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HEMATOLOGIA
O sangue é um tecido líquido de cor vermelha que, separado por centrifugação, evidencia duas fases bem distintas: o sobrenadante, que corresponde a 55% do volume sanguíneo, é um líquido amarelado e hialino chamado plasma sanguíneo; os outros 45% são formados por um precipitado mais espesso e denso, de cor vermelha, constituída pelos elementos figurados do sangue que são os glóbulos vermelhos, os glóbulos brancos e as plaquetas.
Plasma sanguíneo
O plasma sanguíneo é uma solução formada basicamente por água. Dissolvidas no plasma, há numerosas substâncias como proteínas, glicose, aminoácidos, hormônios, pequena quantidade de gases (como o CO2), além de íons inorgânicos (Ca++, K+, Cl–, HCO3–) e resíduos metabólicos. 
Elementos figurados
Os elementos figurados do sangue são os glóbulos vermelhos, os glóbulos brancos e as plaquetas.
Glóbulos vermelhos (45%)
Também conhecidos por hemácias ou eritrócitos, são células com formato de um disco bicôncavo. Estão presentes em todos os vertebrados, mas apenas nos mamíferos as hemácias são anucleadas. Essas células são formadas na medula óssea vermelha, em um processo conhecido por hematopoese, de onde saem e permanecem na circulação sanguínea por cerca de 90 a 120 dias.
Os glóbulos vermelhos têm todo seu citoplasma ocupado pela hemoglobina, o pigmento respiratório responsável pelo transporte de oxigênio.
Caso a contagem de glóbulos vermelhos e a concentração de hemoglobina de uma pessoa estejam abaixo desses valores de referência, isso significa que ela pode ser portadora de anemia.
Por outro lado, existem situações que promovem aumento no número de glóbulos vermelhos no organismo, como, por exemplo, quando um indivíduo fica exposto ao ar rarefeito, ou seja, com menor quantidade de oxigênio. Nessa condição, o organismo reage produzindo mais glóbulos vermelhos, aumentando, assim, a capacidade do corpo em captar gás oxigênio da atmosfera.
Glóbulos brancos
Também chamados leucócitos, são produzidos a partir de células-tronco pluripotentes presentes no interior da medula óssea. São os mais importantes componentes de defesa do corpo contra infecções e agentes estranhos. 
Os neutrófilos, os basófilos e os eosinófilos possuem grânulos no interior de seu citoplasma, o que lhes dá a designação de granulócitos. Já os linfócitos e os monócitos são agranulócitos, pois não têm grânulos citoplasmáticos.
Plaquetas
Na medula óssea, existem células precursoras chamadas megacariócitos, que, ao se tornarem maduras, rompem-se e liberam fragmentos citoplasmáticos na circulação. Tais fragmentos celulares são as plaquetas, componentes fundamentais do processo de coagulação sanguínea. Portanto, plaquetas não são células, e sim fragmentos celulares.
HEMATOPOIESE
A formação das células sanguíneas se chama hematopoiese. As primeiras células sanguíneas do embrião surgem muito precocemente, no mesoderma do saco vitelínico. Posteriormente, o fígado e o baço funcionam como órgãos hemocitopoéticos temporários. Entretanto, no segundo mês de vida intra-uterina, já é iniciado o processo de ossificação da clavícula e tem início a formação da medula óssea, que se torna cada vez mais importante como órgão hemocitopoético.
MORFOLOGIA CELULAR LEUCÓCITOS
Podemos dividir os leucócitos em dois grandes grupos: os granulócitos e os agranulócitos. O primeiro grupo apresenta grânulos no citoplasma e núcleo com formato irregular. Em razão da forma de seus núcleos, esses tipos de leucócitos também recebem o nome de polimorfonucleares. Já os agranulócitos não possuem grânulos e apresentam núcleo com formato relativamente regular.
· GRANULÓCITOS
- NEUTRÓFILO: São glóbulos brancos que apresentam núcleos constituídos por dois a cinco lóbulos. Apresentam a capacidade de sair do interior de vasos sanguíneos intactos (diapedese) e invadir tecidos para defender nosso organismo. São responsáveis por fagocitar organismos invasores, como bactérias, sendo importantes para a resposta inata. É a célula com maior concentração no sangue.
- EOSINÓFILOS: São células que apresentam grânulos alaranjados e um núcleo com dois lobos conectados por um filamento. Apresentam como principal função fagocitar o complexo antígeno-anticorpo. Essas células aumentam quando o paciente apresenta reações alérgicas ou infecções parasitárias. Presente em pequenas quantidades no sangue.
- BASÓFILO: São células que apresentam grânulos maiores que os dos eosinófilos e núcleo grande e de formato irregular que lembra a letra “S”. Sua função é liberar histamina e heparina, funcionando, respectivamente, em respostas alérgicas e evitando a coagulação do sangue. Se encontram em pequena quantidade no sangue.
· AGRANULÓCITOS
- LINFÓCITO: São pequenos e apresentam um grande núcleo circular e importante papel na resposta imune. Aumenta em casos de infecção viral.
- MONÓCITO: São células grandes que possuem um único núcleo com formato de rim. Essas células realizam diapedese e caem no tecido conjuntivo, onde se desenvolvem em macrófagos, células de alto poder fagocitário.
AMOSTRA BIOLÓGICA
O mais comum para a realização de hemograma, sendo esse o principal exame realizado neste setor, o sangue é coletado em tubos que possuem o anticoagulante EDTA – TUBO ROXO
ESFREGAÇO SANGUÍNEO
O esfregaço de sangue, também conhecido como distensão sanguínea ou ainda extensão sanguínea, é um teste realizado em hematologia para a contagem e a identificação de anormalidades nas células do sangue. 
Seu objetivo principal é analisar a morfologia das células, fornecer informações sobre a estimativa do número de leucócitos e plaquetas, investigar problemas hematológicos, distúrbios encontrados no sangue e eventualmente parasitas, como o Plasmodium, causador da malária.
A técnica é realizada após ter completado a coleta sanguínea do paciente. É separada uma pequena gota do sangue em uma lâmina identificada com os dados do paciente e apoiada em uma mesa. Será necessário o auxílio de outra lâmina ou de extensor (parecido com uma lamina, porém geralmente de acrílico). Depois, apoiar o extensor próximo à gota de sangue em um ângulo de 45o 
A coloração utilizada na maioria dos laboratórios é chamada de panótipo rápido, tipo Romanowski. Possui corantes que vão evidenciar as principais características de cada célula. Por exemplo, a eosina é um corante ácido, assim, cora as estruturas básicas, como as hemácias de tom rosado/avermelhado. O azul de metileno já é um corante básico, corando as estruturas ácidas como os núcleos das células. Assim, evidenciando as estruturas necessárias para ser possível a análise. 
LEITURA DO ESFREGAÇO
É preciso começar contando os leucócitos com a ajuda de um contador, até atingir o número 100. 
Muito importante também é a visualização da morfologia dos eritrócitos, pois diversas patologias podem alterar a sua forma, por exemplo, prejudicando o transporte de oxigênio como na anemia falciforme.
Parâmetros como as plaquetas também são observados.
AUTOMAÇÃO EM HEMATOLOGIA
Atualmente, os laboratórios contam com equipamentos que realizam as contagens celulares com a tecnologia de citometria de fluxo de fluorescência, no momento que a amostra é posta no aparelho, através da análise de morfologia celular, núcleo, complexidade de citoplasma, entre outros parâmetros, conseguirá separar as células para contabilizá-las. Essas células passarão por uma incidência de luz que refletirá de acordo com as suas características, uma a uma através de um fluxo.
Sistema que gera um fluxo contínuo laminar de partículas, que passam uma a uma frente a um feixe de laser
As partículas passam através de um raio Laser. A dispersão frontal está relacionada ao tamanho e a dispersão lateral a granularidade.
A mudança de cor se deve ao fluorocromo acoplado ao anticorpo que foi adicionado.
A citometria é uma técnica que identifica partículas suspensas em meio liquido. 
De forma resumida, a CMF permite a análise de células individuais que passam em um fluxo laminar (como uma fila indiana) na frente de um ou mais lasers, gerando sinais luminososque são captados pelos detectores e convertidos em sinais elétricos e estes, por sua vez, são transformados em dados eletrônicos para o computador.
IMUNOLOGIA
A imunologia estuda as células e formas que o organismo vai utilizar para se defender de agentes agressores. Analisando as respostas e interações das células do sistema imune, pode-se avaliar e entender as consequências quando se tornam desejáveis ou indesejáveis.
A defesa corporal é realizada por um grupo de células específicas que atuam no processo de detecção do agente invasor, no seu combate e total destruição. Todo este processo é denominado de resposta imune.
As células do sistema imune pertencem a dois grupos principais, os linfócitos e os macrófagos.
Macrófagos – são importantes na regulação da resposta imune. Estão presentes nos tecidos conjuntivos e no sangue (quando são chamados de monócitos) e, no sistema imune, possui a função de detectar e fagocitar (processo que engloba e digere substâncias no organismo) microrganismos invasores, células mortas e vários tipos de resíduos. Essas células são as primeiras a perceber a presença de agentes invasores.
Linfócitos - essas células, presentes no sangue, são um tipo de leucócito (glóbulo branco) e podem ser de três tipos principais:
Linfócitos B – a principal função desse tipo celular é a produção de anticorpos, quando maduros e ativos. Nesta fase são denominados plasmócitos.
Linfócitos T auxiliadores (CD4) – através de informações recebidas pelos macrófagos, são estimuladas a ativar outros tipos de linfócito T, os linfócitos T matadores (CD8) e os linfócitos B. São os linfócitos auxiliadores os responsáveis por comandar a defesa do organismo.
Linfócitos T matadores (CD8) – recebem este nome por serem responsáveis pela destruição de células anormais, infectadas ou estranhas ao organismo.
ANTÍGENO
Antígeno é toda substância estranha ao organismo que desencadeia a produção de anticorpos.
Geralmente, é uma proteína ou um polissacarídeo. Podem ser encontrados nos envoltórios de vírus, bactérias, fungos, protozoários e vermes parasitas.
Os antígenos possuem regiões em sua superfície específicas para a ligação dos anticorpos chamadas de epítopos ou determinantes antigênicos. São as regiões nas quais o anticorpo poderá se ligar e exercer a sua função de neutralização do antígeno.
ANTICORPO SÓ SE LIGA NO ANTÍGENO SE FOR O EPÍTOPO ESPECÍFICO.
IMUNIDADE INATA
A imunidade inata ou natural é a nossa primeira linha de defesa. Esse tipo de imunidade já nasce com a pessoa, representada por barreiras físicas, químicas e biológicas.
A imunidade nata também é representada pelas células de defesa, como leucócitos, neutrófilos e macrófagos, que está descrita logo abaixo.
Os principais mecanismos da imunidade inata são fagocitose, liberação de mediadores inflamatórios e ativação de proteínas
Por falta então de especificidade, a resposta não possui caráter de memória de microrganismo respondendo a todo e qualquer antígeno no organismo. Após o início da resposta natural o sistema pode ativar a imunidade adquirida.
IMUNIDADE ADQUIRIDA
A imunidade adaptativa é a defesa adquirida ao longo da vida, tais como anticorpos e vacinas.
Constitui mecanismos desenvolvidos para expor as pessoas com o objetivo de fazer evoluir as defesas do corpo. A imunidade adaptativa age diante de algum problema específico.
Por isso, depende da ativação de células especializadas, os linfócitos.
Existem dois tipos de imunidade adquirida:
· Imunidade humoral: depende do reconhecimento dos antígenos, através dos linfócitos B.
· Imunidade celular: mecanismo de defesa mediado por células, através dos linfócitos T.
Com a reação possuindo interação de anticorpos, torna-se uma resposta com memória imunológica, ou seja, sempre no segundo contato com o mesmo antígeno, o sistema imune irá responder mais rapidamente, pois haverá um padrão de resposta permanente frente ao antígeno já conhecido. Este tipo de ativação do sistema imune adquirido ocorre quando o sistema natural não consegue neutralizar sozinho e em torno de 12 horas a ativação do sistema natural o adquirido entra em ação, podendo ficar ativo por semanas.
AMOSTRA BIOLÓGICA
Utiliza o soro, que nada mais é do que a coleta de sangue total, sem anticoagulante. Desta maneira, o sangue coletado realiza a cascata de coagulação e o que sobra no seu sobrenadante possui todos componentes necessários para a pesquisa, ou seja, anticorpos.
METODOLOGIAS COM REAGENTES NÃO MARCADOS
Todas as metodologias utilizadas no setor de imunologia terão o objetivo de encontrar antígenos ou anticorpos presentes na amostra. Quando falamos de reagentes não marcados ocorre com a ligação do anticorpo alterando o estado físico do antígeno através da aglutinação ou precipitação.
Um exemplo dessa técnica é a Tipagem Sanguínea.
Existem diversos kits comerciais para a realização da prova, um exemplo é através de três reagentes conhecidos como Anti-A, Anti-B e Anti Rh, ou seja, os reagentes são compostos por anticorpo A, anticorpo B e anticorpo para o fator Rh
Nossas hemácias possuem ANTÍGENOS específicos na MEMBRANA. Por exemplo, uma hemácia A, possui um antígeno A específico. O ANTÍGENO possui um ISÓTOPO ESPECÍFICO para ligação de anticorpo Anti-A. Quando ocorre a ligação do Antígeno A ao anticorpo Anti-A ocorre a aglutinação no teste.
Devido a esta ação é que a transfusão sanguínea não pode ocorrer com tipos sanguíneos diferentes. Imagine você com tipo sanguíneo B, ou seja, sua hemácia possui o antígeno B e na circulação sanguínea só estão presentes os anticorpos A. Um não irá agredir o outro, pois não possuem especificidade. No momento que entrar em contato com hemácias A o anticorpo presente na circulação sanguínea irá se ligar a essas células promovendo sua lise (quebra) (SILVA, 2014). 
Devido a estas características que pessoas com o sangue O, uma hemácia sem antígenos, só podem receber sangue O, pois na sua circulação sanguínea existem anticorpos A e B, qualquer hemácia que for encontrada com um desses antígenos será destruída. Diferente de pessoas com o sangue AB que não possuem anticorpos circulantes na corrente sanguínea
METODOLOGIAS COM REAGENTES MARCADOS
São testes que como o nome indica possui algum tipo de marcação para evidenciar as ligações que vão ocorrer, podem ser marcados através de componentes radioativos, enzimático, fluorescente ou quimioluminescente.
O teste de ELISA INDIRETO se baseia reações antígeno-anticorpo detectáveis através de reações enzimáticas. a seguir coloca-se sobre este os soros em teste ( ex. soro humano), na busca de anticorpos contra o antígeno. Se houver anticorpos no soro em teste ocorrerá a formação da ligação antígeno-anticorpo, que posteriormente é detectada pela adição de um segundo anticorpo dirigido contra imunoglobulinas da espécie onde se busca detectar os anticorpos (humana, no caso), a qual é ligada à peroxidase. Este anticorpo anti-IgG, ligado à enzima denomina-se conjugado. Ao adicionar-se o substrato apropriado para a enzima (isto é, H2O2 dissolvida em uma substancia química que dá uma reação colorida quando H2O2 é desdobrada). Os orifícios onde ocorreu a reação antígeno-anticorpo apresentam uma coloração (variável dependendo do substrato).
É considerado um método indireto pois vai pesquisar ANTICORPO no sangue do paciente. Logo, se existe presença do anticorpo, se deduz que o paciente já foi exposto ao antígeno.
No teste de Elisa Direto, utiliza-se o anticorpo para pesquisa de antígenos específicos.
Métodos com a utilização de fluorescentes se referem a testes que utilizam o anticorpo ou o antígeno conjugado a moléculas que reagem e se apresentam com cores, chamadas de fluorocromos. Estas reações são visíveis com a análise de um microscópio de fluorescência (com emissão de luz UV). A fluorescência como é chamada pode ocorrer de forma direta, como o próprio nome já diz, detecta diretamente o microrganismo, como por exemplo, a pesquisa por Chlamydia trachomatis em secreção uretral que segue na imagem seguinte. A imunofluorescência indireta buscadetectar os anticorpos específicos contra diversos microrganismos, como por exemplo, a detecção do anticorpo para Trypanosoma cruzi.
MICROBIOLOGIA
FUNGOS: O Reino Fungi é formado pelos fungos, organismos que podem ser microscópicos ou macroscópicos, unicelulares ou pluricelulares. Os fungos são eucariotos, o que significa que possuem o material genético (DNA) envolto por uma membrana nuclear. Nesse reino, incluem-se os mofos, bolores, leveduras e cogumelos. Assim como as da plantas, as paredes das células de um fungo também são muito rígidas. Porém, essa estrutura não é formada por celulose, mas sim por uma substância chamada de quitina, também muito encontrada na casca de alguns insetos.
VÍRUS: Considerados seres de tamanho extremamente pequeno, os vírus são formados apenas por uma cápsula proteica que envolve o seu material genético, que pode ser DNA, RNA ou, mais raramente, ambos. Os vírus são acelulares e só têm condições de realizar suas atividades vitais quando estão no interior de outras células vivas. Assim, são considerados parasitas intracelulares obrigatórios.
BACTÉRIAS
Esses organismos são simples, formados apenas por uma célula (unicelulares) e extremamente pequenos - normalmente, seu tamanho é menor que 8 micrômetros. Devido à sua dimensão microscópica, as bactérias possuem apenas os quatro elementos biológicos essenciais às células: membrana plasmática, hialoplasma, ribossomos e cromatina. As bactérias possuem uma parede celular rígida, formada por uma estrutura de peptídeos (proteínas) ligados a polissacarídeos (açúcares), que é capaz de envolver externamente a membrana plasmática. Alguns tipos de bactérias possuem uma cápsula uniforme, espessa e viscosa ao seu redor, tornando-a especialmente resistente contra vírus bacteriófagos e glóbulos brancos, além de permitir uma melhor organização em forma de colônia.
NOÇÕES GERAIS PARA BOAS PRÁTICAS EM LABORATÓRIOS 
A biossegurança em laboratórios também é abordada na RDC nº 50, através de um conjunto de práticas, equipamentos e instalações voltados para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de prestação de serviços, pesquisas, produção e ensino, visando à saúde dos homens, à preservação do ambiente e à qualidade dos resultados.
Existem quatro níveis de biossegurança: NB-1, NB-2, NB-3 e NB-4, crescentes no maior grau de contenção e complexidade do nível de proteção, que consistem de combinações de práticas e técnicas de laboratório e barreiras primárias e secundárias de um laboratório. O responsável técnico pelo laboratório é o responsável pela avaliação dos riscos e pela aplicação adequada dos níveis de biossegurança, em função dos tipos de agentes e das atividades a serem realizadas.
 MAIORIA DOS LABORATÓRIOS SE ENQUADRA NO NÍVEL 2 DE BIOSSEGURANÇA.
TÉCNICA DE COLORAÇÃO DE GRAM
Com esta coloração é possível separarmos as bactérias em dois grandes grupos: bactérias gram-negativas e bactérias gram-positivas. Utilizando apenas o princípio da diferença na composição parede célula.
As bactérias gram-positivas possuem em sua parede celular, como principal componente, o peptidioglicano. Porém, em uma camada bem espessa, cerca de 20 a 50nm, outro componente presente na parede celular é o ácido teicoico, que aumentam a rigidez da membrana e responsáveis pela especificidade antigênica.
As bactérias gram-negativas têm a parede celular mais complexa, a maior diferença é a presença de uma segunda membrana chamada de membrana externa. Assim, a camada de peptidioglicano é mais delgada nas gram-negativas e com presença de lipídeos, também não possui contato com a parte externa devido à presença dessa membrana externa.
O método da coloração de Gram é baseado na capacidade das paredes celulares de bactérias Gram-positivas de reterem o corante cristal violeta no citoplasma durante um tratamento com etanol-acetona enquanto que as paredes celulares de bactérias Gram-negativas não o fazem.
O método consiste no tratamento de uma amostra de uma cultura bacteriana crescida em meio sólido ou líquido, com um corante primário, o cristal violeta, seguido de tratamento com um fixador, o lugol. Tanto bactérias Gram-positivas quanto Gram-negativas absorvem de maneira idêntica o corante primário e o fixador, adquirindo uma coloração violeta devido à formação de um complexo cristal violeta-iodo, insolúvel, em seus citoplasmas. Segue-se um tratamento com um solvente orgânico, o etanol-acetona (1:1 v:v). O solvente dissolve a porção lipídica das membranas externas das bactérias Gram-negativas e o complexo cristal violeta-iodo é removido, descorando as células. Por outro lado, o solvente desidrata as espessas paredes celulares das bactérias Gram-positivas e provoca a contração dos poros do peptidoglicano, tornando-as impermeáveis ao complexo; o corante primário é retido e as células permanecem coradas. A etapa da descoloração é crítica, pois a exposição prolongada ao solvente provoca a remoção do cristal violeta dos dois tipos de bactérias, podendo produzir resultados falsos. A retenção ou não do corante primário é, portanto, dependente das propriedades físicas e químicas das paredes celulares bacterianas tais como espessura, densidade, porosidade e integridade.
Em seguida, a amostra é tratada com um corante secundário, a fucsina básica. Ao microscópio, as células Gram-positivas aparecerão coradas em violeta escuro e as Gram-negativas em vermelho ou rosa escuro.
TÉCNICA DE ZIEHL-NEELSEN
É utilizada para a coloração de bactérias que são conhecidas como bactérias álcool-ácido resistes (BAAR), sendo uma delas o bacilo de Koch. Devido a esta resistência, a coloração de Gram não tem bons resultados para esta bactéria.
Ao realizar essa coloração no primeiro passo da fucsina e no momento de aquecer a lâmina, é importante que não ocorra a fervura do corante. Devido ao aquecimento da fucsina, todas as estruturas presentes na lâmina serão coradas, o calor permite que o corante penetre em todas as estruturas, pois inativa a barreira lipídica. No momento do segundo passo, a utilização do álcool ácido, é o momento da descoloração, para retirar todo o excesso de fucsina da lâmina. Como descrito, a fucsina irá corar tudo, assim precisamos limpar esta lâmina para ficar corado com a fucsina apenas as bactérias de estudo. Como o nome delas já diz, são álcoolácido resistentes, o descorante afetara todas as estruturas menos as bactérias classificadas como BAAR, pois o descorante não vai reagir. O corante azul de metileno serve para contra corar as demais estruturas da lâmina. No final do processo, visualizam-se as bactérias álcool-ácido resistentes na coloração rosa ou avermelhada e todas as demais estruturas em azul.
MEIOS DE CULTURA
No setor de microbiologia, após a realização da coloração de gram e da visualização da morfologia da bactéria, é possível classificá-la, realizando a sua cultura. O meio de cultura é um meio preparado com nutrientes para o desenvolvimento das bactérias.
Diferentes microrganismos têm diferentes exigências para o seu crescimento. Para que seja possível realizar a cultura e análise em laboratório é necessário conhecer quais as necessidades nutritivas e condições físicas para cada um.
Os meios de cultura podem ser classificados quanto ao seu estado físico, podendo-se trabalhar com meio líquidos, semi-sólidos e sólidos; procedência dos materiais, de origem natural ou artificial; e ainda a sua composição química, que pode ser básica ou ainda apresentar aditivos específicos para crescimento de uma determinada bactéria
O ágar Mac Conkey possui em sua composição cristal violeta que impede o crescimento de bactérias Gram-positivas, ou seja, é uma boa escolha para visualizar bactérias Gam-negativas 
Já o meio Ágar nutriente, que é simples em sua composição, proporciona uma boa visualização de crescimento de Gram-positivas.
Caso precise escolher dois meios de cultura, utilizar esses dará um bom direcionamento no que poderá ser feito futuramente.
QUESTÕES
1. A técnica de ELISA é muito utilizada na imunologiapara o teste de anticorpos específicos ou presença de antígenos em soro de pacientes. No teste de ELISA indireto, assinale a alternativa que apresenta a ordem correta de colocação dos reagentes e onde o anticorpo secundário se liga.
1. Antígeno conhecido.
2. Substrato.
3. Soro de paciente.
4. Anticorpo secundário.
A 2, 4, 1, 3 e anticorpo conhecido.
B 1, 3, 4, 2 e região variável do anticorpo do paciente.
C 2, 4, 1, 3 e região constante do anticorpo do paciente.
D 3, 1, 4, 2 e parede do poço da placa de microtitulação.
E 1, 3, 4, 2 e região constante do anticorpo do paciente.
2. O diagnóstico de diversas patologias pode ser feito através da busca do agente etiológico ou pesquisa de anticorpos específicos no soro de pacientes infectados. Assinale a alternativa que indique quais os testes imunológicos que pesquisa a presença de anticorpos específicos no soro do paciente infectado:
A.ELISA indireto, imunufluorescencia indireta e teste de hemaglutinação.
B.ELISA direta e indireta, imunofluorescencia e látex.
C.ELISA, imunofluorescencia direta e hemaglutinação.
D.Nenhuma das alternativas.
3. Um rapaz foi a uma consulta médica para realizar exames de rotina. Após analisar os resultados de seu hemograma, o médico disse que houve uma grande redução no número de plaquetas, o que as deixava em um nível muito abaixo do esperado para um indivíduo normal daquela idade. O médico informou, então, que o baixo número desse componente do sangue poderia levar a quadros de:
a) anemia.
b) infecções.
c) viroses.
d) hemorragias.
e) leucemia.
4. O sangue apresenta diferentes tipos celulares, cada qual com uma função específica. Analise as alternativas a seguir e marque aquela que indica um elemento do sangue responsável pelo transporte de oxigênio.
a) Hemácias.
b) Plaquetas.
c) Leucócitos.
d) Linfócitos.
e) Plasma.
5. (PUC-RIO) Nos Jogos Olímpicos de Inverno realizados nos Estados Unidos da América, uma das atletas foi eliminada no exame “antidoping” porque, embora não houvesse vestígio de nenhuma substância estranha em seu organismo, ela apresentava uma taxa de hemácias e de hemoglobina muito mais alta que a média das atletas de sexo feminino com a mesma idade. O Comitê Olímpico considerou imprópria sua participação nos jogos porque:
a) A maior taxa de hemácias permitiria uma menor oxigenação do sangue e uma maior obtenção de energia.
b) O aumento do número de hemácias poderia causar uma diminuição do número de plaquetas e uma hemorragia interna.
c) A maior taxa de hemácias poderia causar uma sobrecarga no músculo cardíaco e um possível infarto do miocárdio.
d) A maior taxa de hemácias permitiria uma maior oxigenação do sangue e uma maior obtenção de energia.
e) A maior taxa de hemácias causaria um aumento na taxa de respiração e uma intoxicação sanguínea causada pelo aumento de ácido carbônico no sangue.
6. (Unimep-SP) Com relação aos elementos figurados do sangue, qual é a principal função dos glóbulos brancos?
a) Defesa do organismo.
b) Coagulação sanguínea.
c) Transporte de oxigênio.
d) Eliminação da glicose.
e) Transporte de nutrientes.
7. O sangue é um tecido constituído por uma substância intercelular líquida, onde estão presentes alguns tipos celulares. Entre as células do sangue, encontramos os eritrócitos, que se caracterizam por:
a) produzir anticorpos.
b) ser um tipo de leucócito encontrado em grande número na célula.
c) produzir histamina e heparina.
d) ser uma célula nucleada relacionada com o transporte de oxigênio.
e) ser uma célula na forma de disco bicôncavo rica em hemoglobina.
8. (UFC – CE) Sobre os elementos figurados do sangue dos mamíferos, são feitas as afirmativas abaixo:
I – Os leucócitos são os elementos figurados mais numerosos na corrente sanguínea e desempenham importante papel na defesa do organismo.
II – As hemácias são elementos figurados anucleados, presentes na circulação e desempenham importante papel no transporte de gases.
III – As plaquetas são elementos celulares menos numerosos, presentes na circulação, atuando nos processos de coagulação sanguínea.
Qual é a opção correta?
a) I, II e III são verdadeiras.
b) Somente I e II são verdadeiras.
c) Somente II e III são verdadeiras.
d) Somente II é verdadeira.
e) Somente III é verdadeira.
9. Nosso corpo é exposto frequentemente a diversos organismos e partículas capazes de desencadear problemas de saúde. Esses agentes, quando entram em contato com nosso corpo, desencadeiam uma resposta imune. Às partículas estranhas que entram em nosso corpo e estimulam nosso sistema imune damos o nome de:
a) vírus.
b) bactérias.
c) anticorpos.
d) imunoglobulinas.
e) antígenos.
10. Algumas substâncias estranhas entram em nosso corpo e desencadeiam uma resposta imune. Nosso corpo então produz uma proteína capaz de reagir com essa substância e defender o organismo.
Denominamos essa substância de:
a) antígeno.
b) anticorpos.
c) vacina.
d) soro.
e) leucócitos.
11. (Fuvest-SP) Um coelho recebeu, pela primeira vez, a injeção de uma toxina bacteriana e manifestou a resposta imunitária produzindo a antitoxina (anticorpo). Se após certo tempo for aplicada uma segunda injeção da toxina no animal, espera-se que ele
a) não resista a essa segunda dose.
b) demore mais tempo para produzir a antitoxina.
c) produza a antitoxina mais rapidamente.
d) não produza mais a antitoxina por estar imunizado.
e) produza menor quantidade de antitoxina.
12. (Fmp/2014) O gráfico a seguir ilustra a resposta imunológica de um indivíduo frente a duas exposições a um agente infeccioso, em relação à produção de anticorpos.
Observando-se o gráfico, notam-se diferenças na resposta entre a primeira e a segunda infecções. A principal diferença entre as duas infecções e a sua justificativa correspondente são, respectivamente:
a) a resposta imunológica à segunda infecção ocorreu mais rápida e intensamente, pois a primeira infecção gerou uma memória imunológica.
b) a resposta primária não alcançou o nível de anticorpos capaz de reagir com o antígeno, pois somente no segundo contato as células de memória produziram os anticorpos.
c) a resposta secundária foi muito maior, pois a carga do antígeno se acumulou ao longo das duas infecções.
d) o pico de produção de anticorpos ocorreu mais cedo na primeira infecção, pois houve a adaptação do sistema imune.
e) uma maior produção de anticorpos ocorreu na primeira infecção, pois acarretou a ativação de células de memória.
13. (Unicamp simulado) A fgura abaixo representa a resposta imunitária de uma criança vacinada contra determinada doença, conforme recomendação dos órgãos públicos de saúde.
Após a dose de reforço, a resposta imunitária da criança é mais rápida, porque
a) a quantidade do anticorpo específico inoculado na dose de reforço é maior.
b) a quantidade do antígeno específico inoculado na dose de reforço é maior.
c) o antígeno específico inoculado na dose de reforço é reconhecido pelas células de memória produzidas pelo organismo quando foi sensibilizado pela primeira dose.
d) o anticorpo específico inoculado na dose de reforço é reconhecido pelas células de memória produzidas pelo organismo quando foi sensibilizado pela primeira dose.
14. O método tintorial predominante utilizado em bacteriologia é o método de Gram. A bacterioscopia, após coloração pelo método de Gram com diagnóstico presuntivo, de triagem, ou até mesmo confirmatório em alguns casos, constitui peça importante e fundamental na erradicação e no controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST). Essa técnica é simples, rápida e tem capacidade de resolução, permitindo o correto diagnóstico em cerca de 80% dos pacientes em caráter de pronto atendimento em nível local. Sobre a coloração de Gram marque a alternativa CORRETA:
a) Bactérias gram-positivas e gram-negativas absorvem de maneira idêntica o cristal violeta e o lugol.
b) Bactérias gram-positivas e gram-negativas apresentam o mesmo comportamento ao serem tratadas com o álcool.
c) O esfregaço ao receber o lugol cora as bactérias gram-negativas na cor avermelhada do corante.
d) O esfregaço ao receber a fucsina coraas bactérias gram-positivas na cor avermelhada do corante.
e) Também podem ser utilizados a iodina no lugar da fucsina e a safranina no lugar do lugol.
15. A tuberculose é causada pelo Mycobacterium tuberculosis, também conhecido como bacilo de Koch, ou bacilo álcool ácido resistente. Para a caracterização do agente etiológico em esfregaços de escarro, aplica-se coloração de
A) Fontana-Tribondeau.
B) Gram.
C) Ziehl-Nielsen.
D) Albert-Laybourn
16. A Coloração de Gram permite identificar a que grupo uma bactéria pertence analisando a constituição de sua parede celular. As bactérias gram-positivas, por exemplo, apresentam uma grande quantidade de peptidoglicano e coram-se de cor:
a) vermelha
b) violeta
c) preta
d) verde
e) amarelo

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