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Os anelídeos
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Os anelídeos (do latim annellus: anel) são animais encontrados nos mais diversos ambientes, sejam eles marinhos, dulcícolas ou terrestres. Possuem o corpo metamerizado dividido em anéis (daí o nome do grupo), alongado e cilíndrico. A segmentação do corpo ocorre externa e internamente, pois cada segmento apresenta uma individualização com relação a nervos, músculos, estruturas excretoras etc.
 
Os exemplos mais conhecidos de anelídeos são as sanguessugas e as minhocas, conhecidas pelos homens há tempos, tanto na área medicinal quanto na gastronômica.
As sanguessugas, no passado, eram utilizadas para provocar sangrias em pessoas que possuíam pressão alta. Possuidores de pequenos dentes, perfuram a pele de seu hospedeiro se fixando à pele por meio de ventosas, passando a sugar o seu sangue.
As minhocas são utilizadas como alimento e fonte de proteínas pelos chineses e povos africanos há milênios, inclusive, em países ocidentais, como nos Estados Unidos, onde são realizados concursos anuais de gastronomia, cujo principal ingrediente é a minhoca. 
As fertilizadoras utilizam minhocas, juntamente com restos de matéria orgânica animal e vegetal, para tornar o solo mais fértil.
 
 
A classificação dos anelídeos
Os anelídeos estão divididos em três classes principais: hirudinea, oligoqueta, poliqueta.
Os representantes da classe hirudínea (Hirudo medicinales) são as sanguessugas medicinais, que podem ser encontradas em ambientes de água doce ou terrestre com muita umidade.
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Os oligoquetos (oligo: pouco; queto: cerdas) são representados pelas minhocas, animais que apresentam corpo segmentado com pequenas cerdas que auxiliam na locomoção e reprodução.
Os poliquetos (poli: muito; queto: cerdas) são predominantemente marinhos, nadam livremente ou vivem enterrados na areia e em tubos construídos por eles mesmos. Nos segmentos corporais, existem estruturas laterais denominadas parapódios, nessas estruturas estão localizados conjuntos de cerdas que auxiliam no deslocamento desses animais, funcionando como remos.
 
Os anelídeos são possuidores de tubo digestivo completo: boca, faringe, esôfago, onde está presente uma moela que tritura os alimentos, intestino e ânus. A excreção é realizada por nefrídios, estruturas pareadas que se repetem em quase todos os segmentos; cada nefrídio possui um funil ciliado chamado nefróstoma, mergulhado no celoma. O nefróstoma tem como função recolher substâncias úteis do líquido celomático que, ao longo do tubo digestivo, são reabsorvidas.
As minhocas possuem um sistema nervoso constituído por um par de gânglios que se encontram junto à faringe em sua parte dorsal, constituindo um cérebro rudimentar. Esses dois gânglios se unem a outros dois que se encontram na região ventral por meio de dois nervos curtos, daí em diante, uma série de pares ganglionares ventrais, um para cada segmento, são unidos por cordões nervosos.
 
 A reprodução dos anelídeos
As minhocas são organismos monoicos hermafroditas, ou seja, em um único organismo existem as duas estruturas reprodutoras masculina e feminina, mas, apesar desse fato, não ocorre a autofecundação, e sim a fecundação cruzada. As minhocas são possuidoras de uma estrutura esbranquiçada, localizada na região anterior do corpo denominada clitelo, produtora de um casulo dentro do qual são eliminados os óvulos maduros.
Quando ocorre o encontro, dois organismos se colocam lado a lado em sentido contrário. Cada indivíduo secreta muco ao redor do clitelo, produzindo, ao mesmo tempo, um par de sulcos seminais nos quais os espermatozóides se deslocarão até chegar aos receptáculos seminais do outro indivíduo. A partir de então, ocorre a formação do casulo com óvulos, que também é envolvido pelo muco que se encontra ao redor do clitelo. O casulo desliza sobre o corpo do animal e, quando passa sobre os receptáculos seminais, tem os óvulos fecundados pelos espermatozóides. Após todo esse processo, o casulo se fecha sendo depositado em terra úmida, onde os ovos fecundados darão origem a novos indivíduos, que terão o desenvolvimento direto.

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