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APOSTILA DE ANATOMIA-1

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1 
 
 
 
 
 
INSTITUTO WANDA HORTA 
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
Apostila 
 
 
 
 
 
 
 
Parnaíba - 2019 
ANATOMIA E FISIOLOGIA 
HUMANA 
2 
 
INTRODUÇÃO À ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA 
A Anatomia é a ciência que estuda macro e microscopicamente a constituição e o desenvolvimento 
dos seres organizados; é um dos estudos mais antigos da história da humanidade. É uma palavra grega, que 
significa cortar em partes, sem destruir os elementos. 
A anatomia é a parte da biologia que estuda a forma e a estrutura dos seres vivos, enquanto a 
Fisiologia visa conhecer o funcionamento do corpo humano. Dessa maneira, essas duas ciências caminham 
juntas, para explicar o corpo humano. 
 
1.1 Uma breve história da Anatomia Humana 
O conhecimento anatômico do corpo humano data de quinhentos anos antes de Cristo no sul da 
Itália com Alcmeón de Crotona, que realizou dissecações em animais. Pouco tempo depois, um texto clínico 
da história hipocrática descobriu a anatomia do ombro conforme havia sido estudada com a dissecação. 
Hipócrates, principal contribuidor desta época, era considerado o pai da medicina ocidental e afirmou que 
o encéfalo além de estar envolvido nas sensações era também sede da inteligência. 
Além de Hipócrates, outro filósofo grego, Aristóteles (384–322 a. C), mencionou as ilustrações 
anatômicas, as quais eram baseadas na dissecação animal e de plantas. Aristóteles, considerado o fundador 
das Ciências Biológicas, acreditava que o coração era o centro do pensamento e da alma. 
Erasistratus de Chio (310 a.C. — 250 a.C.) foi um 
anatomista e médico grego, designado pai da fisiologia. 
Em conjunto com o filósofo grego Herófilo e encorajado 
pelo faraó Ptolomeu fundou a escola de anatomia de 
Alexandria. Era permitido aos dois dissecar humanos 
(não se sabe se realizaram em cadáveres ou indivíduos 
vivos) e consequentemente descobriram alguns 
mistérios do corpo humano e seu funcionamento. Antes 
da pesquisa em anatomia de Alexandria, todo o 
conhecimento vinha de dissecações de animais. O 
estudo da anatomia avançou consideravelmente na 
Alexandria, uma vez que hieróglifos e papiros desta 
época indicam interesse pela anatomia de animais e do 
homem (múmias). Muitas descobertas lá realizadas 
podem ser atribuídas a Herófilo e Erasístrato, os 
primeiros que realizaram dissecações humanas de 
modo sistemático. 
 
Herófilo (335 a.C. — 280 a.C.), em grego 
Herophilus, dissecou mais de 600 corpos e escreveu 
mais de um tratado de anatomia (“prensa de 
Herophilus”). Ele estudou o cérebro, reconhecendo este 
órgão como o centro do sistema nervoso e da 
inteligência. Dissecou e descreveu sete pares de nervos 
cranianos, identificando os voluntários e involuntários. 
Também distinguiu nervos de vasos sanguíneos e os 
nervos motores dos sensitivos. Outros objetos de 
estudo foram os olhos, fígado, pâncreas, as glândulas 
salivares, e o trato alimentar, assim como os órgãos 
genitais. 
 
Mumificação 
Herófilo dissecando o corpo humano 
3 
 
A partir do ano 150 a. C a dissecação humana foi de novo proibida por razões éticas e religiosas. O 
conhecimento anatômico do corpo humano continuou no mundo helenístico, porém só se conhecia através 
das dissecações em animais. Apesar disto, Claudius Galeno (131 – 200 D.C.), médico do imperador romano 
Marco Aurélio e fundador da fisiologia experimental, por meio de dessecações de macacos e porcos, provou 
que a secção da medula espinhal provoca paralisia abaixo do nível da secção e mostrou que a urina se forma 
nos rins e não na bexiga. Galeno aplicou depois os resultados na anatomia humana quase sempre 
corretamente; contudo, alguns erros foram inevitáveis devido à impossibilidade de confirmar os achados em 
cadáveres humanos. Galeno foi grande escritor e sua obra “Sobre o Uso das Partes do Corpo Humano” regeu 
a medicina por 14 séculos. 
O início da era cristã prejudicou o conhecimento anatômico, proibindo a dissecação dos corpos 
humanos. Dessa forma, o saber Galênico perpetuou falsas crendices estabelecidas por seus predecessores e 
contemporâneos. 
Na Idade Média a sacralidade do corpo impediu o progresso da anatomia (considerada crime cujo 
castigo era a fogueira). Porém, em 1315, na Universidade de Bolonha, foram as dissecções de cadáveres 
humanos, com finalidade de ensino, sendo obrigatório o uso de cadáver para cirurgiões. 
 
 
Leonardo de ser Piero da Vinci era observador, cientista e inventor 
representou a arte em anatomia e afirmava que a “Arte e ciência caminham 
de mãos dadas”. Seu desenho mais famoso, o Homem Vitruviano (1492), 
mostrou as proporções do corpo humano (simetria), ligando arte e ciência 
numa obra singular que representa o Humanismo Renascentista. 
 
 
 
 
 
A Arte como meio de difusão da anatomia nas universidades tornou as dissecações humanas parte 
integrante do currículo em Saúde. Porém, o número insuficiente e a rápida putrefação dos cadáveres 
levaram à prática de violação de sepulturas. Diante disto, foi emitido um Decreto oficial, permitindo o uso 
de cadáveres de criminosos e ladrões. 
 A força e o dinamismo desmedidos do corpo humano atingiram seu ápice com Michelangelo 
Buonarotti. Ele passou pelo menos vinte anos adquirindo conhecimentos anatômicos através das 
dissecações que praticava pessoalmente, sobretudo no convento de Santo Espírito de Florença. 
Michelangelo também estudou o corpo humano a fundo. E para isso, dissecou e desenhou até que a figura 
deixasse de ter quaisquer segredos. A escultura de Moisés concluída em 1516 traz a estrutura de um ombro 
dissecado na perna do patriarca bíblico e as imagens do teto da Capela Sistina, que são imensas, mas 
anatomicamente corretas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Homem Vitruviano 
Capela Sistina 
Escultura de David 
4 
 
A anatomia foi totalmente reformada por Andreas Vesalius, em seu livro “De humani corporis 
fabrica”. Vesalius fazia dissecções brilhantes, com 28 anos de idade. A Fábrica de Corpos Humanos tornou-
se o texto fundador da anatomia moderna, e inspirou uma série de sucessores. Como Vesalius, eles 
compararam seus resultados com os textos existentes, os erros foram corrigidos e produziram-se novos 
textos com ilustrações. A produção de imagens baseado na dissecção tornou-se um componente central da 
anatomia científica. Após a correção dos erros de outros anatomistas, expôs o esqueleto do corpo humano 
e dessa maneira foi considerado o Pai da Anatomia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hoje em dia há a possibilidade de estudar anatomia mesmo em pessoas vivas, através de técnicas de 
imagem como a radiografia, a endoscopia, a angiografia, a tomografia computadorizada, a imagem de 
ressonância magnética nuclear, a ecografia, a termografia e outras. 
 
1.2. Ramos da Anatomia 
Em função da complexidade do corpo humano, a Anatomia Humana é dividida em vários ramos 
(áreas) de estudo para poder melhor estudar os órgãos, sistemas, funcionamentos e interações com o meio 
ambiente. Embora sejam ramos separados, existe uma forte integração entre todos eles para poder gerar 
os conhecimentos necessários. Os ramos da anatomia são: 
 Anatomia Sistemática - estuda os elementos do corpo humano, descrevendo suas formas, suas 
relações, sua estrutura e constituição. Divide e estuda o corpo através de sistemas. É também 
chamada de Anatomia Descritiva. 
 Anatomia Topográfica - estuda o corpo humano por regiões. É também chamada de Anatomia 
Regional. 
 Anatomia Microscópica - estudo do corpo humano com uso intensivo de microscópios. Foca 
principalmente o estudo dos órgãos e partes do corpo humano que não podem ser visualizados sem 
o uso de microscópio. 
 Anatomia Patológica ou clínica - voltada para o diagnóstico de doenças e a degradação dos órgãos. 
Enfatiza a estrutura e a função à medida que se relacionam com a prática da medicina e outras 
ciências da saúde. 
 Anatomia Radiográfica - estudo do corpo humano através de imagens. 
 Anatomia Funcional - estuda as funções dos órgãos do corpo humano. É tambémchamada de 
Anatomia Fisiológica. 
 Anatomia Morfológica - estuda as formas externas do corpo humano. 
 Anatomia do desenvolvimento - relacionada ao estudo do momento da fertilização até o 
nascimento. 
5 
 
 Anatomia Regional: é o método de estudo do corpo por regiões, como o tórax e o abdome. A 
anatomia de superfície é uma parte essencial do estudo da anatomia regional. 
 
1.3. Organização geral do corpo humano 
Para o estudo do funcionamento do corpo humano é necessário o conhecimento da menor unidade 
viva do corpo humano, a CÉLULA. O ser humano é composto por células tão pequenas que só são visualizadas 
pelo microscópio. Cada órgão é um agregado de numerosas células. 
É muito variável as formas das células que constituem o organismo humano, mas todas elas são 
formadas, fundamentalmente, por 3 partes: 
 Membrana Celular: camada que envolve a 
célula. Através de seus poros a membrana seleciona os 
nutrientes e outras substâncias a serem absorvidos. 
 Citoplasma: É a porção da célula situada por 
dentro da membrana. Formado por substâncias 
proteínas, lipídios, glicídios, sais minerais e água. Local 
onde ocorrem as transformações químicas 
(metabolismo). 
 Núcleo: É um corpúsculo imerso no citoplasma, 
responsável por regular todas as funções da célula, 
principalmente sua reprodução. Apresenta os 
cromossomos (formado pelos genes), responsáveis 
pela ativação e transmissão de Caracteres. 
A membrana celular, o citoplasma e o núcleo atuam de maneira integrada nos processos vitais da 
célula, como: absorção, metabolismo, eliminação das toxinas, armazenamento das substâncias oferecidas 
em excesso, fagocitose e locomoção. 
O corpo humano tem como 
unidade anátomo-funcional a 
CÉLULA. Um agrupamento de células 
da mesma natureza constitui o 
TECIDO. A reunião de vários tecidos 
constitui um ÓRGÃO. Diversos 
órgãos reunidos formam um 
SISTEMA. A união de todos os 
sistemas forma o ORGANISMO. 
CÉLULA - TECIDO - ÓRGÃO - SISTEMA 
- ORGANISMO. 
 
1.3.1 Tecidos do corpo humano 
Os tecidos humanos são o 
tecido epitelial, o conjuntivo, o 
muscular e o nervoso. 
 Tecido Epitelial: É o tecido de revestimento, que forma as membranas e recobre toda a superfície 
corpórea, externa e internamente (cavidades, mucosas, etc). Funções: Proteção contra ações 
mecânicas, absorção de substâncias (ex. epitélio intestinal), excreção de substâncias (glândulas) e 
função sensorial a diferentes estímulos (ex. tato). 
6 
 
 Tecido Conjuntivo: conhecido como tecido conectivo. Tem como função a sustentação, o 
preenchimento a defesa e a nutrição do corpo. Suas fibras podem ser de três tipos: fibras colágenas, 
elastinas e reticulares. O tecido conjuntivo divide-se em: 
 Tecido Conjuntivo Frouxo: forma a estrutura dos órgãos (pele, mucosas, glândulas). 
 Tecido Conjuntivo Fibroso/ Denso: resistente à tensão e grande flexibilidade (tendões dos músculos, 
e cápsulas envoltórias de órgãos). 
 Tecido Adiposo: formado por células adiposas, preenchendo todos os espaços vazios. Funciona como 
reserva alimentar, como sustentação para órgãos, proteção contra o frio e ações mecânicas. 
 Tecido Cartilaginoso: formado por substâncias que promovem a sustentação do corpo com 
resistência elástica a pressão (ex. traqueia, brônquios e articulações). 
 Tecido Ósseo: constitui os ossos do organismo. 
 Tecido Hematopoético: responsável pela produção dos elementos do sangue. 
 Tecido Muscular: formado por células alongadas, conhecidas como fibras musculares. São 
responsáveis pela contração e relaxamento corporal. A musculatura é responsável pelos movimentos 
do organismo. Dividem-se em 3 tipos: 
 Tecido Muscular Liso: forma a parede dos órgãos. 
 Tecido Muscular Esquelético: Musculatura superficial do corpo. 
 Tecido Muscular Cardíaco: Forma do músculo do coração. 
 Tecido Nervoso: É um dos tecidos mais especializados do organismo, e forma o sistema Nervoso. É 
sensível a diferentes tipos de estímulos dentro ou fora do organismo, sendo capaz de conduzir os 
impulsos nervosos de maneira rápida e eficiente à todo o corpo. 
1.3.2 Sistemas orgânicos 
O corpo humano é formado pelos sistemas: cardiovascular, respiratório, digestório, nervoso, 
sensorial, endócrino, excretor, urinário, reprodutor, esquelético, muscular, imunológico, linfático, 
tegumentar. Cada um deles envolve órgãos que atuam para a realização das funções vitais do organismo. 
 Esquelético: Sustenta o corpo, protege os órgãos internos e participa da locomoção, além de ser 
reserva de cálcio. 
 Muscular: Atua na locomoção do corpo e nos movimentos involuntários de alguns órgãos. 
 Tegumentar: A pele e seus anexos atua como barreira e proteção, também controla a temperatura 
corporal e tem papel sensorial. 
 Nervoso: Estabelece comunicação entre as diversas partes do corpo, elaborando respostas aos 
estímulos. 
 Sensorial: Captam estímulos do ambiente e enviam ao sistema nervoso que produz resposta 
imediata. 
 Cardiovascular: Faz o transporte dos nutrientes e gases pelo corpo através do sangue. 
 Imunológico: Atua por meio de células de defesa e órgãos imunitários para proteger o corpo de 
patógenos. 
 Linfático: Defende o organismo de infecções, detectando agentes invasores e toxinas na linfa. 
 Respiratório: Realiza a troca de gases entre o sangue e o ar, absorve oxigênio e elimina o gás 
carbônico. 
 Digestório: Envolve ingestão e quebra dos alimentos, absorção dos nutrientes e eliminação dos 
resíduos. 
 Excretor: Elimina as excretas, substâncias indesejáveis ao corpo, produzidas no metabolismo. 
 Urinário: Participa do processo de excreção, eliminando principalmente ureia através da urina. 
 Reprodutor: Permite a continuação da espécie através do processo reprodutivo, que envolve 
7 
 
hormônios e sexualidade. 
 Endócrino: Produz os hormônios (nas glândulas) que atuam sobre as células do corpo, regulando seu 
funcionamento. 
 
1.4. Terminologia anatômica 
 São termos utilizados para designar e descrever padronizado o organismo ou suas partes. É uma 
linguagem específica, internacional (base no latim), que denomina a estrutura de forma uniformizada. 
 Ao identificar uma estrutura no organismo, a nomenclatura procura adotar termos que tragam 
alguma descrição da referida estrutura. Os termos podem indicar: 
 Forma - Ex.: Músculo trapézio; 
 Posição ou situação - Ex.: Nervo mediano 
 Trajeto - Ex.: Artéria circunflexa da escápula 
 Conexões - Ex.: Ligamento sacro-ilíaco 
 Função - Ex.: Músculo Levantador da escápula 
 
Outros Termos Anatômicos: 
Anterior/ Ventral/ Frontal = à frente 
Posterior/ Dorsal = parte de trás Inferior/ Caudal = embaixo 
Superior/ Cranial = acima 
Medial/ Interno = próximo do eixo sagital mediano 
Lateral/ Externo = afastado do plano sagital mediano 
Proximal e Distal = próximo ou afastado a raiz do membro Próximo ou afastado a origem do vaso. 
Superficial/Profundo = mais perto ou afastado a superfície. 
Homolateral/ Ipsilateral = mesmo lado 
Contralateral = lado oposto. 
 
 
8 
 
DIVISÃO DO CORPO HUMANO 
Classicamente o corpo humano é dividido em cabeça, tronco e membros. 
A cabeça se divide em face e crânio 
O tronco em pescoço, tórax e abdome. Os membros em superiores e inferiores 
O membro superior é dividido em ombro, braço, antebraço e mão O membro inferior é dividido em quadril, 
coxa, perna e pé. 
 
 
Variação anatômica X Normalidade 
Variação Anatômica: são variações existentes entre os seres humanos, que não prejudicam suas funções. 
Essas variações são consideradas fora do padrão “normal” encontrado na maior parte dos organismos. A 
simples observação de um grupamento humano evidencia de imediato as diferenças morfológicas entre os 
elementos que compõe o grupo. 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
Anomalia ocorre quando o desvio do padrão anatômico perturba a função. Podem ser: congênitas e 
adquiridas. A anomalia congênita é aquela adquirida antes do nascimento ou mesmo posterior a tal, no 
primeiro mês de vida,seja qual for a sua causa. Uma anomalia adquirida é o que acontece após o 
nascimento. Esta condição ocorre quando você nasceu com os membros normais, mas sofreu uma fratura 
óssea durante a infância. 
Monstruosidade ocorre quando é muito acentuada de modo a deformar profundamente a 
construção do corpo do indivíduo, sendo, em geral, incompatível com a vida. 
Os fatores que podem levar a uma variação anatômica são: sexo, idade, raça, biótipo, evolução, etc. 
 
 
POSIÇÃO ANATÔMICA (POSIÇÃO DE ESTUDO) 
Posição de sentido com pés paralelos, membros inferiores paralelos e estendidos, membros superiores 
unidos ao longo do corpo, palmas da mão voltadas para frente e olhar no infinito. 
A posição anatômica é uma posição de referência, que dá significado aos termos utilizados na descrição nas 
partes e regiões do corpo. As discussões sobre o corpo, o modo como se movimenta; sua postura ou a relação 
entre uma e outra área assumem que o corpo como um todo está numa posição específica chamada 
POSIÇÃO ANATÔMICA. Deste modo, os anatomistas, quando escrevem seus textos, referem-se ao objeto de 
descrição considerando o indivíduo como se estivesse sempre na posição padronizada. 
Posição Supina ou Decúbito Dorsal: o corpo está deitado com a face voltada para cima. Posição Prona ou 
Decúbito Ventral: o corpo está deitado com a face voltada para baixo. Decúbito Lateral: o corpo está deitado 
de lado. 
 
Posicionamento: há diferentes posições com a finalidade de proporcionar conforto, realizar exames, 
tratamentos e cirurgias. 
- A enfermagem deve conhecê-las para ajudar o paciente a adotar posições específicas. 
- Decúbito dorsal, ventral ou lateral - O paciente se deita de costas no colchão, com extremidades inferiores 
apoiadas em coxim e superiores sobre o abdome. Sob a cabeça coloca-se um travesseiro. Cobre-se o paciente 
com lençol. Esta posição é muito utilizada para exame físico. 
 
 
10 
 
Posição de Fowler: Posição em que o paciente fica semi-sentado, com apoio sob os joelhos. É indicada para 
descanso, para pacientes com dificuldades respiratórias. 
 
 
 
 
 
 
Decúbito ventral ou de prona: É a posição em que o paciente fica deitado sobre o abdome, com a cabeça 
lateralizada . É indicada para exames da coluna vertebral e região cervical. 
 
 
 
 
Decúbito lateral ou Sims: O paciente assume posição lateral esquerda ou direita. O membro inferior que 
está sob o corpo deve permanecer esticado e o membro inferior acima deve permanecer flexionado. Essa 
posição é utilizada para enemas, repouso. 
 
 
 
Genupeitoral: O paciente se mantem ajoelhado sobre o colchão com o tórax na cama. Os membros 
superiores ficam flexionados nos cotovelos, repousam sobre a cama, auxiliando a amparar o paciente. Esta 
posição é utilizada para exames vaginais e retais. 
 
 
 
 
 
 
Ginecológica: A pessoa fica deitada de costas, com as pernas flexionadas em suportes (perneiras). Cobre-se 
a paciente com lençol em diagonal. Esta posição é utilizada para cirurgias por vias baixas, exames 
ginecológicos. 
 
 
 
 
 
 
11 
 
Litotômica: É considerada uma modificação da ginecológica. A paciente é colocada em decúbito dorsal, com 
ombros e cabeça ligeiramente elevados. As coxas, bem afastadas uma da outra são flexionadas sobre o 
abdome. Essa posição é utilizada para partos normais, cirurgias ou exame do períneo, vagina e bexiga. 
 
 
 
 
 
Trendelemburg: Posição em que o corpo fica inclinado, com a cabeça em plano mais baixo que o restante 
do corpo. É indicada para facilitar drenagem de secreções brônquicas e para melhorar o retorno venoso. 
 
 
 
 
PLANOS SECCIONAIS ANATÔMICOS: cortam o corpo em determinadas direções. 
 Plano Sagital: corta o corpo no sentido ântero-posterior; divide o corpo em direita e esquerda. 
 Plano Frontal/ Coronal: corta o corpo lateralmente, da direita para a esquerda e vice-versa, determinando 
sempre uma estrutura anterior e posterior. 
 Plano Transversal: corta o corpo transversalmente determinando sempre uma porção superior e inferior. 
 
 Plano Sagital Plano Frontal Plano Transversal 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
1. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
2. Conceitue Anatomia e Fisiologia. 
3. O que é célula? Cite suas estruturas. 
4. Caracterize os tipos de tecidos. 
5. Cite exemplos: 
Tecidos, 
Órgãos 
Sistemas: 
12 
 
6. Diferencie: variação anatômica, anomalia e monstruosidade. 
7. Caracterize a posição anatômica. 
8. Quais os planos de delimitação do corpo humano? 
TESTES 
9. O termo que descreve o padrão de crescimento físico na direção: cabeça para os pés, desde a concepção até 
aos primeiros anos de vida, é denominada pela expressão. 
a) Proximal-distal 
b) Céfalo-caudal 
c) Endomorfia 
d) Mesomorfia 
10. Em relação aos planos e eixos anatômico do corpo humano, examine as alternativas abaixo e marque a 
correta: 
a) O plano de secção sagital divide o corpo em metades superior e inferior. 
b) O eixo transversal une o centro de um plano inferior esuperior. 
c) O plano de secção frontal divide o corpo em duas metades anterior e posterior. 
d) O eixo sagital une o centro de plano lateral a outro. 
e) O plano de secção transversal divide o corpo em duas metades direita e esquerda. 
 
11. Eixos são linhas imaginárias traçadas no indivíduo “incluindo no paralelepípedo”. Elas 
seguem direções ortogonais: 
a) Sagital, Longitudinal eTransversal 
b) Sagital, Longitudinal e Lateral 
c) Sagital, Medial eTransversal 
d) Sagital, Medial e Lateral 
e) Sagital, Lateral eTransversal 
 
12. Relacione: 
I. Tecido Nervoso 
II. Tecido Epitelial 
III. Tecido Muscular 
IV. Tecido Conjuntivo 
( ) Revestimento do corpo e dos órgãos internos. 
( ) Preenchimento de espaços, sustentação, transporte, cicatrização. 
( ) Transmissão de estímulos e respostas. 
( ) Contração e distensão dos órgãos. 
( ) Secreção glandular. 
13. A ordem correta de cima para baixo é: 
a) 4-3-1-1-2 
b) 4-4-1-3-2 
c) 2-3-3-1-4 
d) 3-4-3-1-2 
e) 2-4-1-3-2 
 
14. Sobre os planos imaginários que dividem o corpo humano, marque a alternativa INCORRETA: 
a) O plano de secção paralelo ao cranial, podálico e caudal são verticais, portanto sagital. 
b) Fazendo dois planos verticais um tangente ao ventre e outro dorsal, temos os planos anterior e posterior. 
c) O plano que divide em metades direita e esquerda é o mediano. 
d) Os planos de secção paralelos aos planos ventral e dorsal são ditos frontais. 
15. Quais são os tecidos que formam os órgãos do corpo? Qual a função de cada um? 
 
 
 
13 
 
16. Dê o significado dos seguintes termos: 
A. superior 
B. caudal 
C. medial 
D. ventral 
E. distal 
F. superficial 
17. Descreva a posição anatômica 
18. Como dividimos o corpo humano para estudo da anatomia? 
19. Identifique e escreva o nome dos Planos de Secção: 
 
SISTEMA ESQUELÉTICO 
Formado por 206 ossos, cartilagens e articulações. Têm as funções de sustentação do organismo, proteção 
de órgãos nobres (coração, pulmão), formação de sistema de alavancas, armazenamento de minerais (cálcio) 
e produção de células sanguíneas. 
Divide-se em esqueleto axial (cabeça, pescoço e tronco) e apendicular (membros) que são unidos por meio 
das cinturas articulares (cíngulos). 
 
CONSTITUIÇÃO ÓSSEA 
Os ossos são órgãos esbranquiçados, muito duros, que unidos uns aos outros, por intermédio das 
articulações constituem o esqueleto. É um tecido vivo, complexo e dinâmico (são vascularizados e 
inervados). Participa de um contínuo processo de remodelamento dinâmico, produzindo osso novo e 
degradando o velho. 
Os ossos são formados por substâncias responsáveis pela sua consistência e por sua firmeza, que são: 
Colágeno: Substância orgânica que constitui uma rede no espaço intercelular. É uma proteína que lhes 
concede elasticidade, flexibilidade e resistência. Sua falta torna o osso quebradiço. 
Sais Minerais: São as substâncias inorgânicas responsáveis pela rigidez característica dos ossos, destacando 
os sais de cálcio e de fósforo. Os sais ligam- se ao colágeno, tornandoo osso rígido. 
Camadas do Tecido Ósseo 
 Periósteo: tecido conjuntivo que reveste a superfície externa do osso, exceto nas articulações; 
formando uma membrana dura e resistente. Protege o osso, serve como ponto de fixação para os 
músculos e contém vasos sangüíneos. Os vasos sanguíneos penetram no interior do osso, ao 
contrário dos nervos, que acompanham os vasos sanguíneos, mas permanecem no periósteo. 
 Tecido Compacto: células são bem unidas, proporcionando certa rigidez. Localizadas na camada 
superficial do osso promove proteção, suporte e resiste às forças produzidas pelo peso e movimento. 
Nos ossos longos encontram-se na diáfise. 
 Tecido Esponjoso: as células deixam espaços entre si, proporcionando um tecido menos rígido e com 
14 
 
aspecto poroso, ocupado pela medula óssea. Localizado na camada óssea profunda. Nos ossos longos 
encontra-se nas epífises. 
 Medula Óssea: células que preenchem as cavidades do tecido esponjoso. Nos ossos longos está 
contida em uma cavidade central denominada canal medular. Compreende 2 tipos: 
o Medula Óssea Vermelha: produzem as diferentes células sanguíneas e suas precursoras. 
Localiza-se na epífise dos ossos longos. 
o Medula Óssea Amarela: Composta de tecido adiposo é encontrada na diáfise dos ossos 
longos. 
o No recém-nascido, toda a medula óssea é vermelha. Já no adulto, a medula vermelha fica 
restrita aos ossos chatos e às vértebras. Nos ossos longos a medula vermelha transforma-se 
em amarela, com o passar dos anos. 
 
Crescimento Ósseo 
O osso é um tecido vivo e ativo, que cresce 
se desenvolve e se renova. Na infância, o 
osso sofre um processo de constante 
remodelação e fortalecimento, até 
amadurecer em seu estado adulto, durante 
a adolescência. Nos ossos, encontramos 3 
células ósseas principais responsáveis por 
sua formação, destruição e remodelação. 
São elas: 
 Osteoblastos responsáveis pela formação do osso. Eles sintetizam e segregam o colágeno, que se 
alinha organizadamente, onde se deposita o cálcio e o fosfato, formando os cristais ósseos. 
 Osteoclastos são as células que se encarregam da remodelação do osso. Associado com a absorção, 
ou destruição óssea. 
Em condições normais, deve existir um equilíbrio entre o processo de formação e de destruição óssea. 
 
Fatores de Crescimento Ósseo 
Existem fatores importantes que influenciam diretamente no crescimento dos ossos, tais como: genética, 
ingestão adequada de cálcio e vitaminas C e D, ação de hormônios (GH) e o fator físico (força de tração e de 
pressão). 
O crescimento dos ossos longos acontece principalmente na epífise do osso. Ferimentos nessa região podem 
prejudicar o crescimento. 
 
Reparo de Fratura Óssea 
O osso tem capacidade de regeneração principalmente a partir do periósteo, onde, entre as 2 extremidades 
fraturadas, surge uma elevação denominada CALO ÓSSEO, responsável pela formação do novo osso, e da 
revascularização e reinervação deste osso. 
 
 
 
15 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS 
Os ossos são classificados de acordo com a sua forma (espessura, largura e comprimento) em: 
Ossos Longos: são aqueles em que o comprimento predomina sobre a largura e espessura. Os ossos longos 
apresentam uma escavação central que é o canal medular, onde se encontra a medula óssea. Os ossos longos 
são contituídos por um corpo ou diáfise e 2 extremidades ou epífises. Ex.: Fêmur. 
 
 
 
 
Ossos Curtos: as 3 dimensões se equivalem, são ossos cúbicos. Ex.: carpos. 
Ossos Chatos (planos): são ossos finos, onde o comprimento e a largura predominam sobre a espessura. Ex: 
escápula. 
 
 
 
 
 
Ossos Alongados: as costelas são ossos longos, porém achatados, e como não apresentam canal central, 
pertencem a outro grupo. 
 
 
 
 
 
 
 
Ossos Pneumáticos: são ossos ocos, com cavidades cheias de ar, apresentando pequeno peso em relação 
ao seu volume. Ex.: Frontal. 
 
 
 
 
16 
 
Ossos Irregulares: são aqueles que apresentam uma caracterização muito específica. Ex.: vértebra e maxilar. 
 
 
 
 
Ossos Sesamóides: Estão presentes no interior de alguns tendões em que há considerável fricção, tensão e 
estresse físico, como as palmas e plantas. Ex.: patela 
ESTRUTURA DOS OSSOS LONGOS: 
A disposição dos tecidos, compacto e esponjoso, em um osso longo é responsável 
por sua resistência. As partes de um osso longo são as seguintes: 
 Diáfise: é a haste longa do osso. Constituída principalmente de tecido 
ósseo compacto, proporcionando, considerável resistência ao osso longo. 
 Epífise: São as extremidades alargadas de um osso longo. A epífise de um 
osso o une a outro osso, em uma articulação. Cada epífise consiste de uma 
fina camada de osso compacto que reveste o osso esponjoso, e são 
recobertas por cartilagem. 
OSSOS DO CORPO HUMANO 
Cabeça: divide-se em ossos do 
crânio e da face. 
Crânio 
• Frontal: Osso que forma a 
porção anterior do crânio, a 
testa. 
• Temporais: direito e esquerdo e 
formam parte das porções 
laterais do crânio, margeando as 
orelhas. 
• Parietais: Direito e esquerdo e 
formam a porção superior e 
parte das porções laterais do 
crânio. 
• Occipital: Osso que forma a 
porção postero-inferior do 
crânio·. 
• Esfenóide: Osso interno, que 
forma a porção do assoalho do crânio. 
• Etmóide: Osso que forma parte do interior da cavidade nasal. 
17 
 
FACE 
• Maxilares: Direito e esquerdo e 
localizam-se nas laterais do nariz e 
prendem os dentes superiores. 
• Zigomáticos: Direito e esquerdo, 
localizados laterais aos maxilares, 
formando as proeminências da face. 
• Nasais: direito e esquerdo e localizam-
se superior ao nariz 
• Lacrimais: direito e esquerdo, 
localizados na porção medial e inferior 
de cada órbita. 
• Palatinos: direito e esquerdo, formam o 
teto da boca. 
• Conchas nasais inferiores: direita e 
esquerda e encontram-se dentro da 
cavidade nasal. 
• Vômer: osso único e localiza-se na parte 
inferior da cavidade nasal. 
• Mandíbula: osso único e forma a parte 
inferior da boca, prendendo os dentes inferiores. 
 
Coluna Vertebral: Formada pela sobreposição de 
ossos denominados vértebras, que no seu 
conjunto formam uma haste flexível capaz de dar 
sustentação, equilíbrio e mobilidade ao corpo. É 
também responsável por alojar e proteger a 
medula espinhal, através do seu canal medular. 
Entre as vértebras encontra-se o Disco 
Intervertebral, formado por tecido 
fibrocartilaginoso. Os discos formam fortes 
articulações, permitem vários movimentos da 
coluna vertebral e absorvem os impactos. 
Formada por 33 vértebras sobrepostas que se 
dividem em: 
• Região Cervical, formada por 7 vértebras. 
• Região Torácica, formada por 12 vértebras. 
• Região Lombar, formada por 5 vértebras. 
• Região Sacral, formada pelo osso sacro (5 vértebras fundidas). 
• Região Coccígea, formada pelo osso cóccix (4 vértebras fundidas). 
 
 
18 
 
Caixa torácica: é formada pelo osso esterno, pelas costelas e pela região torácica da coluna vertebral. É 
responsável pela proteção do coração, grandes vasos e pulmões e pela mobilidade respiratória, formando 
uma câmara expansível durante a inspiração e expiração. 
Esterno: osso localizado na parte anterior e mediana do tórax. Articula-se com as 7 primeiras costelas. 
Divide-se em: manúbrio, corpo e processo xifóide. 
Costelas: são 12 pares ósseos que 
são presos nas vértebras torácicas 
(posteriormente) e no esterno 
(anteriormente). São classificadas 
em: 
• Costelas Verdadeiras: 1º ao 7º 
par. Unidos através de suas 
cartilagens diretamente com o 
esterno. 
• Costelas Falsas: 8º ao 10º par. 
Ligadas ao esterno através da 
fixação com a cartilagem do 7º 
par. 
• Costelas Flutuantes: 11º e 12º 
pares. Não têm contato com o 
esterno, são costelas livres. 
 
OSSOS DOS MEMBROS SUPERIORES 
Cintura escapular (Ombro): formada pela clavícula e 
escapula 
Clavícula: direita e esquerda, localizada na porção ântero-
superior da caixa torácica. Tem forma de “S”. 
Escápula: direita e esquerda, localizada na porção postero-
superiorda caixa torácica. Apresenta formato triangular. 
Articula-se com o úmero e a clavícula. 
Úmero: é o maior e mais longo osso do braço. Une o ombro 
(escápula) ao cotovelo (radio e ulna). 
Rádio: direito e esquerdo, localizado na parte lateral do 
antebraço. 
Ulna: direita e esquerda, localizada na parte medial do 
antebraço. 
Carpos: são os 8 ossos que formam o punho. São eles o escafóide, semilunar, piramidal, pisiforme, trapézio, 
trapezóide, capitato e hamato. 
Metacarpos: são os 5 ossos que formam a mão. Chamados de 1º metacarpo (lateral), 2º mtc..até 5º 
metacarpo (medial) 
Falanges: são 14 ossos para cada membro superior e formam os dedos. 
Falange proximal, média e distal, exceto o 1º dedo tem que não tem a falange média. 
19 
 
OSSOS DOS MEMBROS INFERIORES 
Cintura pélvica: formada pelos ossos do quadril, 
sacro e cóccix (da coluna) 
Quadril: são formados pela união de três ossos, 
o ílio, o ísquio e o púbis de cada lado. 
Fêmur: é o mais longo e pesado osso do corpo. É 
o osso da coxa. Une o quadril ao joelho. 
Patela: faz parte da articulação do joelho. 
Tíbia: é o osso medial da perna. Articula-se com 
o fêmur e a fíbula. 
Fíbula: é o osso lateral da perna. Dos ossos da 
perna a fíbula é a mais fina, não tem função de 
sustentação de peso. Articula-se com a tíbia e o 
tálus. 
Tarsos: são 7 ossos do pé, sendo o calcâneo, 
tálus, navicular, 1º / 2º / 3º cuneiformes e cubóide. 
Metatarsos: são 5 ossos. Formam o “peito” do pé. 
Falanges: são 14 ossos para cada membro inferior e formam os dedos. 
Falange proximal, média e distal, exceto o 1º dedo tem que não tem a falange média. Também incluímos os 
ossos: hióide (pescoço), martelo/estribo/bigorna (ouvido). 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
1. Cite 3 funções do sistema esquelético 
2. Quais são as camadas do osso? Onde se localizam? 
3. Classifique ossos chatos, curtos e irregulares. Dê exemplos. 
4. Quais as funções do Periósteo? 
5. Quais as funções e divisões da Coluna Vertebral? 
6. Quais estruturas formam a caixa torácica? 
8. Quais ossos formam os membros superiores? E quais formam os membros inferiores? 
10. O quadril é formado pela união de 3 ossos. Quais são? 
11. Qual a importância do sangue que circula no interior dos ossos? 
12. Quais ossos correspondem às seguintes partes do corpo: 
a) Nuca 
b) Céu da Boca 
c) Maçã do rosto 
d) Testa 
e) Bacia 
 
SISTEMA ARTICULAR 
Articulações são as uniões funcionais entre dois ou mais ossos do esqueleto. Elas podem permitir amplo 
movimento ou nenhum. São divididas nos seguintes grupos, de acordo com sua estrutura e mobilidade: 
Articulações Fibrosas ou Sinartroses: São as articulações imóveis (fixas), unidas por tecido conjuntivo 
fibroso. Dividem-se em: 
Sutura - articulação encontrada somente entre os ossos do crânio e da face. 
Sindesmose - articulação encontrada somente entre os ossos da tíbia e fíbula; e rádio e ulna, 
20 
 
Gonfose - é uma articulação fibrosa especializada restrita à fixação dos dentes nas cavidades alveolares na 
mandíbula e maxilas. 
 Sutura Gonfose Sindesmose 
Articulações Cartilaginosas ou Anfiartroses: permitem movimentos limitados. Divide-se em: 
Sincondrose - São articulações temporárias, com a cartilagem sendo substituída por osso com o passar do 
tempo. Ex: entre as partes do esterno. 
Sínfises - As superfícies articulares são cobertas por cartilagem hialina. Entre os ossos há um disco 
fibrocartilaginoso. Esses discos por serem compressíveis permitem que a sínfise absorva impactos. Ex: 
intervertebrais; sacrais; púbica; 
 
 
 
 
 
 
 Sincondrose Sínfise 
Articulações Sinoviais ou Diartroses: articulações que 
permitem amplos movimentos. As faces articulares dos ossos 
não estão em continuidade. São constituídas por cápsula 
articular e ligamentos, que envolvem a articulação, impedem o 
movimento em planos indesejáveis e limitam a amplitude dos 
movimentos; por líquido sinovial, que lubrifica e facilita a 
movimentação; e por discos e meniscos, que tornam as 
superfícies articulares congruentes e agem como 
amortecedores de impacto. 
São dividas de acordo com o grau de movimentação permitida 
em: 
Monoaxial - movimentos apenas em torno de um eixo (1 grau 
de liberdade). Só permitem a flexão e extensão ou a rotação. Ex: 
cotovelo, interfalangianas, radio-ulnar. 
Biaxial - movimentos em torno de dois eixos (2 graus de liberdade). Realizam extensão, flexão, adução e 
abdução. Ex: punho e polegar. 
Triaxial - Realiza movimentos em torno de três eixos (3 graus de liberdade). As articulações que além de 
flexão, extensão, abdução e adução, permitem também a rotação. Ex: Ombro e quadril. 
21 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
1. Qual a importância da articulação cartilaginosa das costelas com o osso esterno para o fenômeno 
respiratório? 
2. Classifique as articulações abaixo: 
a. Frontal-Parietal 
b. Sacral 
c. Intervertebral 
d. Ombro (escápulo-umeral) 
e. Joelho 
f. Cotovelo (úmero-ulnar) 
3. Diferencie as 3 articulações existentes. 
 
 
SISTEMA MUSCULAR 
São estruturas anatômicas que apresentam a capacidade de se contrair, 
e sob estímulos nervosos são capazes de transmitir movimento. Este é 
efetuado por células especializadas denominadas fibras musculares, 
capazes de transformar energia química em energia mecânica 
(movimento). 
O músculo vivo é de cor vermelha. Essa coloração denota a existência de 
pigmentos e de grande quantidade de sangue nas fibras musculares. 
Representam 40-50% do peso corporal total. 
FUNÇÕES DOS MÚSCULOS: 
Produção dos movimentos corporais (Locomoção); Estabilização das 
Posições Corporais; 
Regulação do Volume dos Órgãos; Movimento de Substâncias dentro do 
Corpo; 
Produção de Calor para manutenção da temperatura corporal (Homeotermia). 
 
TIPOS DE MÚSCULOS: 
Músculo Voluntário ou Estriado Esquelético: Contraem-se por influência da vontade. Responsáveis pelos 
movimentos do esqueleto. 
Músculo Involuntário ou Liso: Não depende da nossa vontade para contrair-se. Formam os órgaos e vísceras 
do corpo humano. 
Músculo Estriado Cardíaco: músculo que forma o coração. Age sem o controle consciente do indivíduo. 
MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO 
Componentes 
Ventre Muscular: é a porção contrátil do músculo, constituída por fibras musculares que se contraem. 
Constitui o corpo do músculo (porção carnosa). 
Tendão: é um elemento de tecido conjuntivo, ricos em fibras colágenas e que serve para fixação do ventre, 
em ossos, no tecido subcutâneo e em cápsulas articulares. Possuem aspecto morfológico de fitas ou de 
cilindros. 
22 
 
Fáscia Muscular: Membrana formada por tecido conjuntivo que envolve o músculo. 
Aponeurose: Membrana que envolve grupos musculares. 
 
ORIGEM E INSERÇÃO 
Inserção é o ponto de fixação do músculo Cada músculo deve ter no mínimo duas 
inserções. Uma deve ser fixa (origem) e a outra móvel (inserção). 
AÇÃO MUSCULAR 
Qualquer movimento realizado por um individuo envolve a ação de vários músculos. 
A esse trabalho conjunto dá-se o nome de coordenação motora. Em uma atividade 
muscular sempre há a ação de 2 tipos de músculos que são: 
Agonistas: São os músculos principais que ativam um movimento específico do corpo, 
eles se contraem ativamente para produzir um movimento desejado. 
Antagonistas: Músculos que se opõem à ação dos agonistas, quando o agonista se contrai, o antagonista 
relaxa progressivamente, produzindo um movimento suave. 
 
PROPRIEDADES MUSCULARES 
Excitabilidade: Para que um músculo, esquelético ou visceral, se ponha em ação, isto é, se contraia, deve 
ser excitado. Essa excitação chega ao músculo através dos nervos motores. O músculo excitado responde ao 
estímulo contraindo-se. Estímulos externos que provocam excitação são os mecânicos, térmicos e elétricos. 
Contratibilidade: característica essencial do músculo. O músculo excitado se deforma, se encolhe, aumenta 
de espessura, mas o seu volume total não muda.Elasticidade: Uma vez contraído, o músculo se afrouxa, voltando à sua forma primitiva. O músculo é, 
portanto, dotado de elasticidade. A elasticidade do músculo é indispensável. O músculo deve, na verdade, 
voltar à sua forma primitiva para poder contrair-se de novo. Além disso, nos músculos considerados 
antagônicos ocorrem dois fenômenos contrários: quando um deles se contrai o outro se afrouxa. 
Tonicidade: é uma espécie de tensão que existe em estado permanente no tecido muscular. (Hipertonia e 
Hipotonia) 
TIPOS DE CONTRAÇÕES 
Contração Concêntrica: o músculo se encurta e traciona outra estrutura, como um tendão, reduzindo o 
ângulo de uma articulação. Ex: Flexão do braço. 
Contração Excêntrica: quando aumenta o comprimento total do músculo durante a contração. Ex: extensão 
do braço com carga. 
Contração Isométrica: serve para 
estabilizar as articulações enquanto 
outras são movidas. Gera tensão 
muscular sem realizar movimentos. É 
responsável pela postura e 
sustentação de objetos em posição 
fixa. Ex: segurar um objeto a 90º de 
flexão do braço. 
 
 
APONEURO
SE 
VENTR
E 
TENDÃ
O 
23 
 
INERVAÇÃO E NUTRIÇÃO 
O sistema nervoso controla a atividade de um músculo através de estímulos transmitidos pelos nervos. As 
artérias que penetram profundamente nos músculos nutrem-nos para que este possa realizar seu trabalho 
mecânico. 
CONDIÇÕES DE IMPORTÂNCIA CLÍNICA 
Fadiga muscular: É a incapacidade dos processos contrateis e metabólicos de sintetizar energia (ATP) para 
manter- se igual a sua degradação, ou seja o músculo está cansado . 
Câimbras: contrações musculares dolorosas involuntárias; demoram a relaxar; pode ser causado por baixo 
suprimento de oxigênio nos músculos, por estimulação do sistema nervoso, ou por exercícios pesados 
(devido aos baixos níveis de íons sódio e cloreto no sangue œ perda através do suor). 
Atrofia muscular: redução do tamanho dos músculos devido a diminuição de células musculares; pode ser 
generalizada ou localizada. 
Hipertrofia muscular: aumento no tamanho dos músculos pela produção de novas células musculares. 
Efeitos de envelhecimento dos músculos esqueléticos: progressiva perda de massa muscular esquelética; 
substituição de músculo por gordura. 
 
PRINCIPAIS MÚSCULOS DO CORPO 
CABEÇA - Os músculos da cabeça são 
divididos em 3 grupos: 
Músculos do Crânio: São músculos que 
recobrem o crânio e formam o couro 
cabeludo. São eles: m. 
Occipito-Frontal e m. Parietal. 
Músculos da Mastigação: Masseter, 
Temporal, Pterigóideo Lateral e 
Pterigóideo Medial. 
Músculos da Mímica ou Expressão 
Facial: São músculos superficiais, que 
se inserem na pele, responsáveis pelas 
expressões faciais.São eles: Prócero, 
Orbicular do Olho, Orbicular da Boca, 
Corrugador do Supercílio, Zigomático 
Maior, Zigomático Menor, Nasal, 
Bucinador, Risório. Elevador do Ângulo 
da Boca, Depressor do Ângulo da Boca, 
Mentoniano. 
 
PESCOÇO: Platisma, Esternocleidomastóideo e 
Escalenos. 
 
 
 
24 
 
TRONCO – Os músculos do tronco dividem-se em: 
Músculos Superficiais do Dorso: Trapézio, Grande Dorsal, Paravertebrais. Músculos do Tórax: Peitoral, 
Serrátil Anterior, Intercostais e Diafragma. Músculos do Abdome: Reto do Abdome e Oblíquo do Abdome. 
 
MEMBROS SUPERIORES 
 Músculos do Braço: 
o Vista Anterior: Deltóide e Bíceps Braquial. 
o Vista Posterior: Tríceps Braquial. 
 Músculos do Antebraço: 
o Vista Anterior: Flexores de Punho e Dedos 
o Vista Posterior: Extensores de Punho e Dedos 
 Músculos da Mão: Lumbricais e Interósseos. 
MEMBROS INFERIORES 
 Músculos do Quadril: 
o Vista Anterior: Iliopsoas. 
o Vista Posterior: Glúteos (Máximo médio e mínimo) 
 Músculos da Coxa: 
o Vista Anterior: Quadríceps (Reto Femoral, Vasto Lateral, Vasto Intermédio e Vasto Medial) 
o Vista Posterior: Bíceps Femoral, Semitendinoso e Semimembranoso. 
o Vista Lateral: Tensor da Fáscia Lata e Sartório. 
o Vista Medial: Adutores (curto longo e magno) 
 Músculos da Perna: 
o Vista Anterior: Tibial Anterior, Extensor longo dos dedos e Fibular. 
o Vista Posterior: Gastrocnêmio, Sóleo. 
 Músculos do Pé: Intrínsecos do pé (flexores, extensores, abdutores e adutores dos dedos). 
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
1. Quais são as funções do sistema muscular? 
2. Cite os componentes de um músculo estriado esquelético. 
3. Em uma atividade muscular sempre há a ação de 2 tipos de músculos. Quais são eles e qual a função de cada 
um para que ocorra um movimento? 
4. Quais são os 3 tipos de músculos existentes no corpo humano e onde estão localizados? 
5. Explique a diferença entre atrofia e hipertrofia. 
6. Quais são os músculos superficiais do dorso? 
7. Quais músculos formam o tórax e o abdome? 
8. Cite os músculos dos membros inferiores. 
9. Quais os músculos mais comuns na aplicação de injeções? 
10. Cite os músculos dos membros superiores. 
11. Complete com o nome do músculo: 
a. Flexiona o braço: 
b. Principal músculo da mastigação: 
c. Forma o couro cabeludo: 
d. Responsável pelo movimento giratório da cabeça: 
e. Principal músculo da respiração: 
 
26 
 
5. SISTEMA TEGUMENTAR 
Os distúrbios cutâneos são 
freqüentemente encontrados na prática de 
enfermagem. Como a pele espelha a condição 
geral do paciente, muita afecções sistêmicas 
podem ser acompanhadas por manifestações 
dermatológicas. Como maior sistema orgânico 
do corpo, a pele é indispensável para a vida 
humana. 
O sistema tegumentar (tegumento-
cobertura) é constituído pela pele e seus 
órgãos acessórios, como os pelos, as unhas, as 
glândulas sudoríparas, sebáceas, mamas e os 
vários receptores especializados. A pele 
constitui um manto contínuo que envolve todo 
o organismo, protegendo-o e adaptando-o ao maio ambiente. 
O Sistema tegumentar tem a função de: 
- Auxiliar na regulação da temperatura corporal do organismo pela eliminação de substâncias (ureia, 
ácido lático e água), através da transpiração, fazendo a temperatura do corpo permanecer constante, 
independente das variações externas. 
- Remover água, sais e vários compostos orgânicos, através do suor. 
- Detectar estímulos relacionados à temperatura, ao tato, à pressão e à dor, devido à existência de 
numerosos receptores especializados e terminações nervosas livres. 
- Proteger contra substâncias ou micro-organismos nocivos ao corpo. 
- Proporcionar ao corpo um revestimento protetor. 
 
 
5.1. Pele 
No adulto, a área total da pele corresponde a aproximadamente 2m², com espessura variável (1 a 
4mm), conforme a região. Nas áreas de pressão, como a palma das mãos e planta dos pés, a pele é espessa 
e nas pálpebras é fina. 
O fator etário (idade) condiciona a espessura da pele. Por exemplo, a pele de um bebê tem um-
quinto de espessura da pele de um adulto, tendo o mesmo número de camadas, mas consideravelmente 
mais fina, o que a faz mais delicada e sensível. Aos quatro anos de idade, a pele e seus anexos são um pouco 
mais maduros, porém ainda é mais fina e tem menos pigmentação que a pele adulta. Aproximadamente aos 
doze anos de idade, a estrutura e as funções da pele da criança já correspondem às do adulto. Durante os 
60 e 70 anos de idade, a regeneração da pele diminui, e ela se torna-cada vez mais fina, resultando numa 
perda de volume. 
A distensibilidade é outra das características da pele que também varia de região para região: muito 
distensível no dorso da mão e menos distensível na palma da mão. A elasticidade, por outro lado, também 
diminui com a idade. 
 
5.1.1. Funções da pele 
A pele tem a função de: 
- Revestir o corpo. 
- Controlar a temperatura corporal. 
- Detectar estímulos por meio das terminações nervosas sensitivas. 
- Participar da produção de vitamina D. 
 
 
27 
 
5.1.2. Linhas de clivagem 
Na pele, existem as chamadas linhas de clivagem. Elas foram descritas por Langer em 1861. São 
conhecidas também como linhas de tensão ou de fendas, formando sulcos lineares na pele que indicam a 
direção das fibras. Apresentam uma disposição característica em cada regiãodo corpo e constituem a base 
anatômica para incisões cirúrgicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5.1.3. Camadas da pele 
Estruturalmente a pele é formada por duas camadas principais: a epiderme (mais superficial) e a 
derme (abaixo da epiderme). Sob a derme está o tecido subcutâneo, também chamado de hipoderme, que 
fixa a pele às estruturas subjacentes. 
 
5.1.3.1. Epiderme 
A epiderme (epi – acima) é composta de epitélio escamoso estratificado queratinizado e contém de 
quatro a cinco camadas distintas de células (camadas córnea, lúcida, granular, espinhal e basal). É a camada 
mais superficial e resistente, protegendo a camada basal ou profunda, que é regenerativa e pigmentada. 
Não possui vasos sanguíneos ou linfáticos, recebendo nutrientes a partir da derme vascularizada subjacente. 
Além disso, apresenta terminações nervosas, mas em menor número quando comparados com a derme. 
28 
 
Nas regiões expostas a maior fricção, como nas 
palmas das mãos e nas plantas dos pés, a epiderme é mais 
espessa. A exposição constante da pele à fricção ou 
pressão estimula a formação de um “calo”, um 
espessamento anormal da epiderme. 
 
As células mais numerosas da epiderme são os 
queratinócitos, um tipo de célula que sofre queratinização. 
À medida que as células se movem para a superfície, 
acumulam queratina, sendo estas células substituídas 
através da divisão contínua a cada 3 ou 4 semanas. A 
queratina é uma proteína insolúvel que é responsável pela 
proteção da pele. As células queratinizadas descamam e são substituídas pelas células das camadas 
inferiores, que por sua vez também sofrem queratinização e descamam. 
O melanócito também é um dos tipos celulares da 
epiderme e que também pode ser encontrado na derme. 
Ele produz melanina, pigmento responsável pela coloração 
da pele e pelos por absorção de radiação ultravioleta (UV). 
Quanto maior for à quantidade de melanina no tecido, mais 
escura será sua coloração. O aumento da pigmentação 
pode ocorrer após inflamação, exposição ao calor, aos raios 
solares e raios X. A exposição crônica ao sol estimula os 
melanócitos a produzirem melanosomas, conferindo o 
aspecto bronzeado à pele. 
Entre a epiderme e a derme são aplicadas as 
injeções INTRADÉRMICAS com 0.1 ml, vacina BCG (usada 
na prevenção da tuberculose). Além disso, nesse local 
podem ser realizados testes alérgicos e teste de PPD 
(teste tuberculínico). 
 
 
 
 
 
5.1.3.2. Derme 
A derme é uma camada densa que se situa profundamente, 
abaixo do estrato basal da epiderme e é composto de tecido conjuntivo 
contendo fibras colágenas e elásticas. Estas fibras entrelaçam-se, 
conferindo à pele resistência, firmeza, força, extensibilidade e elasticidade. 
A extensibilidade é a capacidade de distensão, e elasticidade é a 
capacidade de retornar à forma original após uma extensão. Isto pode ser 
observado na obesidade, na gestação ou no edema. Quando as fibras 
elásticas da derme sofrem deterioração com o tempo, não sendo 
substituídas, ocorre perda de elasticidade, formando rugas e flacidez. A 
derme é mais espessa nas palmas das mãos e nas plantas dos pés, e muito 
fina nas pálpebras e na bolsa escrotal. 
A derme possui dois estratos: papilar e reticular. 
O estrato papilar é superficial, rico em fibroblastos, fibras colágenas, elásticas, mastócitos e 
macrófagos, além de possuir as papilas dérmicas. Estas papilas projetam-se na epiderme, fazendo com que 
esta na superfície, apresente uma série de cristas separadas por sulco, formando, por exemplo, as 
29 
 
impressões digitais (também chamadas de datilograma ou dermatoglifo, formam-se durante a gestação). 
O estrato reticular é mais profundo e espesso do que o papilar e consiste de tecido conjuntivo denso 
e irregular. Apresenta feixes de fibras colágenas que podem estender-se até o tecido subcutâneo, entre os 
lóbulos de gordura. Além disso, possui tecido adiposo, folículos pilosos, nervos, glândulas sebáceas e 
sudoríparas, além de receptores de sensibilidade. 
 
5.1.3.3. Tecido subcutâneo 
Abaixo da derme há uma camada de 
tecido conjuntivo frouxo, o tecido subcutâneo. É 
enriquecida por grande quantidade de células 
gordurosas formando uma camada variável de 
tecido adiposo. É altamente vascularizada e 
diminui com o envelhecimento. Essa camada 
funciona como um sistema de armazenamento e 
reserva de energia. Ela auxilia também na 
manutenção da temperatura corporal. Possui três 
estratos: lamelar (profundo), médio (fáscia 
superficial) e aerolar (superficial). 
O tecido subcutâneo situa-se entre a 
derme e a fáscia muscular e contém glândulas 
sudoríparas, vasos sanguíneos superficiais, vasos 
linfáticos e nervos cutâneos. 
Nas mulheres, a maior parte de reserva de gordura do corpo, acumula-se nas mamas e nas coxas. 
Nos homens, a gordura subcutânea acumula-se na parede abdominal inferior. 
O tecido subcutâneo é o local onde são aplicadas as injeções SUBCUTÂNEAS com até 2 ml, sendo 
útil na aplicação de insulina (no caso de pacientes diabéticos), de heparina (anticoagulante) e de algumas 
vacinas. 
 
5.2. Órgãos anexos da pele 
 
5.2.1. Glândulas sudoríparas 
 
 
 
 
Localizam-se na derme. Possuem um longo e tortuoso 
ducto excretor que atravessa a epiderme e se abre na superfície da 
pele por meio de um poro. Por esses ductos é secretado o suor. 
Essas glândulas auxiliam na manutenção da temperatura corporal 
liberando maior ou menor quantidade de suor. 
30 
 
 
 
5.2.2. Glândulas sebáceas 
São localizadas na derme e através de um ducto escretor 
liberam sua substância, a secreção sebácea. Esses ductos abrem-se nos 
folículos pilosos, liberando o sebo pelos mesmos poros dos pelos. Sua 
secreção auxilia a manutenção da hidratação da pele e serve para 
lubrificar a pele e os pelos. 
 
 
5.2.3. Glândulas mamárias 
 
Encontram-se no tecido subcutâneo, dispostas de modo 
radiado no meio de estroma de tecidos adiposo e fibroso. Cada 
mama possui de 15 a 20 lobos. 
 
5.2.4. Pelos 
Os pelos consistem na 
característica fundamental dos 
mamíferos e cobrem considerável 
parte dele. São ausentes na região 
palmar e plantar. A coloração dos 
pelos depende da quantidade de 
pigmentos nele existente. 
Cada pelo é um fio de 
células fundidas, mortas, 
queratinizadas que consiste de uma haste (parte livre localizada acima da pele) 
e raiz. A raiz é fixada na derme por um pequeno orifício, chamado folículo 
piloso. Associado aos pelos há um feixe de músculo liso denominado músculo 
eretor do pelo. Esses músculos contraem-se sob condições como medo e frio 
elevando os pelos. 
Os pelos tem a função de manter o calor, auxiliar a função táctil e proteção. Pelos como os dos 
olhos, nariz e ouvidos filtram a poeira, pequenos insetos e resíduos trazidos pelo ar. 
 
 
5.2.4. Unhas 
São placas curvas, formadas por conjuntos de células mortas e queratinizadas e dispostas na 
superfície dorsal das falanges distais, com função protetora. 
Cada unha consiste de um corpo, uma margem livre e uma raiz. Funcionalmente as unhas auxiliam 
na preensão, manipulação de pequenos objetos, fornecem proteção às extremidades dos dedos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
 
 
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 
 
01. De que está composto o sistema tegumentar? 
 
02. Quais as funções da pele? 
 
03. Caracterize as camadas da pele. 
 
04. Quais as funções dos (as): 
a) Pelos 
b) Unhas 
c) Glândulas sudoríparas 
d) Glândulas sebáceas 
 
TESTES 
 
01. O sistema tegumentar inclui: 
a) Pele e melanina 
b) Pele e pelos 
c) Pele e anexos 
d) Pele e unha 
e) Unha e pelos 
 
02. Duas camadas são reconhecidas na pele: 
a) Subcutânea e adiposa 
b) Parietal e visceral 
c) Intrínseca e extrínseca 
d) Superficial e adstringente 
e) Epiderme e derme 
 
03. A derme contém glândulas: 
a) Sudoríparas e salivares 
b) Sudoríparas e sebáceas 
c) Sudoríparas e colágenas 
d) Sudoríparas, sebáceas e salivares 
e) Sudoríparas e hormonais 
 
 
 
 
CURIOSIDADE: Produção da vitamina D e a exposição solar. 
 
A pele exposta a luz ultravioletapode converter as substâncias necessárias para produzir a vitamina 
D. Tal vitamina é essencial para evitar o raquitismo, uma condição que causa deformidades ósseas. Porém, a 
exposição excessiva ao sol, pode induzir ao desenvolvimento manchas escuras, pontos claros, vasinhos na face, 
flacidez, diminuição da imunidade celular, além de maiores riscos para o câncer de pele. Assim é importante usar 
protetor solar e não abusar do sol, principalmente das 10 horas às 16 horas. 
32 
 
04. Qual o mais importante pigmento da pele: 
a) Melancólico 
b) Melatonina 
c) Melanina 
d) Metabolismo 
e) N.D.A. 
 
05. São anexos da pele: 
a) Pelos e glândulas 
b) Unhas e glândula 
c) Haste e raiz 
d) Pelos e unhas 
e) Folículos e unhas 
06. Sobre o sistema tegumentar é INCORRETO afirmar: 
a) Possui duas camadas reconhecidas: epiderme e derme. Contém numerosas glândulas sudoríparas e 
sebáceas. 
b) Os pelos e as unhas são conhecidos como anexos da pele. 
c) A melanina é o pigmento mais importante da pele e sua quantidade varia com a raça. 
d) As glândulas sebáceas estão localizadas estritamente nas regiões plantar e palmar. 
 
07. O tecido epitelial tem como principal função: 
a) Proteção, secreção e absorção. 
b) Secreção, excreção e nutrição. 
c) Sensorial, nutrição e proteção. 
d) Secreção, excreção e sensorial. 
e) Proteção, absorção e nutrição. 
 
08. O pigmento responsável pela cor da pele, no homem, é fabricado nas camadas mais profundas da 
epiderme por células chamadas de: 
a) Histiócitos 
b) Mastócitos 
c) Plasmócitos 
d) Macrófagos 
e) Melanócitos 
 
09. Qual dos seguintes tecidos é capaz de realizar as funções de proteção, absorção e secreção? 
a) Conjuntivo propriamente dito 
b) Epitelial 
c) Nervoso 
d) Ósseo 
e) Nenhum destes tecidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
6. SISTEMA NERVOSO 
 
O sistema nervoso é um conjunto de órgãos responsáveis pela coordenação e integração dos 
demais sistemas orgânicos, relacionando o organismo com as variações do meio externo e controlando o 
funcionamento visceral. Esse sistema não só controla e coordena as funções de todos os sistemas do 
organismo como também, ao receber estímulos externos, é capaz de interpretá-los e desencadear respostas 
adequadas a eles. 
 
6.1. Tecido nervoso 
O tecido nervoso compreende os neurônios e as Células da Glia. 
- Células da Glia (Neuroglia): células que ocupam 
os espaços entre os neurônios e tem como função 
sustentação, revestimento ou isolamento, modulação da 
atividade neural e defesa. 
Os astrócitos são células da glia mais comuns, 
sendo grandes, em forma de estrela, com 
prolongamentos, núcleo grande, cromatina frouxa e 
nucléolo central. Estão relacionados à homeostase do 
Sistema Nervoso Central (SNC), desempenhando funções 
como: funcionamento e formação de sinapses, nutrição 
dos neurônios, liberação de neurotransmissores, 
participação na barreira hematoencefálica, guia para a 
migração dos neurônios e impedimento da propagação 
desordenada de impulsos nervosos. 
Os oligodendrócitos possuem núcleo esférico e são menores que os astrócitos. Essas células são 
encontradas na substância branca e cinzenta. Na substância branca, eles são encontrados envolvendo os 
axônios de alguns neurônios, formando, assim, uma membrana rica em substância lipofílica denominada 
bainha de mielina. 
As células da micróglia também estão presentes nas substâncias brancas e cinzenta do sistema 
nervoso central. Essas células são alongadas e pequenas, com núcleo em forma de bastão e cromatina 
condensada. Elas atuam na defesa imune do SNC. 
Os ependimócitos ou células ependimárias são células cúbicas ou colunares, com núcleo ovoide e 
cromatina condensada. Suas funções são revestir os ventrículos encefálicos e o canal central da medula. 
A célula de Schwann é um tipo de célula glial que produz a mielina que envolve os axónios dos 
neurônios no sistema nervoso periférico 
O neurônio é a unidade estrutural e funcional do sistema nervoso que é especializada para a 
comunicação rápida. Tem a função básica de receber, processar e enviar informações. Estima-se que no 
cérebro humano existam aproximadamente 15 bilhões destas células, responsável por todas as funções do 
sistema. 
Os neurônios possuem 3 partes: 
- Corpo celular: é o centro metabólico do neurônio, responsável pela síntese de todas as 
proteínas neuronais. A forma e o tamanho do corpo celular são extremamente variáveis, conforme o tipo de 
neurônio. Além disso, é também, junto com os dendritos, local de recepção de estímulos, através de contatos 
sinápticos. 
34 
 
 - Dendritos: são 
prolongamentos curtos e 
ramificam-se a maneira de galhos 
de árvore, em ângulos agudos, 
originando dendritos de menor 
diâmetro. São os processos ou 
projeções que transmitem os 
impulsos para os corpos celulares 
dos neurônios ou para os axônios. 
Em geral, os dendritos não são 
mielinizados e são especializados 
em receber estímulos. 
- Axônio (fibra nervosa). A grande 
maioria dos neurônios possui um 
axônio, prolongamento longo e fino 
que se origina do corpo celular ou 
de um dendrito principal. São os 
processos que transmitem os 
impulsos que deixam os corpos 
celulares ou dendritos dos neurônios. 
 A porção terminal do axônio sofre várias ramificações para formar de centenas a milhares de 
terminais axônicos, no interior dos quais são armazenados os neurotransmissores químicos. Portanto, o 
axônio é especializado em gerar e conduzir o potencial de ação. 
Os axônios são cobertos por uma membrana de tecido gorduroso denominada bainha de mielina, 
que envolve as fibras nervosas agindo como isolante elétrico e impedindo que as cargas elétricas se 
dispersem. Assim, condução do impulso nervoso nas fibras mielínicas (com bainha de mielina) e amielínicas 
(sem bainha de mielina) difere na sua velocidade, sendo maior nas mielínicas. No trajeto do axônio, há 
regiões em que a bainha de mielina é interrompida, gerando a condução saltatória, nos quais o impulso 
nervoso é transmitido, aos saltos, ao longo da fibra (axônio). 
 
6.1.1. Tipos de neurônios e de vias de transmissão 
Os neurônios podem ser classificados em 3 tipos: sensitivo, interneurônio e motor. 
Um neurônio sensitivo conduz a informação da periferia em direção ao Sistema Nervoso Central 
(SNC), sendo também chamado neurônio aferente. 
Os interneurônios (de associação), grupo de neurônio mais numeroso, transmitem o sinal dos 
neurônios ao sistema nervoso central. 
Um neurônio motor conduz informação do SNC em direção à periferia, sendo conhecido como 
neurônio eferente. 
De acordo com os tipos de neurônios, classificam-se as vias: 
Vias aferentes: contém apenas fibras sensoriais, conduzindo o impulso nervoso do órgão receptor 
ao SNC. 
Vias eferentes: contêm apenas fibras motoras, conduzindo o impulso do SNC ao órgão efetuador, 
músculo ou glândula. 
Vias de associação: analisa as informações, armazena sob a forma de memória, elabora padrões de 
resposta ou geram respostas espontâneas. 
 
 
35 
 
 
6.1.2. Funções dos neurônios 
Os neurônios apresentam três funções básicas: 
- Função Sensitiva: os nervos sensitivos captam informações do meio interno e externo do corpo e 
as conduzem ao SNC; 
- Função Integradora: a informação sensitiva trazida ao SNC é processada ou interpretada; 
- Função Motora: os nervos motores conduzem a informação do SNC em direção aos músculos e às 
glândulas do corpo, levando as informações do SNC. 
 
6.1.3. Classificação dos neurônios 
 
Os neurônios podem ser 
classificados quanto à sua morfologia e ao 
tamanho de seus prolongamentos em: 
- Neurônios unipolares - Possuem 
apenas um axônio. 
- Neurônios multipolares: 
apresentam mais de dois prolongamentos 
celulares, o que representa a maioria dos 
neurônios. 
- Neurônios bipolares: possuem um 
dendrito e um axônio (ocorrem na retina, na 
mucosa olfativa e nos gânglios coclear e 
vestibular). 
 
- Neurônios pseudounipolares: apresentam prolongamento único que se bifurca enviando um 
ramo para a periferia e outro para o SNC,encontrado nos gânglios espinhais. 
 
 
36 
 
6.2. Sinapse e neurotransmissores 
Os neurônios, principalmente através de suas terminações axônicas, entram em contato com outros 
neurônios, passando-lhes informações. Os locais de tais contatos são denominados sinapses, ou seja, os 
neurônios comunicam-se uns aos outros nas sinapses (pontos de contato entre neurônios, no qual 
encontramos as vesículas sinápticas, onde estão armazenados os neurotransmissores). 
A sinapse pode ser classificada em elétrica e química. A sinapse elétrica ocorre entre dois neurônios 
através de canais iônicos concentrados em cada uma das membranas em contato. A sinapse química ocorre 
quando a comunicação se faz por liberação de uma substância química, denominada neurotransmissor. 
 
Os neurotransmissores são pequenas 
moléculas responsáveis pela comunicação das 
células do sistema nervoso, sendo encontradas 
nos terminais sinápticos dos neurônios. As 
respostas dadas por esses neurônios a um 
estímulo podem ser excitatórias ou inibitórias. 
Os neurotransmissores mais comuns 
são: acetilcolina, serotonina, adrenalina, 
noradrenalina, dopamina e endorfina. 
 
Acetilcolina é um neurotransmissor 
envolvido em muitos comportamentos, como o aprendizado, a memória e a atenção; é importante para a 
movimentação do corpo, pois sua liberação em músculos promove a contração das fibras musculares. 
A serotonina está envolvida 
em desordens do humor. Seu 
entendimento é importante para o 
tratamento da desordem obsessiva 
compulsiva, latência do sono, 
ansiedade, depressão e outros 
transtornos do humor. 
A adrenalina é produzida em 
momentos de stress quando as supra-
renais secretam quantidades 
abundantes deste hormônio, 
preparando o organismo para grandes 
esforços físicos, estimulando o 
coração, elevando a tensão arterial, 
relaxando e contraindo certos 
músculos. 
 
 
A noradrenalina é um neurotransmissor envolvido em diversos aspectos como humor, atenção, 
alerta, aprendizado, memória e excitação mental e física. 
A dopamina é responsável por controlar o nível de estimulação no sistema motor. Sua diminuição 
leva a tremores e até a impossibilidade de locomoção voluntária. Na doença de Parkinson há morte de 
neurônios que liberam dopamina importante para o controle do movimento refinado, levando a tremores e 
até mesmo a incapacidade de se mover de forma voluntária. Esse neurotransmissor também é responsável 
pelo estímulo prazeroso. A ingestão de alimentos, prática de sexo e algumas drogas de abuso são 
estimulantes da liberação de dopamina. 
37 
 
 
 
A endorfina tem efeito sobre áreas 
cerebrais responsáveis pela modulação da dor, 
humor, depressão, ansiedade e de diversos órgãos 
(coração e intestino). Além disso, pode inibir o 
sistema nervoso simpático e regular a liberação de 
outros hormônios. O consumo de chocolate e 
pimenta e a prática de exercício físico aeróbio 
(após 30 minutos) também estimula a produção de 
endorfina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
6.3. Divisões do Sistema Nervoso 
 
O sistema nervoso é dividido em: 
- Parte central – corresponde ao Sistema Nervoso 
Central; 
- Parte periférica – corresponde ao Sistema Nervoso 
Periférico; 
- Parte autônoma – compreende as partes simpáticas e 
parassimpáticas. 
O Sistema nervoso central (SNC): é a porção de 
processamento e integração das informações e dos estímulos, 
que desencadeia respostas. É constituído por estruturas que se 
localizam no esqueleto axial (medula espinal e encéfalo). 
Sistema nervoso periférico (SNP): Liga os nervos 
espinhais ao encéfalo, constituído por vias que conduzem os 
estímulos ao sistema nervoso central ou até os órgãos 
efetuadores. Formado pelos nervos cranianos e espinhais, pelos 
gânglios e pelas terminações nervosas. 
 
 
 
 
6.3.1. Sistema Nervoso Central – SNC 
 
38 
 
O SNC recebe, analisa e 
integra informações. É o local onde 
ocorre a tomada de decisões e o envio 
de ordens. Está localizado na caixa 
craniana e divide-se em encéfalo e 
medula. O encéfalo apresenta três 
partes: cérebro, cerebelo e tronco 
encefálico. O cérebro tem duas 
divisões: telencéfalo e diencéfalo. O 
tronco encefálico tem três divisões: 
mesencéfalo, ponte e bulbo. 
 
 
6.3.1.1. Encéfalo 
É composto por: cérebro, tronco encefálico e 
cerebelo. 
O cérebro constitui cerca de 90% da massa 
encefálica. Sua superfície é bastante pregueada (aumenta a 
superfície cerebral), sendo dividido em dois hemisférios 
(esquerdo e direito) e em duas partes, o córtex (substância 
cinzenta formada pelos corpos celulares dos neurônios) e a 
região interna (substância branca formada por dendritos e 
axônio). Responde pelas funções nervosas mais elevadas, 
contendo centros para interpretação de estímulos bem como 
centros que iniciam movimentos musculares. Ele 
armazena informações e é responsável também por 
processos psíquicos altamente elaborados, determinando sensações, atos conscientes e voluntários, 
pensamento, memória, inteligência, aprendizagem, sentidos, equilíbrio e a personalidade. Cada hemisfério 
cerebral é dividido em 4 lobos: o frontal, o parietal, o occipital e o temporal. 
Localizado no diencéfalo do cérebro encontra-se o tálamo. Esta é uma estrutura que tem a função 
na transmissão de impulsos sensitivos, cognição, consciência e regulação das atividades autônomas. 
Outra estrutura do diencéfalo é o hipotálamo, localizado abaixo do tálamo e acima da hipófise (no 
interior central dos dois hemisférios cerebrais). Ele é uma estrutura que tem como funções: controle do 
sistema nervoso autônomo e da temperatura corporal; regulação de sede e fome; controle das emoções e 
comportamento; contração muscular; controle hormonal e desejo sexual. 
Na região posterior e inferior do diencéfalo, encontra-se o subtálamo. Esta estrutura corresponde a 
uma pequena área que fica, em contato com o mesencéfalo, tendo a função relacionada ao controle dos 
39 
 
movimentos. 
Localizado na parte superior e posterior do diencéfalo é o epitálamo. Este tem ação antigonatotrófica 
e contém formações endócrinas e não endócrinas. A formação endócrina mais importante é a glândula 
pineal. Esta glândula, também conhecida como epífise neural, é uma glândula endócrina de tamanho 
pequeno localizada na parte central do cérebro humano, tendo a função de secretar a melatonina, hormônio 
responsável pela regulação dos ritmos do corpo (ciclos circadiano), relógio biológico e o sono. 
 
 
O cerebelo é a parte do sistema nervoso central situada dorsalmente ao tronco e inferiormente ao 
lobo occipital do cérebro. É responsável pelo equilíbrio do corpo, tônus e vigor muscular, orientação espacial 
e coordenação dos movimentos. 
 
O tronco encefálico é a parte do SNC situada entre a 
medula espinal e o diencéfalo, ventralmente ao cerebelo. É 
constituído por bulbo, ponte e mesencéfalo. O mesencéfalo é 
responsável pela recepção e coordenação da contração 
muscular e postura corporal. A ponte tem a função de realizar 
a manutenção da postura corporal, equilíbrio do corpo e 
tônus muscular. O bulbo controla os batimentos cardíacos, os 
movimentos respiratórios e a deglutição (ato de engolir). 
40 
 
6.3.1.2. Medula espinhal 
A medula espinhal é uma massa cilindroide 
de tecido nervoso, situada dentro das perfurações 
das vértebras. No homem adulto ela mede 
aproximadamente 45 cm sendo um pouco menor 
na mulher. A medula espinal é formada por 31 
segmentos, cada um dos quais dá origem a um par 
de nervos espinais ou raquidianos. Ela atua como 
um caminho pelo qual passam impulsos que vão ou 
vem do encéfalo para várias partes do corpo. Além 
disso, é responsável pelos atos reflexos (reflexo 
medular). 
O arco reflexo é a resposta 
imediata à excitação de um nervo, 
sem a vontade ou consciência, ou 
seja, é um estímulo que não chega 
até o encéfalo, ele recebe resposta 
na medula. Um arco reflexo contém 
componentes básicos: 1) 
Receptores: variam de localização 
no organismo, porém todos 
apresentam uma função em 
comum: captar alguma energiaambiental e transformá-la em 
potenciais de ação; 2) Nervo 
Sensorial: conduz o potencial de 
ação gerado pela ativação do 
receptor para o SNC penetrando na 
medula espinhal por meio das 
raízes dorsais; 3) nervo motor: 
conduz potenciais de ação do SNC 
para o órgão efetor deixando a medula a partir da raiz ventral; 4) órgão alvo: normalmente um músculo, 
capaz de produzir a resposta motora. 
 
 
6.3.1.3. Envoltório da medula espinal 
O tecido do SNC é muito delicado. Por esse motivo, apresenta um elaborado sistema de proteção 
que consiste das seguintes estruturas: esqueleto, meninges, líquido cérebro-espinhal (líquor) e barreira 
hematoencefálica. 
As estruturas esqueléticas são: caixa craniana e coluna vertebral - também denominada raque. 
As meninges, membranas fibrosas que envolvem todo o SNC, são situadas sob a proteção esquelética e se 
dividem em: 
Dura-máter: é a mais espessa, mais externa e mais resistente; 
Aracnoide-máter: situa-se entre a dura-máter e a pia-máter; 
Pia-máter: é a membrana mais delicada e mais interna, aderente ao tecido nervoso da superfície da 
medula. 
Na medula reconhecem-se três espaços, com relação aos seus envoltórios: 
Epidural ou peridural: entre dura-máter e o osso – contém veias; 
Subdural: entre a dura-máter e aracnoide; 
Subaracnoideo: contém o líquido cefalorraquidiano (líquor). 
41 
 
O Líquor ou líquido cerebrospinal – LCR é incolor, inodoro, insípido de origem plasmática produzido no 
ventrículo encefálico que circula no espaço subaracnóideo protegendo o SNC contra choques mecânicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Existem basicamente 3 
tipos de anestesia: 
geral, regional e local. 
A anestesia 
geral é a modalidade 
anestésica indicada para 
as cirurgias mais 
complexas e de grande 
porte. Nesse tipo de 
anestesia, o paciente 
fica inconsciente, 
incapaz de se mover e, 
habitualmente, 
intubado e acoplado a 
um respirador artificial. 
Um dos motivos do 
paciente não sentir é 
pelo fato do mesmo 
estar profundamente sedado, como se o cérebro estivesse parcialmente “desligado”. 
A anestesia regional é um procedimento anestésico usado em cirurgias mais simples, onde o 
paciente pode permanecer acordado. Este tipo de anestesia bloqueia a dor em apenas uma determinada 
região do corpo, como um braço, uma perna ou toda região inferior do corpo, abaixo do abdômen. Os 2 
tipos de anestesia regional mais usados são: Anestesia raquidiana (ou raquianestesia) e a Anestesia 
peridural. Para realizar a anestesia raquidiana, uma agulha de pequeno calibre é inserida nas costas, de 
modo a atingir o espaço subaracnoide, dentro da coluna espinhal. Em seguida, um anestésico é injetado 
dentro do líquido espinhal (líquor), produzindo dormência temporária e relaxamento muscular. Na anestesia 
peridural o anestésico é injetado na região peridural, que fica ao redor do canal espinhal, utilizando um 
cateter que é implantado no espaço peridural. 
A anestesia local é o procedimento anestésico mais comum, sendo usado para bloquear a dor em 
pequenas regiões do corpo, habitualmente na pele. Ao contrário das anestesias geral e regional, que devem 
ser administradas por um anestesiologista, a anestesia local é usada por quase todas as especialidades. É 
habitualmente feita com a injeção de lidocaína na pele e nos tecidos subcutâneos, servindo para bloquear a 
dor em uma variedade de procedimentos médicos, como biópsias, punções de veias profundas, suturas da 
pele, punção lombar. 
42 
 
 
 
 
O exame de LCR é 
um procedimento que 
retira uma pequena 
quantidade do líquor, por 
meio de uma fina agulha, 
para analisar as 
características físicas, 
citológicas, 
microbiológicas e 
químicas. 
O procedimento 
pode ser realizado com 
anestesia local. Somente 
com as pessoas que não 
cooperam, por qualquer 
motivo, com o exame, 
utiliza-se a anestesia 
geral (pacientes muito agitados, crianças, pacientes com transtornos ou confusão mental, etc.). O paciente 
deve deitar-se em decúbito lateral, numa posição fetal (posição em que fica o feto dentro da barriga). 
Depois de uma adequada assepsia da área, uma agulha fina e longa (cerca de 12 centímetros) é 
inserida entre as vértebras lombares L3/L4 ou L4/L5. O mandril da agulha (estilete que preenche a agulha) é 
então retirado para que goteje algumas gotas de líquor. Em seguida, a agulha pode ser retirada, fazendo-se 
uma pequena pressão no local do furo para evitar maior derramamento de líquor. Normalmente, havendo 
cooperação do paciente, o procedimento dura de quinze a vinte minutos. 
 
6.3.2. Sistema Nervoso Periférico – SNP 
O sistema nervoso periférico é composto por terminações 
nervosas, gânglios e nervos. 
As terminações nervosas são estruturas situadas na 
extremidade livre das fibras nervosas com a capacidade de transformar 
energia em impulso elétrico (receptor) e vice-versa (efetor). 
Os gânglios são aglomerados de células nervosas fora do SNC. 
Os nervos são cordões esbranquiçados constituídos por um 
conjunto de fibras nervosas envolvidas por bainha de mielina e que têm 
por função levar (ou trazer) impulsos ao (do) SNC. 
De acordo com as funções os nervos são classificados em 
sensitivos, motores e mistos. As fibras aferentes ou sensitivas 
(receptores) levam impulsos ao SNC, enquanto as fibras eferentes ou 
motoras trazem os impulsos do SNC. Existem ainda os nervos mistos com 
ambas as funções. 
Quanto à posição os nervos são divididos em dois grupos: 
Nervos Cranianos (12 pares) e Nervos Espinais (31 pares). 
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Os nervos cranianos são doze pares de nervos que fazem conexão com o encéfalo. Os dois primeiros 
têm conexão com o cérebro e os demais com o tronco encefálico. Os nervos cranianos são mais complexos 
que os espinais e dividem-se em: I - olfatório, II - óptico, III - oculomotor, IV - troclear, V - trigêmeo, VI - 
abducente, VII - facial, VIII – vestíbulococlear, IX - glossofaríngeo, X - vago, XI – acessório, XII -hipoglosso.
As terminações nervosas existem na extremidade de fibras sensitivas e motoras. São estruturas 
especializadas para receber estímulos físicos ou químicos na superfície ou no interior do corpo. Ex: cones e 
bastonetes da retina são estimulados somente pelos raios luminosos; os receptores do ouvido apenas por 
ondas sonoras; os gustativos por substâncias químicas capazes de determinar as sensações de doce, azedo, 
amargo, etc.; na pele e nas mucosas existem receptores especializados para os agentes causadores de calor, 
frio, pressão e tato. 
Do ponto de vista funcional pode-se dividir o sistema nervoso em SN somático e SN visceral. 
O Sistema Nervoso Visceral ou Involuntário corresponde ao conjunto de estruturas nervosas, 
centrais e periféricas, que se ocupam da manutenção da constância do meio interno (homeostase) e que 
inervam as vísceras. É constituído por nervos motores que conduzem impulsos do sistema nervoso central à 
musculatura lisa de órgãos viscerais, músculos cardíacos e glândulas. Realiza o controle da digestão, sistema 
cardiovascular, excretor e 
endócrino. Possui dois tipos de 
neurônios: pré-ganglionares 
(corpo celular dentro do SNC) e 
pós-ganglionares (corpo celular 
dentro do gânglio). 
 
 
O Sistema Nervoso Somático 
Ou Voluntário, também formado por 
estruturas centrais e periféricas, têm 
por função a interação do organismo 
com o meio externo. Dessa maneira, o 
SNS é formado por nervos motores 
que conduzem impulsos do sistema 
nervoso central (SNC) à musculatura 
estriada esquelética. Determina ações 
conscientes como andar, falar, 
abraçar, correr, etc. 
 
Os nervos espinais são 
formados pela fusão de duas raízes, com fibras motoras (eferentes) e fibras sensitivas (aferentes). Existem 
31 pares de nervos que mantêm contato com a medula, os quais são assim distribuídos: 
 - 8 pares CERVICAIS; 
 - 12 pares TORÁCICOS; 
 - 5 pares LOMBARES; 
 - 5 pares SACRAIS; 
 - 1 par COCCÍGEOS. 
 
 
 
 
 
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6.3.2.1. Organização geral do 
Sistema Nervoso Autônomo 
Os neurônios pré e 
pós-ganglionares

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