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10 movimentos século XX expressionismo fauvismo

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Principais movimentos artísticos do século XX
O século XX inicia-se ampliando as conquistas técnicas e o progresso industrial do século anterior. Na sociedade, acentuam-se as diferenças entre a alta burguesia e o proletariado. O capitalismo organiza-se e surgem os primeiros movimentos sindicais que passam a interferir nas sociedades industrializadas.
Nas primeiras décadas do nosso século ocorrem também profundas conturbações políticas: a Primeira Guerra Mundial, a Revolução Russa, o surgimento do fascismo na Itália e do nazismo na Alemanha. Não demorou muito para que as situações políticas criadas pela Itália e Alemanha levassem os países europeus e americanos a envolverem-se em novo conflito mundial. Com essa última grande guerra, tiveram início também as pesquisas e o uso da energia nuclear, que se configura hoje como uma ameaça à sobrevivência da humanidade.
Ocorreram ainda neste século a conquista do espaço, o uso crescente da computação e dos satélites, que colocam em comunicação imediata as mais distantes partes do mundo.
Ao lado desses avanços acentuaram-se as disparidades sociais. Hoje, existem regiões com imensas riquezas e outras com grande pobreza, onde as pessoas passam fome e ignoram os fatos e os benefícios do progresso material das regiões ricas.
É nesse contexto complexo, rico em contradições e muitas vezes angustiante que se desenvolve a arte do nosso tempo. Assim, os movimentos e as tendências artísticas, tais como o Expressionismo, o Fauvismo, o Cubismo, o Futurismo, o Abstracionismo, o Dadaísmo, o Surrealismo, a Pintura Metafísica, a Op-art e a Pop-art expressam, de um modo ou de outro, a perplexidade do homem contemporâneo. 
O Expressionismo
Este movimento artístico teve origem em Dresden, Alemanha, entre 1904 e 1905, com um grupo chamado Die Brücke, que em português significa A Ponte. Desse grupo faziam parte Ernst Ludwig Kirchner ( 1880-1938 ), Erich Heckel ( 1883-1970 ) e Karl Schmidt-Rottluff (1884-1976 ). 
 
É inegável que o Expressionismo foi uma reação ao Impressionismo, já que esse movimento se preocupou apenas com as sensações de luz e cor, não se importando com os sentimentos humanos e com a problemática da sociedade moderna. Ao contrário, o Expressionismo procurou expressar as emoções humanas e interpretar as angústias que caracterizaram psicologicamente o homem do início do século XX.
Na verdade, essa tendência para traduzir em linhas e cores os sentimentos mais dramáticos do homem já vinha sendo realizada por Van Gogh, que não se preocupava mais em fixar os efeitos efêmeros da luz solar sobre os seres. Como vimos, esse artista procurava, através da cor e da deformação proposital da realidade, fazer com que os seres reais nos revelassem seu mundo interior. 
Além de Van Gogh, o pintor norueguês Edward Munch (1863-1944), também inspirou o movimento expressionista. Sua obra O Grito é um exemplo dos temas que sensibilizaram os artistas ligados a essa tendência. Nela a figura humana não apresenta suas linhas reais mas contorce-se sob o efeito de suas emoções. As linhas sinuosas do céu e da água, e a linha diagonal da ponte, conduzem o olhar do observador para a boca da figura que se abre num grito perturbador. Essa atitude inédita até aqui para os personagens da pintura e a ênfase para as linhas fortes evidenciam a emoção que o artista procura expressar.
Em Cinco Mulheres na Rua, tela de Ernst Kirchner, um tema aparentemente ingênuo é tratado de uma forma inquietante. Cinco mulheres vestidas com roupas elegantes parecem imobilizadas numa calçada, observando uma vitrina. As extremidades de suas figuras são alongadas nas linhas dos sapatos e nos enfeites dos chapéus. Isso lhes confere um ar maldoso e arrogante, que é reforçado pelas expressões duras de seus rostos. Além disso, as vestes escuras contra os tons verdes do fundo enfatizam a sugestão de aspereza e de dificuldade de comunicação no relacionamento entre os seres humanos, ou ainda a atitude orgulhosa da burguesia, que elas parecem representar.
Como podemos notar, os expressionistas são deformadores sistemáticos da realidade, pois desejam expressar com a maior veemência possível seu pessimismo em relação ao mundo. Assim, realizam uma pintura que foge às regras tradicionais de equilíbrio da composição, da regularidade da forma e da harmonia das cores. Por isso é considerada por alguns como uma pintura feia. Contribui para essa visão negativa a amargura com que às vezes o homem e a natureza são retratados.
Esse clima melancólico e inquietante do Expressionismo – historicamente o primeiro grande movimento da pintura moderna – será muitas vezes abandonado e outras tantas retomado ao longo deste agitado século XX. 
Na pintura expressionista, as principais características são: 
a- deformação da imagem visual, chegando até à caricatura e explosão sentimental. A figura humana e a paisagem perdem seu valor representativo, transformando-se em puros valores afetivos;
b- o pintor recusa o aprendizado técnico e pinta conforme as exigências de sua sensibilidade. Abusam dos contrastes de claro e escuro e possuem uma técnica original.
c- O artista vive não apenas o drama do homem mas também o da sociedade. Critica a exploração do homem pelo homem, a infância e velhice desamparadas, a hipocrisia, a miséria etc. No Brasil, Portinari fez uma crítica social, denunciando a miséria dos nordestinos.
d- O Expressionismo possui raízes geográficas e raciais e desenvolve-se mais em países nórdicos como a Noruega, Suécia e Dinamarca ou em países como a Alemanha a Holanda, mais pelo temperamento místico e visionário destes povos. O latino é mais plástico, objetivo e visual.
O Fauvismo
Em 1905, por ocasião do célebre Salão de Outono em Paris, graças à liderança de Henri Matisse, formou-se um grupo de pintores independentes em oposição a Gauguin, Cézanne, Renoir, Manet e Toulouse-Lautrec.
Estes artistas receberam a denominação de fauves (em francês, feras) pelo crítico Louis Vauxcelles que comparou os quadros desses artistas com as pinturas selvagens.
Inspirando-se nas artes arcaicas, selvagens, populares e infantis, estes artistas defenderam o princípio de que a fonte da criação artística está nas camadas mais profundas e elementares da sensibilidade humana, sem intervenção das faculdades intelectuais. O artista deve expressar os seus impulsos e sensações vitais, através de formas simplificadas e de cores puras, numa espontaneidade e pureza iguais às dos selvagens e das crianças.
Em conseqüência, buscando exprimir impulsos vitais ou sensações elementares, os fauvistas negaram, em benefício da cor pura, os recursos intelectuais até então consagrados pela pintura: o realismo visual, para imitar as aparências da natureza; o claro-escuro e as cores matizadas, para a sensação de volume; a perspectiva científica, linear ou aérea, para a ilusão de distância, da profundidade ou terceira dimensão, e o desenho de detalhe. Na realidade, o grupo de fauvistas era um conjunto de individualidades muito diferentes.
O chefe máximo desta escola foi Henri Matisse (1869-1954), que tudo faria para esquecer sua formação acadêmica e convencional de pintor. Mais tarde ultrapassaria o horizonte fauvista e saberia dar à sua obra altura e densidade. Soube prever a necessidade do abandono da objetividade e foi muito permeável a influências de outras culturas, principalmente orientais. A sua pintura, alegre e dinâmica, esteve atenta ao desenvolvimento posterior da arte, ainda que os pontos de contato não tenha sido essenciais e, no fundamental, não se tenham afastado das origens impressionistas.
Dele disse Apollinaire: “é um artista em que se combinam as qualidades mais ternas da França: a força de sua simplicidade e a doçura de suas claridades”.
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