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Fisiologia Respiratória e renal

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1 Fisiologia Respiratória e renal. 
FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA E RENAL. | Mayla Ketlyn Lazzarim 
FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA 
O sistema respiratório é composto por duas zonas, a de condução onde não 
ocorrem trocas gasosas e a respiratória onde ocorrem trocas. 
ESTRUTURA DAS VIAS AEREAS: 
Zona Condutora (Não faz troca gasosa) 
 Nariz, 
 nasofaringe, 
 laringe, 
 traqueia 
 bronquio principal, 
 brônquio lobar, 
 brônquio segmentar, 
 bronquíolo terminal (Contém musculo liso, o que confere capacidade de: 
1. broncoconstrição: Acetilcolina pelo parassimpático, 
Histaminas pelos mastócitos geralmente em reações 
alérgicas. 
2. broncodilatação: Noradrenalina pelo simpático 
Zona Respiratória (Faz troca gasosa) 
 Bronquiolos respiratórios 
 Ductos alveolares 
 Alvéolos 
A área de troca gasosa do pulmão humano tem cerca de 75 m2 
FUNÇÕES DO SISTEMA RESPIRATÓRIO 
1. Troca de gases entre a atmosfera e o sangue (ventilação): O corpo 
traz O2 e distribui para o corpo e elimina CO2, produto residual produzido 
pelo metabolismo. 
2. Regulação homeostática do pH do corpo: Os pulmões podem alterar 
o pH do corpo seletivamente retendo ou excretando CO2, por que este é 
apolar e o plasma é composto por praticamente a metade de agua então 
o CO2 é transformado em ácido carbônico quando adicionado a H20 e 
ainda sobra um H+ que quando está em grandes quantidades no 
sangue aciona o bulbo por mostrar nível elevado de acidez, e este 
entende que precisa excreta-lo. 
3. Proteção contra patógenos e substancias irritantes inalados: O 
epitélio é bem suprido com mecanismos de defesa que aprisionam e 
destroem sustâncias potencialmente nocivas antes que elas possam 
entrar no corpo. 
4. Vocalização: O ar se move através das pregas vocais criando vibrações 
usadas pra falar cantar e outras formas de comunicação. 
MECANISMO PELO QUAL AS 4 FUNÇÕES PODEM SER EXERCIDAS: 
 
 
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 O fluxo ocorre a partir de regiões de pressão mais alta para regiões de 
pressão mais baixa. 
 Uma bomba muscular cria gradientes de pressão. 
 A resistência ao fluxo de ar é influenciada principalmente pelo d}iâmetro 
dos tubos. 
 
 
 PULMÃO 
É praticamente constituído por tecido alveolar, que apresenta dois tipos de 
Células Alveolares Tipo I (Ocupam 95% deste tecido e são maiores mais e 
finas afim de possibilitar as trocas) e as Células Alveolares Tipo II (Que são 
menores e mais espessas, responsáveis por sintetizar e secretar um composto 
chamado Surfactante, que ajuda na expansão do pulmão na inspiração). 
Tudo isto envolvido por duas membranas chamadas de pleuras, uma parietal 
outra visceral e entre elas há um espaço chamado intrapleural que apresenta 
um liquido que possibilita a movimentação dos pulmões de da caixa torácica 
SURFACTANTE. 
Se espalham pela superfície de água que reveste o interior dos alvéolos. 
Diminui a interação entre as moléculas de água, diminuindo a tensão superficial 
e permitindo os alvéolos se insuflarem (alvéolo comprimido tem mais 
surfactante). São secretados por pneumócitos tipo II. 
+ Composição: fosfolipídios (dipalmitoil), apoproteinas, íons cálcio. Os dois 
últimos ajudam na distribuição dos fosfolipídios. 
+ Benefícios: 
- Aumenta a complacência. 
- Diminui a tendência dos alvéolos menores de se esvaziarem. 
- Diminuição da passagem de fluidos dentro dos alvéolos. 
LEI DE LAPLACE 
A pressão requerida pra distender uma parede do alvéolo em uma dada 
tensão, é inversamente proporcional ao seu raio. Na inspiração o ar move-se 
para o alvéolo de maior diâmetro, o surfactante evita o esvaziamento dos 
alvéolos menores para os maiores, pois diminuía a TS. 
VENTILAÇÃO 
(PULMONAR)Quantidade de ar que entra ou que sai no sistema respiratório 
por unidade de tempo. (VP = VC . FR) 
É conhecido como ventilação ou respiração, constituído por dois movimentos a 
Inspiração (Inalação) que consiste no movimento de entrada do ar para o 
corpo, e a Expiração (Exalação) que consiste no movimento de saída do ar do 
corpo. A Zona condutora traz e leva o ar, e a Zona Respiratória, mais 
precisamente nos alvéolos em contato com os capilares, (ALVEOLAR) formam 
a superfície de troca, na qual o gradiente de pressão decide o sentido dos 
 
 
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gases que com maior concentração do alvéolo sai o O2 em direção ao sangue 
para ser distribuído ates as células alvo, e do sangue sai o CO2 em direção ao 
alvéolo para ser excretado. 
A ventilação conta com a ajuda de ossos e músculos do tórax (principalmente o 
Diafragma), que formam juntos a Caixa Torácica 
Regulação da ventilação: 
 
 TROCAS GASOSAS 
 
 DIFERENÇAS ENTRE AR ATMOSFÉRICO E AR ALVEOLAR: 
+ N2: a mesma concentração. 
+ O2: alto no atmosférico e baixo no alveolar. Necessário para criar diferença 
de pressão. 
+ CO2: baixo no atmosférico e mais alto no alveolar. Necessário para criar 
diferença de pressão. 
+ H2O: baixo no atmosférico e alto no alveolar 
A diferença de pressão faz com que o oxigênio se difunda do alvéolo para o 
capilar, entretanto pode ser afetado por gradientes de pressão parcial, 
espessura da membrana e pela distância da difusão, na ausência destas 
interferências há a formação da oxiemoglobina, que nada mais é do que a 
hemoglobina com seu grupamento heme, mais especificamente no ferro dele, 
ligado ao oxigênio. 
 
VANTAGENS DA RESPIRAÇÃO NASAL. 
A respiração nasal contém consigo fatores que favorecem uma 
respiração mais pura: 
 
 
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 Contém pelos e epitélio ciliado que agem como um filtro além da 
capacidade de secretar muco que faz com que impurezas sejam 
barradas e aderidas a ele. 
 Aquece o ar a fim de não danificar o alvéolo com o frio. 
 Adiciona vapor de agua até atingir a umidade de 100%, de modo que o 
epitélio de troca úmido não seque. 
O que não ocorre em uma respiração bucal, então ela fica sujeita a certas 
vulnerabilidades pois não tem a resistência apresentada na nasal, é uma 
respiração mais fácil se pensar em termos práticos porem com resultados 
negativos, um bom exemplo disto é uma corrida em um dia de frio, se o 
indivíduo não faz a respiração correta, ou seja, nasal, este começa a sentir 
uma queimação nas vias aéreas pois não umidificou corretamente o ar. 
 
 
 
 
 
 
 
PATOLOGIAS (Quanto a complacências e difusão pulmonar) 
 Enfisema: diminui a Difusão Pulmonar devido à destruição dos 
alvéolos, aumenta complacência, pois parede não são mais resistentes 
a pressão. Então com pequena pressão submetida ha um grande 
aumento de volume 
 Fibrose ou edema: diminui a Difusão Pulmonar devido ao aumento da 
espessura/rigidez da membrana alveolar, diminui complacência devido 
ao enrijecimento das paredes. Mesmo em uma pressão elevada, a 
alteração de volume é mínima. 
 Anemia: diminui Difusão Pulmonar pela redução da hemoglobina nos 
eritrócitos. 
 Exercício: aumenta Difusão Pulmonar devido ao aumento dos capilares 
perfundidos. 
 
ASMA 
É uma doença inflamatória crônica caracterizada pela obstrução ao fluxo de ar 
as vias respiratórias, causa edema da mucosa, a hiperprodução de muco e a 
contração da musculatura lisa ocasionando diminuição do diâmetro dos 
brônquios. Pode-se dizer que é uma doença alérgica (Histamina) causada por 
uma resposta imunológica retro alimentada. 
 A broncoconstricção ocasionada então não possibilita a saída deCO2 e a 
entrada de O2 
PNEUMOTORAX 
 
 
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Pode ocorrer devido a algum objeto estranho que perfure os pulmões, com 
uma facada ou a própria costela em uma situação onde haja a quebra da 
mesma. Perfurando os pulmões há o rompimento do equilíbrio de forças entre 
o pulmão e a 
Parede torácica. O ar atmosférico entra porque a pressão interna é menor 
(tendência de retração dos pulmões x expansão da caixa). O volume que tende 
a entrar na caixa é igual ao Volume Corrente. 
ENFISEMA PULMONAR 
 Parede dos alvéolos podem estar destruídas. 
 Hipotensão pulmonar. 
EDEMA PULMONAR 
Líquido nos espaços intersticiais do pulmão e alvéolos. 
 Normalmente por pressão capilar pulmonar muito elevada (insuficiência 
do ventrículo esquerdo). 
 Líquido sai dos capilares para os tecidos e alvéolos pulmonares. 
 Bloqueio do transporte pela membrana. 
 Morte pode ocorrer de 20 a 40 minutos. 
 
 
 
HIPÓXIA: 
Baixo teor de oxigênio. 
 Pressão parcial reduzida do oxigênio no ar. 
 Anormalidades pulmonares que reduzem a difusão do oxigênio para o 
sangue. 
 Diminuição de hemoglobina. 
 Incapacidade cardíaca de bombeamento adequado de sangue. 
 Incapacidade dos tecidos em utilizar o oxigênio. 
PNEUMONIA: 
Infecção nos pulmões. 
 Aumento de exsudato infeccioso (edema e inflamação). 
 Impede absorção do ar alveolar para o sangue. 
SATURAÇÃO DA HEMOGLOBINA 
A saturação da hemoglobina nada mais é do que a quantidade de hemoglobina 
com seus sítios ocupados por oxigênio, cada Hemoglobina tem capacidade de 
4 sitios de ligação para o O2. . A quantidade de hemoglobina no plasma ligada 
a O2 é de 98% e de 2% é a quantidade livre 
 Quanto maior é a pressão de O2 capilar mais ele irá se colidir com as paredes 
do vaso até que ao acaso encontre a Hemoglobina e se instale no seu 
grupamento Heme, sendo assim libera espaço para mais O2 alveolar se 
difundir para a membrana do capilar. 
A formação da oxiemoglobina ou, saturação da hemoglonina, pode ser 
interrompida ou dificultada em casos de aumento da temperatura, aumento da 
PCO2 pelo 2,3 DPG e ainda pela acidez do plasma, onde a pressão de CO2 é 
 
 
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grande e forma de ácido carbônico que rapidamente se transformara em 
bicarbonato mais H+ (que confere esta acidez), este mecanismo é utilizado para 
descarregar o oxigênio nas células pois há muito H+ que vai acabar 
competindo com o sitio da hemoglobina e não deixando o oxigênio se ligar, 
então por difusão este fica livre para entrar na célula e desempenhar suas 
funções. 
PO2 nas células que determina o quanto de O2 será descarregado da 
Hemoglobina 
IMPORTANCIA DA ELIMINAÇÃO DO CO2 
A elevação da PCO2 causa um quadro de acidez que por sua vez interfere nas 
ligações de hidrogênio das moléculas, podem desnaturar proteínas, e ainda e 
ainda deprimem as funções do SNC causando confusão, coma e morte. 
Então o 70% de CO2 é convertido, pela anidrase carbônica, em HCO3- 
(bicarbonato) que é um meio adicional pelo qual CO2 pode ser transportado 
das células para o pulmão, e também por que atua como tampão para os 
ácidos metabólicos. 
 
 
CAUSAS DOS DESVIOS DA RELAÇÃO 
Acidose respiratória: hipoventilação, acúmulo de CO2 (diminuindo pH) e 
obstrução de vias respiratórias. 
Alcalose respiratória: hiperventilação, ventilação artificial, ansiedade. 
Acidose metabólica: produção de ácidos (lático, acetoacético). 
Alcalose metabólica: ingestão de álcali e perda excessiva de H+ (ex: vômito). 
MECANISMOS DE COMPENSAÇÃO: 
Acidose respiratória: excreção renal de H+ (acidifica urina) e reabsorção de 
bicarbonato. 
Alcalose respiratória: excreção de bicarbonato. 
Acidose metabólica: excreção renal de H+ e hiperventilação. 
Alcalose metabólica: hipoventilação e excreção de bicarbonato. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Fisiologia Renal 
Principais funções do sistema renal 
1. Regulação do volume do fluido extracelular e da osmolaridade 
2. Manutenção do equilíbrio iônico 
3. Excreção de resíduos e substancias estranhas 
4. Regulação do equilíbrio acido base 
5. Produção de hormônios 
Unidade funcional do rim: Nefron. 
Constituído por: 
1. Corpúsculo renal: Glomérulo (Enovelado de capilares) + Capsula de 
Bawman (Contém podócitos e pedicelios que formam as fendas de 
filtração) 
2. Aparelho justaglomerular: Formado por: 
 Mácula Densa do túbulo distal Essas células detectam a 
variação do volume e composição do fluido tubular distal e 
enviam essas informações às Células Granulares da arteríola 
aferente. 
 Células Justaglomerulares ou granulares próximas, que 
Armazenam Renina. 
 Células Mesangiais Extraglomerulares apresentam células 
granulares. 
3. Túbulo Proximal: Absorve toda a glicose ( Por co-transporte com o Na, 
mas 300 é limiar e se ultrapassa-lo ocorrerá excreção de glicose o que 
ocorre no diabetes.) e aminoácidos, e cerca de 85% do cloreto de sódio 
(transporte ativo) e da água do filtrado. Absorve também fosfato e 
cálcio. Transfere, do líquido extracelular para o filtrado, creatinina e 
substâncias estranhas ao organismo (processo ativo chamado secreção 
tubular). 
4. Alça de Henle: 
 Descendente: Reabsorção de agua 
 Ascendente: Reabsorção de Na+ 
5. Túbulo distal: Ocorre saída de sódio por processo ativo e também sai 
água. Adicionam íons hidrogênio, potássio e amônia ao filtrado, sendo 
sua atividade importante para a manutenção do equilíbrio acido-básico 
do sangue. 
6. Ducto Coletor: O ADH age no ducto coletor, aumentando a reabsorção 
de água, permitindo pois que o fluido tubular entre em equilíbrio com o 
interstício hipertônico. De um modo geral, pode-se dizer que o Ducto 
Coletor reabsorve Na+ e Cl- (estimulado pela Aldosterona) e secreta 
amônia, podendo tanto secretar como reabsorver potássio, hidrogênio e 
bicarbonato. 
Trajeto percorrido até a formação da urina: 
 
 
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Arteríola aferente – Glomérulo – Capsula de Bowman – Túbulo proximal – Alca 
de Henle – 
Túbulo distal – Ducto coletor – Pelve renal – Ureter – Bexiga urinaria – Uretra – 
Meio externo 
 
 
 
Filtração glomerular 
É ALTAMENTE NÃO SELETIVA!!!! 
A FG se dá por meio das fenestrações e dos prolongamentos dos podócitos. 
Mas o que faz com que ocorra efetivamente a filtração é a “diferença existente 
entre a pressão hidrostática e pressão oncótica.” A pressão hidrostática 
exercida pelos capilares do glomérulo faz com que o líquido e pequenos 
metabólitos tendam a passar pelas fenestrações, ao passo que as proteínas 
são mantidas nos vasos pela pressão oncótica de sentido contrário às 
fenestrações, mantendo o máximo possível de proteínas na luz dos vasos 
-A filtração glomerular corresponde a cerca de 20% do fluxo plasmático renal, e 
a reabsorção tubular corresponde a 178 a179L/dia, com isso a excreção 
urinaria é de cerca de 1 a 2L/dia. 
Barreiras da filtração 
 Endotélio capilar - fenestrado 
 Membrana Basal - rede de fibras de colágeno e proteoglicanas 
 Epitélio da cápsula de Bowman 
Regulação 
Depende basicamente das alterações na pressão de filtração nos capilares 
glomerulares. 
 ↑ FG: sinal parácrino (Macula Densa), Vasoconstrição Arteríola Aferente 
↓ FG 
 ↓ FG: Células Justaglomerulares (Renina →Angiotensina) 
Vasoconstrição da Arteríola Eferente ↑ FG 
 
Regulação Intrínseca ou (Auto regulação): 
 
 Mecanismo Miogênico: envolve uma propriedade intrínseca do 
músculo liso arterial, por meio da qual o músculo contrai-se ou relaxa-se 
em resposta a um respectivo aumento ou queda da tensão da parede 
vascular. Baseia-se na Lei de Laplace. 
 Balanço Túbulo-Glomerular(BTG): envolve um mecanismo de 
feedback. Quando aumenta o RFG (Ritmo de Filtração Glomerular) em 
um néfron, e consequentemente aumenta o fluxo de fluido pelo túbulo 
distal inicial, na região da Mácula Densa, o RFG nesse mesmo néfron é 
 
 
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reduzido. O oposto acontece, embora em menor grau: quando cai o 
fluxo de fluido pela mácula densa, aumenta o RFG 
 
Regulação Hormonal 
São hormônios e autacoides que podem influenciar a FG e o Fluxo Sanguíneo 
Renal. 
 Norepinefrina, Epinefrina e Endotelina provocam constrição dos vasos 
sanguíneos renais e diminuem a FG. 
 A Angiotensina II preferencialmente provoca constrição das arteríolas 
eferentes na maioria das condições fisiológicas. 
 O Óxido Nítrico derivado do endotélio diminui a Resistência Vascular 
Renal e aumenta a FG. 
 Prostaglandinas e Bradicininas tendem a aumentar a FG. 
Peptídeo Atrial Natriurético (ANP) 
 Os miócitos atriais liberam o Peptídeo Atrial Natriurético, em resposta ao 
aumento da pressão arterial e, então, ao volume circulatório efetivo. O 
principal efeito do ANP é hemodinâmico: esse peptídeo causa 
pronunciada vasodilatação das arteríolas aferente e eferente, 
aumentando fortemente o fluxo sanguíneo renal cortical e medular, 
reduzindo a sensibilidade do Balanço Túbulo Glomerular. O efeito 
resultante é um aumento do FPR e do RFG. Em altos níveis, o ANP 
diminui a pressão arterial sistêmica e aumenta a permeabilidade capilar. 
 
 
 
 
Processamento tubular do filtrado glomerular 
Reabsorção 
Reabsorvemos 99% de água filtrada, 100% de glicose, 50% da uréia e 99,5% 
do sódio. A maioria desses processos ocorre nos túbulos contorcidos 
proximais. 
 Por transporte ativo as substâncias são transportadas através das 
membranas celulares contra o gradiente de concentração e esta 
movimentação requer gasto direto de energia. 
1° Bomba de Na K ATPase 
2°Simporte e Antiporte (Uso indireto de ATP) 
 O transporte passivo de substâncias ocorre por gradiente osmótico o 
que não requer consumo direto de energia. 
TÚBULO PROXIMAL, em condições normais são reabsorvidos 80% da água 
existente no filtrado. Por transporte ativo, 100% da glicose e 95% dos 
aminoácidos enquanto a reabsorção do sódio ocorre ao nível de 85% por 
transporte ativo que envolve a bomba de sódio e potássio. Também são 
reabsorvidas, nos túbulos proximais, por transporte ativo, outras substâncias 
como: aminoácidos, ácido úrico, bicarbonato, cálcio, fosfato, magnésio e 
sulfato, enquanto, a reabsorção de água, ácidos fracos não ionizados e uréia 
ocorrem por transporte passivo, a favor do gradiente osmótico. A 
 
 
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TÚBULOS DISTAIS são reabsorvidos por transporte passivo água e uréia. O 
transporte passivo do sódio depende da ação da aldosterona enquanto o da 
água depende do hormônio antidiurético. 
TUBOS COLETORES A reabsorção de água também depende do hormônio 
antidiurético. 
 
Regulação do volume extra celular 
Ao longo do dia ganhamos agua a partir da alimentação e das bebidas, e 
perdemos através da pele pelo suor, pulmões, urina e fezes. 
A regulação do volume é relacionada primeiramente com modificação no 
balanço de sódio, a regulação da tonicidade compreende essencialmente 
modificações no balanço de água. 
Regulação Hormonal 
ADH (Hormônio Anti Diurético) 
A permeabilidade à água do segmento final do túbulo distal e do ducto coletor é 
regulada pelo hormônio antidiurético (ADH). 
O hormônio antidiurético (ADH) é um hormônio protéico produzido no 
hipotálamo e armazenado na hipófise. A partir da neuro-hipófise o ADH é 
liberado para o sangue. 
A principal ação do ADH é regular a tonicidade do fluido extracelular, 
aumentando a permeabilidade à água dos epitélios do túbulo distal, túbulo 
coletor e ducto coletor. 
O ADH aumenta a permeabilidade à água pela abertura dos poros nas células 
epiteliais do ducto coletor. Pode-se dizer que o ADH é o hormônio da 
conservação da água. 
Entretanto, como o ADH atua sobre a região coletora do túbulo distal e do 
ducto coletor, a diurese daí resultante geralmente não afeta os níveis 
plasmáticos de H+ ou K+. 
 
 Efeito antidiurético - ocorre via receptores V2 e com concentrações 
plasmáticas relativamente baixas; 
 Efeito vasoconstritor - é mediado por receptores V1 e ocorre com 
concentrações plasmáticas superiores. 
A sua libertação é controlada por osmorreceptores (presentes no hipotálamo) e 
por barorreceptores periféricos. Um aumento da osmolalidade plasmática 
acima dos 280 mOsm/Kg provoca um aumento nos níveis plasmáticos da ADH. 
A sede é estimulada a osmolalidades superiores como segunda linha de defesa 
contra a hiperosmolalidade. 
Efeitos da ADH: 
1) Redução do fluxo urinário e aumento da osmolalidade da urina (faz a ligação 
fisiológica 
entre as osmolalidades plasmática e urinária) 
2) Aumento da permeabilidade à água do epitélio do ducto coletor (10 a 20 
vezes) 
 
 
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Ao nível do ducto coletor, a ADH liga-se ao receptor V2 presente na membrana 
basolateral, o qual conduz à formação de AMPc que ativa a proteína cinase A; 
esta leva à produção de aquaporinas tipo 2 (por intermédio da fosforilação de 
proteínas ainda desconhecidas) que são inseridas na membrana apical 
aumentando assim a permeabilidade à água das células epiteliais do ducto 
coletor. 
SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA-ALDOSTERONA 
Quando há uma diminuição do volume circulante (hipovolemia), a hipoperfusão 
renal estimula o aparelho justaglomerular a secretar RENINA, responsável por 
converter ANGIOTENSINOGÊNIO (produzido pelo fígado) em 
ANGIOTENSINA I. Esta sofre ação de uma enzima produzida pelos pulmões 
denominada ENZIMA CONVERSORA DE ANGIOTENSINOGÊNIO (ECA, ou 
em ingês, ACE), convertendo-se em ANGIOTENSINA II. 
A Angiotensina II será responsável por exercer 3 ações: 
1) Estimular o centro da sede no Hipotálamo (área lateral do mesmo) para 
aumentar a volemia. 
2) Em nível renal, diminuir a excreção de sódio e de água, na tentativa de 
aumentar a pressão sanguínea e a volemia. 
3) Estimular a Adrenal a sintetizar e secretar ALDOSTERONA, também 
responsável por diminuir a excreção de sódio e água (estimulando a 
reabsorção dos dois). 
 
 
 
ALDOSTERONA 
Secretada pelas células da zona glomerulosa do córtex adrenal, é regulador 
importante da reabsorção de sódio e da secreção de potássio pelos túbulos 
renais. 
O primeiro sítio tubular renal da ação da Aldosterona é o Conjunto das Células 
Principais do Túbulo Coletor Cortical. 
O mecanismo pelo qual a Aldosterona aumenta a reabsorção de sódio 
enquanto, ao mesmo tempo, aumenta a secreção de Potássio é por 
estimulação da bomba Na+/K+ ATPase, na face basolateral da membrana do 
túbulo coletor cortical. 
A Aldosterona também aumenta a permeabilidade ao sódio da face luminal da 
membrana. 
Os estímulos mais importantes para a Aldosterona são: 
Concentração de Potássio Extracelular aumentada 
Níveis de Angiotensina II elevados, o que ocorre, geralmente, em condições 
associadas à depleção de sódio e de volume ou pressão sanguínea baixa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Equilíbrio acido base 
Atua em horas ou dias, por excreção de urina ácida ou básica. Atuação 
importante esta na liberação de bicarbonato para o sangue (3 mecanismos). 
 O sistema excreta ácidos não voláteis (ácidos do metabolismo). 
 Possui tampão fosfato, que permite a reabsorção de bicarbonato para o 
sangue. 
 Com baixo pH, há produção de bicarbonato a nível renal (com anidrase 
carbônica). O bicarbonato, em cotransporte com o Na2+ vai para o 
líquido intersticial e chega ao sangue, aumentando o pH. 
 Produção de amônia, que conseguecapturar íons H+. É o processo 
mais demorado (último recurso). Glutamina é transformado em 
gutamato, que é degradado para formar amônia. A amônia forma íon 
amônio, que captura hidrogênios e permite a reabsorção de bicarnonato, 
aumentando o pH sanguíneo. 
 
 
Visão geral 
Os rins controlam o equilíbrio ácido-básico ao excretar urina ácida ou básica. 
Grande quantidade de HCO3 é normalmente filtrada e o H+ é ativamente 
secretado em troca da reabsorção do HCO3 filtrado 
Em condições normais, a quantidade de H+ secretada permite a reabsorção 
quase total do HCO3 conservando o sistema tampão do LEC e excretando 
osácidos não voláteis 
 
 
 
 
 
 
 
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