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BLOCO DE CASOS CLINICOS

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Curso: Psicologia 
Disciplina: História da Psicologia 
Turma: Turno:
Prof.: Ronielly Araújo
Aluno:
CASOS CLÍNICOS – PSICOPATOLOGIA I
1 - Analise os casos clínicos a seguir e aponte as FUNÇÕES alteradas, quais os tipos de ALTERAÇÕES e suas JUSTIFICATIVAS. Responda de acordo com os conteúdos vistos em sala de aula.
O CASO DE ARMANDO
	Armando (nome fictício) era um jovem de 20 anos levado ao pronto-socorro pela polícia do campus universitário de onde havia sido suspenso vários meses antes. A polícia foi chamada por um professor ao qual relatou que Lucas havia entrado na sala de aula gritando “Eu sou o Coringa, sou mais forte e estou procurando o Batman para extermina-lo e dominar o mundo”. 
	Quando o Armando se recusou a deixar o local, o professor chamou os seguranças. Embora Armando tivesse um bom desempenho escolar na adolescência, seu comportamento ficou cada vez mais estranho no ano anterior. Ele parou de se encontrar com os amigos e passava a maior parte do tempo deitado na cama olhando para o dizendo que o quarto estava pequeno e que não tinha cores e que se sentia preso. Ele vivia com vários familiares, mas raramente falava com eles.
	Foi suspenso da faculdade por faltas. Sua irmã afirmou que o havia visto várias vezes murmurando baixinho para si mesmo e percebeu que às vezes, à noite, ele se postava no telhado da casa e mexia os braços como se estivesse “conduzindo uma orquestra”. Ele negou ter intenção de pular do telhado. Embora seu pai e sua irmã tentassem encorajá-lo a fazer uma consulta com alguém no departamento de saúde para estudantes da universidade, Armando nunca havia se consultado com um psiquiatra, nem sofrido internação hospitalar anterior.
	Durante os meses que antecederam o incidente, Armando ficou cada vez mais obcecado por uma amiga, Anne, que vivia na mesma rua. Embora ele insistisse em afirmar para a família que estavam noivos, Anne informou à irmã de Armando que eles mal haviam conversado e que decididamente não estavam namorando. A irmã de Armando também relatou que ele havia escrito várias cartas para Anne, mas nunca as havia enviado; em vez disso, elas simplesmente se empilhavam em sua escrivaninha.
	Seus familiares afirmaram que, pelo que sabiam, ele nunca havia usado substâncias ilícitas nem álcool, e seu exame toxicológico resultou negativo. Ao ser perguntado sobre o uso de drogas, Armando pareceu zangado e não respondeu. Durante um o exame no pronto-socorro, aparentava ter bons cuidados pessoais de higiene e, de modo geral, não foi cooperativo. Parecia contido, resguardado, desatento e preocupado.
 	Zangou-se quando a equipe do pronto-socorro levou o jantar a ele. Insistiu em voz alta que toda a comida do hospital estava envenenada porque queriam elimina-lo e que só iria beber um tipo específico de água engarrafada. Ouvia sons de relógio o tempo todo e dizia que seu fim estava próximo, que Deus estava sussurrando isso no seu ouvido. 
	A avó de Armando morrera em um hospital psiquiátrico público onde viveu durante 30 anos. Seu diagnóstico era desconhecido. Sua mãe era relatada como “louca”. Ela havia abandonado a família quando o sr. Baker era jovem e ele foi criado pelo pai e pela avó paterna. Por fim, o sr. Baker concordou em ser internado na unidade psiquiátrica, afirmando: “Não me importo de ficar aqui. Provavelmente Anne já esteja aqui, então posso passar meu tempo com ela”.
CASO RUTH
	Ruth (nome fictício). tinha 25 anos quando chegou ao consultório. Ruth estudava engenharia, estava no último ano da faculdade, aluna de desempenho mediano, certa noite, voltando da sessão religiosa que costuma frequentar, na véspera de seu aniversário de 25 anos, apresentou mal-estar súbito com uma leve turvação e perca de consciência. Apoiou -se a uma árvore e teve uma visão que descreve assim: Ficou tudo escuro e por um instante eu não vi nada, aí olhei para cima da árvore e vi Jesus Cristo crucificado no tronco desta. Estava nu e olhava para mim. Eu o via de baixo para cima e assim seu pênis balançava em minha direção. 
	Fiquei olhando um tempão e aí acho que desmaiei. Só acordei de madrugada quando um guarda me sacudia e me levou para a república em que eu morava, e lá meus amigos chamaram minha mãe, que veio buscar - me. Estes fatos ocorreram cerca de 10 dias antes da primeira entrevista conosco. Do momento da visão em diante, Ruth percebia-se obrigada a realizar certos rituais: fugir de pessoas de branco – como os médiuns do centro que frequentava –, rezar ajoelhada horas a fio, beber a própria urina para purificar-se, jejuar e não dormir em camas para penitenciar-se. 
	Ruth. conta, que tudo começara após um abortamento a qual se submeteu. O “espírito” do bebê ficava chorando nos ouvidos dela. Ruth se se sentia culpada e assim teria de fazer penitências pelo resto da vida. Começou a ouvir vozes que revelaram o seu passado: eu era Deus, o que havia criado o Deus que todo mundo conhece. Havia feito um plano em que toda a violência e mal-estar no mundo terminariam, era só plantar mais comida e acabar com os metais! A comida alimentaria a todos, e sem metais, dinheiro e armas não mais existiriam. 
	Os anjos e arcanjos ficaram tão felizes com suas revelações que depuseram o velho Deus e me elegeram no lugar dele. Começou a desenvolver certos rituais que considerava seguros para atingir sua finalidade. Juntava o “choro” de uma vela num papel limpo e, após esfriar, devia moldar uma cruz, beijá-la e lambê-la, depois d derretê-la de novo misturando-a com fezes e urina para purificação. Nesse estado, a cruz era jogada na privada. Tinha que fazer isso nove vezes por dia, pois “só novenas” funcionariam. Falava a todos com muita paz e serenidade, no objetivo de fazê-los compreender sua nova condição divina; sabia que era escolhida, pois ela mesma se escolhera para salvar a humanidade. Os espíritos a orientavam e diziam exatamente o que fazer, ela só tinha que obedecer.

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