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CONTEÚDO 10 - TUBERCULOSE

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Tuberculose
 
A Tuberculose continua sendo mundialmente um importante problema de saúde, exigindo o desenvolvimento de
estratégias para o seu controle, considerando aspectos humanitários, econômicos e de saúde pública. O Brasil é um
dos 22 países priorizados pela OMS que concentram 80% da carga
mundial desta doença. É importante destacar que anualmente ainda morrem 4,5 mil pessoas por tuberculose,
doença curável e evitável. Em sua maioria, os óbitos ocorrem nas regiões metropolitanas
e em unidades hospitalares. É a principal causa infecciosa de morbidade e mortalidade mundial em adultos, matando
aproximadamente dois milhões de pessoas todos os anos. Infecção por HIV/AIDS é um fator cada vez mais
importante de predisposição para tuberculose e mortalidade em regiões do mundo onde ambas as infecções
predominam.
Tuberculose é uma infecção crônica, progressiva, com um período de latência seguindo a infecção inicial.
Doença infecciosa e contagiosa, causada por um microrganismo denominado Mycobacterium tuberculosis, também
denominado de bacilo de Koch (BK), que se propaga através do ar, por meio de gotículas contendo os bacilos
expelidos por um doente com TB pulmonar ao tossir, espirrar ou falar em voz alta. Quando estas gotículas são
inaladas por pessoas sadias, provocam a infecção tuberculosa e o risco de desenvolver a doença. Pessoas com lesões
cavitárias pulmonares são especialmente infectantes. Núcleos de gotículas contendo bacilos de tuberculose podem
flutuar em correntes de ar em cômodos durante várias horas, aumentando a chance de disseminação.
. A propagação da tuberculose está intimamente ligada às condições de vida da população. Prolifera, como todas as
doenças infecciosas, em áreas de grande concentração humana, e sua transmissão aumenta pela exposição
frequente ou prolongada a um paciente que dispersa grande volume de bacilos da tuberculose em espaços
superlotados, fechados e pouco ventilados; assim, pessoas que vivem em condições precárias ou em instituições
apresentam mais riscos. Contudo, uma vez iniciado um tratamento eficaz, a tosse rapidamente diminui, os
microrganismos são inativados e, dentro de semanas, a tuberculose não é mais contagiosa.
Quando uma pessoa inala as gotículas contendo os bacilos de Koch, muitas delas ficam no trato respiratório superior
(garganta e nariz), onde a infecção é improvável de acontecer. Contudo, quando os bacilos atingem os alvéolos a
infecção pode se iniciar.
Inicialmente, os bacilos multiplicam-se nos alvéolos e um pequeno número entra na circulação sanguínea
disseminando-se por todo o corpo. A infecção tuberculosa, sem doença, significa que os bacilos estão no corpo da
pessoa, mas o sistema imune os está mantendo sob controle.
As pessoas infectadas e que não estão doentes não transmitem o bacilo. Bacilos de tuberculose inicialmente
produzem uma infecção primária e raramente causam doença aguda. A maioria das infecções primárias (95%) é
assintomática e seguida por uma fase latente (dormente). No entanto, um percentual variável de infecções latentes
posteriormente é reativado, com sinais e sintomas de doença, e, em alguns casos, por uma doença ativa. Todos os
órgãos podem ser acometidos pelo bacilo da tuberculose, porém, ocorre mais frequentemente nos pulmões,
gânglios, pleura, rins, cérebro e ossos.
Para dar início à infecção, os bacilos da tuberculose devem ser ingeridos pelos macrófagos alveolares. Bacilos da
tuberculose que não são mortos pelos macrófagos na verdade se replicam dentro dos macrófagos, matando-os no
final; células inflamatórias são atraídas para a área, causando pneumonite focal que evolui para os característicos
tubérculos observados na histologia. Nas semanas iniciais da infecção, alguns macrófagos infectados são
transportados para linfonodos regionais (p. ex., hilar, mediastinal), onde acessam a corrente sanguínea.
Em tuberculose pulmonar ativa, até mesmo em doença moderada ou grave, o paciente pode não ter qualquer
sintoma, exceto “não se sentir bem”, anorexia, fadiga e perda de peso, desenvolvidos gradualmente por várias
semanas, ou ter sintomas mais específicos. Sintomas comuns são: tosse minimamente produtiva de escarro amarelo
ou verde ao se levantar, ficando mais produtiva com a evolução da doença; Hemoptise só ocorre com tuberculose
cavitária; A febre baixa é comum; Suores noturnos; Dispneia.
Na radiografia de tórax, há imagens sugestivas de lesões cicatriciais; a tuberculose pulmonar ativa pode manifestar-
se sob a forma de consolidações, cavitações, padrões intersticiais (padrão trama intersticial aspecto teia de aranha),
e derrame pleural.
Elementos para o diagnóstico da tuberculose pulmonar: Ter tido contato, intradomiciliar ou não, com uma pessoa
com tuberculose; Apresentar sintomas e sinais sugestivos de tuberculose pulmonar tosse seca ou produtiva por três
semanas ou mais, febre vespertina, perda de peso, sudorese noturna, dor torácica, dispneia e astenia; História de
tratamento anterior para tuberculose; Presença de fatores de risco para o desenvolvimento da TB doença (Infecção
pelo HIV, diabetes, câncer, etilismo).
O tratamento para tuberculose pulmonar é feito, basicamente, por meio de medicamentos, assim como acontece no
caso de outras infecções bacterianas. O tratamento da tuberculose, por outro lado, é muito mais difícil e costuma
demorar mais tempo do que a duração média para outros tipos de infecções causadas por bactérias.
O uso de antibióticos contra tuberculose deve acontecer por, pelo menos, de seis a nove meses, dependendo do
paciente. O tipo de medicamento utilizado e o tempo exato de duração do tratamento variam de acordo com a idade,
com a presença ou ausência de outras condições de saúde, com uma possível resistência da cepa bacteriana
identificada no diagnóstico, com a forma de tuberculose (latente ou ativa) e com os locais do corpo que foram
afetados pela infecção. Os medicamentos mais usados para o tratamento de tuberculose pulmonar são: Androcortil;
Bromidrato de Fenoterol; Betametasona; Celestone; Decadron; Dexametasona; Leucogen; Prednisolona; Predsim e
Prednisona. Em todos os esquemas, a medicação é de uso diário e deverá ser administrada de preferência em uma
única tomada em jejum ou, em caso de intolerância digestiva, junto com uma refeição. Atenção especial deve ser
dada ao tratamento dos grupos considerados de alto risco de intoxicação, como pessoas com mais de 60 anos, em
mau estado geral e alcoolistas.
A vacina BCG confere poder protetor às formas graves da primoinfecção pelo M. tuberculosis. No Brasil, a vacina
BCG é prioritariamente indicada para as crianças de 0 a 4 anos de idade, sendo obrigatória para menores de um ano,
como dispõe a Portaria n.º 452, de 6/12/76, do Ministério da Saúde. Recomenda-se a revacinação com BCG nas
crianças com idade de 10 anos, podendo esta dose ser antecipada para os seis anos. Não há necessidade de
revacinação, caso a primeira vacinação por BCG tenha ocorrido aos seis anos de idade ou mais.
Pacientes com tuberculose pulmonar, após o fim do tratamento medicamentoso, podem apresentar distúrbios
ventilatórios como enfisema regional, atelectasias e fibrose pleural, o que pode levar inclusive a lobectomia,
toracoplasia ou pnemectomia, reduzindo a tolerância ao exercício e levando a um declínio da qualidade de vida.
Além do comprometimento pulmonar, o emagrecimento causado pela doença pode levar a uma redução de massa
muscular, o que pode causar redução da força muscular respiratória.
Estudos mostram que há uma aparente melhora na tolerância ao exercício, melhora na sensação de dispneia e
melhora na qualidade de vida dos pacientes que realizaram a fisioterapia. Aqueles que apresentavam distúrbios mais
severos mostraram melhora em seu status funcional após os programas de reabilitação pulmonar.
Os exercícios respiratórios podem ensinar o paciente a controlar a respiração, aumentar a coordenação e a eficiência
dos músculos respiratórios, mobilizar a caixa torácica e treinar técnicas de relaxamento.
Exercício 1:
Em relação à tendênciade queda da incidência e da mortalidade por tuberculose no Brasil, apesar dos indicadores
animadores, números absolutos relacionados a essa enfermidade ainda causam indignação e representam um
desafio grandioso. São mais de 70 mil casos novos, e o número de óbitos por tuberculose ultrapassa a cifra de 4,5
mil pessoas a cada ano. Tendo o texto apresentado como referência inicial e considerando o cenário atual da
tuberculose no Brasil, assinale a opção correta.
A)
O maior risco de adoecimento se concentra nos primeiros dois anos após a primoinfecção, mas o período de
incubação pode ser estendido por muitos anos e até décadas.
B)
No tratamento da infecção latente ou quimioprofilaxia secundária, a droga de escolha é Rifampicina.
C)
Os profissionais de saúde deverão receber a vacina BCG, independentemente do resultado da prova tuberculínica.
D)
A transmissão da tuberculose ocorre exclusivamente pela via pulmonar.
 
E)
A pesquisa bacteriológica é o método prioritário, tanto na detecção quanto no monitoramento e na evolução do
tratamento, mas não serve para documentar a cura.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
B) 
Exercício 2:
A transmissão de micro-organismo por via respiratória ocorre através da eliminação de partículas por meio da tosse,
da respiração ou da fala. Estas partículas permanecem em suspensão no ar, podendo contaminar diversos locais e
pessoas. A transmissão do Mycobacterium tuberculosis ocorre por:
A)
Contato
B)
Aerossóis
C)
Gotículas
D)
Secreções oral e fecal.
 
E)
Autoimune
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
B) 
Exercício 3:
Observe os sintomas abaixo.
I. Tosse seca e contínua com duração de mais de 4 semanas que, posteriormente, passa a apresentar secreção.
II. Sudorese noturna, cansaço excessivo, palidez, falta de apetite e rouquidão.
III. Em casos mais graves, há dificuldade para respirar e eliminação de sangue ao tossir.
É correto afirmar que esses sintomas são característicos de:
A)
Difteria
B)
Meningite
C)
Pneumonia
D)
Tuberculose
 
E)
Lúpus
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
D)

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