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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA – DIREITO SHENNYFER D. HONORATO DA SILVA - 20192101733 DIREITO AMBIENTAL RIO DE JANEIRO/RJ 2020 DIREITO AMBIENTAL O acidente de Mariana foi marcante para a população mineira, e após alguns anos a empresa ainda responde judicialmente, e no decorrer do tempo se abriu um leque de assuntos ambientais e jurídicos no qual vamos estudar a seguir. Princípios do direito ambiental que foram violados no acidente da barragem de Mariana: Princípio da prevenção: se baseia na necessidade de buscar meios para que os danos ambientais não ocorram e não seja necessário repará-los posteriormente, o que se pode fazer através de políticas públicas de conscientização e da criação de normas de proteção. Princípio da Responsabilidade Ambiental: os responsáveis pela degradação ao meio ambiente são obrigados a arcar com a responsabilidade e com os custos da reparação ou da compensação pelo dano causado. Princípio do Poluidor-Pagador: necessidade da reparação de danos causada pelo poluidor. A atividade mineradora em todo território nacional é regulada pelo DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral) é um órgão federal que tem a função de administrar e fiscalizar o exercício da atividade mineradora. Com a finalidade de controlar os recursos minerais, trazendo um grande benefício para a sociedade. o licenciamento ambiental é o processo administrativo que se desenvolve na instância administrativa do Órgão ambiental responsável pela gestão ambiental, tanto no âmbito federal, estadual ou municipal, No caso da barragem de Mariana podemos aplicar a teoria da modalidade risco integral. Segundo essa doutrina do Risco Integral, qualquer fato culposo ou não culposo, impõe ao agente a reparação, desde que cause um dano. Então tendo em vista o fato, pode-se aplicar a teoria da modalidade risco integral, já que houve um dano da mineradora com o meio ambiente. A doutrina da “tríplice responsabilização” denomina três tipos de responsabilidade ambiental: a) Responsabilidade civil que visa a reparação do dano; b) Responsabilidade administrativa que visa a prevenção do dano; c) Responsabilidade penal que visa a repressão ao dano.. Pode ser aplicada de maneira administrativa advertência, multa, apreensão de animais ou instrumentos utilizados para infração, destruição de produto, suspensão de venda de produto, embargo ou demolição de obra, suspensão da atividade, restritivas de direitos. Ainda pode suspender ou cancelar registro, licença ou autorização, impor restrições a incentivos fiscais, perda de financiamento público, proibição de contratar com a Administração Pública. redigida na Lei 90605/98, por exemplo, no artigo 70: “Considera-se infração administrativa ambiental toda ação ou omissão que viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente”. Na esfera Civil aplica-se a punição mesmo sem culpa, impondo-se o dever de reparação e indenização. Como prescreve o Artigo 14 e seu parágrafo primeiro: “Sem prejuízo das penalidades pela legislação federal, estadual e municipal, o não-cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção dos inconvenientes e danos causados pela degradação ambiental sujeitará os transgressores: (...) é o poluidor obrigado, independentemente de existência de culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, efetuados por sua atividade. A competência Pública da União e dos Estados terá legitimidade para propor ação de responsabilidade civil e criminal por danos causados ao meio ambiente”. E por fim na responsabilidade Penal segundo da lei 6938/81: “Quem, de qualquer forma, concorre para prática dos crimes previstos nesta Lei, incide nas penas a estes cominadas, na medida de sua culpabilidade” e por isso empresas, pessoas jurídicas também podem ser responsabilizadas administrativa, civil e penalmente, não excluindo a responsabilidade das pessoas físicas autoras, co-autoras ou partícipe do mesmo fato como prevê o Artigo terceiro da mesma lei em voga. A Lei de Crimes Ambientais trata a questão da aplicação da punição da pessoa jurídica de maneira que as penas previstas para as pessoas jurídicas que incorrem em crime ambiental variam de uma multa e serviços à comunidade, interdição temporária de direitos, suspensão parcial ou total de atividades, prestação pecuniária e recolhimento domiciliar. LEI Nº 9.605, DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998. Art. 3º As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade. Os danos materiais para as vítimas de mariana deverão ser integralmente compensados, e somado a isso uma indenização por danos morais. Uma tutela que que objetive a compensação de uma coletividade, podendo ser pecuniária ou obrigações específicas, conforme determina o Art. 3º da LEI No7.347, DE 24 DE JULHO DE 1985. “A ação civil poderá ter por objeto a condenação em dinheiro ou o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer”. E os danos ambientais, igualmente, serão compensados por meio de Termos de Ajustamento de Conduta – TAC ou por meio de Ação Civil. No casa especifico de Mariana foi convocada a força-tarefa do Ministério Público Federal e a OAB-MG, e a Fundação Renova, que foi criada para tratar da reparação de danos do desastre após acordo entre a União, os estados de Minas Gerais e Espírito Santo, a mineradora Samarco (operadora da barragem) e as suas controladoras Vale e BHP Biliton. Referências: Triplice responsabilidade ambiental L9605 A responsabilidade penal da pessoa jurídica de direito privado nos crimes ambientais Vítimas da Samarco podem requerer indenizações individualmente Princípios do direito ambiental
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