Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Exercício com Descritores – Prof. Marcos Caetano- 2020 D1 - Localizar informações explícitas em um texto. 1 ------------------------------------------------------------------ Leia o texto e responda a questão. Por que milho não vira pipoca? Não importa a maneira de fazer a pipoca. Sempre que se chega ao final do saquinho, lá estão os duros e ruidosos grãos de milho que não estouraram. Essas bolinhas irritantes, que já deixaram muitos dentistas ocupados, estão com os dias contados. Cientistas norte-americanos dizem que agora sabem por que alguns grãos de milho de pipoca resistem ao estouro. Há algum tempo já se sabe que o milho de pipoca precisa de umidade no seu núcleo de amido, cerca de 15%, para explodir. Mas pesquisadores da Universidade Purdue descobriram que a chave para um bem sucedido estouro do milho está na casca. É indispensável uma excelente estrutura de casca para que o milho estoure. Cascas danificadas impedem que a umidade faça a pressão necessária para que o milho vire pipoca. “Se muita umidade escapar, o milho perde a habilidade de estourar e apenas fica ali”, explica Bruce Hamaker, um professor de química alimentar da Purdue. Estado de Minas, 25 de abril de 2005. Para o milho estourar e virar pipoca é preciso que: A) a casca seja mais úmida que o núcleo. B) a casca evite perda de umidade do núcleo. C) o núcleo de amido estoure bem devagar. D) o núcleo seja mais transparente que a casca. E) a casca seja mais amarela que o núcleo. ------------------------------------------------------------------ Leia o texto a seguir e responda. Namoro O melhor do namoro, claro, é o ridículo. Vocês dois no telefone: — Desliga você. — Não, desliga você. — Você. — Você. — Então vamos desligar juntos. — Tá. Conta até três. — Um... Dois... Dois e meio... Ridículo agora, porque na hora não era não. Na hora nem os apelidos secretos que vocês tinham um para o outro, lembra? Eram ridículos. Ronron. Suzuca. Alcizanzão. Surusuzuca. Gongonha (Gongonhal) Mamosa. Purupupuca... Não havia coisa melhor do que passar tardes inteiras num sofá, olho no olho, dizendo: — As dondozeira ama os dondozeiro? — Ama. — Mas os dondozeiro ama as dondozeira mais do que as dondozeira ama os dondozeiro. Na-na-não. As dondozeira ama os dondozeiro mais do que, etc. E, entremeando o diálogo, longos beijos, profundos beijos, beijos mais do que de línguas, beijos de amígdalas, beijos catetéricos. Tardes inteiras. Confesse: ridículo só porque nunca mais. Depois de ridículo, o melhor do namoro são as brigas. Quem diz que nunca, como quem não quer nada, arquitetou um encontro casual com a ex ou o ex só para ver se ela ou ele está com alguém, ou para fingir que não vê, ou para ver e ignorar, ou para dar um abano amistoso querendo dizer que ela ou ele agora significa tão pouco que podem até ser amigos, está mentindo. Ah, está mentindo. E melhor do que as brigas são as reconciliações. Beijos ainda mais profundos, apelidos ainda mais lamentáveis, vistos de longe. A gente brigava mesmo era para se reconciliar depois, lembra? Oito entre dez namorados transam pela primeira vez fazendo as pazes. Não estou inventando. O IBGE tem as estatísticas. VERÍSSIMO, Luís Fernando. Correio Braziliense. 13/06/1999. No texto, considera-se que o melhor do namoro é o ridículo associado: (A) às brigas por amor. (B) às mentiras inocentes. (C) às reconciliações felizes. (D) aos apelidos carinhosos. (E) aos telefonemas intermináveis. ------------------------------------------------------------------ (3ª P.D – SEDUC-GO). Leia o texto abaixo e responda. Os índios descobertos pelo Google Earth Duas aldeias de índios que vivem isolados foram fotografadas pela primeira vez, na fronteira entre o Peru e o Acre. O sertanista José Carlos Meirelles, da Funai, havia encontrado ainda em terra vestígios de duas etnias desconhecidas e dos nômades maskos. Rieli Franciscato, outra sertanista da Funai, localizou as coordenadas exatas das malocas pelo Google Earth, programa que fornece mapas por satélite. Meirelles, que procurava os povos havia 20 anos, sobrevoou a área e avistou os roçados e as ocas. O avião assustou a tribo, que nunca teve contato com o homem branco. As mulheres e crianças correram, e os homens tentaram flechar o avião. A exploração de madeira no lado peruano pode ter estimulado a migração das etnias para o território brasileiro. Época, n. 524, 02/06/2008, p.17. Exercício com Descritores – Prof. Marcos Caetano- 2020 D1 - Localizar informações explícitas em um texto. 2 De acordo com esse texto, o primeiro contato entre os índios descobertos e o homem civilizado despertou nos índios um sentimento de A) alegria. B) dúvida. C) raiva. D) repulsa. E) susto. ------------------------------------------------------------------ (1ª P.D – Seduc-GO). Leia o texto abaixo e, em seguida, responda. Meditação Para meditar, o homus modernos ocidentalis cruza as pernas deixa as costas eretas os braços relaxados concentra a atenção num ponto e assim imóvel em pensamento e ação liga a televisão. Ulisses Tavares A expressão homus modernos ocidentalis refere-se (A) aos homens que vivem nas cidades. (B) às pessoas que assistem televisão. (C) à sociedade moderna ocidental. (D) à sociedade machista e patriarcal. (E) às pessoas em qualquer tempo histórico. ------------------------------------------------------------------ (SPAECE). Leia o texto abaixo. Apelo Amanhã faz um mês que a Senhora está longe de casa. Primeiros dias, para dizer a verdade, não senti falta, bom chegar tarde, esquecido na conversa de esquina. Não foi ausência por uma semana: o batom ainda no lenço, o prato na mesa por engano, a imagem de relance no espelho. Com os dias, Senhora, o leite primeira vez coalhou. A notícia de sua perda veio aos poucos: a pilha de jornais ali no chão, ninguém os guardou debaixo da escada. Toda a casa era um corredor deserto, até o canário ficou mudo. Não dar parte de fraco, ah, Senhora, fui [...] com os amigos. Uma hora da noite eles se iam. Ficava só, sem o perdão de sua presença, última luz na varanda, a todas as aflições do dia. Sentia falta da pequena briga pelo sal no tomate – meu jeito de querer bem. Acaso é saudade, Senhora? Às suas violetas, na janela, não lhes poupei água e elas murcham. Não tenho botão na camisa. Calço a meia furada. Que fim levou o saca-rolha? Nenhum de nós sabe, sem a Senhora, conversar com os outros: bocas raivosas mastigando. Venha para casa, Senhora, por favor. Disponível em: <http://www.releituras.com/daltontrevisan_apelo.asp>. Acesso em: 1 dez. 2010. Fragmento. De acordo com esse texto, nos primeiros dias, o narrador A) achou bom chegar tarde. B) deixou de guardar os jornais. C) pediu para a Senhora voltar. D) procurou o saca-rolha. ------------------------------------------------------------------ (SAERJ). Leia o texto abaixo. História deliciosa Nada mais gostoso que cheirinho de pão quente de manhã! Muita gente pensa assim, em vários países, há milhares de anos. O pão foi o primeiro alimento criado pelo homem, há cerca de 12 mil anos. Antes, todos dependiam da caça e da pesca para comer. Quando os antigos aprenderam a plantar trigo, deram um grande passo para se desenvolver e conquistar novas terras. Descobriram que os cereais eram fáceis de plantar, resistentes e permitiam fazer pão. No começo, os grãos eram moídos e misturados à água e a massa, assada sobre cinzas. O resultado era um pão fino e duro, torrado e meio sem gosto. Mas era só o começo de uma longa história. Primeiras delícias Os antigos egípcios criaram o tipo de pão que conhecemos hoje. Um dia, esqueceram a massa no sol e ela fermentou. Eles assaram e perceberam que aquele fenômeno deixava o pão mais leve, cheio de furinhos e passaram a usar a massa fermentada.No Egito, o pão era tão importante que servia como pagamento para os trabalhadores. E os nobres também valorizavam esse alimento: na tumba de Ramsés III, há desenhos em relevo com o formato de pães, doces e bolos. No Brasil, os pães chegaram trazidos pelos portugueses na época da colonização e por muito tempo eram consumidos pelos ricos, pois o trigo era muito caro. As primeiras padarias só surgiram por volta de 1950, tocadas por italianos e portugueses. Recreio. São Paulo: Abril. n. 206. p. 18-19. Esse texto informa que, na antiguidade, usavam-se como forma de pagamento aos trabalhadores os A) bolos. B) cereais. Exercício com Descritores – Prof. Marcos Caetano- 2020 D1 - Localizar informações explícitas em um texto. 3 C) doces. D) grãos. E) pães. ------------------------------------------------------------------ (SEAPE). Leia o texto abaixo. As novas descobertas sobre o sono A ciência moderna mostra que, durante o sono, o corpo está longe de ficar em descanso. O cérebro e o sistema imunológico, por exemplo, seguem em plena atividade nesse período entre seis e oito horas por dia, a maioria de nós deita-se na cama e se desliga do mundo – é o momento de visitar o reino do deus grego Hipnos, responsável por distribuir a todos um sono agradável e reparador. Mas esse desligamento está muito longe de significar inatividade. Além de abranger o período em que sonhamos – uma experiência que, em si, representa todo um universo à parte –, o sono é uma ocasião de intenso movimento no corpo, como a ciência tem demonstrado. [...] Diversos pesquisadores consideram que o sono serve, em primeiro lugar, para preservar a plasticidade do cérebro, ou seja, sua capacidade de mudar como reação imediata a uma experiência. Enquanto dormimos, os neurônios do cérebro comunicam-se uns com os outros, fortalecem conexões específicas, enfraquecem outras e apagam o que encaram como inútil. “À noite, o cérebro adormecido está livre do mundo e é um redemoinho de atividade”, observa o neurobiólogo Terrence Sejnwoski, chefe do Laboratório de Neurobiologia Computacional no Salk Institute em La Jolla, na Califórnia. “Os neurônios estão formando padrões coerentes que, sem o sono, não seriam nem de perto tão extensos, robustos, estáveis e flexíveis.” Essa rearrumação cotidianamente promovida pelos neurônios tem um motivo básico, afirma Rodolfo Llinas, diretor do Departamento de Fisiologia e Neurociência da Escola de Medicina da Universidade de Nova York. Para ele, o cérebro humano está constantemente aprendendo, e quanto mais aprende, mais recursos ganha para fazer prognósticos – uma capacidade necessária para os organismos que se movem. Disponível em: <http://www.terra.com.br/revistaplaneta/edicoes/452/artigo175537- 1.htm>. Acesso em: 13 jan. 2011. Fragmento. Nesse texto, os estudiosos consideram que o sono serve, em primeiro lugar, para A) ratificar o constante aprendizado do cérebro. B) preservar a plasticidade do cérebro. C) manter o cérebro em atividade. D) formar padrões coerentes de neurônios. E) apagar aquilo que é inútil no cérebro. ------------------------------------------------------------------ (SAEPI). Leia o texto abaixo. TV na madrugada O humorista Chico Anysio, de 72 anos, acostumou-se a dormir menos de cinco horas por noite. Todos os dias, vai para a cama à 1 e meia da madrugada e às 6 da manhã já está de pé. “Nem preciso de despertador para acordar”, diz. Durante a madrugada, enquanto o resto da casa está dormindo, Chico assiste a filmes na TV a cabo. “Decidi ficar menos na cama para aproveitar melhor o tempo”, explica. “Antes eu também trabalhava à noite, mas parei. Agora só trabalho de dia”, diz. Chico conta que quando era mais jovem dormia oito horas por noite. “Eu me mexia tanto que a cama até saía do lugar”, brinca. Mesmo com as poucas horas de sono que tem hoje, Chico avalia que dorme bem. “Meu sono é tão profundo que acordo na mesma posição em que dormi.” Veja. ed. 1821, 24 set. 3, p. 103. De acordo com esse texto, Chico Anysio A) aproveita a noite para trabalhar, pois o silêncio o ajuda a concentrar-se. B) dorme pouco, pois tem muito trabalho a fazer no decorrer do dia. C) necessita de mais de 8 horas diárias de sono por causa de sua idade avançada. D) tem muita dificuldade em dormir e por isso prefere assistir à TV à noite. E) tem um sono tão profundo que mesmo dormindo poucas horas se sente bem. ------------------------------------------------------------------ (SAEPE). Leia o texto abaixo. Altamente confidencial Quem observa o trabalho de um hacker hoje pode ter a impressão de que a arte de inventar e quebrar códigos secretos é algo extremamente moderno... Ledo engano! O jogo das mensagens cifradas já desafiava a imaginação pelo menos desde a Idade Média. Nessa época, a troca de mensagens era assunto delicado, como mostra o bispo Gregório de Tours, que no século VI escreveu uma história do reino dos francos. Segundo ele, em pleno alvorecer da Idade Média, dois mensageiros de um certo Godovaldo, que reivindicava o trono, foram presos e torturados por homens do rei Gontrão ao tentarem transmitir uma mensagem secreta. Exercício com Descritores – Prof. Marcos Caetano- 2020 D1 - Localizar informações explícitas em um texto. 4 O caso mostra que nesse período a escrita era uma forma muito vulnerável de comunicação. Uma carta podia parar com facilidade em mãos inimigas, e, por isso, os emissários não apenas levavam consigo documentos oficiais manuscritos, mas também decoravam mensagens que transmitiam oralmente aos destinatários. Os poucos registros deixados pela diplomacia medieval não facilitaram em nada o trabalho dos historiadores, e por isso é preciso ter cuidado quando se fala das técnicas de codificação utilizadas na Europa medieval. No século XVI, o abade alemão Johannes Trithemius, autor de uma das primeiras grandes obras de criptografia do Ocidente, afirmou que reis francos como Faramundo e Carlos Magno já utilizavam alfabetos secretos em suas correspondências. Por mais fascinantes que sejam esses códigos, porém, eles parecem ter saído da imaginação do próprio Trithemius. Carlos Magno mal sabia ler e escrever, e é pouco provável que tenha inventado novos alfabetos. [...] Disponível em: <http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/altamente_confidenci al.html>. Acesso em: 15 jun. 2010. Fragmento. De acordo com esse texto, quem escreveu uma história do reino dos francos? A) Carlos Magno. B) Godovaldo. C) Gontrão. D) Gregório de Tours. E) Johannes Trithemius. ------------------------------------------------------------------ (SPAECE). Leia o texto abaixo. Atividade industrial e espaço geográfico A indústria moderna consiste numa forma – diferente do artesanato e da manufatura – de transformar matérias-primas em produtos elaborados. Em primeiro lugar, na indústria, há uma grande divisão do trabalho e, por conseguinte, a especialização do trabalhador. Já no artesanato, não há nenhuma divisão; na manufatura, uma divisão primária, muito simples. Em segundo lugar, na atividade industrial, são as máquinas, em geral funcionando a partir de modernas fontes de energia (calor, eletricidade), que ditam o ritmo do trabalho; no artesanato, há apenas o uso de ferramentas. E, na manufatura, o uso de máquinas simples, mas o ritmo do trabalho ainda depende das mãos do artesão. VESENTINI, José William. In: Programa Gestão da Aprendizagem Escolar. Brasília: Ministério da Educação Secretaria da Educação Básica, p. 62, s/d. De acordo com esse texto, uma das características do artesanato é A) a apresentação uma divisão primária do trabalho. B) a transformação matérias-primas em produtos elaborados. C) a utilização de máquinas simples. D) o ritmo do trabalho conforme a produção manual. E) o uso majoritário de ferramentas. ------------------------------------------------------------------(SPAECE). Leia o texto abaixo. Chuva Quando chovia, no meu tempo de menino, a casa virava um festival de goteiras. Eram pingos do teto ensopando o soalho de todas as salas e quartos. Seguia- se um corre-corre dos diabos, todo mundo levando e trazendo baldes, bacias, panelas, penicos e o que mais houvesse para aparar a água que caía e para que os vazamentos não se transformassem numa inundação. Os mais velhos ficavam aborrecidos, eu não entendia a razão: aquilo era uma distração das mais excitantes. E me divertia a valer quando uma nova goteira aparecia, o pessoal correndo para lá e para cá, e esvaziando as vasilhas que transbordavam, os diferentes ruídos das gotas d’água retinindo no vasilhame, acompanhados do som oco dos passos em atropelo nas tábuas largas do chão, formavam uma alegre melodia, às vezes enriquecida pelas sonoras pancadas do relógio de parede dando horas. Passado o temporal, meu pai subia ao forro da casa pelo alçapão, o mesmo que usávamos como entrada para a reunião de nossa sociedade secreta. Depois de examinar o telhado, descia, aborrecido. Não conseguia descobrir sequer uma telha quebrada, por onde pudesse penetrar tanta água da chuva, como invariavelmente acontecia. Um mistério a mais naquela casa cheia de mistérios. SABINO, Fernando. Chuva. In: O menino no espelho. O pessoal da casa corria para A) aborrecer aos mais velhos. B) aparar a água. C) distrair o menino. D) evitar os vazamentos. E) descobrir os vazamentos. ------------------------------------------------------------------ (SEAPE). Leia o texto abaixo. Trabalhar demais pode causar problemas no coração, diz estudo Ao avaliar o risco de doenças cardíacas para um paciente, os médicos consideram fatores como idade, Exercício com Descritores – Prof. Marcos Caetano- 2020 D1 - Localizar informações explícitas em um texto. 5 colesterol e tabagismo. Um novo estudo sugere uma medida adicional: trabalhar por muitas horas. Segundo o estudo, pessoas que trabalhavam 11 horas ou mais por dia mostraram muito mais chances de desenvolver problemas cardíacos, num período de 12 anos, quando comparadas a pessoas similares trabalhando sete ou oito horas por dia. O relato foi publicado na última segunda-feira (4), em “Annals of Internal Medicine”. No início da década de 1990, pesquisadores britânicos examinaram 7 095 adultos entre 39 e 62 anos, incluindo 2 109 mulheres, e usaram as informações para classificar o risco de cada um para a doença arterial coronariana. Cerca de 10% relataram trabalhar por longas horas. Durante uma média de 12,3 anos de acompanhamento, 29 participantes morreram de doenças cardíacas e 163 sofreram infartos não fatais. Aqueles que haviam relatado trabalhar dez horas por dia não mostraram um risco significativamente maior do que o grupo que trabalhava menos. Porém, os que trabalhavam mais de 11 horas por dia tinham 66% mais chances de sofrer um infarto ou morrer por um, afirmaram os pesquisadores. Mika Kivimaki, principal autor do artigo e professor de epidemiologia social na University College London, disse não estar claro se o tempo excessivo de trabalho é uma causa do crescimento dos riscos ou simplesmente um indicador, que poderia ser usado para prever riscos. Mas é possível, segundo ele, “que a experiência crônica do estresse, comumente associada às longas horas de trabalho, afete os processos metabólicos”, ou leve a casos de depressão e problemas do sono. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/900170- trabalhar-demais-pode-causar-problemas-no-coracao-diz-estudo.shtml>. Acesso em: 8 abr. 2011. Fragmento. De acordo com esse texto, quem tem mais riscos de sofrer um infarto? A) As 2 109 mulheres ouvidas pela pesquisa. B) As pessoas que trabalham durante 12 anos seguidos. C) As pessoas que trabalham por mais de 11 horas diárias. D) Os adultos com idade entre 39 e 62 anos. E) Os trabalhadores que sofrem de depressão. ------------------------------------------------------------------ (SAEPE). Leia os textos abaixo. Origem dos Jogos Olímpicos Os Jogos Olímpicos se originaram em Olímpia (Grécia antiga) em meados de 776 a.C., onde existem registros em pedra nas ruínas do templo de Hera que comprovam esta data. Naquele período, os jogos eram realizados aos deuses gregos, sendo que Zeus era o mais homenageado, pois na cidade havia um grande templo em homenagem a ele e quando esses jogos ocorriam Zeus era chamado Zeus Olímpico. Como os jogos eram realizados no templo de Zeus, não era permitida a entrada de mulheres no local, somente homens participavam e assistiam ao evento. Os homens que participavam dos jogos eram escolhidos após rígidas investigações de conduta, sendo que qualquer violação era motivo para que esse fosse punido severamente. Ainda, os participantes chegavam ao templo de Zeus antes da data em que os jogos se iniciavam, pois era obrigatório que os participantes se preparassem físico e espiritualmente para as competições. Apesar dos jogos serem de caráter religioso, também eram utilizados para apregoar a paz e a harmonia entre os gregos. Para os vencedores das competições, eram entregues uma coroa, alimentação gratuita por toda a sua vida, garantia de seu lugar em teatros e o título de herói de sua cidade. Com a invasão romana sobre os gregos, os Jogos Olímpicos foram perdendo sua força e sua identidade. Os jogos então eram realizados entre escravos e animais selvagens, o que foi proibido em 392 d.C. pelo imperador romano Theodosius I quando se converteu ao cristianismo, proibindo também toda e qualquer manifestação pagã na Grécia. Disponível em: <http://www.brasilescola.com/educacaofi sica/origem-dos- jogos-olimpicos.htm>. Acesso em: 27 jul. 2012. De acordo com o Texto, após a invasão romana à Grécia, os jogos passaram a ser entre A) as mulheres e os imperadores romanos. B) as mulheres gregas. C) os homens e os deuses. D) os deuses olímpicos. E) os escravos e os animais selvagens. ------------------------------------------------------------------ (SEAPE). Leia o texto abaixo. Civilização play center De acordo com o princípio da difusão dos sistemas técnicos, dos aparelhos e dos computadores e de acordo também com o princípio da realidade virtual e das possibilidades de o homem ter hoje mais acesso a ela, todas as experiências de emoção podem ser submetidas a sistemas de programação. Não me ocorre nenhuma outra analogia para descrever esta realidade Exercício com Descritores – Prof. Marcos Caetano- 2020 D1 - Localizar informações explícitas em um texto. 6 que não seja a do parque de diversões. Nossa sociedade atual transformou-se num grande complexo de play centers, e isso não só pelo princípio de que tudo pode ser comprado, mas também pelo fato de que as emoções se tornam hoje administráveis. Assim, tanto na sociedade em geral quanto no play center, tem-se emoções marcadas por tensão, medo, violência, angústia, aflição, mas ao mesmo tempo, seguras, rapidamente esquecíveis, sem reflexos traumáticos, sem desdobramentos psíquicos, que podem ser previamente adquiridas e sentidas no momento desejado. FILHO, Ciro Marcondes. Sociedade tecnológica. São Paulo: Scipione, 1994, p. 92-93. De acordo com esse texto, a difusão da tecnologia permite A) acessar a realidade virtual. B) adquirir produtos. C) comprar sistemas de programação. D) submeter as emoções à programação. E) descrever a realidade. ------------------------------------------------------------------ (SAEPE). Leia os textos abaixo. Clarice Lispector Quando surgiu com o livro Perto do Coração Selvagem, Clarice Lispector foi comparada a escritores como James Joyce e Virginia Woolf. Tinha 17 anos e revolucionava a literatura brasileira da época com um estilo narrativo próprio, usando um monólogo interior com metáforas. “Uma vida completa pode acabarnuma identificação tão absoluta com o não eu que não haverá mais um eu para morrer”, escreveu. Natural de Tchetchelnik, na Ucrânia, chegou ao Brasil aos 2 meses, fixando-se em Pernambuco. Durante a infância, leu contos infantis que, segundo ela, soltavam-lhe a imaginação. Um de seus livros sagrados era Reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato. Foi para o Rio de Janeiro em 1937. Adolescente, impressionou-se ao ler José de Alencar, Eça de Queirós, Graciliano Ramos, Machado de Assis, Jorge de Andrade, Mário de Andrade, Rachel de Queiroz, Julien Green, Herman Hesse, Dostoiévski e Katherine Mansfield. Aluna da Faculdade de Direito, publicou Perto do Coração Selvagem (1943), recebendo o Prêmio Graça Aranha. Casou-se no mesmo ano e, devido à carreira diplomática do marido, morou 16 anos fora do Brasil, na Europa e nos Estados Unidos. Separada, em 1959, voltou ao Rio de Janeiro, onde viveu até morrer. Publicou o livro de contos Laços de Família (1960), A Maçã no Escuro (1961), A Paixão Segundo G.H. (1964), Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres (1969), A Hora da Estrela (1977), entre outros. Disponível em: <http://www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia_c_617.html>. Acesso em: 20 mar. 2010. De acordo com esse texto, Clarice Lispector recebeu o Prêmio Graça Aranha após publicar A) Perto do Coração Selvagem. B) Laços de Família. C) A Maçã no Escuro. D) A Paixão Segundo G.H.. E) A Hora da Estrela. ------------------------------------------------------------------ (MAISIDEB). Leia o texto a seguir e responda: Rondó do Capitão Bão balalão, Senhor capitão. Tirai este peso Do meu coração. Não é de tristeza, Não é de aflição: É só de esperança, Senhor capitão! A leve esperança, A aérea esperança… Aérea, pois não! Peso mais pesado Não existe não. Ah, livrai-me dele, Senhor capitão! https://peregrinacultural.wordpress.com/2012/11/19/rondo-do-capitao- poesia-de-manuel-bandeira/ Leia novamente o terceiro verso. O peso que deverá ser tirado é o da (A) aflição. (B) desalento. (C) esperança. (D) nostalgia. (E) tristeza. ------------------------------------------------------------------ (PAEBES). Leio o texto abaixo. Comida tranqueira: descubra a sua Adoro sanduíche de mortadela. Desde criança. Aliás, nem entendo por que a mortadela não merece um lugar especial junto aos grandes tops da culinária. [...] Em São Paulo, no Mercadão, há um sanduíche de mortadela que até o chef e crítico de culinária americano Anthony Bourdain, em passagem pelo Brasil, elogiou. O segredo: pão francês com muuuuuita mortadela. [...] Outro dia conversava com um recém- conhecido com quem pretendo fazer um trabalho. No momento em que ele confessou que havia almoçado Exercício com Descritores – Prof. Marcos Caetano- 2020 D1 - Localizar informações explícitas em um texto. 7 um sanduíche de mortadela de pé, tornamo-nos íntimos. [...] Há certo preconceito contra a comida tranqueira. Qualquer restaurante francês inaugurado ganha atenções, avaliações, é elogiado. Mesmo que sirva um menu-degustação com dois fiapos de peixe grelhado, depois uma nesga de carne com um pingo de molho. Deixa a gente com fome. Mas come-se com cara de chique. Garanto: feijoada de bar costuma ser ótima. Sim, daquele barzinho da esquina. Na cozinha, há alguém que faz a mesma feijoada todos os sábados há uns 15 anos. Não vai fazer bem? [...] Um grande amigo ama pastel de ovo frito, que só existe no mercadão de Marília, [...]. Como fui criado lá e ele nasceu na mesma cidade, até hoje, quando vamos, devoramos essa bomba calórica. [...] Já publiquei várias fotos no meu Instagram comendo coxinha de beira de estrada. Sou maluco por coxinhas. [...] Só perdem para os sanduíches tradicionais. [...] Outro dia, perguntei em um posto no trajeto Rio-São Paulo: qual é o mais vendido? – Americano – respondeu o chapeiro. [...] Pelo país afora, há pratos que despertam o mesmo prazer e idêntico peso de consciência. O acarajé fritinho na hora da Bahia. O tacacá em Belém, no Pará, com jambu, tucupi e camarão seco. Talvez seja essa a maravilhosa culinária brasileira, [...]. Alguns chefs como Alex Atala se interessam por ela. Mas ainda é na rua, baratinha, que se encontra a boa comida tranqueira. [...] Comida tranqueira é gourmet. CARRASCO, Walcyr. Disponível em: <http://walcyrcarrasco.com.br/2016/09/09/comida-tranqueira-descubra- a-sua/>. Acesso em: 5 maio 2017. Fragmento. De acordo com o narrador desse texto, o sanduíche de mortadela elogiado pelo chef americano é encontrado A) em Belém. B) em Marília. C) na Bahia. D) no Mercadão de São Paulo. E) no trajeto Rio-São Paulo. ------------------------------------------------------------------ (SAEPE). Leia o texto abaixo. SOUSA, Maurício de. Cascão. Rio de Janeiro: Panini Comics, nov. 2010, n. 47. O menino afirma que o dia está ruim, porque ele A) encontrou um garoto agasalhado. B) está sem a companhia dos amigos. C) ficou assustado com os amigos e saiu correndo. D) gostaria de ter uma piscina. E) tem aversão à água e está fazendo calor. ------------------------------------------------------------------ (SAEPE). Leia o texto abaixo. Museu em Recife é eleito o melhor da América Latina O Brasil tem dois museus entre os 25 melhores do mundo, de acordo com o ranking Travelers’ Choice Museums 2014 [...]. O Instituto Ricardo Brennand, de Recife, ficou em 17º lugar, duas casas à frente do Louvre, de Paris. Já o Inhotim, de Brumadinho (Minas Gerais), conquistou a 23º posição. No primeiro lugar da seleção mundial, está o Art Institute of Chicago, dos Estados Unidos, fundado em 1879, hoje com quase 300 mil obras. O ranking foi elaborado com base nas avaliações feitas pelos mais de 280 milhões de usuários do site a respeito dos 509 museus classificados. Para chegar à lista final, foi usado um algoritmo que relacionou o número e a qualidade de avaliações feitas durante um ano. A versão da América do Sul do ranking teve participação massiva dos museus brasileiros, com 12 representantes em 25. [...]. Disponível em: <http://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,brasil-tem-dois-museus- entre-os-25-melhores-do-mundo-veja-ranking,1560750>. Acesso em: 10 nov. 2015. De acordo com esse texto, onde está localizado o melhor museu do mundo eleito em 2014? A) Brumadinho. B) Estados Unidos. Exercício com Descritores – Prof. Marcos Caetano- 2020 D1 - Localizar informações explícitas em um texto. 8 C) Paris. D) Recife. E) São Paulo. ------------------------------------------------------------------ (SPAECE). Leia o texto abaixo. Agência espacial capta ‘canto’ de cometa Música, inaudível para o ouvido humano, está intrigando cientistas; internautas sugerem que barulho seja de um ET. O “canto” do cometa 67P/Churyumov- Gerasimenko, divulgado pela Agência Espacial Europeia na internet, virou um mistério para cientistas e internautas. Na quarta-feira (12), em um feito inédito, um robô do tamanho de uma máquina de lavar roupas, a sonda Philea, conseguiu pousar no cometa. A análise da composição da superfície do corpo celeste pode oferecer novas pistas sobre a formação do Sistema Solar e da vida na Terra. A música – como os próprios pesquisadores se referiram a ela – foi captada pela nave espacial Rosetta e é inaudível para o ouvido humano. Para que pudesse ser ouvida, seu volume teve que ser aumentado cerca de 10 mil vezes. “Isso é emocionante porque é completamente novo para nós. Não esperávamos isso e ainda estamos tentando entender a física do que está acontecendo”, disse Karl-Heinz Glaßmeier, chefe de departamento de Física Espacial na Technische Universität Braunschweig, da Alemanha, ao blog RESA Rosetta. Segundo o blog, o barulho provavelmente é produzido pela atividade do cometa, que libera partículas neutras para o espaço, onde elas colidemcom as partículas de alta energia. No entanto, “o mecanismo físico exato por trás das oscilações permanece um mistério”, diz o blog. Já a explicação dos internautas foi mais criativa. No SoundCloud, rede de compartilhamento de áudio onde o som foi postado, muitos levantaram a hipótese de que o barulho fosse de um ET. “Talvez seja o som de um alienígena gritando ‘me ajudem, estou preso dentro de um cometa’”, comentou Alan Hayward. “Isso é maravilhoso. Seria arrogante pensar que estamos sozinhos no universo. Não estou dizendo que são aliens, mas estou realmente ansioso para descobrir o que está fazendo esse som...”, escreveu Ronnie Wonders. [...] Disponível em: <http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/11/agencia- espacial-capta-canto-de-cometa.html>. Acesso em: 13 nov. 2014. Fragmento. De acordo com esse texto, o canto do cometa A) é o som de um extraterrestre tentando se comunicar. B) foi completamente decifrado pelos seus estudiosos. C) não pode ser ouvido normalmente pelo ser humano. D) não pode ser divulgado pela agência espacial. E) trouxe informações valiosas sobre a vida extraterrestre. ------------------------------------------------------------------ (SPAECE). Leia o texto abaixo. Eduardo e Mônica Quem um dia irá dizer que existe razão Nas coisas feitas pelo coração? E quem irá dizer Que não existe razão? [...] Eduardo e Mônica um dia se encontraram sem querer E conversaram muito mesmo pra tentar se conhecer Foi um carinha do cursinho do Eduardo que disse – Tem uma festa legal e a gente quer se divertir Festa estranha, com gente esquisita [...] E a Mônica riu e quis saber um pouco mais Sobre o boyzinho que tentava impressionar [...] Eduardo e Mônica trocaram telefone Depois telefonaram e decidiram se encontrar O Eduardo sugeriu uma lanchonete Mas a Mônica queria ver o filme do Godard Se encontraram então no parque da cidade A Mônica de moto e o Eduardo de camelo O Eduardo achou estranho e melhor não comentar Mas a menina tinha tinta no cabelo Eduardo e Mônica eram nada parecidos Ela era de Leão e ele tinha dezesseis Ela fazia Medicina e falava alemão E ele ainda nas aulinhas de inglês [...] E, mesmo com tudo diferente Veio mesmo, de repente Uma vontade de se ver E os dois se encontravam todo dia E a vontade crescia Como tinha de ser [...] RUSSO, Renato. Eduardo e Mônica. In: LEGIÃO URBANA.Dois. Rio de Janeiro: EMI, 1986. Faixa 4. Disponível em: <https://www.vagalume. com.br/legiao- urbana/eduardo-e-monica.html>. Acesso em: 11 nov. 2015. Esse texto demonstra que Eduardo e Mônica A) formavam um casal incomum. B) pretendiam conhecer pessoas novas. Exercício com Descritores – Prof. Marcos Caetano- 2020 D1 - Localizar informações explícitas em um texto. 9 C) queriam contrariar um ao outro. D) tentavam esquecer um amor fracassado. E) tinham preocupação com a beleza. ------------------------------------------------------------------ (SPAECE). Leia o texto abaixo. Disponível em: <www.menininomaluquinho.com.br>. Acesso em: 17 maio 2013. Nesse texto, o menino A) deixou a mãe triste. B) fez raiva no médico. C) finge estar doente. D) tem medo de injeção. E) vai morrer de sarampo. ------------------------------------------------------------------ (SAERO). Leia o texto abaixo e responda. Feijões ou problemas? Reza a lenda que um monge, próximo de se aposentar, precisava encontrar um sucessor. Entre seus discípulos, dois já haviam dado mostras de que eram os mais aptos, mas apenas um o poderia. Para sanar as dúvidas, o mestre lançou um desafio, para por a sabedoria dos dois à prova: ambos receberiam alguns grãos de feijão, que deveriam colocar dentro dos sapatos, para então empreender a subida de uma grande montanha. Dia e hora marcado, começa a prova. Nos primeiros quilômetros, um dos discípulos começou a mancar. No meio da subida, parou e tirou os sapatos. As bolhas em seus pés já sangravam, causando imensa dor. Ficou para trás, observando seu oponente sumir de vista. Prova encerrada, todos de volta ao pé da montanha, para ouvir do monge o óbvio anúncio. Após o festejo, o derrotado aproxima-se do vencedor e pergunta como é que ele havia conseguido subir e descer com os feijões nos sapatos: – Antes de colocá-los no sapato, eu os cozinhei. Carregando feijões, ou problemas, há sempre um jeito mais fácil de levar a vida. Problemas são inevitáveis. Já a duração do sofrimento, é você quem determina. Disponível em: <http://www.metaforas.com.br/>. Acesso em: 13 mar. 2011. Nesse texto, o discípulo que venceu a prova A) colocou o feijão em um sapato. B) cozinhou o feijão. C) desceu a montanha correndo. D) sumiu da vista do oponente. E) tirou seu sapato. ------------------------------------------------------------------ (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. Nunca é tarde, sempre é tarde Conseguiu aprontar-se, mas não teve tempo de guardar o material de maquiagem espalhado sobre a penteadeira. Olhou-se no espelho. Nem bonita, nem feia. Secretária. Sou uma secretária, pensou, procurando conscientizar-se. Não devo ser, no trabalho, nem bonita, nem feia. Devo me pintar, vestir-me bem, mas sem exagero. Beleza mesmo é pra fim de semana. Nem bonita, nem feia, disse consigo mesma. Concluiu que não havia tempo nem para o café. Cruzou a sala e o hall em disparada, na direção da porta da saída, ao mesmo tempo em que gritava para a mãe envolvida pelos vapores da cozinha, eu como alguma coisa lá mesmo. Sempre tem alguma bolachinha disponível. Café nunca falta. A mãe reclamou mais uma vez. Você acaba doente, Su. Assim não pode. Assim não. Su, enlouquecida pela pressa, nada ouviu. Poucas vezes ouvia o que a mãe lhe dizia. Louca de pressa, ia sair, avançou a mão para a maçaneta da porta e assustou-se. A campainha tocou naquele exato momento. Quem haveria de ser àquela hora? A campainha era insistente. Algum dedo nervoso apertava-a sem tréguas. A campainha. Su acordou finalmente com o tilintar vibrante do despertador Westclox e se deu conta de que sequer havia levantado. Raios. Tudo por fazer. Mesmo que acordasse em tempo, tinha sempre que correr, correr. [...] FIORANI, Silvio. In: LADEIRA, Julieta de Godoy (Org). Contos brasileiros contemporâneos. São Paulo: Moderna: 1994, p. 79. Fragmento. A personagem se assustou devido A) à percepção de que sequer havia levantado. B) à possibilidade de ficar muito doente. C) à reclamação da mãe. Exercício com Descritores – Prof. Marcos Caetano- 2020 D1 - Localizar informações explícitas em um texto. 10 D) ao atraso para o trabalho. E) ao toque da campainha. ------------------------------------------------------------------ (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. O torcedor No jogo de decisão do campeonato, Eváglio torceu pelo Atlético Mineiro, não porque fosse atleticano ou mineiro, mas porque receava o carnaval nas ruas se o Flamengo vencesse. Visitava um amigo em bairro distante, nenhum dos dois tem carro, e ele previa que a volta seria problema. O Flamengo triunfou, e Eváglio deixou de ser atleticano para detestar todos os clubes de futebol, que perturbam a vida urbana com suas vitórias. Saindo em busca de táxi inexistente, acabou se metendo num ônibus em que não cabia mais ninguém, e havia duas bandeiras rubro-negras para cada passageiro. E não eram bandeiras pequenas nem torcedores exaustos: estes pareciam terem guardado a capacidade de grito para depois da vitória. Eváglio sentiu-se dentro do Maracanã, até mesmo dentro da bola chutada por 44 pés. A bola era ele, embora ninguém reparasse naquela esfera humana que ansiava por tornar a ser gente a caminho de casa. Lembrando-se de que torcera pelo vencido, teve medo, para não dizer terror. Se lessem em seu íntimo o segredo, estava perdido. Mas todos cantavam, sambavamcom alegria tão pura que ele próprio começou a sentir um pouco de Flamengo dentro de si. Era o canto? Eram braços e pernas falando além da boca? A emanação de entusiasmo o contagiava e transformava. Marcou com a cabeça o acompanhamento da música. Abriu os lábios, simulando cantar. Cantou. [...] Estava batizado, crismado e ungido: uma vez Flamengo, sempre Flamengo. O pessoal desceu na Gávea, empurrando Eváglio para descer também e continuar a festa, mas Eváglio mora em Ipanema, e já com o pé no estribo se lembrou. Loucura continuar Flamengo [...] Segurou firme na porta, gritou: “Eu volto, gente! Vou só trocar de roupa” e, não se sabe como, chegou intacto ao lar, já sem compromisso clubista. ANDRADE, Carlos Drummond de. Disponível em: <http://flamengoeternamente.blogspot.com/2007/04/o-torcedor-carlos- drummond-de-andrade. html>. Acesso em: 13 jan. 2011. Fragmento. De acordo com esse texto, Eváglio torceu contra o Flamengo, porque A) achava os flamenguistas perturbadores. B) detestava os clubes de futebol. C) era torcedor do Atlético Mineiro. D) estava na casa de um amigo mineiro. E) receava o carnaval nas ruas. ------------------------------------------------------------------ (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. Em harmonia com a natureza Todas as manhãs, Laila Soares, 17, entra na internet para ver qual é a lição de casa do dia. De dentro de sua casa no interior de Goiás, feita de barro, areia e palha, ela se comunica com seus professores na Austrália e discute com outros alunos os tópicos do fórum da semana. Além das aulas convencionais, como biologia e matemática, ela estuda mitologia e a condição da mulher na sociedade. À tarde, se dedica a tocar violão, pintar ou cuidar das plantas. Duas vezes por semana, ela visita escolas onde dá aula para alunos e professores com o intuito de promover a sustentabilidade. Sustentabilidade significa gastar menos do que a natureza consegue repor. Este é o conceito por trás das ecovilas, comunidades nas quais as ações sustentáveis vão muito além da reciclagem do lixo. Ela mora no Ecocentro Ipec (Instituto de Permacultura e Ecovilas do Cerrado), uma ecovila a três quilômetros de Pirenópolis criada há dez anos por seu pai, brasileiro, e sua mãe, australiana. Atualmente, há cerca de 20 pessoas morando no local. Mas na época dos cursos o número de residentes pode subir para 150. “Recebemos gente do mundo inteiro. Estou sempre conhecendo culturas novas e fazendo novos amigos.” Mas não é só no ecocentro que Laila expande seus horizontes. Frequentemente, acompanha os pais em trabalhos ao redor do mundo. “Por isso optamos pela escola a distância”, explica. “Assim, posso viajar e continuar estudando.” Disponível em: <http://profhelena4e5ano.blogspot.com.br/search?updated-min=2011-01- 01T00:00:00-03:00&updated-max=2012-01- 01T00:00:00-03:00&max-results=50>. Acesso em: 20 abr. 2012. De acordo com esse texto, Laila estuda em uma escola a distância porque A) é filha de pai brasileiro e mãe australiana. B) expande seus horizontes nos ecocentros. C) mora a três quilômetros de Pirenópolis. D) precisa promover a sustentabilidade nas escolas. E) viaja ao redor do mundo acompanhando os pais. ------------------------------------------------------------------ (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. Descoberta novas espécies de hominídeos que conviveram com ‘Homo erectus’ há 1,7 milhão de anos Exercício com Descritores – Prof. Marcos Caetano- 2020 D1 - Localizar informações explícitas em um texto. 11 Três fósseis encontrados na África desvendam um mistério de quarenta anos e permite aos especialistas conhecer melhor a base da evolução humana Três novos fósseis descobertos na fronteira entre o Quênia e a Etiópia, na África, confirmam que duas espécies de hominídeos viveram ao lado do Homo erectus há dois milhões de anos. Até então se sabia com certeza apenas da existência de uma segunda espécie que habitou a Terra na época – o terceiro Homo era uma incógnita. O estudo foi publicado na revista Nature. Os fósseis – um rosto e alguns dentes de um menino com cerca de oito anos, uma mandíbula inferior completa com dentes e raízes e parte de outra mandíbula inferior de um adulto, incompleta, também com dentes e raízes – foram encontrados entre 2007 e 2009 no leste do lago Turkana e pertenceram a hominídeos que viveram entre 1,78 milhões e 1,95 milhões de anos atrás. A descoberta permitiu aos paleontólogos “juntar” as peças de um quebra-cabeça que, há quarenta anos, os intrigava: o fóssil, chamado de KNM- ER 1470 (ou só 1470), descoberto em 1972, seria ou não uma nova espécie de Homo? Ele tinha um rosto muito maior que outros fósseis encontrados na região, o que tornava difícil compará-lo com outras espécies. Por não se ter a arcada dentária desses fósseis, as análises não eram conclusivas. Parte dos especialistas defendia que se tratava de uma dismorfia de uma única espécie, outra parte que se tratava de algo completamente novo. É aqui que os novos fósseis entram e se encaixam na história do 1470: as novas evidências comprovam que não se tratava de uma alteração pontual na forma, mas de um tipo diferente de Homo. O fóssil do rosto recentemente encontrado é semelhante ao do 1470. Ele tem uma morfologia desconhecida até então, incluindo o tamanho da face e dos dentes pós-caninos. Foi chamado de KNM-ER 62 000. A mandíbula completa, chamada de KNM-ER 60 000, e o fragmento de mandíbula, KNM-ER 62 003, têm uma arcada dentária mais curta e incisivos pequenos, o que encaixa na morfologia do 1470 e do rosto 62 000. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/descoberta-novas- especies-de-hominideos-que-conviveram-com-homo-erectus-ha-1-7- milhao-de-anos>. Acesso em: 14 ago. 2012. De acordo com esse texto, era difícil comparar o fóssil descoberto em 1972 com o de outras espécies, porque A) a arcada dentária era desconhecida. B) as análises eram inconclusivas. C) era algo totalmente novo. D) era uma dismorfia da espécie. E) o tamanho do rosto era maior. ------------------------------------------------------------------ (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. Sopão nas ruas Doar comida nas ruas da cidade não é legal. A Vigilância Sanitária não permite a distribuição de alimentos nas vias públicas sem um laudo. Portanto, as pessoas não podem fazer isso, ainda que de maneira voluntária. Também precisam entender que essa forma de voluntarismo prejudica as ONGs conveniadas com a prefeitura, que oferecem serviços de alimentação em locais adequados, limpos e seguros, assim como o trabalho dos 125 agentes de proteção social que circulam todos os dias pela cidade tentando convencer, sempre de maneira respeitosa, os que moram nas ruas a fazer uso dos 37 albergues e 9 abrigos que existem hoje na capital, funcionando 24 horas e atendendo mais de 8 mil pessoas. A distribuição de comida incentiva a permanência das pessoas nas ruas, comprometendo em muito o acolhimento, a proteção e a reinserção social e familiar desses cidadãos mais vulneráveis. O polêmico gesto resulta, ainda, em centenas de reclamações de moradores e comerciantes acerca da sujeira espalhada nas calçadas da cidade, contribuindo para a proliferação de ratos, com restos de alimentos, pratos e copos descartáveis e garrafas de pet usadas. As organizações sociais que querem realmente ajudar devem nos procurar para que possamos, juntos, organizar uma distribuição de alimentos dentro de equipamentos próprios, de forma digna e humana. A Associação Evangélica Brasileira ou a ONG Rede Rua, por exemplo, mantêm o restaurante Porto Seguro, na América, e o Penaforte Mendes, na Bela Vista, que servem refeições gratuitas aos moradores de ruas. Por que não doar alimentos a esses locais? Vamos trabalhar em rede, com sinergia e em parceria? Floriano Pesaro, Secretário Municipal de Desenvolvimento e AssistênciaSocial. Disponível em: <http://www.florianopesaro.com.br/imprensa/230506JornaldaTarde.jpg>. Acesso em: 4 mar. 2012. De acordo com esse texto, a doação de comida nas ruas é ilegal porque A) contribui para a proliferação de ratos nas ruas. B) é necessário ter um laudo da Vigilância Sanitária. C) gera reclamações de comerciantes e moradores. D) incentiva as pessoas a continuarem morando nas ruas. E) prejudica as ONGs que servem alimentos adequados. ------------------------------------------------------------------ Exercício com Descritores – Prof. Marcos Caetano- 2020 D1 - Localizar informações explícitas em um texto. 12 (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. Estudo simulará aquecimento amazônico e suas consequências Para descobrir como animais e plantas vão se virar diante do desafio do aquecimento global, cientistas do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) vão recriar artificialmente o ambiente aquático amazônico num clima mais quente. A ideia é ter cenários baseados em três projeções do IPCC (painel do clima da ONU) para 2100, da mais branda à mais catastrófica. O projeto, diz seu coordenador, Adalberto Val, diretor do Inpa, é inédito no mundo. “Muitos pesquisadores olham para os animais terrestres quando fazem projeções, mas se esquecem da vida aquática”, afirma o biólogo. No caso da Amazônia, há mais de 3.000 espécies de peixes conhecidas – boa parte delas endêmica (ou seja, só existem naquela região). O impacto do aquecimento sobre a vida aquática começa fora d’água. Com a redução das árvores em volta dos rios (elas podem morrer com o clima mais quente), a radiação solar que atinge o ambiente aquático aumenta. Além disso, os bichos tendem a nadar mais superficialmente para respirar diante da redução de oxigênio nas águas, que têm aumento de carbono e ficam mais ácidas com o aquecimento global. Mais expostos à luz solar, os peixes correm mais risco de sofrer mutações por causa da radiação, e isso pode prejudicar sua saúde. [...]. A hipótese dos cientistas é que os truques para sobreviver ao aquecimento estão no DNA dos animais desde o período Jurássico, há cerca de 200 milhões de anos, quando o clima era mais quente. Val também lembrou que, diante de condições climáticas adversas, os peixes tendem a migrar para outros ambientes. Em geral, os que ficam nas condições mais quentes tendem a ser os peixes ósseos. Os cartilaginosos (como as arraias) procuram outras águas, menos tépidas. Isso traz desequilíbrios ambientais, como disputa acirrada por alimentos. RIGUETTI, Sabine. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/943422-estudo-simulara- aquecimento-amazonico-e-suasconsequencias. shtml>. Acesso em: 24 ago. 2011. Fragmento. De acordo com Adalberto Val, a tendência à migração de peixes para outros ambientes ocorre por causa A) da disputa acirrada por alimentos. B) da grande quantidade de espécies. C) da redução de oxigênio na água. D) de condições adversas do clima. E) de mutações genéticas sofridas. ------------------------------------------------------------------ (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. Vivendo e aprendendo A manutenção da atividade mental no processo de envelhecimento é tão importante que um dos 10 Mandamentos da Aposentadoria Feliz é “Seja um eterno aprendiz: língua estrangeira, instrumento musical, pintura, etc”. Quando nascemos temos aproximadamente 100 bilhões de neurônios, mas muitos morrem ao longo da vida. Um dos fatores que acelera a morte das células nervosas é a falta de uso. Para continuar vivo, o neurônio precisa ser estimulado, o que acontece quando aprendemos coisas novas. [...] Outro Mandamento da Aposentadoria Feliz é “Curta a natureza e conheça novos lugares, começando pelos mais próximos”. O contato com o meio ambiente natural e com a área rural tem um efeito positivo na saúde mental. [...] Aliar educação, cultura e preservação ambiental com turismo é essencial à qualidade de vida, em todas as idades. COSTA, José Luiz Riani. Disponível em: < http://jornalcidade.uol.com.br/rioclaro/Colaboradores/colaboradores/944 39-Vivendo-e-aprendendopor- Jose-Luiz-Riani-Costa>. Acesso em: 8 out. 2012. (P110044E4_SUP) De acordo com esse texto, as células nervosas morrem mais rapidamente quando A) aprendemos coisas novas. B) entram em contato com o ambiente. C) inicia o processo de envelhecimento. D) precisam ser estimuladas. E) são pouco usadas. ------------------------------------------------------------------ (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. A importância da leitura como identidade social [...] Um dos nossos objetivos é incentivar a leitura de textos escritos, não apenas daqueles legitimados pelos acadêmicos como “boa leitura”, mas os escolhidos livremente. Pela análise dos números da última Bienal do Livro realizada em São Paulo, constata-se que “ler não é problema”, pois, segundo o Correio Braziliense de 25 de agosto de 2010, cerca de 740 mil pessoas visitaram os stands que apresentaram mais de 2.200.000 títulos. Mas, perguntamo-nos: os livros expostos e os leitores que lá compareceram se encaixam em qual tipo de leitor? Podemos afirmar que todos os livros foram escritos para um leitor ideal, reflexivo, que dialogará com os textos? Muitos livros vendidos na Bienal têm como foco a primeira e a segunda visão de leitura, seus autores enxergam o texto como um fim em si mesmo, Exercício com Descritores – Prof. Marcos Caetano- 2020 D1 - Localizar informações explícitas em um texto. 13 apresentando ideias prontas, ou primando pelo seu trabalho como um objeto de arte, em que o domínio da língua é a base para a leitura. Assim, cabe-nos refletir inicialmente sobre como transformar um leitor comum em leitor ideal, um cidadão pleno em relação a sua identidade. A construção da identidade social é um fenômeno que se produz em referência aos outros, a aceitabilidade que temos e a credibilidade que conquistamos por meio da negociação direta com as pessoas. A leitura é a ferramenta que assegurará não apenas a constituição da identidade, como também tornará esse processo contínuo. Para tornar isso factível podemos, como educadores, adotar estratégias de incentivo, apoiando- nos em textos como as tirinhas e as histórias em quadrinhos, até chegar a leituras mais complexas, como um romance de Saramago, Machado de Assis ou textos científicos. Construir em sala de aula relações intertextuais entre gêneros e autores também é uma estratégia válida. A família também tem papel importante no incentivo à leitura, mas como incentivar filhos a ler, se os pais não são leitores? Cabe à família não apenas tornar a leitura acessível, mas pensar no ato de ler como um processo. Discutimos à mesa questões políticas, a trama da novela, por que não trazermos para nosso cotidiano discussões sobre os livros que lemos? KOCH, Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Disponível em: <http://linguaportuguesa.uol.com.br/linguaportuguesa/gramatica- ortografia/32/ artigo235676-1.asp>. Acesso em: 13 nov. 2011. Fragmento. De acordo com esse texto, uma das características do leitor ideal é A) conhecer as obras acadêmicas. B) dialogar com todos os tipos de texto. C) dominar o objeto da leitura, a língua. D) enxergar o texto com um fim em si mesmo. E) visitar a Bienal do Livro em São Paulo. ------------------------------------------------------------------ (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. Texto Entregue elevador da prefeitura O prefeito de Nova Odessa e autoridades inauguraram hoje o elevador panorâmico para PNEs (Portadores de Necessidades Especiais), idosos, gestantes e pessoas com dificuldades de locomoção. Em seguida, cadeirantes usaram o elevador para conhecer o piso superior do prédio público. [...] O novo elevador tem capacidade de carga de 215 quilos, ou duas pessoas. A cabine tem 1,30 por 0,90 metro, portadeslizante automática de quatro folhas (abertura central), com 90 centímetros de largura, além de piso revestido por borracha sintética e botões em braile. “Estamos realizando uma inauguração simples, mas que tem um grande significado, principalmente para os usuários do novo elevador. Acessibilidade é algo sério e nós, como servidores públicos, temos que estar atentos às obras necessárias. Com este elevador, poderemos cobrar que qualquer prédio, seja comercial ou residencial, com mais de um andar, tenha um elevador, para garantir o acesso de todos.”, disse Samartin. “Ter um elevador no Paço Municipal não é uma conquista apenas para os deficientes físicos, e sim para todos que têm dificuldades de locomoção. Só nós sabemos as dificuldades que encontramos. As pessoas que andam, veem um elevador e o acham algo normal, não sabem a dificuldade que as barreiras arquitetônicas nos impõem. Para nós, um degrau com alguns centímetros já é considerado uma barreira”, disse o presidente da APNEN (Associação dos Portadores de Necessidades Especiais de Nova Odessa). [...] Disponível em: <http://www.walterbartels.com/print_noticia.asp?id=8239>. Acesso em: 16 mar. 2012. Fragmento. De acordo com o Texto, o elevador inaugurado representa uma conquista para A) o prefeito de Nova Odessa. B) o presidente da APNEN. C) os moradores da cidade. D) os que têm dificuldades de locomoção. E) os servidores públicos municipais. ------------------------------------------------------------------ (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. A melhor amiga do homem Diogo Schelp Devemos muito à vaca. Mas há quem a veja como inimiga. A vaca, aqui referida como a parte pelo todo bovino, é acusada de contribuir para a degradação do ambiente e para o aquecimento global. Cientistas atribuem ao 1,4 bilhão de cabeças de gado existentes no mundo quase metade das emissões de metano, um dos gases causadores do efeito estufa. Acusam-se as chifrudas de beber água demais e ocupar um espaço precioso para a agricultura. O truísmo inconveniente é que homem e vaca são unha e carne. [...] Imaginar o mundo sem vacas é como desejar um planeta livre dos homens – uma ideia, aliás, vista com simpatia por ambientalistas menos esperançosos quanto à nossa espécie. “Alterar radicalmente o papel dos bovinos no nosso cotidiano, subtraindo-lhes a importância econômica, pode levá-los à extinção e colocar em jogo um recurso que está na base da construção da humanidade e, por que não, de seu Exercício com Descritores – Prof. Marcos Caetano- 2020 D1 - Localizar informações explícitas em um texto. 14 futuro”, diz o veterinário José Fernando Garcia, da Universidade Estadual Paulista em Araçatuba. [...] A vaca tem um papel econômico crucial até onde é considerada animal sagrado. Na Índia, metade da energia doméstica vem da queima de esterco. O líder indiano Mahatma Gandhi (1869-1948), que, como todo hindu, não comia carne bovina, escreveu: “A mãe vaca, depois de morta, é tão útil quanto viva”. Nos Estados Unidos, as bases da superpotência foram estabelecidas quando a conquista do Oeste foi dada por encerrada, em 1890, fazendo surgir nas Grandes Planícies americanas o maior rebanho bovino do mundo de então. “Esse estoque permitiu que a carne se tornasse, no século seguinte, uma fonte de proteína para as massas, principalmente na forma de hambúrguer”, escreveu Florian Werner. [...] Comer um bom bife é uma aspiração natural e cultural. Ou seja, nem que a vaca tussa a humanidade deixará de ser onívora. Revista Veja. p. 90-91, 17 jun. 2009. Fragmento. De acordo com o autor desse texto, A) a agricultura é mais preciosa do que a pecuária. B) a dependência entre o homem e a vaca é real. C) a importância econômica da vaca é unanimidade. D) o ser humano gosta de comer um bom bife. E) os EUA hoje possuem o maior rebanho bovino. ------------------------------------------------------------------ (PAEBES). Leia o texto abaixo. As cocadas Eu devia ter nesse tempo dez anos. Era menina prestimosa e trabalhadeira à moda do tempo. Tinha ajudado a fazer aquela cocada. Tinha areado o tacho de cobre e ralado o coco. Acompanhei rente à fornalha todo o serviço, desde a escumação da calda até a apuração do ponto. Vi quando foi batida e estendida na tábua, vi quando cortada em losangos. Saiu uma cocada morena, de ponto brando, atravessada de paus de canela cheirosa. O coco era gordo, carnudo e leitoso, o doce ficou excelente. Minha prima me deu duas cocadas e guardou tudo mais numa terrina grande, funda e de tampa pesada. Botou no alto da prateleira. Duas cocadas só... Eu esperava quatro e comeria de uma assentada oito, dez mesmo. Dias seguidos namorei aquela terrina, inacessível de noite, sonhava com as cocadas. De dia, as cocadas dançavam pequenas piruetas na minha frente. Sempre eu estava por ali perto, ajudando nas quitandas, esperando, aguardando e de olho na terrina. Batia os ovos, segurava a gamela, untava as formas, arrumava nas assadeiras, entregava na boca do forno e socava cascas no pesado almofariz de bronze. Estávamos nessa lida e minha prima precisou de uma vasilha para bater um pão-de-ló. Tudo ocupado. Entrou na copa e desceu a terrina, botou em cima da mesa, deslembrada do seu conteúdo. Levantou a tampa e só fez: Hiii... Apanhou um papel pardo sujo, estendeu no chão, no canto da varanda e despejou de uma vez a terrina. As cocadas moreninhas, de ponto brando, atravessadas aqui e ali de paus de canela e feitas de coco leitoso e carnudo guardadas ainda mornas e esquecidas, tinham se recoberto de uma penugem cinzenta, macia e aveludada de bolor. Aí minha prima chamou o cachorro: Trovador... Trovador... e veio o Trovador, um perdigueiro de meu tio, lerdo, preguiçoso, nutrido e abanando a cauda. Farejou os doces sem interesse e passou a lamber, assim de lado, com o maior pouco caso. Eu olhando com uma vontade louca de avançar nas cocadas. Até hoje, quando me lembro disso, sinto dentro de mim uma revolta – má e dolorida – de não ter enfrentado decidida, resoluta, malcriada e cínica, aqueles adultos negligentes e partilhado das cocadas bolorentas com o cachorro. CORALINA, Cora. O Tesouro da Casa Velha. 3. ed. São Paulo: Global, 2000.p.85-6. De acordo com esse texto, a menina A) botou a terrina em cima da mesa. B) chamou o cachorro para comer as cocadas. C) cortou a cocada em losangos. D) estendeu o papel sujo no chão e despejou a terrina. E) ficou sem coragem para enfrentar os adultos. -------------------------------------------------------------------
Compartilhar