Buscar

Petição Inicial rural

Prévia do material em texto

AO JUÍZO DE DIREITO DA _____ VARA CÍVEL DA COMARCA DE LONDRINA/PR
João, convivente em união estável homoafetiva, trabalhador rural, inscrito no CPF nº, endereço eletrônico, residente e domiciliado na Rua das Bromélias, nº 100, na cidade de Londrina/PR, por seu advogado que esta subscreve, vem a presença de Vossa Excelência, propor a presente 
AÇÃO DE USUCAPIÃO RURAL
Em face de Julião, casado, profissão, inscrito no CPF nº, endereço eletrônico, residente e domiciliado; e Ruth casada, profissão, inscrita no CPF nº, endereço eletrônico, residente e domiciliada.
I - DOS FATOS
O autor, juntamente com seu convivente tomaram posse de um pequeno imóvel rural, durante 9 anos, localizado na Rua das Bromélias, nº 100, na cidade de Londrina/PR de apenas 35 hectares, de propriedade de Julião e sua esposa Ruth.
Ressalte-se que o imóvel dos requeridos tem como confrontantes a Fazenda da Paz, cujo proprietário é a pessoa jurídica denominada Fazenda da Paz Ltda, e também com uma propriedade rural pertencente aos cônjuges Francisco e Rosa, conforme planta do imóvel em anexo
O autor nunca sofreu qualquer tipo de contestação ou impugnação por parte de quem quer que seja, sendo a sua posse, portanto, e sem oposição e ininterrupta durante todo esse tempo.
Os possuidores desde que entraram para o imóvel agiu como se fosse o próprio dono, tendo fixado nele moradia sua e de sua família, bem como tornado a terra produtiva, mediante o trabalho dos que ali residem.
Ressalta-se que o possuidor não é proprietário de nenhum outro imóvel, seja ele rural ou urbano e todos os carnês de IPTU, deixados na propriedade pela prefeitura, foram pagos pelo casal, desde o início da posse.
Visando regularizar a situação, pois pretende ser declarado como proprietário e estando presentes todos os requisitos legais exigidos, o autor faz jus à presente ação.
II- DOS FUNDAMENTOS
A usucapião rural, também chamada de usucapião pró-labore, está prevista nos artigos 191, caput, da CF/88, e art. 1.239, do CC/02, que assim dispõe, apresentando-nos os requisitos: 
Art. 1.239. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como sua, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra em zona rural não superior a cinquenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade.
Assegura os artigos que adquirirá a propriedade do imóvel, mediante usucapião rural, a situação fática que apresentar a junção de alguns elementos fundamentais. 
Dentre esses elementos o imóvel rural deve ter com extensão até 50 hectares e o possuidor ter exercício da posse sobre esse imóvel sem oposição e ininterrupta pelo lapso temporal de 05 anos. 
Ainda o imóvel utilizado para fins de moradia e o possuidor, mediante trabalho seu ou com auxílio da família, devem ter tornado a terra produtiva e o possuidor não ser proprietário de nenhum outro imóvel, seja ele rural ou urbano.
Conforme se depreende os fatos e fundamentos legais, o autor preenche os requisitos para se tornar proprietário do imóvel.
III- DOS PEDIDOS
Ante o exposto, pede seja julgada procedente a presente ação, concedendo ao autor o domínio útil do imóvel em questão.
Para tanto requer:
1- Que sejam citados os requeridos proprietários do imóvel litigioso para responder a presente ação;
2- Que sejam citados todos os confrontantes, conforme as especificações já citadas, conforme dispõe o art. 246, § 3º, do CPC/15;
3- A citação preferencialmente pessoal (por correio ou oficial de justiça), ou no caso de os proprietários (réus) e confinantes não terem seus endereços obtidos ou em que se desconheça quem são os herdeiros em caso de morte de algum deles por edital (art. 259, do CPC/15);
4- Intimação do Ministério Público, cuja manifestação se faz obrigatória no presente feito;
5- Que sejam intimados, por via postal, os representantes da Fazenda Pública da União, Estados, Distrito Federal, Territórios e Municípios para que manifestem eventuais interesses na causa;
6- Que a sentença seja transcrita no registro de imóveis, mediante mandado, por constituir esta, título hábil para o respectivo registro junto ao Cartório de Registro de Imóveis;
7- O autor não tem interesse na designação de audiência de conciliação,
Pretende o Autor provar suas argumentações fáticas, documentalmente, apresentando desde já os documentos acostados à peça exordial, protestando pela produção das demais provas que eventualmente se fizerem necessárias no curso da lide.
Dá-se à causa o valor de R$ _________
Nestes Termos, Pede e Espera Deferimento.
Londrina/PR, _____ de ______ de ______
Nome do(a) advogado(a)
OAB XXXXXXXX
Assinado digitalmente

Continue navegando