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COVID-19 SES-SP - Dra Telma

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Doença pelo Coronavírus
SARS-CoV 2
(COVID-19)
Dra. Telma Regina M.P. Carvalhanas
Divisão de Doenças de Transmissão Respiratória 
Centro de Vigilância Epidemiológica
Coordenadoria de Controle de Doenças
Secretaria de Estado da Saúde
São Paulo, 03/03/2020
• Introdução
• Epidemiologia
• Vírus emergentes
• Cenário global
• Vigilância, Prevenção e Controle 
• Conclusões
• Agradecimentos
Agenda Programática
A doença provocada pelo coronavírus é 
oficialmente como COVID-19, sigla em inglês 
para “coronavirus disease 2019” (doença por 
coronavírus 2019, na tradução).
• Vírus que causa doença respiratória pelo 
agente coronavírus, com casos recentes 
registrados na China e em outros países.
O que é o coronavírus? 
• Quadro pode variar de leve a moderado, 
semelhante a uma gripe. Alguns casos 
podem ser mais graves, por exemplo, em 
pessoas que já possuem outras doenças. 
Nessas situações, pode ocorrer síndrome 
respiratória aguda grave e complicações. 
Em casos extremos, pode levar a óbito.
Science Source / 
Fotoarena
Quando surgiu o coronavírus 
(SARS-CoV 2 – COVID-19)? 
• Divisão administrativa: 34 regiões no total 
(31 províncias + 3 Hong Kong, Macau e Taiwan)
• População 2020: 1,4 bilhão de habitantes
• Distância de Wuhan:
 Pequim: ~1.152 km
 Xangai: ~839 km
 Hong Kong: ~1.000 km
• Notificação compulsória – dez/2019
 Influenza: 1.199.771 casos / 16 óbitos
 Sarampo: 230 casos / sem óbitos
 Total de notificações: 1.707.322 casos / 
2.635 óbitos
• 1937-1965 (Tyrrell) – infectam seres humanos e 
animais (répteis e mamíferos).
• Sugere-se que o mais novo coronavírus sofreu uma 
mutação e passou de um animal para uma pessoa 
em um mercado de frutos do mar e animais vivos, 
na cidade de Wuhan, na China, em dezembro de 
2019.
• Um número crescente de pacientes supostamente 
não teve exposição a esse mercado de animais, o 
que indica a ocorrência de disseminação de pessoa 
para pessoa.
O novo tipo de coronavírus 
é perigoso?
• A maioria das infecções por coronavírus em 
humanos é leve, porém as epidemias relacionadas 
aos dois tipos deste vírus, coronavírus da síndrome 
respiratória aguda grave (SARS-CoV) e coronavírus 
da síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS-
CoV), causaram mais de 10 mil casos nas duas 
últimas décadas, com taxas de mortalidade de 10% 
para SARS-CoV e 37% para MERS-CoV.
• Alguns casos podem evoluir com gravidade, isto 
é, causar a Síndrome Respiratória Aguda Grave 
(SARS).
• No presente, não há vacina e nem medicamentos 
específicos disponíveis.
• Há uma preocupação global com a disseminação 
deste vírus, porém não há motivo para pânico.
Quantos casos do coronavírus 
já foram identificados?
Unidades da Federação com 
casos notificados segundo o 
Ministério da Saúde
Dados atualizados em 02/03/2020 às 16h30
Fonte
Ministério da Saúde
Dados atualizados em 02/03/2020 às 16:30
• 433 casos notificados
• 162 casos descartados
• 02 casos confirmados 
(São Paulo)
Casos suspeitos:
• São Paulo (N=163)
• R. G. Sul (N=73)
• Minas Gerais (N=48)
• Rio de Janeiro (N=42)
• Santa Catarina (N=36)
https://saude.gov.br/saude-de-a-z/novocoronavirus
Fonte: Gisanddata 
Como ocorre a transmissão 
do coronavírus?
Este vírus pode ser transmitido por meio de 
contato com secreções respiratórias (gotículas), 
de pessoa para pessoa, e poderá ocorrer 
através do contato com:
• Gotículas de saliva;
• Espirro;
• Tosse;
• Catarro;
• Contato pessoal próximo, como toque ou aperto 
de mão;
• Contato com objetos ou superfícies 
contaminados, seguido de contato com a boca, 
nariz ou olhos.
• Período de incubação: 5 dias, podendo 
chegar a 12 dias (período em que os 
primeiros sintomas começam a aparecer).
• Período de transmissibilidade de pacientes 
infectados é em média 7 dias após o início 
dos sintomas.
Quanto tempo o coronavírus fica 
incubado no corpo humano?
• Suscetibilidade é geral (todos estão suscetíveis), 
por ser um vírus novo.
• Pessoas idosas e pessoas com condições médicas 
preexistentes (como asma, diabetes, doenças 
cardíacas) parecem ser mais vulneráveis por 
apresentarem quadros mais graves quando 
infectadas com o vírus. 
Pessoas mais velhas ou crianças 
são mais suscetíveis à infecção 
por coronavírus? 
Obs.: A OMS aconselha pessoas de todas as 
idades a tomarem medidas para se protegerem 
do vírus, como, por exemplo, uma boa higiene 
das mãos e etiqueta respiratória.
Em que situações se considera 
um caso suspeito de coronavírus 
no Brasil?
Situação 1
Febre E pelo menos um sinal ou sintoma 
respiratório (tosse, dificuldade para respirar) E
histórico de viagem para área com transmissão 
local, de acordo com a OMS, nos últimos 14 dias 
anteriores ao aparecimento dos sinais ou 
sintomas; OU
Situação 2
Febre E pelo menos um sinal ou sintoma 
respiratório (tosse, dificuldade para respirar) E
histórico de contato próximo de caso suspeito 
para o coronavírus nos últimos 14 dias 
anteriores ao aparecimento dos sinais ou 
sintomas; OU
Situação 3
Febre OU pelo menos um sinal ou sintoma 
respiratório (tosse, dificuldade para respirar) E
contato próximo de caso confirmado de 
coronavírus em laboratório, nos últimos 14 dias 
anteriores ao aparecimento dos sinais ou 
sintomas. 
Situações em que se considera um caso suspeito no Brasil
Fonte: Ministério da Saúde
• O espectro clínico da infecção por coronavírus é 
muito amplo, podendo variar desde um simples 
resfriado até uma pneumonia grave.
• O novo coronavírus (SARS-CoV 2) carece de mais 
estudos e investigações para caracterizar melhor 
os sinais e sintomas da doença.
• Os sinais e sintomas clínicos são principalmente 
respiratórios, como de um processo gripal, a 
saber:
Quais são os sinais e sintomas 
da infecção por coronavírus?
https://www.crechesegura.com.br/gripe-h1n1-o-que-escola-precisa-saber/
• Febre;
• Tosse;
• Dificuldade para respirar e falta de ar;
• Os casos mais graves podem evoluir para 
pneumonia, insuficiência renal e síndrome 
respiratória aguda grave (SARS);
• Os sintomas podem evoluir para tosse seca 
(sem catarro).
• O diagnóstico inicial é clínico, ou seja, o médico 
analisará os sinais e sintomas de um quadro 
gripal, por intermédio do exame físico do 
doente.
• As pessoas com quadro gripal que passarem por 
um serviço de saúde terão o histórico de viagem 
questionado (se viajou para o exterior ou teve 
contato próximo com pessoas que viajaram). 
Como é realizado o diagnóstico 
do coronavírus?
• Adicionalmente, será coletada uma amostra da 
orofaringe (boca e nariz), com uma espécie de 
cotonete (swab) ou através da própria secreção, 
como o catarro, que será encaminhada para os 
laboratórios de referência, os quais identificarão 
o material genético do vírus.
• Não existe tratamento específico para infecções 
causadas por coronavírus humano; o tratamento 
é estritamente sintomático.
• No caso do novo coronavírus, são indicados 
repouso e consumo de bastante água, além de 
algumas medidas adotadas para aliviar os 
sintomas, conforme cada caso, como, por 
exemplo:
Como é o tratamento de pessoas 
com infecção por coronavírus?
 Uso de medicamento para dor e febre 
(antitérmicos e analgésicos);
 Uso de umidificador no quarto ou tomar 
banho quente para auxiliar no alívio da dor 
de garanta e tosse.
• Assim que os primeiros sintomas surgirem, é 
fundamental procurar ajuda médica imediata, 
para confirmar diagnóstico e iniciar o 
tratamento.
• O preconizado é que os casos graves sejam 
encaminhados ao Hospital de Referência 
estadual, para isolamento e tratamento. Os 
casos leves devem ser acompanhados pela 
Atenção Primária em Saúde e instituídas 
medidas de precaução domiciliar.
• Um grupo de medidas preventivas já foi 
amplamente divulgado, tanto pela OMS quanto 
pelo Ministério da Saúde, SES, SMS, e trata de 
práticas voltadas à prevenção de doenças virais 
em geral.
• Essas medidas são classificadas como “Etiqueta 
Respiratória”, e as escolas devem reforçar com os 
familiares,alunos e equipe, além de outras 
medidas de controle.
Como prevenir o coronavírus 
nas escolas?
• Realizar lavagem frequente das mãos, 
especialmente após contato direto com 
pessoas doentes ou com o meio ambiente.
• Incentivar os alunos a lavar as mãos com maior 
frequência e a utilizar o álcool gel, principalmente 
após circular em locais públicos e movimentados.
• Incentivar a equipe escolar a priorizar a lavagem 
das mãos com água e sabão em diversos 
momentos durante seu trabalho.
• Incentivar a utilização de lenço descartável para 
higiene nasal pelos alunos e pela equipe escolar.
• Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir.
• Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca.
• Higienizar as mãos após tossir ou espirrar.
• Não compartilhar objetos de uso pessoal, como 
talheres, pratos, copos ou garrafas.
• Manter os ambientes bem arejados.
• Propor um número maior de atividades ao ar livre 
e evitar aglomerações na escola.
• Preparar a equipe para reconhecer os sintomas de
um quadro gripal.
• Orientar os familiares para comunicar a escola 
quando o aluno for hospitalizado com um caso 
suspeito (se ocorrer).
• Manter uso individual de utensílios de higiene 
(como toalhas e roupas de cama).
• Intensificar os protocolos de limpeza e desinfecção 
do espaço escolar.
• Intensificar a limpeza (áreas de recreação) 
(ex.: brinquedos na escola).
• Comunicar a Unidade Básica de Saúde e a 
Vigilância Epidemiológica Municipal os casos 
suspeitos e confirmados ocorridos na escola, 
para que avaliem a necessidade de medidas de 
prevenção e de controle.
• Incentivar a prática de etiqueta respiratória e 
higienização para profissionais de Transporte 
Escolar.
• Comunicação – material educativo – mídias, 
aplicativos etc.
Obrigada pela atenção!
http://www.cve.saude.sp.gov.br e links relacionados
http://www.saude.sp.gov.br/

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