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Avaliação III - Agamben

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA 
PROFESSOR: Daniel Schiochett 
DISCIPLINA: Introdução a filosofia do direito
ESTUDANTE: Antonio Wellington Alves da Silva
DATA: 28/06/2019
A partir do texto Homo Sacer, desenvolva uma dissertação (uma a duas páginas) explicando em que se funda o poder soberano para Agamben. Os seguintes conceitos/nomes devem aparecer (em qualquer ordem) em sua dissertação:
Biopolítica – vida nua – paradoxo – 
campo de concentração – exceção – Hobbes 
O homem como ser desejante, busca incessantemente pelo poder, pela sua satisfação. E o que faz quando alcança determinado objetivo? Um nova meta, um novo desejo, nunca chegará ao fim. Assim o poder se alastra e atinge não só os bens materiais, pois o poder se traduz em controle, sobre tudo, inclusive sobre a vida do outro, por isso desde a saída do estado de natureza em Hobbes, existe a presença do controle sobre a vida. O soberano detinha em suas mãos o biopoder, subjugação dos corpos e o controle de populações. 
Nesse sentido, vê-se o interesse em estabelecer relações entre política e vida, no grau em que mostra como o mundo ocidental sempre se orientou através da biopolítica, isto é, tendo como sua estruturação a exclusão. Não obstante, a modernidade vivenciou tal demonstração nos indescritíveis campos de concentração. O campo pode ser interpretado como a experimentação por excelência do que seria o homo sacer moderno, não caracterizando execução ou sacrifício, mas a retirada de tudo aquilo que identifica o homem como ser humano, seus direitos e prerrogativas, de tal modo que contra eles se podia cometer qualquer ato. Reduzindo a vida à condição de vida nua, apequenando-a exclusivamente ao biológico. O que aponta para a interação entre o modelo político estatal e o modelo biopolítico, que é arquétipo do poder soberano 
Observar a biolítica pelo viés de uma matriz jurídica pensando sobre a soberania e o Estado de Exceção, o direito e eficácia das leis participam de um ordenamento que é estabelecido no momento do contrato com o soberano, ele faz as leis, no entanto ele também é integrante do estado de direito, portanto é sujeito a sua própria lei. Assim ele está dentro e fora do estado de direito gerando um paradoxo.
 	Desse modo, o estado de exceção é o cerne do poder soberano, é a raiz que forma a relação entre o direito e a vida, em situação de inclusão e exclusão da mesma, ou seja, sujeição da vida a um poder de morte.		
Esta ameaça (do limite do poder soberano - o totalitarismo- sob qualquer justificativa) paira sobre a sociedade civil. A insegurança de que todos podem ser vítimas da vida nua e do poder de decisão sobre a “morte” da exceção. O que representa de maneira massiva a gestão dos corpos no campo biológico. 
Infere-se então a noção de biopolítica da exceção é manifestada na inclusão ou exclusão da vida nua que está no centro da concepção do mundo capitalista que mitiga a condição qualificada de formas de vida.

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