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TCC JEANS FINAL

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
A LOGÍSTICA REVERSA DENTRO DA FABRICAÇÃO DO JEANS
PETER LUIS
DOUGLAS DA SILVA GOMES
Orientador: Professora M.Sc. Renata Mercante Born
Niterói - RJ
2019
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
A LOGÍSTICA REVERSA DENTRO DA FABRICAÇÃO DO JEANS
PETER LUIS
DOUGLAS DA SILVA GOMES
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Estácio de Sá no Campus Niterói como exigência parcial à obtenção do título de Engenheiro de Produção.
Orientadora: Professora M.Sc. Renata Mercante Born.
Niterói - RJ
2019
 SHAPE \* MERGEFORMAT 
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
A LOGÍSTICA REVERSA DENTRO DA FABRICAÇÃO DO JEANS
PETER LUIS
DOUGLAS DA SILVA GOMES
Aprovada em ____/____/_____
BANCA EXAMINADORA
____________________________________________________
Orientadora: Professora Renata Mercante Born, M.Sc.
Universidade Estácio de Sá
____________________________________________________
Professora Vera Lúcia da Cunha Lapa, M.Sc.
Universidade Estácio de Sá
____________________________________________________
Professor Douglas Pinheiro, Esp.
Universidade Estácio de Sá 
CONCEITO FINAL: _________________
Niterói - RJ
2019
AGRADECIMENTOS
Gostaria de agradecer a Deus, pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que em sua infinita sabedoria guia meus caminhos me proporcionando saúde, serenidade e disposição para enfrentar todas as etapas desta árdua caminhada.
Ao meu pai Sérgio Luiz Pereira Dias que com seu amor infinito e apoio incondicional é responsável por minha base pessoal e educacional.
À minha esposa Viviane e filhos Alex e Gabriel por estarem ao meu lado nos momentos mais sombrios e tenebrosos que um pai de família pode passar; sempre com muito apoio, amor e carinho.
Aos meus amigos Ales, Jade, Monique e Silvio que no convívio tornaram suportáveis as horas mais difíceis e mais felizes os momentos de vitória.
Em especial agradeço à minha orientadora, Professora Renata Mercante Born, por não ter desistido de mim quando eu mesmo não mais acreditava que daria certo, todo o seu apoio e sua motivação foram primordiais para que eu pudesse chegar até aqui.
 Peter Luis.
Agradeço meus familiares e amigos, em especial Peter Luis, pelo apoio dado ao longo dessa jornada. 
Douglas da Silva Gomes.
RESUMO
Este trabalho tem o objetivo de explorar o uso de Logística Reversa na área de produção de calças jeans, um produto bastante consumido e que gera resíduos no seu descarte. Nos últimos anos, as grandes corporações vêm fazendo investimentos e planejamentos de Logística Reversa, ou seja, tem dado atenção a toda vida útil do produto após a venda, pois fica notório que assim há uma preocupação com sustentabilidade ambiental e qualidade de vida da sociedade. Com esse avanço tecnológico o Brasil precisa cada vez mais massificar e intensificar a necessidade de ampliar os mais diversos tipos de produção, sempre procurando investir em planejamento e treinamento no que se refere à entrega de um produto ou serviço de maior qualidade, priorizando a Logística Reversa que é gerada através disso. Cada vez mais empresas que achavam que a questão ambiental deveria ser de completa responsabilidade governamental entendem o importante e imprescindível papel que elas têm em preservar e evitar riscos ao meio ambiente. Isso vem ocorrendo devido ao crescimento consciente e coletivo da sociedade. Partindo deste princípio, deu-se a escolha do tema, procurando de uma forma bem realista e sucinta demonstrar que o alcance de melhorias é possível sem que haja uma deterioração do ambiente em que se vive e a Logística Reversa é a escolha respeitosa e inteligente para isso. 
Palavras chave: Tecnologia; Qualidade; Planejamento e Logística Reversa.
ABSTRACT
This work aims to explore the use of Reverse Logistics in the production area of ​​jeans, a widely consumed product that generates waste in its disposal. In recent years, large corporations have been making investments and planning of Reverse Logistics, that is, they have paid attention to the entire useful life of the product after sale, as it is clear that there is a concern with environmental sustainability and quality of life of society. With this technological advance, Brazil needs to increase massify and intensify the need to expand the most diverse types of production, always seeking to invest in planning and training regarding the delivery of a higher quality product or service, prioritizing Reverse Logistics, which is generated by it. More and more companies that felt that the environmental issue should be of complete governmental responsibility understand the important and indispensable role they play in preserving and avoiding environmental hazards. This has been occurring due to the conscious and collective growth of society. Based on this principle, the theme was chosen, seeking in a very realistic and succinct way to demonstrate that achieving improvements is possible without deteriorating the living environment and Reverse Logistics is the respectful and intelligent choice for that.
Keywords: Technology; Quality; Planning and Reverse Logistics.
LISTA DE FIGURAS
25Figura 1 - Relação entre as três atividades primárias da logística
43Figura 2 - Almofadas de jeans
44Figura 3 - Tapetes de jeans
44Figura 4 - Avental de jeans
45Figura 5 - Porta-coisa de jeans
45Figura 6 - Bolsa de jeans
LISTA DE TABELAS
40Tabela 1 - Nível de conhecimento dos Clientes sobre Logística Reversa
41Tabela 2 - Percentual do grau de importância aos projetos socioambientais
41Tabela 3 - Conhecimento de algum projeto socioambiental
42Tabela 4 - Qualidade da divulgação governamental de programas socioambientais
LISTA DE ABREVIATURAS
CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente 
CSI – Cadeia de Suprimentos Integral
CSN – Cadeia de Suprimentos Normal
LD – Logística Direta
LE – Logística Empresarial
LI – Logística Integrada
LR – Logística Reversa
PNRS – Política Nacional de Resíduos Sólidos
SCM – Supply Chain Management (Gestão de Cadeia de Abastecimento)
SUMÁRIO
161
INTRODUÇÃO
182
OBJETIVOS
182.1
Objetivo geral
182.2
Objetivos específicos
182.3
Problemática da pesquisa
193
Justificativa
204
conceito teórico
204.1
O jeans: sua origem e evolução
224.2
Logística
244.3
Transporte ou Logística?
254.4
Logística Reversa
284.4.1
A importância da Logística Reversa
324.5
Atividades presentes na Logística Reversa
334.5.1
Motivos para o uso da Logística Reversa
344.6
Logística Reversa: preocupação ambiental ou lei?
354.7
A Logística Reversa e seus Custos
364.8
A Economia como um objetivo
364.9
Brasil x Logística Reversa
385
METODOLOGIA
385.1
Empresa Renner
395.1.1
Sede sustentável
406
resultados das entrevistas
437
LOGÍSTICA REVERSA DO JEANS
437.1
Almofadas de jeans
437.2
Tapetes de jeans
447.3
Aventais de jeans
447.4
Porta-coisa de jeans
457.5
Bolsa de jeans
468
Conclusão
489
Bibliografia
1 INTRODUÇÃO
Nos últimos tempos percebe-se o crescimento tecnológico em todos os sentidos inclusive na moda, que vem se transformando ao longo dos anos, tendo em vista que a cada dia surgem novidades, tanto na estética quanto na tecnologia e mercadologia. Sabe-se que hoje em dia a relação da calça jeans com a cultura jovem tem uma grande relevância, sendo considerado um fenômeno no mundo da moda que vem ganhando destaque ao longo de décadas e sempre mantendo a contemporaneidade demonstrando um comportamento expressivo com boas particularidades.
Como afirma (RECH 2001, p.29) mudanças sociológicas, psicológicas e estéticas intrínsecas à arquitetura, artes visuais, música, religião, política, literatura, vestuário, entre outras compõem a moda.
O mundo da moda é composto por diversos segmentos, tendo o jeans recebido ampla evidência pelo consumidor, tornando-se um item simples de trabalho e um grande símbolo de comportamento. Uma peça passível de transformações e adaptações como, por exemplo, o tipo de tecido e ao mesmo tempo não perdendo sua autenticidade e neutralidade.
O vestuário jeans tem mostrado muitapersonalidade no seu papel em meio à sociedade, sobressaindo-se como um elemento transcendente à cultura e à moda, visto como a identidade social da individualidade em suas formas.
Segundo (ABIT, 2013) esse segmento vem crescendo e se destacando. De acordo uma pesquisa realizada pela empresa INVISTA, 46% dos brasileiros usam jeans diariamente, sendo a calça jeans o produto adquirido com mais frequência por cerca de 85% dos participantes da pesquisa.
Devido ao grande crescimento e destaque do uso do jeans, inúmeras exigências empresariais e consumidoras surgem, além da criação de leis como a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). Dessa forma, as empresas são obrigadas a se responsabilizar totalmente pelo lixo que é gerado após a fabricação e comercialização de seus produtos, tendo em vista a preservação ambiental. 
Trazendo um significado muito forte, a expressão “Logística Reversa” representa todas as etapas de um ciclo de vida de um determinado produto e todo o sistema de reaproveitamento de materiais já acabados e comercializados.
Com a falta de controle informatizado sobre o ciclo de vida de um produto, a grande maioria das empresas acaba por se responsabilizar em criar seus próprios sistemas de reciclagem, ou então, acabam destinando essa atribuição às empresas terceirizadas. No entanto, muitas corporações não acreditam que a Logística Reversa e o reaproveitamento dos materiais comercializados podem gerar maiores lucros, ou seja, decidem não usar esta ferramenta. 
São demonstrados neste trabalho tópicos de grande importância e relevância na implantação da Logística Reversa, como por exemplo: logística ou transporte; atuações e suas atividades presentes; causas e motivos; a integração nas empresas; a preocupação ambiental; seus custos e uma relevante economia gerada. 
Existem empresas que são especificamente destinadas à coleta de produtos após o seu ciclo de vida útil, como por exemplo: coleta de pilhas e baterias; material hospitalar; pneus; plástico e até mesmo jeans. Para que haja o reaproveitamento do jeans algumas empresas recolhem as aparas e os retalhos para fabricação de cobertores e enchimentos de almofadas.
Segundo (LIPOVETSKY, G, 1989, P.29) não existe sistema de modas senão quando o gosto pelas novidades se torna um princípio constante e regular. “A procura estética é exterior ao estilo de cada época, não ordena novas estruturas nem formas do traje, funciona com o simples complemento decorativo, adorno periférico” (LIPOVETSKY, apud CATOIRA, 2006, p.25).
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo geral
Apresentar no decorrer dessa pesquisa que a Logística Reversa pode ser muito influente diretamente em resultados de uma organização e como é primordial e de relevante importância que se tenha consciência dessa ferramenta.
2.2 Objetivos específicos
Apresentar a economia considerável que uma empresa pode ter quando a Logística Reversa for implantada. Demonstrar que a partir de um planejamento estratégico bem desenvolvido e com grande estrutura uma empresa pode obter bons resultados, garantindo então sustentabilidade em tempos de acirrada concorrência.
2.3 Problemática da pesquisa
O descarte final de um produto após a sua comercialização sempre foi um problema para o meio ambiente. No entanto, as empresas e consumidores ainda não consideram este fator como primordial no momento da compra ou até mesmo durante o uso desse produto. Felizmente, esse pensamento vem apresentando mudanças, tendo em vista o surgimento de leis que exigem o correto descarte final do produto. 
Tendo como base reflexiva, deseja-se discutir quais providências que as organizações têm tomado de forma a trazer solução para a falta de sistemas informatizados de Logística Reversa.
3 Justificativa
Um importante papel no Planejamento Estratégico é desempenhado pela Logística Reversa, que também pode ser utilizada como marketing nas empresas. As organizações que utilizam um bom sistema logístico conseguem, ao longo do tempo, uma relevante vantagem competitiva. Tendo a ampliação do serviço ao cliente como uma grande contribuição, além do alcance das exigências e expectativas no mercado. A implementação de uma Logística Reversa é uma questão de tempo, sendo assim, aquelas que interagem com maior eficiência e velocidade obtêm vantagens competitivas sobre aquelas que levam mais tempo para fazer um gerenciamento de um fluxo reverso. Essas vantagens podem resultar em uma redução de custos e melhor serviço ao consumidor. 
Portanto, para que se possa garantir o alcance dos resultados obtidos pela Lógica Reversa as organizações precisam se comprometer com o desenvolvimento de seus próprios sistemas, buscando uma melhor relação com seus clientes no processo pós-compra e descarte do produto ao fim de seu ciclo de vida útil.
4 conceito teórico
4.1 O jeans: sua origem e evolução
Em 1850 o jeans chegou aos Estados Unidos, na cidade de São Francisco, na Califórnia, sendo levado pelo alemão Levi Strauss como representante de vendas. Foi através de uma observação feita por Strauss aos mineradores, que percebeu a necessidade de uma espécie de vestimenta mais resistente e durável durante suas jornadas de trabalho. Strauss, acompanhado um minerador até o alfaiate, fez uso de um tecido bem rústico e providenciou a fabricação de uma calça de forma a suportar o trabalho pesado. Surgiu assim a primeira calça de três bolsos fundos, de forma que os mineradores pudessem guardar suas pepitas de ouro e suas ferramentas de trabalho. Essa primeira fabricação foi realizada com um tecido feito de lona de caminhão com o tom marrom, mais conhecido como duck canvas.
No ano de 1852 Strauss fez a substituição da lona de caminhão pelo tecido de Nimes, material não tão resistente quanto à lona, mas que oferecia conforto. Encomendou esse tecido com o corante índigo garantindo assim a tonalidade azul às peças.
De acordo com (LIMA e FERREIRA, 2011, p. 27) esse processo de tingimento com corante índigo é único sendo um método particular que tinge os fios de algodão. O corante índigo possui molécula relativamente pequena e baixa afinidade com a fibra celulósica, ela se aplica em uma solução alcalina (leuco) e passa por uma série de impregnações seguidas de fourlagem e oxidação ao ar, quando é obtido um azul intenso sobre a fibra. 
Em 1926 foi lançado um modelo de calça conhecido como waist overalls que fez grande sucesso conquistando os cowboys do oeste da América, tendo em vista um modelo de pernas arcadas, garantindo conforto e mobilidade na montaria.
Marlon Brando trouxe vida ao personagem principal no ano de 1953 com o filme “Selvagem da Motocicleta”, onde na época os mais variados artistas adotaram esse estilo de se vestir, com jaqueta de couro e calça jeans. Dessa forma, o jeans foi ganhando popularidade e tornou-se objeto de moda nos anos 50 sendo peça desejada entre as celebridades do momento.
Foi na década de 60 onde o rock and roll continuou revolucionando o mundo da moda jeans trazendo seguidores jovens e chocando aqueles mais tradicionais. Foi nesse período em que o jeans foi considerado como uniforme dos jovens.
Em 1970 o jeans trouxe inovação através de Calvin Klein, que pela primeira vez veio para as passarelas, tornando-se alvo de críticas dos conservadores. Nesta época foi demonstrada a força do segmento jeans wear ao público fazendo com que a calça jeans se tornasse uma peça democrática e sem barreiras, pois em pouco tempo todos usariam jeans, tanto para o público masculino como feminino, transformando-se numa peça de destaque atemporal.
Na década de 80 houve uma customização das peças de jeans através de desenhos e símbolos. O jeans foi então ganhando novas lavagens, rasgos e vários tipos de acabamentos: sujo, manchado ou estampado. No final dos anos 80 as práticas esportivas ganharam muitos seguidores quando a Lycra, uma fibra elástica fabricada pela Rhodia, ganhou o mercado e passou a ser misturado com o jeans através de modelos mais justos e curtos.
A partir dos anos 90 o mercado têxtil passoua acompanhar todos os desejos do consumidor, incrementando este segmento através de tecidos inteligentes e mais confortáveis, investindo em novos processos de lavagem, tecnologias limpas e sustentáveis e produtos químicos reagentes. Foi então que surgiram os modelos baggy e semibaggy, o jeans colorido, a jaqueta e outros.
De acordo com (BARREIRO 1998) o jeans é definido no livro La Moda em las Sociedades Modernas como um dispositivo de sedução e expressão. Ao longo do tempo virou uma manifestação da cultura individualista fundamentada no culto ao corpo, destacando os quadris e alongando pernas, sendo então um símbolo de uma sensualidade teatralizada com ressonâncias de aspectos sexuais.
A calça jeans então atravessa o século XX trazendo grandes transformações e acompanhando cada dia mais o modernismo, através de um visual contemporâneo e de novas tecnologias. As novidades no jeans continuam sendo uma referência de estilo e comportamento, transcendendo ao modismo, pois mesmo com as transfigurações e inovações tecnológicas encontradas ao longo do tempo ela permanece vestindo homens, mulheres e crianças de forma democrática.
O jeans é pop e, independente da sua marca ou estilo, está presente no guarda roupa de todas as classes sociais. Imaginem: um bebê de calça jeans é superfashion e passa a imagem de pais antenados, já uma senhora de calça jeans passa uma imagem de “eterna juventude”... uma “Patricinha” não dispensa seu jeans de luxo, com strass, ou rebites de ouro e diamantes, já a suburbana fica linda em seu jeans colado com bordados, paetês, cristais “fakes” e outras informações mais pop... o “moderninho” não deixa de seguir as tendências da moda, enquanto o skatista continua usando seu jeans mais folgado e surrado [...] (LEAL, 2006, p. 89).
Juntamente com jeans, a moda determina tempo e circunstâncias de um tempo, sempre através de uma linguagem universal que vem ultrapassando um fenômeno de tribos urbanas.
Nos afirma (SEXE 2007) que até hoje quando há referência ao objeto jeans, imediatamente sua identidade se revela: se visualiza o azul, o original, o mais produzido e o mais usado. 
De acordo com (COBRA 2007) para muitos usuários o jeans transformou-se em uma maneira de expressar a personalidade. Seu uso nunca foi imposto adquirindo um significado próprio. 
4.2 Logística
Segundo informa (BALLOU. R. 1999) logística é o processo de planejar o fluxo de materiais, sempre objetivando a entrega das reais necessidades na qualidade desejada e no tempo certo, de maneira a otimizar recursos e proporcionar um aumento na qualidade dos serviços.
Como mencionado em (BOWERSOX; CLOSS, 1966) “A logística é o processo de planejamento, implementação e controle eficiente de custos, fluxo e armazenamento de matérias primas, estocagem durante a produção e as informações inerentes a cada uma dessas atividades, partindo do ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender as exigências dos clientes”. 
Em (FELIPPES. M. 2009) afirma-se que o princípio da logística como ciência aconteceu no militarismo, tendo em vista que para o Ministério da Defesa “a logística é o conjunto de atividades concernentes à previsão e à provisão de recursos e meios necessários à realização de ações decorrentes de uma estratégia nacional”. Há três fases na logística militar: determinação das necessidades, obtenção e distribuição.
Ainda de acordo com (FELIPPES. M. 2009) a logística militar foi um grande exemplo para a empresarial utilizada como modelo durante anos. Sendo cada vez mais globalizados e dinâmicos os mercados, os clientes cada vez mais exigentes, as organizações sentiram-se na obrigação de realizar um investimento consideravelmente na área logística, vindo a proliferar inúmeros tipos, linhas e modelos de produtos, com ciclos de vida mais curtos. A forma de gerir os materiais, a produtividade e a distribuição passaram a ser mais exigentes e com um controle maior na coordenação e efetividade, de maneira a possibilitar respostas mais eficazes aos objetivos de excelência que os negócios exigiam. 
Afirma (FELIPPES. M. 2009) que a Logística atualmente enfatiza muito mais a estratégia, sendo um elemento diferenciado no meio dos negócios. Foi identificada como última fronteira empresarial onde se podem explorar novas vantagens competitivas. 
Através da evolução Logística Integrada, da ênfase na globalização e do grande avanço na tecnologia da informação surge um conceito de Cadeia de Suprimentos, o “Supply Chain Management” (SCM), Gestor da Cadeia de Abastecimento.
Conforme (FELIPPES. M. 2009) enquanto a Logística Integrada (LI) representa uma integração interna de atividades, o SCM representa uma integração externa estendendo a coordenação dos fluxos de materiais e informações aos fornecedores e ao cliente final.
Uma boa logística pode proporcionar diversas maneiras de aumentar a produtividade, contribuindo para uma possível redução de custos e identificando novas maneiras de agregar valores ao produto, tudo isso através de uma eficiente gestão da cadeia de abastecimento.
4.3 Transporte ou Logística?
De acordo com (PAURA, 2012) ocorre grande confusão entre os termos “logística” e “transporte”. Infelizmente esse é um grande e grave equívoco. A logística possui três atividades consideradas básicas: transporte, manutenção de estoques e processamento de pedidos. A integração entre atividades é um fator primordial para que a cadeia logística tenha um serviço adequado.
A logística possui três atividades consideradas básicas. Conhecidas como atividades primárias, são elas: Transporte, Manutenção de Estoques e Processamento de Pedidos. A integração entre atividades é um fator primordial para que uma cadeia logística tenha um serviço adequado. A figura 1 mostra um exemplo de logística.
Em (PAURA, 2012) o transporte é na verdade considerado como uma importante atividade primária dentro da logística. Ele baseia-se em movimentações das mercadorias não apenas de uma região para outra, mas como também no interior da empresa, como no caso de mudar o local de estoque de uma mercadoria para outro. Essa movimentação chama-se transporte.
O item transporte é fundamental para o funcionamento de qualquer empresa em qualquer parte de mundo mesmo que a empresa não use esse serviço de forma direta, ela o usa de forma indireta (PAURA, 2012).
Figura 1 - Relação entre as três atividades primárias da logística
Fonte: (adaptado de Ballou, H. Ronald – Logística Empresarial).
4.4 Logística Reversa 
O conceito de Logística Reversa atualmente ainda não se encontra completamente definido. Tendo em vista a ocorrência a todo o momento de novas possibilidades de negócios relacionados com o crescente interesse empresarial e pesquisas da área, nota-se uma evolução no que diz respeito à definição do termo “Logística Reversa”.
A grande responsabilidade da logística é o planejamento, implementação e gerenciamento de forma bem eficaz, através do fluxo da matéria-prima, produtos e informações ao longo da cadeia. 
Nos afirma (ROGERS & TIBBEN, LEMBKE,1999) que a área da logística é responsável pelo controle e planejamento do retorno de produtos já utilizados, tornando, assim, os próprios fabricantes os responsáveis pelo descarte de seus próprios produtos, com o objetivo de revalorizar ou até mesmo eliminá-lo da maneira adequada. 
Diferente da Logística Direta (LD), a Logística Reversa por enquanto, ainda não conta com uma estrutura autossuficiente de forma a levar em consideração todos os resíduos, embalagens, produtos, entre outros, gerados pela cadeia de distribuição direta.
A expressão Logística Reversa ou LR, assim como nas pesquisas iniciais correlacionadas a este tema, podem ser encontradas já em literaturas a partir dos anos 70 e 80, levando em consideração e como seu principal foco o retorno dos bens adquiridos pela sociedade, a fim de serem processados como reciclagem de materiais, tendo em vista que serão considerados e analisados como canais de distribuição reversos. 
De acordo com (ZIKMUND e STANTON) apud FELIZARDO e HATAKEYAMA(2005) o conceito mais antigo de LR é datado em início dos anos 70, onde se aplica os conceitos de distribuição, porém sempre voltados para o processo de forma inversa, objetivando atender as necessidades de recolhimento de materiais provenientes do pós-consumo e pós-venda.
Segundo (GINTER e STARLING) apud FELIZARDO e HATAKEYAMA (2005) foi no final dos anos 70, que eles destacaram a LR expressando uma maior atenção para os aspectos da reciclagem, suas vantagens ambientais e benefícios econômicos, além da importância dos canais reversos como forma de viabilizar o retorno dos efluentes.
Conforme mencionado por (ROGERS & TIBBEN - LEMBKE, 1999) a LR pode ser definida como a área da Logística em que é responsável pelo processo de planejamento, operação e controle dos fluxos reversos de matérias-primas, estoques de processo, produtos acabados e as respectivas informações desde o ponto de consumo até o ponto de origem, com o propósito de recapturar valor ou adequar seu destino, podendo gerar diversos benefícios que originam ganhos de competitividade e se refletem nas esferas econômica, social e ambiental.
Quando é gerado um planejamento de LR praticamente envolvem-se os mesmos elementos de um plano logístico convencional, como por exemplo: nível de serviço; armazenamento; meio de transporte; nível de estocagem; fluxo de produtos e o sistema de informações. O nível de serviços é a parte estratégica global da organização, onde a garantida satisfação do cliente ou a devolução do valor empregado ou até mesmo a garantida troca no caso de defeito do produto é uma grande arma estratégica de vendas.
Uma empresa deve estar completamente preparada para a aceitação de um fluxo reverso. Qualquer falha que venha ocorrer poderá oferecer sérios riscos à imagem da empresa. 
Em (LAMBERT e STOCK, 1981) apud FELIZARDO e HATAKEYAMA (2005), destaca-se a LR como um produto que segue na contramão de uma rua de sentido único pela qual a grande maioria dos embarques flui.
Sempre que forem definidas as características do fluxo reverso e consequentemente o seu volume, também devem ser definidos os locais de armazenamento, seus níveis de estocagem, o tipo de meio de transporte que será utilizado e em qual momento se fará a realimentação do fluxo produtivo normal com o produto a ser reciclado.
E (LEITE, 2003) conceituou-se da seguinte maneira: a LR é responsável por tornar possível o retorno de materiais e produtos, mesmo após a sua venda e consumo, ao processo produtivo e de negócios, através dos mais variados canais reversos de distribuição, sempre de forma a agregar valor aos mesmos.
Segundo a definição de Logística Reversa de (Leite, 2005, p.16-17): é a área da Logística Empresarial que planeja, opera e controla o fluxo e as informações logísticas correspondentes do retorno dos bens de pós-venda e de pós-consumo ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo, agregando-lhes valor de diversas naturezas.
Deve-se entender que um dos diversos conceitos relacionados à Logística Reversa está relacionado ao ciclo de vida do produto oferecido. Esse ciclo pode estar dividido em quatro períodos, sendo eles: 
· Lançamento;
· Crescimento;
· Maturação;
· Declínio do produto. 
O período inicial deste ciclo de vida refere-se ao lançamento do produto no mercado, ou seja, a sua introdução com uma mínima demanda exigida para fins de suprir as necessidades da sociedade, sendo ainda necessários alguns ajustes.
No período de crescimento do produto é o momento em que há aceitação e reconhecimento no mercado, consequentemente tornando-o competitivo. 
Nesta fase de maturidade o produto já está sendo completamente aceito pelos consumidores e a concorrência já iguala. Após isso, inicia-se o período de declínio do produto, onde por conta do crescimento constante da tecnologia, quando não ocorre nenhum processo de reinvenção, o mesmo começa a se tornar obsoleto para os consumidores e toda a sociedade. 
Em (BALLOU, 2006, p. 76) “o profissional em logística precisa estar a todo o momento conectado com o estágio do ciclo de vida pelo qual o produto está passando, a fim de poder adaptar os padrões da distribuição dentro de cada estágio em busca da máxima eficiência e eficácia”. 
Para fins de reciclagem e descarte final do produto a LR está presente nesse último estágio: o “Declínio do Produto”, onde este poderá ser recolhido e revertido em matéria-prima, sendo reinventado numa possível fabricação de novos produtos ou até mesmo ser descartado de uma maneira mais adequada. 
Conforme (CHAVES e MARTINS, 2005) foi nos anos 90 onde surgiram novas abordagens sobre o assunto destacando um aumento da preocupação com questões ambientais, legislação nessa área, órgãos fiscalizadores e uma preocupação com o prejuízo alcançado já por parte das empresas, como aspectos contribuintes para a evolução da LR.
4.4.1 A importância da Logística Reversa 
Um reaproveitamento e uma remoção de refugo que fazem diretamente parte da logística reversa têm como objetivo estudar e gerenciar a maneira correta pela qual os subprodutos do processo produtivo serão descartados ou posteriormente reintegrados ao processo produtivo. Considerando que muitas empresas sabem da importância que o fluxo reverso tem, infelizmente a maioria delas possuem dificuldades ou até mesmo desinteresse na implementação de um gerenciamento da Logística Reversa, por falta de conhecimento aprofundado sobre o assunto ou simplesmente por falta de investimento 
Em (CALDWELL, 1999) fala-se da falta de sistemas informatizados que se integrem ao sistema existente de logística tradicional. 
Nos afirma (ROGERS & TIBBEN - LEMBKE, 1999) da dificuldade em medir o impacto dos retornos de produtos e materiais, com o consequente desconhecimento da necessidade de controlá-lo. 
Segundo (QUINN, 2001) o fato de que o fluxo reverso não representa receitas, mas custos e como tal recebem pouca ou nenhuma prioridade nas empresas. 
Essas são algumas das razões apontadas para a não implementação da Logística Reversa nas empresas, porém é de grande importância a utilização da LR.
Tendo como principal fator o aumento da rigidez no que diz respeito as legislações ambientais, onde está provocando uma maior conscientização do consumidor/empresário sobre os possíveis danos causados ao meio ambiente, que consequentemente estão levando às empresas a repensarem sobre toda a sua responsabilidade sobre seus produtos após o se uso. Tudo isso tem tornado de uma forma mais clara que a responsabilidade do fabricante sobre o produto final está aumentando a todo instante. Além do refugo que é gerado no próprio processo produtivo, o fabricante está sendo mais responsabilizado por seu produto até o fim da vida útil do mesmo. 
De acordo com (ROGERS & TIBBEN - LEMBKE, 1999) a Europa, mais precisamente a Alemanha, é a pioneira na legislação sobre o descarte de produtos consumidos.
Como mencionado por (LAMBERT, 1998) Administração de devoluções, conhecida como Logística Reversa, refere-se ao retorno dos produtos à empresa fabricante ou vendedora por motivo de defeito, excesso, recebimento de itens incorretos ou outras razões. 
Conforme (CALDWELL,1999) o maior problema encontrado é a falta de sistemas informatizados que permitam a integração da Logística Reversa ao fluxo normal da distribuição dos produtos. Portanto, muitas empresas acabam por desenvolverem seus próprios sistemas ou terceirizarem este setor para empresas capacitadas e especializadas, de forma a melhor trabalharem com este processo.
Existem motivos ou razões que podem levar a empresa a optar pelo uso da logística reversa, de ordem: 
Econômica – responsáveis pela economia em operações industriais e pelo reaproveitamento da matéria-prima que é proveniente de canais reversos de reuso e de remanufatura. 
Legislativa – as empresas devem obedecer à legislação vigente, sendo que para isso, foi sancionada a Lei Federal nº 12305/2010 – Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS) em agosto de 2010, cuja qual dispõe sobre os princípios, objetivos e instrumentos, também como sobre asdiretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, com a inclusão dos perigosos, responsabilidades dos geradores e do poder público e aos instrumentos econômicos aplicáveis. 
Ecológicas – responsáveis pela preservação ambiental, sendo que para isso, as empresas devem considerar o impacto dos produtos sobre o meio ambiente durante todo o ciclo de vida de seus produtos. 
Conforme mencionado em (BALLOU, 1993) a utilização da Logística Reversa estuda a melhor forma de se atingir um melhor nível de rentabilidade na distribuição de produtos até o consumidor, através de planejamento, organização e controle de movimento e estoque, de forma a proporcionar facilidade no fluxo de mercadorias.
As empresas precisam avaliar a utilização da Logística Reversa como oportunidade de adicionar valor tanto pela imagem da empresa com relação aos aspectos ambientais e sustentabilidade quanto ao agregar serviços. Além disso, a gestão do ciclo de vida do produto e os custos incorridos ao longo do ciclo proporcionam redução de custos o que pode gerar vantagem competitiva para a empresa.
Em (LEITE, 2003) descreve-se sobre à importância econômica da distribuição, seja sob o aspecto conceitual mercadológico ou sob o aspecto concreto operacional da distribuição física, revelando-se cada vez mais determinante para as empresas, tendo em vista os crescentes volumes transacionados, decorrentes da globalização de produtos e das fusões de empresas e uma extrema necessidade de se ter o produto correto, no local certo e no momento certo, sempre atendendo aos padrões de níveis de serviços diferenciados do cliente e garantindo seu posicionamento competitivo no mercado. 
Infelizmente, de acordo com (BALLOU, 1993) o aumento no uso de embalagens e descartáveis demonstra a despreocupação com processos de reciclagem. 
Nos afirma (LEITE, 2003 e DONG CHEN, 2003) apud OLIVEIRA e RAIMUNDINI, (2005) que a grande parte dos produtos já consumidos e depois descartados, podem passar pelo processo de reciclagem, podendo ser reaproveitados por meio de uma reintegração ao processo produtivo.
O principal objetivo de uma logística reversa é gerir e distribuir o material descartado tornando possível o retorno de bens ou materiais pertencentes ao ciclo produtivo, de maneira que venha agregar valores econômico, ecológico, legal e de localização ao negócio.
Em (FELIZARDO & HATAKEYAMA, 2005) destaca-se que a organização que programar o processo reverso em sua cadeia produtiva, agregará grandes valores à sua imagem frente à sociedade, beneficiando o meio ambiente, estabelecendo novas oportunidades de negócios, trazendo outros benefícios tais como a geração de postos de trabalho e revertendo assim, tudo em benefícios ao meio no qual está inserida essa cadeia produtiva.
Felizmente, devido a um grande aumento da competitividade entre as empresas, através do grande fluxo de informações juntamente com o crescimento tecnológico, a velocidade com que o produto é lançado no mercado e o aumento da consciência ecológica quanto às consequências provocadas pelos produtos e seus descartes no meio ambiente estão gerando uma grande contribuição para a uma nova inclusão comportamental por parte das organizações e da sociedade de um modo geral. Dessa forma é sinalizado um aumento de valores dos processos de produtos e materiais que podem retornar ao processo produtivo mesmo já sendo descartados no meio ambiente.
Em (CHAVES & MARTINS, 2005) destaca-se outro aspecto que está gerando o crescimento da importância da LR nas operações logísticas empresariais.
Ainda conforme (CHAVES & MARTINS, 2005) o motive desse crescimento dá-se pelo grande potencial econômico que o processo logístico reverso possui e que infelizmente ainda não tem sido explorado como deveria.
4.5 Atividades presentes na Logística Reversa
A LR é dividida em vários momentos sempre visando uma recuperação sustentável, abrange diversas etapas como: coleta, inspeção, separação, compra, venda e devolução. 
A Logística Reversa sempre trabalha de maneira estratégica e de forma a atuar em duas áreas: a Logística Reversa de pós-consumo e a de pós-venda. 
A LR de pós-consumo é responsável pelo fluxo físico e de informações referentes a bens de pós-consumo que possuem a necessidade de retornar à cadeia de distribuição por motivos de: 
· Condições de uso - bens reaproveitáveis;
· Fim de uma vida útil - bens sem mais utilidade, porém seus componentes podem passar por reaproveitamento ou remanufaturação;
· Resíduos ambientais - bens que oferecem riscos ambientais se não forem descartados da forma adequada. 
A LR de pós-venda é responsável pelo fluxo físico e de informações referentes a bens de pós-venda que possuem a necessidade de retornar a cadeia de distribuição quando por motivos de:
· Garantia/qualidade - produtos que venham apresentar defeitos de fabricação ou funcionamento, através de avarias na embalagem e/ou produto; 
· Comerciais - produtos que permanecem em estoque sendo por um erro de expedição, excesso de estoque, mercadorias em consignação, pontas de estoque por término de validade, problemas na pós-venda, também conhecido como recall; 
· Substituição de componentes - itens dos mais variados produtos que necessitam de manutenção e consertos.
4.5.1 Motivos para o uso da Logística Reversa
Conforme (ROGERS & TIBBEN - LEMBKE, 1999) e MULLER apud (GARCIA, 2006, p. 6) existem vários motivos que levam às empresas a cumprirem com uma atuação de forma mais intensa na LR, tendo como principais:
· Legislação Ambiental - faz com que às empresas retornem com seus produtos para o processo produtivo e cuidem para haja em tratamento adequado;
· Benefícios Econômicos - realizado através da utilização de produtos que retornam ao processo produtivo, ao invés de gerar altos custos a partir de um descarte correto desse lixo; 
· Conscientização - a crescente e constante conscientização ambiental por parte dos consumidores. 
Ainda em (ROGERS & TIBBEN - LEMBKE, 1999) há motivos estratégicos, tais como:
· Razões competitivas - demonstradas através da diferenciação por serviço; 
· Limpeza do canal de distribuição; 
· Proteção para garantia da Margem de Lucro; 
· Recaptura de valor e recuperação de ativos.
Segundo (BOWERSOX, 1986) um processo logístico é visto como um sistema intermediário ente a empresa e as devoluções dos produtos.
Ainda conforme (BOWERSOX, 1986) não se utiliza necessariamente a LR para um aprimoramento da produtividade logística. Entretanto, este fluxo reverso tem uma justificativa sobre uma base social, devendo ter uma acomodação em meio ao planejamento do sistema logístico. Um importante e destacado ponto é que a estratégia logística não poderá ser formulada sem uma consideração criteriosa partindo dos requerimentos da LR. 
De acordo com (KRIKKE, 1998) em termos logísticos, quando adicionado o fluxo de saída de mercadorias ao sistema de logística reversa, obtém-se uma Cadeia de Suprimentos Integral (CSI), onde a CSI baseia-se num conceito de ciclo de vida, cujo qual durante esse ciclo o produto percorre a Cadeia de Suprimentos Normal (CSN).
Ainda conforme (KRIKKE, 1998) tudo aquilo que é acrescentado na CSI são as etapas de descarte, recuperação e reaplicação permitindo assim a reentrada do fluxo de material na cadeia de suprimentos.
4.6 Logística Reversa: preocupação ambiental ou lei?
Ao longo dos dias as empresas e consumidores têm se preocupado um pouco mais com o descarte sem que este gere um risco ambiental, tudo isso devido à responsabilidade pelo seu produto que a Legislação Ambiental impõe às empresas. Para isso, a LR passou a ser uma importante ferramenta para a preservação ambiental, que está diretamente relacionada ao destino dos produtos e materiais já descartados pelo consumidor.
De acordo com a Lei nº 11.445 de 05 de janeiro de 2007 – é de total responsabilidade das organizações: a destinação ambientalmente adequada, a reciclagem ou reutilização dos produtos ou das embalagens respeitando as normas ambientais e de saúde pública ou outra destinação previstano plano de saneamento básico.
Agindo assim, as empresas e consumidores contribuem como a preservação ambiental através do retorno de bens de pós-consumo ao sistema do ciclo produtivo, o que irá gerar uma diminuição do acúmulo de lixo industrial no meio ambiente e evitar possíveis e consideráveis multas.
Essa prática dá-se em grande parte pelo aumento da consciência do consumidor, que passa a optar por produtos que venham de empresas preocupadas com a preservação ecológica.
Essa maior conscientização da sociedade se reflete no desenvolvimento de uma legislação adaptada aos modos de produção e consumo sustentáveis, que visam minimizar os impactos das atividades produtivas ao meio ambiente.
Citam-se artigos cuja responsabilidade é do fabricante em relação à prevenção e reparação de danos causados ao ambiente, sendo pelo destino adequado e sua disposição final: 
· Art. 8º da Lei 4.191/2003 (Política Estadual de Resíduos Sólidos - RJ);
· Art. 4º da Lei 3.007/1998 (RJ); 
· Art. 8º da Lei 9.921/1993 (Lei de Gestão de Resíduos Sólidos - RS); 
· Art. 45 da Lei 13.013/2001 (Política Estadual de Resíduos Sólidos - CE); 
· Art. 71 da Lei 14.248/2002 (Política Estadual de Resíduos Sólidos - GO); 
· Artigos. 48, 49, 51 e 52 da Lei 12.300/2006 (Política Estadual de Resíduos Sólidos – SP).
Segundo (TRIGUEIRO, 2003) a Legislação Ambiental responsabilizando a empresa pelo seu controle do ciclo de vida de seus produtos, acaba por responsabilizar legalmente a empresa pelos impactos ambientais causados por ela.
4.7 A Logística Reversa e seus Custos
Na LR as organizações têm uma grande responsabilidade com o retorno do produto, sendo ele para fins de reciclagem ou até mesmo para um descarte adequado. Deverá ser bastante claro e amplo este sistema de custeio, visualizando sempre o custo total do ciclo de vida daquele produto. 
Nos afirma (ATKISON, 2000) que este sistema possibilita aos gerentes administrarem estes custos, desde o início ao fim do ciclo de vida do produto.
Fica a afirmação sobre o ciclo de vida do produto e a LR dada por (TIBBEN - LEMBKE,2000) e (BRITO, 2002) da importância que deverá ser considerada à maneira adequada de um descarte ou reaproveitamento de peças e partes ao final de uma vida do produto. 
4.8 A Economia como um objetivo
Nos afirma (TRIGUEIRO, 2003) que um bom sistema de gestão visando possibilitar um controle eficaz é requerido para um total e pleno controle sobre o ciclo de vida de um produto.
De acordo com (NETTO,2004) resultados financeiros e logísticos positivos são apenas alguns dos benefícios proporcionados pela LR, adicionando-se também ganhos referentes à imagem institucional daquela organização simplesmente por adotar uma postura ecologicamente correta, gerando assim uma maior atenção preferencial não somente por parte dos clientes, como também dos consumidores finais.
Destaca-se como um dos processos que fazem parte da dinâmica da LR sendo um dos aspectos o reaproveitamento dos materiais.
Conforme nos afirma (LACERDA, 2002) as economias partindo do uso de embalagens retornáveis ou de um reaproveitamento de materiais para o sistema produtivo tem gerado resultados financeiros que estimulam cada vez mais novas iniciativas. Ainda segundo (LACERDA, 2002) as iniciativas concernentes à LR têm garantido o alcance de melhores resultados econômicos para as empresas. 
4.9 Brasil x Logística Reversa 
De acordo com (MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, 2010) foi devido ao grande crescimento de consumo e descarte final de produtos acabados que o governo brasileiro criou a Lei nº 12.305/10 referente à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) onde, além dos mais diferenciados aspectos, também regulamenta a logística reversa como sendo um instrumento de controle residual sólido, objetivando uma relevante redução dos impactos sociais, legais e ambientais, causados por resíduos sólidos causam no país. 
Em 2004 através da PNRS foi criado um grupo para discussão sobre a temática Resíduos Sólidos partindo do Ministério do Meio Ambiente e tendo em vista o surgimento da proposta de anteprojeto de lei da Política. Desde aí se tornou tema de debate entre a sociedade e o governo. 
Ainda conforme (MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, 2010) tal política tem o papel de estimular a prática de reciclagem e reutilização dos produtos, sendo possível ou não, determinando assim os locais corretos para a realização de um descarte adequado dos dejetos. Para que sejam alcançados os objetivos, o projeto apresenta metas e medidas que controlam todo o processo de descarte ou reciclagem e os reais responsáveis por esses resíduos, como as indústrias, os comerciantes e os distribuidores.
Ficam determinados pelo artigo 33 da lei 12.305/10 quais são as indústrias, os comerciantes e distribuidores que devem se adequar às exigências, devendo estruturar a logística reversa de forma que seus produtos retornem obrigatoriamente, de forma independente do serviço de limpeza pública.
Segundo (SOARES; RODRIGUES; GOLÇALVES, 2012) é possível citar alguns benefícios alcançados como: redução de dejetos despejados em aterros sanitários; redução de poluição; redução dos custos das organizações gerados através da reciclagem ou reutilização de materiais; mais empregos gerados e a inclusão de catadores de recicláveis e de cooperativas no ciclo, podendo ser contratadas pelas prefeituras para fazerem parte de um programa de gerenciamento.
Apesar da existência real de benefícios apresentados e comprovados que são resultantes de uma LR, a maior parte dos profissionais da área acredita que a LR ainda é utilizada de forma mínima pelas organizações no Brasil (BARBOSA, et al, 2006). 
Acredita-se que um dos motivos principais disso seja uma grande falta de incentivos governamentais sobre a implantação da LR, com isso a falta de conhecimento por parte das organizações, por muitas vezes não saberem da importância que tem LR, acabam interpretando-a como um aumento em custos operacionais.
5 METODOLOGIA
As empresas se conscientizaram que reaproveitar os materiais utilizados em suas produções acarreta um melhor custo benefício, além de auxiliar na preservação do meio ambiente e na redução do consumo de água. Por conta disso, decidiram então adotar a logística reversa como parte de suas atividades trabalhistas em suas cooperativas. Visando uma melhor compreensão acerca do reaproveitamento de material e do uso da logística reversa foram realizadas entrevistas na empresa Renner a fim de identificar se o tema é conhecido. 
5.1 Empresa Renner
A empresa Renner está para iniciar uma grande parceria com a Universidade de São Paulo (USP) com o objetivo do desenvolvimento de um processo de reutilização das sobras de tecidos na fabricação de suas peças. Há uma estimativa de perda de 12% de tecido durante uma produção de peças em tecido jeans; porém, os consultores da USP garantiram que essa perda seria na verdade, quase 70% maior, chegando a um total de 20% do tecido bruto.
A utilização de novos métodos de produção fez o desperdício cair para 15%, segundo a Renner. José Galló, presidente da Renner, aponta que era preciso ainda melhorar a produtividade para reduzir a produção de resíduos.
A Renner criou a coleção Re Jeans para reutilizar os resíduos gerados na produção dos jeans tradicionais como calças, shorts, blusas e vestidos femininos. A iniciativa faz parte de uma lista de compromissos assumidos pela empresa até 2021. Entre eles: ter 80% dos produtos feitos com matérias-primas e processos menos impactantes; 75% da energia usada pela empresa proveniente de fontes renováveis; redução de 20% nas emissões de gás carbônico e ter 100% dos fornecedores certificados por entidades internacionais.
5.1.1 Sede sustentável
Projetos voltados à sustentabilidade da Renner surgiram há seis anos, mas a empresa não via necessidade de dar publicidade às iniciativas. A nova sede da empresa em Porto Alegre teve, segundo o executivo, 98% de seus resíduos reutilizados e ela está preparada para produzir energia renovável. “A gente começa a estender as coisas paraos produtos, só que para chegar aos produtos precisa estender aos fornecedores. Eles têm que se engajar nesse movimento”, diz o presidente da empresa.
São 900 fornecedores da Renner no total e 320 ativos acompanhados por 12 engenheiros dedicados aos processos de produção das peças. Segundo Galló “não se pode ser meio sustentável”. Por isso, a Renner conta com quase todos os fornecedores ativos integrados aos novos processos de produção, segundo o presidente.
6 resultados das entrevistas
Para que se fosse realizada uma avaliação do quanto à Logística Reversa e como esta tem se tornado eficiente na sociedade, sob a perspectiva do próprio consumidor, foi realizado um questionário de perguntas objetivas onde um total de 40 clientes tiveram uma participação direta, sendo que 65% era do gênero masculino e 35% do gênero feminino, numa faixa etária variando entre 23 e 60 anos. 
Muitas pessoas ainda não têm o conhecimento de leis que exigem que as empresas se responsabilizem por seu lixo produzido mesmo após a venda do produto final, denomina-se isso como LR de pós-venda. 
Tabela 1 - Nível de conhecimento dos Clientes sobre Logística Reversa
	Sabe o que é Logística Reversa?
	Sabe como funciona?
	Já usou a Logística Reversa?
	12,5%
	Não
	Não
	67,5%
	Sim
	Sim
	20 %
	Sim
	Não
Fonte: O Autor
Como se percebe na tabela 1, 12,5% não sabe o que é, como funciona e nunca fizeram uso da Logística Reversa; 67,5% sabem o que é, como funciona e já fizeram uso da LR; e 20% sabem o que é, como funciona, porém, nunca fizeram. 
Devido à falta de conhecimento da existência de Programas Sustentáveis por parte da sociedade, muitos ainda julgam como não importante. A tabela 2 mostra o grau de importância que a sociedade remete a Programas Sustentáveis.
Tabela 2 - Percentual do grau de importância aos projetos socioambientais
	GRAU
	Nº de pessoas que responderam
	% das respostas
	Sem importância
	2
	5%
	Importante
	6
	15%
	Extremamente importante
	25
	62,5%
	Muito importante
	7
	17,5%
Fonte: O Autor
A tabela 2 nos mostra que somente 5% dos entrevistados julgam como sem importância os projetos socioambientais, enquanto 15% já julgam no mínimo como sendo importante, já para extremamente importante temos um percentual de 62,5% e como muito importante 17,5%. A partir daí pode-se entender que atualmente a sociedade tem se preocupado um pouco mais com os danos causados ao meio ambiente, tendo em vista que na maioria das vezes são irreparáveis.
Fazendo um apanhado amostral, pode-se concluir através da tabela 3 que a grande maioria da sociedade já tem o conhecimento sobre algum projeto socioambiental, com isso, fica cada vez mais garantida à eficácia nos resultados positivos de um projeto, onde 80% dos respondentes afirmaram já terem conhecimento, enquanto que 20% disseram que ainda não foram informados sobre a existência de qualquer projeto socioambiental. 
Tabela 3 - Conhecimento de algum projeto socioambiental
	Conhece projeto socioambiental
	Nº/ respondentes
	% das respostas
	Sim
	32
	80%
	Não
	8
	20%
Fonte: O Autor
Mesmo com todo o avanço da tecnologia, a sociedade ainda sofre muito com a falta de informação, pois falta investimento por parte do governo na área de informação, tendo em vista que ainda existem muitos povos isolados da sociedade que nem sequer possuem um canal de informação, Logo, é possível verificar de acordo com a tabela 4 que somente 12,5% dos entrevistados julgam como ótima a divulgação de programas socioambientais por parte do governo, enquanto que 37,5% julgam como regular e um total de 50% julgam como regular ou péssima.
Tabela 4 - Qualidade da divulgação governamental de programas socioambientais
	Divulgação do Governo
	Nº de pessoas que responderam
	% das respostas
	Regular ou Péssima
	20
	50%
	Boa 
	15
	37,5%
	Ótima
	5
	12,5%
Fonte do Autor
7 LOGÍSTICA REVERSA DO JEANS
Com o intuito de reaproveitar o jeans usado e não jogar no lixo, visando a logística reversa e a sustentabilidade, realizou-se uma pesquisa de mercado de como o jeans pode ser utilizado tendo um menor descarte.
Como o jeans é um material resistente e versátil, é possível transformá-lo de várias maneiras, seja criando objetos para decoração como almofadas, tapetes ou acessórios para uso pessoal como bolsas, necessaires, aventais, entre outros. Dessa forma, são apresentadas as diversas formas de realizar a logística reversa com o jeans.
7.1 Almofadas de jeans
Fazendo retalhos e misturando tipos de jeans podem-se criar diferentes almofadas decorativas conforme figura 2. 
Figura 2 - Almofadas de jeans
Fonte: Revista Artesanato
7.2 Tapetes de jeans
De acordo com o gosto pessoal e o estilo que melhor se adéque à decoração podem-se fabricar tapetes decorativos com a calça jeans velha como mostra a figura 3.
Figura 3 - Tapetes de jeans
Fonte: Revista Artesanato
7.3 Aventais de jeans
Por ser um tecido denso e pouco permeável, o jeans é uma ótima opção para proteger a roupa podendo ser utilizado como avental conforme a figura 4. 
Figura 4 - Avental de jeans
Fonte: Revista Artesanato
7.4 Porta-coisa de jeans
O porta-coisa é um objeto utilizado em qualquer local seja na sala, escritório, quarto, banheiro e cozinha. É utilizado para guardar chaves, parafusos, canetas, clipes, chaves ou qualquer objeto de pequeno porte que esteja solto nos cômodos. A grande vantagem dessa peça é a organização do local. 
Figura 5 - Porta-coisa de jeans
Fonte: Revista Artesanato
7.5 Bolsa de jeans
A bolsa jeans vem tomando espaço na indústria da moda por ser original, versátil, útil e compatível com qualquer cor e tipo de roupa para ambientes casuais. A peça pode ser usada para ir à escola, trabalho, mercado, shopping ou eventos mais simples. 
Figura 6 - Bolsa de jeans
Fonte: Dicas de Mulher
Além das aplicações abordadas há diversas outras maneiras de reutilizar o jeans. Estima-se que o jeans tem 80% de aproveitamento e o material têxtil de forma geral 95% (EDGEXPO,2018).
8 Conclusão 
Ao longo dos anos as empresas têm se esforçado no desenvolvimento de projetos socioambientais e com isso alcançam ganhos em sua imagem diante de todo esse mercado competitivo, conseguindo então a sua sustentabilidade.
Segundo (OTTMAN, 1994), uma implementação dos valores que estão diretamente ligados à preservação ambiental tende a oferecer uma grande oportunidade de a empresa tomar a decisão correta, aumentando assim a sua imagem corporativa, tornando mais conhecida a sua marca, gerando economia financeira, permitindo então a abertura de novos mercados para produtos que tenham a intenção de gerar satisfação ao consumidor final, no que diz respeito às suas necessidades, de forma a manter uma favorável qualidade de vida.
Tendo como ponto de partida as informações coletadas, torna-se possível a realização de algumas considerações. Começando com o fato de que a aplicação da Logística Reversa gera uma direta influência nos resultados finais de uma empresa. O descarte correto de produtos e a reutilização desses demonstram que a empresa tem conscientização de que a sustentabilidade é necessária para a preservação ambiental.
No caso da Empresa RENNER, é através da implantação de seu projeto de reaproveitamento do jeans que seus clientes e grande parte da sociedade passam a depositar maior credibilidade e confiança na marca, tornando-se mais fiel à empresa, gerando com isso melhores resultados econômicos, através da redução de custos partindo de toda linha de fabricação de peças e acessórios chamados “Re” que passaram a surgir a partir desse reaproveitamento de sobras de peças fabricadas com o jeans.
Nesse trabalho de pesquisa entende-se que com a implementação de um planejamento estratégico bem estruturado, uma organização sempre poderá contar com resultados satisfatoriamente positivos, pois através da Logística Reversa a empresa vem conquistando cada vez mais credibilidade por parte do consumidor final, gerando um destaque de uma imagem corporativa cada vez melhor e com isso garantindo posicionamento num mercado corporativo completamente concorridoe disputado.
Através dos estudos realizados é possível identificar que quando uma empresa aplica de forma correta a Logística Reversa através de Programas socioambientais, diretamente ela garante ótimos resultados financeiros, isso quando a logística reversa é aplicada de forma consciente e adequada.
A logística reversa ainda pode gerar lucratividade, já que é possível vender as sucatas descartadas além de reutilizá-las e consequentemente uma enorme economia para as indústrias, que por sua vez teriam que investir bem menos em matéria-prima.
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A Logística Reversa dentro da Fabricação do Jeans / Peter Luis / Douglas da Silva Gomes. – Niterói, 2019.
XX f. : il. color.; 30cm.
Orientador: Professora M.Sc. Renata Mercante Born.
Trabalho de conclusão de curso de graduação – Universidade Estácio de Sá, Curso de Engenharia de Produção, 2019.
1.
CDD: XXXXX

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