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Fisiologia Endócrina - Paratireóide, Pâncreas Endócrino e Suprarrenais

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Página | 1 
 
Fisiologia Endócrina – Júlia Laluce 
Paratireoide - Regulação do metabolismo do cálcio e do fosfato 
O cálcio está presente nos ossos (98,8% - apresentando função de estrutura e reserva), 
encontra-se também no meio intracelular (1% - responsável pelo controle de vários processos 
celulares como a contração muscular, exocitose de alguns hormônios e vários processos 
celulares) e no plasma (0,1% - coagulação sanguínea) 
A hiper ou a hipocalcemia pode causar alterações no metabolismo. 
O fosfato também é de grande importância, está presente nos ossos (85%), células (14%) e no 
líquido intracelular (1%). Em geral, apresenta-se na forma inorgânica que se liga ao cálcio 
contribuindo para a integridade funcional e estrutural dos tecidos duros como ossos e dentes. 
Além disso é componente fundamental de elementos orgânicos (AMPc, ATP, DNA e RNA). 
A regulação desses elementos é realizada por: 
- O hormônio da paratireoide (PTH)/paratormônio 
 
O PTH aumenta o cálcio sérico e diminui o fosfato sérico. 
- O 1,25 – Dihidroxicolecalciferol ou calcitriol (nada mais é do que a vitamina D ativada) 
 
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Obs.: Estudos mostraram que vitamina D regula diretamente a expressão de uma ampla 
variedade de genes. O receptor de vitamina D está distribuído por diversos órgãos e nesses, a 
vitamina D inibe o crescimento e estimula a diferenciação celular e, por conta disso, os 
metabólitos da vitamina D e seus análogos sintéticos têm sido utilizados em estudos clínicos de 
tratamento e prevenção de tumores. 
- A calcitonina: sintetizadas pelas células parafoliculares ou células C., possuem papel 
antagônico ao PTH, diminui a concentração plasmática de cálcio e é estimulada a partir da 
elevação dos níveis séricos de cálcio 
Resumindo: São dois os principais hormônios responsáveis pela concentração de cálcio e 
fosfato, o PTH e o 1,25-dihidroxicolecalciferol. O PTH age aumentando a concentração de cálcio 
no sangue e diminuindo a concentração de fósforo sanguíneo, dessa forma ele estimula a 
reabsorção de cálcio óssea e nos rins, reduzindo a sua excreção. Além disso o PTH é importante 
para a formação do 1,25-dihidroxicolecalciferol. Esse hormônio, por sua vez, age aumentando a 
absorção de cálcio no intestino. Esses dois hormônios vão atuar aumentando a concentração de 
cálcio sérico. Há também a calcitonina que tem função contrária ao PTH. 
A secreção de PHT é estimulada pela baixa concentração de cálcio circulante. Essa concentração 
é detectada através dos receptores sensíveis ao cálcio das células principais* das paratireoides. 
 
 
* Há dois tipos de células na paratireoide: as principais e as oxífilas. As células principais são as 
predominantes e são menores, de forma poligonal, têm núcleo vesiculoso e citoplasma 
fracamente acidófilo, são responsáveis pela secreção de paratormônio. 
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A secreção de PTH tem como principal estímulo é a redução da [Ca2+] plasmática. A estimulação 
se dá pela ativação de um receptor sensível ao cálcio extracelular (CaSR - receptor de membrana 
acoplado à proteína G) nas células paratireoidianas. 
Por meio do PTH, o cálcio pode ser retirado dos ossos através de osteólise osteocítica (por ação 
dos osteócitos) ou através da osteólise osteoclástica (por ação dos osteoclastos que digerem a 
matriz orgânica e disponibilizam cálcio e fosfato ao sangue). Além de atuar sobre os ossos, o PTH 
pode atuar nos rins para aumentar a reabsorção de cálcio no túbulo contorcido distal e reduzir 
a reabsorção de fosfato. 
Interessante saber: Doenças renais podem evoluir para doenças ósseas, pois a menor 
reabsorção de cálcio faz com que ocorra a hipocalcemia e a mobilização de cálcio dos ossos 
através da osteólise. Isso ocorre porque o fluído extracelular deve conter Ca2+ em quantidade 
adequada a fim de que a entrada seja rápida com consequente ativação (processos dependentes 
de cálcio) das funções normais das células. 
A função metabólica dos ossos prevalece sobre sua função estrutural, na medida em que o cálcio 
e outros minerais são removidos mediante a necessidade sistêmica. A remodelagem óssea se 
inicia com o recrutamento dos osteoclastos na superfície óssea. Estas secretam ácido e enzimas 
proteolíticas que dissolvem as porções mineral e orgânica dos ossos. Os osteoblastos, então, 
reformam a parte reabsorvida, depositando matriz orgânica para posterior mineralização. 
Além das funções ditas anteriormente, o PTH induz os rins a produzirem 1-alfa-hidroxilase, 
enzima que ativa a vitamina D (1,25-di-hidroxivitamina D). Uma concentração circulante baixa 
de cálcio estimula indiretamente a expressão da 1-alfa-hidroxilase renal ao aumentar os níveis 
de PTH, já a concentração elevada de cálcio inibe a atividade da 1-alfa-hidroxilase. 
Obs.: A hipocalemia estimula a reabsorção de cálcio ao elevar os níveis de 1,25di-hidroxivitamina 
D. 
 
Pâncreas Endócrino 
O pâncreas é uma glândula mista (tem função exócrina e endócrina), faz parte do sistema 
digestório e endócrino. 
 
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A parte exócrina é formada por ácinos pancreáticos que produzem enzimas digestivas e as 
lançam nos ductos pancreáticos para serem levadas até o duodeno onde vão desempenhar suas 
funções. 
Já a parte endócrina (que é a que nos interessa) é formada por ilhotas pancreáticas/ilhotas de 
Langerhans. Essas ilhotas pancreáticas são constituídas por 5 tipos celulares: células Alfa, Beta, 
Delta, PP e Épsilon. As células alfa são localizadas na periferia da ilhota e são produtoras de 
glucagon (hormônio hiperglicemiante), já as células beta ficam localizadas centralmente e são 
produtoras de insulina (hormônio hipoglicemiante). Já as células Delta, também localizadas em 
sua maioria na periferia, secretam somatostatina e gastrina. 
 
 
 
Insulina – Controla a glicemia, diminuindo a açúcar no sangue (hormônio hipoglicemiantes). Sua 
síntese ocorre no RER. A insulina é um hormônio que está ligada à abundância de energia no 
sangue, se há um elemento no sangue com alto teor energético, sobretudo os carboidratos (que 
são uma fonte rápida de energia) isso gera um estímulo para a sua secreção. E como ocorre essa 
secreção de insulina? As células Beta contém um grande número de transportadores de glicose 
(GLUT 2), quando a glicose entra nas células por esses transportadores, ela é imediatamente 
fosforilada pela glicosinase em glicose-6-fosfato, essa é oxidada e forma ATP, que inibe os canais 
de potássio sensíveis a ATP das células beta. O fechamento desses canais despolariza a 
membrana e abre os canais de cálcio voltagem dependentes, o que promove o influxo de cálcio 
que estimula a fusão das vesículas que contêm insulina causando sua secreção. 
Obs.: A glicose entra nas células por difusão facilitada ou através de transporte ativo. A difusão 
facilitada é proporcionada pelos transportadores conhecidos como GLUT 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7. 
Sendo os mais importantes os GLUT 2 e 4. Já o transporte ativo de glicose para dentro das 
células, é realizado pelos transportadores de glicose dependentes de sódio os SGLT 1 e 2. 
Depois de secretada, a insulina vai agir em células que têm receptores (receptor de membrana) 
para ela (células alvo) e seus efeitos mais conhecidos são sobre os carboidratos. Logo após uma 
refeição rica em carboidratos a glicose é absorvida pela corrente sanguínea, estimulando a 
secreção de insulina pelas células pancreáticas Beta o que vai aumentar a captação de glicose 
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em quase todas as células do organismo, principalmente músculos, tecido adiposo e fígado 
(através do aumento da expressão de GLUT 4). Além disso a insulina aumenta a atividade das 
enzimas que sintetizam glicogênio e inativa a fosforilase hepática que é a enzima que quebra o 
glicogênio em glicose. Isso tudo aumenta o glicogênio hepático. Quando a glicose sérica diminui 
e o nível de insulina também (período entre as refeições), o fígado libera a glicose de volta parao sangue, então, sem a insulina e juntamente com o aumento de glucagon todos aqueles efeitos 
serão revertidos, aumentando a glicose sanguínea. 
O que acontece quando a glicose disponível no sangue é maior que a capacidade de captação? 
Basicamente, essa glicose é transformada em ácidos graxos que ficam em forma de 
lipoproteínas de baixa densidade e são transportadas para o tecido adiposo onde serão 
armazenadas na forma de gordura. 
Enfim, quem controla efetivamente a secreção de insulina? A concentração de glicose 
plasmática é a principal forma de controle dessa secreção. O aumento de glicose sérica (como 
logo após as refeições) causa aumento de insulina. O GLP1 e o GIP também atuam nesse 
controle. 
Glucagon – produzidos pelas células alfa, sua liberação é estimulada quando a glicose sérica está 
baixa (período entre as refeições) e é considerado um hormônio hiperglicemiante com efeito 
contrário à insulina no que diz respeito ao metabolismo da glicose. 
O glucagon age no fígado estimulando a gliconeogênese por meio da ativação de enzimas 
responsáveis por esse processo e capta aminoácidos para as células hepáticas para converter 
esses aminoácidos em glicose. Além disso o glucagon promove a glicogenólise (ou seja, a quebra 
do glicogênio). Esse processo de quebra ocorre através de uma cascata de amplificação mediada 
por AMPc. Isso explica por que pequenas quantidades de glucagon já tem um intenso efeito 
hiperglicêmico. 
Como é realizada o controle da secreção de glucagon? O fator mais importante, é a 
concentração de glicose sérica. Na hipoglicemia o glucagon é secretado, bem como a 
concentração elevada de aminoácidos que também estimulam a secreção desse hormônio. 
Somatostatinas – Produzidas pelas células delta do pâncreas. Esse hormônio inibe a secreção 
de insulina, glucagon e de polipeptídio pancreático. Por esse motivo é considerada um hormônio 
inibitório. 
Obs.: Hiperinsulinemia = excesso de transporte de glicose para tecidos -> hipoglicemia 
 
Suprarrenais 
Também chamadas de adrenais, são duas glândulas que se localizam nos polos superiores de 
cada rim e estão separadas por uma lâmina de tecido conjuntivo. Existem diferenças entre a 
suprarrenal direita e esquerda. A suprarrenal direita tem formato piramidal, fica em uma 
posição mais apical e se relaciona com o pilar direito do diafragma, com a veia cava inferior e 
com o fígado. Já a suprarrenal esquerda te formato de meia lua, fica em uma posição medial e 
se relaciona com o baço, lateralmente, com o estômago anteriormente e com o pilar esquerdo 
do diafragma posteriormente. 
Histologicamente as suprarrenais são encapsuladas por tecido conjuntivo denso, divida em duas 
camadas, uma mais externa (córtex) e uma mais interna (medula). 
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Medula suprarrenal 
Os hormônios dessa parte das adrenais/suprarrenais são as catecolaminas. Derivadas da tirosina 
(tirosina é hidroxilada e convertida em Dopa, que por sua vez é convertida em dopamina, depois 
em norepinefrina e posteriormente em epinefrina). A resposta adrenomedular é rápida (reposta 
ao exercício de “luta e fuga”). As catecolaminas podem ser liberadas tanto na forma de 
neurotransmissores, quanto na forma de hormônios. 
As catecolaminas agem respondendo as demandas energéticas, principalmente, dos músculos 
cardíaco e esquelético, aumentando o fluxo sanguíneo e a disponibilidade de glicose sanguínea 
(através da gliconeogênese e da glicogenólise). 
Obs.: a medula adrenal/suprarrenal, não é um tecido essencial à vida justamente porque há 
outras fontes de catecolaminas no nosso corpo, como por exemplo o sistema nervoso simpático. 
Córtex suprarrenal 
É a porção mais externa, responsável pela síntese de hormônios esteroides (de natureza 
lipídica). O percussor de todos os hormônios esteroides é o colesterol e maior parte vem do LDL. 
Para o início da formação dos hormônios, o colesterol é transportado para as mitocôndrias e lá 
é convertido em pregnenolona, que sai da mitocôndria e vai para o REL. 
 
 
 
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Aldosterona 
É o principal mineralocorticoide e atua nos rins. Tem como função regular a concentração de 
água, sódio e potássio na medida que os reabsorve sódio e água e secreta potássio e hidrogênio 
(exercendo função primordial no controle da PA e na homeostasia dos eletrólitos). 
A zona glomerulosa (onde é produzido esse hormônio) quase não é influenciada pelo ACTH e 
quem influencia essa zona são o sistema renina angiotensina aldosterona (quando há uma 
queda da PA renal o rim libera um hormônio denominado renina que converter o 
angiotensinogênio presente no fígado em angiotensina 1, que por sua vez, sofre ação da enzima 
conversora de angiotensina e se converte em angiotensina 2 promovendo vasoconstrição e 
estimulando a zona glomerulosa à secretar aldosterona que vai reter sódio e água para 
aumentar a PA) e a concentração sérica de potássio (quando há muito potássio no sangue a 
secreção de aldosterona aumenta, justamente para secretar mais potássio e voltar à 
concentração normal). 
Uma deficiência de aldosterona no organismo resultaria em um acúmulo de potássio e uma 
perda acentuada de sódio e água (o que reduz muito a volemia e a pessoa pode evoluir em 
choque). 
A aldosterona, como todo hormônio esteroide, é carregada pelo sangue por proteínas 
plasmática a albumina e proteína ligadora de corticosteroide. Ao chegar a células alvo a 
aldosterona vai passar pela MP e agir dentro da célula se ligando à um receptor específico de 
mineralocorticoides. 
Cortisol 
É o principal glicocorticoide, transportado pelo sangue principalmente através da globulina 
ligadora de corticosteroide (CBG ou transcortina). Em determinadas situações o cortisol pode 
ser convertido, de forma reversível em cortisona. 
 
O cortisol atua a partir de sua ligação à receptores de glicocorticoides (podem ser genômicos ou 
ligados a chaperonas moleculares) que vão induzir a uma resposta. Frequentemente o cortisol 
é liberado em situações de estresse físico e emocional. 
 
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Com relação aos carboidratos, o cortisol regula a glicose sanguínea, no sentido de aumentar a 
sua concentração através de estímulos à gliconeogênese e para isso aumenta a expressão das 
enzimas gliconeogênicas hepáticas. Além disso, ele diminui a captação de glicose pelas células, 
por meio da diminuição da expressão de GLUT 4 (um transportador que transporta glicose para 
dentro das células). Como o cortisol promove a gliconeogênese ele mobiliza AA de tecidos não 
hepáticos, principalmente dos músculos, fazendo proteólise para a conversão de AA em glicose 
no fígado. Em contrapartida, aumenta a produção de proteínas hepáticas (justamente para a 
produção de glicose) e aumenta as proteínas plasmáticas (produzidas no fígado e lanças no 
sangue). Por fim, em concentrações normais, o cortisol também promove a lipólise, fornecendo 
ácidos graxos livres no sangue como fonte de energia. 
Em condições de estresse o cortisol sinergisa com glucagon promovendo lipólise, 
gliconeogênese e glicogenólise. Entretanto, quando o cortisol se eleva de forma crônica

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