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DESTAQUES DESSA EDIÇÃO
Você que acompanha os Boletins Atmos, nessa edição apresentaremos informações organizadas das cidades: José Gonçalves de Minas, Veredinha, Turmalina, Carbonita e Leme do Prado. Esse material foi organizado pelos nossos parceiros do grupo MaJornal, composto por alunos de 
ciências agrárias da disciplina de Meteorologia e Climatologia. Aqui você vai encontrar informações 
importantes sobre algumas cidades do Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais. Com uma linguagem 
simples e objetiva e a mesma qualidade de sempre, aproveite para conhecer melhor sobre essas 
localidades. Aproveitem!!! 
Dúvidas, entre em contato com a gente no email: atmosboletim@gmail.com.
Equipe MaJornal
UFVJMAtmos
Boletim
Edição Especial: Cidades dos Vales
Conheça um pouco sobre as cidades de Turmalina, José 
Gonçalves de Minas, Leme do Prado, Carbonita e Veredinha. 
Cidades do Norte de Minas. 
Saiba mais sobre suas histórias e seus desenvolvimentos. 
Página 2
Apresentamos informações sobre dados climatológicos, 
temperatura e precipitação. Conheça mais sobre os períodos de 
chuva, o clima e as variações de temperatura das cidades do 
Norte de Minas. 
Página 4
Quer saber mais sobre as atividades e culturas nessa região? 
Apresentaremos aqui, informações importantes sobre o cultivo, 
plantio, solos e formas de geração de economia para essas 
localidades.
 
Página 7
CONHEÇA MINAS GERAIS 2
José Gonçalves de Minas
A História de José Gonçalves de Minas de inicia por volta de 1850, quando chegou na região um senhor apelidado de Santos Pombo que afixou sua residência e logo em seguida construiu duas gangorras para produção de milho. Passado algum tempo um senhor de nome Manuel Alves Muniz apelidado de 
Manoel Moço, afixou-se também nas proximidades do Ribeirão devido ouvir dizer das gangorras existentes 
ali. Pelo Senhor Manuel Moço, foram construídos o 
primeiro cemitério e a primeira Capela sendo São 
Sebastião o padroeiro da então Vila de Gangorras. 
Adquirindo em 1900, a Fazenda Cansanção, 
chegaram o Senhor José Alves de Mendonça e sua 
esposa. Assim eles iniciaram a produção de grãos, 
onde faziam farinha de milho nas gangorras. A farinha 
era trocada por sal, açúcar e outros alimentos não 
encontrados aqui, logo já havia a fabricação de 
cachaça e rapadura aumentando assim o comércio 
local. Após a instalação das três famílias, chegaram 
outros moradores, entre eles o Senhor José Gonçalves da Mota. A Fazenda das Gangorras em total ritmo 
comercial, crescia de maneira significativa e a notícia corria pela região atraindo novos moradores. Em 1962 
Gangorras passa a condição de Distrito e 1995 foi emancipado.
Leme do Prado
O povoado começou em 1840, com a chegada do Sr. Antônio Quintiliano Barroso, conhecido como 'Capitão Barroso' e sua esposa, vindos 
de Teófilo Otoni. Ao chegar encontraram um único 
morador de nome Gomes, razão pela qual este foi o 
primeiro nome local. A construção de sua casa deu-se 
o nome de Fazenda São Luiz, onde começou a 
desenvolver suas atividades agrícolas na fazenda. 
Seus filhos foram recebendo sua doação de terra e 
construindo sua casas. Vários imigrantes foram 
surgindo e entre eles podemos citar o Teodolino Ferreira que casou-se com srta. Maria José de Figueiredo 
(Dinha), ele foi um dos principais responsáveis pelo crescimento do povoado ajudando a construir muitas 
casas, se preocupando com a cultura e educação do povo, contando também com a ajuda de seu Aristides 
que contribuiu também para a expansão da localidade. Em 1995 Leme do Prado foi elevado à categoria de 
município.
Igreja Matriz
Fonte: Prefeitura Municipal
Parque Estadual
Fonte: Globo.com
Mariana Rocha de Araújo, Cursa o 4 ̊ Período do curso 
de Engenharia Florestal. Sócia administrativa da empresa 
Kairos, especializada em Desenvolvimento Sustentável.
3
Turmalina
A história de Turmalina se inicia por volta de 1750/1760, em decorrência da extração de pedras preciosas na região, tendo os primeiros habitantes os bandeirantes paulistas. Em decorrência da falta de alimentos para os mineradores, muitos colonos das minas se dedicaram a lavoura rural e foram se 
estabelecendo na região, constituindo vilas. O Povoado 
de Piedade, em homenagem à santa de mesmo nome, 
teve sua povoação dedicada cultivação de milho, feijão 
e algodão. Em 1840, o Distrito de Nossa Senhora da 
Piedade, pertencente ao município de Minas Novas 
fora criado, passando a se chamar em 1923 Turmalina, 
devido ao fato de terem sido encontradas pedras nessa 
região, e em 1948 sua condição de cidade. A cultura 
local encontra forças na religião com as diversas festas, 
no artesanato (Argila e Algodão – Ofícios passados de 
geração em geração), literatura e na musicalidade. 
Veredinha
V
eredinha teve seu início como ponto de tropeiros que viajavam para realizar o comércio de 
mercadorias em cidade da região, que, com o passar do tempo, resolveram tomar posse de terras, 
iniciando as primeiras roças bem como uma vendinha 
coberta de piteira. Com a chegada de novos moradores 
para esse pequeno povoado deram o nome de 
Vendinhas. Mais tarde foi construída uma pequena 
capela de N. S. do Patrocínio, em homenagem a uma 
imagem que em 1851, vinda da Itália, chegou ao 
povoado. Em 1877 mudaram o nome para Veredinha 
devido às veredas existentes próximo ao lugar, sendo 
em 1891 criado o distrito de mesmo nome subordinado 
ao município de Minas Novas. Veredinha só seria 
elevado à categoria de cidade em 1995. Sua vegetação 
é baseada no tipo de bioma do cerrado sendo cortado pelo rio Itamarandiba e pelo rio Araçuai. Veredinha 
mantém uma religiosidade forte, com festas populares e tradicionais.
CONHEÇA MINAS GERAIS
Rio Aracua
Fonte: Prefeitura Municipal
Praça Principal e Igreja Matriz
Fonte: Cesar Paranhos
Maria Isabel Martins Ventura, cursa o 9 ̊período em 
Agronomia. Realiza pesquisa no ramo de produção 
vegetal, especialmente de frutíferas, e atua na diretoria 
de marketing da empresa júnior do curso de agronomia 
Agrovales.
4
Carbonita
L
ocalizada no Vale do Jequitinhonha Carbonita inicia sua historia em 1750, com as primeiras 
expedições dos bandeirantes à região, em 
busca da riqueza do seu subsolo. Pertencente 
na época ao município de Minas Notas, seu primeiro 
nome foi Barreiras, em homenagem ao fazendeiro 
Manoel Barreiros. Após pertencer à Itamarandiba, 
como Distrito e tendo em 1943, o novo e definitivo 
nome de Carbonita, conquista em 1963 sua 
emancipação. O Nome Carbonita vem do francês 
"Charbon"+ Ita, que significa carvão+pedra em tupi-
guarani, devido a grande quantidade de carvão de 
pedra existente no subsolo do município, elemento 
este que é a sua base econômica local, produzindo 
carvão vegetal. Cerca de 70% das terras são 
adequadas para o desenvolvimento da agropecuária, e possui um relevo composto por altos e baixos, por 
onde passa além de pequenos córregos, o rio Jequitinhonha ao norte, Araçuaí ao sul e Soledade ao Centro, 
além dos rios São João e Itacarambi. A vegetação é composta de Cerrados, Campos, Matas e Pastagens, 
além de florestas de Eucalipto. 
Para melhor entendermos a temperatura e 
precipitações das cidades do Norte de Minas, 
analisamos gráficos de cada cidade onde é possível 
pe rcebe r um pad rão que nos meses que 
correspondem ao outono e inverno a precipitação e a 
temperatura se encontram em seus menores valores e 
nos meses correspondentes a primavera e verão, se 
encontram nos seus maiores valores.
Por serem de uma mesma região do estado de Minas 
Gerais, as características predominantes de cada 
cidade são semelhantes. É notável que nos gráficos 
não tem uma variação considerável entre as cidades, 
isso fica claro quando observa-se o gráfico da média 
geral das 5 cidades. 
CONHEÇA MINAS GERAIS
TEMPERATURA DO AR E 
PRECIPITAÇÃO
Matriz do Sagrado Coração
Fonte: Prefeitura Municipal
5
Na cidade de Carbonita, a temperatura do ar atingiu seu 
maior valor no meses de janeiro efevereiro, de 24ºC e o 
menor valor no mês junho de 18.7ºC. A precipitação 
variou de 5mm, no mês de agosto, a 226mm, no mês de 
dezembro. 
Na cidade de Turmalina, a temperatura do ar atingiu seu 
maior valor no mês de fevereiro, de 24.1ºC e o menor 
valor no mês junho de 19ºC. A precipitação variou de 
5mm, no mês de agosto, a 210mm, no mês de dezembro.
 
Na cidade de Veredinha, a temperatura do ar atingiu seu 
maior valor no mês de janeiro, de 23.7ºC e o menor valor 
no mês junho de 18.5ºC. A precipitação variou de 6mm, 
no mês de agosto, a 215mm, no mês de dezembro. 
Na cidade de Leme do Prado, a temperatura do ar atingiu 
seu maior valor no mês de fevereiro, de 24.6ºC e o menor 
valor no mês julho de 19.5ºC. A precipitação variou de 
4mm, no mês de agosto, a 203mm, no mês de dezembro. 
Na cidade de São Gonçalves de Minas, a temperatura do 
ar atingiu seu maior valor no mês de fevereiro, de 24.5ºC 
e o menor valor no mês julho de 19.4ºC. A precipitação 
variou de 4mm, no mês de agosto, a 199mm, no mês de 
dezembro. 
TEMPERATURA DO AR E 
PRECIPITAÇÃO
Cássia Conceição Rodrigues, Cursa o 10 ̊ período de 
Engenharia Florestal. Realizou trabalhos na área de 
comercialização e economia florestal
TEMPERATURA DO AR E 
PRECIPITAÇÃO 6
m análise geral com a média das cidades, temos uma temperatura do ar variando de 19.1ºC em 
Ejunho a 24.5ºC em fevereiro e a precipitação variando de 4.8mm em agosto a 210.6mm em dezembro. No geral, o mês de menor temperatura é junho e de maior temperatura fevereiro e o mês 
de menor precipitação agosto e o de maior precipitação dezembro. 
BALANÇO HÍDRICO
 O balanço hídrico pode ser entendido como a contabilização da água do solo. A variação de 
armazenamento de água representa o balanço entre o que entrou e o que saiu de água do volume de controle.
 Essas informações possibilitam saber quando tem mais e menos água no solo, disponível para as plantas. 
MÊS temp ETP P P-ETP NAC ARM ALT ETR DEF EXC
JAN 24,0 121,5 174,0 52,5 0,0 100,0 0,0 121,5 0,0 52,5
FEV 24,0 96,0 108,0 12,0 0,0 100,0 0,0 96,0 0,0 12,0
MAR 23,0 104,2 108,0 3,8 0,0 100,0 0,0 104,2 0,0 3,8
ABR 21,4 85,3 41,0 -44,3 -44,3 64,2 -35,8 76,8 8,5 0,0
MAI 19,8 66,8 16,0 -50,8 -95,1 38,7 -25,6 41,6 25,2 0,0
JUN 18,7 53,6 7,0 -46,6 -141,6 24,3 -14,4 21,4 32,2 0,0
JUL 19,1 57,1 8,0 -49,1 -190,8 14,8 -9,4 17,4 39,7 0,0
AGO 20,6 80,6 5,0 -75,6 -266,4 7,0 -7,9 12,9 67,7 0,0
SET 22,1 87,0 20,0 -67,0 -333,4 3,6 -3,4 23,4 63,6 0,0
OUT 23,0 106,1 102,0 -4,1 -337,5 3,4 -0,1 102,1 4,0 0,0
NOV 23,1 102,7 202,0 99,3 0,0 100,0 96,6 102,7 0,0 2,7
DEZ 22,4 111,1 226,0 114,9 0,0 100,0 0,0 111,1 0,0 114,9
SOMA 1072,0 1017,0 -55,0 0,0 831,1 240,9 185,9
CARBONITA
MÊS temp ETP P P-ETP NEG ACU ARM ALT ETR DEF EXC
JAN 23,9 121,5 164,0 42,5 0,0 100,0 0,0 121,5 0,0 42,5
FEV 24,1 96,0 99,0 3,0 0,0 100,0 0,0 96,0 0,0 3,0
MAR 23,2 104,2 103,0 -1,2 -1,2 98,8 -1,2 104,2 0,0 0,0
ABR 21,6 85,3 40,0 -45,3 -45,3 63,6 -35,2 75,2 10,0 0,0
MAI 19,9 66,8 14,0 -52,8 -98,1 37,5 -26,1 40,1 26,7 0,0
JUN 19,0 53,6 7,0 -46,6 -144,6 23,5 -14,0 21,0 32,6 0,0
JUL 19,2 57,1 9,0 -48,1 -192,8 14,5 -9,0 18,0 39,1 0,0
AGO 20,5 80,6 5,0 -75,6 -268,4 6,8 -7,7 12,7 67,9 0,0
SET 22,1 87,0 19,0 -68,0 -336,4 3,5 -3,4 22,4 64,6 0,0
OUT 23,2 106,1 95,0 -11,1 -347,5 3,1 -0,4 95,4 10,8 0,0
NOV 23,2 102,7 190,0 87,3 -10,1 90,4 87,3 102,7 0,0 0,0
DEZ 22,6 111,1 210,0 98,9 0,0 100,0 9,6 111,1 0,0 89,3
SOMA 1072,0 955,0 -117,0 0,0 820,2 251,8 134,7
TURMALINA
MÊS temp ETP P P-ETP NAC ARM ALT ETR DEF EXC
JAN 24,4 117,6 161,0 43,4 0,0 100,0 0,0 117,6 0,0 43,4
FEV 24,6 102,9 94,0 -8,9 -8,9 91,5 -8,5 102,5 0,4 0,0
MAR 23,8 110,3 107,0 -3,3 -12,2 88,6 -2,9 109,9 0,3 0,0
ABR 22,5 85,3 38,0 -47,3 -59,4 55,2 -33,4 71,4 13,9 0,0
MAI 20,7 76,4 12,0 -64,4 -123,9 29,0 -26,2 38,2 38,2 0,0
JUN 19,7 62,0 6,0 -56,0 -179,9 16,5 -12,4 18,4 43,6 0,0
JUL 19,5 55,3 8,0 -47,3 -227,2 10,3 -6,2 14,2 41,1 0,0
AGO 20,8 78,0 4,0 -74,0 -301,2 4,9 -5,4 9,4 68,6 0,0
SET 22,6 96,0 17,0 -79,0 -380,2 2,2 -2,7 19,7 76,3 0,0
OUT 23,8 112,4 87,0 -25,4 -405,5 1,7 -0,5 87,5 24,8 0,0
NOV 23,7 112,4 179,0 66,7 -38,0 68,4 66,7 112,4 0,0 0,0
DEZ 23,3 107,5 203,0 95,5 0,0 100,0 31,6 107,5 0,0 63,9
SOMA 1116,0 916,0 -200,0 -1736 568,36 0,0 808,7 307,3 107,3
LEME DO PRADO
MÊS temp ETP P P-ETP NEG ACU ARM ALT ETR DEF EXC
JAN 23,7 121,5 170,0 48,5 0,0 100,0 0,0 121,5 0,0 48,5
FEV 23,6 96,0 101,0 5,0 0,0 100,0 0,0 96,0 0,0 5,0
MAR 22,7 110,3 105,0 -5,3 -5,3 94,9 -5,1 110,1 0,1 0,0
ABR 21,2 76,4 42,0 -34,4 -39,7 67,2 -27,6 69,6 6,8 0,0
MAI 19,4 57,7 15,0 -42,7 -82,4 43,9 -23,4 38,4 19,3 0,0
JUN 18,5 50,8 7,0 -43,8 -126,2 28,3 -15,5 22,5 28,2 0,0
JUL 18,9 57,1 9,0 -48,1 -174,3 17,5 -10,8 19,8 37,3 0,0
AGO 20,1 68,2 6,0 -62,2 -236,5 9,4 -8,1 14,1 54,1 0,0
SET 21,7 87,0 20,0 -67,0 -303,5 4,8 -4,6 24,6 62,4 0,0
OUT 22,6 106,1 100,0 -6,1 -309,6 4,5 -0,3 100,3 5,8 0,0
NOV 22,8 102,7 196,0 93,3 -2,2 97,8 93,3 102,7 0,0 0,0
DEZ 22,2 100,7 215,0 114,3 0,0 100,0 2,2 100,7 0,0 112,1
SOMA 1034,6 986,0 -48,6 0,0 820,4 214,1 165,6
VEREDINHA
Legenda: 
CAD: Capacidade de Agua Disponível, 
T(°C): Temperatura Média do Ar, 
P: Precipitaçao 
ETP: Evapotranspiraçao Potencial. 
NAC: Negativo Acumulado, 
ARM: Armazenamento, 
ALT: Alteraçao, 
ETR: Evapotranspiraçao Real, 
DEF; Déficit Hídrico, 
EXC: Excedente 
MÊS temp ETP P P-ETP NEG ACU ARM ALT ETR DEF EXC
JAN 24,4 117,6 165,0 47,4 0,0 100,0 0,0 117,6 0,0 47,4
FEV 25,5 102,9 89,0 -13,9 0,0 100,0 0,0 102,9 0,0 -13,9
MAR 23,8 110,3 112,0 1,8 0,0 100,0 0,0 110,3 0,0 1,8
ABR 22,5 85,3 38,0 -47,3 -47,3 62,3 -37,7 75,7 9,6 0,0
MAI 20,8 76,4 12,0 -64,4 -111,7 32,7 -29,6 41,6 34,8 0,0
JUN 19,6 62,0 5,0 -57,0 -168,7 18,5 -14,2 19,2 42,8 0,0
JUL 19,4 55,3 8,0 -47,3 -216,0 11,5 -7,0 15,0 40,3 0,0
AGO 20,5 78,0 4,0 -74,0 -290,0 5,5 -6,0 10,0 68,0 0,0
SET 22,7 96,0 18,0 -78,0 -368,0 2,5 -3,0 21,0 75,0 0,0
OUT 23,8 112,4 81,0 -31,4 -399,4 1,8 -0,7 81,7 30,7 0,0
NOV 23,5 112,4 173,0 60,7 0,0 100,0 98,2 112,4 0,0 -37,5
DEZ 23,4 107,5 199,0 91,5 0,0 100,0 0,0 107,5 0,0 91,5
SOMA 1116,0 904,0 -212,0 0,0 814,8 301,2 89,2
JOSÉ GONÇALVES DE MINAS
7 BALANÇO HIDRICO
 Com base nas tabelas, é possível perceber que os meses onde o balanço hídrico é negativo são entre 
Abril e Outubro. Isso quer dizer que o solo está perdendo mais água do que recebendo, assim as plantas vão 
estar com déficit hídrico e, em alguns casos, podem precisar de irrigação. Em Leme do Prado essa situação 
ocorre entre Fevereiro e Novembro, fazendo com que essa situação seja ainda mais prolongada. Os meses 
com maior déficit são Agosto e Setembro. 
 Os períodos com maior precipitação, ou seja, com maior incidência de chuvas são Janeiro, Fevereiro, 
Março, Outubro, Novembro e Dezembro. Juntos eles concentram mais de 90% da pluviosidade total do ano. 
Dessa forma, esses são os meses em que o solo tem a maior quantidade de água disponível, principalmente 
Janeiro e Dezembro. 
ATIVIDADES ECONÔMICAS
E DE CULTURA
A agricultura brasileira se destaca no mercado mundial pela sua grande produtividade, variedade e qualidade dos produtos postos à mesa, graças ao trabalho dos produtores. Mas para evitar possíveis perdas, o produtor precisa estar atento a diversos fatores, dentre eles as condições climáticas do 
local. A partir da análise das condições climáticas, podem-se sugerir culturas a serem implantadas de acordo 
com a época do ano, geralmente a melhor época é quando as chuvas passam a ocorrer com maior 
frequência. Na região em estudo foram selecionadas as cidades para 
realizar uma sugestão de culturas a serem implantadas. As cidades 
escolhidas foram: Turmalina, Veredinha, Carbonita, Leme do Prado e 
José Gonçalves de Minas. Essas cidades possuem semelhanças em 
relação ao clima e ao tipo de solo. 
 Com base nas análises de clima, definiu-se que, uma das 
melhores culturas que se adequam às condições da região em 
estudo é a cana-de-açúcar (Saccharum officiarum L.).
 O cultivo da cana-de-açúcar (Saccharum officiarum L.) no 
Brasilé destinado, em sua maior parte, à produção de açúcar e de 
etanol e, em menor escala, para outras finalidades, como a 
alimentação animal e fabricação de aguardente, entre outras.
 Em termos gerais, o sistema de produção de cana-de-açúcar é 
constituído de uma safra decorrente do plantio, seguido de safras 
oriundas da rebrota das soqueiras. O corte da cana-de-açúcar 
possibilita a renovação da cultura, não só da parte aérea, mas 
também, do seu sistema radicular (ARAUJO 2018). 
MEL
EUCALIPTO
MILHO
CAFÉ
FEIJAO
CANA
BANANA
PECUARIA
- Milho, feijão, eucalipto, melTURMALINA 
- Mel, café, eucaliptoVEREDINHA 
 - Cana, mandioca, milhoLEME DO PRADO
CARBONITA - Mel, banana
JOSÉ GONÇALVES DE MINAS - Café, cana, feijão, mandioca e milho.
Parte do território sendo reflorestada para obtenção de carvão. 
Na pecuária destacam-se o gado de corte e os galináceos. 
PRINCIPAIS CULTURAS
ATIVIDADES ECONÔMICAS
E DE CULTURA 8
 A cultivar utilizada será 
a RB72454, pois é de boa 
produtividade agrícola em 
qualquer tipo de solo. Possui 
b o a c a p a c i d a d e d e 
germinação, porém não se 
recomenda o plant io em 
épocas de temperaturas mais 
baixas.
 Outra cultura sugerida 
para essas cidades seria o 
Sorgo for ragei ro , que é 
utilizado principalmente para 
p a s t e j o , c o m p l e m e n t o 
alimentar para gado, fenação 
e cobertura morta. A cultura foi 
sugerida, pois tem bons 
resultados em quase todos os climas e regiões, incluindo as cidades em questão.
 A cultivar indicada será o BRS 658, um híbrido de sorgo forrageiro desenvolvido pela Embrapa Milho 
e Sorgo. Esse Híbrido tem produtividade média de 50 t/há de produção de massa verde, ciclo vegetativo 
adequado para ensilagem, colmos com excelente padrão fermentativo e alta porcentagem de grãos na 
massa, proporcionando uma silagem de alta digestibilidade e alto teor proteico. Além disso, possui 
estabilidade de produção, tolerância à seca, baixo custo de produção e alta qualidade de forragem.
 Outra cultura sugerida para essas cidades é o Milheto, sendo uma gramínea rústica, de grande 
utilidade para sistemas integrados de produção. A cultivar BRS 1502 surge como boa opção para produção 
de grãos de forragem e de palhada de alta qualidade, com crescimento rápido e alta capacidade de rebrota. 
É uma variedade de polinização aberta. Possui ciclo médio de 60 dias da emergência ao florescimento, boa 
capacidade de perfilhamento e de recuperação na rebrota. Tem bom potencial de produção em massa em 
sistemas de plantio direto e alta produção de grãos (média de 2.500 quilos de grãos por hectare). Apresenta 
excelente sanidade foliar, tolerância ao acamamento e sistema radicular profundo.
Francyelle Otoni, Cursa 3° período de Engenharia 
Florestal, atual coordenadora do setor de documentos do 
CREA Minas Jr.
EXPEDIENTE
Atmos – Laboratório de 
Pesquisa e Desenvolvimento 
em Agrometeorologia e 
Modelagem Ambiental
Endereço: UFVJM – campus JK 
- Departamento de Agronomia. 
Gabinete 22. 
Rodovia MGT 367 Km 583, 
no 5000.
Alto da Jacuba Diamantina-MG.
Corpo Editorial
Mapas, Descrição das cidades e 
Diagramação: Mariana Araújo
Gráficos: Cássia Conceição Rodrigues
Balanço Hidrico: Maria Isabel Martins 
Ventura
Principais Atividades :Francyelle Otoni 
Sugestão de Cultura: Thalis Miller
1 2
3
4
5
1 - CARBONITA
2 - VEREDINHA
3 - TURMALINA
4 - LEME DO PRADO
5 - JOSÉ G. DE MINAS
TERRITÓRIO ALTO DO JEQUITINHONHA
Thalis Miller, Cursa o 3 ̊ período de Engenharia 
Florestal e desenvolve pesquisas em controle biológico 
de pragas Florestais.
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