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CURSO DO DEPEN - AULA 02 - LEI 7210 - LEI DE EXECUÇÕESS PENAIS

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Aula 02
Execução Penal p/ DEPEN (Agente de
Execução Federal) Com Videoaulas -
Pós-Edital
Autores:
Marcos Girão, Thais Poliana
Teixeira Ribeiro de Assunção
Aula 02
16 de Maio de 2020
08983671661 - Gilson da silva soares
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Sumário 
Portaria Interministerial nº 4.226/2010 – Uso da Força ............................................................................ 2 
1.1 – Princípios do Uso da Força........................................................................................................... 2 
1.2 – Princípios do Uso da Força........................................................................................................... 4 
1.3 – O Uso da Arma de Fogo .............................................................................................................. 6 
1.4 – Quando o Uso da Força Causar LESÃO ou MORTE ................................................................ 7 
1.5 – O Recrutamento, a Seleção e o Treinamento de Agentes ..................................................... 9 
1.6 – Obrigações dos Órgãos de Segurança Pública ...................................................................... 10 
2 – Considerações Finais .......................................................................................................................... 11 
Questões Comentadas ................................................................................................................................. 12 
Lista de Questões .......................................................................................................................................... 18 
Gabarito .......................................................................................................................................................... 20 
Resumo ........................................................................................................................................................... 21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 4.226/2010 – USO DA 
FORÇA 
Às vésperas de 2011, o Ministério da Justiça anunciou 25 diretrizes sobre o uso de força para 
orientar e padronizar a atuação dos policiais aos princípios internacionais sobre o uso da força 
policial para orientar e padronizar a atuação dos policiais aos princípios internacionais sobre o uso 
da força, reduzir os níveis de letalidade nas ações policiais, segundo a conclusão de um grupo de 
trabalho. 
Assim, surgiu a Portaria Interministerial nº 4.226, OBRIGATÓRIA para todos os policiais da Polícia 
Federal, da Polícia Rodoviária Federal, do Departamento penitenciário e da Força Nacional. 
Já sei que você vai me perguntar: professor, o que essa Portaria tem a ver com Agentes do 
DETRAN-DF? Para que estudá-la se não pertencerei a nenhuma dessas carreiras? 
A resposta está na ponta da língua, aliás, está no Edital de seu concurso. Veja: 
Uma das atribuições do Agente de Trânsito é acompanhar e defender o cumprimento dos atos do 
poder de polícia de trânsito! E ainda têm a polêmica do uso dos teasers (arma não letal ou de 
menor potencial ofensivo), não é mesmo? Foi justamente por essas razões que essa Portaria foi 
incluída em seu Edital. Vamos então, a partir de agora, estudar cada uma das diretrizes por ela 
trazidas. 
Dividi as diretrizes por grupos de assuntos, a fim de proporcionar-lhe um melhor entendimento. 
O estudo dessa Portaria será bem simples e objetivo. Tudo que a partir de agora for abordado 
trará, de uma forma bem mais lógica, a literalidade dessa norma. A sua prova agradecerá!! Vamos 
em frente!! 
1.1 – Princípios do Uso da Força 
De início, é preciso que eu te faça duas perguntas: o que você entende por FORÇA? O que é o 
USO DA FORÇA? 
A Portaria 4.226/10 nos responde: 
A FORÇA é a intervenção coercitiva imposta à pessoa ou grupo de pessoas por parte do agente 
de segurança pública com a finalidade de preservar a ordem pública e a lei. 
Essa força pode ser aplicada em vários níveis ou graus de intensidade. Chama-se NÍVEL DO USO 
DA FORÇA a intensidade da força escolhida pelo agente de segurança pública em resposta a uma 
ameaça real ou potencial. 
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Para que essa intensidade seja utilizada de forma racional e proporcional, é preciso que se faça o 
USO DIFERENCIADO DA FORÇA que significa a seleção apropriada do nível de uso da força em 
resposta a uma ameaça real ou potencial visando limitar o recurso a meios que possam causar 
ferimentos ou mortes. 
Com esses conceitos introdutórios, já podemos iniciar o estudo das diretrizes do uso da força. De 
todas as diretrizes que aqui serão estudadas, duas delas são basilares e, por isso, as chamo de 
DIRETRIZES-MESTRAS. São elas: 
 
 O uso da força pelos agentes de segurança pública deverá se pautar nos documentos 
internacionais de proteção aos direitos humanos. 
 O uso da força por agentes de segurança pública deverá obedecer aos princípios da: 
 
o LEGALIDADE; 
o NECESSIDADE; 
o PROPORCIONALIDADE; 
o MODERAÇÃO E; 
o CONVENIÊNCIA. 
 
Caro aluno, não se esqueça nunca mais desses princípios, pois desconfio que serão alvos de 
questões em sua prova!! Vamos explicá-los à luz do que versa a nossa Portaria 4.226/10: 
 
✓ Princípio da LEGALIDADE: Os agentes de segurança pública só poderão utilizar a força para 
a consecução de um objetivo legal e nos estritos limites da lei. 
 
✓ Princípio da NECESSIDADE: Determinado nível de força só pode ser empregado quando 
níveis de menor intensidade não forem suficientes para atingir os objetivos legais 
pretendidos. 
 
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✓ Princípio da PROPORCIONALIDADE: O nível da força utilizado deve sempre ser compatível 
com a gravidade da ameaça representada pela ação do opositor e com os objetivos 
pretendidos pelo agente de segurança pública. 
 
✓ Princípio da MODERAÇÃO: O emprego da força pelos agentes de segurança pública deve 
sempre que possível, além de proporcional, ser moderado, visando sempre reduzir o 
emprego da força. 
 
✓ Princípio da CONVENIÊNCIA: A força não poderá ser empregada quando, em função do 
contexto, possa ocasionar danos de maior relevância do que os objetivos legais 
pretendidos. 
Leia e releia exaustivamente tais princípios, pois eles são a base de todas as demais diretrizes a 
serem aqui estudadas. Além do mais são MUITO BONS DE PROVA!! 
1.2 – Princípios do Uso da Força 
Antes de falarmos sobre suas diretrizes, faz-se necessário diferenciar conceitualmente uma arma 
de um equipamento de MENOR potencial ofensivo. Além disso, conceituaremos também os 
INSTRUMENTOS, as MUNIÇÕES E AS TÉCNICAS de MENOR potencial ofensivo. Todas as 
definições nos são dadas pela própria Portaria 4.226/10. Muita atenção para cada um desses 
conceitos!! 
Vejamos: 
 
 
 ARMAS de MENOR potencial ofensivo são as armas projetadas e/ou empregadas, 
especificamente, com a finalidade de conter, debilitar ou incapacitar temporariamente 
pessoas, preservando vidas e minimizando danos à sua integridade. 
 
 
 
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 EQUIPAMENTOS de MENOR potencial ofensivo são todos os artefatos, excluindo armas e 
munições, desenvolvidose empregados com a finalidade de conter, debilitar ou incapacitar 
temporariamente pessoas, para preservar vidas e minimizar danos à sua integridade. 
 
 
 
 TÉCNICAS de MENOR potencial ofensivo é o conjunto de procedimentos empregados em 
intervenções que demandem o uso da força, através do uso de instrumentos de menor 
potencial ofensivo, com intenção de preservar vidas e minimizar danos à integridade das 
pessoas. 
 
 
 
 MUNIÇÕES de MENOR potencial ofensivo são munições projetadas e empregadas, 
especificamente, para conter, debilitar ou incapacitar temporariamente pessoas, 
preservando vidas e minimizando danos a integridade das pessoas envolvidas. 
 
 
 
 
Aproveito também para trazer o conceito de EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO que é todo 
dispositivo ou produto, de uso individual (EPI) ou coletivo (EPC) destinado a redução de riscos à 
integridade física ou à vida dos agentes de segurança pública. 
Conhecidos tais conceitos a portaria 4.226/10 estabelece que TODO AGENTE DE SEGURANÇA 
PÚBLICA que, em razão da sua função, possa vir a se envolver em situações de uso da força, 
deverá portar no mínimo 02 (não esqueça!!) instrumentos de menor potencial ofensivo e 
equipamentos de proteção necessários à atuação específica, independentemente de portar ou 
não arma de fogo. 
 
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Deverá ser ESTIMULADO e PRIORIZADO, sempre que possível, o uso de técnicas e instrumentos 
de menor potencial ofensivo pelos agentes de segurança pública, de acordo com a especificidade 
da função operacional e sem se restringir às unidades especializadas. O uso dessas técnicas deve 
ser CONSTANTEMENTE avaliado. 
Para o atingimento desses fins, deverão ser incluídos nos currículos dos cursos de formação e 
programas de educação continuada CONTEÚDOS SOBRE TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DE 
MENOR POTENCIAL OFENSIVO. 
 E as armas de menor potencial ofensivo deverão ser separadas e identificadas de forma 
DIFERENCIADA, conforme a necessidade operacional. 
 
1.3 – O Uso da Arma de Fogo 
Falando agora de arma de fogo propriamente dita, temos que as diretrizes da Portaria para o uso 
correto da arma de fogo são as seguintes: 
Os agentes de segurança pública não deverão disparar armas de fogo contra pessoas, exceto em 
CASOS DE LEGÍTIMA DEFESA PRÓPRIA OU DE TERCEIRO contra perigo iminente de morte ou 
lesão grave. 
Não é legítimo o uso de armas de fogo CONTRA PESSOA EM FUGA QUE ESTEJA DESARMADA 
ou que, mesmo na posse de algum tipo de arma, NÃO REPRESENTE RISCO IMEDIATO DE 
MORTE ou de lesão grave aos agentes de segurança pública ou terceiros. 
Também não é legítimo o uso de armas de fogo contra veículo que desrespeite bloqueio policial 
em via pública, A NÃO SER QUE O ATO REPRESENTE UM RISCO IMEDIATO de morte ou lesão 
grave aos agentes de segurança pública ou terceiros. 
Os chamados "disparos de advertência" NÃO SÃO CONSIDERADOS PRÁTICA ACEITÁVEL, por 
não atenderem aos princípios acima elencados e em razão da imprevisibilidade de seus efeitos. 
O ato de apontar arma de fogo contra pessoas durante os procedimentos de abordagem NÃO 
DEVERÁ SER UMA PRÁTICA ROTINEIRA E INDISCRIMINADA. 
 
 
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 Os órgãos de segurança pública deverão criar comissões internas de controle e 
acompanhamento da letalidade, com o objetivo de MONITORAR o uso efetivo da força 
pelos seus agentes. 
 
1.4 – Quando o Uso da Força Causar LESÃO ou MORTE 
Os agentes de segurança pública deverão preencher um relatório individual todas as vezes que 
dispararem arma de fogo e/ou fizerem uso de instrumentos de menor potencial ofensivo, 
ocasionando lesões ou mortes. 
 O relatório deverá ser encaminhado à comissão interna de controle e acompanhamento da 
letalidade de seu órgão (mencionada no tópico anterior) e deverá conter no mínimo as seguintes 
informações: 
 
 As circunstâncias e justificativa que levaram o uso da força ou de arma de fogo por parte 
do agente de segurança pública; 
 As medidas adotadas antes de efetuar os disparos/usar instrumentos de menor potencial 
ofensivo, ou as razões pelas quais elas não puderam ser contempladas; 
 tipo de arma e de munição, quantidade de disparos efetuados, distância e pessoa contra a 
qual foi disparada a arma; 
 instrumento(s) de menor potencial ofensivo utilizado(s), especificando a frequência, a 
distância e a pessoa contra a qual foi utilizado o instrumento; 
 quantidade de agentes de segurança pública feridos ou mortos na ocorrência, meio e 
natureza da lesão; 
 quantidade de feridos e/ou mortos atingidos pelos disparos efetuados pelo(s) agente(s) de 
segurança pública; 
 número de feridos e/ou mortos atingidos pelos instrumentos de menor potencial ofensivo 
utilizados pelo(s) agente(s) de segurança pública; 
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 número total de feridos e/ou mortos durante a missão; 
 quantidade de projéteis disparados que atingiram pessoas e as respectivas regiões 
corporais atingidas; 
 quantidade de pessoas atingidas pelos instrumentos de menor potencial ofensivo e as 
respectivas regiões corporais atingidas; 
 ações realizadas para facilitar a assistência e/ou auxílio médico, quando for o caso; e 
 se houve preservação do local e, em caso negativo, apresentar justificativa. 
Quando o uso da força causar LESÃO OU MORTE DE PESSOA(S), o agente de segurança pública 
envolvido deverá realizar as seguintes ações: 
✓ facilitar a prestação de socorro ou assistência médica aos feridos; 
✓ promover a correta preservação do local da ocorrência; 
✓ comunicar o fato ao seu superior imediato e à autoridade competente; e 
✓ preencher o relatório individual correspondente sobre o uso da força, 
conforme visto acima. 
Já o órgão de segurança pública onde esse agente é lotado, no caso de LESÃO OU MORTE DE 
PESSOA(S), deverá realizar as seguintes ações: 
✓ facilitar a assistência e/ou auxílio médico dos feridos; 
✓ recolher e identificar as armas e munições de todos os envolvidos, vinculando-as aos seus 
respectivos portadores no momento da ocorrência; 
✓ solicitar perícia criminalística para o exame de local e objetos bem como exames médico-
legais; 
✓ comunicar os fatos aos familiares ou amigos da(s) pessoa(s) ferida(s) ou morta(s); 
✓ iniciar, por meio da Corregedoria da instituição, ou órgão equivalente, investigação 
imediata dos fatos e circunstâncias do emprego da força; 
✓ promover a assistência médica às pessoas feridas em decorrência da intervenção, incluindo 
atenção às possíveis sequelas; 
✓ promover o devido acompanhamento psicológico aos agentes de segurança pública 
envolvidos, permitindo-lhes superar ou minimizar os efeitos decorrentes do fato ocorrido; 
e 
✓ afastar temporariamente do serviço operacional, para avaliação psicológica e redução do 
estresse, os agentes de segurança pública envolvidos diretamente em ocorrências com 
resultado letal. 
A fim de minimizar os problemas acima e também de prover o maior preparado possível para os 
agentes de segurança pública, a Portaria também estabelece diretrizes para o recrutamento, a 
seleção e o treinamento dessas pessoas. 
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1.5 – O Recrutamento, a Seleção e o Treinamento de Agentes 
 
❖ O RECRUTAMENTOe a SELEÇÃO de agentes 
O Recrutamento é um conjunto de técnicas e procedimentos que visa atrair candidatos 
potencialmente qualificados e capazes de ocupar cargos dentro da organização. É basicamente 
um sistema de formação, através do qual a organização divulga e oferece ao mercado de recursos 
humanos, oportunidades de emprego que pretende preencher. 
Já na seleção, busca-se investigar, junto aos candidatos aprovados pelo recrutamento, quais são 
os profissionais que melhor preenchem os requisitos necessários a cada cargo. Trata-se, portanto, 
de um processo que necessita de investigações mais profundas. 
Pois bem, a Portaria 4.226/10 também lançou diretrizes para o RECRUTAMENTO e a SELEÇÃO 
de agentes estabelecendo que os critérios de recrutamento e seleção para os agentes de 
segurança pública deverão levar em consideração o perfil psicológico necessário para lidar com 
situações de estresse e uso da força e arma de fogo. 
Os processos seletivos para ingresso nas instituições de segurança pública e os cursos de formação 
e especialização dos agentes de segurança pública devem incluir conteúdos relativos a DIREITOS 
HUMANOS. 
 
 Nenhum agente de segurança pública deverá portar armas de fogo ou instrumento de 
menor potencial ofensivo para o qual não esteja devidamente habilitado e sempre que um 
novo tipo de arma ou instrumento de menor potencial ofensivo for introduzido na 
instituição deverá ser estabelecido um módulo de treinamento específico com vistas à 
habilitação do agente. 
 
Deverão ser elaborados procedimentos de habilitação para o uso de cada tipo de arma de fogo e 
instrumento de menor potencial ofensivo que incluam AVALIAÇÃO TÉCNICA, PSICOLÓGICA, 
FÍSICA e TREINAMENTO ESPECÍFICO, com previsão de revisão periódica mínima. 
❖ O TREINAMENTO de agentes 
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As atividades de treinamento fazem parte do trabalho rotineiro do agente de segurança pública 
e não deverão ser realizadas em seu horário de folga, de maneira a serem preservados os períodos 
de descanso, lazer e convivência sociofamiliar. 
A seleção de instrutores para ministrarem aula em qualquer assunto que englobe o uso da força 
deverá levar em conta análise rigorosa: 
✓ de seu currículo formal e tempo de serviço; 
✓ das áreas de atuação; 
✓ das experiências anteriores em atividades fim; 
✓ dos registros funcionais; 
✓ da formação em direitos humanos e; 
✓ de nivelamento em ensino. 
Os instrutores deverão ser submetidos à aferição de conhecimentos teóricos e práticos e sua 
ATUAÇÃO deve ser avaliada. 
 
 A RENOVAÇÃO DA HABILITAÇÃO para uso de armas de fogo em serviço deve ser feita 
com periodicidade mínima de 01 ANO. 
 
Caro aluno, até aqui já estudamos quase todas as diretrizes para o uso da força. Resta-nos somente 
as duas diretrizes que a portaria 4.226/10 reservou especificamente para os ÓRGÃOS DE 
SEGURANÇA PÚBLICA. Vamos lá!! 
1.6 – Obrigações dos Órgãos de Segurança Pública 
Os órgãos de segurança pública deverão editar atos normativos disciplinando o uso da força por 
seus agentes, definindo objetivamente: 
 
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 Os tipos de instrumentos e técnicas autorizadas; 
 As circunstâncias técnicas adequadas à sua utilização, ao ambiente/entorno e ao risco 
potencial a terceiros não envolvidos no evento; 
 O conteúdo e a carga horária mínima para habilitação e atualização periódica ao uso de 
cada tipo de instrumento; 
 A proibição de uso de armas de fogo e munições que provoquem lesões desnecessárias e 
risco injustificado; e 
 O controle sobre a guarda e utilização de armas e munições pelo agente de segurança 
pública. 
 Os órgãos de segurança pública DEVERÃO, observada a legislação pertinente, oferecer 
possibilidades de reabilitação e reintegração ao trabalho aos agentes de segurança pública 
que ADQUIRIREM DEFICIÊNCIA FÍSICA em decorrência do desempenho de suas 
atividades. 
 
Pronto!! Terminamos o estudo sobre a Portaria Interministerial nº 4.226/10. Para fecharmos com 
chave de ouro, resolveremos uma bateria de questões!! 
2 – Considerações Finais 
Chegamos ao final da nossa aula! 
Quaisquer dúvidas, sugestões ou críticas entrem em contato conosco. Estou disponível no fórum 
no Curso, por e-mail e nas minhas redes sociais. 
Aguardo vocês na próxima aula. Até lá! 
Paulo Guimarães e Marcos Girão 
E-mail: professorpauloguimaraes@gmail.com 
Instagram: @profpauloguimaraes e @profmarcosgirao 
Telegram Girão: http://t.me/profmarcosgirao 
 
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QUESTÕES COMENTADAS 
 
Julgue os próximos itens conforme o texto da Portaria Interministerial nº 4.226/2010 
1. (ESTRATÉGIA E GIRÃO – INÉDITA – 2020) De acordo com recente Portaria publicada pelo 
Ministério da Justiça e pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, o uso da 
força por agentes de segurança pública deverá obedecer aos princípios da legalidade, 
necessidade, proporcionalidade, moderação e conveniência. O princípio de necessidade pode ser 
assim definido: determinado nível de força só pode ser empregado quando níveis de menor 
intensidade não forem suficientes para atingir os objetivos legais pretendidos. 
Gabarito: ERRADO 
Comentários: 
Nada disso! Para responder a essa questão, vamos revisar os conceitos e correlacioná-los: 
➔ Princípio da Necessidade Determinado nível de força só pode ser empregado quando 
níveis de menor intensidade não forem suficientes para atingir os objetivos legais 
pretendidos. I – 2 
➔ Princípio da Conveniência A força não poderá ser empregada quando, em função do 
contexto, possa ocasionar danos de maior relevância do que os objetivos legais 
pretendidos. II – 1 
➔ Princípio da Moderação O emprego da força pelos agentes de segurança pública deve 
sempre que possível, além de proporcional, ser moderado, visando sempre reduzir o 
emprego da força. III – 5 
➔ Princípio da Proporcionalidade O nível da força utilizado deve sempre ser compatível com 
a gravidade da ameaça representada pela ação do opositor e com os objetivos pretendidos 
pelo agente de segurança pública. IV – 4 
➔ Princípio da Legalidade Os agentes de segurança pública só poderão utilizar a força para 
a consecução de um objetivo legal e nos estritos limites da lei. 
 
 
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2. (ESTRATÉGIA E GIRÃO – INÉDITA – 2020) A Portaria Interministerial nº 4.226/10 estabelece 
que deve ser estimulado e priorizado, sempre que possível, o uso de técnicas e instrumentos de 
menor potencial ofensivo pelos agentes de segurança pública, de acordo com a especificidade da 
função operacional e sem se restringir às unidades especializadas. Sobre as armas de menor 
potencial ofensivo, é correto afirmar que as técnicas de menor potencial ofensivo são o conjunto 
de procedimentos empregados em intervenções que demandem o uso da força, através do uso 
de instrumentos de menor potencial ofensivo, com intenção de preservar vidas e minimizar danos 
à integridade das pessoas. 
Gabarito: CERTO 
Comentários: 
A maior parte dos conceitos cobrados nessa questão, além de estudados aqui em nossa aula, está 
disposta no glossário que consta na Portaria nº 4.226/10. Vamos ao item: 
Técnicas de menorpotencial ofensivo é o conjunto de procedimentos empregados em 
intervenções que demandem o uso da força, através do uso de instrumentos de menor potencial 
ofensivo, com intenção de preservar vidas e minimizar danos à integridade das pessoas. 
 Esse é o conceito correto de técnicas de menor potencial ofensivo. 
 
3. (ESTRATÉGIA E GIRÃO – INÉDITA – 2020) Os Instrumentos de menor potencial ofensivo são 
munições projetadas e empregadas, especificamente, para conter, debilitar ou incapacitar 
temporariamente pessoas, preservando vidas e minimizando danos a integridade das pessoas 
envolvidas. 
Gabarito: ERRADO 
Comentários: 
Instrumentos de menor potencial ofensivo são munições projetadas e empregadas, 
especificamente, para conter, debilitar ou incapacitar temporariamente pessoas, preservando 
vidas e minimizando danos a integridade das pessoas envolvidas. Esse conceito é o de 
MUNIÇÕES de menor potencial ofensivo. 
 
4. (ESTRATÉGIA E GIRÃO – INÉDITA – 2020) Segundo a Portaria Interministerial nº 4.226/2010, 
armas de menor potencial ofensivo é o conjunto de armas, munições e equipamentos 
desenvolvidos com a finalidade de preservar vidas e minimizar danos à integridade das pessoas. 
Gabarito: ERRADO 
Comentários: 
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Trocaram os conceitos novamente! Armas de menor potencial ofensivo é o conjunto de armas, 
munições e equipamentos desenvolvidos com a finalidade de preservar vidas e minimizar danos à 
integridade das pessoas. Definição de INTRUMENTOS e não de armas de menor potencial 
ofensivo 
 
5. (ESTRATÉGIA E GIRÃO – INÉDITA – 2020) As armas de menor potencial ofensivo não 
necessitam ser separadas e identificadas de forma diferenciada, conforme a necessidade 
operacional. 
Gabarito: ERRADO 
Comentários: 
É claro que esse tipo de arma necessita sim ser separado e identificado de forma diferenciada. É 
o que nos diz a Diretriz nº 21 da Portaria nº 4.226/10. 
 
6. (ESTRATÉGIA E GIRÃO – INÉDITA – 2020) O ato de apontar arma de fogo contra pessoas 
durante os procedimentos de abordagem não deverá ser uma prática rotineira e indiscriminada. 
Gabarito: CERTO 
Comentários: 
Correto!! É o que nos ensina a Diretriz nº 7 da Portaria em estudo e já é a nossa resposta!! 
 
7. (ESTRATÉGIA E GIRÃO – INÉDITA – 2020) Não é legítimo o uso de armas de fogo contra pessoa 
em fuga que esteja desarmada ou que, mesmo na posse de algum tipo de arma, represente risco 
imediato de morte ou de lesão grave aos agentes de segurança pública ou terceiros. 
Gabarito: ERRADO 
Comentários: 
Claro que esta afirmativa está equivocada!! Se a pessoa em fuga estiver de posse de algum tipo 
de arma e esse ato representar RISCO IMEDIATO DE MORTE OU DE LESÃO GRAVE aos agentes 
de segurança pública ou terceiros, será sim legítimo o uso de armas de fogo contra ela. 
8. (ESTRATÉGIA E GIRÃO – INÉDITA – 2020) Os agentes de segurança pública não deverão 
disparar armas de fogo contra pessoas, exceto apenas em casos de legítima defesa própria contra 
perigo iminente de morte ou lesão grave. 
Gabarito: ERRADO 
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Comentários: 
A exceção para o agente disparar armas de fogo contra pessoas engloba não só os casos de 
legítima defesa própria como também a terceiros contra perigo iminente de morte ou lesão grave. 
 
9. (ESTRATÉGIA E GIRÃO – INÉDITA – 2020) Segundo as diretrizes para o uso da força 
disciplinadas em normativo interministerial, quando o uso da força causar lesão ou morte de 
pessoa(s), o agente de segurança pública envolvido deverá realizar, entre outras, a seguinte ação: 
comunicar o fato ao seu superior imediato e à autoridade competente. 
Gabarito: CERTO 
Comentários: 
Exatamente o que diz o íten 10, alínea c, do Anexo I, da Portaria Interministerial nº4.226/2010: 
10. Quando o uso da força causar lesão ou morte de pessoa(s),o agente de segurança 
pública envolvido deverá realizar as seguintes ações: 
c. comunicar o fato ao seu superior imediato e à autoridade competente 
10. (ESTRATÉGIA E GIRÃO – INÉDITA – 2020) Não é legítimo o uso de armas de fogo contra 
veículo que desrespeite bloqueio policial em via pública, mesmo que o ato do veículo represente 
risco imediato de morte ou lesão grave aos agentes de segurança pública ou terceiros. 
Gabarito: ERRADO 
Comentários: 
Se o ato do veículo (de desrespeito a bloqueio policial) representar risco imediato de morte ou 
lesão grave aos agentes de segurança pública ou terceiros, poderá ser legítimo contra ele o uso 
de armas de fogo. 
 
11. (ESTRATÉGIA E GIRÃO – INÉDITA – 2020) Conforme a Portaria Interministerial nº4.226/2010, 
os chamados "disparos de advertência", a depender da situação, são considerados prática 
aceitável. 
Gabarito: ERRADO 
Comentários: 
A Diretriz nº 6 da Portaria estabelece que os chamados "disparos de advertência" não são 
considerados prática aceitável. Não há nela nenhuma ressalva!! 
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==15810f==
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12. (ESTRATÉGIA E GIRÃO – INÉDITA – 2020) Nenhum agente de segurança pública deverá portar 
armas de fogo ou instrumento de menor potencial ofensivo para o qual não esteja devidamente 
habilitado e sempre que um novo tipo de arma ou instrumento de menor potencial ofensivo for 
introduzido na instituição deverá ser estabelecido um módulo de treinamento específico com 
vistas à habilitação do agente. 
Gabarito: CERTO 
Comentários: 
É o texto da Diretriz nº 17 da Portaria nº 4.226/10: 
17. Nenhum agente de segurança pública deverá portar armas de fogo ou instrumento de 
menor potencial ofensivo para o qual não esteja devidamente habilitado e sempre que um 
novo tipo de arma ou instrumento de menor potencial ofensivo for introduzido na 
instituição deverá ser estabelecido um módulo de treinamento específico com vistas à 
habilitação do agente. 
 
13. (ESTRATÉGIA E GIRÃO – INÉDITA – 2020) Os critérios de recrutamento e seleção para os 
agentes de segurança pública deverão levar em consideração o perfil físico necessário para lidar 
com situações de estresse e uso da força e arma de fogo. 
Gabarito: ERRADO 
Comentários: 
O perfil que deverá ser considerado é o PSICOLÓGICO e não o físico 
 
14. (ESTRATÉGIA E GIRÃO – INÉDITA – 2020) Com relação às diretrizes para o uso da força por 
agentes de segurança pública, estabelecidas pela Portaria Ministerial nº 4.226/10, pode-se afirmar 
que os órgãos de segurança pública deverão, observada a legislação pertinente, oferecer 
possibilidades de reabilitação e reintegração ao trabalho aos agentes de segurança pública que 
adquirirem qualquer tipo de deficiência física. 
Gabarito: ERRADO 
Comentários: 
Não é qualquer tipo de deficiência física e sim aquelas decorrentes do desempenho das atividades 
dos agentes. 
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15. (ESTRATÉGIA E GIRÃO – INÉDITA – 2020) Quando o uso da força causar lesão ou morte de 
pessoa(s), o órgão de segurança pública deverá realizar, dentre outras ações, facilitar a assistência 
e/ou auxílio médico dos feridos, recolher e identificar as armas e munições de todos os envolvidos, 
vinculando-as aos seus respectivos portadores no momento da ocorrência. 
Gabarito: CERTO 
Comentários: 
Perfeito!!Essas informações estão na Diretriz nº 11 da Portaria nº 4.226/10: 
11. Quando o uso da força causar lesão ou morte de pessoa(s),o órgão de segurança pública 
deverá realizar as seguintes ações: 
a. facilitar a assistência e/ou auxílio médico dos feridos; 
b. recolher e identificar as armas e munições de todos os envolvidos, vinculando-as aos 
seus respectivos portadores no momento da ocorrência; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LISTA DE QUESTÕES 
Julgue os próximos itens conforme o texto da Portaria Interministerial nº 4.226/2010 
1. (ESTRATÉGIA E GIRÃO – INÉDITA – 2020) De acordo com recente Portaria publicada pelo 
Ministério da Justiça e pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, o uso da 
força por agentes de segurança pública deverá obedecer aos princípios da legalidade, 
necessidade, proporcionalidade, moderação e conveniência. O princípio de necessidade pode ser 
assim definido: determinado nível de força só pode ser empregado quando níveis de menor 
intensidade não forem suficientes para atingir os objetivos legais pretendidos. 
 
3. (ESTRATÉGIA E GIRÃO – INÉDITA – 2020) Os Instrumentos de menor potencial ofensivo são 
munições projetadas e empregadas, especificamente, para conter, debilitar ou incapacitar 
temporariamente pessoas, preservando vidas e minimizando danos a integridade das pessoas 
envolvidas. 
 
4. (ESTRATÉGIA E GIRÃO – INÉDITA – 2020) Segundo a Portaria Interministerial nº 4.226/2010, 
armas de menor potencial ofensivo é o conjunto de armas, munições e equipamentos 
desenvolvidos com a finalidade de preservar vidas e minimizar danos à integridade das pessoas. 
 
5. (ESTRATÉGIA E GIRÃO – INÉDITA – 2020) As armas de menor potencial ofensivo não 
necessitam ser separadas e identificadas de forma diferenciada, conforme a necessidade 
operacional. 
 
6. (ESTRATÉGIA E GIRÃO – INÉDITA – 2020) O ato de apontar arma de fogo contra pessoas 
durante os procedimentos de abordagem não deverá ser uma prática rotineira e indiscriminada. 
 
7. (ESTRATÉGIA E GIRÃO – INÉDITA – 2020) Não é legítimo o uso de armas de fogo contra pessoa 
em fuga que esteja desarmada ou que, mesmo na posse de algum tipo de arma, represente risco 
imediato de morte ou de lesão grave aos agentes de segurança pública ou terceiros. 
 
8. (ESTRATÉGIA E GIRÃO – INÉDITA – 2020) Os agentes de segurança pública não deverão 
disparar armas de fogo contra pessoas, exceto apenas em casos de legítima defesa própria contra 
perigo iminente de morte ou lesão grave. 
 
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9. (ESTRATÉGIA E GIRÃO – INÉDITA – 2020) Segundo as diretrizes para o uso da força 
disciplinadas em normativo interministerial, quando o uso da força causar lesão ou morte de 
pessoa(s), o agente de segurança pública envolvido deverá realizar, entre outras, a seguinte ação: 
comunicar o fato ao seu superior imediato e à autoridade competente 
 
10. (ESTRATÉGIA E GIRÃO – INÉDITA – 2020) Não é legítimo o uso de armas de fogo contra 
veículo que desrespeite bloqueio policial em via pública, mesmo que o ato do veículo represente 
risco imediato de morte ou lesão grave aos agentes de segurança pública ou terceiros. 
 
11. (ESTRATÉGIA E GIRÃO – INÉDITA – 2020) Conforme a Portaria Interministerial nº4.226/2010, 
os chamados "disparos de advertência", a depender da situação, são considerados prática 
aceitável. 
 
12. (ESTRATÉGIA E GIRÃO – INÉDITA – 2020) Nenhum agente de segurança pública deverá portar 
armas de fogo ou instrumento de menor potencial ofensivo para o qual não esteja devidamente 
habilitado e sempre que um novo tipo de arma ou instrumento de menor potencial ofensivo for 
introduzido na instituição deverá ser estabelecido um módulo de treinamento específico com 
vistas à habilitação do agente. 
 
13. (ESTRATÉGIA E GIRÃO – INÉDITA – 2020) Os critérios de recrutamento e seleção para os 
agentes de segurança pública deverão levar em consideração o perfil físico necessário para lidar 
com situações de estresse e uso da força e arma de fogo. 
 
14. (ESTRATÉGIA E GIRÃO – INÉDITA – 2020) Com relação às diretrizes para o uso da força por 
agentes de segurança pública, estabelecidas pela Portaria Ministerial nº 4.226/10, pode-se afirmar 
que os órgãos de segurança pública deverão, observada a legislação pertinente, oferecer 
possibilidades de reabilitação e reintegração ao trabalho aos agentes de segurança pública que 
adquirirem qualquer tipo de deficiência física. 
 
15. (ESTRATÉGIA E GIRÃO – INÉDITA – 2020) Quando o uso da força causar lesão ou morte de 
pessoa(s), o órgão de segurança pública deverá realizar, dentre outras ações, facilitar a assistência 
e/ou auxílio médico dos feridos, recolher e identificar as armas e munições de todos os envolvidos, 
vinculando-as aos seus respectivos portadores no momento da ocorrência. 
 
 
 
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GABARITO 
 
1. ERRADO 
2. CERTO 
3. ERRADO 
4. ERRADO 
5. ERRADO 
6. CERTO 
7. ERRADO 
8. ERRADO 
9. CERTO 
10. ERRADO 
11. ERRADO 
12. CERTO 
13. ERRADO 
14. ERRADO 
15. CERTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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RESUMO 
Com esses conceitos introdutórios, já podemos iniciar o estudo das diretrizes do uso da força. De 
todas as diretrizes que aqui serão estudadas, duas delas são basilares e, por isso, as chamo de 
DIRETRIZES-MESTRAS. São elas: 
 O uso da força pelos agentes de segurança pública deverá se pautar nos documentos 
internacionais de proteção aos direitos humanos. 
 O uso da força por agentes de segurança pública deverá obedecer aos princípios da: 
 
o LEGALIDADE; 
o NECESSIDADE; 
o PROPORCIONALIDADE; 
o MODERAÇÃO E; 
o CONVENIÊNCIA. 
Caro aluno, não se esqueça nunca mais desses princípios, pois desconfio que serão alvos de 
questões em sua prova!! Vamos explicá-los à luz do que versa a nossa Portaria 4.226/10: 
✓ Princípio da LEGALIDADE: Os agentes de segurança pública só poderão utilizar a força para 
a consecução de um objetivo legal e nos estritos limites da lei. 
 
✓ Princípio da NECESSIDADE: Determinado nível de força só pode ser empregado quando 
níveis de menor intensidade não forem suficientes para atingir os objetivos legais 
pretendidos. 
 
✓ Princípio da PROPORCIONALIDADE: O nível da força utilizado deve sempre ser compatível 
com a gravidade da ameaça representada pela ação do opositor e com os objetivos 
pretendidos pelo agente de segurança pública. 
 
✓ Princípio da MODERAÇÃO: O emprego da força pelos agentes de segurança pública deve 
sempre que possível, além de proporcional, ser moderado, visando sempre reduzir o 
emprego da força. 
 
✓ Princípio da CONVENIÊNCIA: A força não poderá ser empregada quando, em função do 
contexto, possa ocasionar danos de maior relevância do que os objetivos legais 
pretendidos. 
 
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 ARMAS de MENOR potencial ofensivo são as armas projetadas e/ou empregadas, 
especificamente, com a finalidade de conter, debilitar ou incapacitartemporariamente 
pessoas, preservando vidas e minimizando danos à sua integridade. 
 EQUIPAMENTOS de MENOR potencial ofensivo são todos os artefatos, excluindo armas 
e munições, desenvolvidos e empregados com a finalidade de conter, debilitar ou 
incapacitar temporariamente pessoas, para preservar vidas e minimizar danos à sua 
integridade. 
 TÉCNICAS de MENOR potencial ofensivo é o conjunto de procedimentos empregados 
em intervenções que demandem o uso da força, através do uso de instrumentos de menor 
potencial ofensivo, com intenção de preservar vidas e minimizar danos à integridade das 
pessoas. 
 MUNIÇÕES de MENOR potencial ofensivo são munições projetadas e empregadas, 
especificamente, para conter, debilitar ou incapacitar temporariamente pessoas, 
preservando vidas e minimizando danos a integridade das pessoas envolvidas. 
 
 Os órgãos de segurança pública deverão criar comissões internas de controle e 
acompanhamento da letalidade, com o objetivo de MONITORAR o uso efetivo da força 
pelos seus agentes. 
O relatório deverá ser encaminhado à comissão interna de controle e acompanhamento da 
letalidade de seu órgão (mencionada no tópico anterior) e deverá conter no mínimo as seguintes 
informações: 
 As circunstâncias e justificativa que levaram o uso da força ou de arma de fogo por parte 
do agente de segurança pública; 
 As medidas adotadas antes de efetuar os disparos/usar instrumentos de menor potencial 
ofensivo, ou as razões pelas quais elas não puderam ser contempladas; 
 tipo de arma e de munição, quantidade de disparos efetuados, distância e pessoa contra a 
qual foi disparada a arma; 
 instrumento(s) de menor potencial ofensivo utilizado(s), especificando a frequência, a 
distância e a pessoa contra a qual foi utilizado o instrumento; 
 quantidade de agentes de segurança pública feridos ou mortos na ocorrência, meio e 
natureza da lesão; 
 quantidade de feridos e/ou mortos atingidos pelos disparos efetuados pelo(s) agente(s) de 
segurança pública; 
 número de feridos e/ou mortos atingidos pelos instrumentos de menor potencial ofensivo 
utilizados pelo(s) agente(s) de segurança pública; 
 número total de feridos e/ou mortos durante a missão; 
 quantidade de projéteis disparados que atingiram pessoas e as respectivas regiões 
corporais atingidas; 
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 quantidade de pessoas atingidas pelos instrumentos de menor potencial ofensivo e as 
respectivas regiões corporais atingidas; 
 ações realizadas para facilitar a assistência e/ou auxílio médico, quando for o caso; e 
 se houve preservação do local e, em caso negativo, apresentar justificativa. 
Quando o uso da força causar LESÃO OU MORTE DE PESSOA(S), o agente de segurança pública 
envolvido deverá realizar as seguintes ações: 
✓ facilitar a prestação de socorro ou assistência médica aos feridos; 
✓ promover a correta preservação do local da ocorrência; 
✓ comunicar o fato ao seu superior imediato e à autoridade competente; e 
✓ preencher o relatório individual correspondente sobre o uso da força, 
conforme visto acima. 
 Nenhum agente de segurança pública deverá portar armas de fogo ou instrumento de 
menor potencial ofensivo para o qual não esteja devidamente habilitado e sempre que um 
novo tipo de arma ou instrumento de menor potencial ofensivo for introduzido na 
instituição deverá ser estabelecido um módulo de treinamento específico com vistas à 
habilitação do agente. 
A seleção de instrutores para ministrarem aula em qualquer assunto que englobe o uso da força 
deverá levar em conta análise rigorosa: 
✓ de seu currículo formal e tempo de serviço; 
✓ das áreas de atuação; 
✓ das experiências anteriores em atividades fim; 
✓ dos registros funcionais; 
✓ da formação em direitos humanos e; 
✓ de nivelamento em ensino. 
 A RENOVAÇÃO DA HABILITAÇÃO para uso de armas de fogo em serviço deve ser feita 
com periodicidade mínima de 01 ANO. 
Os órgãos de segurança pública deverão editar atos normativos disciplinando o uso da força por 
seus agentes, definindo objetivamente: 
 Os tipos de instrumentos e técnicas autorizadas; 
 As circunstâncias técnicas adequadas à sua utilização, ao ambiente/entorno e ao risco 
potencial a terceiros não envolvidos no evento; 
 O conteúdo e a carga horária mínima para habilitação e atualização periódica ao uso de 
cada tipo de instrumento; 
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 A proibição de uso de armas de fogo e munições que provoquem lesões desnecessárias e 
risco injustificado; e 
 O controle sobre a guarda e utilização de armas e munições pelo agente de segurança 
pública. 
 Os órgãos de segurança pública DEVERÃO, observada a legislação pertinente, oferecer 
possibilidades de reabilitação e reintegração ao trabalho aos agentes de segurança pública 
que ADQUIRIREM DEFICIÊNCIA FÍSICA em decorrência do desempenho de suas 
atividades. 
 
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