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Guia para o diagnóstico e o acompanhamento da Leishmaniose Visceral Canina (LVC)

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TESTES PARASITOLÓGICOS 
(pesquisa direta do parasito)
• Citologia - material de escolha (maior 
sensibilidade do teste): medula óssea, 
linfonodo ou baço;
• Histopatologia ou imunoistoquímica – 
material de escolha: linfonodo aumentado 
de volume (hipertrofiado), borda interna de 
orelha ou punção de medula óssea;
• qPCR – PCR Real Time Quantitativo – material 
de escolha: amostras obtidas de aspirado 
de medula óssea, baço; swab conjuntival ou 
fragmentos de pele.
TESTES SOROLÓGICOS
• Imunocromatografia (teste rápido)
• ELISA
• RIFI - Reação de Imunofluorescência Indireta 
Quando o resultado reagente apresenta altos 
títulos, o diagnóstico está confirmado apenas 
com o exame sorológico.
– O que são altos títulos? Quatro vezes o ponto 
de corte ou cut off. 
– Títulos 1:40 ou 1:80 podem ser resultado de 
uma reação cruzada com Erlichia spp., Babesia 
canis, Trypanosoma cruzi, Neospora caninum, 
Toxoplasma gondii ou outras espécies de 
Leishmanias causadoras da forma tegumentar, 
em que o cão não é considerado reservatório.
– É importante ressaltar a necessidade de se 
obter uma amostra representativa para cada 
indivíduo. Alguns animais apresentam blefarite/
conjuntivite (foto), sendo possível a obtenção 
de amostras de swab conjuntival pois, nesse 
local, será alta a probabilidade de se observar 
Leishmanias. Outros indivíduos, podem não 
apresentar as mesmas manifestações clínicas, 
portanto, o mesmo exame pode não ser útil 
para a pesquisa de parasitos.
– O mesmo serve para os linfonodos. Se não 
estiver aumentado de volume, o exame 
poderá apresentar um falso negativo.
– É importante reconhecer, com a prática 
clínica, as amostras com maior probabilidade 
de se encontrar o parasito.
Animal com ou sem manifestações clínicas
Positiva Não reagente
Ainda se 
suspeita?
Sorologia 
Quantitativa/Qualitativa
Repetir sorologia 
em 30 dias
Diagnósticos 
diferenciais
* considera-se altos títulos 4x o ponto de corte ou o cut off
Citologia/Histologia/PCR
Positivo Negativo
Altos 
títulos*
Diagnóstico 
confirmado!
Baixos
 títulos
SUGESTÃO DE FLUXOGRAMA DE DIAGNÓSTICO
EXAMES COMPLEMENTARES PODEM SER UTILIZADOS NO DIAGNÓSTICO 
E NO ACOMPANHAMENTO DA LVC. 
EXAME INDICATIVOS DE LVC
Hemograma - Anemia (hematócritos abaixo de 30)- Trombocitopenia (plaquetas abaixo de 200.000 ou no limite inferior)
Ureia e creatinina Valores acima da referência (ureia acima de 40,00 mg/dl e creatinina acima de 1,4 mg/dl )
Proteína total e frações
- Hiperglobulinemia (aumento da globulina)
- Hipoalbuminemia (diminuição da albumina)
- Razão A/G diminuída (abaixo de 0,60)
Proteína/creatinina urinária
Acima do valor de referência, relação:
Entre 0,2 e 0,5 - proteinúrico limítrofe (borderline)
 > 0,5 - proteinúrico 
Com este exame podemos diagnosticar uma nefropatia muito antes 
de uma manifestação clínica, podendo o tratamento ser instituído 
precocemente. Não esquecer que a colheita é por cistocentese. Estes 
pacientes devem ser reavaliados com 30 ou 60 dias, para confirmar ou 
não uma proteinúria persistente.
É importante ressaltar que estes são exames complementares, pois alguns indicativos de LVC também são 
indicativos de outras doenças.
Março • 2017
Vi
rb
ac
Guia para o diagnóstico e o acompanhamento 
da Leishmaniose Visceral Canina (LVC)
O diagnóstico clínico da LVC é difícil devido à grande variação de manifestações clínicas, que 
podem mimetizar outras doenças. As manifestações clínicas dependem da interação entre o 
sistema imunológico do hospedeiro e o parasito, portanto, são extremamente variáveis, o que 
dificulta o diagnóstico. Infelizmente, não há nenhum teste diagnóstico 100% específico e sensível.
Cerca de 60% dos animais são assintomáticos e todos devem ser devidamente 
diagnosticados e tratados, pois, mesmo os animais assintomáticos, são potenciais transmissores.
Geralmente, são utilizados testes sorológicos para triagem e parasitológicos para 
confirmação da doença.
ACOMPANHAMENTO
Ao fim dos 28 dias de tratamento, é possível observar aumento dos hematócritos, portanto, 
melhora na anemia.
É possível também observar uma diminuição significativa no número de parasitos no qPCR.
Não deverá ser encontrado nenhum parasito na imunoistoquímica de borda interna de ponta de 
orelha (demonstrando que o paciente não possui amastigotas circulando em vasos periféricos).
Outros parâmetros demoram mais tempo para ser observada a melhora, não sendo possível avaliar 
a eficácia do tratamento ao fim dos 28 dias com tais parâmetros.
A cada 3 meses, após o fim do tratamento, realizar:
• Hemograma
• Ureia e creatinina
• Proteína total e frações
Duas vezes ao ano, realizar:
• qPCR – PCR Real Time Quantitativo 
• Imunoistoquímica de borda interna de ponta de orelha
Qualquer sintomatologia antes dos 3 meses, o cliente deverá retornar ao Médico Veterinário para 
a realização de exames.
O acompanhamento clínico do animal e a solicitação de exames de monitoramento são de extrema 
importância, sendo possível identificar um aumento na carga parasitária e a necessidade de um 
novo ciclo de tratamento com Milteforan™.
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