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A IMPORTÂNCIA DO MÉTODO CIENTÍFICO PARA A REALIZAÇÃO DOS TRABALHOS ACADÊMICOS

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A IMPORTÂNCIA DO MÉTODO CIENTÍFICO PARA A
REALIZAÇÃO DOS TRABALHOS ACADÊMICOS
Para descobrirmos a importância do método científico para a realização dos trabalhos acadêmicos, é importante perceber que o discurso científico é mais exigente e se aplica em situações mais restritas do que, por exemplo, os pensamentos filosóficos ou teológicos. A contrapartida é seu poder superior e a confiança maior que recebem as conclusões obtidas. Isto faz com que maiores ainda devem ser as preocupações em zelar pelo patrimônio da verdadeira ciência. De certa forma, esse é o papel do método científico.
O método científico tenta minimizar a influência do viés ou preconceito no pesquisador. Mesmo os cientistas mais bem-intencionados não conseguem escapar do viés. É o resultado de crenças pessoais e culturais, o que significa que qualquer ser humano filtra informações com base em sua própria experiência. Infelizmente, esse processo de filtragem pode levar um cientista a preferir um resultado a outro. Este comportamento humano é compreensível, mas nos trabalhos científicos, que muitas vezes são amplamente publicados e cujas conclusões duplicadas em outros trabalhos e pesquisas científicas, o viés deve ser evitado a todo custo.
Esse é o trabalho do método científico. Ele fornece uma abordagem objetiva e padronizada para a realização de experimentos e, ao fazer isso, melhora seus resultados. Ao usar uma abordagem padronizada em suas investigações, os cientistas podem sentir-se confiantes de que se apegarão aos fatos e limitarão a influência de noções pessoais pré-concebidas. Mesmo com uma metodologia tão rigorosa em vigor, alguns cientistas ainda cometem erros. Por exemplo, eles podem confundir uma hipótese com uma explicação de um fenômeno sem realizar experimentos. Ou eles podem falhar em contabilizar com precisão certos erros, como erros de medição. Ou eles podem ignorar dados que não suportam a hipótese.
Na maioria das vezes, no entanto, o método científico funciona e funciona bem. Quando uma hipótese é confirmada por testes experimentais repetidos, ela pode se tornar uma teoria, que pode ser pensada como o pote de ouro no final do arco-íris do método científico. As teorias são muito mais abrangentes que as hipóteses e possuem um enorme poder preditivo. A teoria da relatividade, por exemplo, previa a existência de buracos negros muito antes de haver evidências para apoiar a ideia. Deve-se notar, no entanto, que um dos objetivos da ciência não é provar que as teorias estão corretas, mas provar que estão erradas. Quando isso acontece, uma teoria deve ser modificada ou descartada por completo.
O método científico é melhor pensado como um conjunto de “métodos” ou diferentes técnicas usadas para provar ou refutar uma ou mais hipóteses. Uma hipótese é uma explicação proposta para os fenômenos observados. Esses fenômenos são, em geral, empíricos - isto é, são reunidos por observação e/ou experimentação. "Hipótese" é um termo frequentemente confundido com "teoria". Uma teoria é o resultado final de uma hipótese testada anteriormente, significando um conjunto comprovado de princípios que explicam os fenômenos observados. 
No entanto, segundo Willem B. Drees, o fato de haver vários métodos científicos não significa que tudo é possível. “A cientificidade requer responsabilidade com base em dados e argumentos. Experiência pessoal, intuição, experiências religiosas e, por exemplo, julgamentos morais são de grande importância em toda vida humana. Eles também podem inspirar um cientista. Mas eles não são um bom ponto de partida para argumentos científicos".
Vale a pena ainda mencionar que não podemos mesclar ciência com cientistas. A ciência tem suas próprias regras e cabe aos cientistas tanto a tarefa metodológica de respeitá-las quanto o imperativo moral de zelar para evitar rupturas dos códigos éticos que aceitamos.
Uma das características mais importantes do método científico é sua repetibilidade. Os experimentos realizados para provar uma hipótese de trabalho devem registrar claramente todos os detalhes para que outros possam replicá-los e, eventualmente, permitir que a hipótese seja amplamente aceita. 
Apesar de sua estrutura rígida, o método científico ainda depende das capacidades mais humanas: criatividade, imaginação e inteligência; e sem eles, não pode existir. O raciocínio ocidental é baseado em nossa fé na verdade, muitas vezes na verdade absoluta. Pressupostos iniciais que então se tornam hipóteses são subjetivamente aceitos como verdadeiros; assim, o método científico demorou mais para ser aceito pelas civilizações orientais, cujo conceito de verdade difere do nosso. É possível que o método científico seja a maior atividade unificadora da raça humana. 
Sem ele, os humanos são imaturos demais para fazer uma distinção entre o que é conhecido e o que é meramente acreditado. Também obriga as pessoas a provarem coisas erradas que poderiam ser provadas erradas, em vez de ignorar evidências inconsistentes, a fim de manter a integridade de sua ideia pessoal.
Tudo existe em uma escala de certeza, variando de sugestões a absolutos. A mente humana faz um trabalho muito ruim de determinar qual é qual e qual o nível da escala de cada item. Até os acadêmicos mantêm preconceitos pessoais a favor ou contra qualquer coisa. O método científico demonstra claramente o que é apenas uma sugestão, o que é absoluto e o quão certo podemos ter sobre a integridade da ideia como um todo. Também reduz o debate sobre o que estudar e quais perguntas fazer. Alguns são verificáveis, outros não.
Então, por que o método científico é importante para a realização dos trabalhos acadêmicos? Porque fornece um processo objetivo universal que permite que as teorias sejam avaliadas à luz das evidências e verificadas ou rejeitadas. Os cientistas podem se aproximar da verdade.
REFERÊNCIAS
CASTILLO, M. The Scientific Method: A Need for Something Better? AJNR, 2013 - Disponível em: http://www.ajnr.org/content/34/9/1669. Acesso em: 12 de fev. de 2020.
CASTRO, Claudio de Moura. A Prática da Pesquisa: São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2012.
DEMO, Pedro. Metodologia científica em ciências sociais. 3. ed. rev. e atual. São Paulo, SP: Atlas, 1995.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 23. ed. rev. e atual. São Paulo, SP: Cortez, 2007.
VAESSEN, Ron. Dé wetenschappelijke methode bestaat niet. UNIVERS, 2016. Disponível em: https://universonline.nl/2016/01/08/de-wetenschappelijke-methode-bestaat-niet. Acesso em: 12 de fev. de 2020.
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