Buscar

Aula 12 - Manejo pré-abate e dejetos 2018

Prévia do material em texto

MANEJO PRÉ-ABATE 
Manejo pré-abate 
 
•processo complexo 
•operações seqüenciais 
•preparo dos animais: granja até o abate 
- jejum na granja 
- embarque, transporte e desembarque 
período de descanso 
- condução e lavagem dos animais 
 
 
1. Jejum na granja 
•ausência de alimentos sólidos 
•dieta hídrica (água à vontade) 
• importância: diminui a taxa de mortalidade durante o transporte, 
diminui o volume de dejetos e a incidência de vômitos, além de 
interferir na qualidade da carne. 
 
•12 a 18 horas 
• variação em função da duração do transporte, do período de 
descanso no abatedouro e das condições do manejo pré-abate 
 
 
 
2. Embarque 
 ponto crítico: animais não estão 
acostumados com as condições de 
transporte e seus procedimentos. 
 mão-de-obra 
 instalações: portões das baias e 
embarcadouros 
 rampas de embarque: 
pequenos grupos (2 a 3 animais) 
 tranqüilidade 
 tábuas de manejo 
horas mais frescas do dia 
* objetos no piso do caminhão: animais se 
recusam a entrar 
 
 
 
 
•normas de biosseguridade 
• sistema all in - all out 
•desinfecção de caminhões 
 
• manejo dos animais: não usar 
ferrões e choques elétricos - 
comprometimento da qualidade da 
carcaça e aumento do estresse 
 
3. Transporte 
• medo 
• ruídos 
• odores desconhecidos 
• mudanças súbitas na velocidade do caminhão 
• variação de temperatura 
• alteração do espaço social e físico 
• interação com o homem 
Estresse!!!!! 
 
Transporte 
• Considerar: 
- capacidade de carga do caminhão 
- tempo de viagem até o abatedouro 
- tempo de restrição hídrica 
- condições ambientais da viagem 
(temp. e UR) 
- condições da rodovia 
 
4. Desembarque 
 
• verificar número de animais e capacidade da área de descanso 
• separação em lotes 
• o mais rápido possível 
• n° de plataformas = n° de linhas de baias de espera 
• plataformas cobertas 
• rampas com ângulo de inclinação apropriado 
• pisos antiderrapantes e emborrachados 
 
5. Período de descanso 
 
•no frigorífico 
•procedimento do manejo pré-abate realizado para possibilitar a 
recuperação dos suínos do estresse físico e psicológico 
ocorrido no transporte 
 
 SIF: mínimo 6 horas 
 Período muito curto: PSE 
 Período muito longo: DFD 
 
 
Qualidade da carcaça / carne 
6. Condução e lavagem dos animais 
•após período de descanso 
 
•direcionados à seringa: fila única 
 
•no percurso: animais lavados com jatos 
multidirecionais de água clorada 
MANEJO DE DEJETOS 
Introdução 
• suinocultura – poluidor potencial 
• dejetos não tratados – problemas ambientais 
• grande potencial fertilizante do dejeto (N, P, K) 
 
• produção –  quantidade de dejetos 
• alimento – metabolismo – dejetos (líquido + sólido) 
Introdução 
• parte líquida dos dejetos: água + urina 
– quantidade de água 
– bebedouros bem regulados – economia 
– alimentação líquida – poupar água 
 
• parte sólida dos dejetos: eficiência alimentar 
– aumento da eficiência = menor quantidade de dejetos 
– digestibilidade 
– proteínas da dieta nas fezes 
 
Introdução 
• utilização de dejetos: questão ambiental 
 
• fertilizante – usar com conceitos ambientais – problemas de 
acúmulo 
• produção de biogás – boa saída 
• controle de dejetos: pré-projeto antes de implantar granja 
• lagoas, esterqueiras, biogás, peneiramento 
 
• conhecer a fundo as necessidades nutricionais dos suínos 
 
Exigências de água no fluxo de produção (litro/animal/dia) 
 
Dejetos por fase produtiva 
 
Restrição alimentar – redução de poluentes 
 
Impacto ambiental 
 
•graves problemas ambientais – 75% das propriedades em 
desacordo com a legislação ambiental 
 
•outro agravante: maior parte do rebanho brasileiro – concentrada 
sobre área geográfica relativamente pequena (região sul) 
 
•pressão pela concentração de animais em pequenas áreas de 
produção (aumento da produtividade) 
 
 
 
 
 
 
Esterqueiras 
Biodigestores 
 
•Depósitos adequados – 
fermentar a biomassa e 
reduzir patógenos 
•De acordo com os 
parâmetros exigidos pela 
legislação ambiental para 
lançamento em rios 
•Tratamentos especiais do 
resíduo final  fertilizantes 
 
Compostagem 
Lagoas de estabilização 
 
•Degradação biológica por 
micro-organismos 
aeróbios/anaeróbios 
•material estável e isento de 
patógenos 
•efluente líquido de acordo 
com a legislação ambiental 
1) Esterqueiras 
•Esterqueiras 
• reservatório impermeável e seguro - sem risco de poluição às 
fontes d’água 
 
•período mínimo de armazenamento: 120 dias (legislação) 
 
•digestão anaeróbia: 
•degradação/redução da matéria orgânica 
•preservar poder fertilizante do dejeto 
•utilizada por qualquer produtor - aproveitamento dos dejetos 
como adubo orgânico 
 
 
VANTAGENS 
 
• facilidade de execução da obra 
•baixo custo de implantação e 
manutenção 
• facilidade de operação 
• fermentação do dejeto - melhor 
aproveitamento como fertilizante 
 
 
DESVANTAGENS 
 
•geração de gases - mau 
cheiro exalado 
• lodo e efluentes ainda com 
alto potencial poluente 
•necessidade de áreas 
agrícolas suficientes 
 
 
2) Biodigestores 
•depósitos semelhantes às esterqueiras 
•diferença: possuem cobertura para armazenar o biogás gerado 
•Biodigestão anaeróbia: 
• compostos orgânicos complexos (carboidratos, lipídios)  
substâncias mais simples (CH4 e CO2) - conversão de biomassa em 
energia secundária 
 
• “tratamento” de efluentes 
• redução de odores 
•eliminação de patógenos 
•baixos custos operacionais – alternativa ao produtor (alto investimento) 
3) Compostagem 
 
•processo controlado de decomposição microbiana, de oxidação 
e oxigenação de uma massa heterogênea de matéria orgânica 
no estado sólido e úmido 
 
•produto final de alto valor agronômico 
• solução efetiva para regiões com problemas de alta 
concentração de produção de suínos 
• regiões que não dispõem de áreas com culturas para 
aplicação dos dejetos – comercialização na forma de 
composto 
 
 
 
•produção de calor 
•desprendimento de CO2 e vapor d’água 
•processo controlado – acompanhamento e controle da temperatura, 
aeração e umidade 
Material deve permanecer em processo de compostagem por um 
período de no mínimo 45 dias 
 
4) Lagoas de estabilização 
 
•objetivos: 
• remover a carga orgânica, nutrientes e patógenos 
•efluente líquido de acordo com a legislação ambiental 
• combina a utilização de um decantador e lagoas de tratamento 
•4 etapas: 
 
 
• Tratamento preliminar – decantador 
separação da parte sólida e líquida 
material resultante – lodo – adubo orgânico 
• Tratamento primário – lagoas anaeróbias 
reduz a carga orgânica 
• Tratamento secundário – lagoa facultativa 
• remoção da carga orgânica e nutrientes do efluente 
• aeróbia na superfície  estabilização da fração 
orgânica solúvel 
• anaeróbia no fundo  estabilização da fração sólida 
• Tratamento terciário – lagoa de aguapé 
boa alternativa para a remoção de nitrogênio e 
fósforo do efluente 
 
 E qual é a realidade de hoje???

Continue navegando