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A Importância da EJA e o Papel do Professor

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9
LETRAS - LICENCIATURA EM LÍNGUA PORTUGUESA E RESPECTIVAS LITERATURAS 
EMERSON DE SOUSA MENDES CRUZ
A IMPORTÂNCIA DA EJA E O PAPEL DO PROFESSOR NESSA MODALIDADE DE ENSINO
São Luis-MA
2020
emerson de sousa mendes cruz
A IMPORTÂNCIA DA EJA E O PAPEL DO PROFESSOR NESSA MODALIDADE DE ENSINO
Produção Textual Interdisciplinar Individual – PTI, da Universidade Pitágoras Unopar, apresentado para a disciplina Atividade Interdisciplinar, do curso de Letras Licenciatura como requisito para a obtenção de nota ao final de semestre letivo. 
Orientador(a):Prof. Steffani Priscila Leo dos Santos Rocco 
São 
São Luis-MA
2020
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	3
2 A EJA NO CONTEXTO HISTÓRICO	4
2.1 Paulo Freire: sua relação com a EJA	5
2.2 O papel professor para Paulo Freire	6
3 O PAPEL PROFESSOR NA MODALIDADE EJA	7
4 CONCLUSÃO	8
REFERÊNCIAS	9
1 introdução 
Garantir o acesso de pessoas jovens e adultos à educação é, antes de tudo, respeitar um direito do ser humano; direito esse garantido pela Constituição Federal. Os jovens e adultos que não sabem ler, ou com pouca escolaridade, são pessoas que tiveram no seu passado algum impedimento devido um fato da vida ou sobrevivência. Sabemos que as pessoas que passam por processos educativos escolares, podem exercer melhor sua cidadania e deste modo ter autonomia na vida em sociedade. E foi pensando e refletindo nessas codições que veio a tona a vontade e a inquieção de se desdobrar sobre esse assunto, e ainda desssmmmistificar muitos mitos sobre a Educação de Jóvens e Adutos. 
Os problemas socioeconômicos, falta de qualificação dos profissionais e metodologias inadequadas são alguns dos desafios encontrados de um modo geral no nosso sistema educacional, sobretudo na EJA. Diversos estudos apontam os desafios encontrados na EJA, tanto para o docente quanto para o discente. É direito de todos terem acesso à informação por meio dos avanços tecnológicos, e para isso é necessário criar condições que para homens e mulheres desenvolvam suas competências para criar, dialogar e intervir como diferente, assumir seus lugares no mundo, compreendendo e (re) significando a realidade. Para que tudo isso aconteça é necessário um aprendizado por toda a vida.
A educação de Jovens e Adultos (EJA) apresenta-se como uma modalidade de ensino que foi criada pela grande necessidade de oferecer uma chance a mais na vida de pessoas que por algum motivo não tiveram acesso ao estudo, principalmente ao ensino fundamental. Sua tarefa é estimular jovens e adultos lhes proporcionando acesso à sala de aula.
O professor da EJA deve redirecionar concepções e conceitos em sua organização pedagógica, considerando as especificidades desse segmento. Dentro desse contexto, o educador da EJA deve propor um ensino que almeje resgatar a cidadania do indivíduo, bem como sua autoestima e também o interesse de participar da sociedade, a partir da promoção de situações que desenvolvam o pensamento crítico e reflexivo, sem deixar de considerar os conhecimentos e
habilidades de que esses sujeitos dispõem adquiridos de modo informal, em suas experiências acumuladas, cotidianamente, na comunidade onde vivem e nos espaços de trabalho, coisas que Paulo Freire tanto defendeu e desenvolveu. 
2 a eja no contexto histórico
Alfabetizar jovens e adultos não é um ato apenas de ensino – aprendizagem e sim a construção de uma perspectiva de mudança; sabemos que no inicio, época da colonização do Brasil, as poucas escolas existentes era pra privilégio das classes média e alta, nessas famílias os filhos possuíam acompanhamento escolar na infância; não havia a necessidade de uma alfabetização para jovens e adultos, as classes pobres não tinham acesso a instrução escolar e quando a recebiam era de forma indireta, de acordo com Ghiraldelli Jr. (2008, p. 24) a educação brasileira teve seu início com o fim dos regimes das capitanias. De acordo com Carvalho (2009), a alfabetização ou a educação de adultos chegou ao final do século XIX de maneira irregular e deficiente. A partir do terceiro Censo Nacional, em 1900, é que se iniciou o cálculo do índice de analfabetismo da população com mais de 15anos de idade, revelando a existência de 65,3% de analfabetos nessafaixa etária. Carvalho (2009, p. 16) aponta que “[...] essa elevadíssima taxa de analfabetismo refletia o sistema de estratificação dual da sociedade, e constituía um indicador da marginalização econômica de amplos segmentos da população”.
A Educação de Jovens e Adultos (EJA) se faz notável no Brasil desde a época de sua colonização com os Jesuítas que se dedicavam a alfabetizar (catequizar) tanto crianças indígenas como índios adultos em uma intensa ação cultural e educacional, a fim de propagar a fé católica juntamente com o trabalho educativo. Entretanto, com a chegada da família real e consequente expulsão dos Jesuítas no século XVIII, a educação de adultos entra em falência, pois a responsabilidade pela educação acaba ficando às margens do império (STRELHOW, 2010). Somente a partir da década de 1930 é que a educação de jovens e adultos efetivamente começa a se destacar no cenário educacional do país, quando em 1934, o governo cria o Plano Nacional de Educação que estabeleceu como dever do Estado o ensino primário integral, gratuito, de frequência obrigatória e extensiva para adultos como direito constitucional (FRIEDRICH et.al, 2010). Em 1945 surgiram muitas críticas aos adultos analfabetos. 
A Educação para Jovens e Adultos (EJA) é uma forma de ensino da rede pública no Brasil, com o objetivo de desenvolver o ensino fundamental e médio com qualidade, para as pessoas que não possuem idade escolar e oportunidade. Hoje esta modalidade é reconhecida e muito atuante no Brasil. 
2.1 Paulo Freire: sua relação com a EJA
Paulo Freire é um educador brasileiro, que teve e mantém grande influência no cenário educacional brasileiro e internacional. Nesse sentido, quais são suas contribuições para a educação de nosso país? Paulo Freire, conforme descreve Fiori (2002, p. 9): “[...] é um pensador comprometido com a vida: não pensa ideias, pensa a existência [...]”. Nasceu em Recife, Estado de Pernambuco, no ano de 1921, e faleceu no ano de 1997. Paulo Freire formou-se em Direito pela Universidade de Recife; todavia, não seguiu a profissão.
A dialogicidade é um dos eixos principais de toda a teoria freiriana, o diálogo, nascido na prática da liberdade, enraizado na existência, comprometido com a vida, que se historiciza no seu contexto, ou seja na sua vida.
No seu livro, Pedagogia do Oprimido, escrito há 40 anos, depois de justificar o título “Pedagogia do Oprimido”, expor a educação bancária onde inexiste o diálogo,
dedica os capítulos 3 e 4 à ação dialógica e antidialógica.
A dialogicidade é a essência da educação como prática da liberdade. O diálogo é tratado como um fenômeno humano em Paulo Freire, “se nos revela como algo que já poderemos dizer ser ele mesmo: a palavra. Mas, ao encontrarmos a palavra, na análise do diálogo, como algo mais que um meio para que ele se faça, se nos impõe buscar, também seus elementos constitutivos” (Pedagogia do Oprimido, 2005, p.89). Não há palavra que não seja práxis, ou que não surja da práxis, quando
pronunciamos a palavra, estamos pronunciando e transformando o mundo. Na dialogicidade estão sempre presentes as dimensões da ação e da reflexão. Ao pronunciar o mundo mostramos que humanamente existimos, se existimos, agimos e modificamos o mundo dado.
2.2 O papel professor para Paulo Freire
O conceito mediação se interliga a outros já assimilados pelos alunos. O papel de mediar o significado é justamente contribuir para essas conexões e, assim, ampliar o processo de aprendizado. Essas e outras caraterísticas inerentes a um professor mediador contribuem, sobretudo, para o desenvolvimento da autonomia perante o conhecimento, o que significa contribuir para a formação de cidadãos críticos e capazes de fazer uma leitura consciente das situaçõesque os cercam.
Segundo o educador pernambucano, Paulo Freire (1921-1997), o papel do professor é estabelecer relações dialógicas de ensino e aprendizagem; em que professor, ao passo que ensina, também aprende. Juntos, professor e estudante aprendem juntos, em um encontro democrático e afetivo, em que todos podem se expressar.
3 O PAPEL PROFESSOR NA MODALIDADE EJA
É papel do professor, especialmente do professor que atua na EJA, compreender melhor o aluno e sua realidade diária. Pois o papel do educador deve ser o de acreditar nas possibilidades do ser humano, buscando seu crescimento pessoal e profissional. Esse é o ponto principal e primordial dessa missão. É fundamental para o educador da EJA mostrar aos educandos que não se deve ter vergonha, e sim, orgulho de voltar a estudar; ajudá-los a identificar o valor e a utilidade do estudo, através de atividades ligadas ao cotidiano; relacionar os conteúdos a atividades significativas; elaborar aulas estimulantes e dinâmicas; utilizar a experiência da turma como base na elaboração das aulas e dos projetos; ampliar os horizontes culturais dos alunos; criar um ambiente receptivo para esses educandos; ser receptivo para conversar; mostrar que o saber do professor não é mais importante que o deles e que a aula é um momento para trocas de experiências; valorizar o conhecimento e as habilidades de cada aluno e utilizá-los em sala de aula e promover o sentimento de grupo. Mas tendo cuidado para não transformar a sala de aula em consultório terapeutico ou psicológico,onde a tristeza e as lidas da vida sofrida seja sempre tema principal e norteador. Sala de EJA não é lugar de olhares de coitadinhos.
Sabe-se que não só a formação inicial é suficiente para possibilitar uma prática eficiente como professor, ressalta-se a necessidade da complementação, da continuidade na formação que possibilite uma maior participação, propondo novas metodologias, atualizando o professor nas discussões teóricas e contribuindo para as mudanças necessárias voltadas para a melhoria da educação.
Segundo Libâneo (2004, p. 227) “[...] a formação continuada é o prolongamento da formação inicial visando um aperfeiçoamento profissional teórico e prático o próprio contexto de trabalho, e ao desenvolvimento de uma cultura geral mais ampla, para além do exercício profissional”. A educação continuada é relevante para o professor porque um profissional atualizado e bem qualificado poderá auxiliar no desenvolvimento da autonomia intelectual dos alunos, por meio de uma educação dinâmica e articulada, possibilitando a participação, interação e que satisfaça as expectativas e necessidades dos alunos. 
4 CONCLUSÃO 
No trabalho docente dentro dessa modalidade, percebemos que a educação voltada para esse público deve ser pensada como um processo
educacional específico, que não esteja apenas fundamentado na idade das pessoas participantes, mas sim por características culturais que apontam à necessidade de uma proposta pedagógica diferenciada daquela que voltada para a criança do ensino fundamental regular, por exemplo. 
Portanto,esse breve estudo pude perceber que a missão do educador é estar preparado teoricamente e ter uma prática pedagógica efetiva, para elaborar melhor às estratégias de intervenção junto às dificuldades apresentadas por seus alunos da EJA. Com esse diagnóstico, refletimos sobre sua responsabilidade em conceber uma prática individual, mas também coletiva, para assim buscar interferir e modificar a realidade desses sujeitos que passam a vida tentando se encaixar na sociedade. E isso é muito justo. 
REFERÊNCIAS
CARVALHO, M. Alfabetizar e letrar: um diálogo entre a teoria e a prática. 2. ed.
Petrópolis, RJ: Vozes, 2005.
FRIEDRICH et.al. Trajetória da escolarização de jovens e adultos no Brasil: de
plataformas de governo a propostas pedagógicas esvaziadas. Ensaio:
avaliação das políticas públicas educacionais. Rio de Janeiro, v. 18, n. 67, p.
389-410, abr./jun. 2010.
FIORI, E. M. Aprender a dizer a sua palavra. In: FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 33. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro. Paz e terra, 42 ed. 2005.
GHIRALDELLI JUNIOR, Paulo. História da educação brasileira/Paulo Ghiraldelli JR. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2006.
LIBANEO, J. C. (2004). Organização e Gestão da Escola: Teoria e Prática. Goiânia: Alternativa.
STRELHOW, T. B. Breve história sobre a educação de jovens e adultos no Brasil. revista HISTEDBR On-line, Campinas, n.38, p. 49-59, jun.2010.

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