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Prévia do material em texto

Abordagem 
Gramatical
Rosiani Machado 
Abordagem Gramatical
2
Introdução
A gramática está presente em nosso dia a dia nas inúmeras situações de uso da língua, 
seja ela falada, seja escrita. Sendo assim, nos deparamos com dúvidas sobre qual 
palavra usar em determinado momento, se o verbo está bem conjugado, se o plural 
está correto. E assim por diante. Dúvidas naturais de usuários de qualquer língua.
Neste conteúdo, você poderá se aprofundar em seus conhecimentos gramaticais, 
aprendendo um pouco mais sobre eles. Assim, você verá alguns vocábulos da Língua 
Portuguesa, como o uso do porquê, onde e aonde, por exemplo; pontuação; a crase, 
sua formação e uso; acentuação e o Novo Acordo Ortográfico. 
Textos bem escritos e falas bem organizadas são referências de boa comunicação. 
Sendo assim, saber usar de forma apropriada a gramática de nossa língua fará com 
que você se saia bem em qualquer situação de uso da Língua Portuguesa.
Bons estudos!
Objetivos da Aprendizagem
• Identificar o uso dos diferentes vocábulos de acordo com os textos apresen-
tados.
• Identificar os diferentes usos e funções da pontuação em um texto escrito.
• Compreender a formação da crase e seu uso em situações diversas.
• Reconhecer a escrita de palavras considerando o Novo Acordo Ortográfico da 
Língua Portuguesa.
• Identificar a acentuação correta em palavras da Língua Portuguesa, de acordo 
com as normas ortográficas em uso.
3
Vocábulos
Os vocábulos são indispensáveis dentro de um sistema de comunicação. O termo 
vocábulo vem do latim vocare, que significa dar um nome a algo ou a alguém. Por essa 
razão, dizemos que os vocábulos de uma língua se referem às palavras que compõem 
esta língua. Já quando queremos nos referir a um conjunto de vocábulos sobre um 
mesmo tema, citamos o vocabulário.
Ao longo deste conteúdo, você verá alguns vocábulos que, por razões diversas, 
costumam nos deixar em dúvida no momento da escrita. Vamos a eles!
Uso do porquê
Algo que gera dúvidas na escrita é a utilização do termo “porque”, pois, na Língua 
Portuguesa, temos quatro situações de escrita diferentes, uma para cada uso. Vejamos 
quais são elas:
Vocábulo Explicação de uso Exemplo de uso
Porquê
Substantivo Não sei o porquê de você não 
ir ao teatro conosco.
Porque
Conjunção coordenativa 
explicativa. Pode ser 
substituído por “pois”.
Ela não vai ao teatro conosco 
porque (pois) está muito 
cansada. 
Por que
Usado em perguntas diretas e 
indiretas, mas nunca ao final 
da frase.
Por que você não vai ao 
teatro conosco? (Pergunta 
direta)
Ela não sabe explicar por que 
não vai ao teatro conosco. 
(Pergunta indireta)
Por quê
Usado em final da frase. Você não vai ao teatro 
conosco por quê?
Ela não vai ao teatro conosco 
e não soube explicar por quê.
Quadro 1 - Uso do porquê
Fonte: Elaborado pela autora (2018).
A seguir, você terá contato com outros vocábulos que podem suscitar dúvidas durante 
a escrita.
4
Vocábulo Explicação Exemplo de uso
Onde
Indica permanência, o lugar em que se está 
ou em que se dá algum fato. Complementa 
verbos que exprimem estado ou 
permanência e que normalmente pedem a 
preposição em.
Ela chegou ao lugar onde 
havia nascido e emocionou-
se.
Aonde
Indica movimento, destino. Só pode ser 
utilizado quando a frase exprimir ideia de 
destino.
Deixou a cidade natal 
ainda na infância e aonde 
retornaria somente agora, na 
fase adulta.
Ao invés de
Tem o sentido de “ao contrário de”, “em 
oposição a”, “avesso”, “inverso”.
Ao invés de chorar, riu, riu 
muito. 
Decidiu comprar os livros 
à vista ao invés de fazer a 
prazo.
Em vez de
Apresenta o sentido de “no lugar de” ou 
“em lugar de”.
Em vez de ficar contando 
histórias, fale logo o que 
pensa!
Faça sua parte, em vez de 
ficar reclamando!
Mau
É sempre um adjetivo. Refere-se, pois, a um 
substantivo.
Escolheu um mau momento.
Era um mau aluno.
Mal
Advérbio de modo (antônimo de bem)
Conjunção temporal (equivale a ASSIM 
QUE)
Substantivo
Ele saiu-se mal na primeira 
etapa.
Mal chegou, foi logo para seu 
quarto.
O mal que ele me causou 
não tem cura.
Ela foi atacada por um mal 
incurável.
Cessão
Ato de ceder, dar ou doar algo a alguém. A prefeitura fez a cessão 
de um terreno para a 
comunidade do bairro.
Sessão
Intervalo de tempo que dura uma reunião, 
uma assembleia.
Assistimos a uma sessão de 
cinema.
Reuniram-se em sessão 
extraordinária.
S e ç ã o 
(secção)
Parte de um todo, segmento, subdivisão. Toda a seção de esportes 
de nossa loja está em 
promoção.
Senão
Equivale a caso contrário. Providenciem a compra das 
passagens senão ficarão 
sem viajar.
Se não
Equivale a se por acaso não. Trata-se da 
conjunção condicional SE + advérbio de 
negação NÃO.
Se não chover, iremos à praia 
amanhã.
5
Ao encontro 
de
Significa a favor de. Esse conteúdo veio ao 
encontro de minhas dúvidas.
De encontro a
Usado para expressar discordância. Sua atitude vai de encontro a 
nossas expectativas.
Há
Terceira pessoa do presente do indicativo 
do verbo HAVER. Usado em relação a 
tempo transcorrido, passado.
Saímos de lá há dois dias.
A
Preposição usada em relação a tempo 
futuro.
Chegaremos daqui a dois 
dias.
Mas
Conjunção indicativa de adversidade, 
oposição. Por ser substituída por 
CONTUDO, PORÉM ou TODAVIA.
Sempre gostou de andar 
de bicicleta, mas (porém, 
contudo, todavia), naquele 
dia, não quis passear com os 
amigos. 
Mais
Significa adição. Pode, ainda, ser usado 
com o sentido de dar intensidade a alguma 
coisa.
Estudando assim, será o 
mais bem sucedido do curso.
Quadro 2 - Uso de diversos vocábulos
Fonte: Adaptado de Martins e Zilberknop (2010).
Todos esses vocábulos são utilizados a todo momento na língua, seja ela falada ou 
escrita, e poderão suscitar dúvidas quanto ao uso adequado de cada um deles. 
Outros vocábulos que apresentam dúvidas significativas são os pronomes 
demonstrativos este, esse e aquele. Dedicamos um tópico exclusivo para o caso, que 
você verá no seguimento.
Este / esse / aquele
São pronomes demonstrativos que indicam a posição de uma determinada palavra 
em relação à outra. Tais pronomes podem variar em gênero e número. Veja o quadro:
Este esta estes estas
Esse essa esses essas
aquele aquela aqueles aquela
6
Quadro 3 - Variação em gênero e número dos pronomes este/esse/aquele
Fonte: Elaborado pela autora (2018).
Veja um exemplo:
A criança, o jovem e o idoso têm pouca ou quase nenhuma liberdade de expressão. 
Aquela porque não tem maturidade; esse porque não tem responsabilidade; este 
porque está velho demais.
Observe o esquema representado na Figura 1
Figura 1 - Esquema de representação – este, esse e aquele
Fonte: Elaborada pela autora (2018).
Note que o termo “aquela” se refere ao primeiro citado da frase, que no exemplo dado 
é “a criança”. O termo “esse” resgata o segundo termo, “o jovem”. Já o termo “este” 
trata do terceiro termo, ‘o idoso’.
Analise agora o exemplo a seguir:
As crianças de antigamente brincavam mais do que as de hoje em dia, porque aquelas 
tinham mais liberdade enquanto estas vivem presas em apartamentos.
Quando há o uso de dois pronomes demonstrativos, somente, usamos “este” e 
“aquele”, conforme exemplo dado. 
Observe o esquema apresentado na figura a seguir:
7
Figura 2 - Esquema de representação – este e aquele
Fonte: Elaborada pela autora (2018).
Este tópico abordou somente alguns dos vocábulos da Língua Portuguesa que, em 
situações de escrita, poderão suscitar dúvidas quanto ao uso correto de cada um.
No entanto, para você aprofundar seus conhecimentos, é válido que tenha em mente a 
consulta a uma gramática da língua. Ela lhe dará suporte para as incertezas, tanto em 
situações de fala como de escrita.
Dando continuidade à abordagem gramatical deste conteúdo, a seguir veremos os 
casos de uso da pontuação.
A inadequação vocabular diz respeito ao uso inadequado de uma 
palavra dentro de um determinado contexto. Por exemplo, em uma 
tarde quente de verão, dizer que um copo de água bem gelada viria 
de encontro à suasede seria o mesmo que dizer que você não 
quer um copo de água, pois a expressão “de encontro a” remete 
ao contrário daquilo que se quer. A leitura de textos diversos, seja 
em livros, jornais, sites etc., poderá auxiliar no enriquecimento 
vocabular. O que você pensa sobre isso?
Reflita
Pontuação
A pontuação é utilizada na escrita para marcar o ritmo e a melodia característicos 
somente da fala.
8
Figura 3 - Pontuação
Fonte: Plataforma Deduca (2018).
Observe o quadro a seguir para relembrar a pontuação da Língua Portuguesa:
. PONTO FINAL
? PONTO DE INTERROGAÇÃOPONTO DE INTERROGAÇÃO
! PONTO DE EXCLAMAÇÃO
, VÍRGULA
; PONTO E VÍRGULA
... RETICÊNCIAS
: DOIS-PONTOS
- HÍFEN
– TRAVESSÃO
“ ” ASPAS
Quadro 4 - Pontuação
9
Fonte: Adaptada de Martins e Zilberknop (2010).
Neste conteúdo, traremos somente as normas relativas ao uso da vírgula, do dois-
pontos, do ponto e vírgula e do travessão. Isso porque entendemos que os demais já 
têm suas normas de uso consolidadas por você.
Comecemos pela vírgula.
Vírgula
Embora muitos acreditem que a vírgula serve, apenas, para marcar a pausa durante a 
leitura de um texto, a verdade é que ela exige bem mais do que isso. 
Vejamos as situações mais frequentes em que ela aparece:
Separa as unidades coordenadas.
Sua mãe, seu pai, sua tia e seu avô reuniram-se e decidiram seu futuro sem nada lhe 
perguntar.
Separa algumas expressões: isto é, ou melhor, por exemplo, por assim dizer etc.
Ele não disse quase nada, ou melhor, ficou calado o tempo todo.
Restaram poucas coisas, por exemplo, um sofá velho e uma cadeira quebrada.
Indica uma elipse, ou seja, a supressão de uma palavra.
Meus avós tiveram oito filhos; meus pais, (tiveram) somente dois.
Separa o vocativo.
João, traz-me o cobertor que estou congelando aqui.
Separa o aposto explicativo.
Sinara, minha amiga de infância, deixou a cidade natal assim que se formou na faculdade.
Indica ideia de adversidade, conclusão ou explicação.
Havia procurado por tudo, porém não encontrou seu relógio favorito.
Esforça-se muito, portanto, conseguirá uma boa colocação no mercado de trabalho.
Parou de lutar, pois já estava cansada de tanto lutar contra tudo e contra todos.
10
Separa unidades repetidas em uma oração.
Não conseguiu aprovação, mas ficou ali, ali.
Sucede explicações em seguida de alguns termos: sim, não, nada, tudo.
Sim, estou em casa.
Nada, só estou cansada.
Não, vou de carona com a Josi.
A seguir, veremos as situações de uso do dois-pontos.
Dois-pontos
Essa pontuação é usada, basicamente, nas três situações que seguem:
Em enumerações.
Em sua mais recente viagem, visitou três países europeus: Dinamarca, Holanda e Bélgica.
No início de uma citação direta.
Não poupou palavras e disse: “Nunca mais quero ver você reclamando da vida!”
Antecedendo uma conclusão.
Saiu rápido: estava atrasadíssimo para o trabalho.
O travessão também faz parte da pontuação da Língua Portuguesa, utilizado nos 
momentos explicitados no tópico seguinte.
Travessão
O travessão é usado nas seguintes situações de escrita:
Substitutivo da vírgula em uma explicação.
11
O Pará, situado na região Norte, é o segundo maior estado em extensão territorial do 
Brasil.
Introduz uma elocução.
Cheguei! – Gritou Marina, toda feliz.
Para dar destaque.
Estou exausta e só penso em uma coisa – férias! 
Agora que você já viu o uso do travessão, no tópico a seguir você tomará conhecimento 
de como deve usar o ponto e vírgula.
Ponto e vírgula
O ponto e vírgula é usado para marcar uma pausa um pouco maior que a da vírgula 
e menor que a do ponto. O principal uso do ponto e vírgula é ao final de expressões e 
termos alinhados em forma de relação sobre um mesmo assunto. 
Para uma alimentação saudável, siga os seguintes passos:
1. Faça, ao menos, seis refeições diárias;
2. Evite frituras e alimentos gordurosos;
3. Coma muitas frutas, legumes e beba bastante água;
4. Faça exercícios regularmente;
5. Alimente-se com calma, saboreando sua refeição.
Encerramos este tópico com a observação de que a pontuação deve ser usada com 
cuidado, pois, qualquer equívoco, poderá alterar totalmente o sentido daquilo que se 
quer expressar.
Não espere por mim. (Vá porque irei mais tarde, depois de você.)
Não, espere por mim. (Vou junto com você.)
Crase
Crase é a contração, a fusão do artigo definido feminino singular A com a preposição 
A ou com o A inicial dos pronomes demonstrativos aquele, aquela, aquilo. Ao 
escreveremos, indicamos por meio do acento grave ( ` ).
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Regra prática da crase:
Para ter certeza de que há ou não crase, faça o seguinte teste:
Ex.: Fui à praia pela manhã.
Substitua o termo que vem antes do A pela expressão GOSTO DE 
ou DA (para “enxergar” a preposição DE)
Gosto de praia pela manhã.
Gosto da praia pela manhã. 
Em seguida, troque o mesmo A por AO (para “enxergar” o artigo 
definido)
Fui ao mercado fazer compras.
Fui a mercado fazer compras.
Atenção
Vejamos, agora, os casos em que a crase é obrigatória, em que não é e quais os casos 
opcionais, de acordo com Almeida e Almeida (2004).
Uso obrigatório da crase
A crase é obrigatória nos seguintes casos:
Em locuções adverbiais: à esquerda, à toa, às pressas, às vezes, à noite, à tarde etc.
Locuções prepositivas: à vista de, à beira de, à cata de, à espera de, à guisa de, à roda 
de, à semelhança de, à custa de, à frente de, à razão de etc.
Locuções conjuntivas: à proporção que, à medida que etc.
Diante de pronomes demonstrativos, quando antecedidos por verbos que regem a 
preposição a: àquele(s), àquela(s), àquilo. 
Quando subentendidas as expressões à moda de, à maneira de.
Diante de numerais, apenas quando houver referência a horas.
13
Diante de nomes de lugares que admitem o artigo definido feminino. 
Todos os casos que você viu remetem à contração do artigo definido feminino “a” com 
a preposição “a” e, por isso mesmo, remetem ao uso obrigatório da crase.
Vejamos, no tópico a seguir, os casos em que não ocorrem crase.
Casos em que não se usa crase
A regra principal para o não uso da crase é a presença de um substantivo masculino, já 
que o artigo definido deverá sempre preceder um substantivo igualmente no feminino.
Além disso, se a palavra que vem logo em seguida não exigir a preposição “a”, também 
não haverá crase.
Vejamos os casos de não uso da crase:
Diante de verbos.
Estão todos a reclamar do juiz.
Diante de palavras masculinas.
Ela foi ao cinema.
Diante de artigo indefinido, mesmo que feminino.
A professora conduziu todos a uma certa conclusão.
Diante de pronomes que não aceitam o artigo.
A quem se dirigem as cláusulas?
O advogado não se referiu a ninguém em específico.
Obs.: há pronomes que admitem artigo, ocorrendo a crase: 
Helena faz companhia à colega.
Júlia aludiu à mesma questão.
Diante da palavra casa quando indicar residência própria.
Renato volta a casa toda semana. 
14
Obs.: quando a palavra casa estiver especificada, ocorrerá a crase.
Estavam na maior bagunça quando cheguei à casa da vizinha.
Diante da palavra terra, como antônimo de bordo.
Estávamos no Pacífico e voltamos a terra bastante estranhos.
Obs.: como no caso anterior, quando a palavra terra vier especificada, ocorre a crase.
Jacira voltou à terra dos seus avós.
Em locuções formadas por palavras repetidas: dia a dia, frente a frente, gota a gota 
etc.
Diante de substantivos próprios que não aceitam artigo.
Josivaldo foi a Porto Alegre.
Como você viu, todos os casos listados não admitem o uso da crase porque ou não há 
substantivo feminino, ou não há a preposição “a”.
Existem, ainda, casos opcionais de uso da crase. Observe-os no próximo tópico.
Casos em que a crase é opcional
Existem casos em que a crase é opcional. Vejamos:
Diante de pronomes possessivos femininos no singular.
Guilherme estava à minha procura.
Thaís mentiu a minha irmã.
Diante de substantivos próprios femininos.
À Maria deixo meu abraço.
Nada do que faço agrada a Bruna.
Depois da preposição até.
Com medo, foi até a calçada.Aline trabalha até à meia-noite.
15
Esperamos que o conteúdo apresentado sobre a crase possa auxiliar você nos 
momentos de escrita de textos diversos.
Na próxima etapa, apresentamos o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa e 
quais suas principais implicações para a escrita da Língua Portuguesa.
A Língua Portuguesa é a língua oficial de nove países, além do 
Brasil: Portugal, na Europa, Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Guiné 
Equatorial, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor Leste, no 
continente africano. Esses países fazem parte da Comunidade de 
Países de Língua Portuguesa (CPLP), sendo que o acordo foi uma 
iniciativa dessa comunidade. No Brasil, o Novo Acordo Ortográfico 
passou a vigorar a partir de 2009, mas, só recentemente, no ano de 
2016, que a obrigatoriedade foi exigida.
Curiosidade
Novo Acordo Ortográfico
A ortografia diz respeito à forma como uma língua é escrita. Ela determina uma 
unificação dessa escrita, o que faz com que uma palavra, mesmo que falada de 
maneiras diferentes, seja escrita da mesma forma em todo o território nacional.
A Câmara dos Deputados elaborou, em 2009, um guia de bolso para esclarecimento 
das principais alterações ocorridas na escrita da Língua Portuguesa após o Novo 
Acordo Ortográfico. Vejamos quais são elas nos tópicos que seguem.
Alfabeto
O alfabeto da Língua Portuguesa era composto por 23 letras. Com o Novo Acordo, 
foram introduzidas as letras K, W, Y, já consolidadas em diversas palavras de nossa 
língua.
Outra alteração na ortografia refere-se à acentuação. Veja os casos de alteração, de 
acordo com o Novo Acordo Ortográfico, no tópico a seguir.
16
Figura 4 - Alfabeto
Fonte: Plataforma Deduca (2018).
Acentuação
As alterações ocorridas referentes à acentuação foram as seguintes:
Queda do trema, acento indicativo de que uma vogal não formará ditongo com a vogal 
seguinte.
lingüística – linguística; cinqüenta – cinquenta, freqüente - frequente
Obs.: substantivos próprios, caso já levassem o trema originalmente, permaneceram 
do mesmo modo.
Müller; Bündchen
Queda do acento em palavras cujas vogais se repetem ao seu final. 
vôo – voo; lêem – leem 
Queda do acento agudo nos ditongos abertos éi e ói.
idéia – ideia; platéia – plateia; apóia – apoia (verbo); bóia - boia
Queda do acento diferencial nas seguintes palavras:
para (verbo parar) – para (preposição); polo (como em Polo Norte) – polo (em desuso); 
pelo (verbo pelar) – pelo (cabelo); pera (em desuso) – pera (fruta)
Obs.: os verbos pôr e pôde permanecem acentuados. Já o acento no substantivo 
fôrma é facultativo.
17
Além da acentuação, outra mudança considerável foi a relacionada ao uso ou não do 
hífen. 
Hífen
Consideramos a maior alteração imposta pelo acordo. Por isso mesmo, um item que 
exigirá de você maior atenção.
Veja as principais mudanças ocorridas em relação ao uso ou não do hífen.
Usa-se hífen quando o segundo elemento da palavra começar pela letra H
anti-herói; super-homem; giga-hertz
Usa-se o hífen para separar vogais ou consoantes iguais.
micro-ondas; contra-atacar; sub-bibliotecário; inter-racial
Obs.: 1) dobra-se o R e o S em palavras que unem um prefixo terminado em vogal com 
outra iniciada por R ou S.
contrarregra; ultrassom
2) em palavras iniciadas pelo prefixo CO não se usa hífen, mesmo que a palavra 
seguinte comece pela vogal O.
coorientador; cooptar
Usa-se hífen em palavras iniciadas pelos prefixos PAN e CIRCUM, desde que seguidos 
por palavras que comecem por vogal, H, M ou N.
pan-americano; circum-navegação
Usa-se hífen em palavras iniciadas pelo prefixos PÓS, PRÉ e PRÓ.
pós-graduação; pré-operatório; pró-governo
Agora que você reviu − ou mesmo aprofundou − as situações de uso da pontuação, a 
seguir trazemos o último assunto deste conteúdo: a acentuação.
18
Acentuação
O acento é um sinal gráfico que serve para marcar a sílaba tônica de uma palavra e a 
sua sonoridade. 
Os acentos usados na Língua Portuguesa são os seguintes:
´ ACENTO AGUDO
` ACENTO GRAVE
^ ACENTO CIRCUNFLEXO
~ TIL
Quadro 5 - Acentos da Língua Portuguesa
Fonte: Elaborado pela autora (2018).
Cada um desses sinais gráficos tem uma finalidade de acordo com a palavra em que 
será usado:
O acento agudo serve para indicar a vogal tônica de uma palavra.
pálido; rodapé; lírio; automóvel; estúdio.
O acento grave é usado em uma única situação: na crase (como já vimos neste 
conteúdo).
à; àqueles.
O acento circunflexo tanto poderá indicar a nasalidade na vogal A, como, ainda, poderá 
marcar a tonicidade das vogais fechadas E ou O.
dinâmico; prêmio; atônito.
O til é usado nos casos de indicação de nasalidade do A e do O.
saguão; opções.
19
Para utilização dos acentos de forma apropriada, existem algumas regras de uso. 
Vejamos, nos tópicos que seguem, quais são elas.
Proparoxítonas
As palavras proparoxítonas são aquelas cuja intensidade de pronúncia ocorrerá na 
antepenúltima sílaba tônica. Na Língua Portuguesa, essas palavras ocorrem em menor 
número e, por isso mesmo, todas as proparoxítonas são acentuadas. 
Nesta regra estão incluídas as denominadas proparoxítonas eventuais, ou seja, 
aquelas terminadas em ditongo crescente.
dúvida; marítima; mistério; Rondônia. 
Paroxítonas
Ao contrário das proparoxítonas, as palavras paroxítonas (com intensidade de 
pronúncia na penúltima sílaba) são as que existem em maior quantidade em nossa 
língua. Por isso mesmo, são as que possuem um maior número de regras, e essas 
regras são determinadas por suas letras finais. 
Sendo assim, são acentuados os vocábulos paroxítonos conforme o quadro a seguir:
TERMINADAS EM EXEMPLO
i(s) júri - tênis
X ônix - tórax
L fácil - impossível
R açúcar - cadáver
Em pólen - hífen
Os bíceps - fórceps
Us vírus - bônus
on, nos nêutron - íons
ã(s), ão(s) órfã - órgão
ditongo oral (seguido ou 
não de s) jóquei - vôlei
Quadro 6 - Acentuação das paroxítonas
Fonte: Elaborado pela autora (2018).
Mas, muita atenção! As regras do Quadro 6 não se aplicam:
20
aos prefixos terminados em I ou R.
anti-; semi-; super-; inter-
ao plural das paroxítonas terminadas em -en.
hífens; pólens
Oxítonas
As oxítonas são aquelas cuja intensidade de pronúncia recai na última sílaba. Observe 
o quadro a seguir no qual constam as regras de acentuação desses vocábulos.
TERMINADAS EM EXEMPLO
a(s) Pará - atrás
e(s) café - português
o(s) vovô - após
em, ens também - reféns
Quadro 7 - Acentuação das oxítonas
Fonte: Elaborado pela autora (2018).
Existem poucos casos de exigência de acento gráfico nas oxítonas justamente porque 
há um repertório pequeno delas na Língua Portuguesa.
A seguir, você tomará conhecimento dos casos especiais de uso da acentuação na 
Língua Portuguesa.
Casos especiais
Na Língua Portuguesa, existem casos considerados especiais de exigência da 
acentuação gráfica. Veja quais são eles:
Os ditongos abertos EI, EU e OI, seguidos ou não de S, são acentuados na primeira 
vogal.
anéis; céu; herói
Os hiatos formados por I e U são acentuados, desde que não sejam seguidos por NH, 
não repitam a vogal e não formem sílaba com o S. 
saída; país; saúde; baú.
Os vocábulos finalizados por ditongo oral átono, seguidos ou não de S.
mágoa; réguas; importância.
Com esse estudo, chegamos ao final de mais um conteúdo.
Sabemos que a gramática da língua, mesmo que praticada por nós desde a mais tenra 
idade (aproximadamente desde os três anos de idade), é algo que requer certa atenção 
nos momentos em que seu uso exige um monitoramento maior. 
Acreditamos que os tópicos aqui abordados possam ajudar você nessas situações.
Conclusão
Neste conteúdo, você viu que:
• Os vocábulos são indispensáveis dentro de um sistema de comunicação e, 
por isso mesmo, alguns deles requerem atenção especial no momento da es-
crita.
• A pontuação é utilizada na escrita para marcar o ritmo e a melodia caracterís-
ticos da fala.
• A crase é um caso particular da Língua Portuguesa e segue regras de acordo 
com a situação de uso. 
• O Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesatrouxe alterações, sobretu-
do, na acentuação de algumas palavras e no uso do hífen.
• A acentuação gráfica serve para determinar a sílaba tônica de uma palavra e 
a sua sonoridade.
A todo momento e desde a mais tenra idade usamos a gramática, 
mesmo sem percebermos. No entanto, se questionados sobre 
o que é Gramática, muitos de nós não saberemos explicar. Para 
saber mais detalhes e aprofundar seus conhecimentos sobre 
a gramática da Língua Portuguesa, acesse o link http://www.
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Referências
ALMEIDA, A. F.; ALMEIDA, V. S. R. Português básico: gramática, redação, texto. 5. ed. 
São Paulo: Atlas, 2004.
BRASIL. Reforma ortográfica: guia de bolso. Brasília: Câmara dos Deputados, Edições 
Câmara, 2009.
MARTINS, D. S.; ZILBERKNOP, L. S. Português Instrumental: de acordo com as atuais 
normas da ABNT. 29. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

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