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o trabalho análogo ao de escravo no Brasil/ UNOPAR- SERVIÇO SOCIAL 2020

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42161088766543322222111051015202530354045MGPAMTSCSPGOBAPIRSTOMAPRACAMMSRJROAPESPENúmero de empregadores na lista do trabalho escravo por estado
SUMÁRIO
41 INTRODUÇÃO
52 DESENVOLVIMENTO
103 CONCLUSÃO
11REFERÊNCIAS
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho acadêmico teve como objetivo ampliar o conhecimento sobre como estabelecer os parâmetros para caracterizar o trabalho análogo ao de escravo no Brasil. Procurou-se localizar os principais fatores que contribuem para a geração e manutenção desta forma criminosa de trabalho no Brasil e ao mesmo tempo, foi exposta a fragilidade do Estado no seu combate. 
 Por último, apresentou-se sugestões de ordem preventiva e repressiva para o combate deste problema, inclusive ao aplicar novas políticas públicas que levem em conta a integração de várias ações na área humana em seu ambiente social, voltadas principalmente à qualificação da mão-de-obra, para que seja efetivamente combatido o trabalho análogo ao de escravo, com a integração da iniciativa privada, de maneira a compor condutas múltiplas para a efetivação do princípio da valorização do trabalho humano.
2 DESENVOLVIMENTO
O trabalho em seu conceito geral é um conjunto de atividades realizadas, empenho esse feito por um indivíduo, com finalidade de alcançar uma meta. 
De Plácido e Silva (1987, p. 1.573) conceitua trabalho como: “todo esforço físico, ou mesmo intelectual, na intenção de realizar ou fazer qualquer coisa”.
Evolução histórica do trabalho humano. 
Desde o seu princípio, o ser humano vem trabalhando, no início era para se manter vivo, seja plantando ou caçando, e esse trabalho era necessário para sua alimentação. Se não caçava, não teria como se alimentar e, consequentemente, morreria. Era um trabalho puramente de sobrevivência. E, assim como o ser humano, o trabalho também evoluiu. 
E com essa evolução, trouxe consigo mudanças políticas, culturais e econômicas ao longo da história que contribuíram com as mudanças não apenas na concepção do trabalho, mas também como o homem iria relacionar-se com ele. De exercício necessário para a sobrevivência, passou a ser visto como tortura e sofrimento. 
Passou a ser comum entre os países o trabalho escravo, vemos que antes desse trabalho chegar ao Brasil, toda a Europa estava vivendo uma fase que ficou conhecida como mercantilismo comercial, definida como uma fase necessária para acumulação de capital. O Mercantilismo tinha algumas regras, e a principal delas era sempre manter a balança comercial positivo, pretendendo o acúmulo de metais preciosos. Com isso surgiu a necessidade das grandes navegações, em busca de encontrar territórios que pudessem ser explorados economicamente, onde existissem minas e terras boas para extrair produtos naturais para serem vendidos para outros países europeus e assim acumular os metais preciosos.
No Brasil, foi encontrado todo tipo de riquezas que esses europeus precisavam e então a escravidão começou com os índios, mas depois de muitos conflitos, foi proibido escravizar os índios, por dizer que não eram aptos ao trabalho. Mas a verdadeira história mostra que os índios tinham reações perigosas ao trabalho escravo, o que dificultava a organização da economia colonial, comprometendo os interesses mercantilistas da metrópole, que tinham como objetivo a acumulação de capital.
Então na primeira metade do século XVI, a escravidão africana “tomou lugar”, pois os senhores diziam que havia a falta de braços para trabalhar na lavoura. Porém, o real motivo era por necessidade de uma mão-de-obra definitiva e por não estarem decididos a trazer portugueses pois a esses iriam ter que pagar o devido salário. Para os colonizadores o tráfico de negros também era uma atividade rentável, possibilitava altos lucros à Coroa Portuguesa, e foi uma das principais fontes para acumular capital para a metrópole, e com certeza era mais vantajoso do que escravizar índios. 
Entretanto depois da abolição da escravidão, o Brasil pensando em ter uma sociedade livre, se vê ainda muitos trabalhadores que ainda se submetem ou são submetidos às condições de trabalho semelhantes da escravidão, ou seja, uma forma contemporânea de trabalho escravo expostas as forças dominantes, sejam capitalistas ou agentes do Estado que os representam, atacam recorrentemente a colocação de limites à exploração do trabalho. 
De acordo com o artigo 149 do Código Penal brasileiro, são elementos que caracterizam o trabalho análogo ao de escravo: condições degradantes de trabalho (incompatíveis com a dignidade humana, caracterizadas pela violação de direitos fundamentais coloquem em risco a saúde e a vida do trabalhador), jornada exaustiva (em que o trabalhador é submetido a esforço excessivo ou sobrecarga de trabalho que acarreta a danos à sua saúde ou risco de vida), trabalho forçado (manter a pessoa no serviço através de fraudes, isolamento geográfico, ameaças e violências físicas e psicológicas) e servidão por dívida (fazer o trabalhador contrair ilegalmente um débito e prendê-lo a ele). Os elementos podem vir juntos ou isoladamente.
Na contemporaneidade, a estimativa é que no país tenha 155,3 mil pessoas em situação análoga à escravidão, citado em relatório ”Índice de Escravidão Global 2014”, tais dados estabelecem uma prática de grave violação aos direitos humanos.
Além do mais, o Ministério do Trabalho Emprego (MTE), divulgou em 13.05.2014 a apuração do trabalho escravo em 2013, que indicam um recorde em ações fiscais e cita um total de 2.063 pessoas trabalhando em situação análoga a de escravo, contabilizada em 179 operações feitas em todo país.
Na maioria das vezes estes trabalhos estão relacionados ao trabalho escravo no campo e agropecuária, essa realidade vem se transformando. Nesse mesmo relatório do MTE, relata que em 2013, pela primeira vez o número de libertações de trabalhadores na cidade foi maior que o da área rural, devido as construções civis no país.
 
Minas Gerais, Pará, Mato Grosso, Santa Catarina e São Paulo respectivamente, lideram a lista dos Estados da Federação com maior número de trabalho escravo, sendo que dos 131 empregadores listados mais de 50% pertencem a soma destes cinco estados. Dos 26 estados mais o Distrito Federal, apenas 7 unidades federativas não compõem esta lista do MTE sendo eles: Distrito Federal, Alagoas, Ceará, Paraíba, Roraima, Rio Grande do Norte e Sergipe
Conclui-se assim que o trabalho escravo é algo generalizado no Brasil, expondo a média de 74,07% do território nacional. Outra situação que podemos ver, como o trabalho no campo rural é grande em todos os estados citados, com exceção de São Paulo. Pesquisam mostram o trabalho escravo em fazendas, madeireiras e estâncias de pecuárias localizadas em regiões não urbanas. Em São Paulo, revela em especial um caráter urbano, tratando-se diretamente a produção têxtil.
Entre as cidades brasileiras citadas, Belo Horizonte está entre o maior empregador de trabalho escravo, sendo quatro em setores de construção civil e mercado imobiliário e um, de restaurantes. Um exemplo de pesquisa aponta a empresa Garra Engenharia, autuada pelas condições de trabalho de imigrantes baianos em uma obra. Eles viviam no próprio lugar, em uma casa com janelas tampadas com madeira e uma porta feita com um colchão velho. Investigação realizada pelo MTE identificou que durante o dia, recebiam água e comida, mas, à noite e nos finais de semana, no oficio, tinham de tirar do bolso para comprar alimentos. Completaram ainda dizendo que eram abordados com a ameaça que se fossem embora em menos de dois meses, arcariam com os exames médicos obrigatórios, além dos R$ 250 que cada um já tinha pago ao homem que os trouxe da Bahia com a promessa de trabalho para obra em Belo Horizonte.
Há um Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo lançado em 2005, Políticas Públicas, que reunia empresas brasileiras e multinacionaisque assumiram o compromisso de não negociar com quem explora o trabalho escravo.
Além de restringir economicamente os empregadores que cometem este crime ao não negociar com quem explora o trabalho escravo, o Pacto visa apoiar ações de promoção do trabalho decente na cadeia produtiva, de reintegração social dos trabalhadores em situação de vulnerabilidade e de campanhas de informações sobre o assunto. 
A recente trajetória do combate ao crime apresenta inúmeras vitórias, vemos nas pesquisas também a aprovação da PEC (proposta de emenda à Constituição) onde o trabalho escravo é uma delas, já que promove a expropriação de propriedades onde forem constatadas práticas de trabalho escravo ou situação análoga à escravidão. Com essa emenda constitucional, esses imóveis serão concedidos a programas de habitação popular ou à reforma agrária.
Com início da Convenção nº 29 de 1930 sobre o trabalho forçado ou obrigatório, ratificada pelo Brasil em 1957, e também os Estados-Membros da Organização do Trabalho (OIT), responsabilizam-se a “abolir a utilização do trabalho forçado ou obrigatório, em todas as suas formas, no mais breve espaço de tempo possível. 
A aprovação do projeto poderemos ver que com ele se abre um novo horizonte de mais segurança jurídica e cooperação, propiciando a melhoria do ambiente de negócios, o que auxiliará com o crescimento econômico, aproveitando as empresas, os empregados, enfim, o Brasil.
Tudo isso mantendo os direitos dos trabalhadores, que não foram revogados, tais como férias, 13º, licença-maternidade e paternidade, seguro desemprego, FGTS, aposentadoria, entre outros.
A Lei nº 13.467/17 altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e as Leis nºs 6.019, de 03 de janeiro de 1974, 8.036, de 11 de maio de 1990 e 8.212, de 24 de julho de 1991, a fim de adequara legislação às novas relações de trabalho.
3 CONCLUSÃO
Conclui-se essa pesquisa que o ser humano deve ser protegido e valorizado, por se tratar de algo tão retrogrado e ao mesmo tempo tão atual como a exploração humana, que é necessário por esta razão, todas as ações que acabam com esse tipo de trabalho escravo que tem se espalhado no mundo.
O trabalho análogo ao de escravo no Brasil pode ser explicado historicamente como podemos ver, antes da abolição, enquanto uma formação que decorreu do antigo sistema escravocrata, e que não foi superado, ainda que implantado o trabalho assalariado.
Podemos ver que com isso a escravidão contemporânea é sustentada por um tripé: impunidade, ganância e pobreza. Faz-se necessário, não apenas combater esse crime, mas também rever nosso sistema de Justiça, padrões de consumo e modelo de desenvolvimento. Nem todo trabalho humilhante é trabalho análogo ao de escravo, mas o contrário sempre é verdadeiro. 
FERÊNCIAS
GIUCCI, Guillermo. A visão inaugural do Brasil: a Terra de SantaCruz. In: Revista Brasileira de História. São Paulo: ANPUH/Marco Zero, vol. 11, nº 21, p. 22-35, set.90/fev.91. 
NOVAIS, Fernando. Portugal e Brasil na crise do Antigo Sistema Colonial. São Paulo: HUCITEC, 1986. 
CARDOSO, Ciro Flamarion. O Trabalho na Colônia. In: LINHARES, Maria Yedda. História Geral do Brasil. 6ª Ed. Rio de Janeiro: Campus, 1990, p. 79-99.
BUENO, Chris. O Trabalho e o Homem. 2015
<< http://pre.univesp.br/o-trabalho-e-o-homem#.WtPtNojwaUl >>.
Repórter Brasil. O que é trabalho escravo.
<< http://reporterbrasil.org.br/trabalho-escravo/ >>.
SALES, Jeane. Trabalho análogo ao escravo no Brasil: natureza do fenômeno e regulação. 2015
<< http://www.dmtemdebate.com.br/trabalho-analogo-ao-escravo-no-brasil-natureza-do-fenomeno-e-regulacao/ >>.
LEITE, gisele. O trabalho em condições análogas ao de escravo no Brasil. 2015
<< http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,o-trabalho-em-condicoes-analogas-ao-de-escravo-no-brasil,52310.html >>.
FONSECA, Bruno. MG é o estado com mais empregadores na lista suja do trabalho escravo; veja o mapa. 2017
<< http://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/mg-e-o-estado-com-mais-empregadores-na-lista-suja-do-trabalho-escravo-veja-o-mapa/ >>.
FONSECA, Bruno. No mapa, o trabalho escravo no Brasil. 2017
<< https://apublica.org/2017/10/no-mapa-o-trabalho-escravo-no-brasil/ >>.
CARVALHO, Zenaide. Reforma Trabalhista – Lei 13.467/17 que muda a CLT foi publicada em 14/07/2017. 2017
<< http://zenaide.com.br/2017/07/reforma-trabalhista-lei-13-46717-que-muda-clt-foi-publicada-em-14072017.html >>.
Sistema de Ensino Presencial Conectado
Serviço social
o trabalho análogo ao de escravo no Brasil.
CIDADE
2020
o trabalho análogo ao de escravo no Brasil.
Trabalho interdisciplinar apresentado à Universidade Pitágoras Unopar, como requisito parcial para a obtenção do grau no curso de Serviço Social.
Professores: Juliana Lima Arruda José Adir Lins Machado Rosane Ap. Belieiro Malvezzi Hallynnee Rosseto; Paulo Sergio Aragão
 
CIDADE
2020
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Gráf1
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Número de empregadores na lista do trabalho escravo por estado
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Planilha1
		
Número de empregadores na lista do trabalho escravo por estado

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