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Projeto de Instalações Hidrossanitárias e Gás para Edificações Instalações Prediais de Água Fria – IPAF – Aula 02 Prof. Rafael Souza 2016-1 1 1.Abastecimento de Água 2.Sistemas de Abastecimento 3.Partes Constituintes de uma IPAF 4.Dimensionamento dos Componentes Tópicos da Aula 02 2 1. Abastecimento de água Adutoras Linhas alimentadoras Linhas distribuidoras 3 1. Abastecimento de água Inexistências de linha alimentadora no local 4 SISTEMA DIRETO SISTEMA INDIRETO POR GRAVIDADE SISTEMA INDIRETO HIDROPNEUMÁTICO SISTEMA MISTO Variáveis consideradas na escolha: -Qsa: vazão do sistema de abastecimento -Qpsd: vazão de pico do sistema de distribuição -Psa: pressão do sistema de abastecimento -Ppc: pressão do ponto de consumo -Número de pavimentos RS RI+RS 2. Sistemas de Distribuição 5 Sistema de Abastecimento e distribuição Direto Misto 2. Sistemas de Distribuição Indireto 6 SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO DIRETA A alimentação predial é feita diretamente da rede de distribuição. Existe pressão suficiente. Cuidados especiais contra o refluxo: Válvula de retenção. Rede pública Alimentação direta VR 2. Sistemas de Distribuição 7 SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO DIRETA VANTAGENS: Água de melhor qualidade devido à presença de cloro residual na rede de distribuição; Maior pressão disponível devido à pressão mínima de projeto em redes de distribuição pública ser da ordem de 10 m.c.a.; Menor custo da instalação, não havendo necessidade de reservatórios, bombas, registros de bóia, etc. DESVANTAGENS: Falta de água no caso de interrupção no sistema de abastecimento ou de distribuição; Grandes variações de pressão ao longo do dia - picos de maior ou de menor consumo na rede; Pressões elevadas em prédios situados nos pontos baixos da cidade; Limitação da vazão, não havendo a possibilidade de instalação de válvulas de descarga devido ao pequeno diâmetro das ligações domiciliares empregadas pelos serviços de abastecimento público; Possíveis golpe de ariete; Tem-se um aumento da reserva de água no sistema público. 2. Sistemas de Distribuição 8 SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO INDIRETA POR GRAVIDADE A alimentação dos aparelhos, das torneiras e peças da instalação é feita por meio de reservatórios. Duas opções: (1) Apenas RS – (2) RI+RS RS RS RI 2. Sistemas de Distribuição (2) Sem pressão, com bomba (1) Com pressão, sem bomba 9 1 – válvula automática de redução de pressão; 2 – manômetro; 3 – válvula de gaveta para drenagem; 4 – uniões; 5 – By-pass; 6 – válvula gaveta normalmente aberta; 7 – válvula gaveta normalmente fechada. 2. Sistemas de Distribuição SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO INDIRETA POR GRAVIDADE Prédio pode ter mais de um reservatório elevado (pressão máxima da coluna é 40mca (400kPa) = atendimento a 12-13 pavimentos); Dificuldade de realizar barriletes intermediários nos prédios tem levado os projetistas a preverem apenas um reservatório e válvulas de redução de pressão. Esquema redutor de pressão 10 2. Sistemas de Distribuição SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO INDIRETA POR GRAVIDADE Esquema redutor de pressão 11 12 SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO INDIRETO HIDROPNEUMÁTICO A escolha por um sistema hidropneumático depende de inúmeros fatores: (1) aspectos arquitetônicos e estruturais; (2) facilidade de execução e instalação das canalizações e (3) localização do reservatório inferior. 2. Sistemas de Distribuição 13 SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO INDIRETA VANTAGENS: Fornecimento de água de forma contínua, pois em caso de interrupções no fornecimento, tem-se um volume de água assegurado no reservatório; Pequenas variações de pressão nos aparelhos ao longo do dia; Permite a instalação de válvula de descarga; Golpe de ariete desprezível; DESVANTAGENS: Possível contaminação da água reservada devido à deposição de lodo no fundo dos reservatórios e à introdução de materiais indesejáveis nos mesmos; Menores pressões, no caso da impossibilidade da elevação do reservatório; Maior custo da instalação devido à necessidade de reservatórios, registros de bóia e outros acessórios. 2. Sistemas de Distribuição 14 SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO MISTO - Residência Combinação do sistema direto e indireto por gravidade. Sistema direto apenas abastece alguns pontos de utilização, como torneira de jardim, torneiras de pias de cozinha e de tanques, situados em pavimento térreo. 2. Sistemas de Distribuição 15 SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO MISTO - Prédio Combinação do sistema direto e indireto por gravidade. Sistema direto apenas abastece alguns pontos de utilização, como torneira de jardim, torneiras de pias de cozinha e de tanques, situados em pavimento térreo. 2. Sistemas de Distribuição 16 CONSIDERAÇÕES FINAIS Tem-se como mais conveniente, para as condições médias brasileiras, o sistema de distribuição indireta por gravidade, admitindo o sistema misto desde que apenas alguns pontos de utilização situados no pavimento térreo, sejam abastecidos no sistema direto. A utilização dos sistemas de distribuição direta ou indireta hidropneumática deve ser convenientemente justificada. Em geral segue-se o esquema: 2. Sistemas de Distribuição 17 CONSIDERAÇÕES FINAIS Sistema de abastecimento Tipo de sistema * Continuidade de fornecimento Qsa>Qpsd Psa>Ppc Sim Sim Sim SD Sim Não SD – bomba Não Sim SI – G – RS Não Não SI – G – RS+RI SI – H Não Sim Sim SI – G – RS Sim Não SI – G – RS+RI SI – H Não Sim SI – G – RS Não Não SI – G – RS+RI SI – H -Qsa: vazão do sistema de abastecimento -Qpsd: vazão de pico do sistema de distribuição -Psa: pressão do sistema de abastecimento -Ppc: pressão do ponto de consumo Art 41 – Decreto DMAE-PMPA: “Será obrigatória a construção de reservatório inferior e instalação de bombas na edificação cujo número de pavimentos, acima do nível médio da rua onde se localiza o distribuidor público, ultrapasse de 4 (quatro)”. Verificar ainda a viabilidade técnica e econômica ! 2. Sistemas de Distribuição 18 Rede Pública Ramal Predial Hidrômetro Conjunto Moto-Bomba Tubo de Recalque Barrilete Dreno Extravasor ou ladrão Chave Bóia Reservatório Inferior Cavalete Alimentador Predial Tubo de Sucção Reservatório Superior Coluna de Distribuição Ramais de Distribuição Ramais de Distribuição Ramais de Distribuição 3. Partes Constituintes de uma IPAF Sub-sistema de alimentação Sub-sistema de reservação Sub-sistema de distribuição interna 19 Rede pública de abastecimento: é o ponto de partida da IPAF, embora não pertença a mesma. Ramal predial (ou ramal externo): é a tubulação entre a rede pública de abastecimento e a instalação predial. O Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE) e CORSAN adotam tubos de PEAD (polietileno de alta densidade) para os ramais prediais. Hidrômetro: aparelho instalado geralmente nas laterais dos prédios, para medir o consumo de água. Finalidade do hidrômetro: medir consumos e reduzir desperdícios de água. Alimentador predial (ramal interno): é a tubulação existente entre o hidrômetro e a entrada de água no reservatório de acumulação. Extravasor: serve para avisar do não funcionamento da válvula de bóia, dirigindo a descarga adequadamente. O extravasor também é conhecido como “ladrão” ou “aviso”. Sistema de recalque: o sistema de recalque atua no sentido de possibilitar o transporte de água do reservatório inferior para o reservatório superior, mediante o fornecimento de energia ao líquido. No sistema de recalque incluem-se a canalização de sucção, o conjunto motor-bomba e a canalização de recalque. 3. Partes Constituintes de uma IPAF 20 Reservatório Superior: reservatório ligado ao alimentador predial ou à tubulação de recalque, destinado a alimentar a rede predial de distribuição. Colar ou barrilete: situa-se abaixo do reservatório superior e acima de laje-teto do último pavimento. É dotado de registros de gaveta que comandam toda distribuiçãode água. É aconselhável que o barrilete seja executado com um pequeno aclive (0,5 %) em direção ao reservatório. Coluna de água fria (CAF): é uma canalização vertical que parte do barrilete e abastece os ramais de distribuição de água. Ramal: é a canalização compreendida entre a coluna e os sub-ramais. Sub-ramal: é a canalização que conecta os ramais aos aparelhos de utilização. A relação completa dos constituintes de uma instalação predial de água fria é apresentada na NBR-5626/98, item 3. 3. Partes Constituintes de uma IPAF 21 3. Partes Constituintes de uma IPAF 22 4. Dimensionamento dos Componentes Ramal Predial ou ramal externo 23 23 DESENHO ISOMÉTRICO PLANTA BAIXA ramal sub-ramais 32mm 32mm 3. Partes Constituintes de uma IPAF 24 32mm 32mm Nº Descrição Quant. 1 Tê de redução 90º soldável 50 x 32 mm 1 2 Adaptador soldável curto com bolsa e rosca para registro 32 mm x 1” 2 3 Joelho 90º soldável 32 mm 1 4 Tê 90º soldável 32 mm 1 5 Tê de redução soldável 32 x 25 mm 1 6 Bucha de redução soldável curta 32 x 25 mm 2 7 Tê 90º soldável 25 mm 1 8 Adaptador soldável curto com bolsa e rosca para registro 25 mm x ¾” 1 9 Luva soldável e com rosca 25 mm x ¾” 1 10 Joelho 90º soldável 25 mm 1 11 Joelho 90º soldável com bucha de latão 25 mm x ¾” 2 12 Joelho de redução 90º soldável, com bucha de latão 25 mm x ½” 2 13 Registro de gaveta 1” 1 14 Registro de pressão para chuveiro ¾” 1 Peças correspondentes ao isométrico 3. Partes Constituintes de uma IPAF 25 Projetos de uma Instalação Predial de Água Fria devem atender as Exigências e recomendações estabelecidas pela norma NBR 5626/1998 e pelo decreto N° 9369/88 DMAE-PMPA: Preservar a potabilidade da água e garantir o fornecimento contínuo de água e em quantidade suficiente, amenizando ao máximo os problemas decorrentes da interrupção do funcionamento do sistema público de abastecimento; Respeitar os valores limites de pressões e velocidades no sistema, assegurando-se dessa forma o bom funcionamento dos componentes de uma instalação e, evitando-se assim, conseqüentes vazamentos e ruídos nas tubulações e aparelhos; Promover a economia de água e de energia e proporcionar conforto aos usuários através de técnicas de distribuição e reservação coerentes e adequadas propiciando aos usuários boas condições de higiene e saúde. 4. Dimensionamento dos Componentes 26 Observar Tipo e características da edificação (térreo, edifício, indústria, escolas, hospitais, estádios, sanitários públicos, etc.) Consumos (atividades comercial, industrial, residencial, etc.) Fonte de abastecimento (pública e/ou particular) Sistema de distribuição (função da pressão na rede, características arquitetônicas, projeto de combate a incêndio, necessidade de reservação complementar) Reservação (volumes, materiais, manutenção, RI, RS, tubulações, bóia, etc.) Tubulações (locação, inspeções, interferências, etc.) 4. Dimensionamento dos Componentes 27 4. Dimensionamento dos Componentes População Atendida Tipo de Ocupação Consumo Diário Ramal Externo Alimentador Predial Reservatórios Sistema Elevatório Vazão Máxima Provável Aparelhos Sanitários Barriletes e Colunas 1 2 3 1 2 Aula 02 Aula 03 28 28 Estimada em função do Decreto 9369/88 - DMAE: Art. 44 – “Os valores mínimos para o cálculo da população serão estimados da seguinte forma:” Cálculo da população atendida Apartamentos e residências: Dormitório de até 12 m2 : 02 pessoas Dormitório de mais de 12 m2: 03 pessoas Cinemas, teatros e templos: Cada 0,7 m2 de áreas: 01 pessoas ..... 4. Dimensionamento dos Componentes 29 29 4. Dimensionamento dos Componentes 30 Para prédios de apartamento ou residências: NP – número de pessoas a serem atendidas NDs - número de dormitórios com área maior a 12 m2 NDe – número de dormitórios com área até 12 m2 Naptos – número de apartamentos Npav. – número de pavimentos Cálculo da população atendida 4. Dimensionamento dos Componentes 31 31 Cálculo do consumo médio CD – consumo diário (L/dia) C – consumo diário per capita (L/dia) NP – número de pessoas a serem atendidas Estimado em função do Decreto 9369/88 - DMAE: Art. 43 – “Os valores mínimos para o consumo em litros por dia serão considerados da seguinte forma:” Prédios Consumo (litros / dia) Apartamentos e residências 200 per capita Cinemas, teatros e templos 2 por lugar ..... 4. Dimensionamento dos Componentes 32 32 4. Dimensionamento dos Componentes 33 Exercício 1: Cálculo da População Atendida e Consumo Prédio de padrão médio, com 8 pavimentos, 4 apartamentos por pavimento, 3 quartos por apartamento (dois de 15 m2 e um de 11 m2) 4. Dimensionamento dos Componentes 34 34 Rede Pública Ramal Predial Hidrômetro Conjunto Moto-Bomba Tubo de Recalque Barrilete Dreno Extravasor ou ladrão Chave Bóia Reservatório Inferior Cavalete Alimentador Predial Tubo de Sucção Reservatório Superior Coluna de Distribuição Ramais de Distribuição Ramais de Distribuição Ramais de Distribuição 4. Dimensionamento dos Componentes 35 35 Tubulação compreendida entre a rede pública de abastecimento e a instalação predial. O limite entre o ramal predial e o alimentador predial deve ser definido pelo regulamento da Companhia Concessionária de Água local. Ramal e alimentador predial 4. Dimensionamento dos Componentes 36 36 Premissas de dimensionamento: Admite-se que o abastecimento de água seja contínuo A vazão é suficiente para suprir o consumo diário por 24 horas ( a pesar do consumo dos aparelhos variar ao longo deste período) Para distribuição direta: Para distribuição indireta: Q (L/s) Cdesc – coeficiente de descarga = 0,30 L/s Soma(P) é a soma dos pesos correspondentes a todas as peças de utilização alimentadas através do trecho considerado (NBR 5626) Admite a alimentação continuamente durante 24 horas do dia atendendo o consumo diário (CD em L/dia) Velocidades entre 0,60 m/s e 1,00 m/s Tabela de Pesos na sequência Ramal predial 4. Dimensionamento dos Componentes 37 37 4. Dimensionamento dos Componentes Sistema Direto – dimensionamento é realizado com base na consumo máximo provável – adotado para barriletes e colunas. Sistema Indireto – dimensionamento é realizado com base no consumo diário. Q Q Alimentador predial – Distribuicão Direta x Indireta 38 Exercício 2: Dimensionamento do Ramal predial Edifício com 100 pessoas com consumo diário de 20.000 l/dia com distribuição indireta Lembrando que: adota-se velocidades entre 0,6 m/s<V<1,0m/s 4. Dimensionamento dos Componentes 39 39 4. Dimensionamento dos Componentes 40 40 41 Ramal predial diâmetro D (mm) Hidrômetro Cavalete diâmetro D (mm) Abrigo dimensões: altura, largura e profundidade (m) Consumo provável (m3/dia) Vazão característica (m3/h) 20 5 3 20 0,85 x 0,65 x 0,30 25 8 5 25 0,85 x 0,65 x 0,30 25 16 10 32 0,85 x 0,65 x 0,30 25 30 20 40 0,85 x 0,65 x 0,30 50 50 30 50 2,00 x 0,90 x 0,40 Tabela de ramais prediais, hidrômetros e abrigos (ver concessionárias - DMAE) Exemplo 1: Para o caso do edifício com 100 pessoas com consumo diário de 20.000 l/dia com distribuição indireta e diâmetro do ramal predial de 25 mm. Medidores ou hidrômetros e cavalete 4. Dimensionamento dos Componentes 41 41 Rede Pública Ramal Predial Hidrômetro Conjunto Moto-Bomba Tubo de Recalque Barrilete Dreno Extravasor ou ladrão Chave Bóia Reservatório Inferior Cavalete Alimentador Predial Tubo de Sucção Reservatório Superior Coluna de Distribuição Ramaisde Distribuição Ramais de Distribuição Ramais de Distribuição Reservação 4. Dimensionamento dos Componentes 42 42 Assegurar a regularidade no abastecimento de água. Regularizar a pressão nos pontos de utilização. Os principais inconvenientes do uso dos reservatórios domiciliares são de ordem higiênica, por facilidade de contaminação, do custo adicional e complicações na rede predial. As conseqüências da existência dos reservatórios são mais graves para os usuários que se localizam próximos de locais específicos da rede de distribuição, como pontas de rede, onde, em geral, a concentração de cloro residual é às vezes inexistente. Reservação 4. Dimensionamento dos Componentes 43 43 Havendo somente um reservatório, este deverá estar em nível superior (Rs), e conter toda a reservação necessária. Reservas adicionais de combate a incêndio podem estar no Ri (no caso de sprinklers) e/ou Rs (no caso de hidrantes). Reservas adicionais para aparelhos de ar condicionado deve ser verificado junto ao projetista, podendo estar tanto no Rs, quanto no Ri. Reservação Distribuição da reservação de acordo com a NBR 5626/98: 4. Dimensionamento dos Componentes 44 44 De acordo com a NBR 5626/98: Reservação A reservação (Rt) deve ser maior que o consumo diário (CD): Rt>CD Na prática, para edificações convencionais, adota-se uma reservação para um período de um dia (24 horas), admitindo-se uma interrupção no abastecimento durante este período A reservação mínima prevista para residências uni-familiares é de 500L: Rmin=500 L A reserva total deve ser menor que o triplo do consumo diário, evitando-se a reservação de grandes volumes: RT<3.CD Portanto: CD < Rt < 3.CD 4. Dimensionamento dos Componentes 45 45 Reservação 4. Dimensionamento dos Componentes Cálculo do volume do reservatório: De acordo com a NBR 5626/98: Inferior = 3/5 do total = 60%; Superior = 2/5 do total = 40% Sempre que possível (valores mínimos – Macintyre 2013): Superior = capacidade de atender o consumo diário; Inferior = 1,5 vezes a capacidade do reservatório superior 46 46 4. Dimensionamento dos Componentes Reservação – Dispositivos obrigatórios e Diretrizes gerais Local de fácil acesso V>4000L – dois compartimentos de igual volume Válvulas de flutuador na entrada – Obrigatoriamente!!! Sem canalizacões de esgoto próximo – laje da cobertura ou se enterrados. Qin Qout 47 47 Rede Pública Ramal Predial Hidrômetro Conjunto Moto-Bomba Tubo de Recalque Barrilete Dreno Extravasor ou ladrão Chave Bóia Reservatório Inferior Cavalete Alimentador Predial Tubo de Sucção Reservatório Superior Coluna de Distribuição Ramais de Distribuição Ramais de Distribuição Ramais de Distribuição Reservação 4. Dimensionamento dos Componentes 48 48 A função do reservatório inferior é armazenar uma parte da água destinada ao abastecimento e deve existir quando: O reservatório superior não puder ser abastecido diretamente pelo ramal alimentador. O volume total a ser armazenado no reservatório superior for muito grande (principalmente em prédios de apartamentos). Quando a edificação apresenta mais de 4 pavimentos acima do nível médio da rua onde se localiza o distribuidor público. Reservatório inferior (Ri) 4. Dimensionamento dos Componentes 49 49 O volume do reservatório é estabelecido em função do consumo diário (CD) e das necessidades de água para combate a incêndios (Vci) Onde: VRi é o volume do reservatório inferior (m3) Vci é o volume para combater incêndio por sprinklers (m3) Reservatório inferior (Ri) 4. Dimensionamento dos Componentes 50 50 Planta Reservatório inferior (Ri) 4. Dimensionamento dos Componentes 51 51 Corte Reservatório inferior (Ri) 4. Dimensionamento dos Componentes 20 cm acima do solo >10 cm do fundo 52 52 53 Rede Pública Ramal Predial Hidrômetro Conjunto Moto-Bomba Tubo de Recalque Barrilete Dreno Extravasor ou ladrão Chave Bóia Reservatório Inferior Cavalete Alimentador Predial Tubo de Sucção Reservatório Superior Coluna de Distribuição Ramais de Distribuição Ramais de Distribuição Ramais de Distribuição Reservação 4. Dimensionamento dos Componentes 54 54 O reservatório superior deve ter capacidade adequada para atuar como regulador de distribuição e é alimentado por uma instalação elevatória ou diretamente pelo alimentador predial. Reservatório superior (Rs) O volume do reservatório é estabelecido em função do consumo diário (CD) e das necessidades de água para combate a incêndios (Vci): Onde: VRs é o volume do reservatório superior (m3) Vci é o volume para combater incêndio (m3) 4. Dimensionamento dos Componentes 55 55 Planta Reservatório superior (Rs) 4. Dimensionamento dos Componentes 56 56 Corte Reservatório superior (Rs) 4. Dimensionamento dos Componentes 57 57 58 Para cada compartimento, devem ser previstas as seguintes tubulações: Reservatório Inferior Reservatório Superior alimentação alimentação extravasor ou ladrão extravasor ou ladrão limpeza ou dreno limpeza ou dreno respiro respiro sucção para o conjunto moto-bomba de recalque para o RS saída para barrilete de distribuição da água de consumo sucção para o conjunto moto-bomba de incêndio saída para barrilete de incêndio Reservação 4. Dimensionamento dos Componentes 59 59 Exercício 3: Dimensionamento dos Reservatórios Em um edifício de apartamentos em que o CD é de 100 m3 e o volume total a ser armazenado é de 1,5 CD, quais os volumes do Ri e Rs? Reservatório Inferior: Volume = 0,6 x 150 = 90 m3 Reservatório Superior: Volume = 0,4 x 150 = 60 m3 4. Dimensionamento dos Componentes 60 60 Turbinas x Bombas Hidráulicas 4. Dimensionamento dos Componentes 61 Bombas - Bombas Volumétricas ou de Deslocamento Positivo - Bombas Hidrodinâmicas Sopradores do Tipo Lobular Sistema de ar Difuso em ETEs Bombas Helicoidais de Lodo Recirculação de Lodo em ETE e ETA 4. Dimensionamento dos Componentes 62 Bombas - Bombas Volumétricas ou de Deslocamento Positivo - Bombas Hidrodinâmicas Bombas Centrífugas Radiais 4. Dimensionamento dos Componentes 63 Bombas Centrífugas Radiais 4. Dimensionamento dos Componentes 64 Sistema elevatório Canalização: Sucção; Recalque. Equipamento: Bomba; motor. 2 unidades moto-bomba: 1 funcionando – capacidade total do prédio 1 reserva 4. Dimensionamento dos Componentes Escolha da Bomba: f(Qr, Dr, Ds, Hm) 65 65 4. Dimensionamento dos Componentes 66 Hm = altura manométrica; Hg = desnível entre o nível mínimo no RI e a saída de água no RS hs = perda de carga na sucção – f(Q,D) hr = perda de carga no recalque – f(Q,D) Potência da Bomba 4. Dimensionamento dos Componentes Sistema elevatório Altura Manométrica (Hm) Hm = Hg +hp Hg hp hs + hr 67 Roteiro para o dimensionamento do sistema elevatório Traçar primeiro o isométrico da instalação de recalque com todas as dimensões e peças (Hg); Definir a vazão de recalque mínima (Qr); Diâmetro de recalque (Dr) e succão (Ds); Determinar a Perda de Carga (hp); Calcular a Altura Manométrica (Hm); Definir a Potência (N) – Equação ou Catálagos. Sistema elevatório 4. Dimensionamento dos Componentes 68 68 Vazão Mínima de Recalque (Qr) Definir o período de funcionamento da bomba (X) - norma – 15% consumo diário em 1h, logo – Resulta X= 6,66 horas. NBR 5626/98 recomenda (item 5.3.3): Pequenos reservatórios – tempo de enchimento < 1h Grandes reservatórios – tempo de enchimento < 6h Adotaremos X=4,5 ou 5,0 horas. Vazão de recalque = CD/X (m3/h) Sistema elevatório 4. Dimensionamento dos Componentes 69 69 Diametro de succão e recalque: Diâmetro de recalque (Dr): Diâmetro de succão (Ds): Dr = diâmetro nominal do recalque(m) Qr = vazão de recalque (m3/s) X’ = nº horas de funcionamento por dia (X) / 24 horas Sistema elevatório 4. Dimensionamento dos Componentes Ds > Dr – adotar uma bitola comercial acima. 70 70 Perda de carga para água fria (NBR 5626) hp = J x L hp = perda de carga (m) J = perda de carga unitária por metro (m/m) L = LR + LE LR = comprimento total da rede LE = comprimento equivalente dos equipamentos - Tabelas NBR 5626 e MACINTYRE (2013) 4. Dimensionamento dos Componentes Sistema elevatório 71 Perda de carga para água fria (NBR 5626) J = perda de carga unitária por metro (kPa) = 1kPa = +/- 0,10 mca Q = vazão (L/s) d = diâmetro interno (mm) 4. Dimensionamento dos Componentes Sistema elevatório 72 Dado Q e D, achar J Exemplo: Q= 0,4 L/s D= 40,0 mm J= 0,005 m/m Ábaco para Perda de Carga Unitária (J) - PVC 73 73 4. Dimensionamento dos Componentes Macintyre 2013 Comprimentos equivalentes para perda de carga localizada - PVC 74 74 4. Dimensionamento dos Componentes Macintyre 2013 Comprimentos equivalentes para perda de carga localizada - Aço 75 75 Potência da Bomba: N = potência em CV Qr = vazão recalcada (m3/s) Hm = altura manométrica (m) = peso específico d’água 1000 kgf/m3 = rendimento do conjunto elevatório (40-60%, pequenas; 70-75% médias) Sistema elevatório 4. Dimensionamento dos Componentes Ou através do uso de catálagos de fabricantes, dados Q e Hm!!! 76 76 4. Dimensionamento dos Componentes Exercício 5: Perda de Carga e Potência da Bomba 8 pavto 4 apto/pavto 3 dorm/apto 2 hab/dorm C=200L/hab.d n=0,60 X = 5,0 horas Tubulacao de PVC Qr= CD/X hp = J x L (m/m x m) L = Lr + Le (m) Qr – (m3/s) Dr – (m) X´ = X/24horas (m3/h) Q (L/s), d (mm), J( kPa/m) Q (m3/s), Hm (m) 77 4. Dimensionamento dos Componentes Macintyre 2013 Comprimentos equivalentes para perda de carga localizada - PVC 78 78 4. Dimensionamento dos Componentes Exercício 4: Perda de Carga e Potência da Bomba ( Tubulacão em aco) 79 Dado Q e D, achar J Aço galvanizado: Exemplo: Sucção: Q= 4,35 l/s Ds= 2 ½” Js= 0,056m/m Vs=1,4m/s Recalque: Q= 4,35 l/s Dr= 2” Jr= 0,16m/m Vr=2,2m/s Ábaco para Perda de Carga Unitária (J) - Aço 80 80 4. Dimensionamento dos Componentes Catálagos de Bombas 81 81 4. Dimensionamento dos Componentes Catálagos de Bombas 82 82 4. Dimensionamento dos Componentes Resumo Hg hp (1) (2) (3) (3) (4) (5) (6) (7) (8) Sub-ramal Ramal Coluna Barrilete Recalque Alimentador Predial RS RI L=Le+Lr Le – Tabelas (aço ou pvc) Lr – Geometria J – Fórmula ou Ábaco (aço ou pvc) - f=(Q,D) Sucção e Recalque! (V entre 0,6 e 1,0 m/s) (X= 4,5 – 5,0 horas) 83 Projeto de Instalações Hidrossanitárias e Gás para Edificações Bom final de semana!!! Vamos para a próxima Aula – IPAF – Aula 02 - Barriletes e Colunas de Distribuição 84 2. Sistemas de Distribuição SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO INDIRETA POR GRAVIDADE Esquema redutor de pressão 85 Ramal Predial ou ramal externo 3. Partes Constituintes de uma IPAF 86 Parte da tubulação que vai desde o ramal predial até a primeira derivação ou válvula do flutuador do reservatório Alimentador predial 4. Dimensionamento dos Componentes 87 87 A vazão a ser considerada para o dimensionamento do alimentador predial é obtida a partir do consumo diário: 0,6 ≤ V ≤ 1,0 O dimensionamento também pode ser automático, adotando-se o valor calculado para o ramal predial No caso de sistema de abastecimento direto o alimentador predial também tem a função de sistema de distribuição, devendo ser calculado como barrilete (cálculo visto a frente) No caso de alimentação por poço, ela dependerá apenas da vazão da bomba do poço, a qual deve ser verificada Q: vazão mínima a ser considerada no alimentador predial (m3/s) CD: consumo diário total (m3) V: velocidade do escoamento no alimentador predial (m/s) Dmin: diâmetro interno do alimentador predial (m) Alimentador predial 4. Dimensionamento dos Componentes 88 88 Retirando-se o aparelho que perfurou o tubo, o corpo é rosqueado sobre a base e a ligação do ramal predial é feita através de uma derivação lateral existente neste corpo. Com auxílio de uma chave de seção quadrada, coloca-se o vedador numa posição superior da peça, fazendo dessa maneira, com que a água passe da tubulação para o ramal. 89 Os hidrômetros de volume têm duas câmaras de capacidades conhecidas que se enchem e se esvaziam sucessivamente, medindo dessa maneira, o volume de água que escoa pelo hidrômetro. São indicados para medições de vazões relativamente baixas e apresentam erros pequenos para essas medidas. Os hidrômetros de velocidade - número de rotações fornecidos por uma hélice ou turbina existentes no seu interior. Essas rotações são transmitidas a um sistema de relojoaria (seca, molhada ou selada) que registram num marcador (de ponteiros ou de cifras) o volume de água escoado. Medidores ou hidrômetros e cavalete 4. Dimensionamento dos Componentes 89 89 Npav Naptos NDe NDs NP . ). . 2 . 3 ( + = NP . C CD = Npav Naptos NDe NDs NP . ). . 2 . 3 ( + = pessoas NP 256 8 . 4 ). 1 . 2 2 . 3 ( = + = dia l CD / 200 . 51 256 . 200 = = å = P . Cdesc Q 86400 CD Q = s / 3 m 00023 , 0 s / L 23 , 0 86400 000 . 20 Q = = = 4 D . A 2 Õ = V Q D . . 4 Õ = V . A Q = mm D mm m D 25 17 , 22 022 , 0 6 , 0 . 00023 , 0 . 4 = => = = Õ = dia / m 20 dia / L 000 . 20 CD 3 = = ) ( . 6 , 0 Vci Rt VRi + = 0,60 0,60 0,60 0,10 B 0,10 B 0,10 0,10 L 0,10 Boia Boia Valvula de pé Valvula de pé e crivo e crivo Dreno Dreno Estravasor Estravasor Projeção da inspeção Projeção da inspeção Alimentador predial Sucção Sucção Boia Inspeção Extravasor Sucção R.G. Dreno Valv.pé e crivo Volume útil Nível max. Nível min. Reserva de incêndio/ limpeza >0,15 <0,05 >0,05 H Hvar Alimentador Canaleta de limpeza 0,10 0,10 ) ( . 4 , 0 Vci Rt VRs + = 0,10 0,60 0,60 0,60 L 0,10 0,10 0,10 0,10 b b DISTRIBUIÇÃO INCÊNDIO DRENO EXTRAVASOR EXTRAVASOR DRENO DISTRIBUIÇÃO INCÊNDIO INSPEÇÃO INSPEÇÃO BOIA BOIA R,G, R,G, RECALQUE >0,15 >0,05 <0,05 0,10 0,10 0,10 0,10 0,10 0,10 Hutil Hvar VOLUME ÚTIL LIMPEZA / INCÊNDIO INCÊNDIO DISTRIBUIÇÃO DRENO EXTRAVASOR INSPEÇÃO RECALQUE R.G. R.G. R.G. R.G. 0,10 BOIA(Chave Automática) BOIA(Chave Automática) Nível Máximo de Operação Nível Mínimo de Operação ) ( . 6 , 0 Vci Rt VRi + = ) ( . 4 , 0 Vci Rt VRs + = 3 3 150 100 5 , 1 m m Rs Ri Rt = × = + = 4 ' 3 , 1 X Qr Dr ´ ´ = h g ´ ´ ´ = 75 Hm Qr N L J hp . = hp Hg Hm + = V . min Q . 4 min D Õ = ) ( . 6 , 0 Vci CD VRi + = ) ( . 4 , 0 Vci CD VRs + = X CD Qr / = Dr Ds >
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