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LOAS para concursos 2 0 2 0 Questões comentadas A apostila contém: Esquemas Comentários (86) 9 9983-9453 (24) 9 8805-0215 concurseirosdeservicosocial@gmail.com 2 CARTA AO LEITOR Concurseiros, elaboramos esse material sobre a Lei Orgânica da Assistência Social (Lei 8.742/1993). Esse conteúdo é muito cobrado nos concursos de serviço social. O material possui esquemas e questões comentadas, de modo a auxiliar no seu aprendizado acerca desse tema. Pedimos que não compartilhe esse material, nem COM FINS LUCRATIVOS, nem SEM FINS LUCRATIVOS. Esse material é protegido pela lei de direitos autorais, dessa forma a reprodução dele a terceiros sem a devida autorização do grupo Concurseiros de Serviço Social, constitui-se crime e quem o pratica está sujeito as penalidades legais. Esperamos que esse material ajude na sua aprovação. Conheça também os nossos outros materiais, temos certeza que vários deles poderão de ajudar. Concurseiro, caso necessite tirar alguma dúvida, ou fazer alguma recomendação, sugestão etc. entre em contato conosco, teremos o prazer em auxiliá-lo. LEI ORGÂNICA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 Competências do Conselho Nacional de Assistência Social: aprovar a Política Nacional de Assistência Social; normatizar as ações e regular a prestação de serviços de natureza pública e privada no campo da assistência social; acompanhar e fiscalizar o processo de certificação das entidades e organizações de assistência social no Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; apreciar relatório anual que conterá a relação de entidades e organizações de assistência social certificadas como beneficentes e encaminhá-lo para conhecimento dos Conselhos de Assistência Social dos Estados, Municípios e do Distrito Federal; - zelar pela efetivação do sistema descentralizado e participativo de assistência social; a partir da realização da II Conferência Nacional de Assistência Social em 1997, convocar ordinariamente a cada quatro anos a Conferência Nacional de Assistência Social, que terá a atribuição de avaliar a situação da assistência social e propor diretrizes para o aperfeiçoamento do sistema; apreciar e aprovar a proposta orçamentária da Assistência Social a ser encaminhada pelo órgão da Administração Pública Federal responsável pela coordenação da Política Nacional de Assistência Social; aprovar critérios de transferência de recursos para os Estados, Municípios e Distrito Federal, considerando, para tanto, indicadores que informem sua regionalização mais equitativa, tais como: população, renda per capita, mortalidade infantil e concentração de renda, além de disciplinar os procedimentos de repasse de recursos para as entidades e organizações de assistência social, sem prejuízo das disposições da Lei de Diretrizes Orçamentárias; acompanhar e avaliar a gestão dos recursos, bem como os ganhos sociais e o desempenho dos programas e projetos aprovados; estabelecer diretrizes, apreciar e aprovar os programas anuais e plurianuais do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS); indicar o representante do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) junto ao Conselho Nacional da Seguridade Social; elaborar e aprovar seu regimento interno; divulgar, no Diário Oficial da União, todas as suas decisões, bem como as contas do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS) e os respectivos pareceres emitidos. Competências do órgão da Administração Pública Federal responsável pela coordenação da Política Nacional de Assistência Social: coordenar e articular as ações no campo da assistência social; propor ao Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) a Política Nacional de 18 Assistência Social, suas normas gerais, bem como os critérios de prioridade e de elegibilidade, além de padrões de qualidade na prestação de benefícios, serviços, programas e projetos; prover recursos para o pagamento dos benefícios de prestação continuada definidos nesta lei; elaborar e encaminhar a proposta orçamentária da assistência social, em conjunto com as demais da Seguridade Social; propor os critérios de transferência dos recursos de que trata esta lei; proceder à transferência dos recursos destinados à assistência social, na forma prevista nesta lei; relatórios trimestrais e anuais de atividades e de realização financeira dos recursos; prestar assessoramento técnico aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios e às entidades e organizações de assistência social; formular política para a qualificação sistemática e continuada de recursos humanos no campo da assistência social; desenvolver estudos e pesquisas para fundamentar as análises de necessidades e formulação de proposições para a área; coordenar e manter atualizado o sistema de cadastro de entidades e organizações de assistência social, em articulação com os Estados, os Municípios e o Distrito Federal; articular-se com os órgãos responsáveis pelas políticas de saúde e previdência social, bem como com os demais responsáveis pelas políticas sócio-econômicas setoriais, visando à elevação do patamar mínimo de atendimento às necessidades básicas; expedir os atos normativos necessários à gestão do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS), de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS); elaborar e submeter ao Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) os programas anuais e plurianuais de aplicação dos recursos do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS). OBS: A atenção integral à saúde, inclusive a dispensação de medicamentos e produtos de interesse para a saúde, às famílias e indivíduos em situações de vulnerabilidade ou risco social e pessoal, nos termos desta Lei, dar-se-á independentemente da apresentação de documentos que comprovem domicílio ou inscrição no cadastro no Sistema Único de Saúde (SUS), em consonância com a diretriz de articulação das ações de assistência social e de saúde a que se refere o inciso XII deste artigo. 19 20 21 22 23 OBSERVAÇÔES A concessão e o valor dos benefícios de que trata este artigo serão definidos pelos Estados, Distrito Federal e Municípios e previstos nas respectivas leis orçamentárias anuais, com base em critérios e prazos definidos pelos respectivos Conselhos de Assistência Social. CNAS, ouvidas as respectivas representações de Estados e Municípios dele participantes, poderá propor, na medida das disponibilidades orçamentárias das 3 (três) esferas de governo, a instituição de benefícios subsidiários no valor de até 25% (vinte e cinco por cento) do salário-mínimo para cada criança de até 6 (seis) anos de idade. Os benefícios eventuais subsidiários não poderão ser cumulados com aquelesinstituídos pelas Leis no 10.954, de 29 de setembro de 2004, e no 10.458, de 14 de maio de 2002. 24 25 26 27 28 29 30 LEI ORGÂNICA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL CAPÍTULO I Das Definições e dos Objetivos Art. 1º A assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é Política de Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas. O primeiro artigo é um dos mais cobrado em concursos, nele é importante que você saiba que: 1) A assistência social é um Direito (muitas bancas mudam essa parte da lei para tentar induzir o candidato ao erro); 2) O dever é do Estado, ou seja, é dele a primazia e a obrigação na execução da política de assistência social; 3) A assistência Social está inserida na Política se Seguridade Social, que é composta pelo tripé: Assistência Social, Saúde e Previdência. 4) A assistência social é não contributiva, ou seja, não necessita uma contribuição por parte do usuário para ter direito a ela. A contribuição na Política de Seguridade Social ocorre apenas na Previdência Social, mas a Saúde e a Assistência Social não exigem contribuição prévia para receber a prestação de serviço ou benefícios; 5) Quando se menciona os mínimos sociais é importante que você saiba que: Os mínimos sociais foram introduzidos na agenda política brasileira na década de 1990; O Benefício de Prestação Continuada (BPC) foi o primeiro mínimo social não contributivo garantido pela Constituição Federal; Os mínimos sociais no Brasil significam que o cidadão deve ter direito a um mínimo para sua subsistência, é uma resposta aos efeitos da pobreza absoluta. 31 Art. 2o A assistência social tem por objetivos: Lembre-se que a Assistência Social tem TRÊS objetivos, memorize eles, pois são bastante cobrados em concursos, ele são: Proteção Social Defesa dos Direitos; e Vigilância Socioassistêncial; I - a proteção social, que visa à garantia da vida, à redução de danos e à prevenção da incidência de riscos, especialmente: a) a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; Quando a lei menciona Proteção Social, ela menciona cinco aspectos, que essa proteção social deve abranger, é importante ressaltar que essa “proteção” só ficou melhor definida após 2004 com a nova política de Assistência Social e com as NOBs/SUAS em 2005, que significaram um ganho na definição do que era a proteção social, dessa forma é necessário entender que: A família depois da CF/88 passa a ser segundo Fontenele a base de tudo na sociedade brasileira, dessa forma a família ganha novo conteúdo, passa a ser entendida por vários conceitos, principalmente no tocante ao reconhecimento dos direitos da mulher, das crianças/adolescentes e dos diversos formatos de famílias, não mais exclusivamente aquelas constituídas sob a legitimidade do casamento legal. Ao se mencionar a maternidade a lei não mencionar a proteção gestação e o parto. Essa proteção a maternidade deve ser entendida também como a defesa do direito da mulher de exercer seu papel de mãe. Quando é mencionada a proteção à infância e adolescência na lei, é importante frisar que essa deve ser vista visando a convivência familiar e comunitária. A defesa da velhice deve também deve ser vista como a defesa a vida, sendo esses sujeitos de direitos, e com direito a convivência familiar e comunitária. b) o amparo às crianças e aos adolescentes carentes; 32 Mencionar o amparo é assumir e prover a proteção social que a família, em determinado momento, não está conseguindo garantir. É importante fazer uma ponte entre a LOAS e o ECA, onde segundo o artigo 23 do ECA, a falta de recursos financeiros não se constitui como motivo para a destituição do poder familiar. Caso a família não esteja em condições de dar a criança ou ao adolescente meios para o seu pleno desenvolvimento, essa família deve ser empoderada, para recuperar sua capacidade protetiva. c) a promoção da integração ao mercado de trabalho; Ao se falar em promoção da integração ao mercado de trabalho, se menciona que o sujeito possa chegar as mesmas condições de “competição” no mercado de trabalho que os outros sujeitos que tiveram acesso a meios de pleno desenvolvimento através do capital cultural, dessa forma o indivíduo deve ter acesso a um aparato que o coloque em igual condição de competição no mercado de trabalho. d) a habilitação e reabilitação das pessoas com deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária; e O BPC significou um grande avanço no auxílio da integração à vida comunitária da pessoa com deficiência, entretanto ele sozinho não é suficiente, dessa forma essa promoção de sua integração à vida comunitária deve abranger um sistema educacional inclusivo, com escolas plurais, inclusivas, e participação em atividades de esporte, lazer e cultura. A vida comunitária é a expressão da vida inclusiva. e) a garantia de 1 (um) salário-mínimo de benefício mensal à pessoa com deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê- la provida por sua família; É importante mencionar que os critérios para se conseguir tal benefício são: Não ter renda própria, o usuário não pode receber nenhum benefício previdenciário. A família do idoso ou do deficiente também não deve ter meios de prover sua manutenção; 33 A renda familiar do idoso ou do deficiente não deve ser superior a ¼ do salário- mínimo per capita. O idoso deve ter no mínimo 65 anos de idade; O deficiente deve ter uma deficiência de longa permanência (superior a 2 anos) e deve ser impeditiva de sua plena participação na sociedade. II - a vigilância socioassistencial, que visa a analisar territorialmente a capacidade protetiva das famílias e nela a ocorrência de vulnerabilidades, de ameaças, de vitimizações e danos; A vigilância ganhou força com a Política Nacional de Assistência Social, dessa forma ela deve ser vista como uma forma de se conhecer a realidade social, esse conhecimento subsidiará a formulação e a implantação de políticas públicas. III - a defesa de direitos, que visa a garantir o pleno acesso aos direitos no conjunto das provisões socioassistenciais. Esse objetivo frisa a defesa dos direitos, ou seja, contrariando a perspectiva anterior da assistência social vista como benemerência. Parágrafo único: Para o enfrentamento da pobreza, a assistência social realiza-se de forma integrada às políticas setoriais, garantindo mínimos sociais e provimento de condições para atender contingências sociais e promovendo a universalização dos direitos sociais. É fundamental saber que a assistência social não pode estar desarticulada das demais políticas setoriais. A assistência social não se basta. Ela precisa estar integrada às outras políticas setoriais para que a pobreza seja enfrentada e os mínimos sociais sejam garantidos. Art. 3o Consideram-se entidades e organizações de assistência social aquelas sem fins lucrativos que, isolada ou cumulativamente, prestam atendimento e assessoramento aos beneficiários abrangidos por esta Lei, bem como as que atuam na defesa e garantia de direitos. 34 A definição do que são Organizações de assistência social foi estabelecida com a lei 12.101 de 2009, onde segundo essa lei as entidades que a lei menciona devem trabalhar nas áreas da: Saúde, Educação e Assistência Social, desde queatendam todos os critérios que a lei menciona. Dessa forma tanto as entidades de atendimentos, assessoramento ou garantia de direito, deve seguir o que está estabelecido na referida lei e trabalhar nas áreas por ela mencionada. § 1o São de atendimento aquelas entidades que, de forma continuada, permanente e planejada, prestam serviços, executam programas ou projetos e concedem benefícios de prestação social básica ou especial, dirigidos às famílias e indivíduos em situações de vulnerabilidade ou risco social e pessoal, nos termos desta Lei, e respeitadas as deliberações do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), de que tratam os incisos I e II do art. 18. § 2o São de assessoramento aquelas que, de forma continuada, permanente e planejada, prestam serviços e executam programas ou projetos voltados prioritariamente para o fortalecimento dos movimentos sociais e das organizações de usuários, formação e capacitação de lideranças, dirigidos ao público da política de assistência social, nos termos desta Lei, e respeitadas as deliberações do CNAS, de que tratam os incisos I e II do art. 18. § 3o São de defesa e garantia de direitos aquelas que, de forma continuada, permanente e planejada, prestam serviços e executam programas e projetos voltados prioritariamente para a defesa e efetivação dos direitos socioassistenciais, construção de novos direitos, promoção da cidadania, enfrentamento das desigualdades sociais, articulação com órgãos públicos de defesa de direitos, dirigidos ao público da política de assistência social, nos termos desta Lei, e respeitadas as deliberações do CNAS, de que tratam os incisos I e II do art. 18. CAPÍTULO II Dos Princípios e das Diretrizes 35 SEÇÃO I Dos Princípios Art. 4º A assistência social rege-se pelos seguintes princípios: I - supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as exigências de rentabilidade econômica; Esse inciso deixa claro que são as necessidades sociais que determinam a lógica da política da assistência, e não a questão econômica (tome cuidado pois muitas questões de concurso tentam confundir o candidato nesse ponto). Esse é um princípio forte na LOAS e ele é um modo de superar a forma que a assistência social era prestada desde do início da década de 1930 no Brasil, onde “só pode participar do programa se estiver trabalhando”. II - universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação assistencial alcançável pelas demais políticas públicas; Esse inciso deixa claro a intenção de se universalizar os direitos sociais e também que exista uma integração das políticas públicas, para que o sujeito seja atendido por todas, ou seja, reconhece-se aqui que a assistência social não pode substituir as outras políticas, de forma que o usuário dessa deve ser alcançado por todas. III - respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a benefícios e serviços de qualidade, bem como à convivência familiar e comunitária, vedando-se qualquer comprovação vexatória de necessidade; Nesse inciso percebe-se alguns pontos muito importantes, e são eles: 1) A assistência social deve respeitar a dignidade do cidadão, ele deve ser visto como sujeito de direitos, deve ter sua opinião respeitada e não pode ter sua vida “invadida” em uma perspectiva fiscalizadora. 2) Ele tem direito a uma prestação de serviço de qualidade, ou seja, o serviço prestado a eles não pode ser executado de qualquer forma. 36 3) Não se pode exigir uma comprovação vexatória de necessidade, ou seja, o sujeito não pode ser colocado em situação de discriminação por sua condição de falta de recursos materiais. 4) O cidadão, independente de seus recursos econômicos, deve ter direito a convivência familiar comunitária, a falta de recurso não é motivo para o afastar da convivência em sociedade e para tirar dele esse direito. IV - igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de qualquer natureza, garantindo-se equivalência às populações urbanas e rurais; Esse inciso confirma o que está no posto na Constituição Federal de 1988, onde se afirma que todos são iguais perante a lei, dessa forma não são permitidas descriminações de nenhum tipo. V - divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos assistenciais, bem como dos recursos oferecidos pelo Poder Público e dos critérios para sua concessão. A população tem direito a conhecer quais serviços e benefícios ela pode usufruir, dessa forma deve haver uma ampla divulgação desses e deve se divulgar também os critérios para se ter acesso a esses benefícios, serviços, programas e projetos assistenciais. SEÇÃO II Das Diretrizes Art. 5º A organização da assistência social tem como base as seguintes diretrizes: I- descentralização político-administrativa para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e comando único das ações em cada esfera de governo; Antes da promulgação da Constituição de 1988, a assistência social não era dever do Estado e tinha na caridade e na filantropia sua forma de atuar. Dessa forma o atual Artigo 5º da LOAS veio para definir e confirmar o papel e o dever do Estado na política 37 de assistência social, dessa forma ele deixa claro o rompimento com qualquer possibilidade de comando que não seja do Estado. O Inciso I do artigo vai definir a descentralização da política de assistência social. Estados, Distrito Federal e municípios passam a fazer a gestão da assistência social a partir do que definiu a LOAS. Em 1996, inicia-se a chamada estadualização da assistência social, e somente a partir do fim de 1998 é que se efetiva o início da municipalização. I- Em relação ao comando único a LOAS qualificou a descentralização político- administrativa com a diretriz do Comando Único, que significa, de forma geral, a unidade de comando na gestão da política pública de assistência social, que deve ser feita em sua totalidade sob responsabilidade de um único órgão gestor, na respectiva esfera de governo, abrangendo a gestão dos serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais, a gestão financeira de todos os recursos destinados à assistência social e coordenação dos trabalhadores que atuam na política de assistência social. A previsão de comando único em cada esfera de governo contribui para extinguir práticas fragmentadas, desarticuladas e sobrepostas realizadas por várias áreas ou órgãos gestores. Visa também possibilitar a identificação da política de assistência social como política setorial, de garantia do direito constitucional à assistência social. Para isso, torna-se fundamental que um único órgão da administração pública em cada esfera de governo realize a gestão das ações relacionadas à política de assistência social, ou seja, a implantação do SUAS, coordenando suas ações, financiamento e seus trabalhadores. II - participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis; Esse inciso prega que a população participe efetivamente da política de assistência social e que possa contribuir na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis, é importante ressaltar que essa participação se dar por meio das organizações representativas como os sindicatos, associação de moradores etc. 38 III - primazia da responsabilidade do Estado na condução da política de assistência social em cada esfera de governo. Esse é um inciso que mais uma vez reafirma que o Estado é o responsável pela condução da política de assistência social. CAPÍTULO III Da Organização e da Gestão Art. 6o A gestão das ações na área de assistência social fica organizada sob a forma de sistema descentralizado e participativo, denominado Sistema Único de Assistência Social (Suas), com os seguintes objetivos: I - consolidar a gestão compartilhada, ocofinanciamento e a cooperação técnica entre os entes federativos que, de modo articulado, operam a proteção social não contributiva; O inciso reafirma que a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal devem de forma integrada consolidar uma gestão compartilhada, devem todos contribuir no financiamento e na cooperação técnica da proteção social não contributiva, tudo isso de forma articulada. II - integrar a rede pública e privada de serviços, programas, projetos e benefícios de assistência social, na forma do art. 6o-C; O SUAS deve conhecer a rede pública e privada de serviços, programas, projetos e benefícios de assistência social e fazer uma articulação com elas. III - estabelecer as responsabilidades dos entes federativos na organização, regulação, manutenção e expansão das ações de assistência social; 39 Cada ente federativo (União, Estados, Municípios e Distrito Federal) deve ter suas responsabilidades estabelecidas no que diz respeito a organização, regulação, manutenção e expansão das ações sociais, dessa forma o sistema ficará mais organizado. IV - definir os níveis de gestão, respeitadas as diversidades regionais e municipais; Os níveis de gestão do SUAS devem ser definidos e não se pode deixar de mencionar que devem ser respeitadas as diversidades regionais e municipais, ou seja, cada local tem suas particularidades e essas devem ser levadas em contas, não se pode olhar por uma única perspectiva, sem considerar as características de cada região. V - implementar a gestão do trabalho e a educação permanente na assistência social; A gestão do trabalho se configura como área de abrangência do SUAS que trata do trabalho e dos trabalhadores, produzindo e disseminando conhecimentos direcionados ao desenvolvimento de competências técnicas, aprimorando a gestão e a qualidade da oferta dos serviços. A educação permanente diz respeito a formação de pessoas, visando dotá-las de ferramentas cognitivas e operativas que as tornem capazes de construir suas próprias identidades. VI - estabelecer a gestão integrada de serviços e benefícios; e Como o próprio inciso cita, os benefícios e serviços devem ser integrados pelo SUAS. VII - afiançar a vigilância socioassistencial e a garantia de direitos. § 1o As ações ofertadas no âmbito do Suas têm por objetivo a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice e, como base de organização, o território. 40 O parágrafo é importante, pois avança em direção à proteção à família, e não apenas a segmentos da família. Houve também um avanço que foi a organização da ação com base no território, deixando para trás a prática das ações dispersas e desorganizadas. § 2o O Suas é integrado pelos entes federativos, pelos respectivos conselhos de assistência social e pelas entidades e organizações de assistência social abrangidas por esta Lei. Sempre são cobradas em concurso as partes que integram o SUAS, então aprenda e nunca mais esqueça, pois elas são: 1) Entes Federativos: União, Estados, Municípios e Distrito Federal; 2) Conselhos de Assistência Social; 3) Organizações de assistência social abrangidas pela lei. § 3o A instância coordenadora da Política Nacional de Assistência Social é o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome é o responsável pela coordenação da Política Nacional de Assistência Social, prestem atenção pois esse parágrafo já foi cobrado em inúmeros concursos de serviço social e não confundam coordenação com gestão. § 4º Cabe à instância coordenadora da Política Nacional de Assistência Social normatizar e padronizar o emprego e a divulgação da identidade visual do Suas. § 5º A identidade visual do Suas deverá prevalecer na identificação de unidades públicas estatais, entidades e organizações de assistência social, serviços, programas, projetos e benefícios vinculados ao Suas. Art. 6o-A.A assistência social organiza-se pelos seguintes tipos de proteção: 41 I - proteção social básica: conjunto de serviços, programas, projetos e benefícios da assistência social que visa a prevenir situações de vulnerabilidade e risco social por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisições e do fortalecimento de vínculos familiares e comunitários; O CRAS é o principal equipamento de desenvolvimento dos serviços socioassistenciais da Proteção Social Básica. Constitui espaço de concretização dos direitos socioassistenciais nos territórios, materializando a política de assistência social. A proteção social básica visa: 1) Prevenir situações de vulnerabilidade e risco social por meio do desenvolvimento de potencialidades; 2) Fortalecer os vínculos familiares e comunitários. II - proteção social especial: conjunto de serviços, programas e projetos que tem por objetivo contribuir para a reconstrução de vínculos familiares e comunitários, a defesa de direito, o fortalecimento das potencialidades e aquisições e a proteção de famílias e indivíduos para o enfrentamento das situações de violação de direitos. A proteção social especial é a modalidade de atendimento assistencial destinada a famílias e indivíduos que se encontram em situação de risco pessoal e social por ocorrência de abandono, maus tratos físicos e/ou psíquicos, abuso sexual, uso de substâncias psicoativas, cumprimento de medidas sócio-educativas, situação de rua, situação trabalho infantil, entre outras. São situações que requerem acompanhamento individual e maior flexibilidade nas soluções protetivas, comportam encaminhamentos monitorados, apoios e processos que assegurem qualidade na atenção protetiva e efetividade na reinserção almejada. Os serviços de proteção especial têm estreita interface com o sistema de garantia de direitos, exigindo muitas vezes uma gestão mais complexa e compartilhada com o Poder Judiciário, Ministério Público e outros órgãos e ações do Executivo. Parágrafo único. A vigilância socioassistencial é um dos instrumentos das proteções da assistência social que identifica e previne as situações de risco e vulnerabilidade social e seus agravos no território. 42 Atente-se as duas características que o parágrafo cita: 1) Identificação de risco e vulnerabilidade; 2) Prevenção de riscos e vulnerabilidade social. Essas características são muito cobradas em concursos de serviço social! Art. 6o-B.As proteções sociais básica e especial serão ofertadas pela rede socioassistencial, de forma integrada, diretamente pelos entes públicos e/ou pelas entidades e organizações de assistência social vinculadas ao Suas, respeitadas as especificidades de cada ação. § 1o A vinculação ao Suas é o reconhecimento pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome de que a entidade de assistência social integra a rede socioassistencial. § 2o Para o reconhecimento referido no § 1o, a entidade deverá cumprir os seguintes requisitos: I - constituir-se em conformidade com o disposto no art. 3o; II - inscrever-se em Conselho Municipal ou do Distrito Federal, na forma do art. 9o; III - integrar o sistema de cadastro de entidades de que trata o inciso XI do art. 19. Concurseiro de serviço fiquem atentos a esses três requisitos mencionados no§ 2o que são necessário para que uma entidade seja reconhecida como de assistência social que integra a rede sócioassistencial. § 3o As entidades e organizações de assistência social vinculadas ao Suas celebrarão convênios, contratos, acordos ou ajustes com o poder público para a execução, 43 garantido financiamento integral, pelo Estado, de serviços, programas, projetos e ações de assistência social, nos limites da capacidade instalada, aos beneficiários abrangidos por esta Lei, observando-se as disponibilidades orçamentárias. É importante ressaltar que esses convênios, contratos, acordosserão periodicamente revisados e que o financiamento leva em consideração a capacidade de atendimento dos serviços, programas, projetos e ações de assistência social. § 4o O cumprimento do disposto no § 3o será informado ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome pelo órgão gestor local da assistência social. Art. 6°-C. As proteções sociais, básica e especial, serão ofertadas precipuamente no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), respectivamente, e pelas entidades sem fins lucrativos de assistência social de que trata o art. 3o desta Lei. § 1o O Cras é a unidade pública municipal, de base territorial, localizada em áreas com maiores índices de vulnerabilidade e risco social, destinada à articulação dos serviços socioassistenciais no seu território de abrangência e à prestação de serviços, programas e projetos socioassistenciais de proteção social básica às famílias. O CRAS é o lugar que possibilita, em geral, o primeiro acesso das famílias aos direitos socioassistenciais e, portanto, à proteção social. Estrutura-se, assim, como porta de entrada dos usuários da política de assistência social para a rede de Proteção Básica e referência para encaminhamentos à Proteção Especial. Desempenha papel central no território onde se localiza ao constituir a principal estrutura física local, cujo espaço físico deve ser compatível com o trabalho social com famílias que vivem no seu território de abrangência e conta com uma equipe profissional de referência. As principais atuações dos CRAS são: Presta serviços continuados de Proteção Social Básica de Assistência Social para famílias, seus membros e indivíduos em situação de vulnerabilidade social, por meio do PAIF tais como: acolhimento, acompanhamento em serviços 44 socioeducativos e de convivência ou por ações socioassistenciais, encaminhamentos para a rede de proteção social existente no lugar onde vivem e para os demais serviços das outras políticas sociais, orientação e apoio na garantia dos seus direitos de cidadania e de convivência familiar e comunitária; Articula e fortalece a rede de Proteção Social Básica local; Previne as situações de risco no território onde vivem famílias em situação de vulnerabilidade social apoiando famílias e indivíduos em suas demandas sociais, inserindo-os na rede de proteção social e promover os meios necessários para que fortaleçam seus vínculos familiares e comunitários e acessem seus direitos de cidadania. § 2o O Creas é a unidade pública de abrangência e gestão municipal, estadual ou regional, destinada à prestação de serviços a indivíduos e famílias que se encontram em situação de risco pessoal ou social, por violação de direitos ou contingência, que demandam intervenções especializadas da proteção social especial. CREAS é o Centro Especializado de Assistência Social. É uma unidade pública estatal responsável pela oferta de orientação e apoio especializados e continuados a indivíduos e famílias com seus direitos violados. Para isso, envolve um conjunto de profissionais e processos de trabalho que devem ofertar apoio e acompanhamento especializado. O principal objetivo é o resgate da família, e dos direitos violados, potencializando sua capacidade de proteção aos seus membros. O principal objetivo é o resgate da família, potencializando sua capacidade de proteção aos seus membros. Fortalecer a autoestima dos indivíduos usuários, e seus familiares, para que haja fortalecimento entre os membros da família dos usuários, e reinserção dos mesmos na sociedade. § 3o Os Cras e os Creas são unidades públicas estatais instituídas no âmbito do Suas, que possuem interface com as demais políticas públicas e articulam, coordenam e ofertam os serviços, programas, projetos e benefícios da assistência social. 45 Atente-se para o fato de que o Cras e os Creas são UNIDADES PÚBLICAS ESTATAIS, ou seja, o Estado é o responsável por sua manutenção e os Cras e Creas não trabalham só, eles objetivam uma articulação com as demais políticas, dessa forma os serviços prestados serão de mais qualidade. ATENÇÃO PARA AS DIFERENÇAS ENTRE CRAS E CREAS CREAS deve ter supervisão técnica; CREAS deve fazer atendimento temporário; CREAS deve ter relação com os CRAS das famílias atendidas; Se ele é especializado, precisa ser temático e sua equipe deve ter espaço continuado para capacitação e estudo de casos; Não pode haver CREAS generalista; Sempre que citarem um CREAS, vale perguntar: especializado em quê?; Pode ter um CREAS especializado em várias desproteções/privações/vulnerabilidades. Art. 6o-D.As instalações dos Cras e dos Creas devem ser compatíveis com os serviços neles ofertados, com espaços para trabalhos em grupo e ambientes específicos para recepção e atendimento reservado das famílias e indivíduos, assegurada a acessibilidade às pessoas idosas e com deficiência. Os Cras e Creas como instituições públicas estatais que trabalham com os direitos sociais, devem ter condições físicas adequadas que propicie tanto um atendimento qualificado dos usuários, onde os mesmos se sintam respeitado, assim como um ambiente adequado para que os recursos humanos dos Cras e Creas tenham condições dignas de trabalho. É importante também que eles sejam modelos de integração social, dessa forma os idosos e os deficientes devem ter condições de acessar livremente essas instituições, não sendo a estrutura física impeditiva de suas participações. 46 Art. 6°-E. Os recursos do cofinanciamento do Suas, destinados à execução das ações continuadas de assistência social, poderão ser aplicados no pagamento dos profissionais que integrarem as equipes de referência, responsáveis pela organização e oferta daquelas ações, conforme percentual apresentado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e aprovado pelo CNAS. Parágrafo único. A formação das equipes de referência deverá considerar o número de famílias e indivíduos referenciados, os tipos e modalidades de atendimento e as aquisições que devem ser garantidas aos usuários, conforme deliberações do CNAS. Essa tabela é muito importante, ela vem sendo cada vez mais recorrente em concursos de Serviço Social Porte do município Nº. Habitantes Nº. mínimo de CRAS Famílias referenciadas Capacidade de Atendimento Anual Pequeno Porte I Até 20 mil habitantes 1 CRAS 2.500 500 famílias Pequeno Porte II De 20 a 50 mil habitantes 1 CRAS 3.500 750 famílias Médio Porte De 50 a 100 mil habitantes 2 CRAS 5.000 1.000 famílias Grande Porte De 100 a 900 mil habitantes 4 CRAS 5.000 1.000 famílias Metrópole Mais de 900 mil habitantes 8 CRAS 5.000 1.000 famílias Tabela retirada de: http://www.datacras.com/sobre-nos2/ Art. 7º As ações de assistência social, no âmbito das entidades e organizações de assistência social, observarão as normas expedidas pelo Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), de que trata o art. 17 desta lei. 47 Art. 8º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, observados os princípios e diretrizes estabelecidos nesta lei, fixarão suas respectivas Políticas de Assistência Social. Esse artigo reafirma a descentralização que ganhou grande força com a Constituição Federal de 1988, dessa forma os entes passaram a poder fixar suas respectivas Políticas de Assistência Social, entretanto sem desconsiderar as diretrizes da política nacional. Art. 9º O funcionamento das entidades e organizações de assistência social depende de prévia inscrição no respectivo Conselho Municipal de Assistência Social, ou no Conselho de Assistência Social do Distrito Federal, conforme o caso. § 1º A regulamentação desta lei definirá os critérios de inscrição e funcionamento das entidades com atuação em mais de um municípiono mesmo Estado, ou em mais de um Estado ou Distrito Federal. § 2º Cabe ao Conselho Municipal de Assistência Social e ao Conselho de Assistência Social do Distrito Federal a fiscalização das entidades referidas no caput na forma prevista em lei ou regulamento. § 4º As entidades e organizações de assistência social podem, para defesa de seus direitos referentes à inscrição e ao funcionamento, recorrer aos Conselhos Nacional, Estaduais, Municipais e do Distrito Federal. É importante ressaltar quais os pontos do artigo 9° são os mais cobrados em concursos: 1) As entidades e organizações de assistência social fazem suas inscrições e os Conselhos Municipais de Assistência social decidem de acordo com critérios previamente estabelecido se a inscrição foi Deferida ou Indeferida. 2) Caso as entidades e organizações assistenciais tenham suas inscrições INDEFERIDAS elas podem recorrer da decisão. 48 3) Os conselhos são responsáveis pela FISCALIZAÇÃO. Art. 10. A União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal podem celebrar convênios com entidades e organizações de assistência social, em conformidade com os Planos aprovados pelos respectivos Conselhos. Esse artigo mais uma vez reafirma uma certa liberdade que União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal possuem, uma vez que os mesmos podem celebrar os convênios com entidades e organizações de assistência social, essas entidades podem ser privadas. Art. 11. As ações das três esferas de governo na área de assistência social realizam-se de forma articulada, cabendo a coordenação e as normas gerais à esfera federal e a coordenação e execução dos programas, em suas respectivas esferas, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios. Esse artigo é muito cobrado em concursos, desse artigo é importante ressaltar que: 1) As ações se dão de forma ARTICULADA; 2) A esfera FEDERAL é a responsável pela COORDENAÇÃO e pelas NORMAS GERAIS; 3) A esfera ESTADUAL, DISTRITAL E MUNICIPAL é responsável pela COORDENAÇÃO E EXECUÇÃO DOS PROGRAMAS. Art. 12. Compete à União: I - responder pela concessão e manutenção dos benefícios de prestação continuada definidos no art. 203 da Constituição Federal; II - cofinanciar, por meio de transferência automática, o aprimoramento da gestão, os serviços, os programas e os projetos de assistência social em âmbito nacional; III - atender, em conjunto com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, às ações assistenciais de caráter de emergência. 49 IV - realizar o monitoramento e a avaliação da política de assistência social e assessorar Estados, Distrito Federal e Municípios para seu desenvolvimento. É importante destacar nesse parágrafo quê: A união é que é RESPONSÁVEL por CONCEDER e MANTER o BPC; A união cofinancia, o aprimoramento da gestão, os serviços, os programas e os projetos de assistência social em âmbito nacional, isso significa que a União, os Estados, Municípios e Distrito Federal devem também colaborar nesse financiamento. Quando os Estados e Municípios estiverem passando por situações de emergência, a União tem o dever de ajudá-los em relações as ações emergenciais de assistência social; Em relação a política de assistência social a União deve realizar o monitoramento, ou seja, o acompanhamento dessa política e também deve realizar a avaliação dessa política. Art. 12-A. A União apoiará financeiramente o aprimoramento à gestão descentralizada dos serviços, programas, projetos e benefícios de assistência social, por meio do Índice de Gestão Descentralizada (IGD) do Sistema Único de Assistência Social (Suas), para a utilização no âmbito dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, destinado, sem prejuízo de outras ações a serem definidas em regulamento, a: I - medir os resultados da gestão descentralizada do Suas, com base na atuação do gestor estadual, municipal e do Distrito Federal na implementação, execução e monitoramento dos serviços, programas, projetos e benefícios de assistência social, bem como na articulação intersetorial; II - incentivar a obtenção de resultados qualitativos na gestão estadual, municipal e do Distrito Federal do Suas; e 50 Atente-se para o fato de que os resultados devem buscar ser QUALITATIVOS, muitas bancas de concursos tentam confundir o candidato afirmando que apenas os resultados QUANTITATIVOS devem ser estimulados. III - calcular o montante de recursos a serem repassados aos entes federados a título de apoio financeiro à gestão do Suas. Os recursos públicos devem ser trabalhados com responsabilidade, dessa forma é necessário que haja um cálculo do montante necessário de recursos a serem repassados aos entes federados a título de apoio financeiro à gestão do Suas, dessa forma os entes federados receberão a quantidade necessária de recursos para a execução de suas atividades. § 1o Os resultados alcançados pelo ente federado na gestão do Suas, aferidos na forma de regulamento, serão considerados como prestação de contas dos recursos a serem transferidos a título de apoio financeiro. § 2o As transferências para apoio à gestão descentralizada do Suas adotarão a sistemática do Índice de Gestão Descentralizada do Programa Bolsa Família, previsto no art. 8° da Lei n° 10.836, de 9 de janeiro de 2004, e serão efetivadas por meio de procedimento integrado àquele índice. § 4o Para fins de fortalecimento dos Conselhos de Assistência Social dos Estados, Municípios e Distrito Federal, percentual dos recursos transferidos deverá ser gasto com atividades de apoio técnico e operacional àqueles colegiados, na forma fixada pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, sendo vedada a utilização dos recursos para pagamento de pessoal efetivo e de gratificações de qualquer natureza a servidor público estadual, municipal ou do Distrito Federal. As questões de concursos tentam confundir o candidato afirmando que se pode usar o percentual dos recursos transferidos com pagamento de pessoal efetivo e com gratificações de qualquer natureza e servidor público estadual, municipal e ou do 51 Distrito Federal, mas fique atento pois é VEDADO, PROIBIDO o uso desses recursos para esse fim. Art. 13. Compete aos Estados: I - destinar recursos financeiros aos Municípios, a título de participação no custeio do pagamento dos benefícios eventuais de que trata o art. 22, mediante critérios estabelecidos pelos Conselhos Estaduais de Assistência Social; II - cofinanciar, por meio de transferência automática, o aprimoramento da gestão, os serviços, os programas e os projetos de assistência social em âmbito regional ou local; III - atender, em conjunto com os Municípios, às ações assistenciais de caráter de emergência; IV - estimular e apoiar técnica e financeiramente as associações e consórcios municipais na prestação de serviços de assistência social; V - prestar os serviços assistenciais cujos custos ou ausência de demanda municipal justifiquem uma rede regional de serviços, desconcentrada, no âmbito do respectivo Estado. VI - realizar o monitoramento e a avaliação da política de assistência social e assessorar os Municípios para seu desenvolvimento. Aprender sobre a competência dos Estados é simples, pois se você analisar todos os incisos verá que cinco deles referem-se a uma prestação de serviço ou auxílio ao município, então quando as questões de concursos se referirem a competência dos Estados, lembre-se que eles devem prestar ajuda aos municípios. Art. 14. Compete ao Distrito Federal: I - destinar recursos financeiros para custeio do pagamento dos benefícios eventuais de que trata o art. 22, mediante critérios estabelecidos pelos Conselhos de Assistência Social do Distrito Federal; 52 II - efetuar o pagamento dos auxílios natalidade e funeral; III - executar os projetos de enfrentamento da pobreza, incluindo a parceria comorganizações da sociedade civil; IV - atender às ações assistenciais de caráter de emergência; V - prestar os serviços assistenciais de que trata o art. 23 desta lei. VI - cofinanciar o aprimoramento da gestão, os serviços, os programas e os projetos de assistência social em âmbito local; VII - realizar o monitoramento e a avaliação da política de assistência social em seu âmbito. Atente-se ao fato de que a competência do Distrito Federal possuí características das competências dos Estados e dos Municípios. Art. 15. Compete aos Municípios: I - destinar recursos financeiros para custeio do pagamento dos benefícios eventuais de que trata o art. 22, mediante critérios estabelecidos pelos Conselhos Municipais de Assistência Social; É importante conhecer o que são os benefícios eventuais e eles são: São benefícios de caráter suplementar e provisório prestados aos cidadãos e às famílias em virtude de nascimento, morte e outras situações de vulnerabilidade temporária e de calamidade pública, conforme estabelece a Lei nº 8.742, de 07/12/1993 – Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS) em seu art. 22, a Resolução CNAS nº 212, de 19/10/2006 e o Decreto nº 6.307, de 14/12/2007. Atente-se que não são considerados benefícios eventuais: 53 As provisões relativas a programas, projetos, serviços e benefícios diretamente vinculados ao campo da saúde, educação, integração nacional e das demais políticas setoriais. (Art. 9º do Decreto nº 6.307). II - efetuar o pagamento dos auxílios natalidade e funeral; III - executar os projetos de enfrentamento da pobreza, incluindo a parceria com organizações da sociedade civil; Esse inciso vem para reafirmar o que está posto na Constituição Federal nos seguintes artigos: Art. 3 (CF/88): Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais Art. 23 (CF/88): é competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: X- combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos setores desfavorecidos; IV - atender às ações assistenciais de caráter de emergência; Os municípios não podem eximir-se da responsabilidade de atender às ações assistenciais de caráter emergencial, quando essas ocorrerem o município deve prontamente atender a essas ações de caráter emergencial e posteriormente os Estados e a União devem o auxiliar também. V - prestar os serviços assistenciais de que trata o art. 23 desta lei. Os serviços que o artigo 23 menciona entende-se por: serviços socioassistenciais as atividades continuadas que visem à melhoria de vida da população e cujas ações, voltadas para as necessidades básicas, observem os objetivos, princípios e diretrizes estabelecidos nesta Lei. VI - cofinanciar o aprimoramento da gestão, os serviços, os programas e os projetos de assistência social em âmbito local; 54 Esse cofinanciamento mencionado no inciso VI deve ocorrer de forma conjunta entre: União, Estados, Distrito Federal e Município. VII - realizar o monitoramento e a avaliação da política de assistência social em seu âmbito. É importante que você conheça os conceitos de Monitoramento e Avaliação, para que quando uma prova de concurso citar um exemplo do que é um monitoramento e uma avaliação na política de assistência social você não erre. Monitoramento: Segundo Jannuzzi (2009) tem o propósito de subsidiar os gestores com informações mais simples e tempestivas sobre a operação e os efeitos do programa, resumidas em painéis ou sistemas de indicadores de monitoramento. Avaliação: tem o propósito de subsidiar os gestores com informações mais aprofundadas e detalhadas sobre o funcionamento e os efeitos do programa, levantadas nas pesquisas de avaliação. Art. 16. As instâncias deliberativas do Suas, de caráter permanente e composição paritária entre governo e sociedade civil, são: I - o Conselho Nacional de Assistência Social; II - os Conselhos Estaduais de Assistência Social; III - o Conselho de Assistência Social do Distrito Federal; IV - os Conselhos Municipais de Assistência Social. O Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) foi instituído pela Lei no 8.742/93, Lei Orgânica da Assistência Social (Loas). Possui composição paritária entre governo e sociedade civil e está vinculado à estrutura do Ministério de Desenvolvimento Social. A Loas foi instituída para reconhecer os direitos sociais no país, ao estabelecer um conjunto de garantias fundamentais (benefícios e serviços socioassistenciais). Atua 55 com a Política Nacional da Assistência Social (PNAS), que tem entre as funções convocar a Conferência Nacional de Assistência Social, que já completou nove edições. A assistência social, compreendida como política pública, direito do cidadão e dever do Estado, se consolida com a regulamentação da Loas. No artigo 16, a lei determina a criação dos conselhos de assistência social nas três esferas governamentais, que devem funcionar dentro de um sistema descentralizado e participativo, de caráter permanente e composição paritária entre governo e sociedade civil. São eles: o CNAS; os Conselhos Estaduais de Assistência Social; o Conselho de Assistência Social do Distrito Federal; e os Conselhos Municipais de Assistência Social. Segundo seu regimento interno, o CNAS deve exercer o controle social, no âmbito público e privado, além de atuar na formulação e no controle da política nacional de assistência social. Entre as competências do CNAS, estão: formular estratégias e atuar no controle da política pública de assistência social; controlar a atuação do setor privado na área da assistência social; elaborar cronograma de transferências de recursos financeiros da União para os demais entes federativos. O conselho possui um colegiado composto por 18 membros titulares e respectivos suplentes, nomeados pelo presidente da República, cujos nomes são indicados ao MDS. Metade dos conselheiros representa o poder público. A outra parte representa, igualmente, representantes de usuários ou de organizações de usuários da assistência social; entidades e organizações da assistência social; e trabalhadores do setor da assistência social. O CNAS reúne-se, ordinariamente, uma vez por mês. Então lembre-se: São 18 membros titulares e seus respectivos suplentes; As reuniões ocorrem uma vez por mês. Parágrafo único. Os Conselhos de Assistência Social estão vinculados ao órgão gestor de assistência social, que deve prover a infraestrutura necessária ao seu funcionamento, garantindo recursos materiais, humanos e financeiros, inclusive com 56 despesas referentes a passagens e diárias de conselheiros representantes do governo ou da sociedade civil, quando estiverem no exercício de suas atribuições. Em síntese o parágrafo afirma que os conselhos devem ter condições de se mater. Art. 17. Fica instituído o Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), órgão superior de deliberação colegiada, vinculado à estrutura do órgão da Administração Pública Federal responsável pela coordenação da Política Nacional de Assistência Social, cujos membros, nomeados pelo Presidente da República, têm mandato de 2 (dois) anos, permitida uma única recondução por igual período. § 1º O Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) é composto por 18 (dezoito) membros e respectivos suplentes, cujos nomes são indicados ao órgão da Administração Pública Federal responsável pela coordenação da Política Nacional de Assistência Social, de acordo com os critérios seguintes: I - 9 (nove) representantes governamentais, incluindo 1 (um) representante dos Estados e 1 (um) dos Municípios; II - 9 (nove) representantes da sociedade civil, dentre representantes dos usuários ou de organizações de usuários, das entidades eorganizações de assistência social e dos trabalhadores do setor, escolhidos em foro próprio sob fiscalização do Ministério Público Federal. § 2º O Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) é presidido por um de seus integrantes, eleito dentre seus membros, para mandato de 1 (um) ano, permitida uma única recondução por igual período. § 3º O Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) contará com uma Secretaria- Executiva, a qual terá sua estrutura disciplinada em ato do Poder Executivo. § 4o Os Conselhos de que tratam os incisos II, III e IV do art. 16, com competência para acompanhar a execução da política de assistência social, apreciar e aprovar a proposta orçamentária, em consonância com as diretrizes das conferências nacionais, estaduais, 57 distrital e municipais, de acordo com seu âmbito de atuação, deverão ser instituídos, respectivamente, pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios, mediante lei específica. O artigo 17 é muito cobrado em concursos de serviço social, em relação a esse artigo deve-se aprender que: Os 18 membros do CNAS são nomeados pelo Presidente da República, têm mandato de 2 (dois) anos, permitida uma única recondução, ou seja, podem ficar por até 4 anos no máximo. Os 18 membros são: 9 do governo e 9 da sociedade civil; Ao todo são 36 participantes, pois são 18 titulares e 18 suplentes. O CNAS deve ter uma secretária executiva; O presidente do conselho fica na direção por 1 anos e é eleito por todos os membros. Art. 18. Compete ao Conselho Nacional de Assistência Social: I - aprovar a Política Nacional de Assistência Social; A Política Nacional de Assistência Social é a responsável por, apresenta as diretrizes para efetivação da assistência social como direito de cidadania e responsabilidade do Estado, dessa forma é o CNAS que aprova essa política. II - normatizar as ações e regular a prestação de serviços de natureza pública e privada no campo da assistência social; Os serviços assistenciais devem ser prestados de forma responsável, não se tratam filantropia e sim de Direitos, sendo assim eles seguem normas, dessa forma o CNAS é o responsável por normatizar as ações e regular a prestação de serviços de natureza pública e privada no campo da assistência social. 58 III - acompanhar e fiscalizar o processo de certificação das entidades e organizações de assistência social no Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; O CNAS deve também acompanhar o processo de certificação das entidades e organizações de assistência social para averiguar se essas entidades cumprem todos os requisitos necessários para serem consideradas entidades de assistencial social e a fiscalização também se dá para saber se os serviços por elas prestados estão de acordo com os critérios do CNAS e com os pressupostos defendidos pelo PNAS. IV - apreciar relatório anual que conterá a relação de entidades e organizações de assistência social certificadas como beneficentes e encaminhá-lo para conhecimento dos Conselhos de Assistência Social dos Estados, Municípios e do Distrito Federal; O relatório anual é de fundamental importância para que: Se tenha conhecimento de forma geral e de forma local, quais as entidades e organizações são consideradas como beneficentes e esse conhecimento propiciará uma rede de serviços mais articulada e forte. V - zelar pela efetivação do sistema descentralizado e participativo de assistência social; Esse sistema descentralizado é um dos pressupostos postos na Constituição Federal, esse propicia uma prestação de serviço mais local, respeitando as particularidades de cada local, e um sistema participativo visa uma gestão mais democrática, onde a população esteja inserida nesse processo. VI - a partir da realização da II Conferência Nacional de Assistência Social em 1997, convocar ordinariamente a cada quatro anos a Conferência Nacional de Assistência Social, que terá a atribuição de avaliar a situação da assistência social e propor diretrizes para o aperfeiçoamento do sistema; Um dos pontos mais cobrados em concurso é sobre os objetivos da Conferência Nacional de Assistência Social que é: avaliar a situação da assistência social e propor diretrizes para o aperfeiçoamento do sistema; 59 Tem sido também recorrente cobrar em concurso o histórico das conferências nacionais de assistência social que já houve, e desde sua criação, o CNAS já realizou Conferências Nacionais com os seguintes temas: I Conferência Nacional de Assistência Social, realizada no período de 20 a 23 de novembro de 1995, com o tema geral: “A Assistência Social como um direito do cidadão e dever do Estado”; II Conferência Nacional de Assistência Social, realizada no período de 9 a 12 de dezembro de 1997, com o tema geral: “O Sistema Descentralizado e Participativo da Assistência Social – Construindo a Inclusão – Universalizando Direitos”; III Conferência Nacional de Assistência Social, realizada no período de 4 a 7 de dezembro de 2001, com o tema geral: “Política de Assistência Social: Uma trajetória de Avanços e Desafios”; IV Conferência Nacional de Assistência Social, realizada no período de 7 a 10 de dezembro de 2003, como o tema geral: “Assistência Social como Política de Inclusão: uma Nova Agenda para a Cidadania – LOAS 10 anos”; V Conferência Nacional de Assistência Social, realizada no período de 5 a 8 de dezembro de 2005, com o tema geral “SUAS – PLANO 10: Estratégias e Metas para Implementação da Política Nacional de Assistência Social”; VI Conferência Nacional de Assistência Social, realizada no período de 14 a 17 de dezembro de 2007, com o tema geral: “Compromissos e Responsabilidades para Assegurar Proteção Social pelo Sistema Único da Assistência Social -SUAS”; VII Conferência Nacional de Assistência Social, realizada no período de 30 de novembro a 3 de dezembro de 2009, com o tema geral: “Participação e Controle Social no SUAS”; VIII Conferência Nacional de Assistência Social, realizada no período de 07 a 10 de dezembro de 2011, com o tema geral: “Avançando na consolidação do Sistema Único da Assistência Social – SUAS com a valorização dos trabalhadores e a qualificação da gestão, dos serviços, programas, projetos e benefícios”. A IX Conferência Nacional de Assistência Social terá como tema “A Gestão e o Financiamento na efetivação do SUAS” 60 A X Conferência Nacional de Assistência Social teve como tema “Consolidar o SUAS de vez rumo a 2026”. VIII - apreciar e aprovar a proposta orçamentária da Assistência Social a ser encaminhada pelo órgão da Administração Pública Federal responsável pela coordenação da Política Nacional de Assistência Social; A proposta orçamentaria da Assistência Social está mencionada nas Normas Operacionais Básicas do SUAS no artigo 46, o qual menciona que os requisitos para elaboração a proposta orçamentária da Assistência Social, são: I – a definição de diretrizes, objetivos e metas; II – a previsão da organização das ações; III – a provisão de recursos; IV – a definição da forma de acompanhamento das ações; e V – a revisão crítica das propostas, dos processos e dos resultados. IX - aprovar critérios de transferência de recursos para os Estados, Municípios e Distrito Federal, considerando, para tanto, indicadores que informem sua regionalização mais equitativa, tais como: população, renda per capita, mortalidade infantil e concentração de renda, além de disciplinar os procedimentos de repasse de recursos para as entidades e organizações de assistência social, sem prejuízo das disposições da Lei de Diretrizes Orçamentárias; O processo de transferência de renda para os Estados e Municípios é muito importante, e eles devem ser justo, levando em consideração os indicadores sociais de cada local, em síntese, quanto maior for a necessidade de um Estado e/ou Municípiomais prioridade esse tem no recebimento e no montante e recursos. X - acompanhar e avaliar a gestão dos recursos, bem como os ganhos sociais e o desempenho dos programas e projetos aprovados; O acompanhamento e a avaliação permitem ver se o uso dos recursos está sendo eficaz, se está sendo usado para os propósitos certos. 61 XI - estabelecer diretrizes, apreciar e aprovar os programas anuais e plurianuais do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS); XII - indicar o representante do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) junto ao Conselho Nacional da Seguridade Social; O Conselho Nacional de Seguridade Social é composto por membro da: Saúde, Previdência e Assistência Social. O representante da Assistência Social na seguridade social é indicado pelo Conselho Nacional de Assistência Social. XIII - elaborar e aprovar seu regimento interno; É importante saber que o próprio conselho é responsável pela elaboração de seu regimento e seus membros também deve aprovar esse regimento. XIV - divulgar, no Diário Oficial da União, todas as suas decisões, bem como as contas do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS) e os respectivos pareceres emitidos. Essa divulgação no Diário Oficial da União visa obedecer a princípio da publicidade do ato administrativo, dando-o transparência. Art. 19. Compete ao órgão da Administração Pública Federal responsável pela coordenação da Política Nacional de Assistência Social: I - coordenar e articular as ações no campo da assistência social; O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome é o órgão da Administração Pública Federal responsável pela coordenação da Política Nacional de Assistência Social e ele deve coordenar e articular as ações no campo da assistência social; II - propor ao Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) a Política Nacional de Assistência Social, suas normas gerais, bem como os critérios de prioridade e de elegibilidade, além de padrões de qualidade na prestação de benefícios, serviços, programas e projetos; 62 É importante destacar duas competências que são muito cobradas em concursos que o MDS tem, que são: Propor ao CNAS a Política Nacional de Assistência Social; Eleger os critérios de prioridade. III - prover recursos para o pagamento dos benefícios de prestação continuada definidos nesta lei; Esse é um dos pontos sem dúvidas mais cobrado em concurso, dessa forma é importante saber que o MDS é que deve prover os recursos para o pagamento do BPC. IV - elaborar e encaminhar a proposta orçamentária da assistência social, em conjunto com as demais da Seguridade Social; O MDS também é o responsável por elaborar e encaminhar a proposta orçamentária da assistência social, em conjunto com as demais da Seguridade Social. V - propor os critérios de transferência dos recursos de que trata esta lei; Por se tratar de recursos público o MDS propõe os critérios de transferência dos recursos, pois esses devem ser usados com responsabilidade. VI - proceder à transferência dos recursos destinados à assistência social, na forma prevista nesta lei; VII - encaminhar à apreciação do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) relatórios trimestrais e anuais de atividades e de realização financeira dos recursos; O MDS deve encaminhar ao CNAS os relatórios trimestrais e anuais de atividades e de realização financeira dos recursos. VIII - prestar assessoramento técnico aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios e às entidades e organizações de assistência social; O MDS deve sempre auxiliar tecnicamente os Estados, DF e Municípios. 63 IX - formular política para a qualificação sistemática e continuada de recursos humanos no campo da assistência social; Os recursos humanos no campo da assistência social são muito importantes, pois eles trabalharão diretamente com a prestação dos direitos sociais, sendo assim eles devem ser continuamente qualificados. X - desenvolver estudos e pesquisas para fundamentar as análises de necessidades e formulação de proposições para a área; Os estudos e pesquisas são fundamentais para se perceber os avanços que houve e para ver quais pontos ainda precisam melhorado, dessa forma os estudos e pesquisas devem ser desenvolvidos de forma a fundamentar as análises de necessidade e formulação de proposições na área assistencial. XI - coordenar e manter atualizado o sistema de cadastro de entidades e organizações de assistência social, em articulação com os Estados, os Municípios e o Distrito Federal; Mais uma vez afirma-se a necessidade de se manter atualizado o sistema de cadastro de entidades e organizações de assistência social, esse subsidiará uma rede socioassistencial mais articulada. XII - articular-se com os órgãos responsáveis pelas políticas de saúde e previdência social, bem como com os demais responsáveis pelas políticas sócio-econômicas setoriais, visando à elevação do patamar mínimo de atendimento às necessidades básicas; As políticas públicas de forma geral devem estar articuladas, e dentre elas está a política de assistência social, a articulação com as demais políticas participantes da seguridade social é fundamental para a consecução dos objetivos da política, garantido ao acesso aos direitos. 64 XIII - expedir os atos normativos necessários à gestão do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS), de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS); XIV - elaborar e submeter ao Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) os programas anuais e plurianuais de aplicação dos recursos do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS). Parágrafo único. A atenção integral à saúde, inclusive a dispensação de medicamentos e produtos de interesse para a saúde, às famílias e indivíduos em situações de vulnerabilidade ou risco social e pessoal, nos termos desta Lei, dar-se-á independentemente da apresentação de documentos que comprovem domicílio ou inscrição no cadastro no Sistema Único de Saúde (SUS), em consonância com a diretriz de articulação das ações de assistência social e de saúde a que se refere o inciso XII deste artigo. CAPÍTULO IV Dos Benefícios, dos Serviços, dos Programas e dos Projetos de Assistência Social SEÇÃO I Do Benefício de Prestação Continuada Art. 20. O benefício de prestação continuada é a garantia de um salário-mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção nem de tê-la provida por sua família. § 1o Para os efeitos do disposto no caput, a família é composta pelo requerente, o cônjuge ou companheiro, os pais e, na ausência de um deles, a madrasta ou o padrasto, os irmãos solteiros, os filhos e enteados solteiros e os menores tutelados, desde que vivam sob o mesmo teto. 65 § 2oPara efeito de concessão do benefício de prestação continuada, considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. § 3º Considera-se incapaz de prover a manutenção da pessoa com deficiência ou idosa a família cuja renda mensal per capita seja inferior a 1/2 (meio) salário-mínimo. Concurseiro, com a lei 13.981/2020 a renda per capita para recebimento do BPC foi alterada. Antes a renda per capita era de ¼. ATENÇÃO: Em 02 de Abril, devido ao COVID a LOAS teve mais alterações, todavia, essas alterações são por tempo DETERMINADO, serão válidas apenas até 31/12/2020, posteriormente uma nova avaliação será feita para que se veja como ficará a situação. Nesse momento em que o país está passando a renda per capita continua a mesma anterior a lei n°13.981/2020 VEJA COMOESTÁ ATUALMENTE!!! § 3º Considera-se incapaz de prover a manutenção da pessoa com deficiência ou idosa a família cuja renda mensal per capita seja: I - igual ou inferior a 1/4 (um quarto) do salário-mínimo, até 31 de dezembro de 2020. § 4o O benefício de que trata este artigo não pode ser acumulado pelo beneficiário com qualquer outro no âmbito da seguridade social ou de outro regime, salvo os da assistência médica e da pensão especial de natureza indenizatória. § 5o A condição de acolhimento em instituições de longa permanência não prejudica o direito do idoso ou da pessoa com deficiência ao benefício de prestação continuada. 66 § 6º A concessão do benefício ficará sujeita à avaliação da deficiência e do grau de impedimento de que trata o § 2o, composta por avaliação médica e avaliação social realizadas por médicos peritos e por assistentes sociais do Instituto Nacional de Seguro Social – INSS. §7oNa hipótese de não existirem serviços no município de residência do beneficiário, fica assegurado, na forma prevista em regulamento, o seu encaminhamento ao município mais próximo que contar com tal estrutura. §8oA renda familiar mensal a que se refere o § 3o deverá ser declarada pelo requerente ou seu representante legal, sujeitando-se aos demais procedimentos previstos no regulamento para o deferimento do pedido. § 9o Os rendimentos decorrentes de estágio supervisionado e de aprendizagem não serão computados para os fins de cálculo da renda familiar per capita a que se refere o § 3o deste artigo. § 10. Considera-se impedimento de longo prazo, para os fins do § 2o deste artigo, aquele que produza efeitos pelo prazo mínimo de 2 (dois) anos. § 11. Para concessão do benefício de que trata o caput deste artigo, poderão ser utilizados outros elementos probatórios da condição de miserabilidade do grupo familiar e da situação de vulnerabilidade, conforme regulamento. § 12. São requisitos para a concessão, a manutenção e a revisão do benefício as inscrições no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal - Cadastro Único, conforme previsto em regulamento. § 14. O benefício de prestação continuada ou o benefício previdenciário no valor de até 1 (um) salário-mínimo concedido a idoso acima de 65 (sessenta e cinco) anos de idade ou pessoa com deficiência não será computado, para fins de concessão do benefício de prestação continuada a outro idoso ou pessoa com deficiência da mesma família, no cálculo da renda a que se refere o § 3º deste artigo. 67 § 15. O benefício de prestação continuada será devido a mais de um membro da mesma família enquanto atendidos os requisitos exigidos nesta Lei. O artigo 20 é sem dúvidas o mais cobrado em concursos de serviço social no que se refere a LOAS, pois esse artigo aborda sobre o Benefício de Prestação Continuada- BPC, sobre esse benefício é importante que você aprenda as seguintes informações: Qual critério base para idosos e deficientes receberem o BPC? Não poderem se sustentar e nem ter o seu sustento provido por sua família. Qual a Idade do idoso para receber o benefício? No mínimo 65 anos Qual critério para deficiente? Ter deficiência de longo prazo, ou seja, que já perdure por mais de 2 anos e que essa impossibilite sua total participação na sociedade. Quem é considerado da família? Requerente +cônjuge ou companheiro +os pais e, na ausência de um deles, a madrasta ou o padrasto + os irmãos solteiros +os filhos+ enteados solteiros + os menores tutelados – TODO DEVEM RESIDIR NA MESMA CASA! Não pode acumular com? Nenhum benefício previdenciário (ex.: aposentadoria por morte, idade ou invalidez; pensão por morte, auxílio doença, auxílio maternidade, auxílio reclusão, salário-família). Pode acumular com? Assistência médica e da pensão especial de natureza indenizatória. Não impede o recebimento a situação de? Acolhimento em instituição própria no caso do idoso e a situação de estagiário do deficiente mesmos que remunerado; Que tipo de avaliação o INSS faz para a concessão desse benefício? Avaliação Pericial- Realizada pelo Médico do INSS e Avaliação Social- Realizada por Assistente Social; Concurseiro, olha as alterações que a situação do COVID trouxe: Art. 20-A. Em razão do estado de calamidade pública reconhecido pelo Decreto Legislativo n° 6 de 20 de março de 2020, e da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus (Covid-19), o critério de aferição 68 da renda familiar mensal per capita previsto no inciso I do § 3º do art. 20 poderá ser ampliado para até 1/2 (meio) salário-mínimo. § 1º A ampliação de que trata o caput ocorrerá na forma de escalas graduais, definidas em regulamento, de acordo com os seguintes fatores, combinados entre si ou isoladamente: I - o grau da deficiência; II - a dependência de terceiros para o desempenho de atividades básicas da vida diária; III - as circunstâncias pessoais e ambientais e os fatores socioeconômicos e familiares que podem reduzir a funcionalidade e a plena participação social da pessoa com deficiência candidata ou do idoso; IV - o comprometimento do orçamento do núcleo familiar de que trata o § 3º do art. 20 exclusivamente com gastos com tratamentos de saúde, médicos, fraldas, alimentos especiais e medicamentos do idoso ou da pessoa com deficiência não disponibilizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), ou com serviços não prestados pelo Serviço Único de Assistência Social (Suas), desde que comprovadamente necessários à preservação da saúde e da vida. § 2º O grau da deficiência e o nível de perda de autonomia, representado pela dependência de terceiros para o desempenho de atividades básicas da vida diária, de que tratam, respectivamente, os incisos I e II do § 1º deste artigo, serão aferidos, para a pessoa com deficiência, por meio de índices e instrumentos de avaliação funcional a serem desenvolvidos e adaptados para a realidade brasileira, observados os termos dos §§1° e 2° do art. 2° da Lei n° 13.146, de 6 de julho de 2015. § 3º As circunstâncias pessoais e ambientais e os fatores socioeconômicos de que trata o inciso III do § 1º deste artigo levarão em consideração, observado o disposto nos §§1° e 2° do art. 2° da Lei n° 13.146, de 2015, entre outros aspectos: I - o grau de instrução e o nível educacional e cultural do candidato ao benefício; 69 II - a acessibilidade e a adequação do local de residência à limitação funcional, as condições de moradia e habitabilidade, o saneamento básico e o entorno familiar e domiciliar; III - a existência e a disponibilidade de transporte público e de serviços públicos de saúde e de assistência social no local de residência do candidato ao benefício; IV - a dependência do candidato ao benefício em relação ao uso de tecnologias assistivas; e V - o número de pessoas que convivem com o candidato ao benefício e a coabitação com outro idoso ou pessoa com deficiência dependente de terceiros para o desempenho de atividades básicas da vida diária. § 4º O valor referente ao comprometimento do orçamento do núcleo familiar com gastos com tratamentos de saúde, médicos, fraldas, alimentos especiais e medicamentos do idoso ou da pessoa com deficiência, de que trata o inciso IV do § 1º deste artigo, será definido pelo Instituto Nacional do Seguro Social, a partir de valores médios dos gastos realizados pelas famílias exclusivamente com essas finalidades, conforme critérios definidos em regulamento, facultada ao interessado a possibilidade de comprovação, nos termos do referido regulamento, de que os gastos efetivos ultrapassam os valores médios. Art. 21. O benefício de prestação continuada deve ser revisto a cada 2 (dois) anos para avaliação da continuidade das condições que lhe deram origem.O período de 2 anos para avaliação do BPC é muito cobrado em concursos de serviço social! § 1º O pagamento do benefício cessa no momento em que forem superadas as condições referidas no caput, ou em caso de morte do beneficiário. Se a pessoa deficiente já consegue participar de forma plena na sociedade sem que sua deficiência seja impeditiva disso o benefício será cessado, se por algum motivo essa deficiência deixar de existir o benefício também será suspenso. 70 § 2º O benefício será cancelado quando se constatar irregularidade na sua concessão ou utilização. Caso seja constatado irregularidades outras sanções poderão ser impostas a quem cometeu tal ato. § 3° O desenvolvimento das capacidades cognitivas, motoras ou educacionais e a realização de atividades não remuneradas de habilitação e reabilitação, entre outras, não constituem motivo de suspensão ou cessação do benefício da pessoa com deficiência. Atente-se ao fato de que não se menciona uma total recuperação e sim um desenvolvimento das capacidades cognitivas, motoras ou educacionais e a realização de atividades não remuneradas de habilitação e reabilitação, pois isso não significa que a pessoa não é deficiente, dessa forma não pode ser motivo para a suspensão ou cessação do BPC a pessoa com deficiência. § 4º A cessação do benefício de prestação continuada concedido à pessoa com deficiência não impede nova concessão do benefício, desde que atendidos os requisitos definidos em regulamento. Em concursos, muitas vezes, é cobrado de forma exemplificativa, então atente-se ao fato de que caso uma pessoa com deficiência receba o BPC e após algum tempo ela consiga um emprego e com ele a capacidade de se manter o benefício será suspenso, caso algum tempo depois essa pessoa deficiente volte a perder o emprego e volte a não ter como se manter e nem de ser mantido por sua família, ele poderá novamente requerer o BPC. Art. 21-A. O benefício de prestação continuada será suspenso pelo órgão concedente quando a pessoa com deficiência exercer atividade remunerada, inclusive na condição de microempreendedor individual. § 1o Extinta a relação trabalhista ou a atividade empreendedora de que trata o caput deste artigo e, quando for o caso, encerrado o prazo de pagamento do seguro- 71 desemprego e não tendo o beneficiário adquirido direito a qualquer benefício previdenciário, poderá ser requerida a continuidade do pagamento do benefício suspenso, sem necessidade de realização de perícia médica ou reavaliação da deficiência e do grau de incapacidade para esse fim, respeitado o período de revisão previsto no caput do art. 21. § 2o A contratação de pessoa com deficiência como aprendiz não acarreta a suspensão do benefício de prestação continuada, limitado a 2 (dois) anos o recebimento concomitante da remuneração e do benefício. Em relação ao artigo 21 é importante ressaltar que: Caso a pessoa deficiente trabalhe mesmo que seja por conta própria como micro -empreendedor individual- MEI o benefício será suspenso; O estagiário que recebe remuneração e BPC pode acumular, entretanto apenas por até 2 anos, se o seu estágio remunerado for superior a esse período o benefício será suspenso. SEÇÃO II Dos Benefícios Eventuais Art. 22. Entendem-se por benefícios eventuais as provisões suplementares e provisórias que integram organicamente as garantias do Suas e são prestadas aos cidadãos e às famílias em virtude de nascimento, morte, situações de vulnerabilidade temporária e de calamidade pública. § 1o A concessão e o valor dos benefícios de que trata este artigo serão definidos pelos Estados, Distrito Federal e Municípios e previstos nas respectivas leis orçamentárias anuais, com base em critérios e prazos definidos pelos respectivos Conselhos de Assistência Social. § 2o O CNAS, ouvidas as respectivas representações de Estados e Municípios dele participantes, poderá propor, na medida das disponibilidades orçamentárias das 3 72 (três) esferas de governo, a instituição de benefícios subsidiários no valor de até 25% (vinte e cinco por cento) do salário-mínimo para cada criança de até 6 (seis) anos de idade. § 3o Os benefícios eventuais subsidiários não poderão ser cumulados com aqueles instituídos pelas Leis n° 10.954, de 29 de setembro de 2004, e n° 10.458 de 14 de maio de 2002. Em relação ao artigo 22 é necessário destacar os pontos mais cobrado em concursos que são: Os benefícios eventuais resumem-se basicamente aos que são prestados à população nas situações de: Morte, Nascimento e Calamidade Pública; O valor dos benefícios eventuais deve estar inserido nas leis orçamentárias dos Estados, Municípios e Distrito Federal. SEÇÃO III Dos Serviços Art. 23. Entendem-se por serviços socioassistenciais as atividades continuadas que visem à melhoria de vida da população e cujas ações, voltadas para as necessidades básicas, observem os objetivos, princípios e diretrizes estabelecidos nesta Lei. § 1o O regulamento instituirá os serviços socioassistenciais § 2o Na organização dos serviços da assistência social serão criados programas de amparo, entre outros: I - às crianças e adolescentes em situação de risco pessoal e social, em cumprimento ao disposto no art. 227 da Constituição Federal e na Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente); II - às pessoas que vivem em situação de rua. Em relação ao Artigo 23 é importante destacar que: 73 Os serviços socioassistenciais devem prestado por meio de atividades CONTINUADAS que visem à melhoria de vida da população e cujas ações, voltadas para as necessidades básicas De acordo com o Art. 227: “É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”. Dessa forma nas organizações dos serviços da assistência social em programas de apoio às crianças e adolescentes em situação de risco pessoal e social devem objetivar o que está posto nesse artigo; As pessoas em situação de rua também têm direito aos serviços socioassistenciais. SEÇÃO IV Dos Programas de Assistência Social Art. 24. Os programas de assistência social compreendem ações integradas e complementares com objetivos, tempo e área de abrangência definidos para qualificar, incentivar e melhorar os benefícios e os serviços assistenciais. § 1º Os programas de que trata este artigo serão definidos pelos respectivos Conselhos de Assistência Social, obedecidos os objetivos e princípios que regem esta lei, com prioridade para a inserção profissional e social. § 2o Os programas voltados para o idoso e a integração da pessoa com deficiência serão devidamente articulados com o benefício de prestação continuada estabelecido no art. 20 desta Lei. O artigo 24 menciona os programas de assistência social, e desse programa é importante que as seguintes características sejam aprendidas que são: Eles são ações INTEGRADAS; 74 Eles são ações COMPLEMENTARES; Eles têm área de Abrangência (nacional, estadual, municipal etc.); Eles têm TEMPO DEFINIDO: ou seja, os programas não são para sempre, eles têm o tempo de começar e também a previsão para sua finalização; Eles têm Objetivos Definidos: os programas têm metas a serem cumpridos, objetivos a serem alcançados, esses em sua finalização servem como parâmetro para análise dos resultados; Eles têm PRINCÍPIOS que os norteiam; Os conselhos de assistência social são os que definem esses programas; Os programas voltados para o idoso e a integração da pessoa com deficiência serão devidamentearticulados com o benefício de prestação continuada. Art. 24-A. Fica instituído o Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (Paif), que integra a proteção social básica e consiste na oferta de ações e serviços socioassistenciais de prestação continuada, nos Cras, por meio do trabalho social com famílias em situação de vulnerabilidade social, com o objetivo de prevenir o rompimento dos vínculos familiares e a violência no âmbito de suas relações, garantindo o direito à convivência familiar e comunitária. Parágrafo único. Regulamento definirá as diretrizes e os procedimentos do Paif. Art. 24-B. Fica instituído o Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (Paefi), que integra a proteção social especial e consiste no apoio, orientação e acompanhamento a famílias e indivíduos em situação de ameaça ou violação de direitos, articulando os serviços socioassistenciais com as diversas políticas públicas e com órgãos do sistema de garantia de direitos. Parágrafo único. Regulamento definirá as diretrizes e os procedimentos do Paefi. É muito comum em concursos de serviço social serem cobrados o PAIF e o PAEFI, as bancas, muitas vezes, tentam confundir o candidato trazendo características de um para o outro, caro concurseiro de serviço social faremos aqui uma pequena síntese para que você não erre mais esse tema. 75 PAIF PAEFI Faz parte da proteção social BÁSICA; Oferta de ações e serviços socioassistenciais de prestação continuada; É executado pelo CRAS; Realiza o trabalho social com famílias em situação de vulnerabilidade social; Trabalha visando PREVENIR a violação de direitos; Trabalha visando garantir o direito a CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA. Faz parte da proteção social ESPECIAL (média e alta complexidade); Consiste em: Apoio, Orientação, Acompanhamento às famílias e indivíduos em situação de ameaça ou violação de direitos, articulando os serviços socioassistenciais. Trabalha com ACOMPANHAMENTO; É executado pelo CREAS Art. 24-C. Fica instituído o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), de caráter intersetorial, integrante da Política Nacional de Assistência Social, que, no âmbito do Suas, compreende transferências de renda, trabalho social com famílias e oferta de serviços socioeducativos para crianças e adolescentes que se encontrem em situação de trabalho. § 1o O Peti tem abrangência nacional e será desenvolvido de forma articulada pelos entes federados, com a participação da sociedade civil, e tem como objetivo contribuir para a retirada de crianças e adolescentes com idade inferior a 16 (dezesseis) anos em situação de trabalho, ressalvada a condição de aprendiz, a partir de 14 (quatorze) anos. 76 § 2o As crianças e os adolescentes em situação de trabalho deverão ser identificados e ter os seus dados inseridos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), com a devida identificação das situações de trabalho infantil. O PETI também um programa da assistência social que é bastante cobrado em concursos, em relação a esse programa é necessário aprender que: O que é considerado trabalho infantil? Trabalho realizado por menores de 16 anos, exceto se for na condição de menor aprendiz que pode ocorrer a partir dos 14 anos. O que ocorre com quem é retirado do trabalho infantil? Os mesmos são cadastrados na CadÚnico e o tipo de trabalho que eles executavam também deve contar entre suas informações. Qual a abrangência do Peti? Sua abrangência é nacional e deve ser realizado de forma articulada entre todos os entes federados. O que esse programa compreende? Compreende transferências de renda, trabalho social com famílias e oferta de serviços socioeducativos para crianças e adolescentes que se encontrem em situação de trabalho. SEÇÃO V Dos Projetos de Enfrentamento da Pobreza Art. 25. Os projetos de enfrentamento da pobreza compreendem a instituição de investimento econômico-social nos grupos populares, buscando subsidiar, financeira e tecnicamente, iniciativas que lhes garantam meios, capacidade produtiva e de gestão para melhoria das condições gerais de subsistência, elevação do padrão da qualidade de vida, a preservação do meio-ambiente e sua organização social. 77 O artigo 26 menciona a proposta da lei em incentivar o empoderamento dos sujeitos, que é permitir que esses tenham todas as condições necessárias para o seu pleno desenvolvimento, as políticas sociais devem visar isso. Os projetos de enfreamento a pobreza devem objetivar esse empoderamento de quem por ele é atendido, esses projetos devem ter recursos e investimentos econômico-social, buscando como menciona o artigo “subsidiar, financeira e tecnicamente, iniciativas que lhes garantam meios, capacidade produtiva e de gestão para melhoria das condições gerais de subsistência, elevação do padrão da qualidade de vida, a preservação do meio- ambiente e sua organização social”. Art. 26. O incentivo a projetos de enfrentamento da pobreza assentar-se-á em mecanismos de articulação e de participação de diferentes áreas governamentais e em sistema de cooperação entre organismos governamentais, não governamentais e da sociedade civil. O artigo 26 vem explicitar a participação de toda sociedade, de forma geral, nos programas de enfreamento a pobreza, ou seja, os projetos de enfrentamento a pobreza visam a cooperação entre todos, sejam eles organismos governamentais, não governamentais e da sociedade civil. CAPÍTULO V Do Financiamento da Assistência Social Art. 27. Fica o Fundo Nacional de Ação Comunitária (Funac), instituído pelo Decreto nº 91.970, de 22 de novembro de 1985, ratificado pelo Decreto Legislativo nº 66, de 18 de dezembro de 1990, transformado no Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS). De acordo com o Decreto n° 91.970 o FNAS tem como objetivo “proporcionar recursos para cofinanciar gestão, serviços, programas, projetos e benefícios de assistência social”. 78 Art. 28. O financiamento dos benefícios, serviços, programas e projetos estabelecidos nesta lei far-se-á com os recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, das demais contribuições sociais previstas no art. 195 da Constituição Federal, além daqueles que compõem o Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS). § 1o Cabe ao órgão da Administração Pública responsável pela coordenação da Política de Assistência Social nas 3 (três) esferas de governo gerir o Fundo de Assistência Social, sob orientação e controle dos respectivos Conselhos de Assistência Social. § 2º O Poder Executivo disporá, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias a contar da data de publicação desta lei, sobre o regulamento e funcionamento do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS). § 3o O financiamento da assistência social no Suas deve ser efetuado mediante cofinanciamento dos 3 (três) entes federados, devendo os recursos alocados nos fundos de assistência social ser voltados à operacionalização, prestação, aprimoramento e viabilização dos serviços, programas, projetos e benefícios desta política. O artigo 28 menciona o artigo 195 da Constituição Federal de 1988, esse é o artigo que trata sobre a seguridade social e de acordo com ele: Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; 79 b) a receita ou o faturamento;c) o lucro; II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201; III - sobre a receita de concursos de prognósticos. IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. § 1º - As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União. § 2º A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus recursos. § 3º A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabelecido em lei, não poderá contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios. § 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I. § 5º Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total. § 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, "b". 80 § 7º São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei. § 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos termos da lei. § 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo poderão ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão-de obra, do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho. § 10. A lei definirá os critérios de transferência de recursos para o sistema único de saúde e ações de assistência social da União para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e dos Estados para os Municípios, observada a respectiva contrapartida de recursos. § 11. É vedada a concessão de remissão ou anistia das contribuições sociais de que tratam os incisos I, a, e II deste artigo, para débitos em montante superior ao fixado em lei complementar. § 12. A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as contribuições incidentes na forma dos incisos I, b; e IV do caput, serão não-cumulativas. § 13. Aplica-se o disposto no § 12 inclusive na hipótese de substituição gradual, total ou parcial, da contribuição incidente na forma do inciso I, a, pelo incidente sobre a receita ou o faturamento. Art. 29. Os recursos de responsabilidade da União destinados à assistência social serão automaticamente repassados ao Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS), à medida que se forem realizando as receitas. 81 Parágrafo único. Os recursos de responsabilidade da União destinados ao financiamento dos benefícios de prestação continuada, previstos no art. 20, poderão ser repassados pelo Ministério da Previdência e Assistência Social diretamente ao INSS, órgão responsável pela sua execução e manutenção. O artigo 29 tem pouca recorrência em concurso, desse artigo apenas é necessário saber que os recursos da união que são destinados à assistência social serão automaticamente repassados ao Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS), e que esses recursos forem destinados ao pagamento do BPC o Ministério da Previdência e Assistência Social poderá passar diretamente ao INSS. Art. 30. É condição para os repasses, aos Municípios, aos Estados e ao Distrito Federal, dos recursos de que trata esta lei, a efetiva instituição e funcionamento de: I - Conselho de Assistência Social, de composição paritária entre governo e sociedade civil; II - Fundo de Assistência Social, com orientação e controle dos respectivos Conselhos de Assistência Social; III - Plano de Assistência Social. Parágrafo único. É, ainda, condição para transferência de recursos do FNAS aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios a comprovação orçamentária dos recursos próprios destinados à Assistência Social, alocados em seus respectivos Fundos de Assistência Social, a partir do exercício de 1999. Em síntese o artigo 29 aborda os 4 itens necessários para que os Municípios, aos Estados e ao Distrito Federal recebam os recursos e eles são: Conselho de Assistência Social: esse é necessário para que haja uma gestão democrática, dessa forma é necessário que tanto o governo quanto a sociedade civil participem. Plano de Assistência Social: é necessário para que haja um planejamento nas ações que serão executadas, para que se discriminem quais recursos serão 82 necessários, o que se pretende alcançar. Fundo de Assistência Social: é necessário para que receba os recursos e nesse é necessário o controle do conselho; Alocação de recursos próprio: é necessário que o ente federado que queira receber os recursos disponha também de recursos próprio para investir, ou seja, ambos devem financiar. Art. 30-A. O cofinanciamento dos serviços, programas, projetos e benefícios eventuais, no que couber, e o aprimoramento da gestão da política de assistência social no Suas se efetuam por meio de transferências automáticas entre os fundos de assistência social e mediante alocação de recursos próprios nesses fundos nas 3 (três) esferas de governo. Parágrafo único. As transferências automáticas de recursos entre os fundos de assistência social efetuadas à conta do orçamento da seguridade social, conforme o art. 204 da Constituição Federal, caracterizam-se como despesa pública com a seguridade social, na forma do art. 24 da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000. Art. 30-B. Caberá ao ente federado responsável pela utilização dos recursos do respectivo Fundo de Assistência Social o controle e o acompanhamento dos serviços, programas, projetos e benefícios, por meio dos respectivos órgãos de controle, independentemente de ações do órgão repassador dos recursos. Art. 30-C. A utilização dos recursos federais descentralizados para os fundos de assistência social dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal será declarada pelos entes recebedores ao ente transferidor, anualmente, mediante relatório de gestão submetido à apreciação do respectivo Conselho de Assistência Social, que comprove a execução das ações na forma de regulamento. 83 Parágrafo único. Os entes transferidores poderão requisitar informações referentes à aplicação dos recursos oriundos do seu fundo de assistência social, para fins de análise e acompanhamento de sua boa e regular utilização. Em relação aos artigos 30-A, 30-B, 30-C, é necessário destacar que: O ente federado que estiver utilizado recursos do FNAS deverá CONTROLAR e ACOMPANHAR os serviços, programas, projetos e benefícios através dos órgãos de controle. Quem recebe os recursos federais, sejam os municípios ou os Estados, devem declarar como esses recursos foram utilizados, e isso é feito através de um relatório para o ente transferidor e o conselho deve aprovar esse relatório. CAPÍTULO VI Das Disposições Gerais e Transitórias ATENÇÃO!!! Os artigos a seguir, de modo geral, não são cobrados em concursos, e nem são objetos de comentários, pois tratam apenasdo que é necessário e de prazos para que a lei entre em vigor, entretanto optamos por não o retirar da apostila, apenas para título de conhecimento. Art. 31. Cabe ao Ministério Público zelar pelo efetivo respeito aos direitos estabelecidos nesta lei. Art. 32. O Poder Executivo terá o prazo de 60 (sessenta) dias, a partir da publicação desta lei, obedecidas as normas por ela instituídas, para elaborar e encaminhar projeto de lei dispondo sobre a extinção e reordenamento dos órgãos de assistência social do Ministério do Bem-Estar Social. § 1º O projeto de que trata este artigo definirá formas de transferências de benefícios, serviços, programas, projetos, pessoal, bens móveis e imóveis para a esfera municipal. 84 § 2º O Ministro de Estado do Bem-Estar Social indicará Comissão encarregada de elaborar o projeto de lei de que trata este artigo, que contará com a participação das organizações dos usuários, de trabalhadores do setor e de entidades e organizações de assistência social. Art. 33. Decorrido o prazo de 120 (cento e vinte) dias da promulgação desta lei, fica extinto o Conselho Nacional de Serviço Social (CNSS), revogando-se, em consequência, os Decretos-Lei n°s 525, de 1° de julho de 1938, e 657, de 22 de julho de 1943. § 1º O Poder Executivo tomará as providências necessárias para a instalação do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) e a transferência das atividades que passarão à sua competência dentro do prazo estabelecido no caput, de forma a assegurar não haja solução de continuidade. § 2º O acervo do órgão de que trata o caput será transferido, no prazo de 60 (sessenta) dias, para o Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), que promoverá, mediante critérios e prazos a serem fixados, a revisão dos processos de registro e certificado de entidade de fins filantrópicos das entidades e organização de assistência social, observado o disposto no art. 3º desta lei. Art. 34. A União continuará exercendo papel supletivo nas ações de assistência social, por ela atualmente executadas diretamente no âmbito dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, visando à implementação do disposto nesta lei, por prazo máximo de 12 (doze) meses, contados a partir da data da publicação desta lei. Art. 35. Cabe ao órgão da Administração Pública Federal responsável pela coordenação da Política Nacional de Assistência Social operar os benefícios de prestação continuada de que trata esta lei, podendo, para tanto, contar com o concurso de outros órgãos do Governo Federal, na forma a ser estabelecida em regulamento. Parágrafo único. O regulamento de que trata o caput definirá as formas de comprovação do direito ao benefício, as condições de sua suspensão, os procedimentos em casos de curatela e tutela e o órgão de credenciamento, de pagamento e de fiscalização, dentre outros aspectos. 85 Art. 36. As entidades e organizações de assistência social que incorrerem em irregularidades na aplicação dos recursos que lhes foram repassados pelos poderes públicos terão a sua vinculação ao Suas cancelada, sem prejuízo de responsabilidade civil e penal. Art. 37. O benefício de prestação continuada será devido após o cumprimento, pelo requerente, de todos os requisitos legais e regulamentares exigidos para a sua concessão, inclusive apresentação da documentação necessária, devendo o seu pagamento ser efetuado em até quarenta e cinco dias após cumpridas as exigências de que trata este artigo. Parágrafo único. No caso de o primeiro pagamento ser feito após o prazo previsto no caput, aplicar-se-á na sua atualização o mesmo critério adotado pelo INSS na atualização do primeiro pagamento de benefício previdenciário em atraso. Art. 39. O Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), por decisão da maioria absoluta de seus membros, respeitados o orçamento da seguridade social e a disponibilidade do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS), poderá propor ao Poder Executivo a alteração dos limites de renda mensal per capita definidos no § 3º do art. 20 e caput do art. 22. Art. 40. Com a implantação dos benefícios previstos nos arts. 20 e 22 desta lei, extinguem-se a renda mensal vitalícia, o auxílio-natalidade e o auxílio-funeral existentes no âmbito da Previdência Social, conforme o disposto na Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991. § 1° A transferência dos beneficiários do sistema previdenciário para a assistência social deve ser estabelecida de forma que o atendimento à população não sofra solução de continuidade. §2º É assegurado ao maior de setenta anos e ao inválido o direito de requerer a renda mensal vitalícia junto ao INSS até 31 de dezembro de 1995, desde que atenda, alternativamente, aos requisitos estabelecidos nos incisos I, II ou III do § 1º do art. 139 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8213cons.htm#art139§1i http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8213cons.htm#art139§1i http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8213cons.htm#art139§1i http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8213cons.htm#art139§1i 86 Art. 40-A. Os benefícios monetários decorrentes do disposto nos arts. 22, 24-C e 25 desta Lei serão pagos preferencialmente à mulher responsável pela unidade familiar, quando cabível. 87 QUESTÕES COMENTADAS DA LEI 8.742/93 QUESTÕES DA BANCA CEBRASPE 1. (MP/CE, 2020) Jaime, assistente social, trabalha em uma organização social da saúde (OSS), como celetista, e na secretaria estadual de saúde, como ocupante de cargo comissionado, exercendo papel importante na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS), como assessor do secretário de saúde. Na OSS, realiza atendimentos e estudos sociais de indivíduos e famílias que acessam o serviço, tais como a do Sr. Ângelo, de sessenta e oito anos de idade, solteiro, com sequelas motoras ocasionadas por acidente automobilístico, que o impossibilitou de manter a atividade laboral que exercia, de marceneiro. O idoso reside em imóvel alugado por R$ 700, com sua neta — Alice, de vinte anos de idade, estudante, que, há cerca de seis meses, iniciou um estágio supervisionado remunerado de R$ 650 — e nunca contribuiu para a previdência social. Atualmente, sua renda familiar origina-se apenas da remuneração recebida pela neta. Jaime deverá orientar o Sr. Ângelo quanto ao benefício assistencial de prestação continuada a que tem direito, já que é uma pessoa idosa com mais de sessenta e cinco anos de idade. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: CERTO. Conforme o Art.20 da lei 8.742/93 “O benefício de prestação continuada é a garantia de um salário-mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção nem de tê-la provida por sua família”, o Sr. Ângelo se enquadra nesses critérios. 2. (TJ/AM, 2019) A Lei Orgânica da Assistência Social institui o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), cujo objetivo é retirar da situação de trabalho crianças e adolescentes com idade inferior a dezesseis anos. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: CERTO. Conforme o Art.24-C, da Lei 8.742/93, §1° ‘’O Peti tem abrangência nacional e será desenvolvido de forma articulada pelos entes federados, com a participação da sociedade civil, e tem como objetivo contribuir para a retirada de 88 crianças e adolescentes com idade inferior a 16 (dezesseis) anos em situação de trabalho, ressalvada a condição de aprendiz, a partir de 14 (quatorze) anos’’. 3. (TJ/AM, 2019) Francisca, com sessenta anos de idade, trabalha como servidora pública da administração direta de Manaus e lá reside com seu esposo, Juarez, que tem sessenta e cinco anos de idade e é aposentado, e com seu neto, Antônio, de dezesseis anos de idade. O salário que Francisca recebe hoje é superior a dois saláriosmínimos e a aposentadoria do Juarez é de um salário mínimo. Considerando essa situação hipotética Juarez faz jus ao recebimento do benefício de prestação continuada (BPC), pago conforme os termos da Lei Orgânica da Assistência Social. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: ERRADO. Concurseiro, observe que existem três moradores nesta casa, sendo a renda familiar de 03 salários mínimos, dois referentes ao trabalho de Francisca e um referente a aposentadoria de Juarez, sendo assim a renda per capita familiar é se 01 salário-mínimo. Dessa forma a renda per capita dessa família ultrapassa a estabelecida pela LOAS. Conforme § 4o da LOAS o BPC também “não pode ser acumulado pelo beneficiário com qualquer outro no âmbito da seguridade social ou de outro regime, salvo os da assistência médica e da pensão especial de natureza indenizatória”, como Juarez recebe aposentadoria ele não pode. 4. (TJ/AM, 2019) O Conselho Nacional de Assistência Social, de composição paritária, tem caráter permanente e deliberativo, e suas decisões devem ser divulgadas no Diário Oficial da União. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: CERTO. Concurseiro, a LOAS (lei 8.742/93) dispõe sobre o Conselho Nacional de Assistência Social-CNAS, conforme o Art.17 desta legislação o CNAS é o “órgão superior de deliberação colegiada, vinculado à estrutura do órgão da Administração Pública Federal responsável pela coordenação da Política Nacional de Assistência Social”. O CNAS, assim como os conselhos estaduais, municipais e distritais de assistência social são instâncias deliberativas do Suas, de caráter permanente e composição paritária entre governo e sociedade civil. O Art.18 menciona as 89 competências do CNAS, dentre elas a de “divulgar, no Diário Oficial da União, todas as suas decisões, bem como as contas do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS) e os respectivos pareceres emitidos”. 5. (SLDU, 2019) Há princípios e diretrizes comuns à PNAS e à LOAS, porém a PNAS acrescenta como diretriz a centralidade na família. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: CERTO. Tanto na Lei Orgânica de Assistência Social – LOAS (Lei n.º 8.742/1993), quanto na Política Nacional de Assistência Social – PNAS (2005), são citados os mesmos princípios. Quanto às diretrizes, a PNAS difere da LOAS por acrescentar a centralidade na família para concepção e implementação dos benefícios, serviços, programas e projetos. 6. (HUB, 2018) Compete aos municípios executar projetos de enfrentamento da pobreza, incluindo parcerias com organizações da sociedade civil. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: CERTO. O Art.15 da LOAS, menciona as competências dos municípios, dentre elas está a de “executar os projetos de enfrentamento da pobreza, incluindo a parceria com organizações da sociedade civil”. 7. (HUB, 2018) Compete aos estados destinar recursos financeiros para custeio do pagamento do auxílio-natalidade e do auxílio-funeral, mediante critérios estabelecidos pelos conselhos estaduais de assistência social. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: ERRADO. De acordo com a LOAS, Art.14 e 15, efetuar o pagamento dos auxílios natalidade e funeral; é competência dos Municípios e do Distrito Federal. 8. (MPOG,2015) O benefício de prestação continuada (BPC) garante um salário mínimo mensal à pessoa com deficiência permanente ou ao idoso a partir dos sessenta anos de idade que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção, nem de tê- la provida por sua família; esse benefício é revisto a cada quatro anos, para que se possa reavaliar a continuidade das condições que lhe deram origem. 90 COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: ERRADO. De acordo com a Lei 8.742/93 LOAS, no artigo 20, que dispõe sobre o BPC é afirmado que “O benefício de prestação continuada é a garantia de um salário-mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção nem de tê-la provida por sua família”. Assim a questão erra ao mencionar que o benefício é devido a idosos a partir dos sessenta anos de idade. A Loas também menciona que se considera impedimento de longo prazo, para os fins do § 2°deste artigo, aquele que produza efeitos pelo prazo mínimo de 2 (dois) anos. No Art. 21, é afirmado que “O benefício de prestação continuada deve ser revisto a cada 2 (dois) anos para avaliação da continuidade das condições que lhe deram origem”. Assim a questão traz outro erro ao mencionar que o prazo de reavaliação do benefício é a cada quatro anos. Dessa forma a questão está errada. 9. (MPOG, 2015) O benefício eventual é a garantia de um salário mínimo, uma única vez, aos cidadãos e às famílias em virtude de nascimento, morte, situações de vulnerabilidade temporária e de calamidade pública. Esse valor poderá ser revisto com base nas leis orçamentárias e na arrecadação de estados e municípios, com a aprovação do conselho de assistência social local. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: ERRADO. De acordo com o Art.22 da Lei 8.412 os benefícios eventuais provisões suplementares e provisórias que integram organicamente as garantias do Suas e são prestadas aos cidadãos e às famílias em virtude de nascimento, morte, situações de vulnerabilidade temporária e de calamidade pública, a questão traz essa exata definição, o que a torna errada é afirmar que os benefícios eventuais são no valor de um salário mínimo, pois ainda de acordo com o Art. 22, a concessão e o valor dos benefícios de que trata serão definidos pelos Estados, Distrito Federal e Municípios e previstos nas respectivas leis orçamentárias anuais, com base em critérios e prazos definidos pelos respectivos Conselhos de Assistência Social. 10. (MPOG, 2015) É condição para os repasses dos recursos do financiamento da assistência social aos municípios, aos estados e ao Distrito Federal, a efetiva instituição 91 e funcionamento do Conselho de Assistência Social, do Fundo de Assistência Social, do Plano de Assistência Social, além da comprovação orçamentária dos recursos próprios destinados à assistência social. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: CERTO. De acordo com o Art.30 da Lei 8.742/93 (LOAS), é condição para os repasses, aos Municípios, aos Estados e ao Distrito Federal, dos recursos de que trata esta lei, a efetiva instituição e funcionamento de: Conselho de Assistência Social, de composição paritária entre governo e sociedade civil; Fundo de Assistência Social, com orientação e controle dos respectivos Conselhos de Assistência Social; Plano de Assistência Social. É, ainda, condição para transferência de recursos do FNAS aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios a comprovação orçamentária dos recursos próprios destinados à Assistência Social, alocados em seus respectivos Fundos de Assistência Social. 11. (STJ, 2015) Supremacia do atendimento das necessidades sociais; universalização dos direitos sociais; respeito à dignidade do cidadão; igualdade de direitos no acesso ao atendimento; e divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos assistenciais são princípios da Lei Orgânica de Assistência Social. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: CERTO. Na Lei 8.742/93, afirma-se que a assistência social rege-se pelos seguintes princípios: supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as exigências de rentabilidade econômica; (Perceba que esse princípio está citado na questão); universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação assistencial alcançável pelas demais políticas públicas; (Perceba que esse princípio está citado na questão); respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a benefícios e serviços de qualidade, bem como à convivência familiar e comunitária, 92 vedando-se qualquer comprovação vexatória de necessidade; (Perceba que esseprincípio está citado na questão); igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de qualquer natureza, garantindo-se equivalência às populações urbanas e rurais; divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos assistenciais, bem como dos recursos oferecidos pelo Poder Público e dos critérios para sua concessão (Perceba que esse princípio está citado na questão); 12. (DPU, 2016) Os direitos assistenciais têm características diferenciadas, pois asseguram prestação monetária continuada e caracterizam-se por ser um direito pessoal e intransferível, como, por exemplo, o benefício de prestação continuada. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: ERRADO. De acordo com o que está expresso na LOAS (Lei Orgânica da Assistência Social - Lei n. 8.742/1993) estão previstas duas formas de benefícios assistenciais: o BPC e os benefícios eventuais. Desta forma, em conformidade com a legislação supracitada, em seu Capítulo IV, que trata dos benefícios, dos serviços, dos programas e dos projetos de assistência social, tem-se na Seção I, o BPC, cujo caráter é sim de prestação monetária continuada, pessoal, intransferível, destinado a pessoas com deficiência ou idosos acima de 65 anos. Já na Seção II, no Art. 22, encontram-se os benefícios eventuais que são, conforme a legislação citada, provisões de caráter suplementar e provisório prestadas aos cidadãos em virtude de morte, nascimento, situações de vulnerabilidade temporária e calamidade pública. Nessa perspectiva, pode-se compreender que os benefícios assistenciais previstos na LOAS são distintos, já que nem todos asseguram, por exemplo, a prestação monetária. Vale salientar que a interpretação da questão leva a considerar "direitos assistenciais" enquanto "benefícios assistenciais" e que caberia recurso a mesma, já que os entendimentos podem ser variados e o termo não teve conceituação definida 13. (DPU, 2016) O benefício de prestação continuada constitui-se em benefício individual que exige comprovação de não possuir meios de garantia do próprio sustento nem tê-lo provido por sua família, e que dispensa a contribuição com a Previdência Social para acessá-lo. 93 COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: CERTO. Tal afirmação baseia-se no que está posto até no título da ordem social da Constituição Federal de 1988 e também na LOAS (Lei 8.742), em ambas afirma-se que o benefício de prestação continuada constitui-se em benefício individual que exige comprovação de não possuir meios de garantia do próprio sustento nem tê- lo provido por sua família, e que dispensa a contribuição com a Previdência Social para acessá-lo. 14. (EBSERH, 2018) A fixação das normas gerais, a coordenação e a execução dos programas de assistência social são competência das esferas federal, estadual e municipal, as quais devem atuar sob os princípios da descentralização político- administrativa da assistência social e da complementaridade. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: ERRADO. Concurseiro, essa questão tem dois erros, veja quais são: ERRO 1: De acordo com o Art.11, da Lei 8.742/93 (LOAS), as ações das três esferas de governo na área de assistência social realizam-se de forma articulada, cabendo a coordenação e as normas gerais à esfera federal e a coordenação e execução dos programas, em suas respectivas esferas, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios. Concurseiro perceba que segundo a lei a esfera FEDERAL não executa, ela apenas fixa as normas gerais e coordena, quem executa programas é os Estados, Distrito Federal e Municípios. ERRO 2: A questão menciona os princípios, todavia cita uma diretriz e também menciona “complementaridade”, palavra essa que em nenhum momento é citada na LOAS. De acordo com a LOAS os princípios são: supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as exigências de rentabilidade econômica; universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação assistencial alcançável pelas demais políticas públicas; respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a benefícios e serviços de qualidade, bem como à convivência familiar e comunitária, vedando-se qualquer comprovação vexatória de necessidade; 94 igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de qualquer natureza, garantindo-se equivalência às populações urbanas e rurais; divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos assistenciais, bem como dos recursos oferecidos pelo Poder Público e dos critérios para sua concessão. Perceba que em nenhum momento a questão menciona um desses princípios, estando assim totalmente errada. 15. (EBSERH, 2018) De acordo com a LOAS, a assistência social organiza-se em apenas dois tipos de proteção social: proteção social básica e proteção social especial. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: CERTO. De acordo com o Art.6-A, da Lei 8.742/93, a assistência social organiza-se pelos seguintes tipos de proteção: I - proteção social básica: conjunto de serviços, programas, projetos e benefícios da assistência social que visa a prevenir situações de vulnerabilidade e risco social por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisições e do fortalecimento de vínculos familiares e comunitários; II - proteção social especial: conjunto de serviços, programas e projetos que tem por objetivo contribuir para a reconstrução de vínculos familiares e comunitários, a defesa de direito, o fortalecimento das potencialidades e aquisições e a proteção de famílias e indivíduos para o enfrentamento das situações de violação de direitos. 16. (INSS, 2016) Caso uma pessoa com deficiência que receba BPC passe a exercer atividade remunerada na qualidade de microempreendedor individual, o órgão concedente desse benefício deverá suspendê-lo. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: CERTO. De acordo com o Art.21-A, da Lei 8.742/93, o benefício de prestação continuada será suspenso pelo órgão concedente quando a pessoa com deficiência exercer atividade remunerada, inclusive na condição de microempreendedor individual. 95 17. (MPU, 2013) A implantação da Lei Orgânica de Assistência Social acarretou a extinção de alguns benefícios existentes anteriormente no âmbito da previdência social, quais sejam: renda mensal vitalícia, auxílio-natalidade e auxílio-funeral. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: CERTO. De acordo com o Lei 8.742, Art.40, com a implantação dos benefícios previstos nos arts. 20 e 22 (BPC e Benefícios Eventuais) extinguem-se a renda mensal vitalícia, o auxílio-natalidade e o auxílio-funeral existentes no âmbito da Previdência Social. 18. (MPU, 2013) O Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, de caráter estritamente assistencial, visa promover a oferta de serviços socioeducativos a crianças e adolescentes com idade máxima de quatorze anos que foram retirados da situação de trabalho. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: ERRADO. De acordo com a lei 8.742/1993, o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil-PETI é de caráter intersetorial, integrante da Política Nacional de Assistência Social, que, no âmbito do Suas, compreende transferências de renda, trabalho social com famílias e oferta de serviços socioeducativos para crianças e adolescentes que se encontrem em situação de trabalho. O Peti tem abrangência nacional e será desenvolvido de forma articulada pelos entes federados, com a participação da sociedade civil, e tem como objetivo contribuir para a retirada de crianças e adolescentes com idade inferior a 16 (dezesseis) anos em situação de trabalho, ressalvada a condição de aprendiz, a partir de 14 (quatorze) anos. 19. (MPU, 2013) Caso o primeiro pagamento de um benefício previdenciário seja feito após o prazo estabelecido em lei, esse pagamento deverá ser atualizado com base em critérios do INSS, regra que não se aplica a benefíciode prestação continuada pertencente à assistência social. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: ERRADO. De acordo com o Decreto 6.214/2007, o Benefício de Prestação Continuada será devido com o cumprimento de todos os requisitos legais e regulamentares exigidos para a sua concessão, devendo o seu pagamento ser efetuado 96 em até quarenta e cinco dias após cumpridas as exigências. É afirmado ainda que para fins de atualização dos valores pagos em atraso, serão aplicados os mesmos critérios adotados pela legislação previdenciária. Na lei 8.742/93, em seu Art. 37, é afirmado também que “O benefício de prestação continuada será devido após o cumprimento, pelo requerente, de todos os requisitos legais e regulamentares exigidos para a sua concessão, inclusive apresentação da documentação necessária, devendo o seu pagamento ser efetuado em até quarenta e cinco dias após cumpridas as exigências de que trata este artigo. No caso de o primeiro pagamento ser feito após o prazo previsto no caput, aplicar-se-á na sua atualização o mesmo critério adotado pelo INSS na atualização do primeiro pagamento de benefício previdenciário em atraso (Art.37). 20. (SEPRO, 2013) A Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS) distingue o benefício assistencial destinado ao idoso daquele reservado à pessoa com deficiência, mesmo que nenhum deles consiga prover a própria manutenção nem tê-la atendida por sua família, uma vez que é exigida do primeiro grupo contribuição previdenciária de, no mínimo, dezoito meses. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO ERRADO. De acordo com o Art.20 da Lei 8.742/93, O benefício de prestação continuada é a garantia de um salário-mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção nem de tê-la provida por sua família, assim nesse artigo fica claro que a lei não faz diferenciação entre o idoso e a pessoa com deficiência que recebe o BPC. Outro erro da questão é mencionar que para o Idoso receber esse benefício, ele precisa contribuir, pois para o BPC não é necessário verter nenhuma contribuição à previdência social, tendo em vista que esse é um benefício Assistencial e não Previdenciário. 21. (DEPEN, 2013) A concessão do benefício de prestação continuada a pessoas com deficiência depende da prova da deficiência, confirmada unicamente pela perícia médica, que, de acordo com nova regulamentação, é procedimento diagnóstico absoluto de impedimentos físicos. COMENTÁRIO DA QUESTÃO 97 GABARITO: ERRADO. De acordo com a LOAS (Lei Orgânica da Assistência Social, Lei n. 8.742/93), quando alterada pela Lei n. 12.470/2011, em seu Art. 20, §2º, é considerada pessoa com deficiência para efeitos de concessão do benefício de prestação continuada (BPC) aquela que possui impedimentos de longo prazo, seja sensorial, mental, física e intelectual, e que impeçam e/ou dificultem sua participação plena e efetiva na sociedade. A LOAS ainda caracteriza o que seria impedimento de longo prazo neste mesmo Art. 20, §10, elucidando que é aquele impedimento que produza efeito pelo prazo mínimo de 2 (dois) anos. Ou seja, a deficiência pode ser algo reversível a longo prazo, mas mesmo assim a pessoa terá direito ao BPC. Além disso, com relação a concessão do benefício, a LOAS é bem clara ao apontar, ainda no Art. 20, §6º, que a mesma é composta por avaliação médica e avaliação social, realizadas por médicos peritos e por assistentes sociais do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), que avaliarão a deficiência e o grau de impedimento. 22. (DEPEN, 2013) Entidades de assessoramento prestam serviços e executam programas ou projetos voltados prioritariamente para o fortalecimento dos movimentos sociais e das organizações de usuários. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: CERTO. De acordo com o Art.3°, §2°, da lei 8.742/93, são de assessoramento aquelas que, de forma continuada, permanente e planejada, prestam serviços e executam programas ou projetos voltados prioritariamente para o fortalecimento dos movimentos sociais e das organizações de usuários, formação e capacitação de lideranças, dirigidos ao público da política de assistência social, nos termos desta Lei, e respeitadas as deliberações do CNAS. 23. (DEPEN, 2013) Entidades de atendimento prestam serviços, executam programas ou projetos e concedem benefícios de prestação social básica ou especial. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: CERTO. De acordo com o Art.3°, §1°, da lei 8.742/93, são de atendimento aquelas entidades que, de forma continuada, permanente e planejada, prestam serviços, executam programas ou projetos e concedem benefícios de prestação social básica ou especial, dirigidos às famílias e indivíduos em situações de vulnerabilidade ou 98 risco social e pessoal, nos termos desta Lei, e respeitadas as deliberações do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS). 24. (DEPEN-2013) Considere que uma pessoa portadora de necessidade especial que receba o benefício de prestação continuada (BPC/LOAS) tenha sido contratada, como aprendiz, para realização de atividade remunerada. Nessa situação, essa pessoa terá o benefício suspenso imediatamente devido a essa contratação. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: ERRADO. De acordo com a Lei 8.742/93, Art.21-A, § 2°, a contratação de pessoa com deficiência como aprendiz não acarreta a suspensão do benefício de prestação continuada, limitado a 2 (dois) anos o recebimento concomitante da remuneração e do benefício. Assim, a questão erra ao mencionar que o BPC será suspenso imediatamente devido a essa contratação. 25, (UNIPAMPA, 2013) O serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família, que consiste no apoio, orientação e acompanhamento das famílias e indivíduos em situação de ameaça ou violação de direitos, integra a proteção social especial. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: ERRADO. De acordo com o Art.24-A da Lei 8.742/93, fica instituído o Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (Paif), que integra a proteção social básica e consiste na oferta de ações e serviços socioassistenciais de prestação continuada, nos Cras, por meio do trabalho social com famílias em situação de vulnerabilidade social, com o objetivo de prevenir o rompimento dos vínculos familiares e a violência no âmbito de suas relações, garantindo o direito à convivência familiar e comunitária. Concurseiro, fique atento: A questão menciona o PAIF mas traz características do PAEFI. O PAEFI é o Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (Paefi), que integra a proteção social especial e consiste no apoio, orientação e acompanhamento a famílias e indivíduos em situação de ameaça ou violação de direitos, articulando os serviços socioassistenciais com as diversas políticas públicas e com órgãos do sistema de garantia de direitos. 99 26. (UNIPAMPA, 2013) Os conselhos de assistência social municipal, distrital, estadual e nacional, possuem caráter consultivo e formação tripartite, com participação de organismos governamentais, não governamentais e da sociedade civil. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: ERRADO. Concurseiro, a questão apresenta dois erros que são: O primeiro é afirmar que os conselhos têm caráter CONSULTIVO, quando na verdade, eles têm caráter DELIBERATIVO; O segundo erro é mencionar que a formação é TRIPARTITE, quando na LOAS menciona que é PARITÁRIA. No art.16, da Lei 8.742/93 é menciona que as instâncias deliberativas do Suas, de caráter permanente e composição paritária entre governo e sociedade civil, são: o Conselho Nacional de Assistência Social; os Conselhos Estaduais de Assistência Social; o Conselho de Assistência Social do Distrito Federal; os Conselhos Municipais de Assistência Social. 27. (TJ/AC-2012) O benefício de prestação continuada, vinculado à previdênciasocial, é a garantia de um salário mínimo mensal a todas as pessoas com deficiência moderada e grave e a todos os idosos a partir de sessenta anos. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: ERRADO. De acordo com o Art.20 da Lei 8.742/93, o benefício de prestação continuada é a garantia de um salário-mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção nem de tê-la provida por sua família. Assim, a questão erra ao mencionar que todas as pessoas com deficiência moderada e grave terão direito ao BPC, pois além da condição de pessoa com deficiência é necessário não ter condições de prover a própria manutenção nem de tê-la provida por sua família, a questão erra também ao informar a idade de todos os idosos a partir de sessenta anos fazem jus ao BPC, quando na verdade é a partir de sessenta e cinco anos. 28. (MPE/PI, 2012) O princípio da democratização, presente na Constituição Federal de 1988 (CF) e na Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS), materializa-se em 100 diferentes instâncias, inclusive na deliberativa, na qual estão incluídas as comissões intergestoras. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: ERRADO. O princípio da democratização, presente na Constituição Federal de 1988 e na LOAS (Lei Orgânica da Assistência Social, Le n. 8.742/1993), se materializa nas instâncias deliberativas, as quais são os Conselhos de Direitos, e nas instâncias de negociação e pactuação, as quais são as Comissões Intergestoras. As Comissões Intergestoras (bipartite e tripartite) são instâncias de negociação e pactuação dos aspectos operacionais da gestão do SUAS (Sistema Único de Assistência Social), ou seja, não são espaços de deliberação, mas sim asseguram a negociação e o acordo entre os gestores envolvidos. As instâncias deliberativas do SUAS, as quais possuem caráter permanente e composição paritária entre governo e sociedade civil, conforme o expresso na LOAS, em seu Art. 14, e respectivos incisos, são: O Conselho Nacional de Assistência Social; Os Conselhos Estaduais de Assistência Social; O Conselho de Assistência Social do Distrito Federal; Os Conselhos Municipais de Assistência Social. Assim, esses Conselhos, instâncias deliberativas, são os que além de deliberarem, formulam, fiscalizam, avaliam e controlam a Política de Assistência Social, em suas respectivas esferas. Portanto, a assertiva está errada. 29. (MPE/PI, 2012) A gestão financeira da assistência social se efetiva por meio de fundos geridos pelos próprios conselhos de assistência espalhados pelo país. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: ERRADO. A assertiva acima está errada pois conforme nos informa a Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS - Lei 8.742/1993), no Capítulo V que versa acerca do financiamento da Assistência Social, no § 1º encontra-se disposto que é de incumbência da Administração Pública nas três esferas de governo (municipal, estadual, federal) que coordena a Política de Assistência Social gerir também o Fundo de Assistência Social. No que se refere aos Conselhos de Assistência Social, estes são instâncias deliberativas e participativas e atuarão de forma a controlar e orientar aqueles entes na gestão do Fundo. Portanto, não é de responsabilidade dos Conselhos de Assistência Social gerir o Fundo de Assistência Social e sim da Administração Pública em cada esfera de governo. 101 30. (INSS, 2016) Situação hipotética: O CNAS, por decisão da maioria simples de seus membros, aprovou a proposição, ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, de alteração dos limites de repasse mensal dos benefícios previstos em lei. Assertiva: Nessa situação, a aprovação da proposição ocorreu em conformidade com o que estabelece a Lei n.º 8.742/1993. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: ERRADO. De acordo com o artigo 6°-E da LOAS “Os recursos do cofinanciamento do Suas, destinados à execução das ações continuadas de assistência social, poderão ser aplicados no pagamento dos profissionais que integrarem as equipes de referência, responsáveis pela organização e oferta daquelas ações, conforme percentual apresentado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e aprovado pelo CNAS”. 31. (INSS, 2016) Os conselhos estaduais de assistência social e os conselhos municipais de assistência social, instâncias deliberativas do SUAS, têm caráter permanente e composição paritária entre governo e sociedade civil. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: CERTO. A resposta baseia-se no Art. 16 da LOAS que afirma que “As instâncias deliberativas do Suas, de caráter permanente e composição paritária entre governo e sociedade civil, são: I - o Conselho Nacional de Assistência Social; II - os Conselhos Estaduais de Assistência Social; III - o Conselho de Assistência Social do Distrito Federal; IV - os Conselhos Municipais de Assistência Social. 32. (INSS, 2016) O CNAS, instância responsável pela coordenação da PNAS, é presidido alternadamente pelo(a) ministro(a) da previdência social e por um representante eleito da sociedade civil, sendo de dois anos o mandato do seu presidente, permitida a recondução. COMENTÁRIO DA QUESTÃO 102 GABARITO: ERRADO. De acordo com a LOAS o CNAS é presidido por um de seus membros, para mandato de 1 ano sendo admitida uma recondução. Não existe essa exigência de Ministro de Estado. O mandato do presidente é de 1 ano, podendo ser reconduzido apenas uma vez. O artigo n° 17 aborda esse tema e segundo ele: “Fica instituído o Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), órgão superior de deliberação colegiada, vinculado à estrutura do órgão da Administração Pública Federal responsável pela coordenação da Política Nacional de Assistência Social, cujos membros, nomeados pelo Presidente da República, têm mandato de 2 (dois) anos, permitida uma única recondução por igual período. § 2º O Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) é presidido por um de seus integrantes, eleito dentre seus membros, para mandato de 1 (um) ano, permitida uma única recondução por igual período”. 33. (INSS, 2016) O CNAS tem caráter paritário: metade dos seus membros são representantes governamentais e a outra metade é composta por representantes da sociedade civil. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: CERTO. De acordo com o Art.16 da LOAS o CNAS tem caráter permanente e composição paritária, tendo 18 membros, sendo 09 representantes da sociedade civil e 09 representantes governamentais. 34. (INSS, 2016) Compete ao CNAS aprovar a PNAS, assim como convocar, ordinariamente, a cada quatro anos, a conferência nacional de assistência social, que terá a atribuição de avaliar a situação da assistência social e propor diretrizes para o aperfeiçoamento do sistema. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: CERTO. De acordo com o Art.18 da LOAS “Compete ao Conselho Nacional de Assistência Social “a partir da realização da II Conferência Nacional de Assistência Social em 1997, convocar ordinariamente a cada quatro anos a Conferência Nacional de Assistência Social, que terá a atribuição de avaliar a situação da assistência social e propor diretrizes para o aperfeiçoamento do sistema”. 103 QUESTÕES DA BANCA VUNESP 1. (Pref. Valinhos, 2019) O direito à Assistência Social é recente na história do Brasil. A Constituição de 1988, chamada de Constituição Cidadã, confere, pela primeira vez, a condição de política pública à assistência social. A promulgação da Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), Lei n° 8.742/1993, estabelece normas e critérios para organização da assistência social, que é um direito, e este exige definição de normas e critérios objetivos. Dentre as diretrizes estabelecidas na LOAS (art. 5), destaca-se (A) a supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as exigências de rentabilidade econômica. (B) universalização dosdireitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação assistencial alcançável pelas demais políticas públicas. (C) participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis. (D) respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a benefícios e serviços de qualidade, vedando-se qualquer comprovação vexatória de necessidade. (E) igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de qualquer natureza, garantindo-se equivalência às populações urbanas e rurais. COMENTÁRIO DA QUESTÃO Gabarito: C. De acordo com a lei n° 8.742/1993, art. 5°, a organização da assistência social tem como base as seguintes diretrizes: descentralização político-administrativa para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e comando único das ações em cada esfera de governo; participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis; primazia da responsabilidade do Estado na condução da política de assistência social em cada esfera de governo. 104 2. (Pref. Serrana, 2018) De acordo com o artigo 2º da Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), esta política tem por objetivos a proteção social, a vigilância socioassistencial e a defesa de direitos. No parágrafo único do referido artigo, a LOAS estabelece que para o enfrentamento da pobreza, a assistência social deve realizar-se de forma integrada às políticas setoriais, promovendo a universalização dos direitos sociais e garantindo, mínimos sociais e provimento de condições para atender (A) metas setoriais. (B) segmentos específicos. (C) contingências sociais. (D) demandas genéricas (E) diretrizes governamentais. COMENTÁRIO DA QUESTÃO Gabarito: C. De acordo com a lei n° 8.742/1993, art. 2°, parágrafo único para o enfrentamento da pobreza, a assistência social realiza-se de forma integrada às políticas setoriais, garantindo mínimos sociais e provimento de condições para atender contingências sociais e promovendo a universalização dos direitos sociais. 3. (Pref. Guararapes, 2018) A assistência social está prevista na Constituição da República como parte integrante de um conjunto de ações como a saúde e a previdência, conjunto esse denominado seguridade social. A Lei nº 8.742/1993 – Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) dá densidade normativa ao direito fundamental à assistência social, sendo que, do ponto de vista formal e legal, as pessoas em situação de vulnerabilidade e risco social têm a devida proteção. De acordo com o parágrafo único do art. 2º da LOAS, com redação dada pela Lei nº 12.435/2011, para o enfrentamento da pobreza, garantindo mínimos sociais e provimento de condições para atender contingências sociais e promovendo a universalização dos direitos sociais, a assistência social realiza-se de forma (A) centralizada com gestão tripartite. 105 (B) focalizada e com caráter contributivo. (C) integrada às políticas setoriais (D) planejada pelas entidades de assistência social. (E) adequada em todo o território nacional. COMENTÁRIO DA QUESTÃO Gabarito: C. De acordo com a lei n° 8.742/1993, art. 2°, parágrafo único para o enfrentamento da pobreza, a assistência social realiza-se de forma integrada às políticas setoriais, garantindo mínimos sociais e provimento de condições para atender contingências sociais e promovendo a universalização dos direitos sociais. 4. (Pref. Guararapes, 2018) O SUAS organiza a oferta de programas, serviços, projetos e benefícios, assegurando comando único em cada esfera. Entre os seus objetivos estão: gestão e organização das ofertas da Assistência Social; cooperação técnica e corresponsabilidade dos entes na gestão, organização e financiamento; integração entre rede pública e rede privada; gestão do trabalho e educação permanente na assistência social; gestão integrada de serviços e benefícios; vigilância social e Gabarito: B. De acordo com a lei n° 8.742/1993, art. 6° a gestão das ações na área de assistência social fica organizada sob a forma de sistema descentralizado e participativo, denominado Sistema Único de Assistência Social (Suas), com os seguintes objetivos: consolidar a gestão compartilhada, o cofinanciamento e a cooperação técnica entre os entes federativos que, de modo articulado, operam a proteção social não contributiva; integrar a rede pública e privada de serviços, programas, projetos e benefícios de assistência social, na forma do art. 6o-C; estabelecer as responsabilidades dos entes federativos na organização, regulação, manutenção e expansão das ações de assistência social; definir os níveis de gestão, respeitadas as diversidades regionais e municipais; 106 implementar a gestão do trabalho e a educação permanente na assistência social; estabelecer a gestão integrada de serviços e benefícios; e afiançar a vigilância socioassistencial e a garantia de direitos. 5. (Pref. Itapevi, 2019) A passagem da assistência entendida a partir da lógica da caridade para a lógica do direito, como política não contributiva, tem como marco legal a Constituição Federal de 1988. Ao ser elevada ao status de política pública, coube à Assistência Social a tarefa de promover o acesso dos destinatários da ação assistencial às demais políticas sociais. Tal tarefa está expressa na Lei Orgânica da Assistência Social (Lei n° 8.742/93 – art. 4°, II), como um dos princípios que regem a assistência social, qual seja, a (A) universalização dos direitos sociais. (B) descentralização político-administrativa. (C) participação representativa da população. (D) primazia da responsabilidade do Estado. (E) execução das políticas sociais públicas. COMENTÁRIO DA QUESTÃO Gabarito: A. De acordo com a lei n° 8.742/1993, art. 4°, a assistência social rege-se pelos seguintes princípios: supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as exigências de rentabilidade econômica; universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação assistencial alcançável pelas demais políticas públicas; respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a benefícios e serviços de qualidade, bem como à convivência familiar e comunitária, vedando-se qualquer comprovação vexatória de necessidade; 107 igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de qualquer natureza, garantindo-se equivalência às populações urbanas e rurais; divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos assistenciais, bem como dos recursos oferecidos pelo Poder Público e dos critérios para sua concessão. 6. (Pref. Serrana, 2018) Todos os direitos de proteção social de assistência social consagrados em Lei para todos”. Este é o primeiro dos dez direitos socioassistenciais. Significa que a assistência social deve garantir que todos usufruam, com dignidade e respeito, dos direitos assegurados pelo ordenamento jurídico brasileiro à proteção social (A) suplementar. (B) não contributiva. (C) seletiva. (D) genérica. (E) plena. COMENTÁRIO DA QUESTÃO Gabarito: B. De acordo com a lei n° 8.742/1993, art. 1°, a assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é Política de Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas. 7. (Pref. Serrana, 2018) De acordo com previsões contidas na Lei Orgânica de Assistência Social – LOAS, para garantir o atendimento às necessidades básicas, a assistência social deve ser realizada por meio de um conjunto integrado de ações de iniciativa públicae da sociedade. Ainda de acordo com a LOAS, artigo 3º consideram-se entidades e organizações de assistência social aquelas sem fins lucrativos que, isolada ou cumulativamente, prestam atendimento, assessoramento e (A) consultoria. 108 (B) atenção psicossocial. (C) defesa e garantia de direitos. (D) inserção no mercado de trabalho. (E) monitoramento e encaminhamento. COMENTÁRIO DA QUESTÃO Gabarito: C. De acordo com a lei n° 8.742/1993, art. 3°, consideram-se entidades e organizações de assistência social aquelas sem fins lucrativos que, isolada ou cumulativamente, prestam atendimento e assessoramento aos beneficiários abrangidos por esta Lei, bem como as que atuam na defesa e garantia de direitos. 8. (Pref. Serrana, 2018) A implementação do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) é um marco fundamental na regulamentação da Política de Assistência Social e determinante para o seu reconhecimento como política pública de proteção social. O SUAS visa estabelecer um padrão de gestão que supere a trajetória de fragmentação e descontinuidade que caracterizaram a assistência social brasileira. Nessa perspectiva, é correto afirmar que o SUAS consolida o modo de gestão (A) centralizada. (B) diversificada. (C) especializada. (D) dimensionada. (E) compartilhada. COMENTÁRIO DA QUESTÃO Gabarito: E. De acordo com a lei n° 8.742/1993, art. 6° a gestão das ações na área de assistência social fica organizada sob a forma de sistema descentralizado e participativo, denominado Sistema Único de Assistência Social (Suas), tem como um de seus objetivos: consolidar a gestão compartilhada, o cofinanciamento e a cooperação técnica entre os entes federativos. 109 9. (Pref. Arujá-SP, 2019) A reestruturação da área da assistência, tal como proposta pela Constituição Federal de 1988 e reforçada na Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS), é baseada na construção de um sistema descentralizado e participativo. Conforme determina o artigo 5°, I da LOAS, a descentralização político-administrativa para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios e comando único das ações em cada esfera de governo é (A) um objetivo. (B) uma alternativa. (C) um princípio. (D) uma possibilidade. (E) uma diretriz. COMENTÁRIO DA QUESTÃO Gabarito: E. De acordo com a lei n° 8.742/1993, art. 5°, a organização da assistência social tem como base as seguintes diretrizes: descentralização político-administrativa para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e comando único das ações em cada esfera de governo; participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis; primazia da responsabilidade do Estado na condução da política de assistência social em cada esfera de governo. 10. (Pref. Birigui, 2019) A Lei Orgânica de Assistência Social – LOAS (Lei nº 8.742/1993) regulamentou os artigos 203 e 204 da Constituição Federal, assegurando a primazia da responsabilidade do Estado na gestão, financiamento e execução da política de Assistência Social. A organização da assistência social, em todo o país, é sustentada pelo pacto federativo, que estabelece responsabilidades e atribuições entre os três 110 entes federados e que, com base no artigo 5º (III) da LOAS, considera o comando único das ações em cada esfera de governo e tem como diretriz (A) a descentralização político-administrativa. (B) a integração da rede pública e privada de serviços. (C) as deliberações exclusivas da esfera federal. (D) o respeito às diversidades regionais e municipais. (E) a definição dos patamares de gestão. COMENTÁRIO DA QUESTÃO Gabarito: A. De acordo com a lei n° 8.742/1993, art. 5°, a organização da assistência social tem como base as seguintes diretrizes: descentralização político-administrativa para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e comando único das ações em cada esfera de governo; participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis; primazia da responsabilidade do Estado na condução da política de assistência social em cada esfera de governo. 11. (Pref. Ribeirão Preto - SP, 2018) A Assistência Social, como Política de Seguridade Social, tem por objetivos a proteção social, a vigilância socioassistencial, a defesa de direitos. De acordo com o art. 6o -A, parágrafo único, da Lei Orgânica da Assistência Social, a vigilância socioassistencial é um dos instrumentos das proteções da assistência social que identifica e previne as situações de risco e vulnerabilidade social e (A) suas disfunções estruturais. (B) seus agravos no território. (C) seu grau de reparação. (D) sua natureza desigual. 111 (E) seu alcance nas instituições. COMENTÁRIO DA QUESTÃO Gabarito: B. De acordo com o art. 6-A, parágrafo único a vigilância socioassistencial é um dos instrumentos das proteções da assistência social que identifica e previne as situações de risco e vulnerabilidade social e seus agravos no território. 12. (Semae de Piracicaba-SP, 2019) A Assistência Social, como um conjunto de ações estatais e privadas voltadas para a proteção social dos cidadãos, apresentou, nas últimas décadas, uma trajetória de avanços, ultrapassando a concepção de favor e da ação pontual para a dimensão da universalização, adquirindo estatuto de política pública. O artigo 5° da Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS) estabelece que a organização da assistência social tem como base, dentre outras, a seguinte diretriz: (A) participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis. (B) supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as exigências de rentabilidade econômica. (C) universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação assistencial alcançável pelas demais políticas públicas. (D) respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a benefícios e serviços de qualidade, bem como à convivência familiar e comunitária, vedando- -se qualquer comprovação vexatória de necessidade. (E) igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de qualquer natureza, garantindo-se equivalência às populações urbanas e rurais. COMENTÁRIO DA QUESTÃO Gabarito: A. De acordo com a lei n° 8.742/1993, art. 5°, a organização da assistência social tem como base as seguintes diretrizes: descentralização político-administrativa para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e comando único das ações em cada esfera de governo; 112 participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis; primazia da responsabilidade do Estado na condução da política de assistência social em cada esfera de governo. 13. (Pref. Valinhos, 2019) A definição dos programas de assistência social devem pautar os objetivos e princípios que regem a Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS), com prioridade para a inserção profissional e social. Em se tratando de idoso e da pessoa portadora de deficiência, além dos serviços socioassistenciais, há a oferta do Benefício de Prestação Continuada. Conforme expressa o art. 24 da LOAS, para qualificar, incentivar e melhorar os serviços assistenciais, os programas de assistência social devem definir objetivos, tempo e área de abrangência, compreendendo ações (A) genéricas e possíveis. (B) explícitas e implícitas. (C) integradas e complementares. (D) situacionais e segmentadas. (E) centralizadas e específicas. COMENTÁRIO DA QUESTÃO Gabarito: C. De acordo com a lei n° 8.742/1993, art. 24, os programas de assistência social compreendem ações integradas e complementares com objetivos, tempo e área de abrangência definidospara qualificar, incentivar e melhorar os benefícios e os serviços assistenciais. 14. (Pref. Serrana, 2018) O Centro de Referência Especializado da Assistência Social – CREAS, é a unidade que compõe a proteção especial de média complexidade. O CREAS, por meio de intervenções de uma equipe de referência, desenvolve ações continuadas e tem como principal oferta o Serviço de (A) Proteção e Atendimento Especializado a Família e Indivíduos. (B) Proteção em Situações de Calamidades Públicas e Emergências. 113 (C) Convivência e Fortalecimento de Vínculos. (D) Acolhimento para Pessoas em Situação de Rua. (E) Proteção Social Especial em Família Acolhedora. COMENTÁRIO DA QUESTÃO Gabarito: A. De acordo com a lei n° 8.742/1993, art. 24-B, fica instituído o Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (Paefi), que integra a proteção social especial e consiste no apoio, orientação e acompanhamento a famílias e indivíduos em situação de ameaça ou violação de direitos, articulando os serviços socioassistenciais com as diversas políticas públicas e com órgãos do sistema de garantia de direitos. 15. (Pref. Marília-SP, 2017) A assistência social, como concebida na Lei Federal no 8.742/93 – Lei Orgânica da Assistência Social, é direito do cidadão, é dever do Estado. É política de Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais e realiza-se por meio de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas. De acordo com determinações expressas no artigo 5º, II, da citada Lei, dentre as diretrizes previstas para a organização da assistência social destaca-se a (A) participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis. (B) universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação assistencial alcançável pelas demais políticas públicas. (C) igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de qualquer natureza, garantindo-se equivalência às populações urbanas e rurais. (D) divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos assistenciais, bem como dos recursos oferecidos pelo Poder Público e dos critérios para sua concessão. 114 (E) supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as exigências de rentabilidade econômica. COMENTÁRIO DA QUESTÃO Gabarito: A. De acordo com a lei n° 8.742/1993, art. 5°, a organização da assistência social tem como base as seguintes diretrizes: descentralização político-administrativa para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e comando único das ações em cada esfera de governo; participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis; primazia da responsabilidade do Estado na condução da política de assistência social em cada esfera de governo. 16. (Pref. São Paulo, 2016) Um avanço importante previsto na Constituição Federal de 1988, foi a adoção do conceito de Seguridade Social, compreendido como um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. Regulamentando a Constituição, a Lei Federal no 8.742, de 07.12.93 – Lei Orgânica da Assistência Social destaca como um de seus objetivos no artigo 2o, I, b, (A) o amparo às crianças e adolescentes carentes. (B) a autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial. (C) a avaliação da competência do Poder Público. (D) a garantia de padrão de qualidade dos serviços socio-assistenciais. (E) o pluralismo de ideias e a coexistência de instituições públicas e privadas. COMENTÁRIO DA QUESTÃO Gabarito: A. De acordo com a lei n° 8.742/1993, art. 2, inciso I, alínea b, a assistência social tem como um de seus objetivos a proteção social, que visa à garantia da vida, à 115 redução de danos e à prevenção da incidência de riscos e, de modo especial, o amparo às crianças e aos adolescentes carentes. 17. (SAEG, 2015) De acordo com a Lei n° 8.742/1993, alterada pela Lei n° 12.435/2011, a assistência social organiza-se por tipos de proteção social, a básica e a especial, que serão ofertadas pela rede socioassistencial, diretamente pelos entes públicos e/ou pelas entidades e organizações de assistência social vinculadas ao SUAS – Sistema Único de Assistência Social, respeitadas as especificidades de cada ação. Conforme artigo 6°-B (§ 1°) da referida Lei, a vinculação ao SUAS é o reconhecimento pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome de que a entidade de assistência social (A) demonstra sustentabilidade financeira. (B) atende quantitativo mínimo de usuários. (C) integra a rede socioassistencial. (D) possui competência técnica. (E) realiza prestação de contas. COMENTÁRIO DA QUESTÃO Gabarito: C. De acordo com a lei n° 8.742/1993, art. 6-B, parágrafo 1°, a vinculação ao Suas é o reconhecimento pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome de que a entidade de assistência social integra a rede socioassistencial. 18. (HCFMUSP, 2015) Conforme a LOAS, art. 15, compete à União: (A) destinar recursos financeiros para custeio do pagamento dos auxílios natalidade e funeral, mediante critérios estabelecidos pelos Conselhos Municipais de Assistência Social. (B) efetuar o pagamento dos auxílios natalidade e funeral. (C) executar os projetos de enfrentamento da pobreza, incluindo a parceria com organizações da sociedade civil. 116 (D) responder pela concessão e manutenção dos benefícios de prestação continuada definidos no art. 203 da Constituição Federal. (E) atender às ações assistenciais de caráter de emergência. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: D. De acordo com a Lei 8.742/93, Art.12, compete a União: responder pela concessão e manutenção dos benefícios de prestação continuada definidos no art. 203 da Constituição Federal (Concurseiro, é isso que está sendo mencionado na alternativa “D”). apoiar técnica e financeiramente os serviços, os programas e os projetos de enfrentamento da pobreza em âmbito nacional; cofinanciar, por meio de transferência automática, o aprimoramento da gestão, os serviços, os programas e os projetos de assistência social em âmbito nacional; atender, em conjunto com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, às ações assistenciais de caráter de emergência. realizar o monitoramento e a avaliação da política de assistência social e assessorar Estados, Distrito Federal e Municípios para seu desenvolvimento. 19. (HCFMUSP-2015) Ainda segundo a LOAS, art. 20, o Benefício de Prestação Continuada é a garantia de (A) 1 (um) salário mínimo mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso com 60 (sessenta) anos ou mais e que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção e nem de tê-la provida por sua família. (B) 1 (um) salário mínimo mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais e que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção e nem de tê-la provida por sua família. (C) 1 (um) salário mínimo mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso a partir dos 70 (setenta) anos e que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção e nem de tê-la provida por sua família. (D) 1 (um) salário mínimo mensal a todos os que comprovem estar abaixo da linha de pobreza. 117 (E) (meio) salário mínimo mensal a todos os que comprovem estar abaixo da linha de pobreza. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: B. De acordo com a Lei 8.742/93, Art.20, “O benefício de prestação continuada é a garantia de um salário-mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso com 65 (sessenta e cinco)anos ou mais que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção nem de tê-la provida por sua família”. 20. (HCFMUSP,2015) Quanto ao Benefício de Prestação Continuada, é correto afirmar: (A) Gera direito à pensão ao cônjuge ou dependente. (B) Não pode ser recebido por mais de um membro de uma mesma família, mesmo que essa se enquadre nos critérios estabelecidos. (C) Sofre incidência de tributos. (D) Cessa no momento em que são superadas as condições de aquisição do direito. (E) Pode ser acumulado com benefício previdenciário pelo mesmo solicitante. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: D. De acordo com a Lei 8.742/93, Art.21, § 1º “O pagamento do benefício cessa no momento em que forem superadas as condições de aquisição do direito ou em caso de morte do beneficiário”. 21. (HCFMUSP, 2015) Entre as várias modalidades de benefícios garantidos na Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS, está o pagamento de auxílio por natalidade ou morte às famílias cuja renda mensal per capta seja inferior a do salário mínimo. Trata- se de benefícios denominados (A) Continuados. (B) Emergenciais. (C) Temporários. (D) Eventuais. (E) Adiantados. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: D. De acordo com a Lei 8.742/93, Art.22 “Entendem-se por benefícios eventuais as provisões suplementares e provisórias que integram organicamente as 118 garantias do Suas e são prestadas aos cidadãos e às famílias em virtude de nascimento, morte, situações de vulnerabilidade temporária e de calamidade pública”. 22. (PREF. POÁ-SP, 2013) De acordo com previsões contidas na Lei Orgânica de Assistência Social, Lei n.º 8.742 de 1993, LOAS, no artigo 6.º, com redação dada pela Lei n.º 12.435 de 2011, a gestão das ações na área de assistência social fica organizada sob a forma de sistema descentralizado e participativo, denominado Sistema Único de Assistência Social (SUAS), com vários objetivos dentre os quais destaca-se o seguinte: (A) excluir a rede privada da prestação de serviços. (B) priorizar a classe trabalhadora na operacionalização das ações. (C) comprometer eticamente o gestor público na política partidária local. (D) definir os níveis de gestão, respeitadas as diversidades regionais e municipais. (E) estabelecer conexões em rede para maior alcance das ações. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: D. De acordo com a Lei 8.742/93, Art.6, a gestão das ações na área de assistência social fica organizada sob a forma de sistema descentralizado e participativo, denominado Sistema Único de Assistência Social (Suas), com os seguintes objetivos: consolidar a gestão compartilhada, o co-financiamento e a cooperação técnica entre os entes federativos que, de modo articulado, operam a proteção social não contributiva; integrar a rede pública e privada de serviços, programas, projetos e benefícios de assistência social, na forma do art. 6o-C; estabelecer as responsabilidades dos entes federativos na organização, regulação, manutenção e expansão das ações de assistência social; definir os níveis de gestão, respeitadas as diversidades regionais e municipais; (Concurseiro, isso é o que está sendo mencionado na alternativa “D”). implementar a gestão do trabalho e a educação permanente na assistência social; estabelecer a gestão integrada de serviços e benefícios; e afiançar a vigilância socioassistencial e a garantia de direitos. 119 23. (FUNDAÇÃO CASA-SP, 2013) O processo de implantação do SUAS tem exigido inovações que rebatem na lógica da gestão dos serviços socioassistenciais, enquanto responsabilidade, organização e conteúdo próprios que garantem a provisão da seguridade social no que se refere à política e assistência social. Conforme expressa o art. 23 da Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) – Lei n.º 8.742/93, entendem-se por serviços socioassistenciais as atividades continuadas que visem à melhoria de vida da população e cujas ações, voltadas para (A) as necessidades básicas, observem os objetivos, princípios e diretrizes estabelecidos nessa Lei. (B) o equilíbrio entre classes sociais, considerem o atendimento de mínimos sociais. (C) as demandas próprias de um dado contexto social excludente, priorizem a cobertura eventual de necessidades econômicas. (D) toda a população, garantam cobertura igualitária, independentemente do nível de necessidade identificado. (E) a parcela economicamente ativa, garantam a inclusão produtiva por meio do trabalho, como contrapartida à inserção social. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: A. De acordo com a Lei 8.742/93, Art.23, entendem-se por serviços socioassistenciais as atividades continuadas que visem à melhoria de vida da população e cujas ações, voltadas para as necessidades básicas, observem os objetivos, princípios e diretrizes estabelecidos nessa lei. 24. (FUNDAÇÃO CASA-SP, 2013) De acordo com a LOAS, art. 24, os programas de assistência social compreendem ações integradas e complementares com objetivos, tempo e área de abrangência definidos para qualificar, incentivar e melhorar os benefícios e os serviços assistenciais. Ainda, conforme prevê o § 1.º, os programas de que trata este artigo, obedecidos os objetivos e princípios que regem essa Lei, com prioridade para a inserção profissional e social, serão definidos pelos respectivos (A) órgãos municipais gestores de assistência social. (B) colegiados nacionais de assistência social. (C) conselhos de direitos assistenciais. 120 (D) consórcios interestaduais de desenvolvimento. (E) conselhos de assistência social. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: E. De acordo com a Lei 8.742/93, Art.24, os programas de assistência social compreendem ações integradas e complementares com objetivos, tempo e área de abrangência definidos para qualificar, incentivar e melhorar os benefícios e os serviços assistenciais. Esses programas serão definidos pelos respectivos CONSELHOS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, obedecidos os objetivos e princípios que regem esta lei, com prioridade para a inserção profissional e social. 25. (FUNDAÇÃO CASA/SP-2013) Conforme previsões contidas na LOAS, artigo 3.º (redação dada pela Lei n.º 12.435/11), consideram-se entidades e organizações de assistência social aquelas sem fins lucrativos que, isolada ou cumulativamente, prestam atendimento e _______________aos beneficiários abrangidos por esta Lei, bem como as que atuam na____________ e garantia de direitos. Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas do texto. (A) consultoria … certificação (B) acompanhamento … revogação (C) orientação … definição (D) encaminhamento … revisão 9E) assessoramento … defesa COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: E. De acordo com a Lei 8.742/93, Art.24, consideram-se entidades e organizações de assistência social aquelas sem fins lucrativos que, isolada ou cumulativamente, prestam atendimento e assessoramento aos beneficiários abrangidos por esta Lei, bem como as que atuam na defesa e garantia de direitos. 26. (PREF.CUBATÃ/SP-2012) Previstos pela Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS), os benefícios eventuais se inscrevem no rol de provisões procedente da gestão municipal e estadual da política de assistência social, cuja responsabilidade de sua regulação ficou a cargo dos respectivos conselhos. Sobre os benefícios eventuais, é correto afirmar que 121 (A) definidos como estratégia central e qualificada da citada lei, estão à disposição de todos os interessados. (B) devem ser ofertados pela via da composição público x privado, de modo a assegurar maior alcance e abrangência da ação. (C) se constituem um direito social legalmente assegurado aos cidadãos brasileiros no âmbito da proteção social básica. (D) possuem natureza emergencial e, apesar de sanada a dificuldade, independentemente de sua natureza, serão mantidos. (E) se destinam a todos,considerado o caráter focalista proposto como principal objetivo da assistência social. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: C. De acordo com a Lei 8.742/93, Art.22, entendem-se por benefícios eventuais as provisões suplementares e provisórias que integram organicamente as garantias do Suas e são prestadas aos cidadãos e às famílias em virtude de nascimento, morte, situações de vulnerabilidade temporária e de calamidade pública. Assim, os benefícios eventuais se constituem um direito social legalmente assegurado aos cidadãos brasileiros no âmbito da proteção social básica. 27. (PREF.CUBATÃ-SP, 2012) A assistência social iniciou o seu movimento mobilizador a partir da Lei Orgânica da Assistência Social, com pouca tradição de interlocução política, caudatária, de forte legado vinculado à filantropia e à benemerência, cercada de imprecisões conceituais, com uma frágil institucionalidade e arco de alianças políticas a ser construído no processo de sua implantação. A Lei Orgânica da Assistência Social data do ano de (A) 1992. (B) 1993. (C) 1998. (D) 2000. (E) 2004. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: B. A lei 8.742 data do ano de 1993, ela foi sancionada no dia 07 de dezembro desse referido ano. 122 28. (PREF.CUBATÃ/SP-2012) Conforme previsões constitucionais, dentre as diretrizes preconizadas para a assistência social, destaca-se a participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação de políticas e no controle das ações em todos os níveis. (art. 204, II). Na Lei Orgânica da Assistência Social, a presença da sociedade civil nas instâncias deliberativas de assistência social é matéria prevista no art. 17, e os conselhos – principais instrumentos para essa finalidade – são constituídos (A) por representação exclusiva de órgãos governamentais. (B) por representações das áreas de humanas e exatas. (C) pela maioria simples de usuários da saúde, previdência e assistência social. (D) por meio da livre iniciativa de interessados no tema. (E) de forma paritária entre governo e sociedade civil. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: E. De acordo com a lei 8.742/93, art.16, as instâncias deliberativas do Suas, de caráter permanente e composição paritária entre governo e sociedade civil, são: o Conselho Nacional de Assistência Social; os Conselhos Estaduais de Assistência Social; o Conselho de Assistência Social do Distrito Federal; os Conselhos Municipais de Assistência Social. 29. (PREFEITURA DE ARUJÁ/SP, 2015) Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS), Lei no 8.742, de 7 de dezembro de 1993, dispõe sobre a organização da Assistência Social. Alterada pela Lei no 12.435, de 2011, o artigo 2°, I, d, dentre outros, prevê, como objetivo da Assistência Social, a proteção social, que visa à garantia da vida, à redução de danos e à prevenção da incidência de riscos, especialmente (A) a habilitação e reabilitação das pessoas com deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária. (B) o respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a benefícios e serviços de qualidade, bem como à convivência familiar e comunitária. (C) a supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as exigências de rentabilidade econômica. 123 (D) a vigilância socioeducativa com vistas a afastar as famílias de situações de exploração de toda ordem. (E) a igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de qualquer natureza, garantindo-se equivalência às populações urbanas e rurais. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: A. De acordo com o Art.2 da LOAS, a assistência social tem por objetivos: ➔ A proteção social, que visa à garantia da vida, à redução de danos e à prevenção da incidência de riscos, especialmente: a) a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; b) o amparo às crianças e aos adolescentes carentes; c) a promoção da integração ao mercado de trabalho; d) a habilitação e reabilitação das pessoas com deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária; e (Concurseiro, isso é o que está sendo mencionado na alternativa “A”). e) a garantia de 1 (um) salário-mínimo de benefício mensal à pessoa com deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê- la provida por sua família; 30. (UNIFESP, 2014) Conforme definido pelo artigo 20, da Lei Federal n.º 8.742, de 07.12.1993, a garantia de um salário-mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção nem de tê-la provida por sua família corresponde ao (A) Programa Suplementar de Renda. (B) Benefício Monetário Eventual. (C) Cartão Amigo do Idoso. (D) Programa de Inclusão Produtiva. (E) Benefício de Prestação Continuada. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: E. De acordo com o Art.20 da Lei 8.742/93, o benefício de prestação continuada é a garantia de um salário-mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção nem de tê-la provida por sua família. 124 31. (UNIFESP, 2014) A Lei n.º 12.435, de 06.07.2011, altera a Lei Orgânica da Assistência Social de 1993. Além da proteção social, que visa à garantia da vida, à redução de danos e à prevenção da incidência de riscos, ampliaram-se e acrescentaram-se aos objetivos da assistência social, em seu artigo 2.º, incisos II e III, a (A) vigilância socioassistencial e a defesa de direitos. (B) matricialidade sociofamiliar e a territorialização. (C) segurança da sobrevivência e a garantia da acolhida. (D) participação popular e o controle social. (E) informação, o monitoramento e a avaliação. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: A. A Lei n.º 12.435, de 06.07.2011, altera a Lei Orgânica da Assistência Social de 1993. Além da proteção social, que visa à garantia da vida, à redução de danos e à prevenção da incidência de riscos, ampliaram-se e acrescentaram-se aos objetivos da assistência social, em seu artigo 2.º, incisos II e III, a vigilância socioassistencial e a defesa de direitos. De acordo com a referida lei a vigilância socioassistencial, que visa a analisar territorialmente a capacidade protetiva das famílias e nela a ocorrência de vulnerabilidades, de ameaças, de vitimizações e danos e a defesa de direitos, que visa a garantir o pleno acesso aos direitos no conjunto das provisões socioassistenciais. 32. (UNIFESP, 2014) Por meio do artigo 24-A da Lei Federal n.º 12.435, de 06.07.2011, fica instituído o__________________ , que integra a proteção social básica e consiste na oferta de ações e serviços socioassistenciais de prestação continuada, nos CRAS (Centros de Referência de Assistência Social), por meio do trabalho com famílias em situação de vulnerabilidade social, com o objetivo de prevenir o rompimento dos vínculos familiares e a violência no âmbito de suas relações, garantindo o direito à convivência familiar e comunitária. Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna do texto. (A) PETI (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil) (B) SCFV (Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos) (C) PAIF (Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família) 125 (D) SEAS (Serviço Especializado de Acompanhamento Social) (E) PAEFI (Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos) COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: C. De acordo com o Art.24-A da LOAS, fica instituído o Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (Paif), que integra a proteção social básica e consiste na oferta de ações e serviços socioassistenciais de prestação continuada, nos Cras, por meio do trabalho social com famílias em situação de vulnerabilidade social, com o objetivo de prevenir o rompimento dos vínculos familiarese a violência no âmbito de suas relações, garantindo o direito à convivência familiar e comunitária. 33. (FUF/ABC-2014) A inclusão da assistência social no campo da seguridade social, como uma política pública, transformou-a em dever do Estado e direito do cidadão. Esse compromisso é claramente assumido no artigo 1.º da Lei Orgânica da Assistência Social, Lei n.º 8.742, de 1993, segundo o qual, a assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é Política de Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades (A) gerais. (B) exclusivas. (C) universais. (D) básicas. (E) contemporâneas. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: D. De acordo com o Art.1° da Lei 8.742/1993 “A assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é Política de Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas”. 34. (FUF/ABC, 2014) Segundo o artigo 25 da Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), os projetos de enfrentamento da pobreza compreendem a instituição de investimento econômico-social nos grupos populares, buscando subsidiar, financeira e tecnicamente, iniciativas que lhes garantam meios, capacidade produtiva e de gestão para: 126 (A) empoderamento das famílias, erradicação do trabalho infantil, segurança alimentar e nutricional. (B) elevação da renda, acesso à escolarização e à qualificação profissional e inserção no mercado de trabalho. (C) melhoria das condições gerais de subsistência, elevação dos padrões da qualidade de vida, preservação do meio ambiente e sua organização social. (D) efetivação de melhores condições de saúde dos familiares, de habitabilidade, de renda e acesso a inovações tecnológicas. (E) desenvolvimento da autonomia, elevação dos níveis de escolarização, o acesso ao conhecimento e à renda. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: C. De acordo com o Art.25 da Lei 8.742/1993, os projetos de enfrentamento da pobreza compreendem a instituição de investimento econômico- social nos grupos populares, buscando subsidiar, financeira e tecnicamente, iniciativas que lhes garantam meios, capacidade produtiva e de gestão para melhoria das condições gerais de subsistência, elevação do padrão da qualidade de vida, a preservação do meio-ambiente e sua organização social. 35. (FUF/ABC, 2014) De acordo com a Lei Orgânica da Assistência Social, em seu artigo 26, o incentivo a projetos de enfrentamento da pobreza assentar-se-á em mecanismos de articulação e de________________de diferentes áreas governamentais e em sistema de _____________ entre organismos governamentais, não governamentais e da sociedade civil. Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas do texto. (A) substituição … competição (B) aglutinação … intercâmbio (C) compensação … monitoramento (D) suplementação … fomento (E) participação … cooperação COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: E. De acordo com o Art.26 da Lei 8.742/1993, o incentivo a projetos de enfrentamento da pobreza assentar-se-á em mecanismos de articulação e de 127 participação de diferentes áreas governamentais e em sistema de cooperação entre organismos governamentais, não governamentais e da sociedade civil. 36. (SERTÃOZINHO/SP, 2012) Política Nacional de Assistência Social prevê o ordenamento dos serviços em rede, de acordo com os níveis de proteção social: básica e especial, de média e alta complexidade. Conforme estabelece o artigo 6.º C da LOAS- Lei Orgânica da Assistência Social, “a unidade pública municipal, de base territorial, localizada em áreas com maiores índices de vulnerabilidade e risco social, destinada à articulação dos serviços socioassistenciais no seu território de abrangência e à prestação de serviços, programas e projetos socioassistenciais de proteção social às famílias” é denominada (A) Serviço Especializado em Abordagem Social (B) Centro de Referência de Assistência Social. (C) Plantão Social. (D) Centro de Referência Especializado de Assistência Social. (E) Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: C. De acordo com o Art.6° C da Lei 8.742/1993, o Cras é a unidade pública municipal, de base territorial, localizada em áreas com maiores índices de vulnerabilidade e risco social, destinada à articulação dos serviços socioassistenciais no seu território de abrangência e à prestação de serviços, programas e projetos socioassistenciais de proteção social básica às famílias. 37. (Sertãozinho/SP, 2012) De acordo com o artigo 16, parágrafo único, da LOAS – Lei Orgânica da Assistência Social, aos Conselhos de Assistência Social deve ser garantida a infraestrutura necessária ao seu funcionamento, com recursos materiais, humanos e financeiros, inclusive com despesas referentes a passagens e diárias de conselheiros representantes do governo ou da sociedade civil, quando estiverem no exercício de suas atribuições. O provimento de tais recursos está a cargo do (A) Conselho Federal de Assistência Social. (B) Conselho Tutelar. (C) Conselho Estadual de Assistência Social. 128 (D) Órgão Gestor de Assistência Social. (E) Fundo Nacional de Assistência Social. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: D. De acordo com o Art.16o da Lei 8.742/1993, os Conselhos de Assistência Social estão vinculados ao órgão gestor de assistência social, que deve prover a infraestrutura necessária ao seu funcionamento, garantindo recursos materiais, humanos e financeiros, inclusive com despesas referentes a passagens e diárias de conselheiros representantes do governo ou da sociedade civil, quando estiverem no exercício de suas atribuições. QUESTÕES DA BANCA FGV 1. (DPE/RJ-2019) A assistência social realiza-se de forma integrada às políticas setoriais, promovendo o(a): (A) centralidade das políticas sociais; (B) erradicação da pobreza; (C) transversalidade das políticas da seguridade social; (D) universalização dos direitos sociais; (E) estabelecimento de benefícios eficazes. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: D. De acordo com o parágrafo único do Art.2° da Lei 8.742/93, “Para o enfrentamento da pobreza, a assistência social realiza-se de forma integrada às políticas setoriais, garantindo mínimos sociais e provimento de condições para atender contingências sociais e promovendo a universalização dos direitos sociais”. 2. (DPE/RJ, 2019) Conforme exposto na Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), são entidades de defesa e garantia de direitos aquelas que, de forma continuada, permanente e planejada, prestam serviços e executam programas e projetos voltados prioritariamente para o(a): (A) estabelecimento dos mínimos sociais; (B) formação e a capacitação de lideranças; 129 (C) fortalecimento dos movimentos sociais; (D) enfrentamento das desigualdades sociais; (E) concessão de benefícios de prestação social básica COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: D. De acordo com o Art.3° da Lei 8.742/93, são entidades de defesa e garantia de direitos aquelas que, de forma continuada, permanente e planejada, prestam serviços e executam programas e projetos voltados prioritariamente para a “defesa e efetivação dos direitos socioassistenciais, construção de novos direitos, promoção da cidadania, enfrentamento das desigualdades sociais, articulação com órgãos públicos de defesa de direitos, dirigidos ao público da política de assistência social”. 3. (DPE/RJ, 2019) O Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF) consiste na oferta de ações e serviços socioassistenciais de prestação continuada, nos CRAS, por meio do trabalho social com famílias em situaçãode vulnerabilidade social, com o objetivo de: (A) inserir as famílias necessitadas nos programas socioassistenciais; (B) monitorar situações de vulnerabilidade familiar; (C) prevenir a violência no âmbito das relações familiares; (D) estabelecer critérios para inclusão das famílias nos serviços socioassistenciais; (E) restabelecer os vínculos familiares. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: C. De acordo com o Art.25-A da Lei 8.742/93 “fica instituído o Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (Paif), que integra a proteção social básica e consiste na oferta de ações e serviços socioassistenciais de prestação continuada, nos Cras, por meio do trabalho social com famílias em situação de vulnerabilidade social, com o objetivo de prevenir o rompimento dos vínculos familiares e a violência no âmbito de suas relações, garantindo o direito à convivência familiar e comunitária”. 130 4. (FGV-MPE/BA-ASSISTENTE SOCIAL, 2017) O assistente social Adalto atende a senhora Lucíola, que tem 75 anos, e informa que está desempregada há vários anos, não possui parentes vivos e nem meios para prover a sua própria manutenção. A partir desses dados, Adalto poderá solicitar para Lucíola: (A) Renda Mensal Vitalícia; (B) Bolsa Família; (C) Seguro-Desemprego; (D) Benefício de Prestação Continuada; (E) Cheque Cidadão. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: D. No referido caso a usuário tem 75 anos, ou seja, idade suficiente para fazer jus ao benefício de prestação continuada-BPC, ela também não possui condições financeiras de prover o seu sustento e não tem parentes que a auxiliem. De acordo com a Lei 8.742/93, em seu Art.20: O benefício de prestação continuada é a garantia de um salário-mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção nem de tê-la provida por sua família. Perceba que nenhuma das demais alternativas (A, B, C, E) estão de acordo com o Art.20 da LOAS. 5. (FGV-MPE/BA-ASSISTENTE SOCIAL, 2017) Nos termos da Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), as entidades e organizações de assistência social sem fins lucrativos são aquelas que, isolada ou cumulativamente, prestam atendimento e assessoramento aos beneficiários da assistência social, bem como as que atuam na defesa e garantia de direitos. As organizações que prestam serviços e executam programas e projetos voltados prioritariamente para a defesa e efetivação dos direitos socioassistenciais, promoção da cidadania, enfrentamento das desigualdades sociais, dirigidos ao público da política de assistência social, são consideradas entidades de: (A) atendimento e encaminhamento; (B) consultoria; (C) assessoria; (D) financiamento; (E) defesa e garantia de direitos. 131 COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: E. De acordo com a Lei 8.742/93, Art.3, consideram-se entidades e organizações de assistência social aquelas sem fins lucrativos que, isolada ou cumulativamente, prestam atendimento e assessoramento aos beneficiários abrangidos por esta Lei, bem como as que atuam na defesa e garantia de direitos. Assim: São de atendimento: Aquelas entidades que, de forma continuada, permanente e planejada, prestam serviços, executam programas ou projetos e concedem benefícios de prestação social básica ou especial, dirigidos às famílias e indivíduos em situações de vulnerabilidade ou risco social e pessoal, nos termos desta Lei, e respeitadas as deliberações do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS); São de assessoramento: Aquelas que, de forma continuada, permanente e planejada, prestam serviços e executam programas ou projetos voltados prioritariamente para o fortalecimento dos movimentos sociais e das organizações de usuários, formação e capacitação de lideranças, dirigidos ao público da política de assistência social, nos termos desta Lei, e respeitadas as deliberações do CNAS; São de defesa e garantia de direitos: Aquelas que, de forma continuada, permanente e planejada, prestam serviços e executam programas e projetos voltados prioritariamente para a defesa e efetivação dos direitos socioassistenciais, construção de novos direitos, promoção da cidadania, enfrentamento das desigualdades sociais, articulação com órgãos públicos de defesa de direitos, dirigidos ao público da política de assistência social, nos termos desta Lei, e respeitadas as deliberações do CNAS. (Atenção: perceba que as características mencionadas no enunciado se referem as entidades de defesa e garantia de direitos, dessa forma a alternativa “E” está correta). Perceba que as demais alternativas (A, B, C, D) não se referem as entidades de defesa e garantia de direitos, que é a que está mencionada no enunciado da questão. 132 6. (FGV-MPE/BA-ASSISTENTE SOCIAL-2017) Um dos instrumentos das proteções da assistência social que identifica e previne as situações de risco e vulnerabilidade social e seus agravos no território é: (A) a política de proteção social; (B) o SUAS; (C) a vigilância socioassistencial; (D) o CRAS; (E) o abrigamento. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: C. De acordo com a Lei 8.742/93, em seu Art.6-A: a vigilância socioassistencial é um dos instrumentos das proteções da assistência social que identifica e previne as situações de risco e vulnerabilidade social e seus agravos no território. Dessa forma apenas a alternativa “C” está correta, pois correspondo ao posto no referido artigo, já as demais (A, B, D, E) estão erradas pois estão em desacordo com o Art.6-A. 7. (FGV-MPE/BA-ASSISTENTE SOCIAL, 2017) O serviço que integra a proteção social especial e consiste no apoio, orientação e acompanhamento a famílias e indivíduos em situação de ameaça ou violação de direitos, articulando os serviços socioassistenciais com as diversas políticas públicas e com órgãos do sistema de garantia de direitos é o: (A) PAEFI; (B) SUAS; (C) PETI; (D) PAIF; (E) CADÚNICO. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: A. De acordo com a Lei 8.742/93, em seu Art.24-B, o Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (Paefi), integra a proteção social especial e consiste no apoio, orientação e acompanhamento a famílias e indivíduos em situação de ameaça ou violação de direitos, articulando os serviços socioassistenciais com as diversas políticas públicas e com órgãos do sistema de garantia de direitos. Perceba que a descrição posta no enunciado da questão está totalmente de acordo 133 com o artigo da LOAS que menciona o PAEFI e a alternativa “A” é a única que menciona esse serviço. Nenhuma das demais alternativas (B, C, D, E) estão de acordo com o artigo da LOAS, tonando-se assim erradas. 8. (FGV-MPE/BA-ASSISTENTE SOCIAL, 2017) De acordo com a Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), um dos princípios que regem a assistência social é a: (A) igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de qualquer natureza, garantindo equivalência às populações urbanas e rurais; (B) garantia de mínimos sociais e o provimento de condições para atender contingências sociais; (C) participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis; (D) habilitação e a reabilitação das pessoas com deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária; (E) prestação de serviços e a concessão de benefícios de prestação social básica ou especial, dirigidos às famílias e indivíduos em situações de vulnerabilidade ou risco social. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: A. De acordo com a Lei 8.742/93, Art.4, a assistência social rege-se por 05 princípios que são: supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as exigências de rentabilidade econômica (Atenção: Esse é o princípio que está mencionado na alternativa“A”). universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação assistencial alcançável pelas demais políticas públicas; respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a benefícios e serviços de qualidade, bem como à convivência familiar e comunitária, vedando-se qualquer comprovação vexatória de necessidade; igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de qualquer natureza, garantindo-se equivalência às populações urbanas e rurais; 134 divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos assistenciais, bem como dos recursos oferecidos pelo Poder Público e dos critérios para sua concessão. Perceba que nenhuma das demais alternativas (B, C, D, E) estão contidas entre os princípios mencionados no Art.4 da LOAS (Lei 8.742/93). 9. (FGV-TJ/SC-ASSISTENTE SOCIAL, 2015) Na análise de vários autores, foi durante os anos 1990 que a política de assistência ganhou novos contornos no Brasil. Mesmo adquirindo o status de direito social e estando circunscrita na Seguridade Social, uma de suas novas características é: (A) a afirmação do caráter unicamente estatal da política de assistência e sua vinculação com a Seguridade Social; (B) a criação de uma rede de filantropia pública secundária para dar suporte ao aparato estatal; (C) os critérios de acesso estreitaram-se, limitando-se a situações de extrema pobreza; (D) a noção de direito social expandiu-se, passando a abarcar uma perspectiva verdadeiramente universalizante; (E) o reconhecimento do assistente social como o único profissional responsável por essa política. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: C. A LOAS para ser aprovada sofreu uma série de ajustes, tornando o acesso a assistência social comente para quem dela necessitar, o que já a torna seletiva e não universal. O Benefício de Prestação Continuada (BPC), expresso e garantido pela LOAS, também possui critérios rígidos que dificultam o seu acesso. A renda per capita para acessá-lo, por exemplo, deve ser inferior a 1/4 do salário mínimo, ou seja, será pleiteado e obtido somente por idosos e deficientes de extrema pobreza. QUESTÕES DA BANCA AOCP 135 1. (PREF. JOBOATÃO DOS GUARARAPES, 2015) Os benefícios_____________________ são prestados aos cidadãos e às famílias em virtude de morte, nascimento, calamidade pública e situações de vulnerabilidade temporária. São assegurados pela Lei Orgânica da Assistência Social e, juntamente com os serviços socioassistencias, integram as garantias ______________________________. (A) sociais / da seguridade social (B) eventuais / do sistema único da assistência social (C) integrais / do sistema único de saúde (D) suplementares / do sistema de assistência social (E) provisórios / do sistema da seguridade social COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: B. A questão requer que você conheça o Art.22, da Lei 8.742/93 (LOAS), de acordo com esse artigo “entendem-se por benefícios eventuais as provisões suplementares e provisórias que integram organicamente as garantias do Suas e são prestadas aos cidadãos e às famílias em virtude de nascimento, morte, situações de vulnerabilidade temporária e de calamidade pública”. 2. (PREF. JOBOATÃO DOS GUARARAPES, 2015) De acordo com a Lei Orgânica da Assistência Social, “Participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis” configura-se (A) em um dos objetivos da Política Social no Brasil. (B) no principal fundamento do SUAS. (C) uma meta para 2020. (D) em uma das diretrizes que organiza a Assistência Social. (E) em um mecanismo de defesa da cidadania. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: D. De acordo com a Lei n° 8.742/93, Art.5°, a organização da assistência social tem como base as seguintes diretrizes: descentralização político-administrativa para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e comando único das ações em cada esfera de governo; 136 participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis; primazia da responsabilidade do Estado na condução da política de assistência social em cada esfera de governo. Nenhuma das demais alternativas (A, B, C, E) da questão estão de acordo com o Art. 5° da mencionada Lei. 3. (PREF. JUAZEIRO DA BAHIA-2016) Assinale a alternativa correta: (A) As ações ofertadas no âmbito do SUS têm por objetivo a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice e, como base de organização, o território. (B) A instância coordenadora da Política Nacional de Assistência Social é o Ministério da Saúde. (C) O Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) é presidido por um de seus integrantes, eleito dentre seus membros, para mandato de 1 ano, permitida uma única recondução por igual período. (D) É dever do assistente social controlar o orçamento socioassistencial. (E) Compete aos municípios atender todas as ações assistenciais. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: C. De acordo com o Art.17, da Lei n° 8.742/1993, o Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), é o órgão superior de deliberação colegiada, vinculado à estrutura do órgão da Administração Pública Federal responsável pela coordenação da Política Nacional de Assistência Social, cujos membros, nomeados pelo Presidente da República, têm mandato de 2 (dois) anos, permitida uma única recondução por igual período. O Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) é composto por 18 (dezoito) membros e respectivos suplentes, cujos nomes são indicados ao órgão da Administração Pública Federal responsável pela coordenação da Política Nacional de Assistência Social, de acordo com os critérios seguintes: 9 (nove) representantes governamentais, incluindo 1 (um) representante dos Estados e 1 (um) dos Municípios; 9 (nove) representantes da sociedade civil, dentre representantes dos usuários ou de organizações de usuários, das entidades e organizações de assistência 137 social e dos trabalhadores do setor, escolhidos em foro próprio sob fiscalização do Ministério Público Federal. Dessa forma o Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) é presidido por um de seus integrantes, eleito dentre seus membros, para mandato de 1 (um) ano, permitida uma única recondução por igual período. QUESTÕES DA BANCA FCC 1. (CLDF, 2018) A atualização da Lei Orgânica de Assistência Social, por meio da Lei n° 12.435/2011, considera como entidade e organização de assistência social sem fins lucrativos, aquelas que prestam atendimento e assessoramento aos beneficiários, e também aquelas que atuam para defesa e garantia de direitos. Sendo assim, uma organização sem fins lucrativos de assessoramento é aquela que atua para (A) a gestão da política de assistência social. (B) a execução de projeto social. (C) a articulação junto à outros órgãos públicos. (D) a promoção da cidadania dos usuários da política. (E) o fortalecimento dos movimentos sociais. COMENTÁRIO DA QUESTÃO Gabarito: E. De acordo com a lei n° 8.742/1993, art. 3°, parágrafo 2°, são de assessoramento aquelas que, de forma continuada, permanente e planejada, prestam serviços e executam programas ou projetos voltados prioritariamente para o fortalecimento dos movimentos sociais e das organizações de usuários, formação e capacitação de lideranças, dirigidos ao público da política de assistência social. 2. (CLDF, 2018) O Benefício de Prestação Continuada − BPC, garante um salário mínimo mensal a pessoa idosa com 65 anos ou mais, e a pessoa com deficiência que comprovem não dispor de meios para prover a manutenção de sua vida, e tampouco tê-la provida pela própria família. A pessoa com deficiência pode atuar como aprendiz 138 e não haverá suspensão do benéfico desdeque o recebimento concomitante não ultrapasse (A) um ano. (B) um ano e seis meses. (C) dois anos. (D) dois anos e seis meses. (E) três anos. COMENTÁRIO DA QUESTÃO Gabarito: C. De acordo com a lei n° 8.742/1993, art. 21-A, parágrafo 2°, a contratação de pessoa com deficiência como aprendiz não acarreta a suspensão do benefício de prestação continuada, limitado a 2 (dois) anos o recebimento concomitante da remuneração e do benefício. 3. (Pref. Macapá, 2018) Considerando-se as proposições da Política Nacional da Assistência Social e do Sistema Único da Assistência Social, a Proteção Social Básica (A) visa à proteção social de famílias que comprovem sua situação de pobreza extrema e exclusão social, sem necessidade de benefício continuado. (B) caracteriza-se pela atenção a indivíduos e famílias que sofreram violência intrafamiliar em função da fragilidade dos vínculos afetivo-sociais. (C) visa à prevenção de situações de maior vulnerabilidade social de indivíduos, famílias e comunidades, bem como o cuidado sócio assistencial. (D) oferta serviços de proteção social no domicílio para mulheres, crianças e idosos que tiveram seus direitos violados e têm dificuldade de acesso às unidades referenciadas. (E) busca o restabelecimento de vínculos familiares, sociais e comunitários de pessoas em medida socioeducativa e em liberdade assistida. 139 Gabarito: C. De acordo com a lei n° 8.742/1993, art. 6-A, inciso I, a proteção social básica diz respeito ao conjunto de serviços, programas, projetos e benefícios da assistência social que visa a prevenir situações de vulnerabilidade e risco social por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisições e do fortalecimento de vínculos familiares e comunitários 4. (CLDF, 2018) Conforme previsto na Lei Orgânica da Assistência Social (Lei n° 8.742/1993), (A) o PAIF corresponde ao Programa de Atendimento à Infância e à Família, e tem como escopo a ordenação das ações, no território, voltadas à promoção da capacidade protetiva das famílias em relação a seus membros de 0 a 12 anos. (B) PAIF e PAEFI são os dois programas estruturantes da proteção social especial, cabendo ao PAIF ordenar os serviços da média complexidade e ao PAEFI organizar e articular os serviços da alta complexidade. (C) o PAEFI consiste no apoio, orientação e acompanhamento a famílias e indivíduos em situação de ameaça de violação de direitos. (D) o PAEFI integra a proteção social básica, por meio do trabalho social com famílias em situação de vulnerabilidade social, com o objetivo de prevenir o rompimento dos vínculos familiares. (E) o PAIF agrega os serviços ligados à recomposição de vínculos familiares rompidos e tem como escopo articular os serviços socioassistenciais com as demais políticas públicas. COMENTÁRIO DA QUESTÃO Gabarito: C. De acordo com a lei n° 8.742/1993, art. 24-B fica instituído o Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (Paefi), que integra a proteção social especial e consiste no apoio, orientação e acompanhamento a famílias e indivíduos em situação de ameaça ou violação de direitos, articulando os serviços socioassistenciais com as diversas políticas públicas e com órgãos do sistema de garantia de direitos. 140 5. (SEGEP-MA, 2018) Sobre as garantias do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), que são prestadas aos cidadãos e às famílias em dadas situações, considere: I. As situações pertinentes à concessão dos benefícios eventuais se caracterizam em virtude de nascimento, morte, vulnerabilidade temporária e calamidade pública. II. A concessão e o valor dos benefícios são definidos por lei federal e previstos no orçamento. III. O Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), ouvidas as respectivas representações de Estados e Municípios dele participantes, poderá propor, na medida das disponibilidades orçamentárias das 3 esferas de governo, a instituição de benefícios subsidiários no valor de até 25% do salário mínimo para cada criança de até 6 anos de idade. Está correto o que consta em (A) I, II, III. (B) I e II, apenas. (C) I e III, apenas. (D) III, apenas. (E) II, apenas. COMENTÁRIO DA QUESTÃO Gabarito: C. De acordo com a lei n° 8.742/1993, art. 22, entendem-se por benefícios eventuais as provisões suplementares e provisórias que integram organicamente as garantias do Suas e são prestadas aos cidadãos e às famílias em virtude de nascimento, morte, situações de vulnerabilidade temporária e de calamidade pública. (Item I é verdadeiro). De acordo com o parágrafo 1° a concessão e o valor dos benefícios de que trata este artigo serão definidos pelos Estados, Distrito Federal e Municípios e previstos nas respectivas leis orçamentárias anuais, com base em critérios e prazos definidos pelos respectivos Conselhos de Assistência Social (Item II 141 está errado). De acordo com o CNAS, ouvidas as respectivas representações de Estados e Municípios dele participantes, poderá propor, na medida das disponibilidades orçamentárias das 3 (três) esferas de governo, a instituição de benefícios subsidiários no valor de até 25% (vinte e cinco por cento) do salário-mínimo para cada criança de até 6 (seis) anos de idade (Item III está correto) 6. (MP-PE, 2018) Na Política de Assistência Social, no âmbito de atuação da Proteção Social Especial de Média Complexidade, uma das unidades de referência para a oferta de serviços é o Centro de Referência Especializado de Assistência Social - CREAS. Nessa unidade, há o desenvolvimento do Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos - PAEFI. Esse serviço tem como competência: (A) elaboração de laudos periciais, relatórios ou outros documentos com finalidade de produção de provas para o Ministério Público e Poder Judiciário. (B) prestação de atendimentos que têm por objetivo, suprir as lacunas provenientes da ausência de atendimentos especializados que devem ser ofertados na rede de serviços pelas outras políticas públicas. (C) realização da investigação para a responsabilização dos autores de violência, tendo sua finalidade vinculada a um equipamento institucional conforme definição de competências do Sistema Único de Assistência Social - SUAS. (D) apoio, orientação e acompanhamento a famílias com um ou mais de seus membros em situação de ameaça ou violação de direitos para a promoção de direitos, a preservação e o fortalecimento de vínculos familiares, comunitários e sociais e para o fortalecimento da função protetiva das famílias. (E) execução de ações semelhantes às de outros órgãos, devido ao seu papel complementar e seu caráter público e estatal, por conseguinte, as funções de sua equipe se assemelham com a segurança pública, órgãos de defesa e de responsabilização. COMENTÁRIO DA QUESTÃO 142 Gabarito: D. De acordo com a lei n° 8.742/1993, art. 24-B, fica instituído o Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (Paefi), que integra a proteção social especial e consiste no apoio, orientação e acompanhamento a famílias e indivíduos em situação de ameaça ou violação de direitos, articulando os serviços socioassistenciais com as diversas políticas públicas e com órgãos do sistema de garantia de direitos. 7. (ALESE, 2018) A Secretaria de Estado que gerencia o Sistema Único de Assistência Social − SUAS resolveu regularizar em lei o financiamento e o repasse Fundo a Fundo (do estadual para os municipais) dos recursos destinados a essa política pública. Quanto a essa matéria, (A) o financiamento da assistência social no SUAS deve ser efetuado mediante cofinanciamento dos 3 entes federados, devendo os recursos alocados nos fundos de assistência social ser voltados à operacionalização, prestação, aprimoramento e viabilização dos serviços, programas, projetos e benefícios desta política, além dos dispositivosespecíficos da relação entre a instância estadual e municipal. (B) deve-se considerar o disposto no art. 13 da Lei no 8.742/1993 no que concerne às responsabilidades dos Estados. A gestão compartilhada, o cofinanciamento e a cooperação técnica entre os entes federativos que, de modo articulado, operam a proteção social contributiva, conferem integralidade para o Pacto Federativo firmado através de planos decenais aprovados pelos conselhos de assistência social nas três esferas de governo. (C) o financiamento deve ser considerado como tema prioritário para as entidades e organizações não governamentais de assistência social. Essa parceria, que historicamente atuou nessa política pública, não sofreu alterações com a emergência do SUAS, permitindo que, para a celebração de convênios, não seja obrigatória a observância das disponibilidades orçamentárias. (D) cabe ressaltar que para a elaboração de uma proposta de lei estadual é necessário trazer, de forma explícita, a proibição do uso dos recursos de cofinanciamento para o 143 pagamento de profissionais, mesmo se tratando de ações continuadas, em consonância com o art. 6o da Lei no 12.435/2011. (E) salienta-se que a operação de transferência de recursos Fundo a Fundo não poderá ser efetuada porque esse modo de repasse é privativo da relação da instância federal para a municipal. Assim, os repasses do fundo estadual para os municipais só poderão ser realizados por meio de convênios. COMENTÁRIO DA QUESTÃO Gabarito: A. De acordo com a lei n° 8.742/1993, art. 28, parágrafo 3°, o financiamento da assistência social no Suas deve ser efetuado mediante cofinanciamento dos 3 (três) entes federados, devendo os recursos alocados nos fundos de assistência social ser voltados à operacionalização, prestação, aprimoramento e viabilização dos serviços, programas, projetos e benefícios desta política. 8. (DPE/AM, 2018) É dever do Estado garantir o direito à vida e à saúde da pessoa idosa por meio de políticas públicas que garantam um envelhecimento saudável e condições de vida digna. Nesse sentido, na ocorrência da impossibilidade de sustento do idoso por si ou por sua família, esse provimento é atribuído à (A) Previdência Social. (B) Assistência Social. (C) Saúde. (D) Previdência e Assistência Social. (E) Assistência Social e Saúde. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: B. A assistência social possui o Benefício de Prestação Continuada. De acordo com a lei n° 8.742/1993, art. 20, o benefício de prestação continuada é a garantia de um salário-mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso com 65 (sessenta e cinco anos ou mais) que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção nem de tê-la provida por sua família. 144 9. (TRE/SP, 2017) De acordo com a Lei no 8.742/1993, a Assistência Social é um direito do cidadão, dever do Estado e uma Política de Seguridade Social não contributiva. Em 2011, com as alterações do texto original, passou a ser considerado como objetivo das ações da gestão: (A) os serviços sociais. (B) as relações intergeracionais. (C) a proteção social especial. (D) a proteção social básica. (E) a vigilância socioassistencial. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: E. De acordo com a lei n° 8.742/1993, art. 2°, a assistência social tem por objetivos: a proteção social, que visa à garantia da vida, à redução de danos e à prevenção da incidência de riscos, especialmente: a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; o amparo às crianças e aos adolescentes carentes; a promoção da integração ao mercado de trabalho; a habilitação e reabilitação das pessoas com deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária; e a garantia de 1 (um) salário-mínimo de benefício mensal à pessoa com deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família; a vigilância socioassistencial, que visa a analisar territorialmente a capacidade protetiva das famílias e nela a ocorrência de vulnerabilidades, de ameaças, de vitimizações e danos; a defesa de direitos, que visa a garantir o pleno acesso aos direitos no conjunto das provisões socioassistenciais. 10. (DPE/SP, 2015) A Lei Orgânica de Assistência Social, Lei n° 8.742/1993, representa a transição da lógica da ajuda para a lógica do direito. A implantação e 145 operacionalização da lei ocorre por ação direta estatal e/ou por meio de entidades sociais, que devem atuar de forma (A) definida e planejada com prazos, ofertando serviços dirigidos a segmentos sociais em situação de risco e vulnerabilidade social. (B) continuada e planejada, ofertando serviços sociais de atenção a indivíduos em situação de risco e vulnerabilidade social. (C) continuada, permanente e planejada, ofertando serviços dirigidos às famílias e indivíduos em situação de risco e vulnerabilidade social. (D) permanente e complementar, ofertando serviços especializados a indivíduos em situação de risco e vulnerabilidade social. (E) continuada, permanente e planejada, ofertando serviços eventuais para famílias e indivíduos em situação de risco e vulnerabilidade social. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: C. A resposta refere-se as entidades de atendimento definidas pela lei n° 8.742/1993 que são aquelas entidades que, de forma continuada, permanente e planejada, prestam serviços, executam programas ou projetos e concedem benefícios de prestação social básica ou especial, dirigidos às famílias e indivíduos em situações de vulnerabilidade ou risco social e pessoal. 11. (SABESP, 2014) A Lei n° 12.435/12, que altera a Lei Orgânica da Assistência Social de 1993, no artigo 16 trata da competência dos conselhos. É correto afirmar sobre suas atribuições: (A) Realização de conferências por local e por região distrital de forma obrigatória para a condensação das propostas para as conferências municipais, regionais, estaduais e nacional; definição de prioridades para intervenção da política de assistência social, sobretudo criança e adolescente, idoso e pessoa com deficiência. (B) Realização da execução da política de assistência social, elaboração dos Planos Plurianuais nas três esferas de governo (nacional, estadual e municipal), de acordo com seu âmbito de atuação. Os conselhos deverão ser regulamentados mediante lei específica. (C) Acompanhamento do planejamento, do orçamento e do sistema de monitoramento e avaliação nas três esferas de governo e no Distrito Federal. Para 146 tanto é obrigatório que os conselhos sejam instituídos por medida provisória e seus termos devem estar em consonância com as deliberações da primeira conferência realizada em cada esfera de governo. (D) Acompanhamento da execução da política de assistência social, apreciação e aprovação da proposta orçamentária, em consonância com as diretrizes das conferências nacionais, estaduais, distrital e municipais. De acordo com seu âmbito de atuação, deverão ser instituídas, respectivamente, pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios, mediante lei específica. (E) Estabelecimento de critérios de partilha de recursos para a definição de termo de convênio com a rede de serviços socioassistenciais não governamental; composição de comissão de registro das entidades junto ao Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) e instituição dos conselhos nas três esferas de governo por meio de instrução normativa. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: D. De acordo com a lei n° 8.742/1993 os Conselhos de que tratam os incisos II, III e IV do art. 16, com competência para acompanhar a execução da política de assistência social, apreciar e aprovar a proposta orçamentária, em consonância com as diretrizes das conferências nacionais, estaduais, distrital e municipais, de acordo com seu âmbito de atuação,deverão ser instituídos, respectivamente, pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios, mediante lei específica. 12. (TRT – 6ª REGIÃO, 2012) O benefício de prestação continuada é a garantia de um salário-mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção nem de tê-la provida por sua família. Conforme art. 20 da Lei n° 12.435/11, devem ser considerados na composição familiar, desde que vivam sob o mesmo teto, os (A) irmãos solteiros. (B) filhos casados. (C) enteados casados. (D) irmãos casados. (E) cunhados casados. COMENTÁRIO DA QUESTÃO 147 GABARITO: A. De acordo com a lei n° 8.742/1993, art. 20, parágrafo primeiro, para fins de concessão do Benefício de Prestação Continuada a família é composta pelo requerente, o cônjuge ou companheiro, os pais e, na ausência de um deles, a madrasta ou o padrasto, os irmãos solteiros, os filhos e enteados solteiros e os menores tutelados, desde que vivam sob o mesmo teto. 13. (TRT- 3ª REGIÃO, 2015) A legislação que pauta a política pública de assistência social no Brasil, nos dias de hoje, define que a gestão das ações na área de assistência social ficam organizadas sob a forma de sistema descentralizado e participativo, denominado Sistema Único de Assistência Social − SUAS, e tem por objetivos: I. Consolidar a gestão compartilhada, o cofinanciamento e a cooperação técnica entre os entes federativos que, de modo articulado, operacionalizam a proteção social não contributiva. II. Afiançar a vigilância socioassistencial e a garantia de direitos. III. Implementar a gestão do trabalho e a educação permanente na assistência social. Está correto o que consta em (A) I, apenas. (B) I e II, apenas. (C) I e III, apenas. (D) I, II e III. (E) II e III, apenas. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: D. De acordo com a lei n° 8.742/1993, art. 6° a gestão das ações na área de assistência social fica organizada sob a forma de sistema descentralizado e participativo, denominado Sistema Único de Assistência Social (Suas), com os seguintes objetivos: consolidar a gestão compartilhada, o cofinanciamento e a cooperação técnica entre os entes federativos que, de modo articulado, operam a proteção social não contributiva; integrar a rede pública e privada de serviços, programas, projetos e benefícios de assistência social, na forma do art. 6°-C; 148 estabelecer as responsabilidades dos entes federativos na organização, regulação, manutenção e expansão das ações de assistência social; definir os níveis de gestão, respeitadas as diversidades regionais e municipais; implementar a gestão do trabalho e a educação permanente na assistência social; estabelecer a gestão integrada de serviços e benefícios; e afiançar a vigilância socioassistencial e a garantia de direitos. 14. (TJ/AP, 2014) A Vigilância Socioassistencial é definida como: (A) área vinculada ao sistema jurídico que tem por objetivo organizar dados e informações que fomentem e orientem a proposição de políticas na área do idoso e da pessoa com deficiência. (B) área vinculada à gestão do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e tem como objetivo a produção e a sistematização de informações territorializadas sobre as situações de vulnerabilidade e risco que incidem sobre famílias e indivíduos. (C) moderno sistema de cadastro único implantado pelo Programa Bolsa Família, que permite aos governos estaduais definirem as áreas de maior vulnerabilidade social e operacionalizar a partir desses dados a “busca ativa”. (D) sistema de controle de doenças que integra também as ações da assistência e da educação para identificar focos de maior vulnerabilidade, com isso, orienta a formulação de novas proposições. (E) estudo georeferenciado da pobreza nas regiões mais periféricas das grandes metrópoles e das cidades que tenham grupos populacionais específicos, tais como indígenas e quilombolas. Trata-se de um sistema de coleta de dados que controla o crescimento qualitativo e quantitativo nessas regiões e nesses segmentos. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: B. De acordo com a lei n° 8.742/1993, art. 6-A, parágrafo único, a vigilância socioassistencial é um dos instrumentos das proteções da assistência social que identifica e previne as situações de risco e vulnerabilidade social e seus agravos no território. 149 15. (TJ/AP, 2014) Os Municípios do Amapá que aderiram ao Sistema Único de Assistência Social dispõem, de acordo com as orientações por porte de Município, de uma rede de serviços socioassistenciais de Centros de Referência de Assistência Social − CRAS e Centros de Referência Especializados de Assistência Social − CREAS. No que concerne ao CREAS entende-se que (A) atende especificamente crianças em situação de quebra de vínculos familiares, numa perspectiva de articular junto ao Poder Judiciário a rede de proteção e de acolhimento institucional. (B) organiza um conjunto de ações que visa o atendimento à famílias, podendo ser oferecido o PAEFI (Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos) em entidade governamental ou não governamental a depender das exigências das demandas. (C) compõe de forma integrada e com vinculação direta e hierárquica o Sistema Único de Saúde − SUS, pois em 2010 assumiu o programa de combate ao crak. (D) fora desenhado como um moderno equipamento social que deve atender pessoas em situação de rua e de violência e teve sua legislação alterada recentemente, deixando para o sistema judiciário a atenção de adolescentes autores de ato infracional. (E) se configura como uma unidade pública e estatal, que oferta serviços especializados e continuados a famílias e indivíduos em situação de ameaça ou violação de direitos (violência física, psicológica, sexual, tráfico de pessoas, cumprimento de medidas socioeducativas em meio aberto etc.). COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: E. De acordo com a lei n° 8.742/1993, art. 6-C, parágrafo 3°, os Cras e os Creas são unidades públicas estatais instituídas no âmbito do Suas, que possuem interface com as demais políticas públicas e articulam, coordenam e ofertam os serviços, programas, projetos e benefícios da assistência social. De acordo com o parágrafo 2°, do mesmo artigo, o Creas é a unidade pública de abrangência e gestão municipal, estadual ou regional, destinada à prestação de serviços a indivíduos e famílias que se encontram em situação de risco pessoal ou social, por violação de direitos ou contingência, que demandam intervenções especializadas da proteção social especial. 150 16. (TRT 5ª REGIÃO-2013) A Lei Orgânica de Assistência Social − LOAS, modificada em 2011 pela Lei no 12.435, define, em seu Artigo 3°, que: (A) consideram-se entidades e organizações de assistência social aquelas sem fins lucrativos que prestam atendimento às famílias de comprovada necessidade, em consonância com o disposto no artigo 1o dessa mesma Lei que trata sobre a identificação da necessidade social. (B) consideram-se entidades e organizações de assistência social aquelas sem fins lucrativos que, isolada ou cumulativamente, prestam atendimento e assessoramento aos beneficiários abrangidos por esta Lei, bem como as que atuam na defesa e garantia de direitos. (C) as entidades e organizações assistenciais são aquelas que receberam o atestado de fins filantrópicos emitido pelo Conselho Nacional de Assistência Social. (D) as entidades e organizações assistenciais são aquelas que receberam o atestado de fins filantrópicos emitido pelo Departamento de Certificação da rede socioassistencial privada. (E) consideram-se entidades e organizações de assistência social aquelas sem fins lucrativos que, isolada ou cumulativamente, prestam atendimento e assessoramentoaos beneficiários abrangidos por esta Lei. Retira-se da atual edição aquelas destinadas à defesa de direitos, pois estas podem estar vinculadas a outras políticas sociais. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: B. De acordo com a lei n° 8.742/1993, art. 3° consideram-se entidades e organizações de assistência social aquelas sem fins lucrativos que, isolada ou cumulativamente, prestam atendimento e assessoramento aos beneficiários abrangidos por esta Lei, bem como as que atuam na defesa e garantia de direitos. 17. (TRT 5ª REGIÃO, 2013) Todo o cidadão pode enfrentar uma contingência social que não foi planejada, de ocorrência incerta, mas possível de acontecer, e que pode implicar riscos (ameaças de sérios padecimentos), perdas (privação de bens e segurança social) e danos (agravos sociais e ofensas à integridade moral e cívica de pessoas e famílias). Parcela da população que enfrenta essas contingências sociais 151 necessitam de provisões pontuais previstas no Art. 22 da Lei Orgânica da Assistência Social que podem ser identificadas como (A) benefícios eventuais que são prestados aos cidadãos e às famílias em virtude de nascimento, morte, situações de vulnerabilidade temporária e de calamidade pública. (B) programas de transferência de renda que visam ao repasse direto de recursos aos beneficiários como forma de acesso à renda, visando ao combate à fome, à pobreza e outras formas de privação de direitos que levem à situação de vulnerabilidade social. (C) programas que compreendem ações integradas e complementares, com objetivos, tempo e área de abrangência, definidos para qualificar, incentivar, potencializar e melhorar os benefícios e os serviços assistenciais. (D) serviços que visam à melhoria da vida da população, cujas ações estejam voltadas para as necessidades básicas da população, observando os objetivos, princípios e diretrizes estabelecidas na legislação. (E) projetos que se caracterizam como investimentos econômicos sociais nos grupos populacionais em situação de pobreza buscando subsidiar técnica e financeiramente iniciativas que lhes garantam meios e capacidade produtiva e de gestão, para a melhoria das condições gerais de subsistência. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: A. De acordo com a lei n° 8.742/1993, art. 22, entendem-se por benefícios eventuais as provisões suplementares e provisórias que integram organicamente as garantias do Suas e são prestadas aos cidadãos e às famílias em virtude de nascimento, morte, situações de vulnerabilidade temporária e de calamidade pública. 18. (TRT – 6ª REGIÃO-2012) Pode ser considerada entidade e organização de assistência social aquela sem fins lucrativos que atua na forma de (A) atendimento esporádico e periódico, prestação de serviços, execução de programas ou projetos e concessão de benefícios de proteção social básica ou especial, dirigidos às famílias e indivíduos em situações de vulnerabilidade ou risco social e pessoal. (B) assessoramento apenas pontual para o fortalecimento dos movimentos sociais e das organizações de usuários, formação e capacitação de lideranças, dirigidos ao público da política de assistência social. 152 (C) defesa e garantia de direitos àquelas entidades que, de forma continuada, permanente e planejada, prestam serviços e executam programas e projetos voltados prioritariamente para a defesa e efetivação dos direitos socioassistenciais, dirigidos ao público da política de assistência social. (D) defesa e garantia de direitos humanos em geral para a construção de novos direitos, promoção da cidadania, enfrentamento das desigualdades sociais e articulação com órgãos públicos de defesa de direitos. (E) assessoramento aos movimentos sociais, organizações sindicais e organizações de usuários, formação e capacitação de lideranças, dirigidos aos trabalhadores rurais e urbanos. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: C. De acordo com a lei n° 8.742/1993, art. 3°, parágrafo 3° São de defesa e garantia de direitos aquelas que, de forma continuada, permanente e planejada, prestam serviços e executam programas e projetos voltados prioritariamente para a defesa e efetivação dos direitos socioassistenciais, construção de novos direitos, promoção da cidadania, enfrentamento das desigualdades sociais, articulação com órgãos públicos de defesa de direitos, dirigidos ao público da política de assistência social. 20. (TRF – 2ª REGIÃO, 2012) A proteção social da assistência social apresenta níveis de atenção diferenciados e pode ser compreendida como proteção social: (A) básica para indivíduos com seus direitos violados, que se encontram em situação de vulnerabilidade decorrentes de abandono, privação e perda de vínculos. (B) básica que tem por objetivo prevenir situações de risco, através do desenvolvimento de potencialidades e aquisições, e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários. (C) especial com caráter preventivo e processador da inclusão social, cujas ações são referenciadas nos Centros de Referência de Assistência Social e também por uma rede formada por entidades e organizações assistenciais. (D) especial que se destina à população que vive em situação de vulnerabilidade social decorrente da pobreza e privação, como a ausência de renda e o precário acesso aos serviços públicos, dentre outros, e/ou fragilização de vínculos afetivos. 153 (E) básica destinada a garantir proteção integral, como moradia, alimentação, higienização e trabalho protegido para famílias e indivíduos com seus direitos violados, que necessitam ser afastados de seu núcleo familiar. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: B. De acordo com a lei n° 8.742/1993, art. 6-A, a assistência social organiza-se em dois tipos de proteção: proteção social básica: conjunto de serviços, programas, projetos e benefícios da assistência social que visa a prevenir situações de vulnerabilidade e risco social por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisições e do fortalecimento de vínculos familiares e comunitários; proteção social especial: conjunto de serviços, programas e projetos que tem por objetivo contribuir para a reconstrução de vínculos familiares e comunitários, a defesa de direito, o fortalecimento das potencialidades e aquisições e a proteção de famílias e indivíduos para o enfrentamento das situações de violação de direitos. 21. (MPE/PE, 2012) O Centro de Referência da Assistência Social − CRAS é uma unidade pública estatal que executa serviços, organiza e coordena a rede de serviços socioassistenciais locais da política de assistência social. Deve ser caracterizado como serviço desenvolvido no CRAS: (A) família acolhedora. (B) plantão social. (C) proteção e atendimento integral à família. (D) proteção social especial para pessoas com deficiência, idosos e suas famílias. ((E) proteção social de alta complexidade para situações de violência doméstica. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: C. De acordo com a lei n° 8.742/1993, art. 6-C, parágrafo primeiro, o Cras é a unidade pública municipal, de base territorial, localizada em áreas com maiores índices de vulnerabilidade e risco social, destinada à articulação dos serviços socioassistenciais no seu território de abrangência e à prestação de serviços, programas e projetos socioassistenciais de proteção social básica às famílias. De acordo com o art. 24-A, da mesma lei, fica instituído o Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (Paif), que integra a proteção social básica e consiste na 154 oferta de ações e serviços socioassistenciais de prestação continuada, nos Cras, por meio do trabalho social com famílias em situação de vulnerabilidade social, com o objetivo de prevenir o rompimento dos vínculos familiares e a violência no âmbito de suas relações, garantindo o direito à convivência familiar e comunitária. 22. (INFRAERO, 2011)Os Programas de Assistência Social (Lei no 8.742, de 7 de dezembro de 1993) compreendem (A) ações integradas e complementares com objetivos, tempo e área de abrangência definidos para qualificar, incentivar e melhorar os benefícios e os serviços assistenciais. (B) investimentos econômicos na sociedade civil, buscando subsidiar, financeira e tecnicamente, iniciativas que lhes garantam meios, capacidade produtiva e de gestão para sua emancipação. (C) incentivos a projetos de enfrentamento da pobreza e de infraestrutura urbana assentados em mecanismos de articulação e de participação de diferentes áreas governamentais. (D) conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos e dos demais recursos materiais e humanos da União, dos Estados e do Distrito Federal na prestação de serviços de assistência à população. (E) organização dos serviços públicos de modo a evitar duplicidade de meios para fins idênticos e a capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de assistência. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: A. De acordo com a lei n° 8.742/1993, art. 24 os programas de assistência social compreendem ações integradas e complementares com objetivos, tempo e área de abrangência definidos para qualificar, incentivar e melhorar os benefícios e os serviços assistenciais. 23. (TRT – 3ª Região-2009) Conforme art. 16 da Lei Orgânica de Assistência Social − LOAS, as instâncias deliberativas do sistema descentralizado e participativo de assistência social, de caráter permanente e composição paritária entre governo e sociedade civil, são o 155 (A) Ministério do Bem-Estar Social, o Conselho Nacional de Assistência Social, os Conselhos Estaduais de Assistência Social e os Conselhos Municipais de Assistência Social. (B) Conselho Nacional de Assistência Social, o Conselho Intergestor Tripartite, os Conselhos Estaduais de Assistência Social e os Conselhos Municipais de Assistência Social. (C) Conselho Nacional de Assistência Social, o Fundo Nacional de Assistência Social, o Conselho Intergestor Bipartite e os Conselhos Municipais de Assistência Social. (D) Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, a Secretaria Nacional de Assistência Social, o Conselho Nacional de Assistência Social e os Conselhos Municipais. (E) Conselho Nacional de Assistência Social, os Conselhos Estaduais de Assistência Social, o Conselho de Assistência Social do Distrito Federal e os Conselhos Municipais de Assistência Social. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: E. De acordo com a lei nº 8.742/1993, as instâncias deliberativas do Suas, de caráter permanente e composição paritária entre governo e sociedade civil, são: o Conselho Nacional de Assistência Social; os Conselhos Estaduais de Assistência Social; o Conselho de Assistência Social do Distrito Federal; os Conselhos Municipais de Assistência Social. 24. (TRT – 3ª REGIÃO-2009) Conforme o art. 2°, parágrafo único, da LOAS, a assistência social realiza-se de forma integrada às políticas setoriais, visando ao enfrentamento da pobreza, à garantia dos mínimos sociais, ao provimento de condições para atender contingências sociais e à (A) equidade social. (B) universalização dos direitos sociais. (C) justiça social. (D) emancipação social. (E) potencialização dos usuários dos serviços. COMENTÁRIO DA QUESTÃO 156 GABARITO: B. De acordo com a lei n° 8.742/1993, art. 2°, parágrafo único, para o enfrentamento da pobreza, a assistência social realiza-se de forma integrada às políticas setoriais, garantindo mínimos sociais e provimento de condições para atender contingências sociais e promovendo a universalização dos direitos sociais. 25. (TRT – 3ª Região, 2009) Os conselhos de Assistência Social: Nacional, Estaduais, Municipais e do Distrito Federal, são instâncias de (A) discussão. (B) pactuação. (C) articulação. (D) proposição. (E) deliberação. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: E. De acordo com a lei nº 8.742/1993, as instâncias deliberativas do Suas, de caráter permanente e composição paritária entre governo e sociedade civil, são: o Conselho Nacional de Assistência Social; os Conselhos Estaduais de Assistência Social; o Conselho de Assistência Social do Distrito Federal; os Conselhos Municipais de Assistência Social. 26. (TRF – 2ª REGIÃO-2007) A proteção social na Assistência Social consiste no conjunto de ações, cuidados, atenções, benefícios e auxílios ofertados pelo SUAS - Sistema Único de Assistência Social, para redução e prevenção do impacto das vicissitudes sociais e naturais ao ciclo de vida, à dignidade humana e à família. Quais são as proteções afiançadas pela Assistência Social e aonde as ações previstas são desenvolvidas, respectivamente? (A) A transferência de renda e a prestação de serviço à comunidade / CRAS e CREAS. (B) A proteção social básica e a proteção social especial / CRAS e CREAS. (C) a convivência familiar e a medida sócio-educativa / CREAS E CRAS. (D) a prestação de serviço à comunidade e o benefício de prestação continuada / CRAS e CREAS. (E) O abrigamento e o programa de atenção integral à família / CRAS e CREAS. 157 COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: B. De acordo com a lei n° 8.742/1993, art. 6-C, as proteções sociais, básica e especial, serão ofertadas precipuamente no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), respectivamente, e pelas entidades sem fins lucrativos de assistência social. QUESTÕES DA BANCA IBFC 1. (TJ/PE, 2017) A Política de Assistência Social foi instituída como integrante da Seguridade Social a partir da Constituição de 1988. No entanto, somente a partir da Lei nº.8.742 de 07 de dezembro de 1993 é que a Assistência Social foi regulamentada. Nessa lei temos, indicações, referências e normativas de como a Assistência Social deve ser organizada em todo país. Derivando dessa legislação, podemos inferir que constituem diretrizes da Assistência Social, as seguintes: I. Descentralização político-administrativa para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e comando único das ações em cada esfera de governo. II. Universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação assistencial alcançável pelas demais políticas públicas. III. Participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis. IV. Divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos assistenciais, bem como dos recursos oferecidos pelo Poder Público e dos critérios para sua concessão. V. Primazia da responsabilidade do Estado na condução da política de assistência social em cada esfera de governo. As diretrizes da Assistência Social, de acordo com a Lei nº.8.742 de 07 de dezembro de 1993 forram citadas nas afirmativas: (A) I, IV e V, apenas (B) II, III e V, apenas (C) II, III e IV, apenas (D) I, III e V, apenas (E) I, II e III, apenas 158 COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: D. De acordo com a lei n° 8.742/1993, art. 5° a organização da assistência social tem como base as seguintes diretrizes: descentralização político-administrativa para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e comando único das ações em cada esfera de governo; participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis; primazia da responsabilidade do Estado na condução da política de assistência social em cada esfera de governo. 2. (ILSL-2013) Descentralizado e participativo, que tem por função a gestão do conteúdo específico da Assistência Social no campo da proteção social brasileira. Assinale a alternativa correta sobre o texto: (A) Sistema Único de Saúde - SUS. (B) Sistema de Saúde Privado. (C) Sistemade Educação. (D) Sistema Único de Assistência Social – SUAS. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: D. De acordo com a lei n° 8.742/1993, art. 6° a gestão das ações na área de assistência social fica organizada sob a forma de sistema descentralizado e participativo, denominado Sistema Único de Assistência Social (Suas). 3. (SES-PR, 2016) A Lei n° 8.742/1993 dispôs sobre a organização da Assistência Social no Brasil. No artigo 4° da referida legislação são indicados os princípios de referência para essa política social. Assim sendo, observe as afirmativas abaixo, selecionando apenas aquelas que citam, corretamente, os princípios da Assistência Social, conforme o artigo 4o da Lei n° 8.742/1993. I. Descentralização político-administrativa para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e comando único das ações em cada esfera de governo. II. Supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as exigências de rentabilidade econômica. III. Participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis. 159 IV. Universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação assistencial alcançável pelas demais políticas públicas. Podemos concluir que: (A) Estão corretas as afirmativas I e II. (B) Estão corretas as afirmativas III e IV. (C) Estão corretas as afirmativas II e III. (D) Estão corretas as afirmativas II e IV. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: D. De acordo com a lei n° 8.742/1993, art. 4° a assistência social rege-se pelos seguintes princípios: Supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as exigências de rentabilidade econômica; (Atenção: Isso está citado no item II) Universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação assistencial alcançável pelas demais políticas públicas; (Atenção: Isso está citado no item IV) Respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a benefícios e serviços de qualidade, bem como à convivência familiar e comunitária, vedando-se qualquer comprovação vexatória de necessidade; Igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de qualquer natureza, garantindo-se equivalência às populações urbanas e rurais; Divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos assistenciais, bem como dos recursos oferecidos pelo Poder Público e dos critérios para sua concessão. 4. (SEPLAG/SEDS, 2013) A lei 12.435 de 2011, alterou a lei 8.742 de 1993, referente a organização da Assistência Social. Segundo artigo 2º da referida lei, é objetivo da Assistência Social a proteção social, que visa à garantia da vida, à redução de danos e à prevenção da incidência de riscos e, especialmente: I. a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; II. o amparo às crianças e aos adolescentes carentes; III. a promoção da integração ao mercado de trabalho; 160 IV. a habilitação e reabilitação das pessoas com deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária; V. a garantia de 1 (um) salário-mínimo de benefício mensal à pessoa com deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê- la provida por sua família; Estão corretos APENAS os itens: A) I, II, III, IV e V. B) I, II e IV. C) I, II e III. D) I, II e V. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: A. De acordo com o art. 2° da lei n° 8.742/1993 a assistência social tem por objetivos: a proteção social, que visa à garantia da vida, à redução de danos e à prevenção da incidência de riscos, especialmente: a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; o amparo às crianças e aos adolescentes carentes; a promoção da integração ao mercado de trabalho; a habilitação e reabilitação das pessoas com deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária; e a garantia de 1 (um) salário-mínimo de benefício mensal à pessoa com deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família; a vigilância socioassistencial, que visa a analisar territorialmente a capacidade protetiva das famílias e nela a ocorrência de vulnerabilidades, de ameaças, de vitimizações e danos; a defesa de direitos, que visa a garantir o pleno acesso aos direitos no conjunto das provisões socioassistenciais. 5. (SEPLAG/SEDS, 2013) De acordo com a Lei Nº 12.435, de 6 de julho de 2011, em seu artigo 3º: “Consideram-se entidades e organizações de assistência social aquelas sem fins lucrativos que, isolada ou cumulativamente, prestam atendimento e 161 assessoramento aos beneficiários abrangidos por esta Lei, bem como as que atuam na defesa e garantia de direitos”. Com relação ao tema, analise as afirmativas abaixo: I. São de atendimento aquelas entidades que, de forma continuada, permanente e planejada, prestam serviços, executam programas ou projetos e concedem benefícios de prestação social básica ou especial, dirigidos às famílias e indivíduos em situações de vulnerabilidade ou risco social e pessoal, nos termos desta Lei, e respeitadas as deliberações do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), II. São de assessoramento aquelas que, de forma continuada, permanente e planejada, prestam serviços e executam programas ou projetos voltados prioritariamente para o fortalecimento dos movimentos sociais e das organizações de usuários, formação e capacitação de lideranças, dirigidos ao público da política de assistência social, nos termos desta Lei, e respeitadas as deliberações do CNAS, III. São de defesa e garantia de direitos aquelas que, de forma continuada, permanente e planejada, prestam serviços e executam programas e projetos voltados prioritariamente para a defesa e efetivação dos direitos socioassistenciais, construção de novos direitos, promoção da cidadania, enfrentamento das desigualdades sociais, articulação com órgãos públicos de defesa de direitos, dirigidos ao público da política de assistência social, nos termos desta Lei, e respeitadas as deliberações do CNAS. Estão corretas as afirmativas: A) I e III, apenas B) II e III, apenas. C) I, II e III. D) III, apenas COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: C. De acordo com a lei n° 8.742/1993, art. 3° consideram-se entidades e organizações de assistência social aquelas sem fins lucrativos que, isolada ou cumulativamente, prestam atendimento e assessoramento aos beneficiários abrangidos por esta Lei, bem como as que atuam na defesa e garantia de direitos. São de atendimento aquelas entidades que, de forma continuada, permanente e planejada, prestam serviços, executam programas ou projetos e concedem benefícios de prestação social básica ou especial, dirigidos às famílias e indivíduos em situações de vulnerabilidade ou risco social e pessoal, nos 162 termos desta Lei, e respeitadas as deliberações do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), de que tratam os incisos I e II do art. 18. São de assessoramento aquelas que, de forma continuada, permanente e planejada, prestam serviços e executam programas ou projetos voltados prioritariamente para o fortalecimento dos movimentos sociais e das organizações de usuários, formação e capacitação de lideranças, dirigidos ao público da política de assistência social, nos termos desta Lei, e respeitadas as deliberações do CNAS, de que tratam os incisos I e II do art. 18. São de defesa e garantia de direitos aquelas que, de forma continuada, permanente e planejada, prestam serviços e executam programas e projetos voltados prioritariamente para a defesa e efetivação dos direitos socioassistenciais, construção de novos direitos, promoção da cidadania, enfrentamento das desigualdades sociais, articulação com órgãos públicos de defesa de direitos,dirigidos ao público da política de assistência social, nos termos desta Lei, e respeitadas as deliberações do CNAS, de que tratam os incisos I e II do art. 18. 6. (SEPLAG/SEDS, 2013) Conforme a Lei N° 12.435, de 6 de julho de 2011, que dispõe sobre a organização da Assistência Social, em seu Art. 6º, A gestão das ações na área de assistência social fica organizada sob a forma de sistema descentralizado e participativo, denominado Sistema Único de Assistência Social (Suas), com os seguintes objetivos: I. Consolidar a gestão centralizada, o cofinanciamento e a cooperação técnica entre os entes legislativos que, de modo articulado, operam a proteção social contributiva. II. Integrar a rede pública e privada de serviços, programas, projetos e benefícios de assistência social. III. Estabelecer as atribuições dos entes municipais na modificação das ações de assistência social. IV. Definir os níveis de gestão, respeitadas as diversidades regionais e municipais. V. Implementar a gestão dos recursos humanos permanente na assistência social. VI. Estabelecer a gestão integrada de serviços e benefícios. VII. Afiançar a vigilância socioassistencial e a garantia de direitos. 163 Estão INCORRETAS apenas as afirmativas: (A) I, III e V. (B) II, IV e VII. (C) I, IV e VI. (D) Nenhuma. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: A. A gestão das ações na área de assistência social fica organizada sob a forma de sistema descentralizado e participativo, denominado Sistema Único de Assistência Social (Suas), com os seguintes objetivos: consolidar a gestão compartilhada, o cofinanciamento e a cooperação técnica entre os entes federativos que, de modo articulado, operam a proteção social não contributiva; (Erro do item I ao afirmar que é um objetivo do SUAS consolidar a gestão centralizada, quando na verdade é consolidar a gestão compartilhada) integrar a rede pública e privada de serviços, programas, projetos e benefícios de assistência social, na forma do art. 6o-C; (Item II) estabelecer as responsabilidades dos entes federativos na organização, regulação, manutenção e expansão das ações de assistência social; (Erro do item III ao afirmar que é um objetivo do SUAS estabelecer as atribuições dos entes municipais, quando na verdade é dos entes federativos) definir os níveis de gestão, respeitadas as diversidades regionais e municipais; (Item IV) implementar a gestão do trabalho e a educação permanente na assistência social; (Erro do item V ao afirmar que é um objetivo do SUAS implementar a gestão de recursos humanos permanente, quando na verdade é a gestão do trabalho e a educação permanente) estabelecer a gestão integrada de serviços e benefícios; e (Item VI) afiançar a vigilância socioassistencial e a garantia de direitos. (Item VII) 7. (EMDEC-2014) De acordo com o art. 5º, da Lei da Organização da Assistência Social, a organização da assistência social tem como base as seguintes diretrizes: 164 “a___________________ político-administrativa para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e comando único das ações em cada esfera de governo; participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis; primazia da responsabilidade do ___________na condução da política de assistência social em cada esfera de governo. Assinale a alternativa que completa correta e respectivamente as lacunas. A) centralização / Superintendente. B) descentralização / Estado C) centralização / Estado D) descentralização / Município COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: B. De acordo com a lei n° 8.742/1993, art. 5°, a organização da assistência social tem como base as seguintes diretrizes: descentralização político-administrativa para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e comando único das ações em cada esfera de governo; participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis; primazia da responsabilidade do Estado na condução da política de assistência social em cada esfera de governo. 8. (EMDEC, 2014) De acordo com o artigo 16, da Lei Orgânica da Assistência Social, são instâncias deliberativas do SUAS- Sistema Único da Assistência Social, de caráter permanente e composição paritária entre governo e sociedade civil, são: (A) Conselho Nacional de Assistência Social; os Conselhos Estaduais de Assistência Social; (B) Conselho de Assistência Social do Distrito Federal e os Conselhos Municipais de Assistência Social. (C) Conselho Nacional de Assistência Social; os Conselhos Estaduais de Assistência Social e os Conselhos Municipais de Assistência Social. (D) Conselho Nacional de Assistência Social; os Conselhos Estaduais de Assistência Social; Conselho de Assistência Social do Distrito Federal. COMENTÁRIO DA QUESTÃO 165 GABARITO: A. De acordo coma lei n° 8.742/1992, art. 16, as instâncias deliberativas do Suas, de caráter permanente e composição paritária entre governo e sociedade civil, são: O Conselho Nacional de Assistência Social; Os Conselhos Estaduais de Assistência Social; O Conselho de Assistência Social do Distrito Federal; Os Conselhos Municipais de Assistência Social. QUESTÕES DA BANCA CONSULPLAN 1. (FSERJ, 2020) Conforme a Lei Orgânica de Assistência Social, “as ações das três esferas de governo na área de assistência social realizam-se de forma articulada, cabendo a coordenação e as normas gerais à esfera federal e a coordenação e execução dos programas, em suas respectivas esferas, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios”. No processo de implementação da Política de Assistência Social compete aos municípios, EXCETO: (A) Atender às ações assistenciais de caráter de emergência. (B) Realizar o monitoramento e a avaliação da política de assistência social em seu âmbito. (C) Executar os projetos de enfrentamento da pobreza, incluindo a parceria com as organizações da sociedade civil. (D) Responder pela concessão e manutenção dos benefícios de prestação continuada definidos pelo Art. 203 da Constituição Federal. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: D. Conforme a LOAS, Art.15, não é competência dos municípios responder pela concessão e manutenção dos benefícios de prestação continuada definidos pelo Art. 203 da Constituição Federal, essa é uma competência da UNIÃO, mencionada no Art.12. 2. (PREFEITURA DE FORMIGAS/MG, 2020) Sobre a definição e objetivos da Lei Orgânica da Assistência Social, é correto afirmar que: 166 (A) A assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é Política de Seguridade Social contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e privada, para garantir o atendimento às necessidades de extrema pobreza. (B) A assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é Política de Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas. (C) A assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é política de transferência de renda, não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades excepcionais. (D) A assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é Política Social autônoma e independente, não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas e emergenciais COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: B. Conforme o Art.1º da Lei 8.742/93 “ A assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é Política de Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas”. 3. (TRF-2° REGIÃO, 2017) Acerca do financiamento da assistência social, conforme dispõe a Lei Orgânica da Assistência Social, Lei Federal nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993, assinale a afirmativa INCORRETA. (A) Constitui receita do Fundo Nacional de Assistência Social, o produto da alienação dos bens imóveis da extinta Fundação Legião Brasileira de Assistência. (B) O financiamento dos benefícios, serviços, programas e projetos estabelecidos na Lei anteriormente referida far-se-á, em sua totalidade, com do Fundo Nacional de Assistência Social. (C) Caberá a/o ente federado responsável pela utilização dos recursos do respectivo Fundo de Assistência Social o controle e o acompanhamento dos serviços, programas, 167 projetos e benefícios, por meio dos respectivos órgãos de controle, independentemente de ações do órgão repassador dos recursos. (D) A utilização dos recursos federais descentralizados para os fundos de assistência social dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal será declarada pelos entes recebedores ao ente transferidor, anualmente, mediante relatório de gestão submetido à apreciação do respectivo Conselho de Assistência Social, que comprove a execução das ações na forma de regulamento. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: B. Conforme o Art. 28 da Lei 8.742 o financiamento dos benefícios, serviços, programas e projetos estabelecidos na LOAS far-se-á com os recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, das demais contribuições sociais previstas no art. 195 da Constituição Federal, além daqueles que compõem o Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS). 4. (CBTU, 2014) De acordo com a Lei Orgânica da Assistência Social nº 8.742/1993, a Assistência Social, direito do cidadão e dever do Estado, é Política de Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas. NÃO corresponde a especificações do objetivo da Assistência Social relacionada à proteção social e que visa à garantia da vida, à redução de danos e à prevenção da incidência de riscos: (A) Promoção da integração ao mercado de trabalho. (B) Proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice. (C) Habilitação e reabilitação das pessoas com deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária. (D) Garantia de meio salário mínimo de benefício mensal à pessoa com deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: D. A lei n° 8.742/1993, art.2° estabelece que a assistência social tem como objetivos: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm#art195 168 A proteção social, que visa à garantia da vida, à redução de danos e à prevenção da incidência de riscos; A vigilância socioassistencial, que visa a analisar territorialmente a capacidade protetiva das famílias e nela a ocorrência de vulnerabilidades, de ameaças, de vitimizações e danos; A defesa de direitos, que visa a garantir o pleno acesso aos direitos no conjunto das provisões socioassistenciais. Em relação ao objetivo da proteção social, que visa à garantia da vida, à redução de danos e à prevenção da incidência de riscos a lei estabelece algumas proteções especiais nela contidas: A proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; O amparo às crianças e aos adolescentes carentes; A promoção da integração ao mercado de trabalho; A habilitação e reabilitação das pessoas com deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária; e A garantia de 1 (um) salário-mínimo de benefício mensal à pessoa com deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família; (A letra D refere-se a essa especificação, porém colocou que é meio salário o que não está em conformidade com a lei por isso é a resposta da questão) 5. (PREFEITURA DE CANTAGALO-RJ, 2013) “A assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é Política de Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas”. Sobre a garantia dessas necessidades, segundo o Benefício de Prestação Continuada (BPC), assinale a afirmativa correta. (A) A concessão do benefício ficará sujeita a exame médico pericial e laudo realizados pelos serviços de perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). (B) Para os efeitos do disposto no caput, entende-se como família o conjunto de pessoas elencadas no art. 16 da Lei nº 8.213/91, desde que vivam sob o mesmo teto. 169 (C) A garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa com deficiência e/ou ao idoso que comprove não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família. (D) Para efeito de concessão deste benefício, considera-se impedimentos de longo prazo aqueles que incapacitam a pessoa com deficiência para a vida independente e para o trabalho pelo prazo mínimo de dois anos. (E) A deficiência será comprovada através de avaliação e laudo expedido por serviço que conte com equipe multiprofissional do Sistema Único de Saúde (SUS) ou do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), credenciados para esse fim pelo Conselho Municipal de Assistência Social. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: C. Segundo a lei n° 8.742/1993, art. 20 o Benefício de Prestação Continuada é a garantia de 1 (um) salário-mínimo de benefício mensal à pessoa com deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família 6. (PREFEITURA DE CANTAGALO/RJ, 2013) A assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é a Política de Seguridade Social não contributiva, que prevê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas. Portanto, para garantir o atendimento às necessidades básicas, a assistência social é regida pelo princípio da (A) promoção da integração ao mercado de trabalho. (B) primazia da responsabilidade do Estado na condução da política de assistência social em cada esfera de governo. (C) habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária. (D) universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação assistencial alcançável pelas demais políticas públicas. (E) participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis. COMENTÁRIO DA QUESTÃO 170 GABARITO: D. O art. 4° da lei n° 8.742/1993 estabelece que a assistência social rege-se pelos seguintes princípios: supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as exigências de rentabilidade econômica; universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação assistencial alcançável pelas demais políticas públicas; respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a benefícios e serviços de qualidade, bem como à convivência familiar e comunitária, vedando-se qualquer comprovação vexatória de necessidade; igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação dequalquer natureza, garantindo-se equivalência às populações urbanas e rurais; divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos assistenciais, bem como dos recursos oferecidos pelo Poder Público e dos critérios para sua concessão 7. (PREFEITURA DE PAULO AFONSO/BA, 2008) As ações na área de assistência social são organizadas em sistema descentralizado e participativo, constituído pelas entidades e organizações de assistência social que articule meios, esforços e recursos, e por um conjunto de instâncias deliberativas compostas pelos diversos setores envolvidos na área. Sobre a organização e gestão da assistência social, é correto afirmar que: (A) A instância coordenadora da Política Nacional de Assistência Social é o Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS). (B) As ações de assistência social, no âmbito das entidades e organizações de assistência social, observarão as normas expedidas pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) órgão responsável por sua fiscalização e controle. (C) As ações das três esferas de governo na área de assistência social realizam-se de forma articulada, cabendo a coordenação e as normas gerais à esfera federal e à coordenação e execução dos programas, em suas respectivas esferas, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios. (D) A União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal não podem celebrar convênios com entidades e organizações de assistência social. 171 (E) O funcionamento das entidades e organizações de assistência social não depende de prévia inscrição no respectivo Conselho Municipal de Assistência Social ou no Conselho de Assistência Social do Distrito Federal, conforme o caso. COMENTÁRIO DA QUESTÃO 04 Gabarito: C. A alternativa C está totalmente de acordo com o artigo n° 11 da Lei 8.742 que afirma que “as ações das três esferas de governo na área de assistência social realizam-se de forma articulada, cabendo a coordenação e as normas gerais à esfera federal e a coordenação e execução dos programas, em suas respectivas esferas, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios”. 8. (PREFEITURA DE NATIVIDADE, 2014) Segundo a Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS (Lei Federal nº 8.742, de 07 de dezembro de 1993), as ações das três esferas de governo na área de assistência social realizam‐se de forma articulada, cabendo a coordenação e as normas gerais à esfera federal e a coordenação e a execução dos programas, em suas respectivas esferas, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios. Em relação às competências atribuídas por Lei, de acordo com o contexto anterior, à União, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas. ( ) Delegar aos Estados e Municípios, a concessão e manutenção dos benefícios de prestação continuada definidos no art. 203 da Constituição Federal. ( ) Cofinanciar, por meio de transferência automática, o aprimoramento da gestão, os serviços, os programas e os projetos de assistência social em âmbito nacional. ( ) Delegar o atendimento aos Estados, o Distrito Federal e os Municípios, das ações assistenciais de caráter de emergência. ( ) Realizar o monitoramento e a avaliação da política de assistência social e assessorar Estados, Distrito Federal e Municípios para seu desenvolvimento. A sequência está correta em A) V, V, V, F. B) F, V, V, V. C) F, V, V, F. D) F, V, F, V. COMENTÁRIO DA QUESTÃO 172 GABARITO: D. (F, V, F, V). A lei n° 8.742/1993 em seu art. 12 estabelece que compete à União: Responder pela concessão e manutenção dos benefícios de prestação continuada definidos no art. 203 da Constituição Federal; Cofinanciar, por meio de transferência automática, o aprimoramento da gestão, os serviços, os programas e os projetos de assistência social em âmbito nacional; Atender, em conjunto com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, às ações assistenciais de caráter de emergência. Realizar o monitoramento e a avaliação da política de assistência social e assessorar Estados, Distrito Federal e Municípios para seu desenvolvimento. 9. (CODESP, 2012) A assistência social realiza-se de forma integrada às políticas setoriais, garantindo mínimos sociais e provimento de condições para atender contingências sociais e promovendo a universalização dos direitos sociais. Considerando a organização e gestão dessa política, marque a alternativa correta. (A) A gestão das ações na área de assistência social está organizada sob a forma de programa descentralizado e participativo, denominado Programa de Atenção Integral à Família (PAIF). (B) A instância coordenadora da Política Nacional de Assistência Social é o Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS). (C) A vigilância sócio assistencial é um dos instrumentos das proteções da assistência social que identifica e previne as situações de risco e vulnerabilidade social e seus agravos no território. (D) A vinculação de uma entidade de assistência social ao sistema unificado e participativo não significa o reconhecimento, pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, de que a mesma integra a rede sócio assistencial. (E) O funcionamento das entidades e organizações de assistência social independe de prévia inscrição no respectivo Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS). COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: C. De acordo com o Art. 6° da Lei 8.742/1993 “ A vigilância sócia assistencial é um dos instrumentos das proteções da assistência social que identifica e 173 previne as situações de risco e vulnerabilidade social e seus agravos no território”, dessa forma a alternativa C está correta. 10. (DMAE, 2011) É correto afirmar sobre o financiamento da assistência social brasileira que (A) cabe ao Conselho de Assistência Social nas três esferas de governo gerir o Fundo de Assistência Social. (B) o financiamento da assistência social no Sistema Único de Assistência Social (SUAS) deve ser efetuado mediante cofinanciamento dos três entes federados. (C) os recursos alocados nos fundos de assistência social devem ser voltados exclusivamente à operacionalização desta política. (D) o produto da alienação dos bens imóveis da extinta Fundação Legião Brasileira de Assistência não constitui receita do Fundo Nacional de Assistência Social. (E) os recursos de responsabilidade da União destinados à assistência social serão automaticamente repassados aos executivos estaduais e municipais cabendo a eles o repasse aos seus respectivos fundos. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: B. A lei n° 8.742/1993 (Lei Orgânica da Assistência Social) no parágrafo 3° do art. 28 estabelece que o financiamento da assistência social no Suas deve ser efetuado mediante cofinanciamento dos 3 (três) entes federados, devendo os recursos alocados nos fundos de assistência social ser voltados à operacionalização, prestação, aprimoramento e viabilização dos serviços, programas, projetos e benefícios desta política. 11. (DMAE, 2011) A garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa com deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família é um dos objetivos do(a) (A) Assistência Social. (B) Previdência Social. (C) Estatuto do Idoso. (D) Política Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência. (E) Política Nacional de Geração de Emprego e Renda. 174 COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: A. De acordo com a lei n° 8.742/1993 em seu art. 2° estabelece como objetivos da Assistência Social A proteção social, que visa à garantia da vida, à redução de danos e à prevenção da incidência de riscos, especialmente: A proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; O amparo às crianças e aos adolescentes carentes; A promoção da integração ao mercado de trabalho; A habilitação e reabilitaçãodas pessoas com deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária; e A garantia de 1 (um) salário-mínimo de benefício mensal à pessoa com deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família; A vigilância socioassistencial, que visa a analisar territorialmente a capacidade protetiva das famílias e nela a ocorrência de vulnerabilidades, de ameaças, de vitimizações e danos; A defesa de direitos, que visa a garantir o pleno acesso aos direitos no conjunto das provisões socioassistenciais 12. (DMAE, 2011) A partir da compreensão de entidades e organizações de assistência social definida na Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), é correto afirmar que (A) consideram-se entidades e organizações de assistência social aquelas sem fins lucrativos que, isolada ou cumulativamente, prestam atendimento e assessoramento aos beneficiários abrangidos pela LOAS, exceto as que atuam na defesa e garantia de direitos. (B) entende-se por entidades e organizações de assistência social aquelas sem fins lucrativos que, isoladamente, prestam atendimento aos beneficiários abrangidos pela LOAS, exceto as que atuam na defesa e garantia de direitos. (C) são entidades e organizações de assistência social aquelas sem fins lucrativos que, isolada ou cumulativamente, prestam atendimento e assessoramento aos 175 beneficiários abrangidos pela LOAS, bem como as que atuam na defesa e garantia de direitos. (D) entende-se por entidades e organizações de assistência social aquelas com fins lucrativos que, cumulativamente, prestam, exclusivamente, atendimento aos beneficiários abrangidos pela LOAS, exceto as que atuam na defesa e garantia de direitos. (E) são entidades e organizações de assistência social aquelas sem fins lucrativos que, isolada ou cumulativamente, prestam, exclusivamente, assessoramento aos beneficiários abrangidos pela LOAS, bem como as que atuam na defesa e garantia de direitos COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: C. De acordo com a lei n° 8.742/1993 (Lei Orgânica da Assistência Social) em seu art. 3°, consideram-se entidades e organizações de assistência social aquelas sem fins lucrativos que, isolada ou cumulativamente, prestam atendimento e assessoramento aos beneficiários abrangidos por esta Lei, bem como as que atuam na defesa e garantia de direitos. 13. (PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DE UBÁ/RJ, 2012) Assinale a alternativa que representa uma diretriz da assistência social brasileira: (A) Supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as exigências de rentabilidade econômica. (B) Universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação assistencial alcançável pelas demais políticas públicas. (C) Primazia da responsabilidade do Estado na condução da política de assistência social em cada esfera de governo. (D) Respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a benefícios e serviços de qualidade, bem como à convivência familiar e comunitária, vedando-se qualquer comprovação vexatória de necessidade. (E) Divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos assistenciais, bem como dos recursos oferecidos pelo Poder Público e dos critérios para sua concessão. COMENTÁRIO DA QUESTÃO 176 GABARITO: C. De acordo com a lei n° 8.742/1993, art. 5°, a organização da assistência social tem como base as seguintes diretrizes: descentralização político-administrativa para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e comando único das ações em cada esfera de governo; participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis; primazia da responsabilidade do Estado na condução da política de assistência social em cada esfera de governo. Nas demais alternativas foram citados princípios da política de Assistência Social que se encontram no art. 4° da lei n° 8.742/1993. 14. (AVAPE, 2013) A família contemporânea é atravessada por várias questões que alteram profundamente sua configuração. Para concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC), considera-se família exclusivamente requerente, (A) o cônjuge ou companheiro, os filhos menores e maiores independente de viverem sob o mesmo teto. (B) pai ou mãe biológico, cônjuge ou companheiro e filhos menores, independente de viverem sob o mesmo teto. (C) os filhos maiores ou menores, casados ou solteiros, e o cônjuge ou companheiro, desde que vivam sob o mesmo teto. (D) os filhos maiores ou menores, casados ou solteiros, e o cônjuge ou companheiro, independente de viverem sob o mesmo teto. (E) o cônjuge ou companheiro, os pais e, na ausência de um deles, a madrasta ou o padrasto, os irmãos solteiros, os filhos e enteados solteiros e os menores tutelados, desde que vivam sob o mesmo teto. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: E. De acordo com a lei n° 8.742/1993, art. 20, parágrafo 1° para os efeitos de concessão do Benefício de Prestação Continuada, a família é composta pelo requerente, o cônjuge ou companheiro, os pais e, na ausência de um deles, a madrasta ou o padrasto, os irmãos solteiros, os filhos e enteados solteiros e os menores tutelados, desde que vivam sob o mesmo teto. 177 15. (AVAPE, 2013) Sobre a contratação de pessoa com deficiência como aprendiz, é correto afirmar que a (A) pessoa com deficiência somente pode ser contratada como aprendiz se for menor de 18 anos. (B) pessoa com deficiência não pode exercer nenhuma atividade remunerada, nem na condição de aprendiz. (C) contratação de pessoa com deficiência como aprendiz resulta na suspensão do Benefício de Prestação Continuada (BPC) se a mesma for beneficiária. (D) contratação de pessoa com deficiência e beneficiária do Benefício de Prestação Continuada (BPC) como aprendiz só é permitida se a mesma abrir mão do benefício. (E) contratação de pessoa com deficiência como aprendiz não acarreta a suspensão do Benefício de Prestação Continuada (BPC), limitado a dois anos o recebimento concomitante da remuneração e do Benefício, se a mesma for beneficiária. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: E. De acordo com a lei n° 8.742/1993, art. 21-A, parágrafo 2°, a contratação de pessoa com deficiência como aprendiz não acarreta a suspensão do benefício de prestação continuada, limitado a 2 (dois) anos o recebimento concomitante da remuneração e do benefício. QUESTÕES DA BANCA QUADRIX 1. (PREFEITURA DE JATAÍ/GO, 2019) A Política de Assistência Social tem por funções a proteção social, a vigilância socioassistencial e a defesa de direitos. Segundo a LOAS, a vigilância socioassistencial e a defesa de direitos. Segundo a LOAS, a vigilância socioassistencial tem por objetivo: (A) realizar ações para construir e fortalecer os vínculos familiares, comunitários e societários. (B) analisar territorialmente a capacidade protetiva das famílias e nela a ocorrência de vulnerabilidades, de ameaças, de vitimizações e de danos. (C) identificar espaços e oportunidades para o exercício da cidadania ativa e incentivar a participação da comunidade no enfrentamento dos problemas sociais. 178 (D) integrar ações de iniciativa pública e da sociedade que ofertam e operam benefícios, serviços, programas e projetos, para o enfrentamento das vulnerabilidades sociais. (E) desenvolver ações para alcançar a universalização da cobertura da Política de Assistência Social e promover o acesso da população aos serviços, programas e projetos nessa área. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: B. De acordo com o inciso II, do Art.2 a vigilância socioassistencial visa a analisar territorialmente a capacidade protetiva das famílias e nela a ocorrência de vulnerabilidades, de ameaças, de vitimizações e danos. 2. (PREFEITURA DE JATAÍ/GO, 2019) De acordo coma LOAS, assinale a alternativa correta. (A) O respeito ao direito no acesso ao atendimento e à individualidade do cidadão, sem discriminação de qualquer natureza, garantindo‐se igualdade às populações urbanas e rurais, é um dos princípios da Política de Assistência Social. (B) A descentralização político‐administrativa e a responsabilidade compartilhada entre o Estado e a sociedade civil na condução da Política de Assistência Social são diretrizes da organização da assistência social. (C) Cabe ao Ministério Público zelar pelo efetivo respeito aos direitos estabelecidos na LOAS. (D) As ações no Sistema Único de Assistência Social (SUAS) têm por objetivo a proteção à família, à maternidade, à infância, à pessoa com deficiência, à adolescência e à velhice e, como base de organização, a matricialidade familiar. (E) O funcionamento das entidades e organizações de assistência social depende de prévia inscrição no CRAS, se as instituições atuarem na proteção social básica, ou nos Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS), se atuarem na proteção social especial. COMENTÁRIO DA QUESTÃO 179 GABARITO: C. De acordo com o Art. 31 da Lei 8.742/93 “cabe ao Ministério Público zelar pelo efetivo respeito aos direitos estabelecidos na LOAS”. 3. (PREFEITURA DE JATAÍ/GO, 2019) Os benefícios eventuais, previstos na LOAS, são provisões suplementares e provisórias que integram as garantias do SUAS. Sendo assim, assinale a alternativa que apresenta situação em que não é contemplado o direito de receber esse benefício. (A) morte (B) nascimento (C) vulnerabilidade temporária (D) vulnerabilidade crônica (E) calamidade pública COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: D. De acordo com o Art. 22 da LOAS entendem-se por benefícios eventuais as provisões suplementares e provisórias que integram organicamente as garantias do Suas e são prestadas aos cidadãos e às famílias em virtude de nascimento, morte, situações de vulnerabilidade temporária e de calamidade pública. Apenas “vulnerabilidade crônica” não está sendo citada nesse artigo. 4. (PREFEITURA DE JATAÍ/GO-2019) Com relação ao benefício de prestação continuada, previsto na LOAS, assinale a alternativa correta. (A) A contratação de pessoa com deficiência como aprendiz não acarreta a suspensão do benefício de prestação continuada, sendo limitado a dois anos o recebimento concomitante da remuneração e do benefício. (B) Considera‐se como incapaz de prover a manutenção da pessoa com deficiência ou idosa a família cuja renda mensal per capita seja inferior a um terço do salário‐mínimo. (C) A revisão da concessão do benefício de prestação continuada será realizada a cada cinco anos, para avaliação da continuidade das condições que lhe deram origem. 180 (D) O desenvolvimento das capacidades cognitivas, motoras ou educacionais da pessoa com deficiência e a realização de atividades não remuneradas de habilitação e reabilitação constituem motivo de suspensão ou cessação do benefício. (E) A cessação do benefício de prestação continuada concedido à pessoa com deficiência impedirá nova concessão do benefício, sob quaisquer circunstâncias. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: A. De acordo com o Art.21-A, § 2° “ a contratação de pessoa com deficiência como aprendiz não acarreta a suspensão do benefício de prestação continuada, limitado a 2 (dois) anos o recebimento concomitante da remuneração e do benefício”. 5. (PREFEITURA DE CRISTALINA/GO, 2019) Diante do avanço do ideário neoliberal e da retração do Estado na oferta das políticas sociais, faz‐se necessária a defesa intransigente dos direitos sociais previstos na lei. Para isso, é importante conhecer, com profundidade, as diretrizes que orientam as políticas sociais. De acordo com a Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), assinale a alternativa correta. (A) As ações ofertadas no âmbito do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) têm por objetivo a proteção à família, à pessoa com deficiência e às pessoas em situação de vulnerabilidade social e, como base de organização, a matricialidade familiar. (B) A pessoa com deficiência e o idoso com 65 anos ou mais de idade que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção nem de tê‐la provida por sua família possuem o direito de receber o benefício de prestação continuada, desde que a renda mensal per capita seja inferior a 1 do salário‐mínimo. (C) A aprovação da Política Nacional de Assistência Social é de competência da Administração Pública, em suas diferentes esferas de poder: municipal; estadual; distrital; e nacional. (D) Os benefícios eventuais são prestados aos cidadãos e às famílias em virtude de nascimento, morte, situações de vulnerabilidade temporária e de calamidade pública. 181 (E) A assistência social organiza‐se por meio da proteção social básica, da proteção social especial, da proteção social de elevada complexidade e da proteção social excepcional. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: D. De acordo com o Art. 22 da lei 8.742/93 “Entendem-se por benefícios eventuais as provisões suplementares e provisórias que integram organicamente as garantias do Suas e são prestadas aos cidadãos e às famílias em virtude de nascimento, morte, situações de vulnerabilidade temporária e de calamidade pública”. QUESTÕES DA BANCA COMPERVE 1. (PREFEITURA DE SÃO RAFAEL, 2016) De acordo com a Lei 8.742, de 7 de dezembro de 1993 (LOAS), atualizada pela Lei 12.435, de 06 de julho de 2011, as entidades e organizações de assistência social podem ser de (A) assessoramento, de promoção da cidadania e de enfrentamento a pobreza. (B) proteção social básica, de prestação de serviços e de promoção de direitos. (C) defesa de direitos, de proteção social básica e de atendimento. (D) atendimento, de assessoramento e de garantia e defesa de direitos. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: D. De acordo com a lei n° 8.742/1993, art. 3° consideram-se entidades e organizações de assistência social aquelas sem fins lucrativos que, isolada ou cumulativamente, prestam atendimento e assessoramento aos beneficiários abrangidos por esta Lei, bem como as que atuam na defesa e garantia de direitos. 2. (PREFEITURA DE SÃO RAFAEL, 2016) Segundo a Lei n° 8.742 e suas alterações pela Lei n° 12.435/2011, o Centro de Referência de Assistência Social - CRAS é uma unidade pública municipal, de base territorial, localizada em áreas com maiores índices de vulnerabilidade e risco social, destinada à 182 (A) articulação dos serviços socioassistencias no seu território de abrangência e à prestação de serviços, programas e projetos socioassistenciais de proteção social básica às famílias. (B) prestação de serviços a indivíduos e famílias que se encontram em situação de risco pessoal ou social, por violação de direitos ou contingência, que demandam intervenções especializadas da proteção social especial. (C) prestação de serviços que visem à reconstrução de vínculos familiares e comunitários, ao fortalecimento de potencialidades e aquisições e à proteção de famílias e indivíduos em situações de risco pessoal e social, por violação de direitos. (D) articulação de serviços com a finalidade de prover atenção socioassistencial e acompanhamento a adolescentes e jovens em cumprimento de medidas socioeducativas. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: A. De acordo com a lei n° 8.742/1993, art. 6° C, parágrafo primeiro o Cras é a unidade pública municipal, de base territorial, localizada em áreas com maiores índices de vulnerabilidade e risco social, destinada à articulação dos serviços socioassistenciais no seu território de abrangência e à prestação de serviços, programas e projetos socioassistenciais de proteção social básica às famílias. 3. (PREFEITURA DE SÃO PAULO DO POTENGI, 2014) No âmbito da política de assistência social, as açõespreventivas voltadas para a convivência, socialização, acolhimento, visando desenvolver potencialidades, aquisições e vínculos familiares e comunitários, são ações próprias (A) da vigilância socioassistencial. (B) do trabalho com famílias. (C) da proteção de alta complexidade. (D) da proteção social básica. COMENTÁRIO DA QUESTÃO 183 GABARITO: D. De acordo com a lei n° 8.742/1993, art. 6°A, inciso I a proteção social básica diz respeito ao conjunto de serviços, programas, projetos e benefícios da assistência social que visa a prevenir situações de vulnerabilidade e risco social por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisições e do fortalecimento de vínculos familiares e comunitários. 4. (UFRN, 2012) Uma das demandas crescentes para os profissionais de Serviço Social é a elaboração de Programas e Projetos Sociais. Com base nos princípios estabelecidos pelo Código de Ética Profissional e o disposto na Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS - LEI Nº 8.742, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1993), no seu artigo. 4º, é correto afirmar: (A) Como não há definição para a complexidade que define “necessidades sociais”, o critério de renda é central para a definição de parâmetros de atendimento a serem incorporados nos projetos sociais. (B) As necessidades sociais são prioritariamente decorrentes da caracterização da pobreza. Portanto, ao elaborar projetos sociais, o corte de renda é fundamental para delimitar critérios de elegibilidade. (C) Ao elaborar projetos sociais, o assistente social não deve submeter as necessidades sociais ao critério prioritário de renda, porque a pobreza é uma das manifestações da Questão Social. (D) A inserção em programas e em projetos sociais depende de aspectos comportamentais e da adesão das famílias às condicionalidades estabelecidas. COMENTÁRIO DA QUESTÃO GABARITO: C. De acordo com a lei n° 8.742/1993, art. 4° são princípios da assistência social: • supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as exigências de rentabilidade econômica; • universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação assistencial alcançável pelas demais políticas públicas; 184 • respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a benefícios e serviços de qualidade, bem como à convivência familiar e comunitária, vedando-se qualquer comprovação vexatória de necessidade; • igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de qualquer natureza, garantindo-se equivalência às populações urbanas e rurais; • divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos assistenciais, bem como dos recursos oferecidos pelo Poder Público e dos critérios para sua concessão. Desse modo, com base no princípio da supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as exigências de rentabilidade econômica o assistente social não deve submeter as necessidades sociais ao critério prioritário de renda. Referências Usadas: Constituição Federal de 1988- Disponível em< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm > Estatuto da Criança e do Adolescente- Disponível em<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069Compilado.htm > Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome- Disponível em< http://www.mds.gov.br/>