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DESTAQUES DESSA EDIÇÃO Você que acompanha os Boletins Atmos, nessa edição apresentaremos informações organizadas das cidades: José Gonçalves de Minas, Veredinha, Turmalina, Carbonita e Leme do Prado. Esse material foi organizado pelos nossos parceiros do grupo MaJornal, composto por alunos de ciências agrárias da disciplina de Meteorologia e Climatologia. Aqui você vai encontrar informações importantes sobre algumas cidades do Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais. Com uma linguagem simples e objetiva e a mesma qualidade de sempre, aproveite para conhecer melhor sobre essas localidades. Aproveitem!!! Dúvidas, entre em contato com a gente no email: atmosboletim@gmail.com. Equipe MaJornal UFVJMAtmos Boletim Edição Especial: Cidades dos Vales Conheça um pouco sobre as cidades de Turmalina, José Gonçalves de Minas, Leme do Prado, Carbonita e Veredinha. Cidades do Norte de Minas. Saiba mais sobre suas histórias e seus desenvolvimentos. Página 2 Apresentamos informações sobre dados climatológicos, temperatura e precipitação. Conheça mais sobre os períodos de chuva, o clima e as variações de temperatura das cidades do Norte de Minas. Página 4 Quer saber mais sobre as atividades e culturas nessa região? Apresentaremos aqui, informações importantes sobre o cultivo, plantio, solos e formas de geração de economia para essas localidades. Página 7 CONHEÇA MINAS GERAIS 2 José Gonçalves de Minas A História de José Gonçalves de Minas de inicia por volta de 1850, quando chegou na região um senhor apelidado de Santos Pombo que afixou sua residência e logo em seguida construiu duas gangorras para produção de milho. Passado algum tempo um senhor de nome Manuel Alves Muniz apelidado de Manoel Moço, afixou-se também nas proximidades do Ribeirão devido ouvir dizer das gangorras existentes ali. Pelo Senhor Manuel Moço, foram construídos o primeiro cemitério e a primeira Capela sendo São Sebastião o padroeiro da então Vila de Gangorras. Adquirindo em 1900, a Fazenda Cansanção, chegaram o Senhor José Alves de Mendonça e sua esposa. Assim eles iniciaram a produção de grãos, onde faziam farinha de milho nas gangorras. A farinha era trocada por sal, açúcar e outros alimentos não encontrados aqui, logo já havia a fabricação de cachaça e rapadura aumentando assim o comércio local. Após a instalação das três famílias, chegaram outros moradores, entre eles o Senhor José Gonçalves da Mota. A Fazenda das Gangorras em total ritmo comercial, crescia de maneira significativa e a notícia corria pela região atraindo novos moradores. Em 1962 Gangorras passa a condição de Distrito e 1995 foi emancipado. Leme do Prado O povoado começou em 1840, com a chegada do Sr. Antônio Quintiliano Barroso, conhecido como 'Capitão Barroso' e sua esposa, vindos de Teófilo Otoni. Ao chegar encontraram um único morador de nome Gomes, razão pela qual este foi o primeiro nome local. A construção de sua casa deu-se o nome de Fazenda São Luiz, onde começou a desenvolver suas atividades agrícolas na fazenda. Seus filhos foram recebendo sua doação de terra e construindo sua casas. Vários imigrantes foram surgindo e entre eles podemos citar o Teodolino Ferreira que casou-se com srta. Maria José de Figueiredo (Dinha), ele foi um dos principais responsáveis pelo crescimento do povoado ajudando a construir muitas casas, se preocupando com a cultura e educação do povo, contando também com a ajuda de seu Aristides que contribuiu também para a expansão da localidade. Em 1995 Leme do Prado foi elevado à categoria de município. Igreja Matriz Fonte: Prefeitura Municipal Parque Estadual Fonte: Globo.com Mariana Rocha de Araújo, Cursa o 4 ̊ Período do curso de Engenharia Florestal. Sócia administrativa da empresa Kairos, especializada em Desenvolvimento Sustentável. 3 Turmalina A história de Turmalina se inicia por volta de 1750/1760, em decorrência da extração de pedras preciosas na região, tendo os primeiros habitantes os bandeirantes paulistas. Em decorrência da falta de alimentos para os mineradores, muitos colonos das minas se dedicaram a lavoura rural e foram se estabelecendo na região, constituindo vilas. O Povoado de Piedade, em homenagem à santa de mesmo nome, teve sua povoação dedicada cultivação de milho, feijão e algodão. Em 1840, o Distrito de Nossa Senhora da Piedade, pertencente ao município de Minas Novas fora criado, passando a se chamar em 1923 Turmalina, devido ao fato de terem sido encontradas pedras nessa região, e em 1948 sua condição de cidade. A cultura local encontra forças na religião com as diversas festas, no artesanato (Argila e Algodão – Ofícios passados de geração em geração), literatura e na musicalidade. Veredinha V eredinha teve seu início como ponto de tropeiros que viajavam para realizar o comércio de mercadorias em cidade da região, que, com o passar do tempo, resolveram tomar posse de terras, iniciando as primeiras roças bem como uma vendinha coberta de piteira. Com a chegada de novos moradores para esse pequeno povoado deram o nome de Vendinhas. Mais tarde foi construída uma pequena capela de N. S. do Patrocínio, em homenagem a uma imagem que em 1851, vinda da Itália, chegou ao povoado. Em 1877 mudaram o nome para Veredinha devido às veredas existentes próximo ao lugar, sendo em 1891 criado o distrito de mesmo nome subordinado ao município de Minas Novas. Veredinha só seria elevado à categoria de cidade em 1995. Sua vegetação é baseada no tipo de bioma do cerrado sendo cortado pelo rio Itamarandiba e pelo rio Araçuai. Veredinha mantém uma religiosidade forte, com festas populares e tradicionais. CONHEÇA MINAS GERAIS Rio Aracua Fonte: Prefeitura Municipal Praça Principal e Igreja Matriz Fonte: Cesar Paranhos Maria Isabel Martins Ventura, cursa o 9 ̊período em Agronomia. Realiza pesquisa no ramo de produção vegetal, especialmente de frutíferas, e atua na diretoria de marketing da empresa júnior do curso de agronomia Agrovales. 4 Carbonita L ocalizada no Vale do Jequitinhonha Carbonita inicia sua historia em 1750, com as primeiras expedições dos bandeirantes à região, em busca da riqueza do seu subsolo. Pertencente na época ao município de Minas Notas, seu primeiro nome foi Barreiras, em homenagem ao fazendeiro Manoel Barreiros. Após pertencer à Itamarandiba, como Distrito e tendo em 1943, o novo e definitivo nome de Carbonita, conquista em 1963 sua emancipação. O Nome Carbonita vem do francês "Charbon"+ Ita, que significa carvão+pedra em tupi- guarani, devido a grande quantidade de carvão de pedra existente no subsolo do município, elemento este que é a sua base econômica local, produzindo carvão vegetal. Cerca de 70% das terras são adequadas para o desenvolvimento da agropecuária, e possui um relevo composto por altos e baixos, por onde passa além de pequenos córregos, o rio Jequitinhonha ao norte, Araçuaí ao sul e Soledade ao Centro, além dos rios São João e Itacarambi. A vegetação é composta de Cerrados, Campos, Matas e Pastagens, além de florestas de Eucalipto. Para melhor entendermos a temperatura e precipitações das cidades do Norte de Minas, analisamos gráficos de cada cidade onde é possível pe rcebe r um pad rão que nos meses que correspondem ao outono e inverno a precipitação e a temperatura se encontram em seus menores valores e nos meses correspondentes a primavera e verão, se encontram nos seus maiores valores. Por serem de uma mesma região do estado de Minas Gerais, as características predominantes de cada cidade são semelhantes. É notável que nos gráficos não tem uma variação considerável entre as cidades, isso fica claro quando observa-se o gráfico da média geral das 5 cidades. CONHEÇA MINAS GERAIS TEMPERATURA DO AR E PRECIPITAÇÃO Matriz do Sagrado Coração Fonte: Prefeitura Municipal 5 Na cidade de Carbonita, a temperatura do ar atingiu seu maior valor no meses de janeiro efevereiro, de 24ºC e o menor valor no mês junho de 18.7ºC. A precipitação variou de 5mm, no mês de agosto, a 226mm, no mês de dezembro. Na cidade de Turmalina, a temperatura do ar atingiu seu maior valor no mês de fevereiro, de 24.1ºC e o menor valor no mês junho de 19ºC. A precipitação variou de 5mm, no mês de agosto, a 210mm, no mês de dezembro. Na cidade de Veredinha, a temperatura do ar atingiu seu maior valor no mês de janeiro, de 23.7ºC e o menor valor no mês junho de 18.5ºC. A precipitação variou de 6mm, no mês de agosto, a 215mm, no mês de dezembro. Na cidade de Leme do Prado, a temperatura do ar atingiu seu maior valor no mês de fevereiro, de 24.6ºC e o menor valor no mês julho de 19.5ºC. A precipitação variou de 4mm, no mês de agosto, a 203mm, no mês de dezembro. Na cidade de São Gonçalves de Minas, a temperatura do ar atingiu seu maior valor no mês de fevereiro, de 24.5ºC e o menor valor no mês julho de 19.4ºC. A precipitação variou de 4mm, no mês de agosto, a 199mm, no mês de dezembro. TEMPERATURA DO AR E PRECIPITAÇÃO Cássia Conceição Rodrigues, Cursa o 10 ̊ período de Engenharia Florestal. Realizou trabalhos na área de comercialização e economia florestal TEMPERATURA DO AR E PRECIPITAÇÃO 6 m análise geral com a média das cidades, temos uma temperatura do ar variando de 19.1ºC em Ejunho a 24.5ºC em fevereiro e a precipitação variando de 4.8mm em agosto a 210.6mm em dezembro. No geral, o mês de menor temperatura é junho e de maior temperatura fevereiro e o mês de menor precipitação agosto e o de maior precipitação dezembro. BALANÇO HÍDRICO O balanço hídrico pode ser entendido como a contabilização da água do solo. A variação de armazenamento de água representa o balanço entre o que entrou e o que saiu de água do volume de controle. Essas informações possibilitam saber quando tem mais e menos água no solo, disponível para as plantas. MÊS temp ETP P P-ETP NAC ARM ALT ETR DEF EXC JAN 24,0 121,5 174,0 52,5 0,0 100,0 0,0 121,5 0,0 52,5 FEV 24,0 96,0 108,0 12,0 0,0 100,0 0,0 96,0 0,0 12,0 MAR 23,0 104,2 108,0 3,8 0,0 100,0 0,0 104,2 0,0 3,8 ABR 21,4 85,3 41,0 -44,3 -44,3 64,2 -35,8 76,8 8,5 0,0 MAI 19,8 66,8 16,0 -50,8 -95,1 38,7 -25,6 41,6 25,2 0,0 JUN 18,7 53,6 7,0 -46,6 -141,6 24,3 -14,4 21,4 32,2 0,0 JUL 19,1 57,1 8,0 -49,1 -190,8 14,8 -9,4 17,4 39,7 0,0 AGO 20,6 80,6 5,0 -75,6 -266,4 7,0 -7,9 12,9 67,7 0,0 SET 22,1 87,0 20,0 -67,0 -333,4 3,6 -3,4 23,4 63,6 0,0 OUT 23,0 106,1 102,0 -4,1 -337,5 3,4 -0,1 102,1 4,0 0,0 NOV 23,1 102,7 202,0 99,3 0,0 100,0 96,6 102,7 0,0 2,7 DEZ 22,4 111,1 226,0 114,9 0,0 100,0 0,0 111,1 0,0 114,9 SOMA 1072,0 1017,0 -55,0 0,0 831,1 240,9 185,9 CARBONITA MÊS temp ETP P P-ETP NEG ACU ARM ALT ETR DEF EXC JAN 23,9 121,5 164,0 42,5 0,0 100,0 0,0 121,5 0,0 42,5 FEV 24,1 96,0 99,0 3,0 0,0 100,0 0,0 96,0 0,0 3,0 MAR 23,2 104,2 103,0 -1,2 -1,2 98,8 -1,2 104,2 0,0 0,0 ABR 21,6 85,3 40,0 -45,3 -45,3 63,6 -35,2 75,2 10,0 0,0 MAI 19,9 66,8 14,0 -52,8 -98,1 37,5 -26,1 40,1 26,7 0,0 JUN 19,0 53,6 7,0 -46,6 -144,6 23,5 -14,0 21,0 32,6 0,0 JUL 19,2 57,1 9,0 -48,1 -192,8 14,5 -9,0 18,0 39,1 0,0 AGO 20,5 80,6 5,0 -75,6 -268,4 6,8 -7,7 12,7 67,9 0,0 SET 22,1 87,0 19,0 -68,0 -336,4 3,5 -3,4 22,4 64,6 0,0 OUT 23,2 106,1 95,0 -11,1 -347,5 3,1 -0,4 95,4 10,8 0,0 NOV 23,2 102,7 190,0 87,3 -10,1 90,4 87,3 102,7 0,0 0,0 DEZ 22,6 111,1 210,0 98,9 0,0 100,0 9,6 111,1 0,0 89,3 SOMA 1072,0 955,0 -117,0 0,0 820,2 251,8 134,7 TURMALINA MÊS temp ETP P P-ETP NAC ARM ALT ETR DEF EXC JAN 24,4 117,6 161,0 43,4 0,0 100,0 0,0 117,6 0,0 43,4 FEV 24,6 102,9 94,0 -8,9 -8,9 91,5 -8,5 102,5 0,4 0,0 MAR 23,8 110,3 107,0 -3,3 -12,2 88,6 -2,9 109,9 0,3 0,0 ABR 22,5 85,3 38,0 -47,3 -59,4 55,2 -33,4 71,4 13,9 0,0 MAI 20,7 76,4 12,0 -64,4 -123,9 29,0 -26,2 38,2 38,2 0,0 JUN 19,7 62,0 6,0 -56,0 -179,9 16,5 -12,4 18,4 43,6 0,0 JUL 19,5 55,3 8,0 -47,3 -227,2 10,3 -6,2 14,2 41,1 0,0 AGO 20,8 78,0 4,0 -74,0 -301,2 4,9 -5,4 9,4 68,6 0,0 SET 22,6 96,0 17,0 -79,0 -380,2 2,2 -2,7 19,7 76,3 0,0 OUT 23,8 112,4 87,0 -25,4 -405,5 1,7 -0,5 87,5 24,8 0,0 NOV 23,7 112,4 179,0 66,7 -38,0 68,4 66,7 112,4 0,0 0,0 DEZ 23,3 107,5 203,0 95,5 0,0 100,0 31,6 107,5 0,0 63,9 SOMA 1116,0 916,0 -200,0 -1736 568,36 0,0 808,7 307,3 107,3 LEME DO PRADO MÊS temp ETP P P-ETP NEG ACU ARM ALT ETR DEF EXC JAN 23,7 121,5 170,0 48,5 0,0 100,0 0,0 121,5 0,0 48,5 FEV 23,6 96,0 101,0 5,0 0,0 100,0 0,0 96,0 0,0 5,0 MAR 22,7 110,3 105,0 -5,3 -5,3 94,9 -5,1 110,1 0,1 0,0 ABR 21,2 76,4 42,0 -34,4 -39,7 67,2 -27,6 69,6 6,8 0,0 MAI 19,4 57,7 15,0 -42,7 -82,4 43,9 -23,4 38,4 19,3 0,0 JUN 18,5 50,8 7,0 -43,8 -126,2 28,3 -15,5 22,5 28,2 0,0 JUL 18,9 57,1 9,0 -48,1 -174,3 17,5 -10,8 19,8 37,3 0,0 AGO 20,1 68,2 6,0 -62,2 -236,5 9,4 -8,1 14,1 54,1 0,0 SET 21,7 87,0 20,0 -67,0 -303,5 4,8 -4,6 24,6 62,4 0,0 OUT 22,6 106,1 100,0 -6,1 -309,6 4,5 -0,3 100,3 5,8 0,0 NOV 22,8 102,7 196,0 93,3 -2,2 97,8 93,3 102,7 0,0 0,0 DEZ 22,2 100,7 215,0 114,3 0,0 100,0 2,2 100,7 0,0 112,1 SOMA 1034,6 986,0 -48,6 0,0 820,4 214,1 165,6 VEREDINHA Legenda: CAD: Capacidade de Agua Disponível, T(°C): Temperatura Média do Ar, P: Precipitaçao ETP: Evapotranspiraçao Potencial. NAC: Negativo Acumulado, ARM: Armazenamento, ALT: Alteraçao, ETR: Evapotranspiraçao Real, DEF; Déficit Hídrico, EXC: Excedente MÊS temp ETP P P-ETP NEG ACU ARM ALT ETR DEF EXC JAN 24,4 117,6 165,0 47,4 0,0 100,0 0,0 117,6 0,0 47,4 FEV 25,5 102,9 89,0 -13,9 0,0 100,0 0,0 102,9 0,0 -13,9 MAR 23,8 110,3 112,0 1,8 0,0 100,0 0,0 110,3 0,0 1,8 ABR 22,5 85,3 38,0 -47,3 -47,3 62,3 -37,7 75,7 9,6 0,0 MAI 20,8 76,4 12,0 -64,4 -111,7 32,7 -29,6 41,6 34,8 0,0 JUN 19,6 62,0 5,0 -57,0 -168,7 18,5 -14,2 19,2 42,8 0,0 JUL 19,4 55,3 8,0 -47,3 -216,0 11,5 -7,0 15,0 40,3 0,0 AGO 20,5 78,0 4,0 -74,0 -290,0 5,5 -6,0 10,0 68,0 0,0 SET 22,7 96,0 18,0 -78,0 -368,0 2,5 -3,0 21,0 75,0 0,0 OUT 23,8 112,4 81,0 -31,4 -399,4 1,8 -0,7 81,7 30,7 0,0 NOV 23,5 112,4 173,0 60,7 0,0 100,0 98,2 112,4 0,0 -37,5 DEZ 23,4 107,5 199,0 91,5 0,0 100,0 0,0 107,5 0,0 91,5 SOMA 1116,0 904,0 -212,0 0,0 814,8 301,2 89,2 JOSÉ GONÇALVES DE MINAS 7 BALANÇO HIDRICO Com base nas tabelas, é possível perceber que os meses onde o balanço hídrico é negativo são entre Abril e Outubro. Isso quer dizer que o solo está perdendo mais água do que recebendo, assim as plantas vão estar com déficit hídrico e, em alguns casos, podem precisar de irrigação. Em Leme do Prado essa situação ocorre entre Fevereiro e Novembro, fazendo com que essa situação seja ainda mais prolongada. Os meses com maior déficit são Agosto e Setembro. Os períodos com maior precipitação, ou seja, com maior incidência de chuvas são Janeiro, Fevereiro, Março, Outubro, Novembro e Dezembro. Juntos eles concentram mais de 90% da pluviosidade total do ano. Dessa forma, esses são os meses em que o solo tem a maior quantidade de água disponível, principalmente Janeiro e Dezembro. ATIVIDADES ECONÔMICAS E DE CULTURA A agricultura brasileira se destaca no mercado mundial pela sua grande produtividade, variedade e qualidade dos produtos postos à mesa, graças ao trabalho dos produtores. Mas para evitar possíveis perdas, o produtor precisa estar atento a diversos fatores, dentre eles as condições climáticas do local. A partir da análise das condições climáticas, podem-se sugerir culturas a serem implantadas de acordo com a época do ano, geralmente a melhor época é quando as chuvas passam a ocorrer com maior frequência. Na região em estudo foram selecionadas as cidades para realizar uma sugestão de culturas a serem implantadas. As cidades escolhidas foram: Turmalina, Veredinha, Carbonita, Leme do Prado e José Gonçalves de Minas. Essas cidades possuem semelhanças em relação ao clima e ao tipo de solo. Com base nas análises de clima, definiu-se que, uma das melhores culturas que se adequam às condições da região em estudo é a cana-de-açúcar (Saccharum officiarum L.). O cultivo da cana-de-açúcar (Saccharum officiarum L.) no Brasilé destinado, em sua maior parte, à produção de açúcar e de etanol e, em menor escala, para outras finalidades, como a alimentação animal e fabricação de aguardente, entre outras. Em termos gerais, o sistema de produção de cana-de-açúcar é constituído de uma safra decorrente do plantio, seguido de safras oriundas da rebrota das soqueiras. O corte da cana-de-açúcar possibilita a renovação da cultura, não só da parte aérea, mas também, do seu sistema radicular (ARAUJO 2018). MEL EUCALIPTO MILHO CAFÉ FEIJAO CANA BANANA PECUARIA - Milho, feijão, eucalipto, melTURMALINA - Mel, café, eucaliptoVEREDINHA - Cana, mandioca, milhoLEME DO PRADO CARBONITA - Mel, banana JOSÉ GONÇALVES DE MINAS - Café, cana, feijão, mandioca e milho. Parte do território sendo reflorestada para obtenção de carvão. Na pecuária destacam-se o gado de corte e os galináceos. PRINCIPAIS CULTURAS ATIVIDADES ECONÔMICAS E DE CULTURA 8 A cultivar utilizada será a RB72454, pois é de boa produtividade agrícola em qualquer tipo de solo. Possui b o a c a p a c i d a d e d e germinação, porém não se recomenda o plant io em épocas de temperaturas mais baixas. Outra cultura sugerida para essas cidades seria o Sorgo for ragei ro , que é utilizado principalmente para p a s t e j o , c o m p l e m e n t o alimentar para gado, fenação e cobertura morta. A cultura foi sugerida, pois tem bons resultados em quase todos os climas e regiões, incluindo as cidades em questão. A cultivar indicada será o BRS 658, um híbrido de sorgo forrageiro desenvolvido pela Embrapa Milho e Sorgo. Esse Híbrido tem produtividade média de 50 t/há de produção de massa verde, ciclo vegetativo adequado para ensilagem, colmos com excelente padrão fermentativo e alta porcentagem de grãos na massa, proporcionando uma silagem de alta digestibilidade e alto teor proteico. Além disso, possui estabilidade de produção, tolerância à seca, baixo custo de produção e alta qualidade de forragem. Outra cultura sugerida para essas cidades é o Milheto, sendo uma gramínea rústica, de grande utilidade para sistemas integrados de produção. A cultivar BRS 1502 surge como boa opção para produção de grãos de forragem e de palhada de alta qualidade, com crescimento rápido e alta capacidade de rebrota. É uma variedade de polinização aberta. Possui ciclo médio de 60 dias da emergência ao florescimento, boa capacidade de perfilhamento e de recuperação na rebrota. Tem bom potencial de produção em massa em sistemas de plantio direto e alta produção de grãos (média de 2.500 quilos de grãos por hectare). Apresenta excelente sanidade foliar, tolerância ao acamamento e sistema radicular profundo. Francyelle Otoni, Cursa 3° período de Engenharia Florestal, atual coordenadora do setor de documentos do CREA Minas Jr. EXPEDIENTE Atmos – Laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento em Agrometeorologia e Modelagem Ambiental Endereço: UFVJM – campus JK - Departamento de Agronomia. Gabinete 22. Rodovia MGT 367 Km 583, no 5000. Alto da Jacuba Diamantina-MG. Corpo Editorial Mapas, Descrição das cidades e Diagramação: Mariana Araújo Gráficos: Cássia Conceição Rodrigues Balanço Hidrico: Maria Isabel Martins Ventura Principais Atividades :Francyelle Otoni Sugestão de Cultura: Thalis Miller 1 2 3 4 5 1 - CARBONITA 2 - VEREDINHA 3 - TURMALINA 4 - LEME DO PRADO 5 - JOSÉ G. DE MINAS TERRITÓRIO ALTO DO JEQUITINHONHA Thalis Miller, Cursa o 3 ̊ período de Engenharia Florestal e desenvolve pesquisas em controle biológico de pragas Florestais. Página 1 Página 2 Página 3 Página 4 Página 5 Página 6 Página 7 Página 8
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