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Pergunta 1 (0.2 pontos) Salvo Leia atentamente o que se segue: A escrita é uma atividade que exige de quem escreve o uso de estratégias que auxiliem a composição do texto. O autor, ao escrever, precisa saber que o que é pertinente em uma situação de escrita pode não ser em outra, pois o que se escreve e a maneira como se escreve muda de uma situação de produção discursiva para outra. É por isso que não escrevemos sempre da mesma maneira, com a mesma estrutura, com os mesmos vocábulos ou sobre o mesmo assunto/tema. Assim, ao escrever, é necessário que o autor planeje a maneira de dizer o que pretende, utilizando, para isso, algumas estratégias de escrita que facilitam a organização das ideias no texto. Diante disso, leia as estratégias a seguir e as relacione com suas respectivas explicações. 1. Ativação de conhecimentos sobre os componentes da situação comunicativa. 2. Seleção, organização e desenvolvimento das ideias. 3. "Balanceamento" entre informações explícitas e implícitas e entre informações "novas" e "já conhecidas". 4. Revisão da escrita ao longo de todo o processo de produção do texto. A seguir, numere corretamente as explicações de cada uma das estratégias. ( ) O autor deve imaginar quem serão seus leitores – e quais serão seus conhecimentos prévios – e proceder à organização das ideias no texto de maneira a permitir seu entendimento, equilibrando as informações. ( ) Um texto jamais será preciso, isento de problemas organizacionais ou de imprecisão argumentativa em uma primeira versão. Por isso, é obrigação do autor rever, reescrever, corrigir e avaliar sua própria escrita. ( ) O texto é produto de uma situação comunicativa única. O autor precisa conhecer os elementos envolvidos na situação de produção (sobre o que se fala, quem fala, para quem se fala, por que se fala, onde e quando se fala e como se fala). ( ) A organização das ideias no texto e a estrutura que este adquire estão sempre subordinadas a situações específicas de comunicação. Por isso, os textos apresentam vocabulário e estrutura linguística únicos para cada situação de produção discursiva. A seguir, assinale a sequência correta: Opções de pergunta 1: a) 3, 1, 2, 4. b) 3, 4, 1, 2. c) 2, 4, 3, 1. d) 1, 2, 3, 4. e) 4, 1, 2, 3. Pergunta 2 (0.2 pontos) Salvo Para responder a questão, leia o texto "Meu engraxate", de Mário de Andrade: Meu engraxate 1. É por causa de meu engraxate que ando agora em plena desolação. Meu 2. engraxate me deixou. 3. Passei duas vezes pela porta onde ele trabalhava e nada. Então me 4. inquietei, não sei que doenças mortíferas, que mudanças pra outras portas se 5. pensaram em mim, resolvi perguntar ao menino que trabalhava na outra 6. cadeira. O menino é um retalho de hungarês, cara de infeliz, não dá simpatia 7. alguma. E tímido o que torna instintivamente a gente muito combinado com 8. o universo no propósito de desgraçar esses desgraçados de nascença. "Está 9. vendendo bilhete de loteria", respondeu antipático, me deixando numa 10. perplexidade penosíssima: pronto! Estava sem engraxate! Os olhos do 11. menino chispeavam ávidos, porque sou dos que ficam fregueses e dão 12. gorjeta. Levei seguramente um minuto pra definir que tinha de continuar 13. engraxando sapatos toda a vida minha e ali estava um menino que, a gente 14. ensinando, podia ficar engraxate bom. ANDRADE, M. de. Os filhos da Candinha. São Paulo: Martins, 1963, p. 167. Com base na leitura do texto, avalie as afirmações abaixo: I. A leitura somente do primeiro parágrafo (linhas 1 e 2) sugere que o narrador está desolado por ter perdido contato com um garoto ao qual se ligava por fortes laços afetivos. II. A interpretação do primeiro parágrafo, quando confrontada com o restante do texto, perde sua validade, pois o narrador está desolado por ter perdido o engraxate, e não alguém de quem gostava. III. A leitura do texto Meu engraxate comprova que a estruturação de um texto independe da ligação das ideias na superfície textual, pois sua compreensão acontece por meio de frases isoladas. A alternativa correta é: Opções de pergunta 2: a) II e III, apenas. b) I e II, apenas. c) I, apenas. d) I e III, apenas. e) II, apenas. Pergunta 3 (0.2 pontos) Salvo Leia atentamente o texto a seguir para responder a questão. O sofisma da especialização Alguém disse que um especialista é uma pessoa que sabe cada vez mais sobre cada vez menos. A frase é engraçadinha, porém errada. Cadê o especialista que só sabe de um assunto? Certamente, não está nos empregos mais cobiçados. Pensemos no caso dos cientistas. (...) Um cientista fez um primário e secundário genérico, uma faculdade pouco especializada e os cursos de doutorado são bastante amplos e, quase sempre, multidisciplinares. (...) No fundo, o bom cientista é um grande generalista que, além disso, domina uma área específica (...). É a maior capacidade de pensar de forma abrangente que faz de alguém um grande cientista e não um reles operador de laboratório. Robert Merton demonstrou que a diferença entre um prêmio Nobel e outros cientistas é sua capacidade de escolher o problema certo na hora certa. Portanto, não é o conhecimento especializado – por certo necessário na pesquisa e em muitas outras áreas – que conta, mas a combinação deste com uma série de competências generalizadas. (...) Dentre as ocupações valorizadas e mais bem remuneradas, há duas categorias. A primeira é a dos cientistas, engenheiros e muitos outros profissionais cuja preparação requer o domínio de técnicas complexas e especializadas – além das competências "genéricas". (...) Essas ocupações envolvem administrar, negociar, coordenar, comunicar-se e por aí afora. (...) A profissionalização mais duradoura e valiosa tende a vir mais do lado genérico que do especializado. Entender bem o que leu, escrever claro e comunicar-se, inclusive em outras línguas, são os conhecimentos profissionais mais valiosos. Trabalhar em grupo e usar números para resolver problemas, pela mesma forma, é profissionalização. (...) A lição é muito clara: o profissional de primeira linha pode ou não ser um especialista, dependendo da área. Pode ou não ter a necessidade de conhecer as últimas teorias da moda. Mas não pode prescindir dessa "profissionalização genérica", sem a qual será um idiota, cuspindo regras, princípios e números que não refletem um julgamento maduro do problema. Portanto, lembremo- nos: especialista não é quem sabe só de um assunto, e ser profissional não é apenas conhecer técnicas específicas. O profissionalismo mais universal é saber pensar, interpretar a regra e conviver com a exceção. CASTRO, C. M. O sofisma da especialização. In.: Veja, 4 de abril de 2001. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/040401/ponto_de_vista.html>. Acesso em: 05/02/2014. A partir da leitura do texto O sofisma da especialização, é possível dizer que a tese defendida pelo autor é: Opções de pergunta 3: a) Um bom profissional é aquele que busca a especialização, dedica-se a sua carreira e foca na construção de conhecimentos específicos de sua área. b) As posições e cargos mais cobiçados são ocupados por profissionais que passam longos anos debruçados em livros para aprender técnicas específicas. c) Todo especialista deve se preocupar com sua carreira e aprofundar os conhecimentos específicos de sua área de atuação profissional. d) A capacidade de um bom profissional é medida pelo bom domínio de técnicas específicas de sua área de atuação. e) O especialista de primeira linha é também um generalista; precisa pensar de modo abrangente. Pergunta 4 (0.2 pontos) Salvo Leia atentamente o que dizem Motta-Roth e Hendges (2010, p. 24) sobre oresumo acadêmico:serve para dar ao leitor uma ideia do que ele vai encontrar ao ler o texto integral. [...] funciona como um chamariz para o leitor interessar-se em ler o artigo (a tese, a dissertação, a monografia) completo. MOTTA-ROTH, D.; HENDGES, G. R. Produção textual na universidade. São Paulo: Parábola Editorial, 2010. Em relação ao resumo acadêmico, marque V quando a afirmação for verdadeira eF quando for falsa. ( ) O resumo aponta o tema, o(s) objetivo(s), os referenciais teóricos, os dados analisados, o método utilizado na coleta e análise de dados, os resultados das análises e as conclusões da pesquisa. ( ) O resumo é o primeiro contato dos leitores com o texto. É o resumo que permitirá ao leitor formar uma ideia geral e conhecer as partes desenvolvidas no texto integral. ( ) O resumo do trabalho é um texto dispensável aos leitores e pesquisadores, pois apresenta, com a mesma extensão, as informações contidas no texto integral. Logo, ler o resumo é o mesmo que ler o texto completo. ( ) O resumo permite a um pesquisador, ou a um leitor, fazer a triagem dos materiais que irão compor seu referencial bibliográfico. O resumo é um instrumento importante que guia, facilita e organiza os estudos. ( ) Os resumos seguem sempre e rigorosamente a mesma estrutura e apresentam os mesmos itens, independentemente das características específicas de cada área do conhecimento e das normas dos periódicos em que são publicados. A seguir, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta: Opções de pergunta 4: a) V, V, F, V, F. b) V, F, F, V, V. c) F, F, V, F, V. d) V, V, F, F, F. e) V, F, V, F, V. Pergunta 5 (0.2 pontos) Salvo A leitura estabelece um constante diálogo entre o leitor, o texto e o contexto de produção que envolve o autor, suas concepções de mundo, suas ideologias e seus posicionamentos políticos, sociais e filosóficos. Nesse diálogo, o leitor (re)constrói – a partir de seus pressupostos, conhecimentos prévios e dos conhecimentos e ideias veiculados pelo texto – os sentidos explícitos e implícitos presentes na tessitura textual, de maneira a ampliar as ideias apresentadas. Pensando nisso, leia o poema a seguir. Retrato Eu não tinha este rosto de hoje, assim calmo, assim triste, assim magro, nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo. Eu não tinha estas mãos sem força, tão paradas e frias e mortas; eu não tinha esse coração que nem se importa. Eu não dei por esta mudança, tão simples, tão certa, tão fácil: – Em que espelho ficou perdida a minha face? MEIRELES, C. Poesia (org. Darcy Damasceno). Rio de Janeiro: Agir, 1974, p. 19-20. O entendimento do conteúdo do texto centra-se em dois eixos temporais: o presente e o passado. O primeiro eixo expressa-se explicitamente pelos versos do poema; o segundo está implícito e precisa ser recuperado pelo leitor. Considerando as ideias explícitas e implícitas do poema, avalie as seguintes assertivas e identifique a relação estabelecida entre elas. I. Nas duas primeiras estrofes (versos de 1 a 8), o eu-lírico diz que não tinha o rosto e as mãos com as características que ele observa no presente. As afirmações e descrições fazem pressupor a passagem do tempo e fazem com que o leitor imagine que no passado as características do eu-lírico eram diferentes. Porque: II. O texto, ao trabalhar com dois planos, o explícito – o tempo presente – e o implícito – o tempo passado –, permite que o leitor construa o sentido do texto e o interprete de maneira a compreender que o eu-lírico reflete sobre sua condição física e se decepciona ao, subitamente, ter consciência de seu inevitável envelhecimento. A respeito dessas assertivas, assinale a opção correta. Opções de pergunta 5: a) A assertiva I é uma proposição falsa e a II é verdadeira. b) As duas assertivas são verdadeiras e a segunda afirmativa justifica e complementa a primeira. c) A assertiva II contraria a ideia expressa na assertiva I. d) As assertivas I e II são falsas. e) As assertivas I e II são proposições excludentes. Enviar Questionário5 de 5 perguntas salvas Tentativa 1 Por Escrito: abr 26, 2020 17:02 - abr 26, 2020 17:31 Exibição do Envio O questionário foi enviado com êxito. 1 / 1 - 100 % 1 / 1 - 100 % Concluído
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