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COAD 05-1 Folha de Pagamento

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MÓDULO
5
FOLHA DE PAGAMENTO
5.1
FOLHA DE
PAGAMENTO
SUMÁRIO
ASSUNTO PÁGINA
5.1. FOLHA DE PAGAMENTO ............................................................................................................. 4
5.1.1. INTRODUÇÃO................................................................................................................ 4
5.1.2. OBRIGATORIEDADE DE ELABORAÇÃO.................................................................... 4
5.1.3. REMUNERAÇÃO ........................................................................................................... 4
5.1.3.1. PARCELAS INTEGRANTES ...................................................................... 4
5.1.3.1.1. Disposição da CLT................................................................. 4
5.1.3.1.2. Entendimento Jurisprudencial ............................................. 4
5.1.3.2. PARCELAS EXCLUÍDAS ........................................................................... 4
5.1.4. SALÁRIO COMPLESSIVO............................................................................................. 5
5.1.5. PARCELAS MAIS COMUNS ......................................................................................... 5
5.1.5.1. HORAS EXTRAS ........................................................................................ 5
5.1.5.2. ADICIONAL NOTURNO.............................................................................. 5
5.1.5.3. REPOUSO SEMANAL REMUNERADO ..................................................... 5
5.1.6. PAGAMENTO DOS SALÁRIOS .................................................................................... 5
5.1.6.1. PROCEDIMENTOS ..................................................................................... 5
5.1.6.2. PRAZO ........................................................................................................ 5
5.1.6.3. CONTAGEM DO PRAZO PARA PAGAMENTO ........................................ 5
5.1.6.4. QUINZENALISTA E SEMANALISTA ......................................................... 6
5.1.6.5. UTILIZAÇÃO DE VIA BANCÁRIA .............................................................. 6
5.1.6.5.1. Condições Essenciais ........................................................... 6
5.1.7. DESCONTOS NOS SALÁRIOS ..................................................................................... 6
5.1.7.1. CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS..................................................... 6
5.1.7.1.1. Salário de Contribuição......................................................... 7
5.1.7.1.2. Recolhimento ......................................................................... 8
5.1.7.2. IMPOSTO DE RENDA NA FONTE ............................................................. 8
5.1.7.2.1. Deduções Permitidas ............................................................ 8
5.1.7.2.2. Tabela...................................................................................... 8
5.1.7.2.3. Recolhimento ......................................................................... 8
5.1.7.3. OUTROS DESCONTOS.............................................................................. 8
5.1.7.3.1. Contribuição Sindical ............................................................ 8
5.1.7.3.2. Pensão Alimentícia ................................................................ 9
5.1.7.3.3. Vale-Transporte...................................................................... 9
5.1.7.3.3.1. Empregado com Salário Variável ................... 9
5.1.7.3.3.2. Empregados com Despesa Inferior
a 6% do Salário ................................................ 9
5.1.7.3.4. Habitação e Alimentação ...................................................... 9
5.1.8. PARCELAS ADICIONAIS .............................................................................................. 9
5.1.8.1. SALÁRIO-FAMÍLIA ..................................................................................... 9
5.1.8.2. DEPÓSITO DO FGTS ................................................................................. 9
5.1.8.2.1. Contribuição Social ............................................................... 10
5.1.9. PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR.............................................. 10
5.1.10. SALÁRIO-UTILIDADE.................................................................................................... 10
5.1.10.1. ASSISTÊNCIA MÉDICA.............................................................................. 10
5.1.11. FÉRIAS ........................................................................................................................... 10
2 FASCÍCULO 5.1
DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS
ASSUNTO PÁGINA
5.1.12. DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO ..................................................................................... 10
5.1.13. RESCISÃO DE CONTRATO .......................................................................................... 11
5.1.14. CONTRATO POR PRAZO DETERMINADO.................................................................. 11
5.1.15. EMPRESA PRESTADORA DE SERVIÇO ..................................................................... 11
5.1.16. ELABORAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO ............................................................ 11
5.1.16.1. ANÁLISE PRÉVIA....................................................................................... 11
5.1.17. EXEMPLOS PRÁTICOS................................................................................................. 11
5.1.17.1. RECIBO DE PAGAMENTO......................................................................... 16
5.1.18. FOLHA COMPUTADORIZADA...................................................................................... 16
5.1.19. ESOCIAL ........................................................................................................................ 17
FASCÍCULO 5.1 3
MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL
5.1. FOLHA DE PAGAMENTO
5.1.1. INTRODUÇÃO
Antes mesmo de a legislação exigir, a maioria das empresas, por uma questão de organização e controle, já elaborava a
folha de pagamento. Na elaboração, as empresas utilizavam critérios próprios, inserindo somente aquilo que achavam
necessário. A partir do momento em que a legislação passou a exigir a elaboração da mesma, houve uma padronização,
definindo-se o mínimo de informações que a folha deve conter.
5.1.2. OBRIGATORIEDADE DE ELABORAÇÃO
A obrigatoriedade de elaboração da folha de pagamento é decorrente da legislação previdenciária. A legislação do
trabalho não exige tal procedimento.
A empresa é obrigada a preparar folha de pagamento da remuneração paga, devida ou creditada a todos os segurados a
seu serviço, relacionados coletivamente por estabelecimento, ou por obras de construção civil devendo manter, em cada
estabelecimento, uma cópia da respectiva folha.
A folha de pagamento, elaborada mensalmente, deve discriminar os nomes dos segurados empregados, trabalhador
avulso e contribuintes individuais (autônomos e empresários), bem como o cargo, função ou serviço prestado, parcelas
integrantes e não integrantes da remuneração e os descontos legais.
A empresa não está obrigada a inserir todos os segurados na mesma folha de pagamento.
Portanto, a empresa poderá elaborar folhas em separado para os empregados, empresários e autônomos. Caso opte por
elaborar uma única folha, deverá agrupar os segurados por categoria.
A folha de pagamento elaborada manualmente deve ser composta de duas partes, uma analítica e a outra sintética.
A analítica deve conter de forma discriminada a memória de cálculo de todas as parcelas pagas ao empregado e da
retenção dos encargos sociais. A sintética deve ser composta de mapa demonstrando os valores totais pagos e os totais
descontados.
5.1.3. REMUNERAÇÃO
Considera-se remuneração do trabalho assalariado todas as importâncias pagas em contraprestação dos serviços
realizados, em que haja relação de emprego entreas partes.
5.1.3.1. PARCELAS INTEGRANTES
Além do salário pago em dinheiro compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais as
gorjetas, a alimentação, a habitação ou outras prestações in natura que a empresa, por força do contrato ou do costume,
fornecer habitualmente ao empregado. Os valores das prestações in natura devem ser justos e razoáveis, não podendo
exceder, em cada caso, os valores dos percentuais das parcelas componentes do Salário-Mínimo.
A integração de determinadas parcelas ao salário do empregado ocorre em virtude de disposição da CLT ou de
entendimento dominante dos Tribunais do Trabalho, como examinaremos a seguir.
5.1.3.1.1. Disposição da CLT
A CLT determina que integram o salário a importância fixa estipulada, as comissões, percentagens, gratificações
ajustadas, abonos pagos pelo empregador, e as diárias para viagens que excedam de 50% do salário percebido pelo
empregado.
5.1.3.1.2. Entendimento Jurisprudencial
Os Tribunais Trabalhistas mantêm o entendimento de que as parcelas pagas com habitualidade integram a
remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, inclusive para o cálculo do 13º Salário, férias e parcelas
rescisórias.
Dentre as principais parcelas pagas com habitualidade que, segundo a jurisprudência trabalhista, integram a
remuneração, destacam-se as horas extras, gratificações e adicional noturno.
5.1.3.2. PARCELAS EXCLUÍDAS
A CLT estabelece que não se incluem nos salários as ajudas de custo, bem como as diárias para viagem que não
excedam de 50% do salário percebido pelo empregado.
Também não são considerados como salários:
a) vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local de trabalho, para
prestação de serviço;
b) educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores relativos a matrícula,
mensalidade, anuidade, livros e material didático;
c) transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não por transporte público;
d) assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde;
e) seguros de vida e de acidentes pessoais;
f) previdência privada; e
g) o valor correspondente ao vale-cultura.
A legislação dispõe que não serão consideradas de natureza salarial as diárias de viagem quando sujeitas à prestação de
contas, mesmo se o total dos gastos efetivamente incorridos exceder 50% do salário do empregado, no mês respectivo.
4 FASCÍCULO 5.1
DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Quando as diárias excederem 50% do salário, e não houver prestação de contas, as mesmas terão natureza salarial,
devendo ser computadas na remuneração pelo seu valor total.
5.1.4. SALÁRIO COMPLESSIVO
Salário complessivo é aquele que engloba uma série de parcelas, sem que haja discriminação das mesmas. A jurispru-
dência considera nulo este tipo de pagamento, considerando que as parcelas embutidas não foram pagas. Portanto é
necessário que todas as parcelas que componham a remuneração do empregado sejam devidamente discriminadas
quando da elaboração da folha de pagamento, de forma que fique evidenciado o que está sendo pago ao empregado.
5.1.5. PARCELAS MAIS COMUNS
Podem ser inúmeras as parcelas que compõem a remuneração do empregado, sendo que algumas previstas e
regulamentadas pela legislação e outras que são instituídas por norma interna da empresa. Como exemplo, podemos
citar os prêmios pagos habitualmente aos empregados, que não estão regulamentados pela legislação, tendo suas regras
definidas pela própria empresa ou em acordo ou convenção coletiva de trabalho. Apesar de não estar prevista na
legislação, a parcela paga a título de prêmio integra a remuneração do empregado para todos os fins, e deve ser
discriminada na folha de pagamento.
A seguir, comentamos as parcelas mais comuns que são pagas aos empregados e que se encontram regulamentadasna
legislação.
5.1.5.1. HORAS EXTRAS
Hora extraordinária é aquela que ultrapassa o limite legal ou contratual da jornada diária ou semanal. A remuneração
da hora extraordinária deve ser, pelo menos, 50% superior à da hora normal, salvo se acordo, convenção coletiva de
trabalho ou sentença normativa estabelecer limite superior, quando então prevalecerá o maior.
5.1.5.2. ADICIONAL NOTURNO
Considera-se trabalho noturno, na atividade urbana, aquele executado das 22 horas de um dia às 5 horas do dia
seguinte. A hora de trabalho noturno corresponde a 52 minutos e 30 segundos. O trabalho noturno terá remuneração
superior à do diurno e, para esse efeito, a remuneração terá um acréscimo de 20%, pelo menos, sobre a hora diurna.
5.1.5.3. REPOUSO SEMANAL REMUNERADO
Todo empregado tem direito ao repouso semanal remunerado, que consiste em um dia de descanso semanal de 24
horas consecutivas, preferencialmente aos domingos e, nos limites das exigências técnicas das empresas, também nos
feriados civis e religiosos.
O cálculo do repouso remunerado depende da forma como é estabelecido o salário do empregado.
Os mensalistas e quinzenalistas já têm assegurado, no salário convencionado, o valor do repouso remunerado.
Os semanalistas, diaristas ou horistas têm o repouso calculado com base na remuneração de um dia de trabalho.
Para os tarefeiros, o repouso será calculado tomando-se o total dos salários recebidos no decurso da semana, durante
seu horário de trabalho, e dividindo-se pelo número de dias de trabalho efetivo. O valor encontrado corresponde ao
repouso a ser pago na semana.
O comissionista terá seu repouso apurado da mesma forma que o tarefeiro.
5.1.6. PAGAMENTO DOS SALÁRIOS
O pagamento dos salários, qualquer que seja a modalidade do trabalho, não deve ser estipulado por período superior a 1
mês, a não ser no caso de comissões, percentagens e gratificações.
5.1.6.1. PROCEDIMENTOS
O pagamento dos salários deve ser efetuado contrarrecibo, assinado pelo empregado, e em se tratando de analfabeto,
deve ser aposta a sua impressão digital no documento, ou, não sendo esta possível, poderá ser o recibo assinado por
outra pessoa, a rogo do interessado. O pagamento deve ser efetuado em dia útil e no local de trabalho, dentro do horário
do serviço ou imediatamente após o encerramento da jornada de trabalho, sendo, também, permitida à empresa a
utilização de via bancária, como veremos no presente trabalho.
5.1.6.2. PRAZO
Quando o pagamento dos salários tiver sido estipulado por mês, deverá ser efetuado, o mais tardar, até o quinto dia útil
do mês subsequente ao vencido.
Desde junho/2015, com a publicação da Lei Complementar 150/2015, o empregador doméstico passou a ser obrigado a
pagar a remuneração devida ao empregado doméstico até o dia 7 do mês seguinte ao da competência.
5.1.6.3. CONTAGEM DO PRAZO PARA PAGAMENTO
Na contagem do quinto dia útil deve ser incluído o sábado, que é considerado dia útil, e excluídos tão somente domingos
e feriados, inclusive os municipais. Quando o quinto dia útil for sábado, as empresas que não têm expediente neste dia e
aquelas que se utilizam de via bancária para efetuar pagamento de salários, devem antecipar o referido pagamento para
o dia útil imediatamente anterior.
O pagamento do salário no sábado será admitido quando for realizado em espécie.
FASCÍCULO 5.1 5
MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL
Com relação à antecipação do pagamento da remuneração dos empregados domésticos, quando o prazo limite recair
em dia não útil, o empregador doméstico deverá observar as mesmas regras de antecipação citadas anteriormente,
levando-se em consideração que o prazo limite é o dia 7 e não o 5º dia útil.
5.1.6.4. QUINZENALISTA E SEMANALISTA
O pagamento dos salários dos empregados que recebem por quinzena ou semana deve ser efetuado até o quinto dia da
semana ou quinzena vencida.
Quando nessa contagem o quinto dia não for útil, ou não houver expediente na empresa, o pagamento deve ser
antecipado.
5.1.6.5. UTILIZAÇÃO DE VIA BANCÁRIA
As empresas situadas em perímetro urbano poderão efetuar o pagamento dos salários de seus empregadosatravés de
conta bancária, aberta para esse fim, em nome de cada empregado, desde que com o consentimento deste, em
estabelecimento de crédito próximo ao local de trabalho, ou por intermédio de cheque emitido pelo empregador em favor
do empregado.
5.1.6.5.1. Condições Essenciais
Os pagamentos de salários efetuados através de via bancária e cheque obrigam o empregador a proporcionar ao
empregado:
a) horário que permita o desconto do cheque imediatamente após a sua emissão;
b) condições que evitem qualquer prejuízo, inclusive em consequência de pagamento de transporte;
c) condição que impeça qualquer atraso no recebimento do salário.
5.1.7. DESCONTOS NOS SALÁRIOS
Ao empregador é proibido efetuar qualquer desconto nos salários dos empregados, a não ser quando o desconto resultar
de adiantamento, de dispositivos de lei ou de contrato coletivo.
Todavia, em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será considerado lícito, desde que o fato decorra de dolo
do empregado ou que a possibilidade do desconto tenha sido ajustada entre empregador e empregado.
Também poderão ser objeto de desconto mediante autorização por escrito do empregado, valores referentes a:
a) planos de saúde, inclusive odontológico;
b) seguro;
c) previdência privada;
d) entidade cooperativo-cultural ou recreativa-associativa dos empregados.
Esses descontos não serão admitidos quando ocorrer coação ou outro defeito que vicie o ato jurídico.
A Lei 10.820/2003 disciplinou a autorização de desconto em folha de pagamento dos valores referentes ao pagamento
das prestações de empréstimos, financiamentos, cartões de crédito e perações de arrendamento mercantil concedidos
por instituições financeiras e sociedades de arrendamento mercantil a empregados regidos pela CLT.
Dentre outras normas, a autorização para a efetivação dos descontos observará, para cada mutuário, que a soma dos
descontos em folha de pagamento dos valores referentes ao pagamento das prestações de empréstimos, financiamentos,
cartão de crédito e operações de arrendamento mercantil não poderá exceder a 35% da remuneração disponível.
Considera-se remuneração disponível a parcela remanescente da remuneração básica após a dedução das consignações
compulsórias, efetuadas a título de:
I – contribuição para a Previdência Social oficial;
II – pensão alimentícia judicial;
III – imposto sobre rendimentos do trabalho;
IV – decisão judicial ou administrativa;
V – mensalidade e contribuição em favor de entidades sindicais;
VI – outros descontos compulsórios instituídos por lei ou decorrentes de contrato de trabalho.
Vale lembrar que a Lei 13.172/2015, ao alterar a Lei 10.820/2003, ampliou o limite de desconto mensal de 30% para 35%
da remuneração disponível, reservando 5% para cartão de crédito, exclusivamente, para amortização de despesas
contraídas ou com a finalidade saque.
Além dos descontos citados anteriormente, é permitido o desconto na folha de pagamento dos empregados de
empréstimo ou financiamento imobiliário no âmbito do Sistema Financeiro da Habitação ou de outros sistemas ou
programas destinados à aquisição de imóveis residenciais, observando que as prestações e seus reajustamentos
obedecerão às disposições contratuais celebradas entre as partes, sendo permitida a estipulação de prestações
variáveis.
As empresas devem, ainda, em caso de solicitação do INSS, descontar, na folha de pagamento dos seus empregados,
importâncias provenientes de dívida ou responsabilidade para com a Seguridade Social.
5.1.7.1. CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS
As empresas ou empregadores devem descontar, no ato do pagamento da remuneração dos empregados, trabalhadores
avulsos ou temporários, as contribuições e outras importâncias por eles devidas à Previdência Social.
A Previdência Social considera salário de contribuição do empregado e trabalhador avulso a remuneração auferida em
uma ou mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou creditados a qualquer título,
durante o mês, destinados a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos
habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços
6 FASCÍCULO 5.1
DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS
efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços, nos termos da lei ou do
contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa, observado o limite máximo
previdenciário.
Caso ocorra no curso do mês admissão, dispensa, afastamento ou falta do empregado ao serviço, o salário de contribuição
será proporcional ao número de dias efetivamente trabalhados. Assim, se o empregado mensalista faltar cinco dias no
mês, o salário-de-contribuição corresponderá a 25 dias de salário.
5.1.7.1.1. Salário de Contribuição
Além do salário contratual, outras parcelas integram o salário de contribuição do empregado. Em princípio, todas as
parcelas que não estejam excluídas da incidência da contribuição pela legislação previdenciária integram o salário de
contribuição.
Dentre as parcelas que não integram o salário de contribuição, e que podem constar da folha de pagamento,
destacamos as seguintes:
a) a quota de salário-família;
b) a parcela in natura do auxílio-alimentação;
c) o abono de férias que não exceda os limites previstos na legislação trabalhista;
d) a parcela recebida a título de vale-transporte na forma da legislação própria;
e) a ajuda de custo, em parcela única, recebida exclusivamente em decorrência de mudança de local de trabalho do
empregado;
f) as diárias para viagens, desde que não excedam a 50% da remuneração mensal do empregado;
g) a importância recebida a título de bolsa de complementação educacional de estagiário;
h) a participação do empregado nos lucros ou resultados da empresa, quando paga ou creditada de acordo com lei
específica;
I) o abono do Programa PIS-Pasep;
j) os valores correspondentes a transporte, alimentação e habitação fornecidos pela empresa ao empregado
contratado para trabalhar em localidade distante da de sua residência, em canteiro de obras ou local que, por força
da atividade, exija deslocamento e estada, observadas as normas de proteção estabelecidas pelo Ministério do
Trabalho;
l) a importância paga ao empregado a título de complementação ao valor do auxílio-doença, desde que este direito
seja extensivo à totalidade dos empregados da empresa;
m) a dobra das férias;
n) o valor das contribuições efetivamente pago pela pessoa jurídica relativo à programa de previdência complementar,
aberto ou fechado, desde que disponível à totalidade de seus empregados e dirigentes;
o) valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, próprio da empresa ou por ela
conveniado, inclusive o reembolso de despesas com medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos, despesas
médico-hospitalares e outras similares, desde que a cobertura abranja a totalidade dos empregados e dirigentes
da empresa;
p) o valor correspondente a vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos ao empregado e utilizados no
local do trabalho para prestação dos respectivos serviços;
q) o ressarcimento de despesas pelo uso de veículo do empregado, quando devidamente comprovadas;
r) o reembolso-creche pago em conformidade com a legislação trabalhista, observado o limite máximo de seis anos de
idade da criança, quando devidamente comprovadas as despesas;
s) o reembolso-babá, limitado ao menor salário de contribuição mensal e condicionado à comprovação do registro na
Carteira de Trabalho e Previdência Social da empregada, do pagamento da remuneração e do recolhimento da
contribuição previdenciária, pago em conformidade com a legislação trabalhista, observado o limite máximo de seis
anos de idade da criança;
t) o valor das contribuições efetivamente pago pela pessoa jurídica relativo a prêmio de seguro de vida em grupo,
desde que previsto em acordo ou convenção coletiva de trabalho e disponível à totalidade de seus empregados e
dirigentes;u) recebidas a título de ganhos eventuais e os abonos expressamente desvinculados do salário por força de Lei;
v) os valores recebidos em decorrência da cessão de direitos autorais;
x) o valor relativo a plano educacional que vise à educação básica e a cursos de capacitação e qualificação
profissionais vinculados às atividades desenvolvidas pela empresa, desde que não seja utilizada em substituição
de parcela salarial e que todos os empregados e dirigentes tenham acesso ao mesmo;
z) parcelas indenizatórias, que são habitualmente pagas em rescisão de contrato:
1. recebidas a título de licença-prêmio indenizada;
2. indenização de 40 ou 20% sobre o montante do FGTS;
3. indenização por tempo de serviço do período em que o empregado não era optante pelo FGTS inclusive a em
dobro;
4. indenização por rescisão antecipada do contrato de trabalho por prazo determinado;
5. importância recebida a título de incentivo à demissão;
6. indenização por término do contrato de safra do trabalhador rural;
7. indenização paga ao empregado demitido sem justa causa nos 30 dias que antecede a data-base de reajuste
8. férias indenizadas com mais 1/3;
9. aviso-prévio indenizado;
10. licença-prêmio indenizada;
11. outras indenizações, desde que expressamente previstas em lei;
FASCÍCULO 5.1 7
MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL
12. valor da multa paga ao empregado em decorrência da mora no pagamento das parcelas constantes do
instrumento de rescisão do contrato de trabalho.
As parcelas relacionadas anteriormente, quando pagas ou creditadas em desacordo com a legislação pertinente,
integram o salário de contribuição para todos os fins e efeitos.
No Fascículo 5.5, Você encontra a tabela com os percentuais para determinação da contribuição previdenciária
devida pelo empregado.
5.1.7.1.2. Recolhimento
As contribuições previdenciárias descontadas dos segurados empregados e trabalhadores avulsos, assim como as
contribuições a cargo da empresa incidentes sobre as remunerações pagas ou creditadas aos segurados empregados,
empresários, trabalhadores avulsos e autônomos a seu serviço, devem ser recolhidas, desde a competência
novembro/2008, até o dia 20 do mês seguinte àquele a que se referirem as remunerações, antecipando o vencimento
para o dia útil anterior, quando não houver expediente bancário neste dia.
5.1.7.2. IMPOSTO DE RENDA NA FONTE
As remunerações pagas aos empregados estão sujeitas ao desconto do Imposto de Renda na fonte, mediante
aplicação de alíquotas progressivas, observado o limite de isenção fixado na Tabela Progressiva.
No caso de empregados, são considerados rendimentos do trabalho assalariado os valores relativos a todas as
espécies de remuneração por trabalho ou serviços prestados no exercício de empregos, cargos e funções.
No Fascículo 5.3 deste Manual, encontra-se a Tabela Progressiva do Imposto de Renda retido na Fonte incidente sobre
os rendimentos do trabalho assalariado, bem como o valor da dedução de encargo de família.
5.1.7.2.1. Deduções Permitidas
Para determinação da renda líquida, sobre a qual será calculado o Imposto de Renda na fonte, são permitidas as
seguintes deduções:
a) encargos de família, cujo valor por dependente corresponde a R$ 189,59;
b) contribuições previdenciárias pagas no mês para a Previdência Social da União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios;
c) as importâncias pagas em dinheiro a título ou pensões em cumprimento de acordo ou decisão judicial, inclusive a
prestação de alimentos provisionais;
d) contribuições para entidades de previdência privada domiciliadas no País e as contribuições para o Fapi, cujo
ônus tenha sido do contribuinte, destinadas a custear benefícios complementares assemelhados aos de
Previdência Social, no caso de trabalhador com vínculo empregatício ou de administradores.
5.1.7.2.2. Tabela
Os rendimentos do trabalho assalariado sofrem incidência do IR/Fonte com base na Tabela vigente no mês do pagamento,
independentemente do mês em que os serviços forem prestados.
Para o cálculo do IR/Fonte incidente sobre os rendimentos do trabalho assalariado, deverá ser utilizada, desde abril
de 2015, a Tabela reproduzida a seguir:
Base de Cálculo Mensal em
R$
Alíquota
(%)
Parcela a Deduzir do Imposto em
R$
Até 1.903,98 isento –
De 1.903,99 até 2.826,65 7,5 142,80
De 2.826,66 até 3.751,05 15 354,80
De 3.751,06 até 4.664,68 22,5 636,13
Acima de 4.664,68 27,5 869,36
Está dispensada a retenção do imposto de valor igual ou inferior a R$ 10,00.
Essa dispensa não se aplica no caso de retenção na fonte sobre o 13º salário.
5.1.7.2.3. Recolhimento
O Imposto de Renda retido na fonte incidente sobre os rendimentos do trabalho assalariado deve ser recolhidoaté o
último dia útil do 2º decêndio do mês subsequente ao mês de ocorrência do fato gerador.
Para fins de recolhimento, o fato gerador ocorre no dia do pagamento da remuneração.
5.1.7.3. OUTROS DESCONTOS
Além do desconto das contribuições previdenciárias e do IR/Fonte, existem casos em que a empresa ficará obrigada a
efetuar outros descontos nos salários pagos, como veremos a seguir.
5.1.7.3.1. Contribuição Sindical
Os empregadores são obrigados a descontar na folha de pagamento de seus empregados, relativa ao mês de março de
cada ano, a contribuição sindical por eles devida ao respectivo sindicato.
O valor da contribuição sindical dos empregados corresponde a 1/30 da remuneração mensal.
Os empregados que não estiverem trabalhando no mês de março serão descontados no primeiro mês subsequente
ao do reinício do trabalho.
8 FASCÍCULO 5.1
DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Esse procedimento será também adotado com os empregados que forem admitidos após o mês de março, que não
tiverem trabalhado anteriormente ou não tenham apresentado a comprovação do desconto da contribuição.
O recolhimento das contribuições sindicais descontadas no mês de março de cada ano será realizado até o último dia
do mês de abril.
Tratando-se de contribuição descontada em mês diferente de março, o recolhimento terá de ser efetuado até o último
dia do mês subsequente ao do desconto.
5.1.7.3.2. Pensão Alimentícia
Quando o empregado estiver sujeito ao pagamento da prestação de pensão de alimentos aos seus dependentes, por
determinação judicial, a empresa deverá efetuar o desconto em conformidade com o percentual estabelecido no
Ofício a ela endereçado pelo Juiz da ação.
Os critérios para cálculo da Pensão Alimentícia foram analisados no Fascículo 5.3 do Módulo 5 – Folha de
Pagamento.
5.1.7.3.3. Vale-Transporte
Vale-Transporte é o benefício pelo qual o empregador antecipa e custeia parte das despesas de seus empregados
realizadas com o deslocamento residência-trabalho e vice-versa.
A concessão do Vale-Transporte autoriza o empregador a descontar mensalmente do empregado beneficiado a
parcela correspondente a 6% do seu salário-base.
Para fins de aplicação dos 6%, não se incorporam ao salário-base do empregado quaisquer vantagens ou adicionais,
como o de insalubridade, periculosidade e por tempo de serviço, dentre outros.
O valor da parcela do Vale-Transporte custeado pelo empregado deve ser descontado proporcionalmente à
quantidade de vale concedida para o período a que se refere o salário e por ocasião do seu pagamento, salvo
disposição em contrário, que favoreça ao empregado, decorrente de convenção ou acordo coletivo.
O empregado tem o ônus de responder com a parcela de 6% do seu salário básico ou vencimento, independente dos
dias trabalhados.
Assim, a proporcionalidade não se vincula a dias úteis do mês. A proporcionalidade se refere à redução salarial
motivada, por exemplo, no caso de falta não justificada, oportunidade em que deve ser verificado o período a que se
refere o salário, desprezando-se o seu valor mensal total.
As normas para concessão do Vale-Transporte foram analisadas no Fascículo 9.3 deste Manual.
5.1.7.3.3.1. Empregado com Salário Variável
Na hipótese de empregados que percebem remuneração por tarefa, serviços, ou quando se tratar de remuneração
exclusivamente de comissões, percentagens,gratificações, gorjetas ou equivalentes, a parcela equivalente a 6%
deve ser calculada sobre o total da remuneração percebida no mês.
5.1.7.3.3.2. Empregados com Despesa Inferior a 6% do Salário
O empregado cuja despesa com o seu deslocamento residência-trabalho e vice-versa seja inferior a 6% do seu
salário-base pode optar pelo recebimento antecipado do Vale-Transporte.
O valor a ser descontado do salário do empregado nesta situação será o equivalente ao total dos Vales concedidos.
5.1.7.3.4. Habitação e Alimentação
Os descontos por fornecimento de habitação e alimentação para atender aos fins que se destinam, não poderão
exceder, respectivamente, a 25% e 20% do salário contratual, sendo que no caso da alimentação o desconto fica
limitado ao custo da alimentação.
Tratando-se de habitação coletiva, o valor será obtido mediante a divisão do justo valor da habitação pelo número de
coocupantes.
Quando a alimentação for preparada pelo próprio empregador, o seu valor será apurado na base de até 25% do
Salário-Mínimo.
5.1.8. PARCELAS ADICIONAIS
Além dos valores que integram a remuneração, existem parcelas que deverão ser pagas ou creditadas ao empregado,
como examinado a seguir.
5.1.8.1. SALÁRIO-FAMÍLIA
O salário-família é devido ao segurado da Previdência Social de baixa renda, que sustenta filho, de qualquer condição,
de até 14 anos ou inválido com qualquer idade.
No Fascículo 7.3, você encontra as normas que devem ser observadas para o pagamento do Salário-Família.
5.1.8.2. DEPÓSITO DO FGTS
As empresas e empregadores são obrigados a depositar, até o dia 7 de cada mês, em conta bancária vinculada, a
importância correspondente a 8% da remuneração paga ou devida, no mês anterior, a cada trabalhador, inclusive, sobre
o 13º salário.
No caso do aprendiz, o depósito do FGTS será de 2%.
Os empregados contratados por tempo determinado com base na Lei 9.601/98 tiveram direito ao depósito com base na
alíquota de 2%, sendo esta aplicável até 21-1-2003.
FASCÍCULO 5.1 9
MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL
Até a competência de setembro/2015 (vencimento em outubro/2015), a inclusão do empregado doméstico no Regime
do FGTS era facultativa, sendo obrigatório o depósito do FGTS a partir da competência outubro/2015, com vencimento
em novembro/2015.
A empresa deve informar, mensalmente, aos empregados os valores dos depósitos a serem efetuados em suas contas
vinculadas.
Essa informação poderá ser prestada através do Recibo de Pagamento em espaço criado pela empresa, para esse fim.
Para fins de depósitos do FGTS, podem-se excluir da remuneração do empregado, as mesmas parcelas que são
excluídas do salário de contribuição, como analisamos no item 5.1.7.1.1.
5.1.8.2.1. Contribuição Social
Considerando que a parcela de 0,5%, prevista na Lei Complementar 110/2001, foi considerada inconstitucional no
período de outubro/2001 a dezembro/2001, o depósito mensal do FGTS das empresas não isentas desta
contribuição passou a ser devido a partir da competência janeiro/2002, tendo como termo final a competência
dezembro/2006.
Assim, o último recolhimento do FGTS com a alíquota de 8,5% ou 2,5%, conforme o caso, vigorou até o mês de
competência dezembro/2006, com recolhimento até 5-1-2007, deixando de ser incluída a parcela de 0,5% a partir da
competência janeiro/2007.
No Fascículo 5.4, você encontra as normas a serem observadas no recolhimento da Contribuição Social.
5.1.9. PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR
O objetivo do PAT é o de proporcionar ao trabalhador de baixa renda, assim considerado aquele que perceba até 5
salários-mínimos mensais, alimentação adequada à preservação de sua saúde.
Os trabalhadores de renda mais elevada também podem ser incluídos no PAT, desde que esteja garantido o atendimento
da totalidade dos trabalhadores de baixa renda.
A participação dos trabalhadores no PAT está limitada a 20% do custo direto da refeição, ou seja, o empregador poderá
descontar do salário do empregado até 20% do custo da alimentação.
Assim, como a maioria das empresas que fornecem alimentação aos seus empregados o fazem através do PAT, elas
deverão lançar na folha de pagamento os valores que cabem aos empregados.
As normas para adesão ao PAT foram analisadas no Fascículo 9.2 deste Manual.
5.1.10. SALÁRIO-UTILIDADE
Salário-utilidade, também denominado salário in natura, é o pagamento que a empresa faz em bens ou serviços a seus
empregados pela contraprestação dos serviços.
A incorporação da utilidade na remuneração do empregado vai repercutir diretamente nos direitos decorrentes do
contrato de trabalho. A incorporação será com base no valor da utilidade.
O salário-utilidade está sujeito à incidência dos encargos sociais, como contribuição para o INSS, o FGTS e incidência do
IR/Fonte.
Apesar de o salário-utilidade não ser pago em espécie, ele deverá constar da folha de pagamento, já que sobre o mesmo
incidem os encargos sociais. A empresa pode ajustar com o empregado o desconto, sobre o salário pago em espécie, de
parte do valor da utilidade que ele irá custear. Se o empregado custear parte da utilidade, somente a parte que a empresa
custear é que será incorporada à remuneração para fins de encargos sociais e direitos trabalhistas.
Assim, por exemplo, se o aluguel do imóvel fornecido ao empregado custa R$ 850,00, e dele somente é descontado
R$ 350,00, a diferença, R$ 500,00, deve ser incorporada à remuneração do empregado.
Os R$ 500,00 devem ser lançados na folha de pagamento somente para fins de encargos sociais, não sendo somados
aos rendimentos que serão pagos em espécie.
5.1.10.1. ASSISTÊNCIA MÉDICA
Apesar de não haver previsão na legislação para que a empresa seja obrigada a conceder assistência médica aos seus
empregados, o fornecimento deste benefício não se constitui em salário-utilidade, não integrando a remuneração para
fins de direitos trabalhistas.
A assistência médica não incorpora a remuneração para fins de incidência de INSS, FGTS e IR/Fonte.
5.1.11. FÉRIAS
Apesar de as férias serem pagas em recibo antes do período de gozo, diferentemente dos salários que são sempre pagos
após o mês trabalhado, o valor das férias deve ser lançado na folha de pagamento, para que se possa visualizar a base de
cálculo da incidência dos encargos sociais, principalmente quando elas sejam concedidas somente em parte do mês,
havendo um período restante de saldo de salário.
O cálculo das férias e da retenção dos encargos sociais foram analisados, com exemplos práticos, no Fascículo 6.1 deste
Manual.
5.1.12. DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO
O 13º Salário, que deve ser pago em duas parcelas, é na verdade mais um salário que o empregado percebe, sendo que
possui regras diferentes do salário normal pago pela prestação dos serviços. Ele, também, deve constar da folha de
pagamento. Entretanto, para o 13º Salário que é pago no mês de dezembro de cada ano, que envolve cálculo mais
detalhados e sofre a retenção dos encargos sociais, é conveniente que a empresa prepare a folha de pagamento em
separado do salário normal, ou seja, no mês de dezembro devem ser feitas duas folhas de pagamento, uma para o salário
normal e outra para o 13º Salário.
10 FASCÍCULO 5.1
DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Com relação ao pagamento da primeira parcela e, quando for o caso, do valor pago na rescisão do contrato de trabalho,
estes por normalmente não atingirem todos os empregados, podem ser pagos de forma discriminada na folha de
pagamento dos salários do mês.
O cálculo do 13º Salário e da retenção dos encargos sociais foram analisados, com exemplos práticos, no Fascículo 6.2
deste Manual.
5.1.13. RESCISÃO DE CONTRATO
Os valores pagos na rescisão do contrato de trabalho devem constar da folha de pagamento, mesmo que a maioria de
suas parcelas não sofram incidência de encargos sociais. O lançamento é necessário para que a empresa tenha controle
de tudo que foi pago aos empregados, e para que seja feita de forma correta a retenção dos encargos sociais,
principalmente no caso da contribuição previdenciária que é apurada considerandoo mês de competência e não por
pagamento.
As normas sobre rescisão de contrato de trabalho foram analisadas nos Fascículos 10.1 e 10.2 deste Manual.
5.1.14. CONTRATO POR PRAZO DETERMINADO
Os empregados contratados por prazo determinado com base na Lei 9.601/98 devem ser discriminados em separado na
folha de pagamento. Portanto, para as empresas que tenham empregados contratados nesta situação, é mais
conveniente que seja elaborada uma folha de pagamento em separado da dos demais empregados.
A Lei 9.601/98 autoriza a contratação por prazo determinado quando houver acréscimo de pessoal.
5.1.15. EMPRESA PRESTADORA DE SERVIÇO
A empresa de cessão de mão de obra deve elaborar folhas de pagamento distintas para cada estabelecimento ou obra de
construção do contratante.
Além disso, deve ser elaborada em separado, folha de pagamento do pessoal administrativo da empresa de cessão de
mão de obra.
5.1.16. ELABORAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO
Para a elaboração da folha de pagamento, a empresa deve fazer uma análise prévia das situações relativas aos
respectivos empregados no mês correspondente.
5.1.16.1. ANÁLISE PRÉVIA
A análise prévia das situações dos empregados deve ser realizada notadamente em relação aos seguintes aspectos:
– tipo e valor da remuneração;
– forma de pagamento;
– horas extras trabalhadas;
– adicionais devidos;
– repouso remunerado;
– quotas do salário-família;
– outras remunerações classificadas como rendimentos do trabalho assalariado;
– descontos por faltas não justificadas;
– descontos para o INSS, observado o limite previdenciário no respectivo mês;
– número de dependentes para fins de dedução dos encargos de família, para o cálculo do IR/Fonte;
– desconto relativo à contribuição sindical, se for o caso;
– outros descontos estabelecidos legalmente ou admitidos pela legislação vigente.
5.1.17. EXEMPLOS PRÁTICOS
Demonstramos, a seguir, a folha de pagamento analítica e sintética dos empregados, no mês de março/2016, de uma
empresa que apresenta seus empregados em situações distintas:
DADOS PARA REALIZAÇÃO DA FOLHA:
a) Tabela de Salário de contribuição do empregado vigente no mês da folha:
SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO
R$
Alíquota para fins de recolhimento ao INSS
(%)
Até 1.556,94 8,00
De 1.556,95 até 2.594,92 9,00
De 2.594,93 até 5.189,82 11,00
b) Valor da Quota do Salário-Família, vigente no mês da folha:
REMUNERAÇÃO
(R$)
VALOR UNITÁRIO
(R$)
até 806,80 41,37
De 806,81 até 1.212,64 29,16
Nº 01 – ANDRÉ FELIPE DE SOUZA
Este empregado, contratado na função de almoxarife, é mensalista com salário de R$ 1.700,00 tendo efetuado 15 horas
extras dentro do mês, sendo estas remuneradas com 50%. Ele tem 2 dependentes menores de 14 anos.
FASCÍCULO 5.1 11
MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL
– Salário mensal ..........................................................................................................................................R$ 1.700,00
– Horas extras: 15 h x R$ 11,60 (R$ 1.700,00 ÷ 220 x 1,50)...........................................................................R$ 174,00
– Repouso Remunerado (R$ 174,00 x 1/6)...................................................................................................R$ 29,00
Valor Bruto...................................................................................................................................................R$ 1.903,00
Descontos:
– INSS (9% de R$ 1.903,00)....................................................................................................................(–) R$ 171,27
– Vale-transporte (6% de R$ 1.700,00) ...................................................................................................(–) R$ 102,00
– Vale-refeição [20% de R$ 300,00 (Valor de custo dos Vales)] ...............................................................(–) R$ 60,00
– Assistência Médica ..............................................................................................................................(–) R$ 85,00
IR/FONTE
Dedução dos dependentes = R$ 379,18 (R$ 189,59 x 2)
Dedução do INSS – R$ 171,27
Renda Líquida = R$ 1.352,55 (R$ 1.903,00 – R$ 171,27 – R$ 379,18)
O rendimento é isento, pois ficou abaixo de R$ 1.903,99
VALOR LÍQUIDO A RECEBER....................................................................................................................R$ 1.484,73
Nº 02 – RODRIGO DA COSTA NETO
Empregado, contratado na função de vendedor, que percebe R$ 1.200,00 de salário fixo mais comissões sobre vendas,
com 2 dependentes, sendo um menor de 14 anos.
– Salário fixo ................................................................................................................................................R$ 1.200,00
– Comissões no mês....................................................................................................................................R$ 3.800,00
– Repouso Remunerado sobre as Comissões (R$ 3.800,00 ÷ 26 x 5) ...........................................................R$ 730,75
– Valor Bruto ...............................................................................................................................................R$ 5.730,75
Descontos:
– INSS [11% de R$ 5.189,82 (limite máximo previdenciário)] ..................................................................(–) R$ 570,88
– Vale-transporte (6% de R$ 1.200,00) ...................................................................................................(–) R$ 72,00
– Vale-refeição (20% de R$ 300,00)........................................................................................................(–) R$ 60,00
– Assistência Médica ..............................................................................................................................(–) R$ 60,00
IR/FONTE
– Dedução dos dependentes – R$ 379,18 (R$ 189,59 x 2)
– Dedução do INSS = R$ 570,88
– Renda Líquida – R$ 4.780,69 (R$ 5.730,75 – R$ 570,88 – R$ 379,18)
– Alíquota = 27,5%
– Parcela a deduzir do imposto – R$ 869,36
Cálculo do Imposto
R$ 4.780,69 x 27,5 = R$ 1.314,69 – R$ 869,36 = .....................................................................................(–) R$ 445,33
100
VALOR LÍQUIDO A RECEBER....................................................................................................................R$ 4.522,54
Nº 03 – CARLA ALMEIDA DE SÁ
A empregada, na função de recepcionista, tem o seu salário fixado em R$ 35,00 por dia, sendo que possui um dependente
menor de 14 anos.
– Salário mensal = (R$ 35,00 x 26 dias úteis) ................................................................................................R$ 910,00
– Repouso Remunerado (R$ 35,00 x 5)........................................................................................................R$ 175,00
– Salário-família...........................................................................................................................................R$ 29,16
– Valor Bruto ................................................................................................................................................R$ 1.114,16
Descontos:
– INSS (R$ 1.085,00 x 8%)......................................................................................................................(–) R$ 86,80
– Vale-transporte (6% de R$ 1.085,00) ...................................................................................................(–) R$ 65,10
– Vale-refeição (20% de R$ 300,00)........................................................................................................(–) R$ 60,00
– Assistência Médica ..............................................................................................................................(–) R$ 54,25
VALOR LÍQUIDO A RECEBER....................................................................................................................R$ 848,01
Nº 04 – FABIO HENRIQUE DA SILVA
O empregado foi contratado, na função de guarda de segurança, para trabalhar das 22:00 às 5:00horas, sendo seu
salário de R$ 1.300,00 por mês. Neste mês foi pago a ele o adiantamento da primeira parcela do 13º Salário.
– Salário mensal ..........................................................................................................................................R$ 1.300,00
– Adicional noturno (20% de R$ 1.300,00)....................................................................................................R$ 260,00
– Primeira parcela do 13º Salário .................................................................................................................R$ 780,00
– Valor Bruto ................................................................................................................................................R$ 2.340,00
Descontos:
– INSS (9% de R$ 1.560,00)....................................................................................................................(–) R$ 140,40
– Vale-transporte (6% de R$ 1.300,00) ...................................................................................................(–) R$ 78,00
– Vale-refeição (20% de R$ 300,00)........................................................................................................(–) R$ 60,00
– Assistência Médica ..............................................................................................................................(–) R$ 65,00
VALOR LÍQUIDO A RECEBER....................................................................................................................R$ 1.996,60
12 FASCÍCULO 5.1
DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Nº 05 – RICARDO ALMEIDA SILVA
O empregado, com salário de R$ 880,00, contratado na função de motoboy, desenvolve atividade perigosa, tendo dois
dependentes menores de 14 anos.
– Salário ......................................................................................................................................................R$ 880,00
– Adicional de Periculosidade (30% de R$ 880,00).......................................................................................R$ 264,00
– Salário-Família (2 x R$ 29,16) ...................................................................................................................R$ 58,32
– Valor Bruto ................................................................................................................................................R$ 1.202,32
Descontos:
– INSS (8% de R$ 1.144,00)....................................................................................................................(–) R$ 91,52
– Vale-Transporte (6% de R$ 880,00) .....................................................................................................(–) R$ 52,80
– Vale-Refeição (20% de R$ 300,00) ......................................................................................................(–) R$ 60,00
– Assistência Médica ..............................................................................................................................(–) R$ 44,00
VALOR LÍQUIDO A RECEBER....................................................................................................................R$ 954,00
Nº 06 – VANDRÉ ROCHA AGUIAR
O empregado, contratado na função de chefe de portaria, recebe R$ 1.600,00 de salário fixo mensal, e o fornecimento de
moradia no valor de R$ 650,00, sendo que, para o custeio da mesma, é descontado em 25% do seu salário. Assim, o
salário-utilidade é de somente R$ 250,00 [R$ 650,00 – R$ 400,00 (25% x R$ 1.600,00)]
– Salário mensal ..........................................................................................................................................R$ 1.600,00
– Salário-utilidade........................................................................................................................................R$ 250,00
–Valor Bruto para fins de encargos...............................................................................................................R$ 1.850,00
Descontos:
– INSS (9% de R$ 1.850,00)....................................................................................................................(–) R$ 166,50
– Utilidade...............................................................................................................................................(–) R$ 250,00
– Utilidade custeada pelo empregado .....................................................................................................(–) R$ 400,00
– Vale-Transporte (6% de R$ 1.600,00) ..................................................................................................(–) R$ 96,00
– Vale-Refeição (20% de R$ 300,00) ......................................................................................................(–) R$ 60,00
– Assistência Médica ..............................................................................................................................(–) R$ 90,00
VALOR LÍQUIDO A RECEBER....................................................................................................................R$ 787,50
Nº 07 – SANDRO FREITAS SANTOS
O empregado, que tem o sábado como dia normal de trabalho, contratado na função de analista de crédito, gozou 30 dias
de férias, do dia 1 a 30/3, com salário de R$ 3.875,00 e um dependente. Além dos encargos, ele sofrerá o desconto da
assistência médica.
– Valor das férias (R$ 3.875,00 ÷ 31 x 30).....................................................................................................R$ 3.750,00
– Adicional de 1/3 (R$ 3.875,00 x 1/3) ..........................................................................................................R$ 1.291,67
– Saldo de salário (1 dia) ..............................................................................................................................R$ 125,00
– Valor Bruto ................................................................................................................................................R$ 5.166,67
Descontos:
– INSS (11% de R$ 5.166,67)..................................................................................................................(–) R$ 568,33
– Assistência Médica ..............................................................................................................................(–) R$ 195,00
IR/FONTE
Dedução do dependente = R$ 189,59
Dedução do INSS – R$ 568,33
Renda Líquida = R$ 4.408,75 (R$ 5.166,67 – R$ 568,33 – R$ 189,59)
Alíquota – 22,5%
Parcela a deduzir do imposto = R$ 636,13
Cálculo do Imposto
R$ 4.408,75 x 22,5 = R$ 991,97 – R$ 636,13 = ........................................................................................(–) R$ 355,84
100
VALOR LÍQUIDO A RECEBER....................................................................................................................R$ 4.047,50
Nº 08 – AMANDA MARINA MARINHO
A empregada, contratada na função de copeira, foi demitida sem justa causa em 21-3-2016, tendo sido contratada em
3-8-2015. Sabendo-se que seu salário mensal era de R$ 880,00, e que ela não possui dependentes, na rescisão de
contrato foram pagos os seguintes valores:
– Saldo de Salário – 21 dias (R$ 880,00 ÷ 31 x 21) ........................................................................................R$ 596,19
– 13º Salário (4/12 de R$ 880,00) .................................................................................................................R$ 293,33
– Férias proporcionais (9/12 de R$ 880,00) ..................................................................................................R$ 660,00
– Adicional de 1/3 sobre as férias .................................................................................................................R$ 220,00
– Aviso-prévio indenizado............................................................................................................................R$ 880,00
TOTAL BRUTO ...........................................................................................................................................R$2.649,52
Descontos:
– INSS 8% de R$ 1.476,19 (saldo de salário + aviso indenizado) .............................................................(–) R$ 118,10
– INSS sobre 13º Salário (8% de R$ 293,33) ...........................................................................................(–) R$ 23,47
– Vale-Transporte (6% de R$ 596,19) .....................................................................................................(–) R$ 35,77
– Vale-Refeição [20% de R$ 150,00 (Vales proporcionais)].....................................................................(–) R$ 30,00
– Assistência Médica ..............................................................................................................................(–) R$ 44,00
VALOR LÍQUIDO A RECEBER....................................................................................................................R$ 2.398,18
FASCÍCULO 5.1 13
MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL
14 FASCÍCULO 5.1
DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS
P
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MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL
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5.1.17.1. RECIBO DE PAGAMENTO
A seguir exemplificamos o recibo de pagamento de um dos empregados relacionados na folha de pagamento. A legislação
do trabalho não obriga a entrega de recibo ao empregado, quando a empresa efetua o pagamento do salário através de
depósito bancário em conta corrente. Entretanto, a legislação previdenciária determina que a empresa, além da folha de
pagamento, deve manter no estabelecimento os recibos de pagamento.
Assim, é conveniente, não só para o cumprimento da legislação previdenciária, mas também para que sejam
comprovados os rendimentos recebidos e os descontos efetuados, que a empresa elabore o recibo de pagamento,
entregando uma via ao empregado.
5.1.18. FOLHA COMPUTADORIZADA
A empresa pode adotar sistema informatizado na elaboração da folha de pagamento.
Na confecção da folha computadorizada, apesar da sofisticação tecnológica, deve-se observar todos os procedimentos
inerentes à folha manual.
A empresa deve ter um programa ajustado às suas necessidades, o qual conterá todas as informações para a
execução da folha como, por exemplo, o código identificador de cada empregado, os salários, adicionais de horas
extras, gratificações, prêmios, etc. bem como, as informações das tabelas progressivas referentes aos descontos do
INSS e IRRF.
Mediante um programa adequado deve-se preencher a planilha de folha, que será enviada ao Centro de Processamento
de Dados da empresa para ser confeccionada, com as informações inerentes à cada empregado, codificando os
rendimentos devidos e os descontos necessários. No caso do Departamento Pessoal ser informatizado, os dados
poderão ser remetidos para o CPD através de rede.
As empresas que não disponham de CPD poderão contratar os serviços de empresa especializada em prestação de
serviços na área de informática, para elaboração da folha de pagamento.
Para as empresas que possuam computadores, a folha de pagamento poderá ser feita através de programas disponíveis
no mercado, ou através de programa elaborado por empresa especializada para atender as particularidades da empresa
contratante.
16 FASCÍCULO 5.1
DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Recibo de Pagamento
MADETERRA COMÉRCIO DE MADEIRA LTDA.
AVENIDA DAS AMÉRICAS, 1778 - BARRA FUNDA - RJ
Código Nome do Funcionário CBO Emp. Local Depto. Setor Seção Fl.
0845 ANDRÉ FELIPE DE SOUZA 4-22.20 CP 1 A
CTPS: 23468-032 CPF: 242178986-00
Cód. Descrição Referência Vencimentos Descontos
01 SALÁRIO FIXO 30 1.700,00
02 HORAS EXTRAS 15h 174,00
03 REPOUSO REMUNERADO 1/6 29,00
18 INSS 171,27
32 VALE-REFEIÇÃO 60,00
34 VALE-TRANSPORTE 102,00
35 ASSISTÊNCIA MÉDICA 85,00
Total de Vencimentos Total de Descontos
1.903,00 418,27
Valor Líquido 1.484,73
Salário-Base Sal. Contr. INSS Base Calc. FGTS FGTS Do Mês Base Calc. IRRF Faixa IRRF
1.700,00 1.903,00 1.903,00 152,24 0 0
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5.1.19. ESOCIAL
O eSocial – Sistema de Escrituração Fiscal Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas, também
chamado de EFD-Social, consiste na escrituração digital da folha de pagamento e das obrigações trabalhistas,
previdenciárias e fiscais relativas à contratação e utilização de mão de obra, com ou sem vínculo empregatício, onde o
contribuinte, por meio de um único arquivo, prestará informações à RFB – Secretaria da Receita Federal do Brasil; ao
MTPS – Ministério do Trabalho e Previdência Social; à Caixa Econômica Federal; e ao Conselho Curador do FGTS.
Os arquivos que compõem o eSocial deverão ser transmitidos em meio eletrônico pela empresa, pelo empregador,
inclusive o doméstico, ou por outros obrigados a eles equiparados, pelo produtor rural pessoa física, pelo segurado
especial e pelo contribuinte individual equiparado à empresa.
As informações que compõem o eSocial são divididas em Eventos que são denominados:– Iniciais – compostos pelas informações do Empregador/Contribuinte, de seus estabelecimentos e obras de construção
civil e as relativas aos vínculos empregatícios;
– Tabelas – compostas pelas informações de rubricas da folha de pagamento, lotações de trabalho, relação de cargos e
funções, jornada de trabalho e informações de processos administrativos e judiciais;
– Periódicos – compostos por informações da folha de pagamento, dos fatos geradores, deduções, bases de cálculo e
valores devidos de contribuições previdenciárias, contribuições sociais da Lei Complementar 110/2001, contribuições
sindicais, FGTS, e IR/Fonte; e
– Não Periódicos – aqueles que não tem uma data pré-fixada para ocorrer, pois dependem de acontecimentos na relação
entre a empresa e o trabalhador que influenciam no reconhecimento de direitos e no cumprimento de deveres
trabalhistas, previdenciários e fiscais.
Para fins de transmissão das informações, os empregadores deverão observar os seguintes prazos:
• empregador com faturamento no ano de 2014 acima de R$ 78.000.000,00:
a) a partir da competência setembro de 2016, exceto as informações relacionadas na letra “b”;
b) a partir da competência janeiro de 2017, para prestação de informação referente à tabela de ambientes de trabalho
(evento S-1060), comunicação de acidente de trabalho (evento não periódico S-2210), monitoramento da saúde do
trabalhador (evento não periódico S-2220) e condições ambientais do trabalho (evento não periódico S-2240).
• demais obrigados ao eSocial:
a) a partir da competência janeiro de 2017, exceto as informações relacionadas na letra “b”;
b) a partir da competência julho de 2017, para prestação de informação referente à tabela de ambientes de trabalho
(evento S-1060), comunicação de acidente de trabalho (evento não periódico S-2210), monitoramento da saúde do
trabalhador (evento não periódico S-2220) e condições ambientais do trabalho (evento não periódico S-2240).
No Fascículo 5.8, você encontra as normas gerais que devem ser observadas com relação ao eSocial.
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL: Lei Complementar 110, de 29-6-2001 (Informativo 27/2001); Lei Complementar 123, de 14-12-2006
(Informativo 50/2006); Lei 7.418, de 16-12-85 (Portal COAD); Lei 8.981, de 20-1-95 (Informativo 04/95); Lei 8.212, de 24-7-91
(Portal COAD)); Lei 9.601, de 21-1-98 (Informativo 05/98); Lei 10.097, de 19-12-2000 (Informativo 51/2000); Lei 10.243, de
19-6-2001 (Informativo 25/2001); Lei 10.820, de 17-12-2003 (Informativo 51/2003); Lei 11.196, de 21-11-2005 (Informativo
47/2005); Lei 11.933, de 28-4-2009 (Fascículo 18/2009); Lei 13.172, de 21-10-2015 (Fascículo 42/2015); Decreto-Lei 5.452, de
1-5-43 – Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), artigos 457, 458, 459, 462, 464, 465, 580, 583 e 602 (Portal COAD); Decreto
3.048, de 6-5-99 (Portal COAD); Decreto 4.840, de 17-9-2003 (Informativo 38/2003); Decreto 87.043, de 22-3-82 – artigo 9º, § 1º
(DO-U de 23-3-82); Decreto 95.247, de 17-11-87 (DO-U de 18-11-87); Decreto 99.684, de 8-11-90 – artigo 27 (Portal COAD);
Portaria 3 SIT, de 1-3-2002 (Informativo 10/2002); Portaria 3.281 MTb, de 7-12-84 (Portal COAD); Portaria Interministerial 350
MPS-MF, de 30-12-2009 (Fascículo 01/2010); Instrução Normativa 1 SRT, de 7-11-89 (DO-U de 13-11-89); Instrução Normativa
971 RFB, de 13-11-2009 (Portal COAD); Instrução Normativa 1.027 RFB, de 22-4-2010 (Fascículo 17/2010); Instrução Normativa
1.453 RFB, de 24-2-2014 (Fascículo 09/2014); Instrução Normativa 1.500 RFB, de 29-10-2014 (Fascículos 44 e 47/2014);
Instrução Normativa 1.558 RFB, de 31-3-2015 (Fascículo 13/2015); Circular 683 Caixa, de 29-7-2015 – Manual de Orientação do
eSocial – Versão 2.1(Fascículo 31/2015); Circular 694 Caixa, de 25-9-2015 – Manual de Orientação do Empregador – Recolhi-
mentos Mensais e Rescisórios do FGTS e das Contribuições Sociais – Versão 2.0 (Fascículo 39/2015); Resolução 1 CD-eSocial, de
24-6-2015 (Fascículo 25/2015); Resolução 121 TST, de 28-10-2003 – Súmulas 60, 258 e 342 (Informativos 47 e 48/2003).
FASCÍCULO 5.1 17
MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL
ANOTAÇÕES
18 FASCÍCULO 5.1
DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS
	SUMÁRIO
	assunto página
	5.1. FOLHA DE PAGAMENTO 4

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