Contabilidade Societária Capitulo 6

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NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (NEAD) 
 
 
 
TEMPLATE DE 
PRODUÇÃO 
 
 
 
1. APRESENTAÇÃO DA UNIDADE 
2. CAPÍTULO DO LIVRO DIDÁTICO 
3. QUESTÕES DE FIXAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Equipe de produção NEAD 
Curso: 
Coordenador: 
Disciplina: 
Prof. Conteudista: 
Designer Instrucional: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apresentação da Unidade 
de Aprendizagem 
 
 
 
 
 
 
 
 
Título da Unidade de Aprendizagem 
 
Ativos Imobilizados 
 
Texto de Apresentação da Unidade de 
Aprendizagem 
 
Nesta unidade de aprendizagem trabalharemos com o Ativo Imobilizado. O Ativo 
Imobilizado é um grupo de contas do Balanço Patrimonial, Ativo não Circulante, que 
é formado pelo conjunto de bens necessários à manutenção das atividades da 
empresa. 
Uma característica inerente a este grupo é o registro de bens tangíveis (corpóreos). 
No grupo imobilizado também são registradas as benfeitorias realizadas em imóveis 
de terceiros locados ou arrendados. 
Visitaremos o objetivo, as características, a legislação pertinente a esse grupo de 
contas e as formas de se calcular a perda de valor do bem ao longo do Tempo, que 
corresponde a Depreciação e a Exaustão, conforme a natureza do bem. 
 
 
 
 
 
 
Livro Didático 
 
 
 
 
 
Nome da Disciplina: Contabilidade Societária 
 
Capítulo 6. Ativos Imobilizados 
 
Para início de conversa... 
 
O Ativo Imobilizado é formado pelo conjunto de bens necessários à manutenção da 
empresa, tais como: instalações, máquinas e equipamentos, veículos, móveis e 
utensílios, terrenos, dentre outros. O Imobilizado também abrange os recursos 
aplicados ou já destinados à aquisição de bens de natureza tangível, mesmo que 
ainda não em operação, tais como construções em andamento, adiantamentos para 
aquisição de bens em consórcio, importações em andamento, entre outros desta 
natureza. 
Um Ativo Imobilizado compreende ativos tangíveis que são mantidos por uma 
entidade para uso na produção ou na comercialização de mercadorias ou serviços, 
para locação ou ainda, com finalidades administrativas. A sua expectativa de uso é 
superior a 12 meses, deve auferir benefícios econômicos em decorrência da sua 
utilização e o custo desse Ativo precisa ser mensurado com segurança. 
 
Os bens registrados no Ativo Imobilizado perdem valor ao longo do seu respectivo 
tempo de vida útil. Para representar esta perda e atualizar o valor do bem, as 
empresas devem registrar a depreciação ou exaustão. Assim, durante os meses de 
utilização do bem, a contabilidade registrará a perda estimada como despesa ou custo 
com depreciação. 
 
O CPC 27 Imobilizado é o pronunciamento técnico responsável por apresentar as 
regras que norteiam o tema. Neste encontraremos as orientações necessárias, a 
evidenciação, registro e baixa dos bens deste grupo de contas. 
 
 
Objetivo de Aprendizagem 
 
Analisar Ativos Imobilizados. 
 
1. Conceitos: Objetivos e importância; Legislação e Normas aplicáveis 
 
 
Os Bens do Ativo Imobilizado são bens tangíveis, necessários a manutenção das 
atividades da empresa, com expectativa de uso superior a um ano, auferindo 
benefícios econômicos em função da sua utilização. O seu respectivo custo deve ser 
mensurado com segurança. Veja alguns exemplos na ilustração a seguir: 
 
 
 
 
 
 
Vamos acompanhar a definição de Ativo Imobilizado do Manual de Contabilidade 
Societária, 3ª ed. Atlas, 2018, o FIPECAFI no capítulo 13: 
 
A Lei no 6.404/76, em seu art. 179, inciso IV, diz que devem ser 
classificados no Ativo Imobilizado: 
Os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à 
manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou 
exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações 
que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses 
bens. 
O Pronunciamento Técnico CPC 27 – Ativo Imobilizado, aprovado 
pela Deliberação CVM no 583/09 e tornado obrigatório pela 
Resolução CFC no 1.177/09 para os profissionais de contabilidade 
das entidades não sujeitas a alguma regulação contábil, define o 
Imobilizado como um ativo tangível que: (i) é mantido para uso na 
produção ou fornecimento de mercadorias ou serviços, para aluguel a 
outros, ou para fins administrativos; e que (ii) se espera utilizar por 
mais de um ano. 
 
Com base nestas afirmações, é possível concluir que fazem parte deste grupo de 
contas os ativos tangíveis ou corpóreos de natureza duradoura, destinados ao 
funcionamento da empresa bem como os direitos exercidos com essa finalidade. 
 
A partir do pronunciamento técnico o CPC 27, os Ativos não corpóreos que antes 
eram reconhecidos como um Imobilizado, deverão ser reclassificados para o Ativo 
Intangível. Outro ponto que foi modificado é que o Ativo não necessariamente precisa 
pertencer a empresa sob o ponto de vista jurídico para ser reconhecido. Caso a 
empresa exerça o controle sobre o ativo, usufruindo dos seus benefícios e 
assumindo possíveis riscos que, porventura sejam proporcionados por este em suas 
operações, o ativo deve ser reconhecido no balanço da empresa ainda que não seja 
de sua propriedade. Portanto, nos termos da lei das SAs atualizada e do CPC 27, um 
ativo será registrado na empresa quando: 
 
● For provável que futuros benefícios econômicos associados ao item fluirão 
para a entidade; 
● O custo do item puder ser mensurado confiavelmente. 
 
Vamos acompanhar o que diz o Manual de Contabilidade Societária, sobre o que 
compreende o custo de um ativo imobilizado: 
 
O custo de um bem do imobilizado compreende: 
 
a) preço de compra, inclusive impostos de importação e impostos não-
recuperáveis sobre a compra, deduzidos de descontos comerciais e 
abatimentos; 
b) custos diretamente atribuíveis para instalar e colocar o ativo em 
condições operacionais para o uso pretendido; 
 
Nota: são exemplos de custos diretamente atribuíveis: 
- custos com empregados, incluindo todas as formas de remuneração 
e encargos proporcionados por uma entidade a seus empregados ou 
a seus dependentes originados diretamente da construção ou da 
aquisição do item do imobilizado; 
- custo da preparação do local; 
- custo de entrega inicial e manuseio; 
- custo de instalação e montagem; 
- custo de testes para verificação do funcionamento do bem, deduzido 
das receitas líquidas obtidas durante o período de teste, tais como 
amostras produzidas quando o equipamento era testado; e honorários 
profissionais. 
 
c) custo estimado para desmontar e remover o ativo e restaurar o local 
no qual está localizado, quando existir a obrigação futura para a 
entidade. 
 
O custo de um bem do imobilizado é o preço pago ou equivalente na 
data da aquisição. 
 
Os encargos financeiros de empréstimos e financiamentos de 
terceiros para a construção ou montagem de bens do imobilizado 
devem ser capitalizados até o momento em que o bem estiver em 
condições de operação. 
 
Valor contábil é o montante pelo qual o ativo está registrado na 
contabilidade, líquido da respectiva depreciação acumulada e das 
provisões para perdas por redução ao valor recuperável. 
 
Este período definido, um ano, equivale ao exercício social que é utilizado para o 
fechamento das demonstrações contábeis. Logo, ativos cujo uso seja inferior a esta 
data, devem ser considerados como despesa e dentro do próprio período de 
aquisição. Em casos mais isolados, quando o valor for de grande relevância e possa 
distorcer a demonstração mensal, a empresa poderá depreciar dentro do período de 
utilização. Mas, trabalharemos com os casos mais comuns que compreendem 
depreciar bens com vida útil superior a um ano. 
 
São classificados como Ativo Imobilizado: 
● Terrenos 
● Obras Civis 
● Máquinas 
● Móveis 
● Veículos 
● Benfeitorias em imóveis de terceiros,etc. 
 
Devem entrar neste grupo ainda, os bens adquiridos através de Leasing Mercantil 
quando do ato da respectiva assinatura. Desde que atendidas certas condições 
previstas no CPC 06 (R2) em vigor desde 01 de janeiro de 2019. 
 
Estudaremos a partir daqui o plano de contas aplicado ao tema e respectivas 
contabilizações. 
 
2. Prática contábil: reconhecimento, avaliação, mensuração, depreciação, 
amortização e exaustão 
 
O grupo de Ativo Imobilizado deve ter conta individualizada para cada classe principal. 
O objetivo é que cada grupo, através das respectivas contas analíticas, possa 
registrar os seus custos. 
 
É importante ficar atento aos bens de natureza permanente, mas que não estejam em 
utilização nas operações da empresa, como no caso de compras de bens para novas 
instalações. Para estes casos, cabe classificar o bem como investimento, sem que 
sejam depreciados, até que estes sejam colocados em uso. 
 
As empresas devem elaborar o seu plano de contas para o grupo do Ativo imobilizado 
considerando as necessidades e características tidas como essenciais. É fato de que 
não há uma menção específica por parte da Lei das SAs., mas o FIPECAFI 
recomenda a seguinte segregação: 
 
Bens em operação - São todos os bens reconhecidos como imobilizado em utilização 
nas atividades operacionais da empresa. 
 
Imobilizado em andamento - São registrados recursos reconhecidos no 
Imobilizado, mas que não fazem parte da operação da empresa, pois ainda estão em 
fase de construção. 
 
Esta segregação é fundamental para a análise das operações da empresa, já que os 
bens em operação é que devem fazer parte dos indicadores que apuram a utilização 
do imobilizado nas operações da empresa que geram receitas. 
 
Vamos agora ao plano de contas proposto pelo Manual de Contabilidade Societária, 
o qual aplica-se a empresas dos ramos industrial e comercial. 
BENS EM OPERAÇÃO 
Terrenos 
Obras preliminares e complementares 
Obras civis 
Instalações 
Máquinas, aparelhos e equipamentos 
Equipamentos de processamento eletrônico de dados 
Sistemas aplicativos – (software) 
Móveis e utensílios 
Veículos 
Ferramentas 
Peças e conjuntos de reposição 
Benfeitorias em propriedades arrendadas 
DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO ACUMULADA 
(Contas credoras) 
Obras preliminares e complementares – depreciação 
Obras civis – depreciação 
Instalações – depreciação 
Máquinas, aparelhos e equipamentos – depreciação 
Equipamentos de processamento eletrônico de dados – depreciação 
Sistemas aplicativos – (software) – amortização 
Móveis e utensílios – depreciação 
Veículos – depreciação 
Ferramentas – depreciação ou amortização 
Peças e conjuntos de reposição – depreciação 
Benfeitorias em propriedades arrendadas – amortização 
IMOBILIZADO EM ANDAMENTO 
Construções em andamento 
Importações em andamento de bens do imobilizado 
Adiantamento a fornecedores de imobilizado 
Almoxarifado de materiais para construção de imobilizado 
PERDAS ESTIMADAS POR REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL 
 
 Imobilizado em Andamento 
Vamos acompanhar as contas do grupo do Imobilizado em andamento, já que 
ocorrem em menor frequência. 
Bens em uso na fase de Implantação 
Neste grupo devem ser alocados bens em uso da fase pré-operacional ou referente 
ao desenvolvimento de projetos. Tais como: instalações de lojas, fábricas e 
escritórios. 
Construções em andamento 
Neste grupo são alocados os gastos com obras civis até o momento em que entrarem 
em operação, momento em que serão transferidas para os grupos correspondentes. 
Para empresas que já estejam em operação, a construção de um anexo é um bom 
exemplo. 
Importações em andamento de Bens 
Neste grupo serão registrados todos os gastos incorridos relativos aos equipamentos, 
máquinas, aparelhos, e outros bens até a sua chegada, desembaraço e recebimento 
por parte da empresa, considerando, inclusive o frete, já que qualquer custo para este 
tipo de Ativo deve ser considerado. 
 
Adiantamento a Fornecedores de Imobilizado 
Neste grupo serão registrados os adiantamentos a fornecedores por conta de 
fornecimento sob encomenda de bens do Ativo Imobilizado. Via de regra acontece 
para aquisição de grandes equipamentos. 
Almoxarifado de materiais para Construção de Imobilizado 
Abrange os materiais utilizados na aplicação de bens do Ativo Imobilizado, tais como 
almoxarifado de material de construção durante uma obra, peças para reposição de 
grandes máquinas, etc. 
 
Benfeitorias em propriedades de terceiros 
Neste grupo são registrados construções em imóveis alugados, benfeitorias em 
prédios ou edifícios de terceiros para uso administrativo ou da própria operação da 
empresa. A amortização destes gastos deverá respeitar o período de vigência do 
contrato de locação, ou o próprio tempo de vida útil do bem em questão. Normalmente 
o prazo da locação é inferior ao tempo de vida útil. Então, nestes casos, a amortização 
será feita dentro deste período. 
____________________________________________________________________________________ 
IMPORTANTE 
São considerados Ativos Biológicos todos os animais e, ou plantas vivas mantidas 
para uso na produção ou fornecimentos de mercadorias e serviços. Onde se espera 
que a sua utilização ocorra por mais de um exercício social, conforme o CPC 27 Ativo 
Imobilizado e CPC 29 Ativo Biológico. 
__________________________________________________________________ 
 
As contas dos grupos de Depreciação, Amortização, Exaustão e Perdas Estimadas 
por Redução ao Valor Recuperável, são contas redutoras, já que possuem natureza 
credora e são responsáveis pelo ajuste de saldo das contas do grupo. 
Os bens registrados no Ativo Imobilizado perdem valor ao longo do tempo. As contas 
redutoras, Depreciação, Amortização e Exaustão são responsáveis por registrar tais 
perdas. 
Para que o registro da depreciação seja realizado da maneira correta, é fundamental 
manter controles individualizados por bem, além de segregar os próprios dos de 
terceiros. 
A segregação por contas do imobilizado e os controles individualizados por bem 
encontram respaldo no CPC 22 que trata das informações que devem ser 
apresentadas por segmento. 
Os controles podem atender aos vários critérios. Estes serão adotados mediante as 
necessidades de informação de cada empresa. Vamos citar a algumas formas de 
controle: 
 
Por área geográfica ou local - Quando a empresa possui várias fábricas e lojas. 
Ainda que exista a centralização por parte da contabilidade, recomenda-se o 
agrupamento das contas por local, facilitando assim a segregação da depreciação. 
 
Por segmento econômico - Esta é uma recomendação do CPC 22, onde se faz 
necessário evidenciar informações de investimentos pelo segmento econômico em 
que a empresa atue. 
 
Por função ou departamento - Ainda que a produção esteja concentrada em um só 
local, a contabilidade poderá segregar as informações por seção, departamentos ou 
divisões. 
 
Para atender a necessidades internas e de terceiros - É possível que a empresa 
necessite prestar informações a órgãos de controle como BNDES, dentre outros 
fazendo com que a contabilidade necessite detalhar as informações por projetos, por 
exemplo. 
 
__________________________________________________________________________________ 
IMPORTANTE 
As segregações por área, segmento, órgãos de controle ou projetos, poderão ser 
feitas pela empresa através da adoção dos Centros de Custos ou de 
responsabilidades, onde os lançamentos contábeis são complementados com as 
informações pré-definidas no plano de Centros de Custos. Dessa forma, evita-se a 
abertura de várias contas de controle na contabilidade. 
___________________________________________________________________ 
 
Exigências Fiscais 
 
A legislação do Imposto de Renda determina que a escrituração contábil deve ser 
feita de forma que os bens alocados no Ativo Imobilizado sejam agrupadosem contas 
que respeitem a sua natureza, tais como terrenos, edifícios, máquinas, veículos, 
móveis, etc., bem como ajustados pelas taxas de depreciação a estes aplicáveis. As 
empresas devem manter ainda o controle dos possíveis saldos de reavaliação. Desta 
forma, é possível que bens similares tenham taxas de depreciação diferentes. Assim 
poderemos ter taxas diferentes, uma para fins fiscais e outra para fins contábeis. 
Diante de todos os pontos expostos, observe que são vários os aspectos que devem 
ser considerados quando o contador estabelecer a estrutura do plano de contas e dos 
controles acessórios, tais como a estrutura dos centros de custos. Os sistemas ERPs 
auxiliam e muito nestes controles. 
 
Critérios para Avaliação 
 
Os bens do Ativo Imobilizado, devem ser avaliados pelo custo de aquisição ou 
construção. Agora, a novidade é que tais valores deverão ser deduzidos do ICMS, 
PIS e COFINS quando recuperáveis, nos casos das empresas de grande porte, 
sociedades anônimas, etc. Se as aquisições de imobilizado forem adquiridas através 
de financiamentos bancários, o valor dos encargos financeiros deverá ser incorporado 
ao valor da aquisição ou construção até o momento em que o Ativo for entrar em 
utilização. A partir daí, estes encargos financeiros deverão ser contabilizados como 
despesas financeiras como é de costume. 
 
Critérios para Crédito do Ativo Imobilizado para o ICMS, PIS e COFINS 
 
A legislação federal permite que as empresas registrem o crédito do ICMS, PIS e 
COFINS, dos bens imobilizados adquiridos para as operações (áreas industriais e 
comerciais), quando estiverem sujeitas ao regime não cumulativo. Essa permissão 
não é válida em casos que o produto final é isento e não tributável. Para ter direito a 
este crédito, é necessário que o bem adquirido tenha como finalidade a área industrial 
ou comercial da empresa. 
 
O ICMS é apresentado na razão de 1/48 avos e o PIS a razão de 1/24 avos mês. Tais 
créditos devem ser controlados no CIAP (controle de ICMS do Ativo Permanente). 
Atualmente, este controle encontra-se no EFD - Fiscal. 
 
Já impostos como o IPI, farão parte do valor do bem incorporado, não sendo possível 
a recuperação do crédito. 
 
Cálculo da Depreciação 
 
Segundo Marion (2018), Vários métodos de depreciação são previstos na 
contabilidade. São eles: 
 
Método da Linha Reta (quotas constantes) 
Este método consiste em apurar a depreciação em função do tempo de vida útil do 
bem. Através de uma taxa de desvalorização constante, o bem perde o mesmo valor 
anualmente. 
 
Método das Taxas Fixas 
Neste método deverá ser estabelecida uma taxa constante de depreciação anual e 
que é calculada sobre o valor do bem ao final de cada exercício. 
Método das Taxas Variáveis 
O método das taxas variáveis consiste em determinar uma taxa média, de modo que 
formem uma progressão aritmética. Mas, a soma das taxas deverá ser igual a 100%. 
 
Método de Cole 
Consiste na soma dos dígitos dos anos de vida útil do bem, afim de encontrar a razão 
de cada ano sob a soma do total dos anos. Tais somas representarão as taxas de 
depreciação anual. 
 
Método de Horas Trabalhadas 
Neste método, a depreciação resulta em uma despesa baseada no tempo de vida útil 
que foi projetado para o bem imobilizado. 
 
Método de Unidades Produzidas 
Este método permite considerar as flutuações da atividade, ligando o montante de 
depreciação no período determinado, diretamente à quantidade produzida. 
 
Método da Depreciação Decrescente 
Neste método a maior proporção do custo de um ativo é alocado nos primeiros anos 
de vida útil do bem. 
 
Métodos Especiais 
São métodos gerenciais de depreciação que são desenvolvidos nas empresas para 
acompanhar o desgaste de ativos atípicos. 
 
Seguiremos a linha de Marion (2018, p.242), o professor menciona que o Método de 
cotas constantes é o mais utilizado pelo mercado. 
 
Deixaremos de abordar outros métodos, dado que a utilização prática, no 
momento, é muito reduzida em relação a tais métodos. Na verdade, a maioria 
esmagadora utiliza-se do Método da Linha Reta, considerando sua aceitação 
pelo Imposto de Renda. 
 
 Vamos a um exemplo: 
 
O Método da linha reta, linear ou de cotas constantes é, sem sombra de dúvidas, o 
mais adotado pelas empresas que desenvolvem sistemas de controle dos bens 
patrimoniais. Vamos então segui-lo como exemplo para calcular a depreciação de um 
veículo cujo custo de aquisição é de R$ 150.000,00, com vida útil estimada de 5 anos. 
 
Fórmula da depreciação Linear: 
 
 
Depreciação do período = Custo do bem / tempo de vida útil 
 
Então temos: 
 
150.000 = 30.000 (ano) ou 150.000 = 2.500 (mês). 
5 anos 60 meses 
 
Para este exemplo o valor residual é igual a zero, mas para bens que apresentem 
valor residual, a fórmula a ser utilizada deverá ser a seguinte: 
 
Depreciação do período = Custo do bem - valor residual / tempo de vida útil 
 
________________________________________________________________ 
IMPORTANTE 
O valor residual de um bem corresponde ao seu valor recuperável ao final do seu 
tempo de vida útil. 
_________________________________________________________________ 
 
Suponhamos então, que este mesmo veículo do exemplo anterior, apresentasse 
30.000 de valor residual. Como seria o cálculo da depreciação? 
 
Depreciação do período = 150.000 - 30.000 = 120.000 = 24.000 
 5 anos 
Observe que sempre que existir valor a ser recuperado na venda de um bem ao final 
do seu tempo de vida útil, o valor a ser registrado como custo ou despesa com a 
depreciação será reduzido. 
 
Vejamos agora a recomendação da norma nas notas explicativas em relação ao Ativo 
Imobilizado. 
 
3. Evidenciação, notas explicativas; ética contábil aplicável 
As notas explicativas são parte integrante das Demonstrações Contábeis. Logo, 
sempre que houver um fato considerado relevante e referente a quaisquer grupos de 
contas, estes deverão ser evidenciados nas notas explicativas. No Imobilizado, são 
as situações referentes a: 
 
● Dar transparência quanto ao método de depreciação adotado pela empresa; 
● Informar a taxa de depreciação em uso para cada um dos grupos 
patrimoniais; 
● Informar bens que, porventura tenham sido reavaliados no período; 
● Informar o tempo de vida útil dos grupos de bens do Ativo Imobilizado; 
● Informar a nova vida útil de bens resultantes de reavaliação; 
● Demais situações consideradas relevantes no período. 
 
Vale lembrar que o Ativo Imobilizado costuma concentrar grandes valores, já que é o 
grupo de contas responsável por registrar o patrimônio da empresa. A empresa 
deverá, portanto, estabelecer controles capazes de demonstrar as características 
destes bens, tempo de vida útil, dentre outros, sempre que for necessário. 
 
Vimos que o Ativo Imobilizado é um grupo de contas do Balanço Patrimonial, do Ativo 
não Circulante, que é formado pelo conjunto de bens necessários à manutenção das 
atividades da empresa. 
 
Uma característica inerente a este grupo é o registro de bens tangíveis (corpóreos). 
 
No grupo imobilizado também são registradas as benfeitorias realizadas em imóveis 
de terceiros locados ou arrendados. 
 
Outro ponto importante é que um bem não precisa, necessariamente pertencer a 
empresa para figurar no seu ativo imobilizado. O conceito atual é de que esta precisa 
deter o controle de um determinado ativo, usufruir dos seus benefícios e assumir os 
seus riscos para registrar o bem no seu ativo. 
 
Neste capítulo visitamos o objetivo, as características, a legislação pertinente a esse 
grupo de contas e as formas de se calcular a perda de valor do bem ao longo do 
Tempo, que corresponde a Depreciação e a Exaustão, conforme a natureza do bem. 
 
Referências 
 
MARION, J.C. Contabilidade básica. 12.ed. – São Paulo : Atlas, 2018. 
 
PADOVEZE, C.L - Manual de Contabilidade Básica: Contabilidade Introdutória a 
Intermediária , 10. ed. São paulo Atlas, 2018. 
 
IUDÍCIBUS, S.; GELBCKE, E. R; SANTOS, A.; MARTINS, E. Manual de 
Contabilidade Societária. FIPECAFI. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2018. 
 
Comitê de Pronunciamentos Contábeis. CPC 27 Imobilizado - Disponível em: 
http://static.cpc.aatb.com.br/Documentos/316_CPC_27_rev%2006.pdf 
Acesso em: 08 fev.2020. 
 
 
Comitê de Pronunciamentos Contábeis. CPC 06 Arrendamentos. Disponível em: 
http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-
Emitidos/Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=37. Acesso em: 08 fev.2020. 
 
Comitê de Pronunciamentos Contábeis. CPC 22 Informações por segmento. 
Disponível em: http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-
Emitidos/Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=53. Acesso em: 08 fev.2020. 
 
 
 
Questões de Fixação 
 
 
 
 
PRODUÇÃO DAS QUESTÕES 
 
QUESTÃO 1 
Enunciado: 
Um veículo destinado a entrega de mercadorias foi adquirido em 30/03/2019 pelo 
valor de R$ 56.000,00. Considerando que não haverá valor residual ao final do 
 
http://static.cpc.aatb.com.br/Documentos/316_CPC_27_rev%2006.pdf
http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=37
http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=37
http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=53
http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=53
período de depreciação e que o bem tem vida útil de 5 anos, pode se afirmar que 
a depreciação mensal a ser contabilizada é de 
 
Afirmativa correta 933,34 
Justificativa Memória de cálculo: 
56.000/60(meses)=933,34 
 
Opção Errada 333,34 
Opção Errada 833,34 
Opção Errada 843,44 
Opção Errada 913,44 
 
 
QUESTÃO 2 
Enunciado: 
Um veículo destinado a entrega de mercadorias foi adquirido em 30/03/2019 pelo 
valor de R$ 56.000,00. Foi identificado que, ao final do período de depreciação, 
poderá ser vendido a 10% do seu valor de aquisição. O bem possui vida útil de 5 
anos. Com base nestas informações, pode se afirmar que a depreciação mensal 
a ser contabilizada é de 
 
 
Afirmativa correta 840,00 
Justificativa Memória de cálculo: 
56.000,00 x 10% = 5.600,00 
56.000,00 - 5.600,00 = 50.400,00 
50.400,00/60 = 840,00 
 
Opção Errada 933,34 
Opção Errada 940,00 
Opção Errada 833,34 
Opção Errada 740,00 
 
 
QUESTÃO 3 
Enunciado: 
A depreciação registra o desgaste do bem ao longo do tempo. A literatura contábil 
prevê algumas formas de registrar a depreciação. Mas, uma delas é largamente 
utilizada pelas empresas. Com base nesta afirmativa, assinale o método de 
depreciação mais utilizado nas empresas. 
 
 
Afirmativa correta Cotas constantes. 
Justificativa O método linear ou de cotas constantes é o mais utilizado 
pelas empresas, pois trata-se de um método simples e que 
é aceito, tanto pelo fisco como pelo CPC 27. 
 
Opção Errada Método das Taxas Variáveis. 
Opção Errada Método de Unidades Produzidas. 
Opção Errada Método da Depreciação Decrescente. 
Opção Errada Método de Cole. 
 
QUESTÃO 4 
Enunciado: 
Uma empresa adquiriu à vista em 30.06.X1 um equipamento para o imobilizado 
no valor de $ 1.200 + IPI de 5%. O ICMS de 18% está incluso no preço. Com base 
nos dados apresentados, pode se afirmar que o valor a ser registrado no 
Imobilizado é de: 
 
 
 
Afirmativa correta 1.044,00 
Justificativa Memória de Cálculo: 
Valor do equipamento: 1.200,00 (+) IPI 60,00 Total da NF 
1.260,00 
ICMS recuperável: 1.200 x 18% = 216,00 
Valor para ser registrado no Imobilizado: 1.260,00 - 
216,00 = 1.044,00 
 
 
Opção Errada 1.476,00 
Opção Errada 1.260,00 
Opção Errada 1.200,00 
Opção Errada 984,00 
 
 
QUESTÃO 5 
Enunciado: 
Uma empresa adquiriu à vista em 30.06.X1 um equipamento para o imobilizado 
no valor de $ 1.200 + IPI de 5%. O ICMS de 18% está incluso no preço. Com base 
nos dados apresentados, pode se afirmar que o valor do ICMS a ser recuperado 
mensalmente é de: 
 
 
 
Afirmativa correta 4,50 
Justificativa Memória de Cálculo: 
Valor do equipamento: 1.200,00 (+) IPI 60,00 Total da NF 
1.260,00 
ICMS recuperável: 1.200 x 18% = 216,00 
Proporção mensal 1/48 meses = 216,00 / 48 = 4,50 
 
Opção Errada 26,25 
Opção Errada 25,00 
Opção Errada 5,54 
Opção Errada 4,25