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alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
1 
 
CADERNO DE EXERCÍCIOS TJ/RJ 
LÍNGUA PORTUGUESA 
Texto para os seguintes itens: 
 
1 Mesmo com os avanços na área de segurança, os 
crimes virtuais, ou cibercrimes, continuam causando muitos 
problemas financeiros, como mostrou um estudo feito pela 
4 empresa de segurança Norton no ano de 2012. De acordo com 
o estudo, somente no Brasil, os prejuízos superam a casa dos 
R$ 15 bilhões por ano. No mundo todo, esse valor sobe para 
7 cerca de R$ 220 bilhões. Entre os motivos para esses números 
expressivos, estão o aumento de ataques a dispositivos móveis 
e redes sociais e a própria lentidão do sistema no combate aos 
10 crimes. 
O estudo revela que, com a prosperidade da economia 
brasileira e a crescente aquisição de computadores e celulares, 
13 o Brasil tem-se mostrado um alvo importante para os 
criminosos, além de se apresentar como origem de grande parte 
dos ataques no mundo. Nesse quesito, o país está em quarto 
16 lugar no ranque mundial, atrás apenas dos Estados Unidos da 
América, da China e da Índia. A tradição social do país pode 
contribuir para esse fato, já que sítios de relacionamento como 
19 Facebook, Orkut e Twitter são populares também entre os 
criminosos. Eles conseguem angariar informações pessoais 
sobre as vítimas e ainda utilizam as plataformas para 
22 disseminar ameaças. A pesquisa mostra que os usuários da 
Internet, em geral, ainda não se preocupam em checar links 
antes de compartilhá-los ou desconectar-se dos sítios ao deixar 
25 de navegar neles, e não têm ideia se suas configurações são 
públicas ou privadas. 
A pesquisa indica, ainda, que 30% das pessoas no 
28 mundo não pensam sobre o cibercrime, por não acreditarem 
que poderiam ser vítimas desse tipo de ação, enquanto 21% 
admitem não tomar quaisquer medidas de segurança quando 
31 estão online. De fato, os usuários nem sequer têm percepção da 
própria situação: 51% não entendem como funcionam os 
procedimentos de segurança virtual e não sabem reconhecer se 
34 seus sistemas estão infectados, 55% não têm certeza se seu 
computador está livre de ameaças e 48% utilizam apenas um 
antivírus básico. A esse respeito, um dos responsáveis pelo 
37 estudo afirma: “É como andar rápido em uma rodovia sem um 
cinto de segurança.” No entanto, ele reconhece que, aos 
poucos, as pessoas estão se educando: 89% já apagam emails 
40 suspeitos. 
Bruno do Amaral. Perdas com cibercrimes chegam a R$ 15 bi no Brasil por 
ano. Internet: <http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias> (com adaptações). 
 
 
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MUDE SUA VIDA! 
2 
 
Julgue os itens que se seguem, relativos às estruturas linguísticas do texto. 
 
1. Na linha 30, a alteração da flexão de plural do pronome “quaisquer” para a forma singular 
— qualquer — acarretaria incorreção gramatical ao texto. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: C 
Solução rápida: 
Não cabe a flexão de singular do pronome indefinido qualquer (linha 30), pois, 
no texto, ele se refere ao substantivo medidas (linha 30), que está no plural. Logo, 
a flexão de plural da palavra qualquer, como quaisquer, é obrigatória, porque deve 
concordar com o substantivo. 
 
Solução completa: 
De acordo com a morfologia, que é o estudo da forma das palavras, existem 
dez classes de palavras (artigo, numeral, adjetivo, pronome, substantivo, 
verbo, advérbio, preposição, conjunção, interjeição), das quais as seis 
primeiras são variáveis e as 4 últimas invariáveis. 
Dizer que uma classe é variável é afirmar que ela pode ser flexionada. A flexão 
é uma informação que se atribui à palavra com o objetivo de modificá-la. As flexões 
são: gênero (masculino x feminino), número (singular x plural), grau (aumentativo 
x diminutivo; comparativo x superlativo), pessoa (1ª, 2ª, 3ª), modo (indicativo, 
subjuntivo e imperativo), tempo (presente, pretérito e futuro). 
Artigo, numeral, adjetivo e pronome são classes determinantes, ou seja, são 
palavras que acusam a presença de um substantivo (termo determinado) na 
estrutura. 
Determinantes: artigo, numeral, adjetivo e pronome, apontando ou acusando 
a presença de um substantivo. Isso quer dizer que sempre que houver termo 
determinante ele se referirá ao substantivo. 
 
Levando-se em consideração a concordância nominal, que é a harmonia entre 
os nomes, os determinates concordam em gênero e número com o substantivo. 
Dessa forma, as flexões do substantivo serão assumidas pelos seus determinantes. 
 
 
substantivo
artigo
numeral
pronome
adjetivo
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MUDE SUA VIDA! 
3 
 
2. A partícula “se”, tanto na linha 33 quanto na linha 34, introduz circunstância condicional. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: E 
Solução rápida: 
A partícula SE nas linhas 33 e 34 (“não sabem reconhecer se” / “55% não têm 
certeza se”) não introduzem circunstância condicional, pois não são conjunções 
adverbiais condicionais. Nos dois casos, a palavra SE classifica-se como conjunção 
integrante. 
 
Solução completa: 
A palavra SE é muito cobrada em provas de concurso porque apresenta várias 
classificações, que são: 
1.PRONOME REFLEXIVO: pode ser substituído por “a si mesmo(a)”, “a si 
mesmos(as)”. 
Juliana maquiava-se em frente ao espelho. (Juliana maquiava a si mesma em 
frente ao espelho.) 
 
2.PRONOME RECÍPROCO: pode ser substituído por “uns aos outros”/”umas 
às outras”; “uns nos outros”/”umas nas outras” etc. 
Os parlamentares agrediram-se durante a sessão legislativa. (Os parlamentares 
agrediram uns aos outros durante a sessão legislativa.) 
 
Aqueles brigões cuspiram-se. (Aqueles brigões cuspiram uns nos outros.) 
 
3.PRONOME APASSIVADOR: quando ligado aos verbos VTD/VTDI► 
VTD/VTDI + SE + SUJEITO APASSIVADOR. 
Plastificam-se documentos. 
Diz-se que ele é corrupto. 
Atribuiu-se muito valor àquele imóvel. 
 
4.ÍNDICE DE INDETERMINAÇÃO DO SUJEITO: quando vem ligado aos 
verbos VTI, VI ou VL. Nesse caso, esses verbos permanecem flexionados na 3ª 
pessoa do singular. ► VTI/VI/VL + SE. 
Acredita-se na existência de extraterrestres. 
Trata-se de temas polêmicos. 
Era-se feliz naquela época. 
Morre-se de frio no inverno europeu. 
 
5.CONJUNÇÃO INTEGRANTE: inicia oração subordinada substantiva. 
Não sei se ela vai voltar. 
O parlamentar admitiu se estava errado. 
 
6.CONJUNÇÃO CONDICIONAL: inicia oração subordinada adverbial 
condicional. 
Se o vir, mande lembranças. 
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MUDE SUA VIDA! 
4 
 
 
7.PARTE INTEGRANTE DO VERBO PRONOMINAL: trata-se de um pronome 
atrelado à forma verbal, integrando-a. É flexionada conforme o sujeito. 
Vargas suicidou-se em 1954. 
Ela se referiu ao artigo 5º da CF/88. 
Eu me lembro bem de você. 
 
8.PARTÍCULA EXPLETIVA OU DE REALCE: realça ou enfatiza uma palavra 
ou um segmento do período. Pode ser retirada sem que isso acarrete erro gramatical 
ou prejuízo ao sentido. 
O marido foi-se embora. Os anos se passaram e ele nunca voltou. 
 
3. O sentido original e a correção gramatical do texto seriam mantidos, caso a expressão 
“Mesmo com os” (R.1) fosse substituída por A despeito dos. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito :C 
Solução rápida: 
Na inha 1, em “Mesmo com os avanços...”, a palavra mesmo é uma conjunção 
adverbial concessiva. Dessa forma, pode ser substituída pela locução conjuntiva 
concessiva a despeito de, mantendo-se o sentido original e a correção gramatical. 
 
Solução completa: 
É muito comum, em provas do Cespe/Cebraspe, a menção ao sentido original 
e à correção gramatical na reescritura do item. É de suma importância que se saiba 
interpretar cada critério avaliado pela organizadora: 
Correção gramatical: refere-se às regras gramaticais. Um item, ao ser 
corretamente reescrito pela organizadora, deve estar em conformidade com o que é 
prescrito como correto pela Gramática Tradicional. Caso não haja conformidade com 
o definido pela Gramática Tradicional, o item estará gramaticalmente incorreto. 
Sentidooriginal: faz menção à interpretação original do trecho analisado. É 
preciso que a reescritura mantenha a informação prestada no texto. 
Coerência: é responsável pelos sentidos do texto, diz respeito ao nexo entre as 
ideias e entre os conceitos. É esse nexo que permite que uma sequência de frases 
possa ser reconhecida como texto. Está ligada à compreensão, à possibilidade de 
interpretação do sentido global do texto. 
Coesão: a coesão é a forma, isto é, é a manifestação linguística da coerência, 
é a expressão do nexo no plano linguístico. A coesão é responsável pela unidade 
formal do texto e é constrída por meio de mecanismos gramaticais e lexicais. 
 
Além disso, o item número 3 aborda o conceito das conjunções adverbiais. 
Essas conjunções iniciam as chamadas orações subordinadas adverbiais. 
 
Orações subordinadas adverbiais: as orações subordinadas adverbiais, 
assim como o advérbio, exprimem circunstância. São, em média, dez circunstâncias 
(o que varia de autor para autor), das quais seis começam com a letra C. Com base 
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MUDE SUA VIDA! 
5 
 
nessa informação, criou-se (para facilitar a memorização dos tipos de orações 
adverbiais) a sigla 6CFMPT, que apresenta a letra inicial de cada circunstância. 
Causal: exprime a razão, o motivo da oração principal. Exprime um fato 
anterior ao da oração principal. 
Conjunções causais: porque, já que, visto que, uma vez que, na medida em 
que, haja vista, tendo em vista que, porquanto, devido a, dado que, como* etc. 
 
O aluno faltou à aula porque perdeu a condução. 
 
Como perdeu a condução, o aluno faltou à aula. 
 
Observação: a oração subordinada adverbial causal iniciada pela conjunção 
como deve vir anteposta à oração principal. 
 
Consecutiva: introduz a consequência da oração principal. Vem após termos 
intensificadores (tão, tal, tanto etc). 
Conjunção consecutiva: que. 
 
Choveu tanto que o trânsito de BH parou. 
 
Doía de tal maneira que fomos para o hospital. 
 
Concessiva: introduz quebra de expectativa, uma ideia que se contrasta com 
a da oração principal. 
Conjunções concessivas: embora, mesmo que, ainda que, não obstante, 
conquanto, apesar de, a despeito de, em que pese, malgrado etc. 
 
Embora treinasse muito, o candidato não conseguia ser aprovado na prova de 
aptidão física. 
 
Condicional: exprime a condição de realização da oração principal. 
Conjunções condicionais: se, caso, desde que, contanto que, sem que (= se 
não) etc. 
 
Se o vir, mande lembranças. 
 
Conformativa: estabelece uma relação de adequação ou conformidade com o 
processo expresso pelo verbo da oração principal. 
Conjunções conformativas: conforme, segundo, de acordo com, consoante, 
como etc. 
 
Conforme está previsto na legislação, o Novo Acordo Ortográfico se tornou 
obrigatório a partir de 2016. 
 
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6 
 
Comparativa: estabelece uma relação de comparação com o processo 
expresso pelo verbo da oração principal. Na oração comparativa, o verbo se mantém, 
em regra, subentendido. 
Conjunções comparativas: mais (do) que, menos (do) que, tanto quanto, assim 
como, como, tal qual etc. 
 
Ele corre mais do que um atleta. (o verbo correr está implícito) 
 
Ele come como um passarinho. (o verbo comer está implícito) 
 
Final: exprime a finalidade da oração principal. 
Conjunções finais: para que, a fim de que, porque etc. 
 
Ela lutou muito para que superasse o câncer. 
 
Modal: exprime circunstância de modo, estabelecendo o modo como a ação 
verbal é realizada 
Conjunção modal: sem que. 
 
O aluno saiu sem que assinasse a prova. 
 
Observação: a Nomeclatura Gramatical Brasileira (NGB) não reconhece as 
conjunções modais, consequentemente, as orações adverbiais modais. Porém, tais 
orações já foram tema de questões de concurso. 
 
Proporcional: estabelece uma ideia de proporcionalidade com a oração 
principal. 
Conjunções proporcionais: à medida que, à proporção que, quanto mais... mais, 
quanto menos... menos etc. 
 
À medida que corria, perdia o fôlego. 
 
Observação: não confunda À MEDIDA QUE com NA MEDIDA EM QUE! O primeiro 
exprime proporção, e o segundo, causa. 
 
Temporal: introduz a circunstância de tempo à oração principal. 
Conjunções: quando, assim que, logo que, no momento em que etc. 
 
Assim que abriram a porta, eles foram presos. 
 
 
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7 
 
4. O trecho “O estudo (...) criminosos” (R.11-14) poderia, sem prejuízo gramatical ou dos 
sentidos do texto, ser reescrito da seguinte forma: Com a prosperidade da economia 
brasileira e a crescente aquisição de computadores e celulares, o estudo revela que o 
Brasil tem se mostrado um importante alvo para os criminosos. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito :E 
Solução rápida: 
A expressão “com a prosperidade da economia brasileira e a crescente aquisição 
de computadores e celulares” é um adjunto adverbial de causa deslocado que integra 
a oração subordinada substantiva objetiva direta (“que o Brasil tem se mostrado um 
importante alvo para os criminosos”). 
No texto, o adjunto adverbial enfatiza a causa/a razão de o Brasil ter se tornado 
um importante alvo para os criminosos. Com o deslocamento desse adjunto adverbial 
para o início do período, conforme propõe a reescritura, ocorre a mudança do sentido 
original do trecho, pois a circunstância de causa passa a enfatizar o fato da oração 
principal que é “O estudo revela que”. 
 
Solução completa: 
Advérbio: modifica um verbo, um advérbio, um adjetivo ou uma oração, 
exprimindo uma circunstância. 
 
 Verbo: Ele dirige mal. (advérbio de modo) 
 
Advérbio Advérbio: Ele dirige mal demais. (adv. de modo, adv. 
de intensidade) 
 Adjetivo: Ele é muito imprudente. (adv. de 
intensidade) 
 
Locução Adverbial: é uma expressão que cumpre o papel do advérbio, 
exprimindo circunstância. 
ATENÇÃO! A locução adverbial, da mesma forma que a locução adjetiva, é um 
desdobramento da classe, isto é, é uma expressão que cumpre o papel da classe. 
 
Estamos em Belo Horizonte. (locução adverbial de lugar) 
Fez calor de manhã. (locução adverbial de tempo) 
O detendo saiu da prisão com o agente penitenciário. (loc. adv. de lugar/ loc. adv. 
companhia) 
A noiva cortou o bolo com a faca. (locução adverbial de instrumento) 
 
Circunstâncias: 
→ tempo: hoje, amanhã, agora, nunca, jamais etc. 
→ modo: lentamente, mal, bem etc. 
→ lugar: aqui, lá, acolá etc. 
→ intensidade: mais, menos, muito, demais etc. 
→ dúvida: talvez, provavelmente, acaso, porventura etc. 
→ afirmação: certamente, mesmo etc. 
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8 
 
→ negação: não etc. 
Observação: são inúmeras circunstâncias e há variação quanto ao número delas 
de autor para autor. Logo, esse rol é meramente exemplificativo. 
 
Função sintática: adjunto adverbial 
Observação: tanto o advérbio quanto a locução adverbial exercem a função 
sintática de adjunto adverbial. 
 
Conceito e uso da vírgula: 
Sinal de pontuação mais cobrado em questões de concurso. Introduz pausa 
breve entre os termos da oração, sinalizando deslocamentos, termos subentendidos, 
ênfase etc. 
 
Vírgula proibida: 
1º) Separando os termos essenciais: sujeito de predicado. 
Os manifestantes, se reuniram na Praça da Estação. (vírgula separando sujeito 
de verbo = incorreto) 
 
2º) Separando os termos integrantes ► verbo de complementos verbais, 
agente da passiva de locução verbal e complemento nominal dos nomes: 
Os manifestantes protestavam, contra a Reforma da Previdência. (vírgula 
separando verbo de O.I. = incorreto) 
 
A PEC 37 foi proposta, por um Deputado Maranhense. (vírgula separando locução 
verbal de agente da passiva = incorreto) 
 
Ela tinha certeza, de que passaria. (vírgula separando complemento nominal de 
substantivo = incorreto)3º) Separando adjunto adnominal do substantivo. 
 
A proposta, do deputado, foi vetada. (vírgula separando o adjunto adnominal do 
substantivo = incorreto) 
 
Vírgula obrigatória: 
1º) Em adjunto adverbial deslocado: 
Em Belo Horizonte, não faz mais frio como antigamente. 
 
Hoje deverá chover. (vírgula facultativa – adjunto adverbial pequeno) 
 
Observação n°1: em adjunto adverbial pequeno (aquele formado por uma 
palavra), a vírgula é facultativa, pois não se percebe, nesse caso, a inversão na 
ordem direta da oração. Há variação de entendimento entre os autores em relação 
ao que é adjunto adverbial pequeno. 
Observação n°2: o Cespe/Cepraspe já adotou posicionamentos diferentes em 
relação ao uso da vírgula em adjunto adverbial deslocado. Houve situações em que 
a ausência da vírgula em adjunto adverbial deslocado formado por duas ou mais 
palavras (Ex.: Em Belo Horizonte, Nos dias atuais, No ano anterior etc) foi dada como 
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MUDE SUA VIDA! 
9 
 
errada. Contudo, na prova do MPU de 2018 (vide item 110 deste material), a ausência 
da vírgula, nesse tipo de adjunto adverbial, foi dada como correta. Logo, dada a falta 
de posicionamento da organizadora, sugere-se que itens dessa natureza fiquem sem 
resposta. 
 
2º) Em enumerações ► separando termos de mesma função sintática: 
MG, RJ, ES e SP constituem o Sudeste brasileiro. (núcleos do sujeito 
enumerados) 
 
A PEC foi rejeitada pelos professores, pelos estudantes, pelos médicos e pelos 
enfermeiros. (enumeração de agentes da passiva) 
 
3º) Em vocativo: 
O objetivo do meu governo, caros brasileiros, é a educação. 
 
Alunos, estudem mais a gramática tradicional! 
Observação: o vocativo é considerado um termo à parte da oração. Razão por 
que ele pode ficar no início, meio ou fim do período. 
 
4°) Em aposto explicativo: 
Belo Horizonte, a capital dos mineiros, anda muito agitada no carnaval. 
 
É centenária a capital dos mineiros, Belo Horizonte. 
 
Observação: como o aposto explicativo é termo de caráter explicativo, 
admitem-se vários sinais de pontuação nele. No primeiro exemplo, cabe também um 
par de travessões ou os parênteses, ao passo que, no segundo exemplo, cabem os 
parênteses, um travessão ou dois pontos. 
 
5°) Em elipse ► termo subentendido: 
Meu pai é engenheiro; minha mãe, professora. (elipse do verbo ser, flexionado 
na 3ª p. singular do presente do indicativo) 
 
6º) Em expressões explicativas ou retificativas ► isto é, por exemplo, ou seja, 
aliás, ou melhor, a saber etc: 
A prova será em abril, ou melhor, no fim de março. 
 
7º) Em orações subordinadas adverbiais deslocadas: 
Ordem direta: oração principal + oração subordinada adverbial 
 
Mande lembranças, se o vir. (vírgula facultativa) 
 
Se o vir, mande lembranças. (vírgula obrigatória) 
Observação: considerando-se a ordem direta da oração subordinada adverbial 
(primeiro exemplo), a vírgula é considerada pela maioria dos autores e pelas 
organizadoras de concurso como facultativa. 
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MUDE SUA VIDA! 
10 
 
5. O pronome “Eles” (R.20) tem como referente a expressão “sítios de relacionamento” 
(R.18). 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: E 
Solução rápida: 
Pela leitura do texto, percebe-se que o pronome “Eles” na linha 20 não tem 
como referente “sítios de relacionamento” na linha 18, mas “criminosos”, na própria 
linha 20. 
 
Solução completa: 
Promome é a classe que, sem significado próprio ou fixo, acompanha ou 
substitui o substantivo, representando uma das pessoas do discurso, que são 1ª 
pessoa (emissor), 2ª pessoa (interlocutor ou receptor) e 3ª pessoa (mensagem ou 
assunto). 
Pronome adjetivo: acompanha o substantivo. 
Pronome substantivo: substitui o substantivo. 
Trata-se de um elemento coesivo usado textualmente para apresentar ou 
retomar alguma informação por meio da coesão referencial. Nesse caso, a 
apresentação de informação é denominada catáfora, ao passo que a retomada é 
chamada anáfora. Ex.: 
Esta frase está incorreta: Enviarei-lhe flores. (Catáfora) 
Enviarei-lhe flores. Essa frase está incorreta. (Anáfora) 
Leva-se em consideração a coerência (nexo entre as ideias) no processo de 
coesão. É pela coerência textual que se percebem as informações apresentadas ou 
retomadas no texto. 
 
Relembrando: 
Coerência: é responsável pelos sentidos do texto, diz respeito ao nexo entre 
as ideias e entre os conceitos. É esse nexo que permite que uma sequência de frases 
possa ser reconhecida como texto. Está ligada à compreensão, à possibilidade de 
interpretação do sentido global do texto. 
Coesão: a coesão é a forma, isto é, é a manifestação linguística da coerência, 
é a expressão do nexo no plano linguístico. A coesão é responsável pela unidade 
formal do texto e é construída por meio de mecanismos gramaticais e lexicais. 
 
 
 
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MUDE SUA VIDA! 
11 
 
Texto para os itens de 6 a 9: 
 
1 O Ministério Público Federal impetrou mandado de 
segurança contra a decisão do juízo singular que, em sessão 
plenária do tribunal do júri, indeferiu pedido do impetrante 
4 para que às testemunhas indígenas fosse feita a pergunta sobre 
em qual idioma elas se expressariam melhor, restando incólume 
a decisão do mesmo juízo de perguntar a cada testemunha se 
7 ela se expressaria em português e, caso positiva a resposta, 
colher-se-ia o depoimento nesse idioma, sem prejuízo do 
auxílio do intérprete. 
10 No caso relatado, estava em jogo, na sessão plenária 
do tribunal do júri, o direito linguístico das testemunhas 
indígenas de se expressarem em sua própria língua, ainda que 
13 essas mesmas pessoas possuíssem o domínio da língua da 
sociedade envolvente, que, no caso, é a portuguesa. É que, 
conforme escreveu Pavese, só fala sem sotaque aquele que é 
16 nativo. Se, para o aspecto exterior da linguagem, que é a sua 
expressão, já é difícil, para aquele que fala, falar com a 
propriedade devida, com razão mais forte a dificuldade se 
19 impõe para o raciocínio adequado que deve balizar um 
depoimento testemunhal, pouco importando se se trata de 
testemunha ou de acusado. 
22 No que interessa a este estudo, entre os modelos 
normativos que reconhecem direitos linguísticos, o modelo de 
direitos humanos significa a existência de norma na Declaração 
25 Universal dos Direitos Humanos, de 1948, da Organização das 
Nações Unidas, que provê um regime de tolerância linguística, 
garantia essa que não suporta direitos linguísticos de forma 
28 específica, isto é, protegem-se, imediatamente, outros direitos 
fundamentais, tais como direito de liberdade de expressão, de 
reunião, de associação, de privacidade e do devido processo 
31 legal, e apenas mediatamente o direito linguístico; já o modelo 
dos povos indígenas tem por base legal a Convenção n.º 
169 da Organização Internacional do Trabalho, que prevê a proteção 
34 imediata de direitos de desenvolvimento da personalidade, 
tais como oportunidade econômica, educação e saúde, e, 
mediatamente, de direitos linguísticos. 
37 A questão jurídica aqui tratada pode enquadrar-se 
tanto em um modelo quanto em outro, já que pode ser ela 
referida ao direito de liberdade de expressão na própria língua 
40 e também ao direito do indígena de falar sua própria língua por 
força do seu direito ao desenvolvimento de sua personalidade. 
Mas há mais. A Constituição Federal de 1988 (CF) positivou, 
43 expressamente, norma específica que protege as línguas 
indígenas, reconhecendo-as e indo, portanto, mais além do que 
as normas internacionais de direitos humanos. Essa proteção 
46 tem a ver com a ideia maior da própria cultura, que se compõe 
das relações entre as pessoas com base na linguagem. 
Paulo Thadeu Gomes da Silva. Direito linguístico: a propósito de uma 
decisão judicial. In: Revista Internacional de Direito e Cidadania, n.º 9, 
p. 183-7, fev./2011. Internet: <http://6ccr.pgr.mpf.gov.br> (com adaptações). 
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MUDE SUA VIDA!12 
 
Acerca das estruturas linguísticas do texto, julgue os itens subsecutivos. 
 
6. A posposição do pronome “se” ao verbo em “colher-se-ia” (R.8) — colheria-se — 
comprometeria a correção gramatical do trecho. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: C 
Solução rápida: 
Na linha 8, em “colher-se-ia o depoimento”, há o uso da mesóclise em um verbo 
flexionado no futuro do pretérito. A colocação do pronome oblíquo átono SE após 
esse verbo, conforme sugere o item, está errada, pois a ênclise é proibida após 
verbos flexionados no futuro do presente ou futuro do pretérito. 
 
Solução completa: 
O item aborda um tema muito cobrado em provas de concurso, que é a 
colocação pronominal. 
Colocação pronominal é a posição dos pronomes oblíquos átonos (me, te, 
se/o/a/lhe, nos, vos, se/os/as/lhes) em relação aos verbos. Há três posições 
possíveis para os pronomes átonos: 
PRÓCLISE: pronome oblíquo átono (p.o.a) antes do verbo. Ex.: Eu te amo! 
ÊNCLISE: pronome oblíquo átono (p.o.a) após o verbo. Ex. Amo-te, meu amor! 
MESÓCLISE: pronome oblíquo átono (p.o.a) no meio do verbo. Ex.: Amar-te-
ei por toda a minha vida! 
 
Uso da próclise: algumas frases admitem tanto a próclise quanto a ênclise, 
havendo, com o uso da próclise, apenas a inversão na ordem direta das orações, que 
é: SUJEITO + VERBO + COMPLEMENTOS VERBAIS + ADJUNTO ADVERBIAL 
Veja os seguintes exemplos: 
A professora comprou uma gramática usada. (ordem direta: sujeito + VTD + 
O.D.) 
A professora comprou-a. (ênclise: ordem direta) 
A professora a comprou. (próclise: ordem inversa) 
 
Ambas as reescrituras (ênclise e próclise) estão corretas. 
Contudo, há situações em que a próclise predomina em relação à ênclise, 
tendo-se, nesse caso, a próclise obrigatória. Isso ocorre, em regra, com a presença 
de determinadas palavras, que são consideradas atrativas de próclise, que são: 
1.Palavras ou expressões negativas: Não se afaste da sua irmã. 
 
2.Advérbios: Agora se opõem ao movimento grevista. 
ATENÇÃO: havendo pausa, por meio de vírgula, entre o advérbio e o verbo, 
usa-se ênclise. Agora, opõem-se ao movimento grevista. 
 
3.Pronomes relativos: Candidataram-se dois alunos que se apresentaram 
rapidamente. 
 
4.Pronomes indefindos: Poucos se dispõem a estudar a gramática tradicional. 
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13 
 
 
5.Conjunções subordinativas integrantes e adverbiais: Ele admitiu que a amava 
muito. / Se a vir, avise ao marido. 
 
6.Pronomes demonstrativos neutros (isto, isso, aquilo): Aquilo me diz respeito. 
 
Tipos de frases que exigem próclise: há certos tipos de frases em que, por 
motivo de entonação, a próclise predomina. Entre elas estão: 
1.Frases interrogativas: Quem me chamou? 
2.Frases exclamativas: Quanto se expõe nas redes sociais! 
ATENÇÃO: nas frases optativas (as que exprimem desejo), se o sujeito vier 
antes do verbo (ordem direta), usa-se próclise; caso o sujeito venha posposto ao 
verbo (ordem inversa), usa-se ênclise. Ex.: Deus te proteja. / Proteja-me Deus. 
 
Formas que exigem próclise: há duas formas que exigem a próclise, a saber: 
1.Gerúndio precedido da preposição EM ou de negação: Em se tratando de 
regras, a Gramática Tradicional é a campeã! 
2.Infinitivo Pessoal precedido de preposição: Por se acharem infalíveis, foram 
presos. 
 
Uso da ênclise: 
1.Não se inicia período com pronome oblíquo átono: Vão-se todas as minhas 
esperanças. 
2.Em imperativo afirmativo (não havendo palavra atrativa de próclise): Vista-
se agora! 
3.Em gerúndio (não precedido da preposição EM ou de palavra atrativa): 
Aceitou meu convite, alegrando-se com ele. 
4. infinitivo impessoal: Era minha intenção alegrar-te. 
 
Observação nº1: com o infinitivo impessoal precedido de preposição, ocorre 
tanto a ênclise quanto a próclise.Ex.: Tive receio de incomodar-te. / Tive receio de 
te incomodar. 
Observação nº2: com o infinitivo impessoal precedido de palavra atrativa, 
admite-se tanto a ênclise quanto a próclise. Ex.: Encontrei uma forma de não 
aborrecer-me./ 
Encontrei uma forma de não me aborrecer. 
 
Ênclise proibida: a ênclise é proibida quando o verbo estiver flexionado no 
futuro do presente ou no futuro do pretérito e quando estiver no particípio. Ex.: 
Receberei-te na minha casa. (incorreto) 
Visitaria-o se pudesse. (incorreto) 
Tenho encontrado-a com frequência. (incorreto) 
 
Uso da mesóclise: usa-se a mesóclise com o futuro do presente e o futuro do 
pretérito, caso o verbo não venha antecedido de palavra atrativa de próclise. 
Futuro do presente: Enviar-lhes-ei os exercícios de gramática. (Não lhes 
enviarei os exercícios de gramática.) 
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14 
 
Futuro do pretérito: Enviar-lhes-ia os exercícios de gramática se estivesse on-
line agora. (Não lhes enviaria os exercícios de gramática agora, pois estou off-line.) 
 
Colocação pronominal na locução verbal: em locuções verbais cujo verbo 
principal está no infinitivo ou no gerúndio, admite-se o pronome oblíquo átono antes 
ou depois dos verbos auxiliar e principal. 
Renata lhe deve dizer algumas palavras. 
Renata deve-lhe dizer algumas palavras. 
Renata deve lhe dizer algumas palavras. 
Renata deve dizer-lhe algumas palavras. 
 
Renata lhe vinha ensinando a gramática. 
Renata vinha-lhe ensinando a gramática. 
Renata vinha lhe ensinando a gramática. 
Renata vinha ensinando-lhe a gramática. 
 
Havendo palavra atrativa de próclise antes da locução verbal, cujo verbo 
principal está no infinitivo ou no gerúndio, coloca-se o pronome oblíquo átono antes 
do verbo auxiliar ou depois do verbo principal. 
Não lhe posso dizer nada agora. 
Não posso dizer-lhe nada agora. 
Não lhe estou dizendo nada agora. 
Não estou dizendo-lhe nada agora. 
 
ATENÇÃO: embora haja essa norma, é comum ocorrer, nesse último caso, a 
próclise em relação ao verbo principal. 
Não posso lhe dizer nada agora. 
Não estou lhe dizendo nada agora. 
 
7. A vírgula logo após o termo “estudo” (R.22), cujo emprego é facultativo, tem função 
apenas facilitadora da leitura e do entendimento do período. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: E 
Solução rápida: 
Na linha 22, em “No que interessa a este estudo”, o uso da vírgula após o termo 
estudo é obrigatório, pois se trata de oração subordinada adverbial conformativa 
deslocada, o que implica uso obrigatório da vírgula. 
 
Solução completa: 
O item aborda o uso da vírgula obrigatória sinalizando o deslocamento de 
oração subordinada adverbial. Caso a oração subordinada adverbial esteja na ordem 
direta, isto é, posposta à oração principal, o uso da vírgula é facultativo. 
 
Relembrando! 
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15 
 
A vírgula é obrigatória em orações subordinadas adverbiais 
deslocadas. 
Ordem direta do período composto: oração principal + oração subordinada 
adverbial. 
Mande lembranças, se o vir. (vírgula facultativa) 
 
Se o vir, mande lembranças. (vírgula obrigatória) 
Observação: considerando-se a ordem direta da oração subordinada adverbial 
(primeiro exemplo), a vírgula é considerada pela maioria dos autores e pelas 
organizadoras de concurso como facultativa. 
8. Estaria igualmente correta e adequada ao texto a flexão da forma verbal “possuíssem” 
(R.13) no tempo presente do subjuntivo: possuam. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: E 
Solução rápida: 
Trata-se de um item de correlação ou combinação entre tempos e modos 
verbais. O verbo possuir, na linha 13, flexionado no pretérito imperfeito do subjuntivo 
(possuíssem) se correlaciona com o verbo estar, na linha 10, flexionado no pretérito 
imperfeito do indicativo (estava). 
Fragmento do texto: 
“No caso relatado, estava em jogo, na sessão plenária do tribunal do júri, o 
direito linguístico das testemunhas indígenas de se expressarem em sua própria 
língua, ainda que essas mesmas pessoas possuíssem o domínio da língua da 
sociedade envolvente, que, no caso, é a portuguesa.”De acordo com a correlação entre tempos e modos, o pretérito imperfeito do 
indicativo se correlaciona com o pretérito imperfeito do subjuntivo. Razão por que a 
substituição da flexão de imperfeito do subjuntivo do verbo possuir (possuíssem), na 
linha 13, pelo presente do subjuntivo (possuam) acarreta incorreção gramatical. 
 
Solução completa: 
A correlação ou combinação entre tempos e modos verbais é tema 
recorrente em provas do Cespe/Cebraspe e trata do uso dos tempos e modos verbais 
no período composto por subordinação. É necessário que haja harmonia entre os 
sentidos do verbo da oração principal e do verbo da oração subordinada. 
Há três modos verbais: indicativo (certeza, fato), subjuntivo (incerteza, 
hipótese) e imperativo (ordem, pedido). Existem três noções temporais: passado 
(pretérito perfeito, imperfeito, mais-que-perfeito), presente e futuro (do presente, 
do pretérito). 
É óbvio que dois verbos flexionados nos mesmos tempo e modo sempre 
combinam (Ele almoçou e lavou a louça./ Você escuta bem o que falo?), porém há 
outras correlações possíveis. 
 
Possíveis correlações: 
 
Períodos iniciados com o tempo presente: 
 
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presente do indicativo + pretérito perfeito do indicativo 
Ex.: Hoje ela admite que teve muitas chances de estudar. 
 
presente do indicativo + pretérito perfeito composto do subjuntivo 
Ex.: Acredito que ela tenha feito todo o dever de casa. 
 
presente do indicativo + pretérito imperfeito do indicativo 
Ex.: Hoje eu entendo que, quando criança, eu não tinha problemas. 
 
presente do indicativo + futuro do presente do indicativo 
Ex.: Duvido que você faltará à aula de gramática. 
 
presente do indicativo + presente do subjuntivo 
Ex.: Espero que você estude mais a gramática. 
 
Períodos iniciados com o tempo pretérito: 
 
pretérito perfeito do indicativo + pretérito imperfeito do subjuntivo 
Ex.: Admiti que talvez fosse feliz naquela época. 
 
pretérito perfeito do indicativo + pretérito imperfeito do indicativo 
Ex.: Acreditei que você ia fazer todo o dever de casa. 
 
pretérito perfeito do indicativo + pretérito mais-que-perfeito composto do 
subjuntivo 
Ex.: Achei que você tivesse entendido a regra gramatical. 
 
pretérito perfeito do indicativo + futuro do pretérito do indicativo 
Ex.: Ele prometeu que a viagem seria rápida. 
 
pretérito imperfeito do indicativo + pretérito imperfeito do subjuntivo 
Ex.: Desejava que as coisas fossem mais fáceis. 
 
pretérito imperfeito do subjuntivo + futuro do pretérito (simples ou composto) 
do Indicativo 
Ex.: Se eu vivesse cem anos, aprenderia todas as regras gramaticais. 
 
pretérito imperfeito do indicativo + pretérito mais-que-perfeito composto do 
subjuntivo 
Ex.: Queria que tivesse o encontrado aqui. 
 
pretérito mais-que-perfeito do indicativo + pretérito imperfeito do subjuntivo 
Ex.: Ela me avisara que você me visitasse em breve. 
 
pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo + futuro do pretérito 
composto do indicativo 
Ex.: Se eu tivesse passado na prova, teria me mudado para longe. 
 
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17 
 
Períodos iniciados com o tempo futuro: 
 
futuro do pretérito + pretérito imperfeito do subjuntivo 
Ex.: Aprenderia todas as regras gramaticais se vivesse cem anos. 
 
futuro do pretérito do indicativo + pretérito mais-que-perfeito composto do 
subjuntivo 
Ex.: Gostaria que você tivesse estudado mais a gramática. 
 
futuro do subjuntivo + futuro do presente indicativo/presente do indicativo 
Ex.: Quando eu o vir, avisarei/aviso a você. 
 
futuro do subjuntivo + futuro do presente composto do indicativo 
Ex.: Quando chegarmos lá, ele terá partido. 
9. A substituição da expressão “em qual” (R.5) por que preservaria a correção da estrutura 
sintática do texto 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito:E 
Solução rápida: 
O item está incorreto, pois, na linha 5, o verbo expressar-se exige a preposição 
em (expressar-se em), logo a supressão dessa preposição, como sugere o item, 
acarretaria erro gramatical. 
Fragmento do texto: “para que às testemunhas indígenas fosse feita a pergunta 
sobre em qual idioma elas se expressariam melhor...”. 
A reescritura manteria a correção da estrutura sintática se desta forma fosse 
reescrita: ... para que às testemunhas indígenas fosse feita a pergunta sobre em que 
idioma elas se expressariam melhor... 
 
Solução completa: 
O item aborda a combinação de dois temas: pronome relativo e regência verbal. 
Pronome relativo substitui ou retoma o termo antecedente, unindo duas 
orações em um único período. Ex.: que, qual, quem, onde, cujo, quanto. Todo 
pronome relativo inicia oração subordinada adjetiva. 
Veja os exemplos: 
Encontrei o aluno. O aluno foi aprovado. ► Encontrei o aluno que foi aprovado. 
O pronome relativo QUE retoma o substantivo aluno, unindo as duas orações 
em um único período. 
 
 retoma pessoa, coisa ou lugar; 
QUE pode ser substituído por: o qual, a qual, os quais, as quais; 
 pode surtir ambiguidade textual. 
 
O candidato/que persiste/passa. 
(o pronome relativo QUE retoma candidato, que é pessoa, e pode ser substituído por O QUAL) 
 
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18 
 
A prova/que alguns alunos farão/será realizada em breve. 
(o pronome relativo QUE retoma prova, que é coisa, e pode ser substituído por A QUAL) 
 
A cidade/em que moro/é populosa. 
(o pronome relativo QUE retoma cidade, que é lugar, e pode ser substituído por NA QUAL: em + a 
qual) 
 
A equipe/de que faço parte/é muito qualificada. 
(o pronome relativo QUE retoma equipe, que é “pessoa”, e pode ser substituído por DA QUAL: de 
+ a qual) 
Observação: todo e qualquer pronome relativo inicia a chamada oração 
subordinada adjetiva, que é cobrada em todas as provas. Logo, no período em que 
há pronome relativo, há duas orações: ORAÇÃO PRINCIPAL + ORAÇÃO 
SUBORDINADA ADJETIVA. 
A oração adjetiva pode vir intercalada na oração principal ou finalizando o 
período após a oração principal. Essa análise é muito simples, bastando identificar o 
pronome relativo para marcar o início da oração adjetiva, e, pela coerência (ou nexo), 
percebe-se o fim dessa oração. Para destacar isso nos exemplos abaixo, separaram-
se as orações com barras. Ex: 
A cidade/que é a capital de Minas Gerais/é Belo Horizonte. 
 
A capital de Minas Gerais é Belo Horizonte/que é uma cidade muito agradável. 
 
ATENÇÃO!! Se o verbo ou uma expressão da oração subordinada adjetiva exigir 
preposição, essa preposição fica antes do pronome relativo. Essa regra vale para 
todos os pronomes relativos! 
 
A cidade/em que moro/é populosa. (quem mora, mora EM algum lugar) 
A equipe/de que faço parte/é muito qualificada. (quem faz parte, faz parte DE alguma 
coisa). 
O QUAL 
A QUAL variam em gênero e número; 
OS QUAIS retomam pessoa, coisa ou lugar. 
AS QUAIS 
Observação: esses pronomes relativos têm o mesmo emprego que o pronome 
relativo QUE. 
O candidato/o qual persiste/passa. 
 
A prova/a qual alguns alunos farão/será realizada em breve. 
 
A cidade/na qual moro/é populosa. 
 
A equipe/da qual faço parte/é muito qualificada. 
 
 
 
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19 
 
Texto para os itens a seguir: 
 
1 A transmissão segura de dados sigilosos, que é um 
velho e importante problema, continua sendo uma questão 
estratégica para qualquer sociedade moderna. 
4 Para começar a abordá-la, vejamos de forma 
simplificada como as transmissões de dados são feitas de forma 
segura atualmente. Suponha-se que uma pessoa deseje fazer 
7 uma compra por meio da Internet e pagá-la com o cartão de 
crédito. Nesse caso, é necessário enviar os dados pessoais do 
comprador e o número do cartão de crédito para a loja. 
10 O problema é que, na transmissão, pode haver um espião 
conectado à rede, interessado em bisbilhotar a comunicaçãopara obter os dados pessoais e, principalmente, o número do 
13 cartão de crédito do comprador. Para evitar a espionagem, as 
lojas virtuais utilizam a criptografia por meio de um método 
conhecido como protocolo de chave pública. 
16 O computador do internauta comprador irá utilizar 
essa chave para codificar — ou encriptar, como se diz no 
jargão da informática — as informações pessoais e o número 
19 do cartão de crédito. Na prática, isso significa que esses dados 
secretos são digitalizados — ou seja, codificados — e, em 
seguida, é realizada uma operação lógica que envolve a chave 
22 e os dados secretos. Essa operação lógica é equivalente a uma 
operação matemática realizada na base binária. 
A segurança de se usar a chave pública reside no fato 
25 de que qualquer pessoa pode utilizar essa sequência de bits 
para encriptar (codificar) os dados, mas apenas a loja virtual 
que a gerou poderá decodificar (desencriptar) os dados. Para 
28 realizar a decodificação, é necessário ter uma segunda 
sequência de bits lógicos — a chamada chave privada — e 
fazer uma nova operação binária, envolvendo os dados 
31 encriptados e a chave privada. Esta última é chamada privada 
porque só aquele que gerou a chave pública consegue produzir 
também a chave privada. 
34 Se um espião tentasse decifrar os dados encriptados 
utilizando um computador moderno, ele levaria muitos anos, 
mesmo que dispusesse do computador mais rápido hoje 
37 existente. Por isso, esse é o sistema mais utilizado na 
atualidade por lojas virtuais de Internet, bancos etc. 
Paulo Henrique Souto Ribeiro. Criptografia quântica: os 
desafios de gerar códigos invioláveis. In: Revista Ciência Hoje, vol. 47, 
n.º 277, p. 27-8. Internet: <www.cienciahoje.uol.com.br> (com adaptações). 
 
Com relação às ideias do texto ao lado — de Paulo Henrique Souto Ribeiro — e às 
estruturas linguísticas nele empregadas, julgue os próximos itens. 
 
 
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20 
 
10. A oração “Para evitar a espionagem” (R.13) denota a finalidade da utilização do protocolo 
de chave pública pelas lojas virtuais. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: C 
Solução rápida: 
Trata-se da chamada oração subordinada adverbial final reduzida do infinitivo, 
que exprime finalidade da oração principal. 
 
Solução completa: 
Orações reduzidas: são orações subordinadas não iniciadas por pronome 
relativo ou conjunção. Além disso, não se apresentam flexionadas em nenhum tempo 
verbal, permanecendo no infinitivo, no gerúndio ou no particípio, que são as formas 
nominais do verbo. Podem apresentar preposição, unindo a oração principal à oração 
subordinada. Ex.: 
Ela foi para o quarto sem que fizesse barulho. (Oração desenvolvida: apresenta 
a locução conjuntiva sem que e está flexionada no pretérito imperfeito do 
subjuntivo.) 
Ela foi para o quarto sem fazer barulho. (Oração reduzida: não apresenta 
conjunção, somente a preposição sem, e está no infinitivo.) 
As orações reduzidas dividem-se em: reduzidas do infinitivo, reduzidas do 
gerúndio e reduzidas do particípio. 
 
Reduzidas do infinitivo: 
Substantiva: 
É necessário manter a calma. (oração subordinada substantiva subjetiva 
reduzida do infinitivo) 
Ninguém viu a mulher voltar. (oração subordinada substantiva objetiva direta 
reduzida do infinitivo) 
 
Adjetiva: 
Ela foi a única a apreciar o show. (oração subordinada adjetiva restritiva 
reduzida do infinitivo) 
Observação: a oração adjetiva vem sempre após um substantivo e uma boa 
forma de confirmá-la é desdobrando-a com o pronome relativo. Ex.: 
Ela foi a única a apreciar o show. (Ela foi a única que apreciou o show.) 
 
Adverbial: 
Ao sair, apague as luzes. (oração subordinada adverbial temporal reduzida do 
infinitivo) 
A sair, apague as luzes. (oração subordinada adverbial condicional reduzida do 
infinitivo) 
Ele treinou para competir a prova. (oração subordinada adverbial final reduzida 
do infinitivo) 
Fui multada por falar ao telefone. (oração subordinada adverbial causal 
reduzida do infinitivo) 
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21 
 
Observação: 
ao + infinitivo ► tempo 
a + infinitivo ► condição 
para + infinitivo ► finalidade 
por + infinitivo ► causa 
sem + infinitivo ► modo 
 
Reduzidas do gerúndio: 
Adjetiva: 
 
A criança, chorando, acordou os pais. (oração subordinada adjetiva explicativa 
reduzida do gerúndio) 
Observação: a oração adjetiva vem sempre após um substantivo e uma boa 
forma de confirmá-la é desdobrando-a com o pronome relativo. Ex.: 
A criança, chorando, acordou os pais. (A criança, que chorava, acordou os pais.) 
 
Adverbial: 
Chegando mais cedo, iremos ao cinema. (oração subordinada adverbial 
condicional reduzida do gerúndio) 
Acabando a energia, as luzes apagaram. (oração subordinada adverbial causal 
ou temporal reduzida do gerúndio) 
 
ATENÇÃO! É comum ocorrer ambiguidade entre causa e tempo na oração 
subordinada adverbial reduzida do gerúndio. No caso acima, ela pode ser classificada 
como causal ou temporal, desdobrando-se das seguintes formas: 
Porque acabou a energia, as luzes apagaram. 
Quando acabou a energia, as luzes apagaram. 
 
Reduzidas do particípio: 
Adjetiva: 
 
As contas, pagas com atraso, oneram o orçamento. (oração subordinada 
adjetiva explicativa reduzida do particípio) 
Observação: a oração adjetiva vem sempre após um substantivo, e uma boa 
forma de confirmá-la é desdobrando-a com o pronome relativo. Ex.: 
As contas, pagas com atraso, oneram o orçamento. (As contas, que são pagas 
com atraso, oneram o orçamento.) 
 
Adverbial: 
Terminada a aula, conversaremos. (oração subordinada adverbial temporal 
reduzida do particípio) 
 
Previsto o tumulto, fomos embora. (oração subordinada adverbial causal 
reduzida do particípio) 
 
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22 
 
11. A forma verbal composta “irá utilizar” (R.16) corresponde à forma verbal simples 
utilizará, que poderia ser empregada na oração sem que isso comprometesse a coerência 
ou correção gramatical do texto. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: C 
Solução rápida: 
“Irá utilizar” é uma locução verbal, cuja forma simples correspondente é 
“utilizará”. 
Observação: nesse item, o Cespe/Cebraspe adotou a nomeclatura forma verbal 
composta fazendo referência ao conceito de locução verbal. 
 
Solução completa 
Locução verbal: dois ou mais verbos que se referem a um mesmo sujeito. O 
primeiro é denominado auxiliar, é desprovido de sentido próprio e se mantém 
flexionado; o último se chama principal, é responsável pelo sentido e pela 
transitividade da locução, mantendo-se no infinitivo, no gerúndio e no particípio, isto 
é, em uma das formas nominais. Pode ocorrer preposição entre os verbos auxiliar e 
o principal. 
 
V.A. + V.P. (infinitivo/gerúndio/particípio) 
 
FLEXÕES SENTIDO 
 
Os alunos estão se preparando para a prova da PF com antecedência. 
V.A. V.P. 
A prova da Receita Federal era realizada pela ESAF. 
V.A. V.P. 
Muitos candidatos irão fazer essa prova. 
V.A. V.P. 
Você pode estar sendo filmado. 
V.A. V.P. 
 
12. O pronome “esse” (R.37) faz referência ao protocolo de chave pública, descrito no 
terceiro e quarto parágrafos do texto. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: C 
Solução rápida: 
O pronome demontrativo ESSE na linha 37 faz referência ao protocolo de chave 
prública, trazendo, no último período do texto, uma conclusão acerca das ideias 
desenvolvidas sobre a criptografia. 
 
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23 
 
Solução completa: 
 Nesse item 12, abordou-se o uso do pronome demonstrativo ESSE no 
processo de retomada de informações. 
 O pronome demonstrativo demonstra, aponta a posição de um ente, 
tomando, espaço, tempo e contexto como referência. Ex.: este, esta, isto, esse, essa, 
isso, aquele, aquela, aquilo, o, a, os, as etc. 
 
Noção espacial: 
este,esta, isto: apontam algo próximo do emissor; 
esse, essa, isso: apontam algo próximo do interlocutor (ou receptor); 
aquele, aquela, aquilo: apontam algo distante de ambos. 
 
Ex.: Henrique, esta blusa é minha! 
COM QUEM A BLUSA ESTÁ? 
com Henrique; 
com o interlocutor; 
com o emissor; 
com nenhum deles. 
 
Resposta: C 
 
Noção temporal: 
este, esta, isto: situam um fato no presente: 
Nesta semana, tem feito frio em BH. 
 
esse, essa, isso: situam um fato no passado ou futuro próximos: 
Nesse fim de semana, o Atlético jogará pelo Campeonato Brasileiro. 
 
aquele, aquela, aquilo: referem-se a um fato em um tempo remoto: 
Aquele ano de 54 saiu do Catete e entrou para a história. 
 
Noção contextual: 
Este, esta, isto: apresentam uma informação não dada, não mencionada. Tal 
recurso é um desdobramento da coesão referencial, sendo denominado CATÁFORA. 
Ex.: Esta oração contém erro gramatical: Enviarei-lhes os exercícios. 
 
Esse, essa, isso: retomam uma informação dada ou prestada. Tal recurso é 
também um desdobramento da coesão referencial, sendo denominado ANÁFORA. 
Ex.: Enviarei-lhes os exercícios. Essa oração contém erro gramatical. 
 
O uso do demonstrativo na retomada de elementos enumerados: 
Paris e Miami são cidades turísticas. Esta é a cidade das compras, e aquela, das 
luzes. 
 
Júlio e Ricardo são meus irmãos. Este é o mais novo, e aquele, o mais velho. 
 
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24 
 
Nesse tipo de estrutura, em que elementos enumerados são retomados, usam-
se ESTE/ESTA para retomar o elemento citado por último (ou mais próximo), ao 
passo que AQUELE/AQUELA são usados para retomar o primeiro elemento citado (ou 
mais distante). Essas estruturas, que retomam elementos enumerados, são 
denominadas APOSTO DISTRIBUTIVO. 
 
Observações: 
1.mesmo e próprio: são pronomes demonstrativos quando designam um termo 
idêntico a outro que já ocorreu anteriormente no discurso. São também usados como 
reforço dos pronomes pessoais. Ex.: 
As condições contratuais não se alteram: são sempre as mesmas. 
 
Eu mesma redigi o contrato. 
ATENÇÃO!! Não se empregam MESMO/MESMA com o valor de pronome pessoal. 
Nesse caso, usam-se os pronomes pessoais ELE/ELA. Ex.: 
Antes de entrar no elevador, verifique se o mesmo está parado neste andar. 
(Errado) 
Antes de entrar no elevador, verifique se ele está parado neste andar. (Correto) 
A professora está doente. A mesma não virá. (Errado) 
 
A professora está doente. Ela não virá. (Correto) 
 
2.tal e semelhante: como pronomes demonstrativos, TAL e SEMELHANTE 
retomam elementos de forma análoga aos demonstrativos ESSE, ESSA, AQUELE, 
AQUELA. Ex.: 
Algumas ruas de Belo Horizonte ficaram alagadas por causa da chuva. Tal 
situação se repete anualmente. 
13. O problema da transmissão segura de dados sigilosos é próprio da sociedade moderna. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: E 
Solução rápida: 
De acordo com a informaçãpo expressa no §1º do texto, o problema de 
transmissão de dados sigilosos não é um problema iniciado na sociedade moderna, 
tratando-se de algo antigo. 
Trata-se de uma questão de interpretação de texto de nível fácil, pois a 
informação que torna o item incorreto está expressa nas linhas 1 e 2: “A transmissão 
segura de dados sigilosos, que é um velho e importante problema, continua sendo 
uma questão estratégica para qualquer sociedade moderna”. 
 
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25 
 
Solução completa 
Em questões de interpretações de texto, alguns conceitos ajudam o candidato 
a compreender e interpretar as informações. 
Pressupostos e subentendidos: são informações consideradas implícitas em 
um texto, não havendo referência expressa ou direta. Elas são sugeridas por meio 
das pistas textuais deixadas por marcas linguísticas. 
Cabe ao leitor realizar uma leitura atenta, indo além da informação explícita ou 
expressa. Por meio do que é apresentado no texto, ele é capaz de extrair as ideias 
implícitas nas entrelinhas. 
A diferença entre pressupostos e subentendidos é que os pressupostos são 
sugeridos pelo texto, sendo de identificação mais fácil, ao passo que os 
subentendidos são uma dedução do próprio leitor, feita após a leitura do texto. Ex.: 
 
Renata está cansada de morar em Belo Horizonte. 
Pressuposto: Renata mora em Belo Horizonte.; 
Subentendido: Talvez cansada pelo fato de BH ser uma cidade grande e 
agitada, pelo trânsito caótico, por ela ter pouca qualidade de vida etc. 
 
Os pressupostos são, então, informações que se pressupõem de outras 
informações adicionais. São facilmente identificadas e compreendidas a partir de 
expressões ou até mesmo palavras presentes nos períodos, consideradas as marcas 
linguísticas. 
Outros exemplos de pressupostos: 
Meu marido decidiu parar de fumar. 
Pressuposto: O marido fumava antes. 
 
Finalmente finalizei a produção de uma gramática para concursos. 
Pressuposto: Demorei um tempo para finalizar a gramática. 
 
Pessoas que meditam pela manhã são mais concentradas ao longo do dia. 
Pressuposto: Há pessoas que não meditam pela manhã. 
 
Já os subentendidos são insinuações que dependem da interpretação do 
leitor. Não possuem marcas ou pistas linguísticas, podendo ser verdadeiros ou não, 
além de ser possível refutá-los. Isso vai depender do conhecimento de mundo de 
quem interpreta o texto. 
Outros exemplos de subentendidos: 
João Marcelo tornou-se vegano ano passado. 
Subentendido: Ele comia carne e alimentos de origem animal antes de ser 
vegano. 
 
Quando sair de casa, lembre-se do casaco. 
Subentendido: Está frio na rua. 
 
Você vai voltar a pé de madrugada? 
Subentendido: Pode ser perigoso andar sozinho nesse horário. 
 
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26 
 
14. O protocolo de chave pública é, atualmente, um meio eficaz de se promover a 
comunicação segura de dados sigilosos, de acordo com o texto. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: C 
Solução rápida 
Nos 4º e 5º parágrafos, o autor do texto elucida as razões por que a chave 
pública é o meio mais seguro de transmissão de dados. Trata-se de uma depreensão 
ou uma inferência, a que se chega a partir de todas as informações prestadas nesses 
parágrafos e da conclusão apresentada no último período do texto: “Por isso, esse é 
o sistema mais utilizado na atualidade por lojas virtuais de Internet, bancos etc.”. 
 
Solução completa: 
Segundo Evanildo Bechara, em sua Gramática Escolar da Língua Portuguesa, a 
compreensão ou intelecção de texto consiste em analisar o que realmente está 
escrito, ou seja, coletar dados do texto. O enunciado normalmente assim se 
apresenta: 
O autor afirma que; 
De acordo com o texto, pode-se afirmar; 
O autor sugere ainda; 
De acordo com o texto, está correto; 
As considerações do autor se voltam para etc. 
A interpretação de texto consiste em saber o que se infere (conclui) do que 
está escrito. O enunciado normalmente é encontrado da seguinte maneira: 
O texto possibilita o entendimento de que; 
Infere-se, de acordo com o texto, que; 
O texto possibilita deduzir que; 
Pretende o texto mostrar que etc. 
 
Três erros capitais na análise de textos: 
Extrapolação: é o fato de se fugir do texto. Ocorre quando se interpreta o que 
não está escrito. Muitas vezes são fatos, mas que não estão expressos no texto. 
Deve-se ater somente ao que está relatado. 
 
Redução: é fato de se valorizar uma parte do contexto, deixando de lado a sua 
totalidade. Deixa-se de considerar o texto como um todo para se ater apenas à parte 
dele. 
Contradição: é o fato de se entender justamente o contrário do que está 
escrito. É bom que se tome cuidado com algumas palavras, como: “pode”, “deve”, 
“não” etc. 
 
Referência Bibliográfica: BECHARA, Evanildo, Gramática Escolar da Língua 
Portuguesa, 2ª Edição, Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 2010. 
 
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27 
 
15. A correção gramaticale o sentido do texto seriam preservados caso o trecho “Nesse caso 
(...) a loja” (R.8-9) fosse reescrito da seguinte forma: Nesse caso, são necessários enviar 
os dados pessoais do comprador e também o número do cartão de crédito à loja. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito:E 
Solução rápida: 
Trata-se de uma questão que, apenas pela análise da correção gramatical, 
percebe-se que a reescritura está errada. 
Aborda-se o tema da concordância verbal com o sujeito oracional, que 
prescreve que o verbo da oração principal deve concordar na 3ª pessoa do singular 
com o sujeito oracional (oração subordinada substantiva subjetiva). Logo, a 
reescritura correta deve ser: É necessário enviar os dados pessoais do comprador e 
também o número do cartão de crédito à loja. 
Oração principal: É necessário 
Sujeito oracional: enviar os dados pessoais do comprador e também o número 
do cartão de crédito à loja. 
 
Solução completa: 
Orações subordinadas substantivas: são iniciadas, em regra, por conjunção 
integrante (que, se). As orações substantivas podem ser substituídas pela palavra 
isso (macete!), o que facilita a identificação da conjunção integrante e a análise 
sintática. Ex.: 
Ele provou que sabe nadar. (Ele provou isso, logo trata-se de oração subordinada 
substantiva.) 
Observação: embora as orações subordinadas substantivas sejam, em regra, 
iniciadas por conjunção integrante (que/se), é possível que elas sejam iniciadas por 
outros termos, como pronomes interrogativos (quem, que, qual etc) ou advérbios 
interrogativos (onde, como, quanto etc). Ex.: 
Ninguém imagina qual será o próprio destino. (Ninguém imagina isso.) 
 
Eu não tenho onde morar. (Eu não tenho isso.) 
 
São seis tipos: 
 
Oração subordinada substantiva subjetiva (também chamada de sujeito 
oracional): exerce a função de sujeito da oração principal. A oração principal concorda 
na 3ª pessoa do singular com o sujeito oracional. 
É sabido que ele é corrupto. (É sabido isso.) 
Cabe aos jornalistas que as informações sejam imparcialmente prestadas. (Cabe 
aos jornalistas isso.) 
 
É preciso que tenhamos calma. (É preciso isso.) 
 
Diz-se que ele é corrupto. (Diz-se isso.) 
 
Oração subordinada substantiva objetiva direta: vem após VTD. 
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A aluna afirmou que estava preparada para a prova. (A aluna afirmou isso.) 
Ela reconheceu se errou. (Ela reconheceu isso.) 
 
Oração subordinada substantiva objetiva indireta: vem após VTI. 
O candidato se esqueceu de que deveria assinar a prova. (O candidato se esqueceu 
disso.) 
 
Oração subordinada substantiva completiva nominal: completa o sentido 
de substantivos abstratos (mais comum), adjetivos e advérbios. 
Ele tinha convicção de que passaria. (Ele tinha convicção disso.) 
 
Oração subordinada substantiva predicativa do sujeito: vem após V.L. 
A impressão inicial era que a Copa de 2014 seria um fiasco. (A impressão era isso.) 
 
Oração subordinada substantiva apositiva: vem após dois pontos (:): 
O trato é este: que ficaremos em casa. 
 
Texto para os itens a seguir: 
 
1 Em muitos lugares, as mulheres não têm apoio para 
funções essenciais da vida humana. Elas são menos nutridas 
que os homens, menos saudáveis e mais vulneráveis à violência 
4 física e ao abuso sexual. Em comparação aos homens, têm 
chances menores de serem alfabetizadas, e menores ainda de 
terem educação técnica ou profissionalizante. Quando tentam 
7 ingressar no mundo do trabalho, enfrentam obstáculos maiores, 
inclusive intimidação da família ou do cônjuge, discriminação 
sexual na contratação e assédio sexual no trabalho ― todos 
10 frequentemente sem medidas de proteção legal eficazes. 
Obstáculos semelhantes costumam impedir sua participação 
efetiva na vida política. Em muitas nações, as mulheres não são 
13 devidamente iguais perante a lei: não têm os mesmos direitos 
de propriedade que os homens, os mesmos direitos de firmar 
um contrato, os mesmos direitos de associação, mobilidade e 
16 liberdade religiosa. Frequentemente sobrecarregadas pela dupla 
jornada de um trabalho fatigante e uma total responsabilidade 
pelos trabalhos domésticos e pelo cuidado com os filhos, elas 
19 perdem oportunidades de lazer e cultivo da imaginação e 
cognição. Todos esses fatores comprometem o bem-estar 
emocional: as mulheres têm menos oportunidades que os 
22 homens de viverem livres do medo e de desfrutarem de tipos 
gratificantes de amor ― especialmente quando, como 
frequentemente ocorre, são casadas por obrigação na infância 
25 e não têm a quem recorrer diante de um casamento ruim. 
De todas essas formas, circunstâncias sociais e políticas desiguais 
dão às mulheres capacidades humanas desiguais. 
Martha Nussbaum. Capacidades e justiça social. In: Debora Diniz; 
Marcelo Medeiros; Lívia Barbosa (Org.). Deficiência e igualdade. 
Brasília: LetrasLivres; EdUnB, 2010, p. 21-2 (com adaptações). 
 
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29 
 
A respeito das ideias e de aspectos linguísticos do texto acima, julgue os itens de 1 a 7. 
 
16. A supressão do sinal indicativo de crase, em “vulneráveis à violência física e ao abuso 
sexual” (R.3-4), prejudicaria a correção gramatical do período, ainda que o termo “ao” 
fosse também mantido. (ITEM ADAPTADO) 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: E 
Solução rápida: 
Trata-se de uma questão que aborda dois temas: uso do sinal indicativo de 
crase e paralelismo sintático. 
O item está errado pois, ao suprimir o acento indicativo de crase, mantendo-se 
apenas a regência nominal do adjetivo vulneráveis (vulneráveis a), é necessário que 
o artigo antes do termo “abuso sexual” seja também suprimido, para, assim, se 
manter o paralelismo sintático: vulneráveis a violência física e a abuso sexual. 
 
Solução completa: 
Crase: é, em regra, a fusão de preposição a + artigo definido feminino a/as. 
Ex.: Aspiro à carreira policial. 
A crase pode decorrer também da fusão de preposição a + pronome 
demonstrativo a/as (= aquela ou aquelas). 
Ex.: Sua proposta é idêntica à dos outros manifetsantes. 
Ou da contração de preposição a + pronome demonstrativo aquele, aquela, 
aquilo. 
Ex.: O edital não se referia àquela matéria de crase. 
ATENÇÃO! A crase é uma contração, não se tratando de acento! O acento usado 
para sinalizar a contração de preposição com artigo é o grave. 
São três tipos de crase: facultativa, obrigatória e proibida. 
 
Crase facultativa: 
1º) Antes de nome próprio feminino: 
Refiro-me à Olívia. 
Refiro-me a Olívia. 
 
2º) Antes de pronome adjetivo possessivo feminino: 
Graças à nossa persistência, passamos. 
Graças a nossa persistência, passamos. 
Observação: quando se trata de pronome substantivo possessivo, a crase é 
obrigatória. Ex.: Sua blusa é igual à minha. (crase obrigatória, pois ocorre a fusão 
da preposição a com o artigo definido feminino a.) 
 
3º) Após a preposição até: 
Fomos até à praia. 
Fomos até a praia. 
Observação: no primeiro e segundo casos de crase facultativa, o artigo definido 
feminino a é facultativo. No terceiro caso, a preposição a é facultativa, pois a 
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30 
 
preposição até pode ser empregada sozinha ou em locução com a preposição a (até 
a). 
 
Crase obrigatória: regra geral: a + a = à (havendo a preposição e o artigo 
definido feminino, a crase é obrigatória). Ex.: Ela aspira à carreira de atriz. 
Outros casos de crase obrigatória: 
 
1º) Em expressões que indicam horas: 
Às 7h30, inicia-se a aula. 
De 7h30 a 11h10 temos aula. 
Das 7h30 às 11h10min, temos aula. 
Observação: atenção ao paralelismo sintático, termos em paralelo ou 
equilibrados, quando se usam as expressões indicativas de horas para sinalizar 
intervalos. 
Se antes da primeira expressão houver preposição (a), haverá necessariamente 
preposição antes da segunda expressão (de). Se antes da primeira expressão houver 
a contração (de + a = da), haverá necessariamentea contração antes da segunda 
expressão (à = a + a). 
 
2º) Em expressões adverbiais femininas (ou locuções adverbiais femininas): 
Fique à vontade. 
Estou à disposição. 
O problema veio à tona. 
Vire à direita. 
Eles vivem às margens da BR 381. 
Pagamento à vista. 
Usam sapatos à Luís XV. 
Gol à Pelé. 
Nesses dois últimos exemplos, a expresssão adverbial feminina à moda de/à 
maneira de está implícita. 
 
Exceção: não é com todas as expressões adverbiais femininas que ocorre a 
fusão da preposição a com o artigo a. As expressões adverbiais de instrumento não 
são craseadas. 
Ex.: Cortei o bolo a faca. 
 
Observação: o acento grave é, muitas vezes, empregado para evitar 
ambiguidades (A noite chegou. x À noite chegou. / Cheirava a gasolina. x Cheirava à 
gasolina.) ou para respeitar uma tradiçaõ escrita. 
 
3º) Em nomes de localidade femininos (cidade, estado, país etc) antecedidos 
de artigo feminino: 
 
Fomos a Fortaleza (x Voltamos de Fortaleza. – sem artigo) 
Fomos à Bahia. (x Voltamos da Bahia. – com artigo) 
Fomos a Diamantina. (x Voltamos de Diamantina. – sem artigo) 
Fomos à Diamantina de JK. (x Voltamos da Diamantina de JK. – com artigo) 
 
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Memorize! Quem volta de, vai a, sem crase. Quem volta da, vai à, com crase. 
 
Crase proibida: na ausência da preposição ou do artigo definido feminino, a 
crase será proibida. 
A crase é proibida antes de: 
 
1.substantivo masculino: 
Voltamos a pé. 
Pagamento a prazo. 
 
2.verbo: 
A partir de hoje, não haverá aula. 
 
3.pronome pessoal: 
Enviei a ela o relatório. 
 
4.pronome relativo (exceto: a qual, as quais): 
A questão a que me referi foi anulada. (x A questão à qual me referi foi 
anulada.) 
 
5.pronome demonstrativo (exceto: aquele, aquela, aquilo): 
Aspirávamos a essa prova. (x Aspirávamos àquela prova.) 
6.pronome indefinido (exceto: outra): 
Ele assiste a qualquer coisa na TV. (x Teoria e prática andam aliadas uma à 
outra.) 
 
7.pronome de tratamento (exceto: senhora, senhorita, dona): 
Refiro-me a Vossa Excelência. (x Refiro-me à senhora.) 
 
8.das expressões casa ou distância não especificadas: 
Chegamos a casa tarde. (x Chegamos à casa do Ricardo tarde.) 
Ensino a distância. (x A vítima foi vista à distância de cem metros do local do 
crime.) 
 
9.Entre palavras repetidas: 
Gota a gota, os reservatórios estão ficando abaixo do nível aceitável. 
 
Observação: a palavra TERRA no sentido de “terra firme, chão”, ou seja, 
opondo-se a “bordo”, não recebe artigo definido, logo não ocorrerá a crase. Ex.: 
Depois de tantos dias no mar, chegamos a terra. Em outras situações de uso da 
palavra TERRA (inclusive a referência ao planeta), há o artigo, logo ocorrerá a crase. 
Ex.: Vou à terra da minha avó. / Cheguei à terra natal. / O aluno referiu-se à Terra. 
 
Paralelismo sintático: significa termos em paralelo ou equilibrados, ou seja, 
é uma sequência de estruturas sintáticas, como termos e orações, que têm a mesma 
natureza ou igual valor sintático. O uso de estruturas com esse equilíbrio sintático 
confere clareza, objetividade e precisão ao texto. 
Exemplos de estruturas sem e com paralelismo: 
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Minha mãe pediu para meu pai voltar mais cedo e que trouxesse pães para o 
lanche. 
Minha mãe pediu que meu pai voltasse mais cedo e que trouxesse pães para 
o lanche. 
 
A mãe nem sempre foi presente, compreensiva e teve paciência. 
A mãe nem sempre foi presente, compreensiva e paciente. 
 
O jogador do Atlético Mineiro foi atingido, ao mesmo tempo, pelo lateral e do 
zagueiro do time adversário. 
O jogador do Atlético Mineiro foi atingido, ao mesmo tempo, pelo lateral e pelo 
zagueiro do time adversário. 
 
 
17. Depreende-se da leitura do texto que a situação de desigualdade das mulheres em relação 
aos homens no que se refere ao mercado de trabalho é evidenciada pela dupla jornada 
de trabalho, pela existência de obstáculos sociais e pelo menor acesso à educação, fatores 
que as impedem de competir em condição de igualdade com os homens. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: E 
Solução rápida: 
O item está errado, pois contraria as informações dispostas no texto. 
Trata-se de um item de interpretação de texto que aborda a situação de 
desigualdade da mulher em relação ao homem, levando-se em consideração o 
mercado de trabalho. Segundo o que está expresso no texto, da linha 6 à 10: 
“Quando tentam ingressar no mundo do trabalho, enfrentam obstáculos maiores, 
inclusive intimidação da família ou do cônjuge, discriminação sexual na contratação 
e assédio sexual no trabalho ― todos frequentemente sem medidas de proteção legal 
eficazes.”. 
 
Solução completa: 
Nesse item, o candidato precisou depreender informações presentes no texto. 
Depreender é extrair alguma informação das entrelinhas, é inferir. 
A inferência, tal qual a depreensão, é uma dedução feita a partir de informações 
ou de raciocínios que se valem de dados para se chegar a alguma conclusão. 
Inferir é deduzir um resultado, por lógica, com base na interpretação de outras 
informações, podendo também significar concluir por meio de outras percepções ou 
da análise de um ou mais argumentos. 
A inferência textual está relacionada com a interpretação da leitura, isto é, 
interpretar os elementos que estão explícitos e implícitos no texto, analisando em 
conjunto tudo o que foi escrito e dito, compreendendo-se a ideia central do texto. A 
inferência textual pode requerer algum conhecimento anterior sobre o tema da 
leitura. 
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As deduções que se fazem dos sentidos, que não se encontram totalmente 
explícitos no texto, são caracterizadas como inferências linguísticas. Dessa forma, o 
que não se encontra explícito, mas que é depreendido por meio de deduções, 
caracteriza-se como inferências. 
Muito cuidado para não extrapolar! A extrapolação ocorre quando se fazem 
conclusões que estão além dos limites do texto, quando são trazidas ideias que não 
estão no texto analisado. 
 
18. O texto, essencialmente expositivo, é desenvolvido com base na construção de contrastes. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: E 
Solução rápida: 
Trata-se de um item sobre tipos textuais, que está errado, pois não se trata de 
um texto essencialmente expositivo, mas dissertativo. 
 
Solução completa: 
Tipo textual é o conjunto de enunciados organizados em uma estrutura bem 
definida e facilmente identificada por suas características linguísticas predominantes. 
O termo tipologia textual (outra nomenclatura possível) está relacionado com 
questões estruturais da língua, determinadas por aspectos lexicais, sintáticos, 
relações lógicas e tempo verbal. Diz-se, então, que o tipo textual é a forma como o 
texto se apresenta. 
São, em média, cinco tipos textuais: narração, dissertação, descrição, injunção 
e exposição. As principais características de cada um deles são: 
 
Narração: sua principal característica é contar uma história, real ou não, 
geralmente situada em um tempo e espaço, com personagens, foco narrativo, clímax, 
desfecho, entre outros elementos. Os gêneros que se apropriam da estrutura 
narrativa são: contos, crônicas, fábulas, romance, biografias etc. 
Dissertação: tipo de texto opinativo em que ideias são desenvolvidas por meio 
de estratégias argumentativas e marcas de opinião. Sua maior finalidade é conquistar 
a adesão do leitor aos argumentos apresentados, convencendo-o acerca de um ponto 
de vista. Os gêneros que apresentam a estrutura dissertativa são: ensaio, carta 
argumentativa, dissertação, editorial etc. 
Descrição: tem por objetivo descrever, objetiva ou subjetivamente, coisas, 
pessoas ou situações. Caracteriza-se por apresentar muitos verbos de ligação, 
adjetivos e advérbios. Não se situa, necessariamente, em tempo verbal específico. 
Os gêneros que apresentam aestrutura descritiva são: laudo, relatório, ata, guia de 
viagem etc. 
Injunção: textos que apresentam a finalidade de instruir e orientar o leitor, 
utilizando verbos no imperativo, no infinitivo ou presente do indicativo, sempre 
indeterminando o sujeito. Os gêneros que se apropriam da estrutura injuntiva são: 
manual de instruções, receitas culinárias, bulas, regulamentos, editais, códigos, leis 
etc. 
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Exposição: o texto expositivo tem por finalidade apresentar informações sobre 
um objeto ou fato específico, enumerando suas características por meio de uma 
linguagem clara, concisa e objetiva. O objetivo é informar o leitor acerca de algum 
assunto, expondo fatos relacionados a ele. Os gêneros que apresentam a estrutura 
expositiva são: reportagem, resumo, fichamento, artigo científico, seminário etc. 
 
19. No último período, é apresentada uma síntese das ideias desenvolvidas no texto. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: C 
Solução rápida: 
O item está correto, pois a autora sintetiza as ideias apresentadas ao longo do 
texto no último período: “De todas essas formas, circunstâncias sociais e políticas 
desiguais dão às mulheres capacidades humanas desiguais.” 
 
Solução completa: 
Na estrutura do texto dissertativo, é comum que, no último parágrafo, seja 
feita uma síntese, por meio da conclusão, do tema apresentado e da tese defendida. 
O tema é o assunto abordado, ao passo que a tese é o ponto de vista defendido 
pelo autor, que pode ser a favor do tema ou contra ele. O tema e a tese aparecem, 
normalmente, na introdução do texto. 
O texto dissertativo tem como objetivo convencer o leitor acerca de um 
assunto. Razão por que se arrolam argumentos para fazer isso. Toda vez que se 
argumenta, tem-se a inteção de convencer alguém ou o leitor. A argumentação se 
consolida com a utilização de fatos e opiniões. Os fatos são elementos concretos, que 
podem ser comprovados pela realidade. Já a opinião tem caráter abstrato, pois se 
baseia no conhecimento e nas impressões de mundo do autor do texto. 
 
20. Mantendo-se a correção gramatical do texto, as formas verbais “serem” (R.5) e “terem” 
(R.6) poderiam ser substituídas por ser e ter, respectivamente. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: C 
Solução rápida: 
O item aborda o uso dos infinitivos impessoais ou não flexionados (ser e ter) e 
pessoais ou flexionados (serem e terem). 
Se o sujeito da oração principal for o mesmo sujeito da oração subordinada, 
pode-se empregar qualquer uma das formas do infinitivo: impessoal ou pessoal. Se 
o sujeito da oração principal fosse diferente do sujeito da oração subordinada, seria 
obrigatório o uso do infinitivo pessoal na oração subordinada. 
Fragmento do texto: “Em comparação aos homens, (as mulheres) têm chances 
menores de serem alfabetizadas, e menores ainda de terem educação técnica ou 
profissionalizante...”. 
 
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35 
 
Solução completa: 
Infinitivo► há na língua portuguesa dois tipos de infinitivo: o pessoal e o 
impessoal. O primeiro evidencia o sujeito por meio das flexões de número e pessoa, 
ao passo que o segundo enfatiza o fato (ação, fenômeno ou estado) propriamente 
dito. 
O uso de uma forma ou de outra depende de muitas variáveis e há 
posicionamentos diferentes acerca disso. Porém, há certas orientações que devem 
ser apontadas. 
Emprego do infinitivo pessoal: além da desinência r, vem indicado com 
flexões de número e pessoa (a primeira e a terceira pessoas não apresentam as 
flexões de número e pessoa). 
EU falar ø (eu falar) 
TU falar es (tu falares) 
ELE falar ø (ele falar) 
NÓS falar mos (nós falarmos) 
VÓS falar des (vós falardes) 
ELES falar em (eles falarem) 
 
1.Usa-se o infinitivo pessoal quando o seu sujeito é diferente do sujeito do 
verbo da oração principal. Ex.: 
Eles acreditam sermos os culpados. (A flexão mos serve para indicar que o 
sujeito do infinitivo é nós, diferente do sujeito de acreditam, que é eles.). 
 
2.Usa-se o infinitivo pessoal na terceira pessoa do plural (3ª p. pl.) como 
recurso para indeterminar o sujeito do verbo. Ex.: 
Vi furtarem os computadores da escola. 
Ouvi baterem no carro do vizinho. 
 
Emprego do infinitivo impessoal: é usado quando a presença de outros 
elementos dispensa a flexão do infinitivo como recurso para indicar o seu sujeito. 
1.Usa-se o infinitivo impessoal nas locuções verbais, quando ele for o verbo 
principal. Ex.: 
Não podemos afirmar isso com tanta convicção. 
 
2.Usa-se o infinitivo impessoal quando o sujeito do verbo no infinitivo for 
idêntico ao sujeito da oração principal. Ex.: 
Eles acreditam ser os culpados. (O sujeito do infinitivo ser é o mesmo de 
acreditam, que é eles.). 
 
3.Não se flexiona o infinitivo quando o seu sujeito for um pronome oblíquo 
átono. Ex.: 
Ouvi-as cantar. (as = sujeito de cantar) 
 
4.O infinitivo não é flexionado quando é usado com valor de imperativo. Ex.: 
Não fumar aqui. (fumar = fume) 
 
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36 
 
5.Usa-se infinitivo impessoal quando ele for complemento dos adjetivos fácil, 
difícil, bom, duro, digno, capaz, disposto, ansioso, propenso, cansado etc. Ex.: 
Estamos cansados de esperar. 
Essas questões de gramática são difíceis de resolver. 
 
21. O termo “sobrecarregadas” (R.16) está flexionado no feminino plural porque se refere a 
“elas” (R.18). 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: C 
Solução rápida: 
Trata-se de uma questão de concordância nominal, em que o adjetivo 
“sobrecarregadas”, na linha 16, concorda no feminino e no plural com o pronome 
pessoal reto “Elas”, na linha 18. 
Fragmento do texto: “Frequentemente sobrecarregadas pela dupla jornada de 
um trabalho fatigante e uma total responsabilidade pelos trabalhos domésticos e pelo 
cuidado com os filhos, elas perdem oportunidades de lazer e cultivo da imaginação e 
cognição.”. 
 
Solução completa: 
Casos de concordância verbal: 
 
1°) Concordância com o sujeito simples (regra geral): o verbo concorda em 
número e pessoa com o núcleo do sujeito. Ex.: 
Ocorreram deslizes na partida. (O que ocorreram? DESLIZES. Núcleo: deslizes) 
 
Surgiram novas pistas do crime. (O que surgiram? NOVAS PISTAS DO CRIME. 
Núcleo: pistas) 
 
2°) Concordância com o sujeito composto: 
2.a) sujeito composto anteposto ao verbo (ordem direta): só é admitida a 
concordância lógica, isto é, verbo no plural. Ex.: 
A lei e a doutrina são fontes do Direito. 
 
Observações: há casos em que, mesmo com o sujeito composto anteposto, o 
verbo pode ficar no singular. Destacam-se três situações: 
Quando os núcleos forem sinônimos ou formados de palavras com sentido 
aproximado. Ex.: 
Júbilo e alegria nos acompanha sempre. 
 
Quando os núcleos se dispuserem em gradação. Ex.: 
Uma brisa, um vento, um furacão não os assustava. 
 
Quando os núcleos vierem resumidos por aposto resumitivo (tudo, nada, 
alguém, ninguém, cada um etc.). Ex.: 
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MUDE SUA VIDA! 
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O horário, o clima, o local, tudo nos favorecia. 
 
2.b) sujeito composto posposto ao verbo (ordem invertida): são admitidas as 
concordâncias lógica e atrativa, ou seja, plural e singular. Ex.: 
São fontes do Direito a lei e a doutrina. (verbo no plural concordando com LEI 
e DOUTRINA) 
 
É fonte do Direito a lei e a doutrina. (verbo no singular concordando com LEI) 
 
3°) Sujeito composto de pessoas diferentes: o verbo vai para o plural na pessoa 
gramatical de número mais baixo, a saber: 
a) em caso de 1ª e 2ª pessoas, o verbo vai para a 1ª pessoa do plural. Ex.: 
Eu e tu vamos ao cinema.; 
 
b) em caso de 2ª e 3ª pessoas, o verbo vai para a 2ª pessoa do plural. Ex.: 
Tu e ela ides ao cinema. (Admite-se também,

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