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Impacto de resíduos plásticos na biodiversidade aquática

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FACULDADE MAURICIO DE NASSAU
CURSO DE GRADUAÇÃO EM BIOMEDICINA
ANTONIO SERGIO CASTRO DE CARVALHO JUNIOR
CELCIANE OLIVEIRA DA SILVA
Impacto de resíduos plásticos na biodiversidade aquática
SÃO LUÍS - MA
3
2020
ANTONIO SERGIO CASTRO DE CARVALHO JUNIOR
CELCIANE OLIVEIRA DA SILVA
Impacto de resíduos plásticos na biodiversidade aquática
Trabalho para a disciplica de Análise Ambiental do curso de Biomedicina, da Faculdade Maurício de Nassau, como parte da primeira nota.
Professora: Mariana Oliveira Arruda
SÃO LUÍS - MA
2020
SUMÁRIO
1 - INTRODUÇÃO	3
2 - PLÁSTICO	4
2.1 - O plástico e o meio ambiente	4
2.2 - Consumo dos Plásticos	5
2.3 - Microplástico, lixo e morte da vida marinha	7
3 - CONCLUSÃO	11
REFERÊNCIAS	12
1 - INTRODUÇÃO
Os plásticos estão cada vez mais presentes no nosso cotidiano. Observou-se aumento significativamente na produção de plásticos desde o ano de 1950. A produção global de resina plástica passou de 1,5 milhão de toneladas em 1950, para 322 milhões de toneladas em 2015 (BRASKEM; PLANETA SUSTENTÁVEL, 2012; DERRAIK, 2002; JAMBECK et al., 2015a). 
Esse material faz parte de diversos setores, como a agricultura, saúde, eletroeletrônico, automotivo, construção civil, embalagem entre outros. O setor de embalagem é o setor com mais aplicação deste material, representando 39,9% do volume total de plástico consumido no mundo em 2015 (PLASTICSEUROPE, 2015).
Existem grandes questões ambientais direcionadas à produção e ao consumo de plásticos em geral como, os impactos ambientais e na saúde. Os resíduos dispostos de maneira incorreta são uma das principais formas de poluição no oceano (BAPTISTA NETO; WALLNER-KERSANACH; PATCHINEELAM, 2008).
Os resíduos de resina plástica e produtos que vão parar no meio ambiente (oceanos, mares e rios) acabam prejudicando a pesca, economia local, o turismo, e até mesmo a saúde pública. Devido a isso, diversas industrias de várias regiões do mundo mantêm projetos voltados pra área de educação, pesquisa, políticas públicas, compartilhamento de melhores práticas, reciclagem/recuperação de plásticos, para prevenção (PLASTICS EUROPE, 2016).
Com isso, este trabalho visa conhecer os potenciais impactos ambientais gerados pelos resíduos plásticos presentes nos oceanos e também apresentar alternativas para esse problema.
2 PLÁSTICOS
2. 1 O plástico e o meio ambiente 
Em meados do século XX, houve o surgimento do plástico, derivado do petróleo, com excelentes características de maleabilidade, podendo receber aditivos, tornando-se mais resistentes aos ácidos, raios solares, agentes degradantes e também aos corantes para diversificar as colorações finais. Com possibilidade de diversificação na fabricação de diversos objetos com formas, tamanhos e funcionalidades distintas, colocando o plástico em diversos setores da economia, como: alimentício, calçados, vestuário, móveis, têxteis, automobilístico, hospitalar, construção civil, brinquedos, eletroeletrônicos e telecomunicações. 
Devido a essa multi variabilidade, os plásticos estão substituindo, progressivamente, outras matérias-primas tradicionais. Esse sistema é denominado como processo linear, por ser fundamento em cinco etapas: a exploração dos recursos naturais, a extração, produção, consumo e a geração de lixo. Todas essas fases são adversas a realidade da Terra, que é um planeta finito.
Em 2020 é possível perceber que a presença do plástico é onipresente, está em todos os lugares e em tudo que podemos imaginar. Nos hospitais, objetos domiciliares, nas tecnologias, nas roupas, nos cosméticos, brinquedos, dentre outros. É muito difícil, hoje, ter um estilo de vida no qual não se utilize materiais sintéticos, porém, o plástico não possui característica de degradabilidade total, o objeto é apenas fracionado em partículas microscópicas por ações do meio, tais como os raios solares UV, a hidrólise e a biodegradação, tendo assim, a probabilidade maior de que essas toxinas se tornem alimento para os animais aquáticos.
Cerca de 80% dos resíduos levados aos oceanos são gerados nos continentes terrestres, o restante é oriundo de navegações e plataformas petrolíferas. Diversas décadas de agricultura e indústria também contribuem para os impactos negativos aos oceanos. Aproximadamente 8 milhões de resíduos são levados aos oceanos por ano, a maioria deles são plásticos em forma de copos, canudos e sacolas descartáveis. Alguns artefatos estão intactos, e muitos deles servem de abrigo e morada para certas espécies de animais marinhos. Analisando de forma mais complexa, os resíduos ingeridos por engano pelos animais, além de intoxicá-los e matá-los também nos oferece riscos, uma vez que se trata de uma cadeia alimentar onde os consumidores primários serão consumidos pelos secundários e assim por diante até que chegue à nossa alimentação em concentrações acumulativas de agentes nocivos à saúde. Em Oceanos (2016), foram realizados experimentos, por pesquisadores, que consistiam no colhimento de água marinha de uma determinada localidade, a fim de verificar se naquele local havia a presença de macro ou micro resíduos. Após a coleta e filtragem, foram encontrados diversos tipos de polímeros, tanto fragmentos quanto objetos em bom estado de conservação, entre eles embalagens plásticas, corda, redes de pesca, chinelos, descartáveis e isqueiros, inclusive em algum desses materiais possuíam crustáceos incorporados aos objetos, o que indica que esses materiais estariam no local há um tempo considerável. 
Sabe-se que substâncias químicas como ftalato, BPA e toxinas cancerígenas são incorporadas na composição de fabricação dos materiais a fim de “melhorar” as características do material, por exemplo, mais duráveis, flexíveis, transparentes e mais resistentes a agentes degradantes. Presume-se que tais substâncias podem ser encontradas facilmente dentro dos organismos de animais e recifes. Milhares de animais morrem devido a ingestão, lesões e o enredamento por materiais plásticos, uma problemática que vem se estendendo ao longo dos últimos anos. Vale ressaltar os desastres ambientais, que envolvem as grandes indústrias do ramo de fabricação e transporte de plástico. As chances de acontecer um acidente são relativamente pequenas, porém, se ocorrer, desencadeia impacto em larga escala na natureza. 
Diferentemente dos impactos causados nos continentes terrestres, nos oceanos não se pode calcular com certeza a dimensão do impacto que está sendo causado decorrente do crescente desenvolvimento na fabricação, no consumo exacerbado e no descarte incorreto e inadequado de resíduos plásticos que pertinente as suas consequências deve-se classificá-lo como perigoso. 
Nosso planeta é composto basicamente de água, e os oceanos desempenham papel fundamental no equilíbrio da vida no planeta Terra, se houver o desequilíbrio no ecossistema, as pessoas nos continentes sofrerão as consequências. 
Para haver mudanças é necessário que haja novas atitudes, e essas devem partir de cada pessoa: fazer a diferença, se responsabilizar pelas próprias escolhas, ser e ter um estilo de vida mais sustentável, reciclar mais e descartar menos, consumir menos e recusar mais, conscientizar o mundo, são formas de agir pensando em um senso comum.
2.2 Consumo dos Plásticos
Desde 1950, início da produção industrial, começou a produção mundial de plásticos, com 1,5 milhão de toneladas, e desde então a produção de plástico teve um crescimento contínuo ao decorrer do tempo. Observou-se aumento significativamente na produção de plásticos desde o ano de 1950, gerando um total de 322 milhões de toneladas de plásticos em 2015, como pode ser visto na Figura 1, representando uma média de aumento de 9% ao ano. (PLASTICSEUROPE, 2015).
Figura 1 - Produção mundial de plásticos (milhões toneladas/ano).
De acordo com a figura 2, a China é o país que lidera a produção de polímeros termoplásticas e poliuretanos, representando 27,8%, seguida por Europa junto com o bloco econômico NAFTA (EUA, Canadá e México) ambos com 18,5%.
Figura2 - Distribuição global da produção de materiais plásticos.
CIS se refere a Comunidade dos Estados Independentes, onde fazem parte: Armênia, Belarus, Cazaquistão, Federação Russa, Moldávia, Quirquistão, Tadjiquistão, Turcomenistão, Ucrânia, Uzbequistão, Geórgia e Azerbaijão. Fonte: Plastics Europe (2016).
De acordo com a Plastics Europe (2016), no que se refere a demanda por plásticos para consumo, na Europa a demanda foi de 49 milhões de toneladas em 2015, com distribuição entre os setores apresentados na Figura 5.
Figura 3 - Distribuição da demanda de plásticos na Europa por segmento.
Observando o gráfico é possível perceber que o setor de embalagens é o mais expressivo, representando aproximadamente 40% da demanda total. No gráfico, “outros” representa o consumo de plásticos em produtos como: aparelhos domésticos, produtos de consumo, produtos médicos e móveis. A construção civil engloba o o segundo setor mais representativo com 19,7% da produção (PLASTICSEUROPE, 2015).
O Brasil produziu em 2005 cerca de 6,59 milhões de toneladas de transformados plásticos, sendo a construção civil como o principal departamento, responsável por 25,7%, especificamente para tubos, conexões, esquadrias, isolações acústica e térmica (ABIPLAST, 2015).
2.3 Microplástico, lixo e morte da vida marinha
Correntemente estima-se que existam 250.000 toneladas de plásticos, espalhados pelos oceanos do planeta (Eriksen et al., 2014). A maioria desses plásticos entram nos oceanos, vindos das nossas praias, ruas e autoestradas, levados pelas águas das chuvas ou pelo vento, chegando aos rios e destes ao mar. 
Os microplásticos podem ser classificados como: primária ou secundária, na qual a diferença entre eles se baseia em partículas que foram fabricadas para serem deste tamanho (primário) ou que são resultados da desagregação de itens maiores - secundário (GESAMP, 2015). 
Figura 4 – Microplásticos: primário (A) e secundário (B).
As pequenas partículas plásticas, designadas por “micro-plásticos” (tamanho inferior a 5mm), provenientes da degradação de plásticos de maiores dimensões, ou produzidas propositadamente para diversos usos: em máquinas industriais para criar abrasão, micro pérolas utilizadas em cosmética (esfoliantes, pasta de dentes, etc.) atuam, à semelhança dos de maiores dimensões. 
Além disso são facilmente ingeridos por organismos marinhos, podendo mesmo entrar através das guelras dos peixes, e os organismos filtradores, como os mexilhões e às baleias, filtram-nos da água do mar quando se alimentam. Entram na dieta de outros organismos (ex: aves marinhas) por ingestão direta ou por bioacumulação, chegando aos humanos pelo mesmo processo (A Rocha, 2016).
Pelo menos 267 espécies são conhecidas por já terem sofrido por enredamento ou ingestão de plásticos, incluindo aves marinhas, tartarugas, leões marinhos, focas, cetáceos e peixes (Allsopp et al.,2006). 
O plástico pode causar danos diretos nos seres marinhos, desde o zooplâncton até aos grandes cetáceos, aves e repteis através do emaranhamento/enredamento (causando morte por afogamento ou deformidades no corpo), má nutrição (bloqueio do aparelho digestivo e pseudo-satisfação por preenchimento do estômago) resultando frequentemente na sua morte, danos esses que estão bem documentados (Gregory, 2009). 
Contudo existem também danos indiretos relacionados com a acumulação de metais pesados e outros químicos, tais como bifenis policlorados (PCBs), bifenilos polibromados (PBDEs) e hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (PAHs) (Teuten et al., 2009).
	REDES DE PESCA
Fonte: https://www.worldanimalprotection.org.br
	Muitos animais ficam emaranhados/enredados o que causa deformidades que acabam por conduzir à morte.
	AVES MARINHAS
Fonte: bbc.com
	Peixes com cores claras e brilhantes podem facilmente ser confundidos com pedaços de plástico que flutuam na coluna de água. Para uma ave marinha, a diferença entre as suas presas naturais e os pedaços de plástico poderá ser praticamente inexistente. 
Estes resíduos flutuantes são frequentemente ingeridos pelas aves marinhas, por engano, devido a assemelharem-se às suas presas habituais (Cadée, 2002). 
Existem diversos estudos sobre a problemática da ingestão de plásticos por aves marinhas e de como são afetadas por eles. Este problema tanto ocorre a baixas como altas latitudes (Hammer et al., 2016). 
A ingestão de plásticos pode causar envenenamento, danos no aparelho digestivo e obstrução do mesmo, má nutrição e fome. Outros, como redes e linhas de pescas, podem causar emaranhamento causando o afogamento da ave. Quando incorporados nos ninhos, por algumas aves, causa também o emaranhamento das crias que acabam por morrer.
	PEIXES 
Fonte: https://www.theuniplanet.com/
	Nas últimas décadas tem-se assistido a um aumento no número de estudos que abordam esse problema (ingestão de plástico) em várias espécies de peixes (Cannon et al., 2016; Miranda, D. & G. de Carvalho-Souza, 2016) percebendo-se que tanto afeta pequenos peixes como grandes tubarões (Diana et al., 2014).
	MAMÍFEROS MARINHOS 
Fonte: www.candeiasbahia.net/p/blog-page.html
	De acordo com a NOAA (National Oceanographic and Atmospheric Administration) (2014)estima-se que os resíduos plásticos matam 100.000 mamíferos marinhos todos os anos, bem como tartarugas-marinhas, aves e peixes. 
Muitos mamíferos marinhos morrem enredados em material de pesca à deriva, ou ficam com pedaços desses materiais presos ao corpo, causando deformações que acabam por conduzir à morte. 
Diversos tipos de plásticos já foram encontrados nos estômagos de cetáceos encontrados mortos. Recentemente arrojaram (termo utilizado quando um cetáceo dá à costa) alguns cachalotes numa praia da Alemanha, e em alguns deles foram encontrados diversos tipos de plásticos nos estômagos, tais como redes de pesca e plásticos diversos. 
	TARTARUGAS MARINHAS
Fonte: https://routebrasil.org
	Tartarugas Muitas tartarugas, que morreram pela ingestão de detritos, tinham plásticos ou linhas de pesca nos seus estômagos. Muitos desses plásticos eram de dimensões muito pequenas. 
As tartarugas ingerem estes detritos por confundirem- -nos com as suas presas habituais (águas-vivas, caravelas ou outros seres gelatinosos) ou em conjunto com essas mesmas presas (Schuyler et al., 2014). Estes plásticos provocam subnutrição, uma vez que ocupam espaço no trato digestivo, que seria ocupado por comida. Podem causar lesões no trato intestinal, originando úlceras e necroses. Também conduzem à perda do controle de flutuabilidade devido ao alimento 
3 CONCLUSÃO
Conforme demonstrado, o mercado de bioplásticos tem crescido muito nos últimos anos. É necessários que se desenvolva mais modelos que possam estabelecer quantitativos do comportamento dos plásticos no oceano, seu destino, e material que permanece na superfície.
Quanto aos impactos dos resíduos plásticos no oceano é necessário que haja o desenvolvimento de modelos de caracterização para dar suporte na estimativa dos impactos nos ambientes aquáticos.
Além dos impactos ambientais, é de suma importância estudos que expõem como os plásticos podem ser prejudiciais no setor da pesca, biodiversidade, turismo entre outros. Outro impacto que se recomenda o desenvolvimento de estudos é sobre a influência da ocupação de plásticos na superfície marítima.
REFERÊNCIAS 
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