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O Júri - 10 horas

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O JURI
INTRODUÇÃO
O filme começa narrando a ação judicial movida pela viúva Celest Wood, contra a empresa de armamento Fix Boarns Fire Arms, na ação estão envolvidos milhões de dólares. No enredo, é feita uma crítica direta a corrupção e manipulação dos jurados de um tribunal, podendo influenciar de forma objetiva a sentença da ação. A viúva toma então a decisão de processar a fábrica de armas devido ao assassinato de seu marido. Em outro caso, um gerente de corretora que demitiu um funcionário, foi assassinado de maneira brutal, pois o assassino, como que tomado por um ataque de fúria, logo entrou atirando no local de trabalho matando diversas pessoas.
Porém, apesar de o filme ter iniciado por este acontecimento, o ponto central é visto na manipulação praticada pelo casal de jurados Nicholas Easter e Marlee. Eles, em especial o Sr. Easter, mantinham notada influência sobre o corpo de jurados, devido à capacidade de argumentação no qual estavam embasados e a algumas chantagens. Depois do resultado da sentença benéfica da viúva, se pode perceber que o casal que praticava as manipulações não objetivava apenas em dar causa ganha a Sra. Wood, mas existiam outras questões.
De caráter pessoal, pois o que eles planejavam era uma vingança contra a fábrica, devido ao que aconteceu há alguns anos, onde Marlee havia perdido sua irmã de forma trágica e parecida ao caso atual, e a mesma empresa havia sido absolvida.
Sendo a sentença favorável, de forma que não aconteceu de forma legal, houve manipulação do júri a fim de beneficiar a Fix Boarns Fire Arms. Fora a corrupção que pode ser notada dentro de um tribunal, o Júri desenvolve uma reflexão concernente ao comércio legal e desenfreado de armas nos Estados Unidos da América, onde qualquer cidadão tem Direito de adquirir armamento de grosso calibre, não existindo investigações alguma, onde possa ser alegado que será só de uso para defesa própria.
Entretanto, será apenas as fabricantes bélicas as vilãs no processo de desvalorização da vida humana? A omissão do Estado, não fiscalizando a forma como são usadas, e ainda não desenvolvendo ferramentas que possam de alguma forma suavizar essa matança impagável. Existem muitos interesses por trás de uma arma de fogo, de cunho político, econômico e social. Onde, numa luta de interesses entre empresários e políticos, não tendo o povo por alvo de atenção das políticas públicas, onde a justiça só funciona para os mais abastados financeiramente.
UM POUCO DA HISTÓRIA DO TRIBUNAL DO JÚRI
A instituição do júri começou na Inglaterra em 1215, época em que este país passou por uma profunda revolução social. A idéia inicial ainda hoje é razoavelmente mantida:
a) retira-se a decisão das mãos de um só julgador;
b) entrega-se o indiciado para  ser julgado pelos próprios concidadãos.
No Brasil a instituição do júri apareceu tardiamente em 18 de junho 1822, durante o processo de independência, que ocorreu logo em seguida (07-09-1822), e servia para julgar os chamados crimes de imprensa.
A Instituição do Júri ganhou status constitucional em  1824 [4] , no governo de Dom Pedro I,  na primeira Constituição do Brasil e passou a servir para julgar todo tipo de crime.
Hoje a Instituição do Júri funciona como julgamento de 1º. grau , tanto na Justiça Federal quanto na Estadual. As hipóteses de competência para os julgamentos feitos na Justiça Federal estão elencados no art. 190 da atual Constituição.
A atual Constituição Federal, dada a relevância social do Tribunal do Júri,  a tornou cláusula pétrea. O art. 60, § 4º., IV diz que não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir os direitos e garantias individuais.
A Instituição do Júri está elencada como direito e garantia fundamental no título II da CF , no art. 5º., XXXVIII. Sendo assim é uma cláusula pétrea e jamais poderá ser mexida exceto havendo mudança profunda das estruturas políticas e sociais, no caso uma revolução.
CONSINDERAÇÕES FINAIS
O filme apenas expõe a fragilidade do sistema do júri. As diferenças do sistema americano para o nosso não são relevantes no que concerne à possibilidade de falha a na alcançabilidade. Tanto lá quanto cá são sistemas precários. O nosso é muito pior ainda diante dos fatos já elencados. Carece este sistema de mudanças efetivas para o bem da sociedade e para a correta promoção da justiça.
O Tribunal do Juri é provavelmente a maior demonstração do quão falha e absurda é a Instituição do Júri. Constitucionalmente a Instituição do Júri foi criada para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida. A previsão encontra-se inclusive na Constituição Federal de 1988.
O art 5º., que trata dos direitos e deveres individuais e coletivos, traz no seu inciso XXXVIII, e alíneas que diz que esta previsão é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados: a) a plenitude de defesa; b) o sigilo das votações; c) a soberania dos veredictos; d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida.
Quis o legislador, em face da comoção popular que normalmente acontece nos crimes dolosos contra a vida, mais especificamente , no caso do homicídio doloso, retirar de um só a possibilidade de decisão, a respeito dos destinos dos acusados. Entende o legislador, que da Instituição do Júri se extrai um resultado melhor para a sociedade. Os jurados são representantes do povo. Em número de (07) sete são escolhidos entre cidadãos de índole impecável.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
O JÚRI. Direção: Gary Fleder. Produção: Gary Fleder, Christopher Mankiewicz e Arnon Milchan. Interpretes: John Cusack; Gene Hackman; Dustin Hoffman; Rachel Weisz e outros. Roteiro: Brian Koppelman, David Levien, Rick Cleveland e Matthew Chapman, baseado em livro de John Grisham. Fox Filmes, 2003.
BRASIL. Código Civil, Código de Processo Civil e Constituição Federal.(Coord. Anne Joyce Angher). 4 ed.  São Paulo: Rideel, 2004. p. 105.
Brasil.Constituição de 1824. Disponível em:< www.planalto.gov.br/ccivil _03/Constituicao/Constitui %E7ao24.htm> . Acesso em: 20 nov. 2005.
BRASIL. Código Civil, Código de Processo Civil e Constituição Federal.(Coord. Anne Joyce Angher). 4 ed.  São Paulo: Rideel, 2004. p. 146.

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