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conceito de sintoma

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O Sintoma na obra de Sigmund Freud: fenômeno que convoca o ato freudiano de escutar um sentido onde antes o saber instituído afirmava só haver mentira
É escutar o paciente, apesar do seu discurso singular
O conceito de sintoma antes de 1900
· Breuer e Freud defendem que a histeria é o produto de um conflito psíquico gerado por um evento traumático que deixou marcas, mas que não é lembrado no estado de vigília.
· Este conflito, quando trazido a tona através da hipnose, geralmente tem raízes em algo que é vergonhoso, e não aceito pela sociedade
· As histéricas retiram o prazer e afeto que estavam ligados a essa ideia (conflito) e o apoia em outra forma de expressão, que neste caso seria o sintoma.
Abandono da hipnose
· Após reconhecer os limites da hipótese, Freud deixa de utilizar este método
· 1904 Freud começa o uso do que seria a regra principal da psicanálise, que seria a associação livre.
· Na fala eles encontram o obstáculo da resistência, o que não ocorria na hipótese
· quando a resistência cede, e as lembranças dolorosas são vivenciadas, os sintomas cessam, e a vida pode seguir com menos sofrimento.
SOBRE AS NEUROSES
· Para Freud a histeria é “uma experiência sexual passiva antes da puberdade”, e a prova disto é que a maioria dos sintomas cessavam após o relato das histéricas sobre os mesmos, pois o trauma sexual representa a origem do problema.
· Freud diz que a consciência é um ato voluntário do paciente, o qual estava a todo tempo tentando se proteger de um fato conflituoso, contudo esse ato gerava uma divisão da consciência.
· Como existe um cessar dos sintomas após o relato dos traumas de abuso sexual, Freud começou a notar que aqueles relatam eram verídicos, pois depois de trabalhados, produziam a “cura” do paciente.
· No rascunho K, “As neuroses de defesa”, enviado a Filess em 1896, ele resume o curso tomado pela doença nas neuroses de recalcamento.
· Neuroses de recalcamento: Existe o trauma sexual prematuro que deve e vai ser recalcado, durante a vida do paciente, mas em algum momento essas lembranças virão a tona no consciente, necessitando assim de um esforço maior para recalca-las, gerando desta forma um sintoma primária
· O estabelecimento do sintoma promove um período de relativa tranquilidade psíquica, por contar com uma defesa eficiente, embora o paciente passe a conviver com a dor do sintoma primário, nossos sintomas passam a surgir como forma de resolver o conflito.
· Na carta 69, escrita a Fliess, em 1897, ele relata mudanças fundamentais em suas concepções de sintoma, neurose e sexualidade. Ele muda sua teoria sobre a veracidade dos conteúdo dos traumas sexuais relatados pelas neuróticas, pois percebe que não ah como aceitar como verdade conteúdos do inconsciente.
· o que o levará, posteriormente, a pensar na fantasia traumática, que consiste na cena tida como verdadeira pelo indivíduo, parte fundamental de sua realidade psíquica.
· Nessa carta Freud também admite para Fliess que o inconsciente nunca supera a resistência, então também abandonamos nossa expectativa de que o inverso aconteça no tratamento, a ponto de o inconsciente jamais ser totalmente domado pelo consciente.
· Reconhecer os relatos de suas pacientes como fantasias produtoras de sintomas, e reconhecer os limites do tratamento pela impossibilidade de “domar” o inconsciente e torná-lo consciente, faz Freud avançar e inaugurar a Psicanálise, tal como ela é conhecida até hoje.
O CONCEITO DE SINTOMA ENTRE 1900-1920:
· O ano de 1900 foi marcado na história como o nascimento da psicanálise, onde Freud inicia com sua
· obra “a interpretação dos sonhos”, sempre na tentativa de compreender os sintomas, ele expressa os sonhos em sua obra como a manifestação do inconsciente.
· Neste texto afirma que os sonhos são realizações de desejos. Em alguns, essa realização é obvia, mas mesmo nos sonhos de angústia ela está presente, de forma distorcida. 
· Essa distorção se dá devido ao nosso mecanismo de defesa, que impede que que o conteúdo do inconsciente venha a tona, e ainda assim permite que possamos desfrutar da realização desses desejos através dos sonhos.
· Assim como os sonhos, o sintoma também é a realização de um desejo, que é sempre sexual. Este, no entanto, aparece em uma versão mais aceitável. Desse modo, o sujeito que sofre com seu sintoma não reconhece nele uma satisfação.
· Logo, neste momento do tempo, Freud enxerga o sintoma como sendo uma mensagem a ser decifrada através da análise, que sofrera com a resistência do indivíduo.
· Os conteúdos dos sintomas são submetidos às mesmas torções e versões que sofrem ao aparecer num sonho, ou incorrer num ato falho.
· Mesmo com a incapacidade do consciente em domar o inconsciente, o trabalho de análise nesta época visava justamente colocar o inconsciente sobre o domínio da consciência.
· O tratamento psicanalítico consiste, então, na associação livre, através da qual se espera que o paciente revele tudo que passa por sua mente, sem reservas, certo que os pensamentos e lembranças estarão relacionados com o sintoma.
· Freud lança uma obra chamada “ conferencias introdutórias” onde ele comenta um pouco mais sobre as neuroses
· sintomas neuróticos têm um sentido que se estabelece de acordo com a vida dos indivíduos que dele padecem. 
· Freud relaciona a neurose obsessiva a uma satisfação de desejo sexual, recalcado e protegido, gerando assim novos sintomas que revelam um conflito psíquico
· Freud nota que a maior parte dos relatos dados pelos pacientes foram gerados na infância, logo ele percebe que esses relatos não passaram de fantasias geradas na infância.( O que havia sido o móvel inicial de sua teoria das neuroses) a experiência sexual real precoce é, muitas vezes, uma fantasia tomada pelos próprios pacientes como verdade.
· O sintoma, portanto, é um produto transfigurado pelo impulso de satisfação inconsciente da libido, e pela proteção exercida pelo recalque, atendendo num só momento essas duas forças, mantendo o equilíbrio entre essas instâncias, até que o sofrimento que o acompanha convoque o indivíduo a buscar outra solução.
· O que Freud vai encontrando em sua prática clínica é que os sintomas carregam em si uma satisfação que torna o tratamento difícil. Fazendo com que o indivíduo tenha dificuldade de abrir mão daquele prazer.
O CONCEITO DE SINTOMA APÓS 1920
· No ano de 1920 Freud publica “Além do princípio do prazer”. Nesta obra, apresenta mudanças na sua concepção do aparelho psíquico e uma nova formulação acerca das forças que organizam o funcionamento deste aparelho. Aponta para uma pulsão de destruição que age no indivíduo, além das que estariam guardando a harmonia – princípio de realidade e princípio do prazer.
· Assim, a partir de 1920 o conceito de sintoma passa a ter duas faces: o sintoma como efeito lacunar, como mensagem, passível de interpretação, e o sintoma como satisfação pulsional, que é o que resiste ao tratamento analítico.
· Em “Inibições, sintomas e ansiedade”, Freud define o sintoma como sendo o impulso reprimido, que a cada dia requer ser satisfeito, obrigando o ego, a desprezar esses impulsos e se colocar em posição de defesa.
· O sintoma surge como uma solução que visa reestabelecer uma suposta homeostase que teria sido quebrada pelo conflito psíquico, e chega a cumprir sua função, no sentido de resolver o conflito, ao mesmo tempo que tem como produto uma satisfação que perturba
· Um tipo de relação com a pulsão e um compromisso mais decidido em relação ao modo de lidar com a satisfação e dor do sintoma vão determinar as possibilidades do sucesso de um tratamento analítico.
O Sintoma na obra de Jacques Lacan: afirma que o tema do sintoma em Lacan pode ser compreendido de três modos: o sintoma como mensagem endereçada ao Outro como gozo, e como produção e invenção do sujeito.
1. O sintoma como mensagem-metáfora:
· No início da obra de Lacan, ainda existia uma grande predominância dos conceitos de Freud, e sua primeira obra teve como base uma das obras dele.
· Nesta primeira obra, Lacan fala sobre 3 categorias: o simbólico, o imaginárioe o real.
· Nesse primeiro momento de seu ensino, evidenciando a prevalência do Simbólico, afirma: “é o mundo das palavras que cria o mundo das coisas”, ou seja, é o significado que o homem da ao mundo, embasado na sua cultura, logo, se ele não for pertencente a uma cultura, está deslocado de um ambiente social.
· O imaginário diz respeito à relação entre semelhantes, de um indivíduo com o outro, especular.
· o Real nessa época aparece como o que está fora da experiência analítica (pelo o que eu entendi então é no consciente).
· Lacan fala sobre a importância da fala para uma sondagem verdadeira do paciente. Como se ela fosse uma porta de entrada para a psicanálise
· Cada fala possui algo particular, e esse particular só poderá emergir através da análise.
· Uma fala vazia pode ser transformada em fala plena, e daí vemos a manifestação do sintoma como sendo o significante de um significado recalcado da consciência do sujeito.
· Assim, trata-se, pela palavra, de desvendar o sentido que essa mensagem, o sintoma, explicita e esconde.
· A verdade do sintoma é uma verdade construída. Numa análise busca-se, portanto, que a palavra plena surja por meio da transferência e do trabalho de retificação subjetiva.
2. O sintoma como modo de gozo:
· O sintoma é, no começo, “o mutismo do sujeito suposto falante. Se ele fala, está curado de seu mutismo, evidentemente”
· O sintoma trás as verdades sobre aquele indivíduo, mas como a linguagem uma não possui apenas um sentido, então o sintoma pode expressar múltiplos significados.
· Apesar dos múltiplos significados, Lacan afirma que existe um limite para o analista, e o que ficar, será objeto de satisfação para o indivíduo.
· Como o sintoma trás satisfação, torna-se difícil abrir mão dele, e por isso é tão difícil largar o sintoma, e é isto que Lacan denomina como o gozo do sintoma.
· Nesse sentido, o gozo não coincide com prazer, mas é um modo de satisfação que leva o sujeito em direção ao seu pior: a pulsão de morte. O que o sujeito sente é um sofrimento intolerável que, paradoxalmente, é uma satisfação.
3. O sintoma como criação/invenção de um sujeito: 
· O sintoma é o trabalho de todo sujeito para dar conta do Real. Assim, “não deve ser dissociado do sujeito, algo que deve ser modificado, mas não arrancado do sujeito, por ser fundamental em sua estrutura”
· A perspectiva do tratamento analítico, nesse momento da elaboração lacaniana, não visa à eliminação dos sintomas, mas a ajudar o sujeito a encontrar uma nova forma de lidar com seu sintoma.
· Em seu último ensino, Lacan localiza o sintoma como invenção, criação do sujeito.

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