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Interações Ecológicas

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1 
INTERAÇÕES ECOLÓGICAS 
 
Ecologia: deriva do grego oikos, que significa casa e logos, que significa estudo. 
 
 Interesse para a espécie humana desde tempos remotos; 
 Referências evidentes em estudos dos filósofos gregos; 
 Vocábulo proposto por E. Haeckel em 1869; 
 Séculos XVIII e XIX: vários estudos em várias áreas da ecologia; 
 Por volta de 1900: reconhecida como campo distinto da Ciência. 
 
Ecologia: Ciência que estuda a existência dos seres vivos, além das interações, de qualquer 
natureza, existentes entre esses seres vivos e seu meio. (Dajoz, 1973); 
 
Ecologia: É o estudo do ambiente da casa, incluindo todos os organismos nela contidos e 
todos os processos funcionais que a tornam habitável (Odum, 1988); 
 
Ecossistema: Qualquer unidade abrangendo todos os organismos que funcionam em con-
junto numa determinada área e interagem com o ambiente físico, sendo produzido um fluxo 
de energia e ciclagem de materiais entre as partes vivas e não vivas (Odum, 1988); 
 
Fatores abióticos: Componentes ambientais como fatores climáticos, as características do 
solo, a composição química da água, a luminosidade, etc.; 
 
Fatores bióticos: Aqueles diretamente influenciados pelas interações entre os seres vivos 
como, por exemplo, densidade, fatores de predação, competição, parasitismo, mutualismo, 
dentre outros. 
 Classificação: - simples 
 - Arbitrária 
 
Às vezes é difícil classificar um fator em uma categoria ou outra. 
 
― Larvas de Tenebrio molitor têm a tendência de se agrupar quando baixa a temperatura 
ambiental. Esse comportamento provoca uma mudança de microclima, e assim, a tempera-
tura entre os besouros fica maior que a temperatura ambiental em alguns graus (Michel, 
1931); 
 
― A eliminação total da vida em um meio determinado acarreta modificações climáticas. 
 
― No Tennessee, em Copperhill uma floresta foi eliminada pela fumaça tóxica saída das 
usinas que tratavam minério de cobre, e cedeu lugar a um deserto (Odum, 1955); 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
HABITAT E NICHO ECOLÓGICO 
 
 
 
 
 
INTERAÇÕES 
 
 São resultantes das atividades de obtenção de recursos (abrigo, alimento, condições 
favoráveis para reprodução) de cada espécie afetando positivamente, negativamente 
ou não afetando as outras com as quais convive; 
 
 São significativas apenas quando há efeito na dinâmica (aumento ou diminuição) de 
pelo menos uma das populações envolvidas; 
 
 Podem atuar como agente regulador das populações envolvidas; 
 
3 
 Podem agir como forças seletivas em processos evolutivos das espécies envolvidas 
(Processo de Coevolução); 
 
 
Tipos possíveis de interação 
 
 
 
 
 
Efeitos na população 
 
 0 = sem alteração 
 – = decréscimo 
 + = incremento 
 
 
 
 
 
 
 
4 
TEIA ALIMENTAR 
 
 
 
 
 
 
 
COMPETIÇÃO 
 
 Utilização de um mesmo recurso restrito; 
 
 Maior gasto energético na aquisição do recurso → Menos energia disponível para cres-
cimento e reprodução → Diminuição de dN/ dt para as partes envolvidas; 
 
 
5 
― COMPETIÇÃO INTRAESPECÍFICA: Na mesma população; 
 
 
 
 
 
― COMPETIÇÃO INTERESPECÍFICA: Entre populações diferentes; 
 
 
 
 
 
 
MECANISMOS DA COMPETIÇÃO 
 
 POR EXPLORAÇÃO (Indireta): Uma espécie torna o recurso menos disponível para ou-
tra. 
 
 
6 
 
 
 
 
― Cultivos de diatomáceas com sili-
cato fornecido em fluxo constante: 
 
 Isoladas: As duas espécies apre-
sentam crescimento logístico; 
 
 Em interação: Devido ao consumo 
pela Synedra, a concentração de si-
licato do meio torna-se inferior 
àquela necessária a Asterionella. 
 
 
 
 POR INTERFERÊNCIA (Direta): Uma espécie impede ativamente a utilização do recurso 
por uma outra (territorialidade, comportamento agressivo, alelopatia). 
 
 
 
― Coral frondoso (Agaricia) x Coral 
maciço (Moussa) em recifes: competição 
por luz e espaço: 
 
 Agaricia cresce mais rapidamente e 
sombreia Moussa; 
 
 Moussa estende filamentos mesen-
téricos e digere porções da colônia 
do competidor; 
 
 Agaricia desenvolve pólipos 30 ve-
zes maiores que os normais e com 
nematocistos mais potentes → 
Vence a competição; 
 
 Formas maciças persistem no recife em áreas mais profundas (tolerantes ao sombre-
amento) ou com maior força de ondas. 
 
 
PRINCÍPIO DA EXCLUSÃO COMPETITIVA DE GAUSE 
 
Espécies que utilizam os mesmos recursos, de forma muito semelhante (tem grande so-
breposição de nichos) não podem coexistir numa mesma área e num mesmo momento → A 
espécie que utiliza o recurso de forma mais eficiente exclui a outra. 
 
 
 
 
7 
PARASITISMO 
 
Parasitas são organismos obtendo recursos de tecidos e/ou fluídos vitais de outros orga-
nismos chamados hospedeiros, sem que haja exclusão imediata de indivíduos das populações 
destes últimos. 
 
 Tipicamente, ocorre uma proximidade física muito grande entre parasita e hospedeiro, 
embora animais que consomem partes de outros seres também possam ser incluídos 
nesta categoria. 
 
 
 
 
PARASITOIDES 
 
Parasitoides são formas imaturas de insetos intimamente associadas a um outro orga-
nismo (inseto, aracnídeo), o qual acaba-o por completo. 
 
 Exigem somente um indivíduo para 
completar o desenvolvimento; 
 Adultos têm vida livre; 
 Consomem um hospedeiro (interna 
ou externamente); 
 Matam o hospedeiro no final do ci-
clo; 
 Vivem à custa de um hospedeiro, 
que morre; 
 Alguns autores consideram os para-
sitoides como predadores especiali-
zados. 
 
Lagarta de Diatraea saccharalis e o 
parasitoide Cotesia flavipes 
 
Ex.: Vespa Pompilidae parasitoide de aranha caranguejeira 
 
― Parasitoide Primário: é aquele que se desenvolve sobre hospedeiros não parasitados. 
 
― Hiperparasitóide ou Parasitoide secundário: desenvolve-se em outro parasitoide → É 
um parasitoide de parasitoide. 
 
― Podem existir vários níveis de hiperparasitismo. 
 
8 
 
 
Predadores: 
 
― Vida livre durante todo o ciclo de vida. 
 
― Geralmente maior que presa. 
 
― Indivíduo mata e consome uma presa in-
teira ou parte dela. Ao longo de sua vida, o 
indivíduo consome grande número de pre-
sas. 
 
Parasitas: 
 
― Usualmente menor que seu hospedeiro. 
 
― Muitas gerações de parasitos podem ocorrer dentro do hospedeiro, o qual também se 
reproduz. 
 
― Podem ser ectoparasitas (parasitas externos, ex.: carrapato) ou endoparasitas (parasi-
tas internos, ex.: larva). 
 
 
 
HERBIVORIA: Caracterizada pela peculiaridade da presa ser um produtor, que pode ser 
consumido total ou parcialmente. 
 
 
 
 
PREDAÇÃO E PARASITISMO COMO FATOR SELETIVO ― “CORRIDA ARMAMENTISTA” 
 
Presas e hospedeiros apresentam adaptações que os predadores/parasitas precisam so-
brepujar para obter o recurso. 
 
 
 
 
 
9 
 
― Comportamentais: Agressividade 
 
 Postura de intimidação; 
 Fingimento de morte; 
 Período de atividade; 
 Limpeza corpórea. 
 
 
― Fisiológicas: Defesas químicas 
 
 Produção excepcional de frutos e sementes em alguns anos; 
 Sistema imunológico. 
 
 
 
― Morfologia → Defesas mecânicas: 
 
 
Coloração Aposemática: É uma carac-
terística adaptativa de alguns animais não 
palatáveis, tóxicos ou venenosos que fre-
quentemente anunciam sua impalatabili-
dade através de coloração de alerta. Ex.: 
Monstro-de-gila (Helodermatidae), Cobra-
coral (Elapidae), Salamandra-de-fogo (Sala-
mandridae). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Camuflagem: O animal consegue se 
misturar ao ambiente, suas cores se con-
fundem com as do local. Ex.: o camaleão 
com seus cromatócitos. 
 
Mimetismo: Uma espécie possui ca-
racterísticas que evoluíram especifica-
mente para se assemelhar com as de ou-
tras espécies. Ex.: aranhas mimetizando 
formigas. 
 
Polimorfismo: Descreve os tipos de va-
riações genéticas de uma mesma popula-
ção que podem ser bem separadas e defi-
nidas. Ex.: a cor dos olhos nos Homens. 
 
 
 
 
10 
 
 
 
 
 
 
COMENSALISMO 
 
 Apenas uma das populações é favo-
recida pela interação, enquantoa 
outra não sofre alterações; 
 
 A espécie comensal associa-se de 
forma bastante próxima ao hospe-
deiro: 
 
– Sobre a superfície: rêmora, cracas 
(em cetáceos, tartarugas), epífitas; 
 – Em cavidades (internas, externas): 
tubos digestivos, cavidades respira-
tórias, ocos em troncos de árvore; 
– Em tocas, ninhos, galerias, e tubos 
de outras espécies. 
 
 Dependendo da quantidade de co-
mensais, a associação pode causar 
alterações na população do hospe-
deiro. 
 
AMENSALISMO 
 
 Apenas uma das populações é desfavorecida pela interação, enquanto a outra não so-
fre alterações; 
 
 É difícil demonstrar se a população inibidora realmente não sofre influência da intera-
ção (+ ou -). 
 
 
SIMBIOSE/ PROTOCOOPERAÇÃO 
 
 
É toda relação ecológica harmônica, 
em que ambas espécies são beneficiadas, 
mas uma pode viver independente da ou-
tra. Portanto é facultativa, não havendo 
prejuízo populacional na ausência de inte-
ração. Os seres associados mantêm certa 
independência: apenas se beneficiam das 
associações mais ou menos duradouras 
que estabelecem. Ex.: Capivara e anu; cro-
codilos e aves-palitos; caranguejo Ber-
nardo-eremita e anêmona. 
 
11 
MUTUALISMO 
 
 
O mutualismo também é uma relação 
harmônica, na qual ambas espécies se be-
neficiam. Sua relação é duradoura. Entre-
tanto, é obrigatório, pois a ausência de 
uma das populações dificulta ou mesmo 
impossibilita a existência da outra. Ex.: Lí-
quens (algas e fungos); cupins e protozoá-
rios flagelados Triconinfa; raízes de legumi-
nosas e Rhizobium. 
Tendência evolutiva em Líquens 
 
 
 
 
 
 
 
 
SOCIEDADE 
 
 
 
 
União permanente entre indivíduos 
em que há divisão de trabalho, ou seja, 
uma sociedade é composta por um grupo 
de indivíduos da mesma espécie que vivem 
juntos de forma permanente e cooperando 
entre si. Cada indivíduo pode sobreviver se-
paradamente. Ex.: insetos sociais (formi-
gas, cupins e abelhas).
 
 
 
 
 
 
12 
COLÔNIA 
 
 
 
Um grupo de organismos da mesma 
espécie que formam uma entidade dife-
rente dos organismos individuais. É uma as-
sociação anatômica, formando uma uni-
dade estrutural e funcional. Por vezes, al-
guns destes indivíduos especializam-se em 
determinadas funções necessária à colô-
nia. Entretanto, cada indivíduo não sobre-
vive isolado da colônia. Ex.: Coral-cérebro 
(Faviidae), Caravela-portuguesa (Physalii-
dae). 
 
 
BANDO 
 
 
 
Um grupo, conjunto de animais da 
mesma espécie. Ex.: Um bando de surica-
tes, de zebras, de elefantes, de leão, de fla-
mingos e de gazela-de-thomson.
 
NEUTRALISMO 
 
 
 
As interações das populações não são afetadas pela associação uma com a outra. É muito 
difícil de ser encontrado na natureza. 
 
13 
― Todas as interações estão sujeitas à seleção e podem ser investigadas no campo e no 
laboratório, estabelecendo-se até mesmo caracteres ecológicos que possam diagnosticar uma 
determinada espécie. 
 
― Qualquer interação pode mudar com o tempo → Pode ocorrer evolução. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
SUCESSÃO ECOLOGICA 
 
 
 
SUBSTITUIÇÕES DE ESPÉCIE DE VEGETAIS 
 
Podem ser a consequência da coexistência de plantas com diferentes estratégias para o 
estabelecimento → Distúrbio de exploração. 
 
Sucessão ecológica secundaria: Com uma particular importância, elas são as estratégias 
para exploração de clareiras nas florestas. 
 
 Algumas clareiras são produzidas naturalmente pela morte de algumas árvores de 
grande porte; 
 
 Com sua abertura várias espécies de crescimento rápido e heliófilas, como gramíneas, 
dominam rapidamente; 
 
 Estas plantas têm uma estratégia-r de vida (muita energia na reprodução); 
 
 Após algum tempo as sementes das árvores originais tendem a dominar novamente a 
região, pois têm estratégias-k (muita energia na vida somática). 
 
ESPÉCIE-CHAVE 
 
As espécies-chave controlam a estrutura e a dinâmica de teias alimentares. Embora as 
redes alimentares se baseiem também em interações funcionais, elas priorizam as conexões 
entre as populações e reconhecem que nem todos os herbívoros consomem todos os produ-
tores. As espécies-chave podem ser definidas como espécies que exercem grande papel eco-
lógico em uma teia alimentar, de modo que se retiradas, a estrutura da comunidade inteira 
é comprometida. Elas são como a pedra angular na parte mais alta de um arco em uma arqui-
tetura romana, mantendo todas as outras peças juntas. Essas espécies influenciam o controle 
 
15 
de outras espécies. Assim, elas podem determinar a extinção ou grandes mudanças na abun-
dância de várias espécies, gerando uma comunidade formada por espécies muito diferentes. 
 
 
 
 
 
 
Teia alimentar em costão rochoso na 
América do Norte, com uma estrela-
do-mar sendo a espécie-chave, con-
trolando a abundância das demais 
espécies, mediando a coexistência. 
Townsend ET AL. (2003) 
 
O biólogo marinho Robert Paine estudou a importância estrutural da estrela do mar Pi-
saster ochraceous, atestando o aumento excessivo da abundância e da distribuição da sua 
presa direta Mytilus californicus: 
 
Neste experimento houve a exclusão do predador, o que resultou em uma diminuição 
da riqueza de espécies e uma facilitação do monopólio do mexilhão no costão. Entre as 15 
espécies contabilizadas no começo do experimento, apenas oito restaram no fim. Este mesmo 
efeito foi encontrado em outros locais da costa norte-americana com interação entre P. 
ochraceous e M. californicus. Este fato levou Paine a concluir que esta espécie de estrela-do-
mar é considerada uma espécie-chave com papel indispensável nas relações bióticas em cos-
tões intertidais. 
 
A estrela Stichaster australis apresentou o mesmo tipo de interação com o mexilhão 
Perna canaliculus na Austrália, onde a retirada do predador causou o aumento de 40% na 
distribuição vertical de sua presa e a diminuição da riqueza de 20 para 14 espécies. 
 
― O conceito de espécies-chave era utilizado apenas para predadores de topo, mas atu-
almente tem sido aceito a ocorrência destas espécies em qualquer nível trófico. 
 
Sabe-se que todas as espécies exercem um papel importante em uma comunidade, en-
tretanto, algumas espécies apresentam uma contribuição ainda maior. As espécies-chave 
desempenham um papel indispensável neste contexto. Essas espécies afetam muitos outros 
organismos em um ecossistema e contribuem na determinação dos tipos e números de outras 
espécies em uma comunidade. Por isso, esse estudo se faz completamente importante, já que 
ao se estudar uma espécie-chave, inevitavelmente se gera conhecimento sobre toda a teia 
alimentar da qual ela participa. 
 
 
 
 
16 
TEIAS ALIMENTARES 
Segundo Robert Paine 
 
 
 
 
Teias de conectividade. 
Interações alimentares en-
tre seres vivos → conexões. 
 
 
 
 
 
Teias de fluxo de energia. 
Modelo ecossistêmico mos-
trando a energia fluindo en-
tre os seres vivos e consumi-
dores. 
 
 
 
Teias funcionais. 
Mostra a funcionalidade das 
espécies/comunidades. Evi-
dências, papéis e participa-
ções diferenciadas entre os 
diferentes seres que partici-
pam de uma teia. 
 
DIVERSIDADE EM ESCALAS DISTINTAS 
 
A diversidade dentro de um habitat não deve ser confundida com a diversidade de uma 
região que contém vários habitats. Portanto, de acordo com a escala utilizada, pode-se distin-
guir três tipos de diversidade: 
 
Alfa (α), beta (β) e gama (γ) 
 
A diversidade α, ou local, corresponde à diversidade dentro de um habitat ou comuni-
dade, e é bastante sensível à definição de habitat, e à área e intensidade da amostragem. 
 
A diversidade β corresponde à diversidade entre habitats ou outra variação ambiental 
qualquer, isto é, mede o quanto a composição de espécies varia de um lugar para outro. 
 
A diversidade γ, ou regional, corresponde a diversidade de uma grande área, bioma, con-
tinente, ilha, etc. 
 
RESILIÊNCIA ECOLÓGICA E RESISTÊNCIA ECOLÓGICA 
 
Resiliência: Capacidade do ecossistema se recuperar de suas condiçõesanteriores ao dis-
túrbio sem intervenção humana (medida em tempo). 
 
Resistência: Capacidade do ecossistema sobreviver ao distúrbio sem perder suas propri-
edades e processos.

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