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M ATERIAIS CERÂM ICO S Engenharia Civil Setem bro/2017 PEDRAS ARTIFICIAIS Série de materiais que substituem as pedras em suas aplicações ou tem aparência geral sem elhante. Engenharia Civil Setem bro/2017 Materiais cerâm icos Materiais de cim ento CERÂMICA Pedra artificial obtida pela moldagem, secagem e cozimento de argilas ou misturas contendo argilas. Engenharia Civil Setem bro/2017 ARGILAS Materiais terrosos naturais que, quando misturados com água, apresentam alta plasticidade e, quando secas, formam torrões dificilm ente desagregáveis pelos dedos. São com postas de partículas de diâmetro inferior a 0,005 m m . Engenharia Civil Setem bro/2017 CLASSIFICAÇÃO DAS ARGILAS 9 Infusíveis – porcelanas. 9 Refratárias - produtos refratários. 9 Fusíveis - deform am e vitrificam abaixo de 1200 oC. - Figulinas - tijolos e telhas. - Grés - material sanitário. - M argas (calcárias) – cimento. - Ferruginosa - tijolos e telhas. Engenharia Civil Setem bro/2017 CLASSIFICAÇÃO DAS ARGILAS 9 Gordas – alta plasticidade. 9 Magras – baixa plasticidade. Engenharia Civil Setem bro/2017 COMPONENTES DAS ARGILAS Caulim 9 Argila com am plo predom ínio de caulinita. 9 É a forma m ais pura dos argilo-mineirais. 9 Geralm ente está m isturada com grãos de areia, óxido de ferro e outros elementos. 9 Usada para porcelana, louças, azulejos, refratários, etc.. Engenharia Civil Setem bro/2017 COMPONENTES DAS ARGILAS Óxido de ferro 9 M istura-se norm alm ente com a caulinita. 9 Dá a cor vermelha ou am arelada da maioria das argilas. 9 Reduz a propriedade de ser refratária. Engenharia Civil Setem bro/2017 COMPONENTES DAS ARGILAS Sílica livre (Areia) 9 Reduz a plasticidade e o trincamento. 9 Dim inui a retração e facilita a secagem. 9 Dim inui a resistência mecânica. 9 O pouco que funde no cozimento dá o vidrado. Engenharia Civil Setem bro/2017 COMPONENTES DAS ARGILAS Alumina livre 9 Pode aum entar ou diminuir o ponto de fusão. 9 Reduz a plasticidade e a resistência mecânica. 9 Reduz as deformações. Engenharia Civil Setem bro/2017 PROPRIEDADES IMPORTANTES 9 Plasticidade. 9 Retração. 9 Efeito do calor. Engenharia Civil Setem bro/2017 PLASTICIDADE Engenharia Civil Setem bro/2017 Estado sólido Estado líquido (rígido, h = 0% ) (líquido viscoso) Estado plástico Plasticidade - propriedade do corpo de deformar-se sob a ação de uma força e permanecer deformado após cessado o esforço. LIMITES DE CONSISTÊNCIA (Atterberg/1910) Engenharia Civil Setem bro/2017 sólido semi-sólido plástico líquido LC LP LL h (% ) IP LIMITES DE PLASTICIDADE Engenharia Civil Setem bro/2017 LIMITE DE LIQUIDEZ Engenharia Civil Setem bro/2017 RETRAÇÃO Engenharia Civil Setem bro/2017 Engenharia Civil Setem bro/2017 EFEITO DO CALOR 9 Entre 20 e 150º: perde água de capilaridade e amassamento. 9 Entre 150 e 600º: perde água adsorvida e com eça a enrijecer. 9 Após 600º: início das alterações químicas em três estágios. Engenharia Civil Setem bro/2017 ALTERAÇÕES QUÍMICAS 9 1º estágio: desidratação química, expulsão da água de constituição, endurecimento e queima da matéria orgânica. 9 2º estágio: carbonetos são calcinados e se transformam em óxidos. 9 3º estágio: a partir de 950º quando há a vitrificação. A sílica forma um a pequena quantidade de vidro que aglutina os demais elementos dando dureza, resistência e compactação ao conjunto. Surge a cerâmica. FABRICAÇÃO DE PRO DU TO S CERÂM ICO S Engenharia Civil Setem bro/2017 Engenharia Civil Setem bro/2017 Exploração de jazidas Tratam ento e regularização da m atéria –prim a M oldagem Secagem Q ueim a Engenharia Civil Setem bro/2017 EXPLORAÇÃO DE JAZIDAS • Estudo qualitativo: - Composição da argila - teor de material argiloso. - Pureza. - Características físicas . - Comportamento na secagem e na queima. Define • Estudo quantitativo: Volum e de material argiloso disponível. Produtos a serem fabricados Eventuais correções Equipamento a ser utilizado Exploração de jazidas Engenharia Civil Setem bro/2017 TRATAMENTO E REGULARIZAÇÃO DA MATÉRIA-PRIMA Tratam ento da m atéria-prim a: • Depuração: eliminação de im purezas como grãs duros, sais solúveis, nódulos de cal, etc.. • Divisão: redução do material a pequenos fragmentos. • Um idificação: inserção de água na pasta de modo a facilitar a homogeneização. A quantidade de água deve ser limitada em função da demanda de elim inação dessa água no processo de fabricação da cerâmica. • Hom ogeneização: m elhora a homogeneidade do material através da inserção de desengordurantes (areais e siltes). Engenharia Civil Setem bro/2017 TRATAMENTO E REGULARIZAÇÃO DA MATÉRIA-PRIMA Processos Naturais de Tratam ento: • Mistura: mistura com outras argilas ou desengordurantes (areias e siltes) para correções relacionadas à plasticidade e outras características. • Meteorização: submeter a argila à ação de intempéries para que sofram lavagem e desagregação dos torrões maiores, dissolução de sais solúveis, etc.. • Am adurecim ento: a argila é deixada em repouso ao abrigo de intempéries antes da preparação das pastas. Engenharia Civil Setem bro/2017 TRATAMENTO E REGULARIZAÇÃO DA MATÉRIA-PRIMA Processos Naturais de Tratam ento: • Apodrecim ento: deixar a pasta em ambientes abrigados, frios, sem circulação de ar e com pouca luz para desenvolvimento de bactérias que melhoram a plasticidade das argilas. • Levigação: processo de lavagem e purificação por decantação. Específico para a fabricação de peças especiais que demandam elevada pureza das argilas. Engenharia Civil Setem bro/2017 TRATAMENTO E REGULARIZAÇÃO DA MATÉRIA-PRIMA Processos Mecânicos de Tratam ento: Trituradores. Peneiradores. Misturadores. Amassadores. Raspadores. Laminadores. Engenharia Civil Setem bro/2017 MOLDAGEM • Pasta seca: Umidade de 4 a 10% , prensagem, ex.: telhas. • Pasta consistente: Umidade de 20 a 35% , extrusão, ex.: blocos, tubos. • Pasta fluida: Um idade de 35 a 50% , barbotina, ex.: louça sanitária. Engenharia Civil Setem bro/2017 SECAGEM • Evaporação da água livre até o atingimento da umidade de equilíbrio. • Controlada para que a retração ocorra de m aneira uniforme. Deve ser realizada em locais protegidos de ventos e raios solares. QUEIMA • Marcha de aquecimento e esfriamento típica para cada produto. • Mudança na estrutura. • Vitrificação. Engenharia Civil Setem bro/2017 PRODUTOS CERÂMICOS PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL • Blocos Cerâmicos: - M aciços (tijolos). - Vazados (vedação ou estrutural). • Telhas • Tubos (m anilhas). • Elementos vazados. Engenharia Civil Setem bro/2017 PRODUTOS CERÂMICOS PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL • Pisos Cerâm icos, Azulejos, Porcelanatos, Pastilhas. • Louças Sanitárias. • Materiais Refratários. Engenharia Civil Setem bro/2017 BLOCOS CERÂMICOS MACIÇOS • Podem ser fabricados por extrusão ou prensagem . • Queima uniforme. • Formato paralelepipédico. Engenharia Civil Setem bro/2017 BLOCOS CERÂMICOS VAZADOS • Possuem furos paralelos a uma das faces. • Os Blocos de Vedação suportam somente o seu peso próprio e pode ter furos tanto na vertical quanto na horizontal. • Os Blocos Estruturais suportam as cargas previstas em alvenaria estrutural e tem furos na vertical. Engenharia Civil Setem bro/2017 BLOCOS CERÂMICOS VAZADOS FONTE: ARTIGAS (2013) Engenharia Civil Setem bro/2017 ESPESSURA DE PAREDE PARA BLOCOS CERÂMICOS (NBR 15270:2005)FONTE: ARTIGAS (2013) Engenharia Civil Setem bro/2017 RESISTÊNCIA MÍNINA À COMPRESSÃO PARA BLOCOS CERÂMICOS FONTE: ARTIGAS (2013) Engenharia Civil Setem bro/2017 TELHAS CERÂMICAS • Prim eira etapa de fabricação: extrusão da argila, formando um bastão que é cortado nas dimensões adequadas. • Segunda etapa: prensagem em formas. • Terceira etapa: secagem e queima (900º C a 1100º C). • Algumas podem levar esmaltação (imperm eabilidade, brilho e cor). Engenharia Civil Setem bro/2017 TIPOS DE TELHAS CERÂMICAS Engenharia Civil Setem bro/2017 TUBOS CERÂMICOS • “Manilhas”. • Canalização de águas pluviais e esgoto. • Ponta e ponta / ponta e bolsa. • Fabricados por extrusão. Engenharia Civil Setem bro/2017 ELEMENTOS VAZADOS • Elem entos não estruturais, para ventilação e ilum inação. • Tam bém cham ado de COBOGÓ (iniciais dos sobrenom es de três engenheiros que o idealizaram : Am adeu Oliveira Coim bra, Ernest August Boeckm ann e Antônio de Góis). Engenharia Civil Setem bro/2017 REVESTIMENTOS CERÂMICOS • Preparação. • Conformação. • Secagem, esmaltação e queima. Engenharia Civil Setem bro/2017 REVESTIMENTOS CERÂMICOS • Preparação: Via líquida (barbotina): argila diluída em água, passa pelo m oinho de bolas, até obtenção da plasticidade e granulometria desejadas. Engenharia Civil Setem bro/2017 REVESTIMENTOS CERÂMICOS Engenharia Civil Setem bro/2017 REVESTIMENTOS CERÂMICOS Secagem, queima e esmaltação : • Secagem : eliminação da água, de forma lenta e gradual, a temperaturas variáveis entre 50 ºC e 150 ºC. • Queim a: tratam ento térmico a tem peraturas elevadas, que situam-se entre 800 ºC a 1700 ºC. O ciclo de queim a, dependendo do tipo de produto, pode variar de alguns minutos até vários dias. • Esm altação: cam ada de esm alte, que após a queima adquire o aspecto vítreo contribuindo para aspectos estéticos, higiênicos e melhoria de algum as propriedades com o a m ecânica e a elétrica. São misturas de matérias-prim as naturais e produtos químicos que aplicados à superfície do corpo cerâmico form am uma camada delgada e contínua. Engenharia Civil Setem bro/2017 REVESTIMENTOS CERÂMICOS Queima: • Mono queima ou bi queima. • Terceira queima: para acrescentar decoração que pode ser feita por diversos métodos, com o serigrafia, decalcomania, pincel e outros com tintas que adquirem suas características finais após a queima das peça. Engenharia Civil Setem bro/2017 Engenharia Civil Setem bro/2017 PLACAS CERÂMICAS • Azulejos: peças porosas, destinadas a revestim entos de paredes e vidradas em uma das faces. • Pisos: mais compactos que a cerâmica vermelha e mais escuros que louça. • Pastilhas: peças de pequena dimensão, coladas em folha de papel ou unidas por pontos de resina para facilitar o assentam ento. • Porcelanatos: é um produto cerâmico cujo material é prensado com absorção de água m enor ou igual a 0,5% Engenharia Civil Setem bro/2017 CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO DOS REVESTIMENTOS CERÂMICOS SEGUNDO A NBR 13817/1997: • Esmaltados (G - glazed) ou não esmaltados (U – unglazed). • Métodos de fabricação. • Grupos de absorção de água. • Classes de resistência à abrasão superficial. • Classes de resistência ao manchamento. • Classes de resistência ao ataque de agentes químicos. • Aspecto superficial. Engenharia Civil Setem bro/2017 MÉTODOS DE FABRICAÇÃO Conformação: • Extrusão: - Tipo A. • Prensagem : - Tipo B (BI, BII, etc.). Engenharia Civil Setem bro/2017 GRUPOS DE ABSORÇÃO DE ÁGUA EM FUNÇÃO DO MÉTODO DE FABRICAÇÃO Engenharia Civil Setem bro/2017 GRUPOS DE ABSORÇÃO DE ÁGUA Engenharia Civil Setem bro/2017 CLASSIFICAÇÃO QUANTO A RESISTÊNCIA A ABRASÃO SUPERFICIAL PEI: Porcelain Enamel Institute (Instituto de Esmalte para Porcelana). Engenharia Civil Setem bro/2017 CLASSIFICAÇÃO QUANTO A RESISTÊNCIA AO MACHAMENTO Engenharia Civil Setem bro/2017 CLASSIFICAÇÃO DAS PLACAS CERÂMICAS QUANTO A RESISTÊNCIA A FLEXÃO Engenharia Civil Setem bro/2017 CLASSIFICAÇÃO QUANTO A QUALIDADE SUPERFICIAL DAS PLACAS CERÂMICAS • Classe A (1ª): 95% das peças não tem defeitos visíveis a 1 m (separação por bitolas, tonalidades, curvaturas e ortogonalidade de acordo com as normas). • Classe B: defeitos visíveis a 1 m . • Classe C: defeitos visíveis a 3 m. Engenharia Civil Setem bro/2017 CLASSIFICAÇÃO QUANTO A QUALIDADE SUPERFICIAL DAS PLACAS CERÂMICAS CONFORME BNR 13818/1997 • Defeitos: rachaduras, base descoberta por falha do vidrado, depressões, crateras, bolhas, furos, pintas, manchas, defeitos do baixo esmalte, defeitos na decoração, cantos e laterais lascadas, despontados, saliências, incrustações de corpos estranhos, riscados ou arranhões e diferença de tonalidade em caixa com marcação idêntica. • Am ostragem : conjunto de, no mínimo, 2m 2 ou pelo menos 30 placas. Engenharia Civil Setem bro/2017 LOUÇAS SANITÁRIAS • Feitos com argila branca (caulim quase puro). • Utiliza-se o processo da pasta fluida (barbotina), em moldes de gesso (também há processos de prensagem em moldes de plástico). • Peças imperm eáveis na superfície (vidrado) e porosas no interior; Engenharia Civil Setem bro/2017 TIJOLOS REFRATÁRIOS • Blocos maciços. • Suportam altas temperaturas, abrasão e ação química. • Para o assentam ento: argam assas especiais (geralm ente com cim ento aluminoso –resiste à altas temperaturas).
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