheiro (observado sua alteração substancial em 
relação à primeira). 
 
Novação Subjetiva ou Pessoal: 
 
Subdivide-se em: novação subjetiva passiva, novação subjetiva ativa e a 
novação subjetiva mista. 
 
A novação subjetiva passiva incide na figura do devedor, ou seja, ocorre 
a alteração deste havendo a intervenção de um novo devedor. Essa 
mudança pode-se dar por dois modos: pela delegação e pela 
expromissão. 
 
Pela delegação, a substituição do devedor será feita com o 
consentimento do devedor originário, pois é ele quem indicará uma 
terceira pessoa para resgatar o seu débito, com o que concorda o 
credor. Esse tipo de novação está previsto no Código Civil, art. 360, II. 
Havendo a necessidade do concurso dessas três pessoas, o devedor 
originário (delegante) o terceiro indicado (delegado) e credor 
(delegatário), onde todas irão consentir na modificação. 
 
Pela expromissão, um terceiro assume a dívida do devedor originário, 
substituindo-o sem o assentimento deste, desde que o credor concorde 
com tal mudança. 
 
Na expromissão temos apenas duas partes: o credor e o novo devedor, 
por ser dispensável o consentimento do devedor primitivo. Essa espécie 
de novação é permitida pelo nosso Código Civil no art. 362, que reza: “A 
novação por substituição do devedor pode ser efetuada 
independentemente de consentimento deste”. Como nos diz Washington 
de Barros Monteiro, a expromissão consiste num ajuste exclusivo entre 
o credor e terceiro. 
 
A novação subjetiva ativa ocorre quando, pelo Código Civil, art. 360, III, 
o credor originário, por meio de nova obrigação, deixa a relação 
obrigacional e um outro o substitui, ficando o devedor quite para com o 
antigo credor. 
 
Soriano Neto aponta os seguintes requisitos para que se tenha tal 
espécie de novação: 
a) o consentimento do devedor, que contrai uma nova obrigação perante 
um novo credor, ficando liberado da antiga dívida; 
b) o assentimento do antigo credor, que renuncia o seu crédito, 
permitindo ao devedor que se obrigue para com o novo credor; 
c) a anuência do novo credor, que aceita a promessa do devedor. 
 
É, ainda, possível, embora seja rara a novação subjetiva mista, quando 
houver simultânea mutação de credor e de devedor (CC, art. 360, II e 
III). 
 
Novação Mista: 
 
A novação mista, quando se alterar o credor, ou devedor, e também o 
conteúdo ou objeto da obrigação. Ter-se-á, então, uma novação sui 
generis pela fusão das duas modalidades de novação: a subjetiva e a 
objetiva. Interessante a respeito é o exemplo, dado por Carlos Roberto 
Gonçalves, do pai que assume débito pecuniário de seu filho (mudança 
de devedor), mas com a condição de pagá-lo, mediante a realização de 
um determinado serviço (alteração de objeto). 
 
Efeitos: 
 
A novação tem um duplo efeito: ora se apresenta como força extintiva, 
porque faz desaparecer a antiga obrigação, ora como energia criadora, 
por criar uma nova relação obrigacional. Exerce, concomitantemente, 
uma dupla função: pela sua força extintiva, é ela liberatória, e como 
força criadora, é obrigatória. 
 
Efeitos da novação quanto à obrigação extinta: 
 
Quanto à obrigação extinta, o principal efeito é a extinçãoda dívida 
antiga, que é substituída pela nova. Com a extinção da obrigação 
anterior, desaparecerão todos os seus efeitos. 
 
Efeitos da novação quanto à nova obrigação: 
 
Como assevera Serpa Lopes, quanto à nova obrigação bastará acentuar 
que se cogita de um débito criado ex-novo, em consequência da 
novação, sem outra vinculação com a obrigação anterior senão a de 
uma força extintiva, sem que se opere a transfusio e a translatio. Tudo o 
que for estabelecido, continua ele, na nova relação obrigacional, mesmo 
que nela se mantenha algo na antiga, advém da própria estrutura do 
acordo que foi feito, sem que se possa vislumbrar qualquer elemento 
vinculativo, no tocante à transmissão de direito ou obrigação, inerente ao 
débito extinto. 
 
Embora a novação tenha alguma importância na vida prática, sob o 
prisma funcional, a ampla possibilidade de transmissão das obrigações 
restringiu-lhe o uso. Como verificam Colin e Capitant, o credor a quem 
seu devedor oferece mui raramente libertará o antigo, pois prefere 
conservá-lo como garantia suplementar. Da mesma forma, o credor que 
necessita de dinheiro antes prefere recorrer à cessa de crédito do que a 
novação, já que aquela dispensa a intervenção do devedor que esta a 
requer. Por igual, é comum prescindir-se da novação objetiva, porque só 
em casos excepcionais convém aos interesses das partes alterar o 
objeto da prestação antes do vencimento. Na prática, segundo o 
entendimento de Colin e Capitant, somente se tem aplicado a novação 
quando se pretende modificar a causa da obrigação. 
 
 
 
COMPENSAÇÃO: 
 
Compensação é a extinção de duas obrigações, cujos credores são ao 
mesmo tempo devedores um do outro. 
 
Espécies de compensação 
 
A compensação subdivide-se em três espécies: 
· Compensação legal: opera em pleno direito e sem a interferência 
das partes. 
· Compensação convencional: tem origem na autonomia privada e 
na vontade das partes. 
· Compensação judicial: por meio de reconvenção, quando a ação 
do autor propõe o réu uma outra ação ao encontro da que lhe é 
intentada. 
 
Requisitos, limites e prazos de favor: 
 
A compensação efetua-se entre dívidas líquidas, vencidas e de coisas 
fungíveis. 
Coisas fungíveis é a característica de bens que podem ser substituídos 
por outro da mesma espécie, qualidade ou quantidade (exemplo: 
dinheiro, mercadorias). 
 O devedor somente pode compensar com o credor o que este lhe 
dever; mas o fiador pode compensar sua dívida com a de seu credor 
afiançado. 
Os prazos de favor, embora consagrados pelo uso geral, não obstam a 
compensação. 
 
Infungibilidade das prestações: 
 
Infungibilidade é característica daquilo que não pode ser substituído por 
outro igual (exemplo: obras de arte). 
Embora sejam do mesmo gênero as coisas fungíveis, objeto das duas 
prestações, não se compensarão, verificando-se que diferem na 
qualidade, quando especificadas no contrato. 
 
Diferença de causa 
 
A diferença de causas nas dívidas não impede a compensação, exceto: 
· Se provier de esbulho, furto ou roubo; 
· Se uma se originar de comodato, depósito ou alimentos; 
· Se uma for de coisa não suscetível de penhora. 
 
Exclusão da compensação: 
 
Não haverá compensação quando as partes, por mútuo acordo, a 
excluírem, ou no caso de renúncia prévia de uma delas. 
 
Dívida de terceiro incompensável: 
 
Obrigando-se por terceiro uma pessoa, não pode compensar essa dívida 
com a que o credor dele lhe dever. 
 
Cessão de crédito: 
 
O devedor que, notificado, nada opõe a cessão que o credor faz a 
terceiros dos seus direitos, não pode opor ao cessionário a 
compensação, que antes da cessão teria podido opor ao cedente. 
 
Se, porém a cessão lhe não tiver sido notificada, poderá opor ao 
cessionário compensação do crédito que antes tinha contra o cedente. 
 
Compensação de dividas com pagamento em locais diversos: 
 
Quando as dividas não são pagáveis no mesmo lugar, não se podem 
compensar sem dedução das despesas necessárias à operação. 
 
Imputação do pagamento: 
 
Sendo a mesma pessoa obrigada por várias dividas compensáveis, 
serão observadas, as regras estabelecidas quanto à imputação do 
pagamento. 
 
Efeitos em relação a terceiros: 
 
Não se admite a compensação em prejuízo de direito de terceiro. 
O devedor que se torne credor do seu credor depois de penhorado o 
crédito deste, não pode opor ao exequente a compensação, de que 
contra o próprio credor disporia. 
 
Código Civil - artigos 368 a 380. 
 
 
 
 
CONFUSÃO 
 
O instituto da confusão está previsto no artigo 381 e seguintes do nosso 
Código Civil. Consiste na reunião, em uma única pessoa, nas qualidades 
de credor e devedor, sendo necessários alguns requisitos para que haja 
a confusão. Esta confusão pode ser total ou parcial e tem um objetivo 
específico que é a extinção da obrigação. Pode também cessar a 
confusão e se restabelecer a obrigação. 
 
Em termos jurídicos encontramos o termo confusão em três 
concepções diferenciadas: 
 A primeira representa a mescla de várias matérias líquidas pertencentes 
a pessoa diversa, de tal forma que seria impossível separá-las. Na 
segunda acepção, indica a reunião, numa mesma pessoa, de diversos 
direitos sobre bem corpóreo ou incorpóreo, os quais anteriormente se 
encontravam separados e na terceira encontramos a confusão a qual 
estudaremos a seguir, onde designa o concurso, na mesma pessoa, das 
qualidades de credor e devedor de uma obrigação. 
 
Enfim, em termos jurídicos, a confusão na primeira e segunda 
concepção encontra-se no direito das coisas e a terceira no direito das 
obrigações. 
 
A confusão é, no direito das obrigações, uma forma de extinção de 
obrigação, e consiste em confundir-se, na mesma pessoa, as qualidades 
de credor e devedor. Ocorre quando o crédito e o débito se unem em 
uma só pessoa, extinguindo a obrigação. Esta podendo ser total, onde 
toda a dívida é extinta ou podendo ser parcial extinguindo-se somente 
uma parte da dívida. 
 
 
 CONCEITO: 
 
Como sabemos no direito das obrigações são necessários dois pólos: 
um credor do lado ativo e um devedor do lado passivo. Se essas duas 
qualidades (credor e devedor) encontrarem-se em uma só pessoa, dá-se 
a confusão. Portanto: 
 
 
“Confusão é a aglutinação, em uma única pessoa e relativamente à 
mesma relação jurídica, das qualidades de credor e devedor, por 
ato inter vivos ou causa mortis, operando a extinção do crédito. Em 
razão do impedimentum prestandi, ou seja, da impossibilidade do 
exercício simultâneo da prestação e da ação creditória, ter-se-á a 
extinção da obrigação.” (DINIZ, 2007, p. 350) 
 
 
Em razão disso, dispõe o artigo 381 do Código Civil: Extingue-se a 
obrigação, desde que na mesma pessoa se confundam as qualidades 
de credor e devedor. Assim, se reunindo na mesma pessoa, as 
qualidades de credor e devedor, dá-se a confusão e a obrigação se 
extingue. 
 
 
Neste sentido, Gonçalves (2002, p.97) se essas duas qualidades, por 
alguma circunstância, encontram-se em uma só pessoa, extingue-se a 
obrigação, porque ninguém pode ser juridicamente obrigado para 
consigo mesmo ou propor demanda conta si próprio. 
 
REQUISITOS 
Para caracterizar a confusão, são necessários os seguintes requisitos: 
 
Unidade da relação obrigacional - Esta unidade pressupõe, portanto, a 
existência do mesmo crédito ou da mesma obrigação. 
 
União, na mesma pessoa, das qualidades de credor e devedor - Pois 
apenas quando a pretensão e a obrigação concorrerem no mesmo titular 
é que se terá a confusão. 
 
Ausência de separação dos patrimônios - De modo que, por exemplo, 
aberta a sucessão, não se verificará a confusão enquanto os 
patrimônios do de cujus e do herdeiro permanecerem distintos, não 
incorporando o herdeiro, em definitivo, o crédito ao seu próprio 
patrimônio. 
 
Neste sentido Venosa (2003, p. 322),o caso de herança, existindo 
sempre o benefício do inventário (art. 1792; antigo, art. 1587), temos que 
ver que enquanto houver separação de patrimônios entre credor e 
devedor, isto é, enquanto não houver partilha, não se opera a confusão. 
 
FONTES: 
 
A confusão pode se originar de uma transmissão universal de 
patrimônio, o mais comum é a causa mortis. Pode ocorrer por ato entre 
vivos quando, por exemplo, uma empresa, credora de outra, vem a 
receber todo o patrimônio da outra. Pode também, o fenômeno derivar 
de cessão de crédito, de sub-rogação. 
 
 
“O casamento sob o regime da comunhão universal poderá acarretar 
confusão, quando marido e mulher, antes das núpcias, eram credor e 
devedor, dando-se, então, a comunicação dos matrimônios e 
consequentemente a extinção da relação obrigacional.” (DINIZ, 2007, p. 
350) 
 
 
A confusão ocorre com mais frequência nas heranças onde o caso mais 
comum é o do filho que deve ao pai e é sucessor deste. Morto o credor, 
o crédito transfere ao filho, que é exatamente o devedor (GONÇALVES, 
2004, P. 339). 
 
 
Também pode ocorrer a confusão quando o Estado é condenado a 
pagar as custas judiciais no processo. 
 
 
ESPÉCIES: 
 
Dispões o artigo 382 do Código Civil: A confusão pode verificar-se a 
respeito de toda a dívida, ou só de parte dela. 
 
 
Pela redação dada a este artigo fica claro que a confusão pode extinguir 
a dívida em sua totalidade ou apenas parte dela. Pode ser, portanto, 
total ou parcial. 
 
 
“Pode ser, portanto, total ou parcial. Na última, o credor não recebe a 
totalidade da dívida, por não ser o único herdeiro do devedor. Por 
exemplo, os sucessores do credor são dois filhos e o valor da quota 
recebida pelo descendente devedor é menos do que a sua dívida.” 
(GONÇALVES, 2002, p. 98) 
 
 
EFEITOS: 
 
No direito das obrigações, a confusão tem como efeito primordial a 
extinção da obrigação. Para GONÇALVES (2004, p. 340), “A confusão 
extingue não só a principal mas também os acessórios, como a fiança e 
o penhor, por exemplo, pois cessa para o fiador e outros garantes o 
direito de regresso, incompatível com os efeitos da confusão.” 
 
Para Maria Helena Diniz (2007, p.352): 
“Claro está, pelo art. 381 do Código Civil, que um dos efeitos da 
confusão é operar a extinção da obrigação, desde que na mesma 
pessoa se aglutinem as qualidades de credor e devedor. Se acarretar a 
extinção da obrigação principal, ipso facto extinguir-se-á a relação 
acessória, já que accessorium sequitur principale;” 
 
Por outro lado, a recíproca não é verdadeira. A obrigação principal que 
foi contraída pelo devedor permanecerá, se a confusão ocorrer nas 
pessoas do credor e fiador ou fiador e devedor. No primeiro caso (credor 
e fiador), extingue-se a fiança, porque ninguem pode ser fiador de si 
próprio. Já no segundo (fiador e devedor), desaparece a garantia porque 
deixa de oferecer qualquer vantagem para o credor. 
 
CONCLUSÃO: 
 
Como vimos, o vínculo obrigacional é formado por dois polos, credor e 
devedor, sendo que havendo a confusão entre ambos caracterizar-se-á 
confusão, de tal forma, que não há como a dívida vir a ser cobrada. Por 
isso a confusão é tida como uma forma extintiva da obrigação, podendo 
extinguir toda ( confusão total ou própria) ou somente parte dela (parcial 
ou imprópria). Porém, podem as dívidas serem restauradas, no casso da 
cessação da confusão. 
 
 
 
REMISSÃO DA DÍVIDA 
 
Remissão das dívidas é o perdão da dívida concedido pelo credor ao 
devedor. 
 
A remissão da dívida, aceita pelo devedor, extingue a obrigação, mas 
sem prejuízo de terceiros. 
 
Requisitos da remissão da dívida: 
 
São requisitos do perdão da dívida o ânimo de perdoar e a aceitação do 
perdão. 
 
Remissão tácita: 
 
A devolução voluntária do título da obrigação, quando por escrito 
particular, prova desoneração do devedor e seus coobrigados, se o 
credor for capaz de alienar, e o devedor capaz de adquirir. 
 
Renúncia à garantia legal: 
 
A restituição voluntária do objeto empenhado prova a renúncia do credor 
à garantia real, não a extinção da dívida. 
 
Remissão: 
 
A remissão concedida a um dos codevedores extingue a dívida na parte 
a ele correspondente; de modo que, ainda reservando o credor a 
solidariedade contra os outros, já que lhes não pode cobrar o débito sem 
dedução da parte remetida. 
 
 Código Civil - artigos 385 a 388.

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